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Aula 09 Noções de Administração p/ Técnico CNMP (Administração) Professores: Felipe Petrachini, Herbert Almeida

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Noções de Administração p/ Técnico CNMP (Administração)

Professores: Felipe Petrachini, Herbert Almeida

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Aula 02 - Arranjo físico (leiaute). Distribuição de materiais

SUMÁRIO PÁGINA

Sumário

5. Recebimento e armazenagem. .................................................................... 2

5.1 Objetivos da armazenagem. .................................................................. 4

5.2 Almoxarifados: funções e objetivos ........................................................ 6

5.3 Almoxarifado e Depósito ........................................................................ 7

5.4 Recebimento de Materiais e Conferência. ........................................... 10

5.5 Critérios e Técnicas de Armazenagem ................................................ 16

5.6 Embalagens ......................................................................................... 24

5.7 Movimentação de Materiais ................................................................. 24

5.8 Equipamentos para Movimentação de Materiais ................................. 27

5.9Utilização do Espaço - Arranjo físico (leiaute). ...................................... 32

5.10 Controle, Registro, Movimentação, Recuperação de Material e

Segurança ............................................................................................................ 41

6. Logística e Distribuição de Materiais. ........................................................ 49

6.1 Características das modalidades de transporte. .................................. 49

6.2 Logística ............................................................................................... 54

6.3Supply Chain Management ................................................................... 71

6.4 Canais de Distribuição ......................................................................... 75

Questões Comentadas .................................................................................. 91

Questões Propostas .................................................................................... 127

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Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no fórum de dúvidas para

resolver cada pequeno pepino intransponível que surgir na sua frente. Não sei se eu

disse isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver

você passar, e com folga.

A propósito, retirei alguns trechos da aula da Instrução Normativa SEDAP

205/1988, frequentemente utilizada para elaboração de questões, mesmo quando

não é mencionada expressamente no edital e mais ainda: mesmo quando o

concurso não é do Executivo Federal!!!

Quem tiver um tempo, sugiro lê-la inteira, mas os trechos mais importantes

serão transcritos no corpo desta aula.

Segue o link:

http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in205_88.htm

Caso link não esteja funcionando, tenho uma cópia em pdf, então, não

hesitem em pedir!

Ah sim: antes de falarmos especificamente sobre o arranjo físico e o layout,

abordaremos alguns procedimentos de recebimento e armazenagem de materiais,

que também dizem respeito ao estudo da gestão de estoques.

Bom, vamos continuar.

5. Recebimento e armazenagem.

Você é o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de

materiais para produzir o que quer que ela queira produzir.

O setor financeiro não queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza

capital. Ainda assim, a empresa estocou.

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E aí chegamos ao recebimento e armazenagem. Até que o produto estocado

seja utilizado no processo produtivo, precisa ser guardado (armazenado). Mas

antes, lógico, eu preciso recebê-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda não

tenho?

Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física

de matérias, Gonçalves1 cita as seguintes:

Recebimento dos materiais;

Identificação dos materiais;

Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de

armazenagem.

Armazenamento dos materiais;

Controle da localização física dos materiais;

Fornecimento dos materiais.

Veja que as atividades de armazenagem estão diretamente relacionadas

ao controle e movimentação dos materiais.

Além disto, a área de armazenagem e movimentação de materiais tem

responsabilidade direta na qualidade dos produtos ou serviços da

organização, na medida em que o setor produtivo só vai conseguir cumprir seus

objetivos.

Mas professor, o que é armazenagem?

Bom, eu poderia arremessar linhas e mais linhas de doutrina pura na sua

cabeça, mas vou ficar com uma definição mais enxuta, prevista na legislação (ainda

1Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed.

pág. 314.

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que infra legal). O item 4 da Instrução Normativa SEDAP 205/1988 é bastante

elucidativo:

4. A armazenagem compreende a guarda, localização, segurançae preservação do material adquirido, a fim de suprir adequada mente as necessidades operacionais das unidades integrantes da estrutura doórgão ou entidade.

5.1 Objetivos da armazenagem.

Acredito que agora você já será capaz de entender o principal motivo de se

ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o

material disponível no momento exato, na quantidade demandada e com a

qualidade desejada. Olha o quadro aí de novo:

A estrutura física da empresa e a demanda do material são pontos muito

importantes e devem ser analisados no momento em que se decide por armazenar

ou não um determinado material.

Já se imaginaram comprando um galpão de dois andares e 10 mil metros

quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias?Afinal a demanda de

material é imensa e seria vantajoso ter um estoque para manter a produção

ininterruptamente.

Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar:

A Quantidade Evitar a falta ou o

excesso de materiais

O Tempo Momento em que os

materias estarão disponíveis

A Localização Disponibilidade no

tempo certo

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Só que o gestor de materiais fez isso até que o piso do andar de cima cedeu

e desabou sobre o piso de baixo. A estrutura física da empresa (no caso, o galpão)

não estava preparada para suportar aquele estoque. E... prejuízo na certa.

Uma armazenagem adequadatem como objetivos:

Conservar os materiais;

Permitir que os materiaisestejam próximos do sistema produtivo no

momento em que forem requisitados.

Maximização da utilização do espaço físico (utilização adequada);

Proteção (conservação) dos materiais;

Facilidade de acesso ao estoque (os materiais precisam estar no local, na

hora e na quantidade certa);

Permitir a satisfação dos clientes, que poderão contar com os produtos no

momento que necessitarem (veja que ao estocar, eu deixo um número de produtos

acabados armazenados em depósito, que podem ser entregues diretamente ao

cliente);

Facilitar o registro das operações (a partir da organização adequada dos

materiais);

O local onde o material será armazenado deve ser adequado às próprias

necessidades deste material, ou seja, o local deve ser compatível com as

características físicas e químicas do material. Não seria bom armazenar papel

para produção de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente

também não possa ser de todo seco.

A adequação do ambiente será um fator tanto mais importante conforme

a sensibilidade do material, e claro, além de mais importante, provavelmente mais

custosa.

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5.2 Almoxarifados: funções e objetivos

Já falamos bastante do almoxarifado, e você provavelmente já desconfia qual

seu significado. Agora é hora de ter certeza

Segundo as palavras de VIANA: “Almoxarifado é o local destinado à fiel

guarda e conservação demateriais, em recinto coberto ou não, adequado a sua

natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item

aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e

disposição interna, condicionados à política geral de estoques da empresa”.

Primeiro ponto importante: almoxarifado guarda materiais. No capítulo

“Almoxarifado e Depósitos”, nós veremos a importância desta ressalva.

Pois bem, nosso almoxarifado guarda materiais. Sabendo disto, qual deverá

ser seu objetivo final?

Se você disse: permitir que o material esteja na hora certa, local certo e

quantidade certa, não está de todo errado, entretanto, este é o propósito de toda

nossa disciplina, e seu professor pretende algo um pouco mais específico .

O objetivo de qualquer almoxarifado, fora suprir as necessidades de materiais

da empresa, é impedir a ocorrência de qualquer divergência de inventário e

perdas dos materiais sob sua guarda. Neste ponto, a doutrina parece não

divergir, e com toda razão .

Veja a sutileza na diferenciação entre “função” e “objetivo”. Enquanto a

função nos diz “para que o almoxarifado serve” o objetivo nos diz “qual nossa meta

para bem cumprir nossa função”. Então, atente-se para esta diferenciação.

E como não poderia deixar de ser, também existe um diagrama para o

almoxarifado, desde o momento da chegada do material na empresa até sua

distribuição ao processo produtivo.

Acompanhe:

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Nos próximos capítulos, veremos as funções mais importantes (e mais

cobradas em provas) sobre as funções do almoxarifado.

5.3 Almoxarifado e Depósito

Acredite ou não, seu examinador quer que você saiba a diferença conceitual

entre almoxarifado e depósito.

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Mas professor, ambos são lugares nos quais o material é estocado. Não é

tudo a mesma coisa?

Não, não é! Acompanhe as definições:

Almoxarifado: toda vez que você ler “almoxarifado”, eu gostaria que você

tivesse em mente um local onde materiais iniciais são estocados. Materiais

iniciais são as matérias primas, materiais que ainda não foram sequer tocados pela

empresa em seu processo produtivo e que ainda serão trabalhados pela empresa.

Lembra-se?

Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes

que venham a se tornar “produtos”.

Outra coisa importantíssima: o almoxarifado, no mais das vezes, é o

setor responsável pelo recebimento de materiais, incluindo sua conferência,

recebimento provisório e definitivo.

Entretanto, o almoxarifado NÃO é o responsável pela compra dos

materiais.

Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum

material que poderá ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha

uma requisição ao órgão de compra da empresa, sendo que este é quem fará a

aquisição.

Materias- primas

Materiais em processamento

Materiais semiacabados

Materiais acabados ou componentes

Produtos acabados

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Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais

são armazenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados através de

Requisições de Materiais. As requisições serão feitas pelo setor produtivo da

empresa, interessado em materiais para fabricar seus produtos.

Depósito: este local tem a função de armazenar Produtos Acabados da

empresa.

Se a empresa fabrica bicicletas, seu depósito está cheio de bicicletas,

enquanto o almoxarifado está cheio de pneus, pedais, correias e etc.

Lembre-se que a empresa não consegue vender o seu produto tão logo ele

saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores

no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, à medida que os

produtos acabados vão ficando prontos, são imediatamente estocados em

depósito, para futura entrega ao consumidor final

Desta forma, as Requisiçõesque chegam ao depósito não são feitas pelo

setor produtivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em

encaminhar estes produtos aos consumidores.

E sim, existem materiais que não estão nem no almoxarifado, nem no

depósito. Seriam os materiais semiacabados e os materiais em

processamento,que vão sendo estocados juntamente ao processo produtivo no

qual estão inseridos.

E isso tem razão de ser: estes produtos não são matérias primas intocadas,

tampouco produtos acabados e vão passar pouco tempo estocados, pois irão

ser remetidos à próxima fase do processo produtivo, para finalização.

Quando estiverem prontos, irão para o depósito.

Este quadro vai ajudar você a entender as diferentes possibilidades:

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5.4 Recebimento de Materiais e Conferência.

Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais são:

Espaço Físico: diz respeito ao local no qual os produtos serão recebidos,

bem como quanto ao espaço para manobras de veículos de movimentação de

cargas (a exemplo das empilhadeiras) e também quanto à disposição das matérias-

primas no almoxarifado;

Recursos de Informática: dizem respeito ao controle de recebimento e ao

uso equipamentos tais como leitores de código de barras;

Equipamento de Carga e Descarga: como empilhadeiras;

Pessoal treinado e qualificado;

Procedimentos Padronizados.

Almoxarifado Processo

Produtivo Depósito

Materias- primas

Materiais em processamento

Materiais semiacabados

Materiais acabados ou componentes

Produtos acabados

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O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve

observar, dentre outras coisas, se o produto recebido atende às especificações

técnicas do pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que

foi acordado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido.

Após conferência,por vezes é confeccionado um documento denominado

termo de recebimento de material.

Guarde:Somente após a conferência é que se dá o aceite dos materiais.

O recebimento de materiais é uma atividade intimamente ligada ao controle

de estoques. As atividades de recebimento de materiais são documentadas no que

se chama relatório de recebimento (ou termo de recebimento de material, como

citado acima).

Estes serviços de inspeção de recebimento estão vinculados ao setor de

controle de qualidade.

Não basta, deste modo, que os materiais recebidos estejam de acordo

com a nota fiscal (se só puderem memorizar uma coisa dessa parte, memorizem

isto), é fundamental que aqueles correspondam às especificações técnicas do

pedido, ou seja, na quantidade e na qualidade que foi acordada entre o

comprador e o fornecedor.

O recebimento é feito em duas etapas:

O recebimento provisório envolve apenas procedimentos de conferência

dos materiais, já o recebimento definitivo, momento posterior à conferência, é

quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material está de

acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor,

ou devolve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as

especificações, para que este regularize os materiais.

Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recepção

propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, até o momento em

que os materiais entram nos estoques.

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Entenda também que os procedimentos de conferência são prévios ao

recebimento definitivo. A inspeção do material deve ser visual, observando a

quantidade e a qualidade.

E já foi cobrado em prova!!!

A avaliação da qualidade dos materiais recebidos éfundamental para a

garantia de fornecimento de serviços eprodutos adequados. Um dos

procedimentos empregados para a avaliação da qualidade dos materiais é a

inspeção, realizada tanto no ambiente do fornecedor quanto no do comprador.

Que se quer dizer com isto? Que a verificação da qualidade dos materiais é

de interesse de ambas as partes (do fornecedor, para evitar a devolução da carga

entregue, e do comprador, para que o material entregue seja aquele de que

necessite), de tal forma que a inspeção deve ser feita em ambos os ambientes.

Mas tudo isso é doutrina . Pode ser que seu examinador empreste conceitos

da Instrução Normativa SEDAP 205/1988 quando referir-se aos procedimentos de

recebimento e aceitação do material. Recomendo a leitura da Instrução Normativa,

mas já adianto os conceitos pertinentes para esta aula:

3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.

[...]

Observe que a atividade de Recebimento, quando descrita pela Instrução

Normativa, refere-se ao Recebimento Provisório estudado na doutrina.

3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às especificações contratadas.

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Parece simples? Eu diria a você que dentro do contexto empresarial,

realmente a coisa é bastante simples. Qualquer documento pode servir para

registrar o recebimento e as regras quanto à aceitação do material só precisam

respeitar a essência do conceito. Mas, em repartições públicas, a coisa muda um

pouco de figura .

Por exemplo: Como os materiais chegam ao almoxarifado da empresa ou

órgão público. Você provavelmente me dirá: através de compras, caro Professor!

Correto! Aliás, não se conhece de muitas empresas que recebem materiais

por doação, embora esta também seja uma forma válida de transferir propriedade

de alguma coisa.

Contudo, quando falamos de órgãos públicos, as possibilidades se expandem

um pouco. A Instrução Normativa 205/1988 SEDAP nos dá sugestões de formas

pelas quais uma repartição pública pode receber materiais:

3.1. O recebimento, rotineiramente, nos órgãos sistêmicos, decorrerá de:

a)compra;

b) cessão;

c) doação;

d) permuta;

e) transferência; ou

f) produção interna.

Você notará que cada inciso do item 3.2 está relacionado a uma forma de

recebimento de materiais prevista nas alíneas do item 3.1. Não precisa

memorizar!!!!

Aliás, se você conseguir lembrar-se apenas da alínea “a” do item 3.2 (grifada

em colorido), já será ótimo, afinal, a Nota Fiscal e a Fatura são frequentemente

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vistas no contexto empresarial (e as questões de ARM costumam puxar justamente

para esta ótica empresarial).

3.2. São considerados documentos hábeis para recebimento, em tais casos rotineiros:

a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura;

b) Termo de Cessão/Doação ou Declaração exarada no processo relativo à Permuta;

c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; ou d) Guia de Produção.

3.2.1. Desses documentos constarão, obrigatoriamente: descrição do material, quantidade, unidade de medida, preços (unitário e total).

[...]

3.3.1. O material recebido ficará dependendo, para sua aceitação, de:

a) conferência; e, quando for o caso;

b) exame qualitativo.

3.4. O material que apenas depender de conferência com os termos do pedido e do documento de entrega, será recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor designado para esse fim.

3.5. Se o material depender, também, de exame qualitativo, o encarregado do almoxarifado, ou servidor designado, indicará esta condição no documento de entrega do fornecedor e solicitará ao Departamento de Administração ou à unidade equivalente esse exame, para a respectiva aceitação.

3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por comissão especial, da qual, em princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.

3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento providenciará junto ao

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fornecedor a regularização da entrega para efeito de aceitação.

Outro conceito que é importante conhecer é o de “contagem cega”, ou

ainda, “conferência por acusação”.

Sintetizando a ideia: o funcionário que vai efetuar o recebimento dos

materiais desconhece a quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas

contar o que vê, e comunicar a outro funcionário, o “Regularizador”, quantas

unidades de material ele recebeu.

O “Regularizador” é o funcionário que conhece a quantidade faturada, e

conforme as informações prestadas pelo primeiro funcionário, poderá proceder à

regularização do lote ou determinar a recontagem.

Exemplo: o caminhão encosta no galpão e o encarregado apenas verifica

quantos sacos chegaram. Mas com uma pegadinha: Na hora em que o caminhão

está sendo descarregado, nosso querido colega que recebe os sacos não faz ideia

de quantos sacos estão chegando.

Ele vai anotar quantos sacos foram descarregados e vai dizer para outro

funcionário, o “Regularizador” quantos sacos ele contou. Este último funcionário é

quem sabe quantos sacos estão nas notas.

Por consequência, o funcionário que faz a contagem não está com a Nota

Fiscal na mão (aliás, se estivesse, a contagem já não seria mais cega ).

Este método evita o vício na contagem, afinal, é bem provável que você, ao

receber 299 sacos, por estar lendo 300, ache que pulou 1 e dê o pedido por bom,

apesar de, na verdade, estar faltando um saco. Contudo, o encarregado que irá

contar os sacos não vai poder conferir quantitativamente o material, afinal, não faz

ideia de quantos sacos deveria receber.

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5.5 Critérios e Técnicas de Armazenagem

Critérios de armazenagem são as considerações que o gestor deve

fazersobre a estocagem do material sob sua responsabilidade. Técnicas são formas

pelas quais ele pode aplicar os referidos critérios.

Daqui, vale a pena conhecer os critérios mais comuns na doutrina:

Armazenagem por agrupamento ou semelhança: Materiais parecidos

(semelhantes) devem ser armazenados próximos uns dos outros.

A adoção deste critério torna mais simples a localização do material, e ainda

traz outra vantagem:é possível aproveitar o fato de que esses itens tendem a ser

solicitados em momentos próximos.

Faz sentido: se eu fabrico relógios e armazeno materiais nos estoque

segundo esse critério, toda vez que eu precisar de engrenagens (de diferentes

tipos), caso tenhamos optado pela armazenagem por agrupamento, estes materiais

estarão todos no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localização e remessa para

o processo produtivo.

Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Neste critério,

buscaremos armazenar os materiais levando em conta suas características físicas.

Colocaremos materiais líquidos juntos, materiais volumosos juntos, peças

pequenas juntas, pois se torna mais fácil dedicar espaços físicos no estoque para

cada tipo de material.

A desvantagem neste caso é que na maior parte dos casos, esses materiais

compartilharão apenas essa característica em comum (o critério não tem

apresenta nenhuma relação com a aplicação dos materiais no processo

produtivo), além de envolver um controle rígido pelo gestor do almoxarifado já que

este critério tende a tornar a localização de um material específico muito mais difícil

dentro do almoxarifado.

Pense só: o setor produtivo precisa de uma engrenagem para a fabricação do

relógio. Será que ela foi posta junto aos materiais pequenos, ou junto aos materiais

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feitos “de metal”, ou junto aos materiais “pontudos”? Veja a zona que isto pode se

tornar .

Armazenagem por frequência de utilização: Levaremos em conta quais

materiais são solicitados com mais frequência e quais deles são solicitados menos

vezes pelo processo produtivo.

Com esta informação, será possível posicionar os materiais mais utilizados

próximos da saída do almoxarifado, afinal, os funcionários do almoxarifado

precisarão fazer mais viagens com eles. Por outro lado os itens menos utilizados

podem ficar lá no fundo do galpão.

Não confunda este critério com a armazenagem por semelhança. Não há

necessidade alguma que os materiais estejam relacionados entre si no

processo produtivo da empresa.

Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes.

Armazenagem especial: Alguns materiais, por características especiais que

lhe são próprias precisam de uma estrutura especial para armazená-los.

São materiais frágeis, inflamáveis, volumosos, perecíveis e até mesmo

radioativos (já que é pra usar a imaginação ), entre outras características que os

tornem de alguma maneira especiais.

Aqui não há muito como especificar: cada material vai demandar o seu

próprio cuidado.

Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, não adianta nada eu

arremessar o corte de alcatra em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas

eu já terei perdido o material.

E nem preciso mencionar que uma empresa fabricante máquinas de Raios-X

deve fornecer estruturas especiais para armazenamento e manuseio do Césio

utilizado em sua fabricação.

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Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos

outros critérios, já que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e

frequentemente utilizado. Neste caso, seria possível combinar armazenagem

especial com armazenagem por frequência de utilização, sem problema algum do

ponto de vista teórico, ou mesmo prático.

A Instrução Normativa SEDAP 205/1988 também traz algumas considerações

sobre o tema. Vale a pena uma espiadinha, mas não precisa decorar!

4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre outros são:

a) os materiais devem ser resguardadoscontra o furtoou roubo, e protegidos contra a ação dos perigosmecânicose das ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;

b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a entrar,primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque;

c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido inventário;

d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados em lugar de fácil acesso epróximo das áreas de expedição e o material que possui pequena movimentação deve ser estocado naparte mais afastada das áreas de expedição;

e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso. É preciso utilizar corretamenteos acessórios de estocagem para os proteger;

f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso as partes de emergência, aos extintores deincêndio ou à circulação de pessoal especializado para combater a incêndio (Corpo de Bombeiros);

g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar amovimentação e inventário;

h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores das estantes e portaestrados,eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias e facilitando a movimentação;

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i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente abertos quando houvernecessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião da utilização;

j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada para o lado de acesso ao local dearmazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcação do item, permitindo a fácil erápida leitura de identificação e das demais informações registradas;

l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e altura das pilhas, demodo a não afetar sua qualidade pelo efeito da pressão decorrente, o arejamento (distância de 70 cmaproximadamente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes).

Veja que a Instrução Normativa simplesmente aplica conceitos obtidos da

doutrina.

Por exemplo: prega a utilização da armazenagem por semelhança na alínea

g) e ainda, armazenagem por frequência na alínea d).

Mais ainda, sugere ambos os critérios sejam aplicados no almoxarifado, de

tal forma que não sejam excludentes.

Mas chega de critérios, falemos das técnicas de armazenagem agora.

A escolha de uma técnica de armazenagem dependerá muito de alguns

fatores, entre os quais:

- Espaço disponível;

- Tipos de materiais.

- Número de itens;

- Velocidade dos atendimentos necessários;

- Tipo de embalagem a ser utilizada.

Entretanto, por mais que as necessidades mudem de uma empresa ou órgão

público para outro, existem técnicas que são estudadas em quase qualquer livro da

nossa disciplina (e cobradas em prova também). Veja só:

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- Carga Unitária (uso de Pallets)

- Caixas ou Gavetas

- Prateleiras

-Raques

- Empilhamento

- Contêiner

Como você pode ver, as técnicas de armazenagem compreendem a forma

pela qual uma empresa opta por armazenar seus materiais.

Carga Unitária: estamos falando de embalagens de transporte que podem

acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte e

armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet é um estrado de madeira

com 1,1 metros de lado (é simplesmente um quadradão grande e pesado de

madeira, sobre o qual eu coloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeitão dele:

Tá vendo esses espaços que fica embaixo do estrado? São ótimos para a

empilhadeira apoiar suas pás e assim, fica bem mais fácil de carregar o material,

independente de qual seja ele.

Aliás, essa é uma das vantagens da chamada “paletização dos materiais”

(acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforço, além de

reduzir a área de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem

mais rápida.

Outra vantagem é que a de que podemos “unitizar” a carga. O que seria

isso? Significa que podemos transformar uma infinidade de cargas menores em

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uma única unidade transportável, colocar esse monte de coisas em cima de um

único pallet e sair por aí com uma empilhadeira, onde quer que esse material seja

necessário.

Uma coisa é carregar 1.000 unidades de bonecas, uma por uma, de um lado

para o outro. Outra coisa, bem diferente, é amarrar tudo isso em um único pallet e

mover tudo isso em questão de segundos de um lado para o outro. Parece

sensacional? É porque é sensacional!

Caixas ou Gavetas:Acho que não preciso comentar o que são caixas nem o

que são gavetas (aliás, eu nem sei como faria isso ). Melhor mostrar uma foto:

Caixas e gavetassão ótimas para guardar objetos pequenos, como

parafusos, arruelas, lápis, borrachas e mesmo materiais em processamento do

processo produtivo. Vai a gosto do freguês.

O material de que elas são feitas não é importante, a menos que falemos de

armazenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta pode variar conforme a

necessidade. E, ao contrário do que acontece na minha gaveta, se bem utilizado,

esse método evita a perda desses itens muito pequenos.

Prateleiras: Olhe para sua estante cheia de livros de concurso público, e

contemple a definição de prateleira em sua plenitude e grandeza. Caso não tenha

uma, aí vai uma foto:

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Prateleiras servem para estocar materiais de tamanhos diversos, além

de poderem servir de apoio para gavetas ou caixas. O material de que elas são

feitas não é importante (exceto sempre os casos de armazenagem especial), sendo

as mais comuns as de metal e madeira. É essencial que os materiais estocados

em prateleiras fiquem visíveis e sejam corretamente identificados.

Éa técnica de armazenagem mais simples e econômica, sendo adotada

para peças pequenas e quando o número de itens do estoque não é muito grande.

Raques:Talvez seja difícil ver a diferença de um raque e uma prateleira.

Comecemos pela foto de um, para ajudar na definição:

A diferença entre o raquee a prateleira é o seu comprimento. Veja que na

linha horizontal não há divisões. Isso é importantíssimo, já que o raque se presta a

acomodar peças longas e estreitas, como tubos e barras.

Empilhamento: É uma variante da estocagem de caixas. Serve para

aproveitar ao máximo o espaço vertical. Tanto caixas como pallets podem ser

empilhados uns sobre os outros, desde que se preste atenção na distribuição do

peso.

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O empilhamento favorece a utilização de pallets, e melhor ainda, das

empilhadeiras, que como eu já disse, são perfeitas para manusear os pallets.

Aliás, a técnica de empilhamento tem o mesmo significado comum do termo:

“colocar uma coisa em cima da outra”

Contêiner (containers): Já viram aquelas enormes caixas de metal que os

navios costumam trazer. Olha a foto para lembrar:

Containerssão caixas retangulares de metal, completamente seladas e que

se dedicam ao transporte de carga.

Nada novo até aí. Mas a grande sacada do container é que ele foi criado para

ser facilmente transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito para o

transporte intermodal.

Um container chega de navio. Uma grua ou um guincho são utilizados para

coloca-lo em cima de um caminhão. E isso foi feito para encaixar com perfeição.

Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou até carrega-lo de avião. Tudo

isso sem mudar o método de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do

container, sem nunca sair dele).

O Container flexível é algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de

tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o

seu uso.

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Agora deixem o seu professor feliz e digam que já sacaram isso: Cada

material requer uma técnica de estocagem própria. Moleza né?

5.6 Embalagens

As embalagens têm como principal objetivo a proteção dos materiais seja

durante a sua guarda, seja durante a sua movimentação e o seu transporte.

Uma embalagem adequadadeve atender os seguintes requisitos:

- Resistência(química e física) adequada;

- Tamanhoadequado;

- Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem;

- Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do

produto ou processo, utiliza-la deixa de fazer sentido).

E temos vários exemplos de embalagens: caixas de papelão; tambores

metálicos(excelentes para guardar líquidos); fardos(utilizados, por exemplo, para

embalar fumo, lã, algodão), que possibilitam a redução de volume por compressão,

por meio da utilização de tiras metálicas após a mercadoria ser prensada;

recipientes plásticos, que têm sido muito utilizados em substituição a recipientes

de metal ou de vidro.

Importante: O uso de uma embalagemadequada, embora necessário,

muitas vezes tem um reflexo significativo no aumento dos custos.

Aliás, é bom que fique bemclaro: a embalagem também representa custo

para a empresa (e, por vezes, um custo enorme).

5.7 Movimentação de Materiais

Você já sabe que a distribuição de materiais é atividade importantíssima

dentro da disciplina de Administração de Materiais (se não sabe ainda, ficou

sabendo agora ). Mas, por trás da ideia de distribuição de materiais está uma ideia

ainda mais inicial: a movimentação desses materiais.

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A definição de Chiavenato não poderia ser mais clara:

“Dá-se o nome de movimentação de materiais a todo o fluxo de

materiais dentro da empresa”.

A ideia até pode ser um pouco rudimentar, e talvez você nem ache que a

distribuição de materiais, é tão importante. Contudo, tenha em mente que a

distribuição pode responder por 15% a 70% do custo de produção! Tenho sua

atenção agora?

Pois bem, estudaremos as finalidades da movimentação de materiais

mencionadas pela doutrina:

Em primeiro lugar, encontramos fatores ligados ao aumento da capacidade

produtiva da empresa: a movimentação eficiente de materiais permite a

utilização plena da capacidade produtiva da empresa. Os resultados que

conduzem a esse aumento da capacidade produtiva são os seguintes:

- Redução do tempo de fabricação dos produtos;

- Incremento de produção, vez que com um melhor abastecimento, mais

materiais chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais;

- Utilização racional da capacidade de armazenagem, em função do

aumento da área útil da fábrica, decorrente do melhor aproveitamento do espaço

disponível.

Logo em seguida, surgem os fatores ligados àmelhoria das condições de

trabalho: o empregado também deve ser levado em consideração na Administração

de Recursos Materiais, pois é ele quem movimenta o material, ou ao menos quem

opera a máquina que o faz:

- Redução de Acidentes: a movimentação adequada e planejada dos

materiais evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento

destes.

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- Redução da Fadiga: a movimentação adequada também envolve o menor

dispêndio de energia possível na realização desta atividade (falaremos disso logo

mais).

- Aumento da produtividade da mão de obra: pelos fatores acima, o

empregado que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo, pois pode

fazer mais com menos esforço.

Por fim, a doutrina também menciona osfatores ligados à redução dos

custos de produção. Aqueles 15% a 70% de custos podem ser reduzidos

drasticamente, pelas seguintes razões:

- Redução da mão de obra braçal: convenhamos que carregar os materiais

no braço, por mais forte que seja o sujeito, é muito menos eficiente. Com a

utilização de equipamentos adequados (que adivinha, também serão vistos nesta

aula), é possível avançar muito além dos limites da condição humana ;

- Redução dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais

corretamente durante sua movimentação, a empresa evita quebras ou perdas.

Isto se explica pelo fato de que perdas, quando ocorrem, serão rateadas

entre as unidades que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa não quer

prejuízo). Quanto menos material quebrar, mais barata a fabricação do material.

A propósito, esqueça tudo isso quando e se um dia estudarem contabilidade

de custos na vida (perdas inesperadas são lançadas diretamente à conta de

resultados, e não integram o custo de materiais). Mas em ARM, a redução dos

custos dos materiais é uma justificativa válida para estudarmos a movimentação de

materiais.

Redução dos custos em despesas gerais: tudo que é feito com eficiência

precisa ser feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais.

Além do que, é possível reduzir os níveis de estoques com a otimização da

movimentação, pois a empresa conseguirá manter seu giro de estoques alto, sem

prejudicar seu nível de serviço (essa frase já faz sentido pra você!)

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Com isso, terminamos as finalidades possíveis da movimentação.

Novamente, quero lembrá-lo do poder da criatividade em concurso

público: as provas seguem entendimentos

Esta doutrina, por sua vez, nasce da observação destes autores da realidade,

e posterior registro em suas obras.

É isso que eu mostro a vocês nas aulas, pois vocês precisam disso para

acertar 95% das questões que aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e

concluir. INCLUSIVE VOCÊ!

Se aparecer alguma questão perguntando se a movimentação de materiais

poderia ter outro objetivo que não os colocados aqui, por favor, façam o seu

professor feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador não

tem limites, nem a sua deve ter.

Retomando...

5.8 Equipamentos para Movimentação de Materiais

Já sabemos que movimentar é importante, já sei para que serve movimentar.

Mas como devo movimentar os materiais? Em verdade, ninguém pode te dizer

como fazer uma coisa. Mas pode te dizer o que você deve levar em consideração,

ou melhor ainda, quais critérios utilizar .

E isso, na doutrina, tem vários nomes. Chiavenato chamou de “princípios

básicos”, Gonçalves preferiu o termo “Lei” e eu gosto do termo “critério”. Tanto faz

como chamamos, o importante é que você saiba o que é. Entretanto, vou ficar com

o Gonçalves .

As “Leis da Movimentação de Materiais” contém recomendações a serem

observadas, que facilitarão a vida de quem tiver de fazer a movimentação. Veja o

quadro:

Lei Definição Comentários

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Lei da Obediência do Fluxo das Operações

Consiste em construir trajetórias de

movimentação que possam ser mantidas

em sequência.

É evitar ao máximo situações de interrupção entre uma tarefa de transporte e outra. Se a palavra

"combo" lhe for familiar, acredito que seja perfeita aqui

Lei da Mínima Distância

Percorrer o mínimo de espaço possível para

movimentar os materiais, evitando o

ziguezague.

Nada de perambular feito um zumbi pela empresa. Ande em linha reta.

Lei da Manipulação Mínima

Dar preferência ao transporte mecânico,

evitando a manipulação de dos

materiais.

A ideia aqui é evitar o contato manual com o equipamento, que é

menos eficiente e o deixa mais suscetível a acidentes.

Lei da Máxima Utilização dos Equipamentos

Explorar ao máximo as funcionalidades dos

equipamentos, tirando o máximo proveito de

sua operação.

Acho que aqui é tranquilo, o objetivo é fazer tudo que o

equipamento puder fazer para auxiliar na movimentação.

Lei da Máxima Utilização do

Espaço Disponível

Utilizar o máximo de espaço cúbico

disponível.

Também é autoexplicativo. Espaços vazios é desperdício e desperdício é

perda.

Lei da Segurança e Satisfação

Manter a segurança dos empregados e

reduzir a fadiga dos mesmos.

Parte da disciplina de movimentação de materiais se volta aos operadores dos equipamentos,

que devem ser respeitados.

Lei da Padronização

Utilizar o máximo de equipamentos

padronizados (do mesmo tipo)

A ideia de marca pode te ajudar a entender este ponto. Utilizar um único tipo de empilhadeira, por

exemplo, ajuda na manutenção da mesma, já que as peças serão as

mesmas o dia que quebrar.

Lei da Flexibilidade

Os equipamentos utilizados devem, preferencialmente,

servir para transportar tipos variados de

cargas.

Assim, eu posso utilizar o mesmo equipamento para várias tarefas.

Lei da Máxima Utilização da

Gravidade

Esta lei recomenda o aproveitamento

máximo da gravidade

"Para baixo, todo santo ajuda", já diria minha vó.

Lei do Menor Custo Total

Escolher o equipamento de transporte com base no menor custo total (custo

inicial + custo operacional + custo de manutenção) e o

tempo de vida útil

O equipamento deve ser analisado pela média destes custos, já que pode seu custo

de aquisição pode ser barato, mas pela baixa qualidade dos componentes, demandar

manutenção constante.

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Fonte: Gonçalves, Paulo Sérgio

Não achei que fosse ficar tão colorido, mas ficou tão legal!

Enfim, esses são os critérios que pautam a movimentação de materiais. Os

critérios são intuitivos, então, memorizar, só em último caso.

É com base nessas “leis” que devo escolher o tipo de equipamento mais

adequado à movimentação dos materiais da minha empresa. E você ficaria surpreso

com o número imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o

seguinte: vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos de seus principais

representantes.

Vamos nós:

1 – Veículos Industriais;

2 – Transportadores Contínuos;

3 – Guindastes, talhas e elevadores;

4 – Contêineres e estruturas de suporte;

5 – Equipamentos diversos e plataformas;

Veículos Industriais: feitos para movimentação de materiais entre pontos

que não possuam limites fixos ou predeterminados. A trajetória a ser feita pelos

materiais é variável. A empilhadeiraé o exemplo por excelência. Veja a figura. 00891907181

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Essa beleza é capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas também

serve para outros tipos de cargas. Quanto à trajetória variável, estes itens podem

ser demandados em diversos pontos do processo produtivo, ou até mesmo em

diversas prateleiras. O importante é que os pontos iniciais e finais da empilhadeira

nem sempre são os mesmos, e por isso ela é versátil.

Transportadores Contínuos: Agora os pontos de transporte são fixos. O

material vai sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da

imobilidade, esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocês

devem imaginar, são perfeitos para sistemas de produção contínua, entre os quais,

as linhas de montagem. A correia transportadora (esteira) é perfeita para ilustrar:

O material é colocado na esteira e vai se movimentando até chegar a seu

destino. Depois outro, e outro, e outro, sem parar.

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Guindastes, talhas e elevadores: Aqui vão enquadrados todos os

equipamentos de manuseio específico para áreas de difícil movimentação,

movendo as cargas ininterruptamente.

Normalmente, se prestam também a içar (levantar) o material que se

pretende, colaborando para que este não ocupe o mesmo plano que outros

materiais (ou mesmo pessoas). Fala-se em “não concorrência” de espaço, já que o

material fica pendurado e as pessoas ficam no chão.

Aqui não tem jeito, os três são muito diferentes uns dos outros, vai ter foto

dos três.

Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para

ser utilizada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante

pesadas.

O elevador eu acredito que você já conhece. Ele se presta ao transporte de

cargas entre diferentes espaços (andares), em compensação, demanda

manutenção preventiva cuidadosa.

O guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta à movimentação

de cargas muito pesadas entre pontos relativamente próximos, ainda que em alturas

diferentes.

Contêineres e estruturas de suporte:Já falamos deles na aula passada.

Lembre-se, para esta aula, de que são equipamentos sem mobilidade própria, e

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servem não para movimentar materiais, mas para contê-los enquanto são

movimentados.

E, principalmente, são perfeitos para o transporte intermodal (que você verá

nessa aula, no tópico de transportes).

Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto,

incluídos equipamentos de posicionamento, rampas e equipamentos de

transferência de materiais. Se não estava em nenhuma categoria e serve para

movimentar alguma coisa, está aqui. O carrinho de carga é um exemplo de como o

“resto” também é importante:

São úteis para movimentação de pequenas cargas dentro do próprio

almoxarifado. As distâncias que pode percorrer também são curtas, já que só de

olhar para foto, você pode ver que é você quem terá de puxá-lo .

5.9 Utilização do Espaço - Arranjo físico (leiaute).

Não achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando

materiais de um lado para o outro, com brinquedos legais é verdade, sem nenhum

propósito ou motivação?

A disciplina dos arranjos físicos diz respeito ao planejamento do espaço físico

que será utilizado, que será ocupado. Se nos primórdios, o arranjo físico era feito

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intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso lá e esse é no uni-duni-tê), com os

avanços da ciência da Administração da Produção, começou-se a criar técnicas que

melhorassem esses arranjos.

Para ser bem sincero, o layout não se limita a materiais.

O layout é a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da

maneira mais eficiente possível.

Chiavenato2 cita como objetivos deste arranjo físico:

Integrarmáquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção

eficiente.

Reduzirtransportese movimentosde materiais.

Permitir fluxo regular de materiaise produtos ao longo do processo

produtivo, evitando gargalos de produção.

Proporcionar utilização eficientedo espaço ocupado.

Facilitare melhorar as condições de trabalho.

Permitirflexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças.

O arranjo físico das máquinas determinará a melhor eficiência do fluxo

produtivo. O arranjo dependebastante daquilo que é produzido e qual o propósito

dado pela produção a cada máquina.

Veja um exemplo de desastre:

Pense em uma fábrica.

Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produção. Antes,

havia três máquinas específicas, uma atrás da outra, e correspondia cada qual a

2Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, Ed. Campus, pág. 120.

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uma etapa do processo produtivo em sequencia. E, para melhorar o exemplo, estas

máquinas só eram capazes de fabricar um único tipo de produto.

Com a alteração do layout, essas mesmas três máquinas foram alocadas

bem distantes umas das outras.

O resultado desta providência, provavelmente será o comprometimento do

fluxo de produção.

Pensa só: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de

uma máquina a outra, os estoques intermediários ficam “passeando” de um lado a

outro da fábrica, com sério risco de danos e extravios, fora outras calamidades

inimagináveis que dificultarão a obediência à data de entrega do pedido.

Tudo porque alguém, em algum momento, resolveu alterar o layout da

produção para uma disposição inadequada. A empresa vai quebrar porque a

máquina foi colocada no lugar errado. Percebeu a importância do tema?

O arranjo físico pode dizer respeito também à melhor disposição de operários

na linha de produção (quando a operação não é tão automatizada).

Perceba: ao falarmos de layout não falamos apenas de materiais e máquinas.

Tudo bem, já sabemos a importância de arranjar (dispor, colocar) os

materiais dessa ou daquela forma, mas quais considerações devemos fazer, a fim

de escolher a forma adequada?

Existem várias razões (sua imaginação também pode ajudar nessa hora, não

se limite a memorizar), entre as quais:

Aqueles itens de estoqueque dão saída um grande número de vezes,devem

ser alocados de forma a facilitar seu manuseio e acesso, o que pode ser

alcançado se mantidos próximos à saída do almoxarifado. Isto evitaria que o

coitado do responsável pelo almoxarifado tenha de se deslocar

desnecessariamente para atender as requisições;

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Os corredores de acessoao almoxarifado e ao depósito devem facilitar o

trânsito de maquinário de transporte (de movimentação dos materiais). Por

exemplo: os corredores devem ser de largura suficiente para permitir o

trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos. Do

contrário...bom, imagine quão constrangedor seria um engarrafamento de

empilhadeiras ;

O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas

de acesso. As portas do almoxarifado e do depósito devem ter largura e

altura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e

movimentação dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem

dificuldades;

O empilhamento dos materiaise o uso de prateleiras devem respeitar as

dimensões do estoque de modo que não provoque riscos de acidentes, por

exemplo, por inviabilizar o acesso a áreas com mangueiras ou alarmes de

incêndio, ou ainda, que o peso faça com que as caixas de baixo comecem a

ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme dominó;

Locais de armazenagem temporáriadevem ficarpróximos aos locais de

saída e expedição, auxiliando bastante o processo;

Um layout adequado proporciona redução nos custos, pelo aumento da

capacidade produtiva e pela melhor utilização do espaço físico. Por mais que eu dê

exemplos, a essência da matéria é facilitar a produção. Quanto mais criativo e

eficiente, melhor.

Agora vamos aos principais layouts existentes.

Layout posicional ou de posição fixaou estacionário

O que caracteriza este layout é o fato de que os materiais que estão sendo

processados não se movem.

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Este tipo de arranjo é recomendado paraprodutos de grande porte, e,

portanto, de difícil ou impossível locomoção.

Assim, são as pessoas, os materiais e as máquinas se deslocam até o

produto.

Pense na fabricação de um navio.

Imagine descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fábrica para

seguir com sua produção. É muito mais fácil fazer com que as pessoas e materiais

necessários à próxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para

continuar a fabricá-lo.

Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade do arranjo (muito

maior que no layout funcional), permitindo diversas alterações no planejamento,

sendo preferencial utilizá-lo em sistemas de produção por encomenda.

Entretanto, como a produção por encomenda acaba sendo muito

diversificada (cada novo cliente modifica parte considerável das especificações do

produto para que atenda suas necessidades), o ritmo de produção é irregular,

gerando, algumas vezes, alta ociosidade no processo.

Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens:

Vantagens do Layout Posicional:

- Não há movimentação do produto (isso você deve ter sacado antes );

- Possibilidade de terceirização de todo o projeto (podemos chamar uma

equipe até a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto);

- Desvantagens do Layout Posicional:

- Complexidade na supervisão;

- Necessidades de áreas externas (abrigos, casa de ferramentas, etc) para

atender aos funcionários da produção e à própria produção (lembre-se de que

são os funcionários e materiais que se deslocam até o produto, e não o contrário);

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- Produção em pequena escala (são produtos tipicamente por encomenda,

é inviável produzir em lote neste caso);

- Apresenta grande complexidade na programação dos recursos no

tempo e organização logística;

Layout por processo ou funcional

Este layout é marcado pela configuração situarprocessos similares

próximos uns aos outros.

Assim, as máquinas e pessoas serão dispostas por especialidades, e o

material se desloca ao longo de sessões, até sua finalização.

Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado nas

situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de

produção é relativamente baixo.

É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo

produtivo começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto,

para então começar a próxima). Por outro lado, é natural que haja um intervalo

entre a produção de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o

ritmo de produção irregular.

Pense em uma fábrica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados

colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca

o cadarço, e assim por diante.

O sapato sofre diversas modificações ao longo do processo produtivo, e vai

sempre caminhando de uma seção a outra da fábrica até que fique pronto. E lógico

que eu não vou fazer isso com um sapato só, mas vou produzir vários sapatos de

uma vez (em lote).

Simplificando:

Vantagens do Layout Funcional:

- Grande flexibilidade para atender a mudanças de mercado;

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- Bom nível de motivação dos operários;

-Possibilidade de elaboração de produtos diversificados em

quantidades variadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo;

- Menor Investimento para instalação do parque industrial;

Desvantagens do Layout Funcional:

- Fluxo longo dentro da fábrica;

- Diluição prejudicada do custo fixo em função da menor expectativa de

produção(Produção menor são menos produtos sobre os quais posso ratear meus

custos fixos);

- Dificuldade ao elaborar a programação da produção

- Dependência de mão de obra qualificada

Layout celular

Os materiais transformados (já processados de alguma maneira) são

movimentados para uma parte específica da operação (célula) onde estão todos

os demais recursos necessários ao processamento.

Somente em caso de uma imprevisibilidade o produto precisará sair daquela

célula para ser trabalhado.

Cada unidade produtiva é uma célula dotada de absolutamente tudo que

aquele produto (ou material semiacabado) precisará para avançar até a próxima

fase.

Ruim é arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo . Já

assistiu Fórmula 1 né? Pit Stop?

Muito bem, o carro chega ao Pit Stop e aquela célula composta de

funcionários, ferramentas e materiais estão toda concentrada em um Box 5x5,

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contendo de absolutamente tudo para que o carro saia de lá abastecido, com pneus

novos, e com o visor do capacete do piloto sequinho.

Ou você já viu o piloto sair de um box que só parafusa pneus para outro que

só abastece? A ideia é justamente a concentração de recursos em um único espaço

físico.

Outro legal é o da praça de alimentação do shopping. Quando a assunto for

refeição, todas as opções estão concentradas ali, ou você já sentiu a necessidade

de ir para outra área do shopping para comer algo diferente?

Simplificando

Vantagens do Layout Celular:

- Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto

- Diminuição do transporte de material

- Diminuição de estoques(principalmente de produtos semiacabados, já que

a célula é capaz de lidar com eles diretamente, ao invés de encaminhar os produtos

para outra área da empresa)

Desvantagens do Layout Celular:

- Bastante específico (é a própria ideia de formação de uma célula)

- Arranjos de difícil elaboração

Layout por produto ou linear

Utilizado na fabricação de produtos cuja produção segue a mesma sequencia

de atividades.

Assim, é um tipo de arranjo que funciona melhor na produçãode itens

padronizados, cujos equipamentos e funcionários executarão uma grande

quantidade de tarefas repetidas.

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Desde os tempos de Henry Ford, este layout reduz drasticamente os custos

de produção e movimentação de materiais, contudo, este custo reduzido resulta

em um arranjo muito pouco flexível.

De tal forma, o baixo custo de produção costuma ter como contrapartida

o elevado investimento em equipamentos.

E já que falei do Henry Ford, vamos ressuscitar um clássico: a linha de

montagem de veículos.

Imagine esse seu Golzinho ano 94 (que você está doido pra trocar quando

passar nesse concurso).

Ele é rigorosamente igual a milhares de outros Golzinhos ano 94, por mais

apego que você possa ter por ele . O carro em questão é um produto padronizado,

que não muda nunca.

E ele foi fabricado em uma grande fábrica, onde havia uma seção, e nessa

seção havia uma grande máquina cuja especialidade era apertar parafusos.

E essa grande máquina apertava parafusos milhões de vezes por dia,

montando milhares de chassis de carros.

E esses milhares de chassis iriam para outra fase, onde outra grande

máquina faria alguma outra atividade muito específica milhões de vezes, e assim

por diante . Você já deve ter entendido a ideia.

Simplificando:

Vantagens do Layout por produto ou linear:

- Possibilidade de Produção em Massa com Grande Produtividade

- Carga de Máquina e Consumo de Material Constantes ao Longo da

Linha de Produção

- Controle de Produtividade Facilitado.

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Desvantagens do Layout por produto ou linear:

- Ato Investimento em Máquinas

- Tédio (refiro-me aos operários).

- Falta de Flexibilidade da Linha de Produção

- Fragilidade a Paralisações e Gargalos da Produção.

Tenha em mente: Layout quer dizer, simplesmente, “arranjo”.

Dessa forma, qualquer “jeito” de dispor os materiais no estoque pode ser

considerado um layout, desde que sejaestruturadosegundo algum critério.

O layout é tanto mais eficiente quanto mais adequado ao processo produtivo

no qual a empresa está inserida. Um determinado arranjo pode ser favorável em um

determinado cenário e um completo desastre em outro.

O resto da doutrina são fórmulas e tabelas sobre como construir estes

arranjos e calcular sua eficiência. Nada que eu já tenha visto cair em prova, nem

mesmo nas mais cruéis .

5.10 Controle, Registro, Movimentação, Recuperação de Material e

Segurança

Este é um momento de grande destaque da IN 205/1988. Tudo que você

verá, daqui por diante, são excertos do referido diploma.

Segundo suas próprias palavras, seu objetivo é:

“[...] racionalizar com minimização de custos o uso de material no âmbito do

SISG através de técnicas modernas que atualizam e enriquecem essa gestão com

as desejáveis condições de operacionalidade, no emprego do material nas diversas

atividades”.

Pessoalmente, recomendo que você leia a Instrução Normativa inteira, a fim

de se familiarizar com seus conceitos. Algumas questões de prova saem

diretamente da IN, garantindo a você pontos preciosos rumo a sua aprovação.

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Comecemos pelo Controle e Registro:

7.9. A movimentação de material entre o almoxarifado e outro depósito ou

unidade requisitante deverá ser precedida sempre de registro no competente

instrumento de controle (ficha de prateleira, ficha de estoque, listagens

processadas em computador) à vista de guia de transferência, nota de requisição

ou de outros documentos de descarga.

7.10. Ao Departamento de Administração ou unidade equivalente compete

ainda: supervisionar e controlar a distribuição racional do material requisitado,

promovendo os cortes necessários nos pedidos de fornecimento das unidades

usuárias, em função do consumo médio apurado em série histórica anterior que

tenha servido de suporte para a projeção de estoque vigente com finalidade de

evitar, sempre que possível, a demanda reprimida e a consequente ruptura de

estoque.

7.11. Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser

distribuído à unidade requisitante sem a respectiva carga, que se efetiva com o

competente Termo de Responsabilidade, assinado pelo consignatário, ressalvados

aqueles de pequeno valor econômico, que deverão ser relacionados (relação

carga), consoante dispõe a I.N./SEDAP nº142/83.

Primeiro ponto importante que merece comentário: O Sr. Está indo para

uma repartição pública. Nenhum objeto sai da custódia de alguém sem que,

imediatamente, seja transferido a outra pessoa responsável. Este aspecto de

controle é talvez o mais sensível dentro de uma entidade, seja uma empresa, seja o

seu futuro órgão: material não fica sozinho, estará sempre sob os cuidados de

alguém.

7.12. Cumpre ao Departamento de Administração ou unidade equivalente no

que concerne ao material distribuído, cuidar da sua localização, recolhimento,

manutenção e redistribuição, assim como da emissão dos competentes Termos de

Responsabilidade que deverão conter os elementos necessários à perfeita

caracterização do mesmo.

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7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e

materiais permanentes receberão números sequenciais de registro

patrimonial.

7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material,

mediante gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada.

7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro patrimonial poderá

ser aposto mediante carimbo.

7.13.3. Em caso de redistribuição de equipamento ou material permanente, o

termo de responsabilidade deverá ser atualizado fazendo-se dele constar a nova

localização, e seu estado de conservação e a assinatura do novo consignatário.

7.13.4. Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser

movimentado, ainda que, sob a responsabilidade do mesmo consignatário, sem

prévia ciência do Departamento de Administração ou da unidade equivalente.

Meu caro: materiais permanentes, como seu próprio nome indica, são

destinados a uso duradouro (superior a dois anos), de forma que, a princípio, não há

qualquer justificativa para sua movimentação “ordinária”. Eles não precisam ficar

circulando de unidade em unidade.

Casos de movimentação para reparo, ou realocação do material para outro

setor, por exemplo, justificariam a movimentação do material, entretanto, o órgão

central encarregado da administração do equipamento deve sempre ser cientificado

de tal ocorrência.

7.13.5. Todo equipamento ou material permanente somente poderá ser

movimentado de uma unidade organizacional para outra, através do

Departamento de Administração ou da unidade equivalente.

7.13.6. Compete ao Departamento de Administração ou unidade equivalente

promover previamente o levantamento dos equipamentos e materiais

permanentemente em uso junto aos seus consignatários, com a finalidade de

constatar os aspectos quantitativos e qualitativos desses.

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7.13.7. O consignatário, independentemente de levantamento, deverá

comunicar ao Departamento de Administraçãoou unidade equivalente qualquer

irregularidade de funcionamento ou danificação nos materiais sob sua

responsabilidade.

7.13.8.O Departamento de Administração ou unidade equivalente

providenciará a recuperação do material danificado sempre que verificar a sua

viabilidade econômica e oportunidade

Mais do que a mera reprodução dos artigos, gostaria que você prestasse

atenção no objetivo da IN com estes dispositivos. Observe que o Departamento de

Administração na verdade é qualquer unidade responsável pela Administração dos

Materiais dentro de determinado órgão.

E nada, nada, nada mesmo pode ocorrer com estes materiais sem que a

unidade responsável tenha ciência destas ocorrências. Ademais, qualquer atitude

tomada com relação aos materiais que não seja o seu uso normal (afinal, o uso

normal é previsível e esperado) tem de ser comunicada ao departamento.

Isto, meu caro, é controle . E como você deve ter notado, a forma de

materialização do controle é justamente o registro de todas as operações praticadas

com o material. Material chegou: registre. Material saiu: registre. Material quebrou:

registre!

Passando agora para a conservação (manutenção) e recuperação.

Como você notará, os dispositivos existem em pequeno número. Isto tem

uma razão de ser: a conservação e recuperação de materiais depende,

essencialmente, de se saber com qual material estamos lidando.

As questões de prova não costumam abordar cuidados específicos com este

ou aquele material, exceto quando o próprio bom senso pode conduzir à resposta.

Por exemplo: material inflamável não deve ser acondicionado próximo a

chamas, tampouco carnes devem ser acondicionadas fora do frigorífico, e assim por

diante. Assim que terminarmos o texto da IN, falarei mais sobre estes dois tópicos.

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Quanto à recuperação de materiais, a ideia que a sustenta é bastante

simples: recuperar o material é economicamente viável? Em outras palavras:

consertar sai mais barato que comprar outro?

Vamos ver agora o que nos diz a IN:

9. É obrigação de todos a quem tenha sido confiado material para a guarda

ou uso, zelar pela sua boa conservação e diligenciar no sentido da recuperação

daquele que se avariar.

9.1. Com o objetivo de minimizar os custos com a reposição de bens móveis

do acervo, compete ao Departamento de Administração, ou unidade equivalente

organizar, planejar e operacionalizar um plano integrado de manutenção e

recuperação para todos os equipamentos e materiais permanentes em uso no

órgão ou entidade, objetivando o melhor desempenho possível e uma maior

longevidade desses.

9.2. A manutenção periódica deve obedecer às exigências dos manuais

técnicos de cada equipamento ou material permanente, de forma mais racional e

econômica possível para o órgão ou entidade.

9.3. A recuperação somente será considerada viável se a despesa

envolvida com o bem móvel orçar no máximo a 50% (cinquenta por cento) do

seu valor estimado no mercado; se considerado antieconômico ou

irrecuperável, o material será alienado, de conformidade com o disposto na

legislação vigente.

Pois bem meu caro, como eu já disse, e a essa altura, você já deve ter

reparado, o tema “conservação” é amplo demais para ser tratado de maneira geral

e, ao mesmo tempo, precisa.

Ainda assim, posso facilitar um pouco a sua vida . Acompanhe os principais

causadores de deterioração nos materiais armazenados:

- Reações Químicas: experimente combinar ácido sulfúrico com água e veja

o desastre que acometerá seu almoxarifado . Desta forma, alguns materiais devem

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ser conservados longe de outros, para evitar a sua combinação. O frio e o calor

também podem dar origem a algumas reações, devendo a temperatura ser levada

em consideração. E talvez você não tenha feito nada disso, mas os produtos

tenham uma tendência natural a sofrer reações. É o caso da maior parte dos metais,

em especial o ferro, em combinar-se com o oxigênio, fenômeno este conhecido

como oxidação (e no caso do ferro, nossa querida ferrugem).

- Umidade: esta aqui, meu caro, é minha velha conhecida desde as aulas de

arquivologia. Lá, o eu diria para você que o papel absorve e perde água para o

ambiente conforme a concentração de umidade, desgastando suas fibras. Aqui eu

digo a você que todo material sofre com a manutenção de níveis de umidade fora de

suas especificações.

- Temperatura: experimente armazenar 5 toneladas de carne fora de um

frigorífico (um galpão comum à temperatura ambiente já fará estrago), e regozije-se

em meio a forte odor de podridão que atormenta suas narinas.

- Contaminação: Um saco de açúcar tomado por formigas dificilmente

conseguirá ser vendido no mercado, assim como móveis tomados por cupins.

Quando falamos em contaminação, nos referimos tanto a agentes biológicos que

podem infestar o material, como ainda a contaminação por substâncias tóxicas, que

tornam o material impróprio para o fim a que se destina.

- Avarias: Um computador que cai no chão dificilmente servirá para alguma

coisa que não seja ser um peso de papel gigante e caro. Qualquer dano físico,

normalmente atribuído ao descuido na movimentação ou operação do material está

contido aqui.

- Odores: Alguns materiais absorvem odores, e isto, em alguns casos,

terminará por inutiliza-lo.

Dito tudo isto, caro aluno, podemos estabelecer alguns cuidados gerais no

que tange à conservação de materiais:

- Separar materiais explosivos, inflamáveis ou tóxicos de todos os demais, de

maneira que os danos sejam minimizados em caso de falta de cuidado;

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- Ter em mente que alguns materiais devem ser estocados em câmaras

isoladas ou áreas de segurança (pode pensar em plutônio altamente instável que

tenho certeza que os desenhos que passam na TV te darão a noção exata do que

quero dizer aqui )

- No caso de alguns materiais perecíveis, ou quando a natureza do material

assim recomendar, cuidar de armazená-lo em câmaras frigoríficas, ou ao menos em

locais mantidos em baixa temperatura.

- Atentar-se ao prazo de validade dos materiais.

- Isolar materiais que exalem odores fortes de alimentos (sim, alimentos

também são materiais, e pode apostar que eles absorvem grande parte dos odores

do ambiente em que estão).

De resto meu caro, professo a teoria de que a imaginação e o bom senso

favorecem o concurseiro: quaisquer providências que assegurem a correta

conservação do material, ainda que não tenham sido expostas aqui são forte

candidatas a estarem corretas. Então, leia com calma.

Quando falarmos de segurança na armazenagem de materiais, pense em

qualquer medida ou ação que busque evitar furtos, roubos, avarias, ou mesmo

acidentes pessoais com todos os envolvidos no processo.

A doutrina elenca cuidados simples, mas, nem por isso, dispensáveis:

- Evitar o acesso de pessoas não autorizadas ao almoxarifado;

- Instalar equipamentos contra incêndio;

- Evitar o trânsito de veículos transportadores em alta velocidade no

almoxarifado;

- Indicar cuidados específicos na estocagem, manuseio e transporte de

materiais, sendo recomendado a utilização de símbolos para tanto;

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Além disto, estimula-se a utilização de cores, símbolos de segurança, placas,

cones, ou qualquer outra medida ou recurso capaz de sinalizar os cuidados

necessários com a armazenagem. Lembre-se: use a imaginação se for preciso ;

Mas não é apenas na armazenagem que devemos tomar cuidado. Alguns

materiais, por sua própria natureza, envolvem cuidados também em seu manuseio.

O que costuma aparecer com mais frequência nos livros são os cuidados

com materiais de saúde e produtos químicos. Como você irá para um órgão que não

costuma operar com essas coisas, não vou chatear você com coisas muito

específicas. Veja apenas os mais gerais:

- Substâncias com pH inferior a 2 e superior a 12,5 são consideradas

corrosivas, razão pela qual devem ser apropriadamente manuseadas;

- O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados para

cada tarefa é essencial.

- A rede elétrica e hidráulica do almoxarifado deve sofrer inspeção

periódica;

- Produtos químicos sem rótulo não devem ser recebidos pela

instituição;

- Caso não seja possível separar itens perigosos dos demais itens (a

exemplo de itens inflamáveis ou contaminantes), devemos ao menos isolar a área

em que aqueles são armazenados.

Sim, eu sei que você seria capaz de imaginar tudo isto sozinho, sem a minha

ajuda, mas as questões sobre segurança nos estoques envolvem muito mais um

juízo de adequação do que a memorização de teoria. Se você se deparar com uma

questão que o atormente, seu professor está aqui para isso! (não atormentá-lo, mas

resolver o seu problema ).

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6. Logística e Distribuição de Materiais.

6.1 Características das modalidades de transporte.

Sob a ótica da logística, faremos considerações a respeito da consolidação

das cargas para embarque, a possibilidade de reunir diversos tipos de cargas em

um único embarque, bem como o transporte mais adequado, levando-se em

consideração o tipo de carga e o local para o qual a carga será transportada.

A julgar pela maneira como seu examinador relacionou o tema, acredito que

ele deseje também que você conheça as principais características dos modais de

transporte existentes. Falaremos disto logo abaixo.

Transportar também é movimentar uma coisa de um lugar a outro. Só que

para concursos, esse movimentar diz respeito a como os produtos acabados

chegam àsmãos do cliente ou da empresa intermediária(que, acredite, também é

um consumidor). Ou ainda, a saída dos produtos do depósito ao mercado.

E tudo isso controlando quatro variáveis-chave: forma, tempo, lugar e

posse.

Antes de falar sobre as características das modalidades de transportes,

preciso mencionar as modalidades de transportes conhecidas atualmente.

Importante: os meios de transporte utilizados também podem ser

chamados de modais.

São essencialmente cinco os modais de transporte:

1 – Transporte Rodoviário

2 – Transporte Ferroviário

3 – Transporte Hidroviário (Aquaviário)

4 – Transporte Aeroviário

5 – Transporte Intermodal

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6 -Transporte Dutoviário

Fonte: http://www.transportes.gov.br/public/arquivo/arq1352743917.pdf

As informações constantes acima foram baseadas em um estudo realizado

pelo Ministério dos Transportes na elaboração do Projeto de Avaliação do Plano

Nacional de Logística, em 2011.

Em todo caso, é só para você ter uma ideia da matriz de transporte nacional,

com grande destaque para o Modal Rodoviário. Outro detalhe é que, como é um

gráfico de transporte de cargas nacionais, o transporte aeroviário quase nem

aparece (foi desprezado do gráfico acima). Isso se explica pelo fato de que não faz

muito sentido transportar cargas domésticas através do modal aéreo. Custaria uma

fortuna e pouquíssimos itens justificariam tal gasto. Mas logo logo você vai entender

a razão.

Conheçamos características:

Transporte Rodoviário: Este é o favorito do Brasil desde os tempos em que

eu estudava Geografia no Ensino Fundamental, e desde muito antes. Esta

modalidade de transporte se utiliza de estradas e rodovias para levar o Produto

Acabado do depósito até o cliente (seja ele o consumidor ou outra empresa).

É, de longe, o modal mais utilizado no Brasil.

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A sua característica positiva encontra-se na flexibilidade. O caminhão

pode entrar e sair do depósito da empresa e chegar até a porta do cliente

(transporte porta a porta). Extremamente versátil. Contudo, é desvantajoso do

ponto de vista do custo operacional.

Cada caminhão só pode levar uma quantidade limitada de carga, e pior,

cada caminhão demanda um motorista para dirigi-lo.

Se já não bastasse, o transporte rodoviário ainda é dependente da

condição das estradas e deixa a carga suscetível a assaltos.

A doutrina ainda nos lembra de que o custo do transporte pode subir ainda

mais, em razão da existência de pedágios ou mesmo de um simples aumento dos

combustíveis (nem mesmo indiretamente relacionado à produção da maior parte

dos bens).

Mas não se desespere, ele ainda possui uma boa relação custo benefício.

É recomendado para o transporte depequenos volumes de carga, com

prazos de entrega relativamente curtos.

Transporte Ferroviário: É o transporte sobre trilhos. Uma locomotiva que

pode ser movida por eletricidade, diesel, ou até madeira, puxa uma série de vagões

de diversas dimensões e tipos, que possuem cargas igualmente variadas.

O comboio(este conjunto de locomotiva + vagões) pode transportar

umainfinidade vagões (limitados, logicamente, à força de tração da locomotiva),

reduzindo os custos de transporte, e por consequência, baixando o valor do frete.

É mais carga sendo levada por menos motoristas (ou maquinista neste caso

).

Outra vantagem do transporte ferroviário é a velocidade homogênea. O

trem não vai parar em semáforo, não pega trânsito e não se conhece de um trem

que tenha ficado preso em um engarrafamento

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Entretanto, sua desvantagem encontra-se na pouca flexibilidade do veículo

de transporte. O trem encontra-se restrito ao traçado dos trilhos, devendo a carga

ser retirada no terminal. Obviamente, não vai chegar à porta do cliente, a menos

que ele more do lado da estação .

Sua destinação principal é para transporte de cargas de maior volume e

grande peso, sendo que o prazo de entrega normalmente não é o fator em

destaque, e sim ovolume transportado.

É utilizado principalmente por siderúrgicas e indústrias de cimento que

possuem terminais rodoviários em seus próprios pátios.

Transporte Hidroviário: É a modalidade de transporte feita por meio de

navios ou barcos, sobre a água. É dividida na doutrina entre navegação fluvial e

navegação marítima.

O termo fluvial está ligado a “rios”, e desta forma, este tipo de navegação se

presta a levar cargas dentro de um mesmo país, ou ainda, em curtas ou médias

distâncias.

Quanto à navegação marítima, se destina a portos da mesma nação ou de

outros países. Quando o transporte é feito entre portos nacionais, falamos de

navegação de cabotagem, e quando é feita entre portos de diferentes países,

estamos falando simplesmente de navegação internacional.

Sua utilização principal está no transporte de grandes volumes de carga

de baixo valor unitário.

A propósito: Se no transporte ferroviário o tempo não era fator

preponderante,no transporte hidroviário o tempo é totalmente secundário.

Ainda assim, é a modalidade de transporte mais comum em movimentação de

cargas internacionais.

Sua vantagem está no baixo custo e relativa flexibilidade. Desde que

exista rio ou mar, o barco ou navio podem ir a qualquer lugar, apenas precisando de

um porto para descarregar (perdoe a rima ).

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Transporte Aeroviário:Transporte feito pelo ar, através de aviões. Você já

deve imaginar que é um meio de transporte de alto custo.

Assim sendo, a carga a ser transportadapor este tipo de modal é, no mais

das vezes, altamente sofisticada, de preço também elevado e, de quebra,

demanda agilidade na entrega.

Recomendável para cargas... nobres... digamos assim... Por ser o meio de

transporte mais rápido disponível, e ainda recomendável, para transporte entre

pontos longínquos, não alcançados pelo transporte rodoviário e ferroviário (tente

levar 500 kg de feijão da Patagônia até Budapeste de caminhão ).

Transporte Intermodal: Utilizado para cargas que demandam o

transporte através de vários modais. Modalidade que pode utilizar dois ou mais

dos meios de transporte anteriormente apresentados.

Por exemplo: a China fabrica um brinquedo, que por seu baixo custo, vem de

navio dentro de um contêiner. Ao chegar ao porto, o guindaste pega o contêiner e

coloca em cima do caminhão, que segue até o cliente, que poderá vendê-lo.

É perfeito para atingir determinados locais de difícil acesso, pois

combina todos os aspectos positivos dos modais mencionados.

Outro exemplo, que agora vou emprestar do Chiavenato está na importação

de petróleo. O barril de petróleo inicialmente vem transportado em navios, que

descarregam o produto em terminais próprios (dutos, que trataremos no próximo

item), para chegarem às refinarias. Na refinaria é produzida a gasolina, que é

movida através de vagões-tanque, que a levam até os reservatórios, onde ficam

estocadas. E por fim, sua distribuição é feita através de caminhões que a levam

para os postos de gasolina da região.

Tome cuidado para não confundi-lo com o transporte multimodal. A diferença

entre o transporte multimodal e o intermodal é muito mais um conceito. Pense em

uma empresa que se responsabilize pelo transporte da carga, e emita um

documento individual, cobrindo toda a operação. Este será o transporte multimodal,

na medida em que a empresa está se responsabilizando por todo o trajeto, seja

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trilho, água, ar ou rodovia. No transporte intermodal emite-se um documento único

de transporte para cada modal utilizado. Há nítida divisão de responsabilidade entre

os diversos transportadores.

Transporte Dutoviário:É utilizado para o transporte de óleos (em especial,

petróleo). Consiste em uma rede de dutos (canos) que escoa a produção de

óleos até a refinaria. Por ser bastante específico, só consigo pensar no exemplo da

Petrobras.

O petróleo extraído é levado até o porto, onde uma rede já pronta de dutos

permite o escoamento do petróleo extraído até a refinaria, para fabricação de seus

derivados.

Estas são as principais formas pelas quais os materiais podem ser

transportados. Sua inserção no sistema logístico, como já foi dito, depende das

características da carga e do local de destino.

6.2 Logística

Este será um capítulo bem longo. Mas é importante não desanimar e lê-lo até

o fim. Com o correto entendimento do que se conhece hoje por logística, você será

capaz de destrinchar toda e qualquer questão que trate sobre qualquer ponto da

matéria, pois a logística utiliza todos os conceitos que já vimos até agora.

Imagino que depois de passar tanto tempo comigo, você já notou que nada

em Administração de Materiais, ou mesmo em gestão de empresas, é fruto da

manifestação da natureza em seu esplendor. Tem muito esforço humano envolvido,

pois as coisas só acontecem quando um ser humano as planeja e executa.

E agora, o ser humano, o homem de negócios quer vender o que produziu.

Até agora, aprendemos técnicas, ferramentas, conceitos e objetivos. A estrutura

para distribuição (que eu vou chamar daqui para frente de logística) se volta a

utilizar todos esses conceitos para montar uma rede funcional que garanta a venda

e entrega dos produtos.

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Curioso que o termo “logística” é amplamente usado. Na época de meu pai,

só se falava em transportadora e, durante muito tempo, o conceito de logística

esteve atrelado unicamente ao transporte.

Pensando em logística, na verdade, sua origem era e foi... militar. O

objetivo?Vencer guerras. A forma?Colocar recursos (coisas e pessoas) certos no

local certo.

Comecemos, pois, pelo conceito, que aliás, existem muitos na doutrina. Meu

favorito (por se voltar especificamente aos materiais e ao cliente) é o que Gonçalves

reproduziu de Marthins Christopher:

Logística é um processo “que envolve o gerenciamento estratégicoda

aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados

e o fluxo de informações correlato, através dos canais de marketing da empresa,

tendo como objetivo atender aos pedidos dos clientes, a baixos custos com a

finalidade de maximizar a lucratividade presente e futura.”.

É a ciência atrelada à administração que cuida do planejamento,

operacionalização e controle do fluxo de mercadorias e da informação, que se inicia

na fonte fornecedora e termina quando o produto é entregue ao consumidor.

E não nos esqueçamos de que seu examinador prestigia mais de um autor

na hora da prova.

Mas, para montar a estrutura de distribuição da empresa, esta deve atentar-

se a quatro variáveis principais:

Forma: o material produzido tem determinadas características que

influenciam em sua produção e acondicionamento.

Tempo: é o momento em que o produto se encontra fisicamente em algum

lugar.

Lugar: falamos do local específico onde o item se encontra em dado

momento.

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Posse:controle de quem está com o bem em algum lugar em determinado

momento.

No que se refere às atividades relacionadas à logística, podemos dividi-las

em dois grupos de atividades

Principais: As atividades principais são aquelas que impulsionam o processo

logístico, o fazem funcionar. Sem atividades desta natureza, simplesmente não há

como se falar em logística;

Secundárias: São atividades de suporte. Sem elas, o sistema logístico torna-

se dificultoso, mas em por isso deixa de existir.

Atividades Principais:

Padrão de Serviços ao Cliente: falamos aqui de descobrir as necessidades

do cliente, bem como as ponderações relacionadas à qualidade do serviço que lhe é

prestado.

Transporte: Falamos bastante de transporte já.Refere-se à escolha do meio

de transporte ideal para conduzir as mercadorias a quem delas precise (inclusive o

cliente).

Fluxo de Informações e processamento de pedidos: informação é poder.

Falamos da forma pela qual o fluxo de informações transita ao longo da cadeia

logística, e de que forma os pedidos dos clientes são processados.

Forma Tempo

Lugar Posse

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Se o sistema logístico da empresa não puder controlar estas três atividades,

é melhor o dono começar a procurar emprego, pois ser empresário não é o fortedele

.

Ok, falta falar das atividades secundárias, ou de apoio

Armazenagem: Na armazenagem, definimos espaço destinado ao

armazenamento de produtos, bem como a disposição dos estoques, locais de

embarque, e tudo que tenha a ver com a forma com que os materiais são

guardados.

Manuseio de materiais: com o perdão do termo, mas estas são as

atividades que envolvem “mexer” no material. Processamento e expedição de

pedidos de clientes, seleção de equipamentos para movimentação de materiais,

recuperação de produtos armazenados e até mesmo a política de reposição dos

materiais. Tudo isto está aqui.

Compras: mais um tópico a ser detalhado mais à frente. Selecionar os

suprimentos e, principalmente, quem os fornece, o tempo ideal para realizar

aquisições (aproveitando-se de possíveis vantagens, como compras em lote e

variação dos preços), negociações e elaboração de contratos de fornecimento, se

tiver algo a ver com compras, pode colocar aqui.

Embalagem: Diz respeito ao acondicionamento dos materiais e produtos. Se

acondicionados corretamente, os materiais e produtos são mais fáceis de guardar, e

ainda ficam protegidos contra danos. Melhor ainda: só de olhar para a caixa, é

possível dizer o que tem dentro sem abri-la, o que facilita seu transporte e

comercialização. E sua imaginação pode fazer o resto.

Produção e operação: estas atividades se relacionam com a logística na

medida em que, por meio delas, é possível especificar quantidades agregadas a

serem produzidas, o sequenciamento da produção (organização das etapas),

volume e tempo necessário para produzir, bem como ainda permite a utilização de

outras técnicas nestes objetivos, como o modelo just-in-time, entre outros possíveis.

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Gestão das informações: Lá em cima eu falei do fluxo de informações. Aqui

eu falo de atividades paralelas, como a coleta e o arquivamento dessas mesmas

informações..

E agora começa nossa viagem pelos conceitos e historinhas. Saiba que,

antes de ser estar aqui, diante de vocês, antes de ser Fiscal, e ainda antes mesmo

de ser um concurseiro, eu queria ter uma fábrica de cuecas! E você acabou de

aceitar ser meu sócio.

Vamos começar da fábrica e, pouco a pouco, vamos expandindo os

horizontes, até que você entenda completamente a influência da logística e a

extensão de sua atuação.

Nossa fábrica produz um milhão de cuecas por mês. Para tanto, precisa

planejar a entrada da matéria prima, seu armazenamento, seu deslocamento para a

produção, a produção, a embalagem, a estocagem do produto final, a venda a

distribuidores e ainda verificar como estes distribuidores fazem a cueca ser vendida

na outra ponta. O que queremos, no fim das contas, é ver o consumidor vestindo

nossas cuecas e não as da concorrência.

Mas já te atormentei demais com meu sonho perdido. Vamos fazer uma

pausa e falar de carros agora .

Eu ganhei na loteria! (pois só por meio de ajuda divina o próximo passo seria

possível). E eu quero um Lambourghini verde-limão! E quero um player de vídeo

cassete na frente, e o que mais for possível colocar no carro! Tem até um forninho

de biscoito embaixo do porta luva .

Quando chego à loja, constato que esta não tem meu item em estoque .

Em todo caso, o vendedor é bastante solicito e monta um modelo no computador

com todos os acessórios que eu pedi. Gostei do que vi, e paguei! Tudo que

interessa para o cliente depois deste ponto é quando o produto será entregue. Ele

vai aguardar sentadinho enquanto céus e terra se movem dentro da empresa.

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A venda da revendedora vai ser enviada à montadora, que irá encaixar meu

pedido na linha de produção, com as especificações que eu quero. Alguém

gerenciará a produção deste item, que é especifico, e no final, será enviado

àrevendedora. E tudo isso com um prazo de entrega, que já foi previamente

calculado, levando em conta a dificuldade em se obter a tinta verde limão.

Você não vê todos os detalhes aqui, mas os principais elementos da logística

estão de sobra: o cliente, a área de vendas, a fábrica e a administração, o

mercado, os fornecedores, a transportadora e, finalmente, o clientede novo,

fechando o ciclo.

E nada disso é novo para você!

Só que daqui para frente, um mundo mágico de possibilidades se abre .

Lá na nossa fábrica de cuecas (meu sonho perdido) podemos perceber a

existência de 3 grandes fases:

- Preparação para a produção (suprimentos);

- Produção propriamente dita;

- Distribuição.

Basicamente: queremos transformar e vender todo o produto de nossa

transformação, sem ficar com nada. Talvez fosse importante adicionar uma quarta

fase, que colaborará com nossos objetivos:

- Serviços ao Cliente.

E cada uma dessas fases deve ser controlada em três aspectos:

- Quanto ao fluxo – que é a visão do processo em movimento, formado

pelo suprimento, transformação, distribuição e serviço ao cliente; é a mercadoria

andando, se modificando e atendendo às expectativas de sua produção.

- Quanto à atividade – a atividade humana aplicada a produção de forma

mecânica: as pessoas que compõem o grupo de atividades tendem a fazer tarefas

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repetitivas, quer seja na área operacional, de engenharia, administrativa e de

gerenciamento. É possível escrever um manual de procedimentos sobre essas

tarefas.

- Quanto ao domínio – a atividade humana que comanda o setor e

portanto, não age de forma mecânica, gerindo o fluxo, a tomada de decisões e os

recursos existentes, remanejando na medida do necessário as demais dimensões.

É a área cerebral da coisa.

E não adianta controlar apenas as etapas dentro da própria empresa. A

logística implica conhecer também as etapas da qual o empresário não participa

diretamente. Se as cuecas são vendidas dos distribuidores aos lojistas, e dos

lojistas ao consumidor final, o empresário deve estar atento também a essas

movimentações (você notará a real importância disto quando falarmos sobre o

Suppy Chain Management, no próximo item).

Pois bem, no que é que devemos prestar atenção? Tem algumas variáveis

que são lembradas em prova, de tempos em tempos, e mesmo quando não são

exigidas diretamente, é bem mais fácil acertar outras questões quando as

conhecemos.

A primeira delas diz respeito ao fluxo do produto. Quer examinemos as

movimentações internas da empresa (da matéria prima ao produto final), quer

pensemos na distribuição em si (movimentação externa), é possível chegar a uma

conclusão: o fluxo do produto é unidirecional. Começamos nos fornecedores de

matéria prima, e terminamos com o produto final na mão do cliente. Sempre em

direção ao cliente, nunca retrocedendo etapas.

Você notará que o funcionamento é diferente, por exemplo, do fluxo de

informações. A informação precisa fluir nos dois sentidos. Senão, como

saberemos que as cuecas laranja choque estão ficando encalhadas nas lojas,

enquanto faltam as cuecas roxas? Feedbacks e controles impedem que eu venha

a falir por conta de uma produção exagerada de cuecas laranja choque que ...não

vendem!

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A logística também se atenta a outra variável bastante importante: o custo.

Seu primeiro impulso talvez fosse o de pensar em desembolsos que se agregam ao

produto final. Comprar pano (matéria prima) para costurar cuecas (produto final), é

custo, e deveria ser levado em consideração pela logística.

E você está certíssimo! Mas o que alguns candidatos se esquecessem (e

você não mais!), é que há outros custos componentes indiretos do sistema

produtivo, que são administrados pela logística.

A interrupção do fluxo interno de minha fábrica pela falta de matéria prima

gera um custo; o envio desuprimentos para setores diversos pontos da produção,

que poderiam muito bem ser reunidos na mesma área da empresa gerará outro

custo... desnecessário!!!

A logística se presta a evitar esses desperdícios, mas deve ponderar se o

mal é realmente evitável.

Por exemplo, se meu fornecedor não consegue alimentar a cadeia produtiva,

causando interrupções no fluxo de produção, tal situação será levada à dimensão

dos domínios (a parte cerebral, lembra-se?), que certamente terá como tomada

de decisão a substituição do fornecedor.

Porém, se ele é o único fornecedor de pano roxo para cuecas roxas que

vendem como pãozinho quente, é recomendável uma atitude diferente. Mas, neste

caso, a identificação do problema é logística.

Outro fator que deve ser levado em consideração pela logística é a

qualidade.

Refiro-me aqui ao nível do serviço prestado ao cliente. Tenta-se medir o

grau de sua satisfação, que fixaremos aqui como o ponto de intersecção entre

o desempenho esperado e o preço pago pelo bem.

Meu cliente pagará menos por cuecas de qualidade inferior e mais por

cuecas de fio peruano com respiradouro. Enfim, ele espera obter certa satisfação

pelo valor pago.

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Mas isto, não é uma equação matemática . Você pode achar que o churrasco

grego da rua até que é bom, se considerar o valor pago por ele, mas seu colega

considerar intragável o sabor de capa de contrafilé com pãozinho duro, ainda que o

sanduíche tenha sido vendido por R$ 0,50.

Pois bem, temos uma infinidade de áreas interagindo, e todas com funções

muito diferentes umas das outras, formando nossa cadeia logística.

Aliás, a cadeia logística de cada empresa deve estar adaptada às

necessidades do produto a ser vendido e às peculiaridades de seu mercado. Tentar

reduzir todas as empresas a um esqueleto pré-definido comum a todas elas seria

um desastre épico.

Entretanto, é possível enxergar um conjunto recorrente de áreas funcionais

dentro da empresa, que tendem a se repetir independentemente do ramo em que

atuam. Longe de consistirem em um modelo “correto” de gestão logística, mas,

segundo a doutrina, são recorrentemente observados:

- Área Comercial

- Área industrial

- Fornecedores

- Finanças

- Distribuição Física

Falemos de cada um deles

Área Comercial: elo vital para a vida de minha empresa, os vendedores

(exceto aquele sujeito que previu uma grande venda de cuecas laranja choque ) são

capazes de sentir o desejo do consumidor. E se não for possível fazê-lo, o

departamento de marketing tentará ainda fazer brotar este desejo.

Já vimos acima que o cliente dá um valor ao produto e vimos no capítulo de

tecnologia que o valor é um coeficiente resultante da divisão do desempenho

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pelo custo. Quanto maior for o valor absoluto deste resultado, maior será o sucesso

das vendas.

Lembre-se, porém, do desejo do consumidor a respeito de cada produto. A

qualidade esperada da cueca com respiradouro é uma, e coisa bem diferente se

esperará de uma cueca de banca da Rua Oriente (Rua de São Paulo famosa por

oferecer peças de roupas a preços “acessíveis”, pra não dizer verdadeiras

pechinchas ).

Se, por qualquer razão, a tecnologia evoluir de forma a permitir que a cueca

com respiradouro tenha o mesmo preço da comum, será o fim da cueca comum.

Por outro lado, aumentar o desempenho de um produto deve guardar

relação de razoabilidade com o valor do produto em mercado. Por exemplo:

Cuecas com fios de ouro, extremamente caras, anunciadas por milhares de reais,

não se justificam simplesmente por secarem mais rápido depois da lavagem. O

aumento de desempenho nesse cenário é pequeno, em face do aumento

exorbitante do preço do produto final.

Mas, existe um ponto em que cliente e área comercial não irão conflitar:o

tempo de entrega.

Tanto a empresa quanto o cliente querem uma entrega rápida. Isto demanda

informação rápida, precisa e adequada, que por sua vez, demanda o uso de

recursos de informática, os quais precisam de redes internas e externas de

computadores. Tudo isso até o dia em que seremos capazes de realizar consultas

em tempo real.

E assim, meu lambourghini verde limão terá chance de chegar muito mais

rápido em minhas mãos .

- Área industrial – diferente da indústria antiga, as indústrias modernas

cuidam de manter um parque de acordo com suas necessidades, se aproximando

mais do conceito Just in Time.

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A coisa certa, na hora certa, com qualidade e quantidade certa. Pode ser

automatizada ou manual, quanto a seus processos de transformação e flexível ou

focalizada, quanto à quantidade de produtos produzidos em termos de variedade.

- Fornecedores – Se na Administração clássica, eles eram vistos muito mais

como uma pilha de contas a pagar e engolidores insaciáveis do precioso lucro da

empresa, hoje são vistos como parceiros operacionais.

Em grandes organizações, costuma-se achar um número pequeno deles, já

que o comprometimento do fornecedor é um dos fundamentos da parceria. Se

meu fornecedor cumpre seus prazos, ele sempre será convidado a continuar

fornecendo materiais (ainda que a empresa mantenha um cadastro de fornecedores

potenciais, conforme veremos no capítulo de Compras).

Atualmente, o objetivo final do industrial se aproxima mais do conceito criado

pela filosofia do Just in time aplicado ao fornecedor – estoque zero e reposição

instantânea.Este é o melhor dos mundos (segundo a doutrina atual) e, embora

impraticável como objetivo final, a perseguição desta meta causou evoluções no

sistema.

Preste bem atenção no supermercado onde você faz compras. Se você olhar

atentamente, verá que existem repositores que não são funcionários do

supermercado. Eles estão ali a serviço do fornecedor, como seus promotores,

repondo o estoque no nível do necessário.

E nós, da fábrica de cuecas, sabemos que, quando pudermos comprar, de

imediato, o tecido da confecção, acabaremos com o estoque e acabaremos com o

custo... hoje ainda necessário.

- Finanças – OJust in time está presente aqui também, no fluxo de caixa.

Fluxos rápidos liquidam o financiamento bancário, o capital de giro.

Mas se ainda precisarmos utilizar nossos recursos eles aparecerão no

modelo JIT da mesma forma que qualquer material: somente no tempo e na

quantidade extremamente necessários.Seria a vitória suprema do setor financeiro

na guerra contra o setor de estoques, vista lá no começo do curso.

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- Distribuição Física – Você percebeu a importância da distribuição nos

capítulos passados. Se vamos montar uma fábrica, devemos considerar a existência

de uma rede rodoviária, ferroviária ou outra que permita uma rápida distribuição

(fábricas não se localizam nos grandes centros de consumo, mas sim, próximas a

rodovias); depósitos regionais que buscam fazer o produto atingir outros extremos

de forma mais barata.

Já houve uma época em que o sonho do fabricante de cuecas era ter uma

frota própria de veículos para realizar as entregas. Ou seja, tudo, e eu digo tudo

mesmo era do dono, e sairia de seu estabelecimento para entrega.

Qualquer assunto relativo a cuecas, lá estaria eu, dono orgulhoso e feliz

proprietário de uma frota de 40 caminhões e dois aviões de carga dedicados

exclusivamente ao nobre mister de transportar cuecas.

Mas hoje, isto é coisa do passado!Logo de cara, devemos determinar se

obteremos maior rentabilidade com uma frota própria ou terceirizada.

Mas, já adianto: a tendência atual é terceirizar, e por um motivo principal:

permitir que o negócio da fábrica – a produção de cuecas – receba toda atenção

que merece, para que o dono de uma empresa de cuecas não precise lidar com a

manutenção de caminhões (que, aliás, nunca foi seu forte, mas que, com certeza, é

o forte de uma transportadora).

Fala-se em concentrar nossa atenção no “core business” (caso seu

examinador tenha acordado de mau humor e queira a expressão inglesa ).

Quer ver um exemplo de por que a doutrina atual recomenda a terceirização?

Um grande atacadista que resolveu investir no crescimento de sua equipe de

vendas. Só que isto não deu resultado porque ele mesmo não conseguia fazer as

entregas resultantes deste trabalho.

Não era culpa de sua equipe de vendas, e assim, eventuais gastos com a

automatização dos seus processos não dariam certo.

Os caminhões simplesmente não conseguiam entregar a mercadoria.

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Ao notar que suas vendas não cresciam, pelo menos entendeu a origem do

seu problema e investiu em softwares de racionalização de entregas. Antes do

advento do GPS, você só conhecia caminhos fechados e se matava em um guia do

tamanho de uma lista telefônica (que, aliás, também não existe mais ).

Hoje, você deixa que o software te leve. Na rota de transportadoras, temos

um GPS profissional, mas que, em essência, é igual ao do seu carro (em essência

apenas, ele faz coisas bem mais legais na prática).

Agora, imagine uma transportadora tentando ser competitiva, mas sem fazer

um roteiro de suas entregas. Por conta disto, ela faz com quetrês de seus

caminhões passarem pelo mesmo ponto, em algo que é administrado pelo bom e

velho olhômetro.

Parece viável para você? Esta empresa tem tanta chance de sucesso quanto

eu tenho de passar em um concurso para a Magistratura estudando na meia noite

da véspera. Pode dar certo, mas eu não apostaria nisso

Pois bem, aquela empresa investiu em um sistema de transportes, mas será

que valeu a pena? A doutrina atual dirá a você: é melhor deixar para quem entende!

O entrelaçamento do sistema é tão grande que tentar montar uma

transportadora sem um conjunto de softwares é falência garantida. Pelo menos

nisso a empresa terá de investir. (e ela já tem de investir em cuecas ).

O software decide a melhor rota; códigos de barra corrigem erros de

armazenagem; frotas são rastreadas; atendimento de clientes é automatizado; os

motoristas trocam informação com a empresa, permitindo mudar a programação em

tempo real; gerencia-se o trânsito e se processa desvios.

E no final, não haverá gasto inútil de pneus ou combustível, nem

quilometragem ociosa. Só que isso deu tanto trabalho que as cuecas mesmo foram

relegadas ao segundo plano . Por estas razões, talvez seja melhor voltar para nossa

produção de cuecas e esquecer toda essa conversa de transporte .

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Já vimos que o tempo é um fator essencial em qualquer análise logística.

Mas, bem entendido: não posso reduzir o tempo necessário para fazer algo, porém,

posso acabar com o tempo desnecessário para fazer este algo!

O conjunto de tempo existente entre o começo e o fim de um processorecebe

o nome de lead time.

Nossa preocupação deve ser a de localizar tempos de espera

desnecessáriosem um processo.

Basicamente: quem está esperando quando devia estar se mexendo! É

possível que algumas pausas sejaminevitáveis, mas também é possível contornar

esta situação, quer seja diminuindo o tempo de espera ao seu menor valor possível,

ou ainda, agregando tarefas que eliminem ou reduzam a ociosidade.

E disto você pode concluir e levar para a prova:quanto menor for o lead

time, mais eficiente será o processo.Assim, qual o objetivo da logística?A

redução do lead time!

Quando meu sonho de produzir e vender cuecas começou, a produção era

pequena e artesanal, e minhas cuecas eram vendidas unicamente na cidade que as

produzia,

Mas meu negócio cresceu! Ecomo a frota de entrega mundial foi terceirizada,

o mercado consumidor de cuecas laranja choque (que de súbito, passaram a ser

sinal de status nos quatro cantos do mundo) expandiu exponencialmente.

Não há lugar que peça a cueca laranja e ela não chegue! Como indústria,

devo aproximar o cliente do produto, mas não posso deixar de lhe prestar um

serviço pós venda. De nada adiantará eu vender cuecas pelo mundo inteiro, se não

tiver, ao menos, uma rede de parceiros, ou fábricas que permitam dar assistência ao

consumidor.

Devo, então, possuir parceiros espalhados ao longo da cadeia de distribuição

para que estes prestem serviços de assistência ao cliente quando necessário. Com

estes requisitos, torna-se possível a expansão geográfica do mercado consumidor,.

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Só que para atingir este patamar de excelência, através não só da entrega

mas também de prestação de assistência rápida de produtos e serviços, as

informações precisam transitar de maneira célere.

Um mundo paralelo mágico corre ao lado do produto, cercado de protocolos

seguros de transmissão de dados, enriquecido por sistemas de informação,

acompanhamento e análise, e como requisitado pela globalização, quebrando fusos

horários, de forma a minimizar as interrupções no ciclo.

Um dia, minha fábrica de cuecas entregará em 48 horas qualquer pedido no

mundo inteiro e manterá um estoque das cores mais vendidas próximo aos centros

consumidores, permitindo que as mercadorias de alto giro tenham uma reposição

quase que instantânea.

Diante disto, em outra ponta, temos um consumidor que exigirá mais

qualidade.

Para atender a este tipo de consumidor, com o propósito de globalizar os

produtos e aumentar o raio de ação das vendas, a estrutura de produção, por óbvio,

precisou ser mudada. As empresas passam atuar em escala global, transferindo sua

sede e administração para onde se situarem os interesses do mercado.

Na verdade, as empresas vêm fazendo alianças temporárias, unidas por um

sistema de dados, para atender exigências especificas de cada mercado. Isto

permite baratear o custo e por lógica, a logística também foi afetada neste novo

modelo.

A competição está longe de ser exclusiva por produto; ela passou a ser

travada no custo, na busca de se oferecer um produto abaixo do preço da

concorrência; passou a ser por qualidade, em nossa relação de análise de

valor (relação custo/desempenho); passou a ser por confiabilidade, para

medição dos compromissos assumidos, quanto a prazo e quantidade nas

entregas;passou a ser por flexibilidade, para atender a personalização ou

ainda por inovação, pela capacidade de criar mais rápido e se diferenciar das

demais.

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Por isto, o lucro tende a depender de uma série de fatores interligados.

Assim, logística é também agilidade em descobrir qual engrenagem no sistema está

com defeito.

E tenha certeza de que terá de fazer escolhas! Costumamos chamar este tipo

de escolha em nossa disciplina de “trade off”.

O trade off se caracteriza por um cenário no qual se apresentam duas metas

igualmente desejáveis, mas a busca pela consecução de um dos objetivos

prejudicará a realização do outro. Gosto de exemplos do mercado financeiro: todo

mundo gosta de dinheiro, e todo mundo gosta de segurança. Mas, se você quiser

mais dinheiro, terá de voltar a sua atenção a ativos mais instáveis, e bom, garanto

que seu coração vai bater mais rápido . Por outro lado, se quiser completamente em

paz, é melhor enfiar o dinheiro embaixo do colchão e não investir em absolutamente

nada .

Pois bem, na logística não é diferente. Frequentemente os gestores se

encontram diante de trade-offs comuns, como por exemplo:

a) Repetibilidade ou imprevisibilidade – operações

previsíveis reduzem custos, mas tornam o sistema mais

propicio a invasões;

b) Menor preço ou fornecedor conhecido – este dilema é

antigo – riscos de um fornecedor novo, geralmente mais barato

ou a segurança do antigo;

c) Centralizar ou dispersar;

d) Colaboração mutua (que implica divisão das

informações) ou manutenção de segredos industriais.

E não para por aí. Ainda temos trade-offs no âmbito da própria produção.

Decidir pelo aumento dos estoques de segurança(em prol da proteção da

empresa contra flutuações ou desabastecimentos) implicará aumento no custo de

armazenagem dos materiais (existirão mais materiais no estoque, e eles estarão lá

“desnecessariamente”, ou ao menos, a produção não tem uma função direta para

eles);

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- Reduzir o tempo que o material em produção despende em cada etapa de

sua cadeia de fabricaçãodiminuirá também a “margem” de tempo de que a organização dispõe para entrega-lo, deixando-a mais vulnerável a imprevistos;

- Reduzir o estoque médio de materiais no almoxarifado forçará a empresa

a aumentar a rotatividade dos mesmos (giro de estoque);

- Por fim, optar pela redução dos custos de armazenagem dos produtos

em depósito forçará a organização a despender mais recursos em prol do transporte

destes mesmos materiais (partindo-se do pressuposto de que a produção não

resolverá produzir menos unidades do produto, só restará à organização entregar os

produtos de maneira mais rápida a um maior número de consumidores, o que

implica no aumento dos custos de transporte).

O quanto cada objetivo será sacrificado em prol de outro, é a empresa quem

decide!

E como descubro que, no meio deste emaranhado teórico, estou pelo menos

caminhando na direção correta?

Nossa fábrica de cuecas (olha só, você já virou meu sócio!) precisa ser

medida por algum indicador, até para fins de avaliação periódica.

Na logística teremos os chamados indicadores de desempenho. De um

lado no mercado a empresa pode ser vista por sua confiabilidade, por sua

flexibilidade, pelo baixo custo de suas operações. Tudo isto precisa ser

quantificado, medido e depois comparado.

Assim, deve-se estabelecer claramente: o desejo dos clientes; o nível do

serviço oferecido comparado com a concorrência; a forma de comparar os

serviços aos competidores.

Estabelecidas as diretrizes, devemos avaliar os custos da cadeia logística,

tais quais suprimentos, armazenagem, arrumação, perda por obsolescência,

transporte, enfim anotar todas as variáveis que podem ser mensuradas.

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Lembre-se: o objetivo aqui é o estabelecimento de metas! E metas, por

definição, são objetivos que podem ser alcançadas.

Inventar metas fictícias (inatingíveis) não funciona na iniciativa privada e

metas fáceis levam a empresa ao buraco rapidamente. Medidas confiáveis levam a

dados confiáveis e a situações reais.

De posse do esperado e do real, é possível traçar conclusões. Existem

exemplos de indicadores uteis, mas a criação destes é livre e depende da

necessidade de cada empresa. Veja alguns deles:

Numero de Pessoas em Suprimentos / Numero Total de Pessoas– um

numero grande de pessoas trabalhando em atividades ligadas ao suprimento, em

relação ao numero de pessoas que trabalha na empresa toda indica um estoque de

custo alto para sua manutenção. Se defendermos a orientação atual da doutrina,

nossa ideia é um estoque enxuto e, assim, sua administração deve ser exercida por

poucas pessoas, proporcionalmente à administração dos demais setores.

Número de Entregas no Prazo / Número de Entregas – a lógica é que o

resultado esperado seja 1. Afinal, para que fosse maior que 1, deveríamos entregar

mais produtos dentro do prazo do que o número total de produtos que estamos

entregando, o que é impossível! E se for muito próximo de zero, estamos diante de

um grave problema dentro da empresa.

E temos vários outros: Horas Produtivas / Horas trabalhadas, Numero de

reclamações de clientes / Numero total de transações, etc.

O importante é que um indicador de desempenho é capa de apontar o que

não está indo muito bem, e assim, merece reparo.

6.3 Supply Chain Management

Quando os sistemas produtivos ainda estavam no início do seu

desenvolvimento, as atividades do fornecedor, produtor e consumidor eram

estanques, sem nenhum tipo de encadeamento.

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Cada qual fazia sua parte, sem se preocupar com a produção enquanto um

todo. O fornecedor só olhava a fábrica que utilizava sua matéria prima, a fábrica só

se preocupava com o distribuidor de seus produtos, o atacadista só queria saber do

varejista, e o varejista não dava a mínima para nada disso e só prestava atenção no

consumidor final.

Veja que neste exemplo, o varejista não queria saber o que ocorria lá na

ponta com o fornecedor, mesmo que isso o impactasse e trouxesse problemas a

sua atividade.

A gestão da cadeia de suprimentos busca desmontar esta ideia, permitindo a

visualização de todo o processo de geração de valor, desde o fornecedor até o

consumidor final.

Guarde isto: a gestão de cadeia de suprimentos enxerga as empresas

participantes do processo produtivo como parceiras, e desta forma, tem sempre

em mente a interdependência das mesmas.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos é a administração do

sistema de logística da empresa de forma integrada, interligando os diversos

componentes de que participam da cadeia. Isto permite que a empresa satisfaça a

necessidade de seus clientes de forma rápida

Agora, para que o Supply Chain Management opere em todo seu esplendor e

glória, a grande sacada está na condução da cadeia de suprimentos.

Para que a empresa sobreviva no ambiente competitivo, terá de ajustar seu

comportamento, incluindo:

- Comportamento Estratégico: sua política de longo prazo, mensurada

normalmente em anos;

- Comportamento Tático: com prazo um pouco mais reduzido normalmente

mensurado em semanas ou meses;

- Comportamento Operacional: mais curto ainda, medido em dias ou

semanas; e finalmente:

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- Comportamento Transacional: definitivamente guarda as posturas de

mais curto prazo que a empresa pode tomar, medida em minutosou horas.

Definidos os comportamentos, teremos uma linha de planejamento projetada

em um horizonte temporal. Começaremos a nos perguntar: qual o nosso enfoque?

Como todo bom bacharel em direito já sabe, a resposta é sempre: depende!

Um fabricante de cuecas se preocupará com o produto em si, com novos

modelos e cores, negocia com seus fornecedores e relega a distribuição a um

segundo plano.

Uma empresa produtora de pizzas se fizer a domicilio, deverá pesar o fator

de distribuição, simultâneo a produção do bem, pois senão a pizza chegará fria e

esfriará a vida útil da pizzaria .

Note: são empresas diferentes com produtos diferentes e preocupações

(também) diferentes .

Mas é possível notar pontos em comum: foco no cliente (aliás, este é o

PRINCIPAL foco do Supply Chain Management para quase todos os autores) uso

avançado da tecnologia de informação, índices de desempenho e

gerenciamento do fator humano.

Como desgraça pouca é bobagem, nosso arranjo ainda requer, de tempos

em tempos, uma reconfiguração da cadeia. Logo uma empresa que queira ser

competitiva, ter um diferencial de sucesso devem possuir cadeias de suprimentos

que sejam flexíveis.

Vamos ver então como se faz uma cueca segundo o enfoque do Supply

Chain Management.

No começo, era o fio , que será embobinado, texturizado, tecido e tingido

(pode ser de laranja choque), o que pode ser feito por minha fábrica ou feito em

outra fábrica qualquer.

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Este fio chega à confecção – minha fábrica – que receberá os tecidos

prontos, fará o seu corte, costurará as peças, efetuando a montagem, obtendo a

cueca e finalmente embalando e despachando a mercadoria aos clientes que

espera que já tenham adquirido. A cueca segue para a loja.

Note uma coisa interessante aqui: se o produtor do fio apresentar problemas

com sua produção, a fábrica não faz o corte das peças e o vendedor não vende

coisa alguma. No modelo clássico de Administração, ninguém dava a mínima: cada

um olhava para a sua própria produção e desconsiderava tudo que ocorria fora do

ambiente de sua empresa.

Agora, pense comigo: isso é sábio? A falta de algodão bruto no mercado é

algo que pode ser ignorado pelo vendedor varejista de agasalhos? Lógico que não!

E este é o grande avanço promovido pelo Supply Chain Management: perceber que

a cadeia produtiva é maior do que os limites da minha fábrica, e, a partir dessa

conclusão, fazer brotar a preocupação em cada empresário de que a cadeia como

um todo deve funcionar, e em um passo posterior, estar completamente integrada.

Há algum tempo, o lojista estocaria as cuecas na prateleira; Ele esperaria o

nível do estoque baixar para, só então, fazer um novo pedido na minha fábrica, o

que tomaria um bom tempo até que se iniciasse um novo processo produtivo.

Mas as tecnologias atuais permitem algo bem mais interessante. A cueca

possui um código de barras, certo? Este código de barras é lido por um leitor

(scanner) no momento em que passa pelo caixa.

Este leitor pode ser programado para, por exemplo, colocar outro pedido na

fábrica, na mesma especificação do vendido. Mágico!

O sistema cuidará de tudo. Este sistema de envio eletrônicos de dados à

distância recebe o nome de EDI(electronic data interchange). Três fábricas se

envolveram na produção de cuecas – a da fibra, a têxtil e a de confecção e tudo isto

até a loja do varejo controlado por computador, tecnologia de informação. E isto só

se tornou possível pois elas fecharam parcerias entre si e começaram a entender

que cada uma delas é dependente da outra.

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Isto, meu caro, é Supply Chain Management . É buscar a integração dos

diversos participantes de uma cadeia de produção e distribuição de um produto. É

lembrar que se alguém pisa na bola, todo mundo dança .

6.4 Canais de Distribuição

E os canais de distribuição? Bom, é o tópico mais exigido dentro do tema

“Logística”.

Pois bem, vamos voltar à nossa fábrica de cuecas.

Quando o fabricante deseja comprar insumos para a produção de cuecas, ele

liga para o fornecedor e solicita meia tonelada de pano laranja choque (praticamente

brilha no escuro ), e o fornecedor lhe dá um prazo para a entrega.

Observe que a lógica do suprimento de matérias primas para a

industrialização costuma seguir este esquema:

Não há qualquer intermediário entre o fornecedor e o fabricante.

Por outro lado, como vimos ao longo de todo o curso, o fabricante não pode

se servir de um arranjo tão simples.

Se pensarmos em um vendedor de cachorro-quente, atendendo em sua

perua, veremos que ele produz uma quantidade pequena de sanduíches, de tal

forma que para ele é perfeitamente possível entregar o produto ao consumidor final.

Por outro lado, uma fábrica que produzisse 500.000 unidades de cuecas por

mês se veria completamente perdida ao tentar, ela própria, fazer a venda

diretamente ao consumidor final.

Assim, qual lógica ela procurará seguir?

Fornecedor Fabricante

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O fabricante encaminha toda sua produção ao distribuidor, o qual, de posse

do produto, é capaz de distribuir toda produção a um número variado de varejistas,

sendo estes os responsáveis pela venda ao consumidor final. Todos os arranjos que

veremos neste capítulo são variações desta estrutura básica.

A primeira preocupação deste tópico diz respeito àdistribuição física de

produtos: processos operacionais que permitem transferir produtos desde o

fabricanteaté o seu consumidor final. Bastante simples: queremos que o produto

final saia das mãos do fabricante e chegue até você, comprador ávido.

Essas estruturas podem variar (aliás, irão variar ao longo do nosso estudo

dos canais de distribuição), mas sempre procuram seguir o mesmo raciocínio.

De posse desses conceitos, podemos finalmente definir o que vamos

estudar: o que é um canal de distribuição?

Canal de distribuição é um conjunto de organizações independentes,

envolvidas no processo de tornar um produto(ou mesmo um serviço)

disponívelao consumidor final.

Ou ainda, todas as entidades que colaboram para que a distribuição física

do produto ou serviço alcance o consumidor final.

Preste bem atenção no termo “organizações independentes”. Isto significa

dizer, por exemplo, que o fabricante e o distribuidor não são a mesma empresa, o

mesmo se aplicando ao varejista, atacadista e quem mais venha a integrar o canal.

São agentes de mercado independentes, mas todos interessados no sucesso

das vendas do produto.

Fabricante Distribuidor Varejistas

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E por que raios eu preciso de um canal de distribuição? Eu quero vender

meu produto da mesma forma que o vendedor de cachorro quente!

Você pode até tentar, mas provavelmente vai fracassar e ser engolido pela

concorrência .

Vamos pensar nos dois extremos mais comuns de um canal de distribuição: o

varejistae o fabricante.

O fabricanteentende da produção. Ele investiu em uma planta industrial,

bolou seu layout, e sua fábrica funciona como um relógio suíço, produzindo

toneladas e mais toneladas de produto, prontos para a venda.

Mas, você já foi a alguma loja (de qualquer coisa que seja) esses tempos?

Consegue imaginar uma loja na qual o único produto vendido sejam cuecas laranja-

choque? 500.000 unidades de cuecas laranja choque, ao alcance das mãos dos

clientes, que poderão escolher entre quaisquer das unidades, rigorosamente iguais?

Se o fabricante quiser mesmo levar a cabo sua intenção de dominar a

distribuição de seu produto final, precisaria criar uma vasta rede de lojas, além de

manter plantas fabris com uma razoável variedade entre os produtos (mesmo que

quisesse só vender cuecas em suas lojas, precisaria de vários modelos e cores).

Parece caro? É porque é MUITO caro!

E o varejista? O varejistamanja bastante de distribuição. Ele vai atrás dos

atacadistas, e compra cuecas, luminárias, lápis de cor, batatas e azulejos em

quantidades capazes de satisfazer à sua clientela.

Mas ele acha que está perdendo muito dinheiro com intermediários, e

começa a pensar se não deveria, ele próprio, fabricar o que vende.

Para conseguir manter a variedade de produtos que vende, nosso varejista

teria de investir pesado em um número gigantesco de plantas produtivas, desde a

produção de salgadinhos até a de calçados (aliás, tudo aquilo que ele normalmente

vende em sua lojinha). Não parece mais uma boa ideia, tampouco uma ideia barata

.

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Entendeu o problema aqui? Fabricantes e varejistas resolveram sair do seu

core business (ou core competence) e se aventurar em áreas que não são as

suas.

Qual a consequência mais provável disto? Perda de eficiência, e em um

momento posterior, perda do próprio mercado em que atuavam.

O canal de distribuição evita essas ocorrências. Organizaremos a distribuição

física do produto de tal forma que entregaremos determinada função a uma

organização estruturada para fazê-lo eficientemente. O Fabricante produz, o

Varejista vende, e cada qual, concentrando-se naquilo que faz de melhor, será

capaz de colaborar para o melhor desempenho de toda a distribuição.

Os principais objetivos dos canais de distribuiçãosão:

- Assegurar a rápida disponibilidade de produtosao mercado;

- Promover cooperação entre os diversos agentesda cadeia de suprimento

(veremos com mais detalhes no próximo tópico);

- Garantir a manutenção de um elevado nível de serviçoao consumidor

final;

- Reduzir os custosao longo da cadeia de suprimento;

- Promover um rápido fluxo de informaçõesentre os agentes da cadeia de

suprimento.

Pois bem, caso sua prova fique no feijão com arroz, é bem provável que ela

exija alguns canais típicos de distribuição (lembrados e relembrados por

absolutamente qualquer livro que trate do assunto). Entender como eles funcionam

vai poupar bastante tempo. Veja só

Canal Típico 1: Fabricanteabastecendo diretamente o varejista(ausência de

distribuidores, atacadistas e outros operadores). Típico arranjo encontrado em

empresas de cosméticos, como a Natura:

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Canal Típico 2: Fabricanteque abastece um depósito próprio, e a partir

deste distribuidor, abastece as diversos varejistas. A Petrobrás costuma atuar com

esse arranjo, em especial por ser uma das poucas empresas nacionais (se não a

única) que é capaz de lidar com a distribuição de derivados de petróleo:

Canal Típico 3: Fabricante abastecendo depósito de terceiro(atacadistas),

os quais se encarregam de abastecer diversos varejistas. Típico de

supermercados. A fazenda produz leite, vende para um atacadista, que vende para

diversos supermercados, o mesmo ocorrendo com o milho, feijão, iogurte, carne e

por aí vai. A diferença deste canal para o que veremos a seguir é que o atacadista

sempre irá lidar com o mesmo fabricante.

Fabricante Varejista

Fabricante Distribuidor

Próprio

Varejista 1

Varejista 2

Fabricante Atacadista

Varejista 2

Varejista 1

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Canal Típico 4: Diversos fabricantesdistribuem seus produtos a um único

operador logísticoque cuidará de distribuí-los aos varejistas. Fabricantes de

peças de vestuário costumam preferir este arranjo, já que, normalmente, cada

fabricante acaba se incumbindo de produzir uma única peça de roupa, e interessa

aos varejistas obter variedade, procurando em um número mínimo de lugares. O

operador logístico faz este papel.

Se cair um desses quatro arranjos, erga as mãos aos céus e agradeça. Mas,

caso seu examinador esteja pensando em algo um pouco mais denso, é meu dever

preparar vocês para isto também .

A doutrina costuma distinguir as categorias de canais de distribuição

conforme sua evolução dentro do estudo da logística.

A 1ª fase da evolução logística (atuação segmentada dos agentes), por

exemplo, era marcada pelos canais de distribuição verticais.

Vamos ao modelo mais básico deste arranjo, para que você possa entendê-

lo:

Fabricante

Fabricante

Operador

Logístico

Varejista 2

Varejista 1

Fabricante Atacadista Varejistas Consumidor

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Pois bem, cada elo dessa cadeia transfere a responsabilidade sobre o

produto para o elo seguinte, até que o consumidor final adquira a mercadoria ou

serviço.

Note que nem o fabricante nem o atacadista se relacionam com o

consumidor, já que o produto transita ao longo de um único caminho, sem que se

permita “pular” etapas.

Assim, o único ator responsável pela satisfação do consumidor é o

próprio varejista. Se você for mal atendido na loja, não importa se o fabricante fez

um bom produto, não importa se o atacadista supriu o varejista de maneira rápida e

eficiente, basta o vendedor do varejista chamar você de “cara” três vezes e você

jamais comprará o produto de novo .

Alguém começou a notar que esta estrutura talvez fosse limitada demais.

Assim, em uma 2ª fase da Evolução da Logística (fase da integração rígida),

começaram a surgir os chamados canais de distribuição híbridos.

Primeiro ponto importante: no canal de distribuição híbrido, as funções são

desempenhadas por dois ou mais agentes na cadeia.

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Veja que nosso Fabricante 1 está buscando se destacar da concorrência. Ao

invés de confiar inteiramente no varejista, ou mesmo no distribuidor, ele está

fechando contratos com seus grandes consumidores, buscando fornecer produtos

diretamente a eles, ao mesmo tempo em que se vale do canal de distribuição

vertical para atingir os pequenos consumidores de seus produtos.

Aliás, esta atuação do fabricante frente ao grande consumidor sintetiza as

vantagens deste tipo de canal:

- Permite contato direto entre o fabricantee os grandes

consumidores(principais clientes);

- Permite que os grandes clientes recebam maiores níveis de serviçoe os

maiores descontos.

Mas tudo tem seu preço. Costuma-se apontar desvantagens deste tipo de

canal, quais sejam:

- A remuneração do distribuidor pode cair, vez que este passa a

“competir” com o próprio fabricante no que diz respeito à venda ao grande

consumidor, o que, para ser evitado, implicaria na necessidade de compensação

financeiraentre os agentes da cadeia.

- Os pequenos clientes tendem a receber um nível de serviço menor, já

que o fabricante está voltando sua atenção ao grande consumidor.

- Podem surgir conflitos dentro do canal de distribuição, já que temos

agentes desempenhando o mesmo papel dentro do mesmo canal (novamente, veja

que tanto o distribuidor quanto o fabricante estão cuidando da distribuição física dos

produtos dentro do nosso canal).

Mas, e se montássemos um canal de distribuição para cada tipo de cliente,

evitando assim que haja competição entre os agentes? Quando quisermos atingir o

grande cliente, iremos trabalhar através de um canal de distribuição (digamos,

através de um atacadista), e se quiséssemos atingir o pequeno cliente, operaríamos

através de outro (um varejista, atraindo pessoas para sua loja).

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Algo mais ou menos assim:

Surgem então os canais múltiplos.

O pequeno consumidor só se interessa pelo Produto A, então, suprirei aquele

consumidor com produtos A, através de um varejista que o colocará em suas

prateleiras.

Por outro lado, tenho interesse também nos grandes consumidores, e assim,

outro trecho do meu canal servirá para atender esse público consumidor, agora

através de um atacadista, fornecedor em grandes volumes, e ficará tudo bem!

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Mais ou menos . A ideia de criar canais específicos para cada tipo de

consumidor foi excelente. Mas pode ocorrer uma falha. Imagine que o pequeno

consumidor, sabendo que seu produto é vendido em outra parte daquele canal,

resolva obter o produto de forma mais barata, comprando do atacadista (ao invés de

visitar o varejista em sua loja)

Como o trecho da esquerda busca atender os grandes consumidores, é

normal que os preços ali praticados sejam mais baixos (maiores volumes

transacionados implicam em maior rateio do custo fixo, como você pode estudar no

Lote Econômico de Compra).

Assim, nosso pequeno consumidor tem a seguinte ideia:

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Houve interferência de um agente sobre outro da mesma cadeia,

prejudicando, neste caso, o varejista do produto A, que não tem condições de

competir com o preço praticado pelo Atacadista.

Então, ao mesmo tempo em que aumentamos a disponibilidade do produto,

criando canais de distribuição adequados a cada tipo de consumidor, na outra

ponta, corremos o risco de perder competitividade, justamente por conta

interferência de um canal sobre o outro, o que prejudica o sistema como um todo.

Pois bem, cada uma das categorias de canal possui suas vantagens e falhas,

cabendo aos seus participantes escolherem a forma que melhor atende a seus

interesses.

Muito bem, podemos seguir.

Caso seu examinador seja bem chato, talvez ele faça uma pergunta seca

sobre comprimento e amplitude dos canais de distribuição.

Vamos pegar esse último exemplo

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O comprimentode um canal de distribuição diz respeito ao número de

intermediários que existem ao longo do canal, desde o fabricanteaté o consumidor

final.

Os tipos de comprimento são medidos em níveis, tantos quanto forem os

intermediários. Por exemplo:

- Nível Zero: nenhum intermediário no canal, havendo um fornecimento

direto do fabricante ao consumidor final:

- Nível Um: um único intermediário no canal:

E assim por diante.

A amplitude, por sua vez, trata da “largura” abrangida pelos canais de

distribuição da cadeia.

O segredo para identificar esse conceito de “largura” está em olhar para o

número de distribuidores que compõem o canal.

Se eu opto por distribuir meu produto através de um único distribuidor, terei

um canal de distribuição com amplitude do tipo exclusiva. Os exemplos não são de

conhecimento do público em geral , mas posso apontar o Rolls Royce entre eles.

Fabricante Consumidor

Fabricante Varejista Consumidor

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Por outro lado, ao invés de adotar um único distribuidor, posso operar com

alguns distribuidoresdentro do canal, permitindo que eles atuem de forma

segmentada e controlada(evitando interferências entre os agentes). Esta será a

amplitude do tipo seletiva, funcionando muito bem no caso de revenda de

automóveis e outros produtos de maior valor agregado.

Por fim, temos o último tipo de amplitude, a chamada intensiva, na qual

teremos inúmeros distribuidores, atuando sem qualquer restriçãoem sua área

de atuação.Funciona bem em produtos de baixo valor agregado, desde salgadinhos

até pastas de dente .

Tranquilo?

Então, só nos resta discutir um problema que pode ser explorado na sua

prova: o “encurtamento dos canais de distribuição”.

Intuitivamente, você deve ser capaz de concluir que um número menor de

intermediários em uma cadeia permite ganhos para todos os envolvidos que não

forem excluídos dela .

A doutrina começa a cogitar se, com o surgimento de softwares e recursos da

informática (já estudados ao longo do capítulo 7), seria possível eliminar o

distribuidor dos canais de distribuição. Já vimos que estes softwares permitem

integrar os sistemas do fabricante aos sistemas do varejista, além de fornecerem

respostas mais rápidas aos anseios do cliente. Eliminar o intermediário seria a

resposta mais lógica para alcançar a redução dos custos e agilidade nas entregas.

Longe de sermos forçados a concluir pela necessidade ou não da figura do

distribuidor, seu examinador pode abordar os problemas decorrentes de sua

eliminação dos canais de distribuição.

- A eliminação do distribuidor do canal pode tornar proibitivos os custos do

atendimento de pequenos clientes, em especial no caso dos mesmos encontrarem-

se dispersos geograficamente;

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- Serão necessários investimentos em infraestrutura de distribuição para

manter o nível de serviço e ainda ampliar o mercado consumidor;

Hum... Professor, podemos adotar o esquema híbrido então! Eliminaremos a

figura do distribuidor apenas nos trechos do canal que suportarem essa eliminação.

Por exemplo: os grandes varejistas já possuem estrutura para não depender

da figura do distribuidor. Neste caso, o canal de distribuição vai operar sem eles.

Quanto ao pequeno varejista, continuaremos a utilizar a figura do distribuidor.

Tivemos um encurtamento do Canal de Distribuição apenas para o Grande

Varejista. Com isso, houve diminuição de custo tanto para o fabricante quanto para

o grande varejista. Parece perfeito, não? Hummm....

Note que o pequeno varejista continua precisando do distribuidor. Assim, os

custos do pequeno varejista diminuem a sua competitividade.

No longo prazo, eles provavelmente serão eliminados da cadeia de

distribuição:

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Mas o mercado é assim mesmo, dirão os liberais . Alguém consegue ver o

problema aqui? Acabamos de formar um canal de distribuição vertical, e o único

contato do fabricante com o consumidor final passou a ser através do grande

varejista:

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Agora o fabricante se vê obrigado a negociar com o grande varejista, que

passou a dispor de maior poder de barganha. Provavelmente, os ganhos

decorrentes da eliminação do distribuidor não serão aproveitados por toda a cadeia,

mas em grande parte apenas pelo grande varejista.

Talvez o mais adequado fosse que fabricantes e varejistas formassem

parcerias confiáveis e duradouras com atacadistas e distribuidores, integrando-os à

sua própria cadeia de suprimento. Mas não há resposta certa neste caso.

Você deve apenas conhecer as implicações e as possíveis saídas aos

problemas clássicos.

Logo abaixo, deixo um pequeno glossário de termos que costumam aparecer

nas provas:

Sistema de Venda Direta: a empresa não fará uso de intermediários na sua

rede de distribuição, possuindo o controle de toda a logística envolvida do momento

da retirada do produto acabado do depósito até as mãos do consumidor final.

Embora demande investimentos acentuados, uma vez montada a rede, a empresa

verá seus custos de distribuição barateados, vez que controla todas as etapas. É

também o marco da integração verticalda distribuição, já que esta é dirigida por

um único ator.

Sistema de Venda Indireta: a empresa fará uso de intermediários (que

serão vistos logo mais) para distribuição de seus produtos, pois estes já possuem a

estrutura de distribuição pronta, e assim, a empresa não precisará se preocupar

com isto. Falamos aqui de integração horizontal, vez que os atores envolvidos não

independentes e encontram-se ligados através de um vínculo contratual.

Mas o que exatamente é um intermediário? Esta figura é simplesmente um

negociante especializado em comprar e vender produtos ou serviços. Sua atividade

consiste em chegar até o consumidor para vender produtos que foram produzidos

por terceiros. Os intermediários são divididos em duas modalidades principais.

Intermediário agente: não compra as mercadorias que vende, e, portanto, é

remunerado por comissões. Desta forma, ele não assume o risco da atividade.

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Pense no corretor de imóveis, que, obviamente, não é dono das casas que vende

(pois do contrário, não as estaria vendendo).

Intermediário comerciante: este compra as mercadorias para posterior

revenda, correndo os riscos do negócio que gerencia.

E mais uma conceituação importante (sim, essa parte é chatinha, mas os

conceitos ajudarão nos próximos passos da aula).

Varejistas: Intermediário comerciante que vende seus produtos

principalmente ao consumidor final. É o mercadinho da esquina que vende um

monte de coisas para você, mero mortal, que só está interessado em algumas

poucas unidades de vários itens. Mas, daqui pra frente, entenda que varejo não

tem a ver com quantidade, e sim, comatividades de venda ao consumidor final.

Atacadistas: Intermediário comerciante também. Só que ele não está

interessado na venda direta ao consumidor final, e sim, na venda a varejistas e

outros comerciantes. Este sujeito é aquele que outrora chamávamos de

fornecedornas ocasiões em que negocia produtos semiacabados, ferramentas

e maquinários.

Por hoje é só. Espero que tenham gostado!

Até a próxima.

Questões Comentadas

1. CESPE –CNPQ - 2011. O controle do recebimento do objeto contratado é

realizado durante o recebimento provisório, produzindo o efeito de liberar o

vendedor do ônus da prova de qualquer defeito ou impropriedade que venha a ser

verificada na coisa comprada.

Comentário: A liberação do vendedor de suas obrigações somente ocorre no

recebimento definitivo do material, momento no quando é emitido o aceite.

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Além disso, também é importante ressaltar que os vícios ocultos na coisa

comprada podem ser reclamados posteriormente, de acordo com o Código Civil

(são os chamadosvícios redibitórios).

Item Errado.

2. CESPE – SESA/ES - 2011 No recebimento dos materiais, a conferência

consiste no batimento entre a nota fiscal e o pedido de compra.

Comentário: A conferência é procedimento intimamente ligado à análise das

condições do material entregue, a fim de se estabelecer se os mesmos são

condizentes com o pedido realizado, seja em quantidade, seja na qualidade.

Deste modo, a conferência não pode ser confundida com o simples

confrontoda nota fiscal com o pedido de compra.Afinal, como é que alguém, só

de olhar para a Nota Fiscal e para o pedido de compra, será capaz de dizer se o

que está no caminhão é realmente o que foi solicitado?

Item Errado.

3. CESPE - IFB – 2011A carga unitária é a embalagem que contém

diretamente o produto.

Comentário: Carga unitária é uma forma de dispor vários produtos (e não

um produto em específico) de modo que todos eles constituam uma única unidade

transportável (sem, entretanto, descaracterizar a autonomia de cada produto).

Chegamos a comentar isto em aula

Isto é feito para facilitar o transporte e a armazenagem do produto.

Item Errado.

4. CESPE - CNPQ - 2011 As estratégias de utilização dos diferentes tipos de

unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.

Comentário: Deve haver sincronia entre as estratégias de armazenagem e

os objetivos da organização. São fatores dependentesum do outro. Se a empresa

pretende expandir seu mercado consumidor por todo o país, as estratégias de

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armazenamento provavelmente prestigiarão a existência de armazéns

descentralizados pelopaís, abastecidos por um armazém geral. Assim, se o cliente

do Amazonas pedir um produto, será o armazém descentralizado quem o atenderá,

ao invés da mercadoria ter de sair, por exemplo, aqui de São Paulo, onde fica o

armazém geral.

E isto é só um exemplo de como os objetivos organizacionais podem

impactar na definição das estratégias de armazenagem.

Item Errado.

5. CESPE - MPU - 2010. Os equipamentos e instrumentos utilizados na

movimentação de materiais em estoque independem da estrutura física e do leiaute

da unidade.

Comentário: Os equipamentos devem guardar estrita relação com a

estrutura física e o leiauteadotado.

Afinal, é necessário que estes equipamentos sejam capazes circular sem

dificuldades nos estoques e nos setores de produção em que são requisitados.

Imagine uma empilhadeira monstruosa (digamos, pelo amor à didática, 10

metros de largura) tentando passar em meio a diversas esteiras rolantes espaçadas

entre si por mais ou menos dois metros (pois a estrutura foi pensada para permitir o

trânsito apenas de funcionários entre as esteiras).

O equipamento não guarda relação com a estrutura física da unidade e, por

tanto, não vai poder atender às necessidades da empresa. Fora o fato de ser

extremamente constrangedora tal falta de planejamento .

Item Errado.

6. ESAF - 2013 - DNIT - A administração de recursos materiais engloba

umasequência de operações. Assinale a opção que nãorepresenta uma etapa do

ciclo de administração de materiais:

a) Movimentação interna.

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b) Compra.

c) Armazenamento.

d) Identificação de fornecedor.

e) Alienação.

Comentário:SUPRESA! Questão que envolve conhecimento de todas as

aulas até aqui, e que você já tem condições de resolver.

Das alternativas apresentadas, somente a Alienação não pode ser

considerada como uma etapa do ciclo da Administração de Materiais.

Pense um pouco: A administração de materiais pressupõe algum material a

ser administrado, certo?

As operações de movimentação interna e armazenamento dizem

respeito à conservação do material e a seu pronto oferecimento à produção

quando necessários.

Isto é tão importante que é um dos fundamentos da disciplina e a razão de

estarmos aqui, juntos, por tanto tempo .

A operação de compra visa à obtenção dos materiais, e desta forma,

compõe o ciclo, sendo que a identificação do fornecedor é apenas uma etapa

do ciclo de compras.

A alienação é uma operação que visa transmitir a propriedade de um bem à

terceiro, e desta forma, tal operação estaria sob a responsabilidade mais próxima do

departamento de vendas da empresa, cujos objetivos não se voltam

especificamente à administração de materiais.

Letra e).

7. CESPE - ABIN - 2010 A paletização impede a utilização do espaço aéreo

do almoxarifado.

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Comentário: Nada impede que os pallets sejam dispostos uns sobre os

outros.

Aliás, a utilização de pallets sobrepostos (empilhamento), é forma bastante

eficiente de aproveitamento do espaço vertical, não havendo qualquer restrição à

adoção destas técnicas em conjunto (pallets e empilhamento).

Item Errado.

8. CESPE - 2012 - TRE-RJ Aceitação designa o ato de entrega do material

encomendado por determinado órgão público em local previamente acordado com o

fornecedor.

Comentário: Olha outra questão tentando te distrair. Mas não a você! Não

mais!

Vamos rever os itens 3 e 3.3 da Instrução Normativa SEDAP para que você

nunca mais confunda recebimento com aceitação.

3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.

[...]

3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às especificações contratadas.

O enunciado definiu recebimento, não aceitação.

Item Errado

9. ESAF – DNIT - 2013 Com relação ao recebimento de materiais, pode-

seafirmar:

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a) o recebimento não precisa ser padronizado,mas deve ser orientado por um

checklistdeatividades de recebimento.

b) o recebimento de material é iniciado pelaconferência da mercadoria com a

nota fiscal.

c) no recebimento, a mercadoria deve serconferida após o descarregamento

do veículotransportador.

d) a atividade de recebimento abrange a recepção,a entrada física e a

entrada no sistema deestoque.

e) a conferência do pedido de compra pode serfeita após o recebimento de

mercadoria.

Comentário: Lembre-se do que comentamos:

Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física

de matérias, Gonçalves3 cita as seguintes:

Recebimento dos materiais;Esta é a Recepção dos Materiais

Identificação dos materiais;

Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de

armazenagem.Este passo corresponde ao da entrada física da

questão.

Armazenamento dos materiais;

Controle da localização física dos materiais; E aqui temos a

entrada no sistema de estoque

Fornecimento dos Materiais

Mudaram as palavras, a essência da questão é a mesma. Os demais itens

afrontam os cuidados básicos que devemos ter ao receber materiais na

3Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed.

pág. 314.

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organização, em especial, utilizar a nota fiscal para realizar a conferência e deixar

para conferir a mercadoria depois de tê-la recebido (erro primário mas que sempre

costuma ser sugerido em prova).

Conferência se realiza subindo na caçamba do caminhão e verificando. É um

procedimento de natureza manual, então, não vale trapacear .

Letra d)

10.ESAF – DNIT - 2013 São considerados tipos básicos de arranjo físico,

exceto:

a) Arranjo por posição fixa.

b) Arranjo por posição móvel.

c) Arranjo por processo.

d) Arranjo por produto.

e) Arranjo celular.

Comentário: Vamos relembrar os layouts conhecidos e mencionados pela

doutrina:

Layout posicional ou de posição fixaou estacionário

O que caracteriza este layout é o fato de que os materiais que estão sendo

processados não se movem.

Este tipo de arranjo é recomendado para produtos de grande porte, e,

portanto, de difícil ou impossível locomoção.

Assim, são as pessoas, os materiais e as máquinas se deslocam até o

produto.

Layout por processo ou funcional

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Este layout é marcado pela configuração situarprocessos similares

próximos uns aos outros.

Assim, as máquinas e pessoas serão dispostas por especialidades, e o

material se desloca ao longo de sessões, até sua finalização.

Layout celular

Os materiais transformados (já processados de alguma maneira) são

movimentados para uma parte específica da operação (célula) onde estão todos

os demais recursos necessários ao processamento.

Layout por produto ou linear

Utilizado na fabricação de produtos cuja produção segue a mesma sequencia

de atividades.

Assim, é um tipo de arranjo que funciona melhor na produção de itens

padronizados, cujos equipamentos e funcionários executarão uma grande

quantidade de tarefas repetidas.

Desta forma, o único conceito das questões que não corresponde a um tipo

básico de arranjo físico é o Arranjo por posição móvel.

Letra b)

11. ESAF 2013 - DNIT Assinale a opção que demonstra qual entre os modais

de transporte é o mais adequado para longas distâncias e grandes quantidades,

embora possua menor flexibilidade de trajeto.

a) Ferroviário.

b) Aéreo .

c) Marítimo.

d) Hidroviário.

e) Cabotagem.

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Comentário: Nós falamos exaustivamente sobre o transporte ferroviário:

A sua destinação principal costuma ser o transporte de cargas de maior

volume e grande peso, em situações nas quais o prazo de entrega não é o fator em

destaque, e sim o volume transportado.

Entretanto, sua desvantagem encontra-se na pouca flexibilidade do veículo

de transporte. O trem encontra-se restrito ao traçado dos trilhos, devendo a carga

ser retirada no terminal.

Desde que haja trilhos, e não tenhamos preocupação primordial com o prazo

de entrega da encomenda, o transporte ferroviário costuma ser o mais

recomendado para o cenário descrito no enunciado.

Letra a)

12. CESPE - ABIN - 2010 A carga unitária destina-se exclusivamente a

definir lotes de compras, com o objetivo de facilitar a comunicação entre comprador

e fornecedor.

Comentário: A principal função da carga unitária é permitir que possamos,

de modo conjunto, transportar, armazenar e manusear vários itens que, embora

autônomos entre si, foram dispostos de tal forma a formar uma única unidade

transportável.

Este é o objetivo da técnica de armazenamento e não a comunicação entre

comprador e fornecedor.

ItemErrado.

13. CESPE - DETRAN-ES - 2010 O almoxarifado destina-se à guarda física

dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.

Comentário: Almoxarifado é o local onde se guarda as matérias primas

recebidas pelos fornecedores, os produtos em processo estão distribuídos pelos

setores de produção, não estão nem no almoxarifado e nem no depósito.

Lembra-se do nosso quadro?

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Item Errado.

14 - CESPE - 2012 - TRE-RJA utilização de mais de uma modalidade de

transporte, como o rodoviário e o aeroviário, por exemplo, para a entrega de

produtos caracteriza o transporte intermodal.

Comentário:O CESPE anulou esta questão

Veja a justificativa

"Há mais de uma resposta possível a depender do tipo de contrato de

transporte utilizado na situação concreta. Por esse motivo, opta-se pela anulação do

item."

No começo, confesso que eu não gostava muito dessa justificativa, mas

depois de refletir um pouco, passei a concordar com ela .

A diferença entre o transporte multimodal e o intermodal é muito mais um

conceito. Pense em uma empresa que se responsabilize pelo transporte da carga, e

emita um documento individual, cobrindo toda a operação. Este será o transporte

multimodal, na medida em que a empresa está se responsabilizando por todo o

trajeto, seja trilho, água, ar ou rodovia. No transporte intermodal emite-se um

Almoxarifado Processo Produtivo Depósito

Materias- primas

Materiais em processamento

Materiais semiacabados

Materiais acabados ou componentes

Produtos acabados

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documento único de transporte para cada modal utilizado. Há nítida divisão de

responsabilidade entre os diversos transportadores.

Como o enunciado não fixa o tipo de contrato, poderíamos estar diante tanto

do transporte intermodal (o que torna o item certo) como do transporte multimodal (o

que tornaria o item errado).

E como banca nenhuma suporta este tipo de coisa, o item foi anulado.

Item anulado.

15 - CESPE - TJ-AL - 2012 Um administrador de materiais deseja transportar

grande quantidade de material para um lugar distante. Para isso, precisa cruzar

várias regiões do país. O administrador dispõe de pouco recurso financeiro para

esta atividade e, por isso, o meio de transporte escolhido deverá ter baixo custo de

seguro e de frete e sem taxa de manuseio. Há urgência na transferência do material

e não podem ocorrer atrasos na entrega. Nessa situação hipotética, o meio de

transporte mais indicado é o

a) rodoviário.

b) aéreo.

c) ferroviário.

d) hidroviário.

e) marítimo.

Comentário: Pindaíba desgraçada desta empresa, não é mesmo? Mas você

deve ser capaz de identificar as características mais importantes de cada transporte,

para oferecer uma solução aceitável para as questões. Vamos marcar no enunciado

o que é realmente importante:

Um administrador de materiais deseja transportar grande quantidade de

material para um lugar distante.

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Para isso, precisa cruzar várias regiões do país. O administrador dispõe de

pouco recurso financeiropara esta atividade e, por isso, o meio de transporte

escolhido deverá ter baixo custo de seguro e de fretee sem taxa de manuseio.

Há urgência na transferência do materiale não podem ocorrer atrasos na

entrega.

Olha como é divertido trabalhar com isso.

O enunciado deixou claro que nosso querido empresário está com pouco

dinheiro. Então, vamos atrás dos meios de transporte que tem baixo custo:

Transporte Ferroviário: É o transporte sobre trilhos. Uma locomotiva que

pode ser movida por eletricidade, diesel, ou até madeira, puxa uma série de vagões

de diversas dimensões e tipos, que possuem cargas igualmente variadas.

O comboio(este conjunto de locomotiva + vagões) pode transportar

umainfinidade vagões (limitados, logicamente, à força de tração da locomotiva),

reduzindo os custos de transporte, e por consequência, baixando o valor do frete.

Sua destinação principal é para transporte de cargas de maior volume e

grande peso, sendo que o prazo de entrega normalmente não é o fator em

destaque, e sim o volume transportado.

Transporte Hidroviário: É a modalidade de transporte feita por meio de

navios ou barcos, sobre a água. É dividida na doutrina entre navegação fluvial e

navegação marítima.

Sua utilização principal está no transporte de grandes volumes de carga

de baixo valor unitário.

A propósito: Se no transporte ferroviário o tempo não era fator

preponderante,no transporte hidroviário o tempo é totalmente secundário.

Ainda assim, é a modalidade de transporte mais comum em movimentação de

cargas internacionais.

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Sua vantagem está no baixo custo e relativa flexibilidade. Desde que

exista rio ou mar, o barco ou navio podem ir a qualquer lugar, apenas precisando de

um porto para descarregar (perdoe a rima ).

Avião nem pensar .

Pois bem, do ponto de vista financeiro, tanto o modal ferroviário como o

modal hidroviário atendem à necessidade. Cobrem grandes distâncias a um custo

relativamente baixo.

deseja transportar grande quantidade de material– OK!

lugar distante – OK!

pouco recurso financeiro – OK!

baixo custo de seguro e de frete– OK!

urgência na transferência do material – OPS!

não podem ocorrer atrasos na entrega – OPS!

Olha só, o infeliz do nosso comerciante, além de querer uma pechincha,

ainda quer que entreguemos o material dentro de determinado prazo. Se você voltar

lá em cima, vai ver que o modal hidroviário tem o tempo como fator completamente

secundário. Dessa forma, o dono da empresa vai ter um ataque cardíaco antes da

mercadoria chegar.

Não que o modal ferroviário seja um primor de agilidade, mas é um modal

bem mais rápido que o navio, razão pela qual, neste cenário de pindura, atende com

perfeição à necessidade do nosso amigo durango.

Letra c)

16.CESPE - FHS-ES – 2009 Considere que a largura dos corredores de um

almoxarifado é determinada pelo equipamento utilizado para manuseio e que os

corredores realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio de

empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os corredores principais e os

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utilizados para embarque permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo

tempo.

Comentário:Isto é uma regra bastante recorrente em livros de Administração

de Materiais: convém que o espaço no corredor permita o trânsito de duas

empilhadeiras, de modo que cada uma delas possa se deslocar em sentido

contrário à outra, ao invés de formarem um grande congestionamento .

Item Certo.

17.CESPE - FHS-ES – 2009 No arranjo físico funcional, utilizado em

montagens complexas, adota-se uma localização fixa de material.

Comentário: Não foi isso que o tio falou!

Layout por processo ou funcional

Este layout é marcado pela configuração situarprocessos similares

próximos uns aos outros.

Assim, as máquinas e pessoas serão dispostas por especialidades, e o

material se desloca ao longo de sessões, até sua finalização.

Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado nas

situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de

produção é relativamente baixo.

A adoção de localização fixa para os materiais é típica do arranjo

estacionário.

Item Errado.

18. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e PatrimônioA conferência por acusação, também conhecida como

contagem cega, não possibilita a verificação, preconizada na conferência

quantitativa, da correspondência entre a quantidade de objetos declarada pelo

fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

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Comentário: Resumindo a ideia da conferência por acusação (contagem

cega):

O funcionário que vai efetuar o recebimento dos materiais desconhece a

quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas contar o que vê, e comunicar

a outro funcionário, o “Regularizador”, quantas unidades de material ele recebeu. O

“Regularizador” é o funcionário que conhece a quantidade faturada, e conforme o

que o primeiro funcionário lhe informe, poderá proceder à regularização do lote ou

determinar a recontagem.

Se a pessoa que vai fazer a verificação desconhece a quantidade faturada,

este funcionário não pode assegurar que a quantidade de objetos entregue pelo

fornecedor é a mesma constante na nota (afinal, ele não está vendo, nem verá a

nota).

Item Certo.

19. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e PatrimônioO encarregado do recebimento de material é responsável

pela recepção do material, no ato da entrega pelo fornecedor, até a sua entrada nos

estoques da organização, estando sob a sua responsabilidade, ainda, a

regularização do material.

Comentário: Irretocável! O encarregado é responsável por todas estas

fases, não havendo como eu nem mesmo alterar as palavras para não dar a

impressão de que estou copiando a questão . Pode estudar por esta alternativa,

sem medo.

Item Certo.

20. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e PatrimônioA armazenagem por frequência é o critério mais indicado

para se obter o aproveitamento mais eficiente do espaço.

Comentário: Vamos relembrar os critérios:

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Armazenagem por frequência de utilização: Levaremos em conta quais

materiais são solicitados com mais frequência e quais deles são solicitados menos

vezes pelo processo produtivo.

Com esta informação, será possível posicionar os materiais mais utilizados

próximos da saída do almoxarifado, afinal, os funcionários do almoxarifado

precisarão fazer mais viagens com eles. Por outro lado os itens menos utilizados

podem ficar lá no fundo do galpão.

Não confunda este critério com a armazenagem por semelhança. Não há

necessidade alguma que os materiais estejam relacionados entre si no

processo produtivo da empresa.

Parecem preocupados com aproveitamento do espaço? Não mesmo. Se

estivessem, usariam este método critério aqui:

Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Neste critério,

buscaremos armazenar os materiais levando em conta suas características físicas.

Colocaremos materiais líquidos juntos, materiais volumosos juntos, peças

pequenas juntas, pois se torna mais fácil dedicar espaços físicos no estoque para

cada tipo de material.

A desvantagem neste caso é que na maior parte dos casos, esses materiais

compartilharão apenas essa característica em comum (o critério não tem

apresenta nenhuma relação com a aplicação dos materiais no processo

produtivo), além de envolver um controle rígido pelo gestor do almoxarifado já que

este critério tende a tornar a localização de um material específico muito mais difícil

dentro do almoxarifado.

Item Errado.

21. CESPE - SERPRO - 2008. O recebimento é a operação segundo a qual

se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às

especificações contratadas.

Comentário: Para nunca mais esquecer:

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3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.

[...]

3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às especificações contratadas.

Cópia da IN SEDAP 205/1988

Item Errado.

22. CESPE - FUB - 2008 Em geral, os materiais de consumo devem ser

armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro.

Comentário: Materiais de consumo podem ter prazo de validade, deste

modo, se não forem tomados cuidados como a armazenagem dos itens mais

antigos, de modo que possam ser utilizados primeiro, a empresa corre o risco de

acabar em perdas de produtos devido a não utilização em tempo hábil.

Item Certo.

23. CESPE - 2008 - FUNDAC. A armazenagem de materiais perigosos deve

ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.

Comentário: As características do material sempre devem ser levadas

em consideração na hora de armazená-lo.

Materiais perigosos demandam local específico para armazenagem,

reduzindo-se os riscos de acidentes. Um material inflamável, por exemplo, deve ser

armazenado separadamente de outros que possam provocar faíscas.

Item Errado.

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CESPE - FHS-ES - 2009 Carlos esteja assumindo o cargo de analista

administrativo da secretaria de administração e está apreensivo em função do seu

desconhecimento a respeito dos novos colegas de trabalho, novas rotinas de

trabalho entre outros aspectos. Como bom observador, Carlos percebeu que os

materiais do almoxarifado estavam organizados segundo o sistema de estocagem

livre. Prateleiras, paletes e racks parecem bem distribuídos no espaço, mantendo

corredores espaçosos e permitindo fácil movimentação dos materiais. A partir da

situação hipotética descrita e considerando os preceitos de administração de

materiais e logística, julgue o item que segue.

24. CESPE - FHS-ES - 2009Na movimentação de materiais, devem ser

consideradas as seguintes leis: lei da obediência de fluxo das operações, segundo a

qual as distâncias na movimentação e no transporte devem ser reduzidas,

eliminando, ao máximo, trajetos em ziguezague e a lei da manipulação mínima que

determina que a manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento

deve ser evitada e que o transporte mecânico ou automatizado deve, sempre que

possível, ser utilizado.

Comentário:Vamos relembrar quais são as leis da movimentação citadas

pelo enunciado.

Lei Definição Comentários

Lei da Obediência do Fluxo das Operações

Consiste em construir trajetórias de

movimentação que possam ser mantidas

em sequência.

É evitar ao máximo situações de interrupção entre uma tarefa de transporte e outra. Se a palavra

"combo" lhe for familiar, acredito que seja perfeita aqui

Lei da Mínima Distância

Percorrer o mínimo de espaço possível para

movimentar os materiais, evitando o

ziguezague.

Nada de perambular feito um zumbi pela empresa. Ande em linha reta.

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Como você pode notar, o enunciado conceituou equivocadamente a Lei da

Obediência do Fluxo das Operações, quando, em verdade, definiu a Lei da Mínima

Distância.

Item Errado.

25. CESPE – MPU – 2010 Os equipamentos einstrumentos utilizados na

movimentação de materiais em estoques independem da estrutura física e doleiaute

da unidade.

Comentário: A afirmação vai contra tudo que eu expliquei nessa aula e nas

anteriores. Os equipamentos de movimentação de materiais devem ser escolhidos,

entre outros fatores, em função da estrutura física da empresa.

Item Errado

26. CESPE – TSE – 2006 Gerenciamento da cadeia de suprimentos

(supplychain management) é uma técnica de administração de materiais cujo

principal objetivo émanutenção de baixos níveis de materiais em estoque.

Comentário:O gerenciamento da cadeia de suprimentos não está voltado à

redução dos níveis de estoque. Aliás, embora o método possa envolver esta prática,

não é nisso que se baseia. Esta forma de gerenciamento está preocupada com a

integração entre os diversos participantes do processo produtivo para que se

comportem de maneira interligada, afinal, todos os participantes de uma cadeia

sofrem com a ineficiência de um de seus membros.

Item Errado.

27. CESPE – FINEP – 2009 Em uma cadeia de suprimento, os ganhos que

podem ser obtidos por meio da integração é igual à soma dos possíveis ganhos

individuais de cada um dos participantes da cadeia.

Comentário:. Uma das vantagens da integração entre os membros de uma

determinada cadeia produtiva é que a integração propicia ganhos que vão muito

além da soma de esforços dos ganhos individuais.

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Se o fornecedor de tecido fizer bem seu trabalho, entregando o material tão

logo lhe seja solicitado e o mais rápido possível ao produtor, há ganho. Se o

produtor produzir rapidamente a roupa, no momento em que o fornecedor entregou

o tecido, também há ganho.

Porém, se os sistemas do produtor e do fornecedor estiverem integrados,

poderemos chegar a um ponto no qual o fornecedor tem acesso direto às

informações do estoque do produtor, a ponto de remeter os materiais antes mesmo

de ser feita sua requisição. A integração propiciou um ganho extra, além da

eficiência individual de cada um dos participantes.

Item Errado.

28. FCC - TRE-PI -2002 Dentre os fatores que influenciam os investimentos

em estoque, o que mantém um alto nível de produção, diminuindo custos,

justificando a manutenção de um maior volume de produtos em estoque é

a) Projeção de Vendas

b) Economia de Escala.

c) Natureza do Produto

d) Processo Produtivo

e) Preço unitário

Comentário: A FCC estava pensando na disciplina de custos quando

elaborou esta questão. Lembra-se de que eu disse que determinados custos não

aumentam ou diminuem com o aumento da produção?

Pois bem, levando-se isto em consideração, quanto mais materiais eu

adquirir e produtos fabricar em um único período de tempo, maior a quantidade de

itens que poderão suportar o “rateio” destes custos fixos, gerando economia por

unidade. Este conceito corresponde ao de “Economia de Escala”.

Letra b)

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29. CESGRANRIO - ELETROBRÁS - 2010 Os layouts utilizados nos

processos produtivos refletem as características da produção e apresentam

vantagens e desvantagens quando comparados quanto aos critérios de

desempenho de custo e flexibilidade. Sobre os diversos tipos de layout, suas

características e possíveis exemplos, é INCORRETO afirmar que o(s)

a) layout posicional é aquele cujo produto encontra-se fixo no ambiente de

produção, tal como podemos observar na construção de edifícios e navios

b) baixo custo unitário e o alto nível de especialização são características

do layout por produto.

c) layout posicional e o funcional são mais adequados para processos de alto

volume

d) layout celular é utilizado para produção em massa e tem boa relação

custo-flexibilidade, porém pode ser muito caro de ser instalado e/ou mudado

e) roteiros distintos de produção e a grande variedade são características

típicas do layout funcional

Comentário: Essa é excelente. Tratamos disto na aula de arranjos físicos.

Eu disse que o layout posicional era ótimo para produzir bens de grande

volume, normalmente por encomenda. Usei como exemplo um navio de proporções

assustadoras. Então, como raios eu posso usar esse arranjo para produção em alto

volume?

A indústria ficará muito satisfeita se conseguir fazer três navios por ano, e isto

em um excelente ano.

Desta forma, a alternativa c) está incorreta. E as demais você pode usar para

memorizar mais alguns conceitos. Melhor que isso, impossível .

Letra c)

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30 CESPE – SERPRO - 2013 Uma organização que adota o modelo de

embalagens baseado em uma unitização deverá separar as caixas do estoque uma

a uma, formando diversos volumes:

Comentário: Muito pelo contrário caro aluno. A unitização das cargas busca

reunir diversos volumes em uma única unidade de carga transportável.

A maneira mais comum de fazer isto é através de pallets, como visto na aula.

Item Errado

31 - CESPE – SERPRO - 2013No armazém em que se estocam produtos

maquinários pesados e de grande porte, deve-se utilizar o layout estacionário para

um melhor aproveitamento do espaço disponível.

Comentário: Layout posicional ou de posição fixaou estacionário

O que caracteriza este layout é o fato de que os materiais que estão sendo

processados não se movem.

Este tipo de arranjo é recomendado paraprodutos de grande porte, e,

portanto, de difícil ou impossível locomoção.

Assim, são as pessoas, os materiais e as máquinas se deslocam até o

produto.

Como não precisaremos descolar o material gigante no qual estamos

trabalhando, não precisaremos manter grandes espaços livres para a movimentação

interna do material (imagine se o nosso navio tivesse de se descolar em cima de

uma esteira enquanto os operários trabalham nele).

Há, inegavelmente, aproveitamento do espaço disponível deixando o material

que está sofrendo transformação parado, enquanto tudo em volta dele se move.

Item Certo

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32 - CESPE – SERPRO - 2013O transporte aeroviário é o mais adequado

para o transporte de suprimento de material nobre, de alta sofisticação, que venha

de uma cidade longínqua e em pequenos volumes.

Comentário: O transporte aeroviário é aquele feito através de aviões. É um

dos transportes mais caros que existem atualmente. E fica exponencialmente mais

caro conforme o volume da carga ou seu peso aumentam, por isto, recomendado

apenas para pequenos volumes de carga.

Costumam ser utilizados apenas quando os outros transportes não são

capazes de atender satisfatoriamente a necessidade do cliente. Um desses casos é

o transporte entre cidades longínquas (da Patagônia até Praga, por exemplo).

Item Certo

33 - CESPE – SERPRO - 2013Uma empresa que atua como intermediário

comerciante, vendendo suprimentos ao consumidor final é caracterizada como

atacadista.

Comentário: Relembre os conceitos:

Varejistas: Intermediário comerciante que vende seus produtos

principalmente ao consumidor final. É o mercadinho da esquina que vende um

monte de coisas para você, mero mortal, que só está interessado em algumas

poucas unidades de vários itens. Mas, daqui pra frente, entenda quevarejo não tem

a ver com quantidade, e sim, com atividades de venda ao consumidor final.

Atacadistas: Intermediário comerciante também. Só que ele não está

interessado na venda direta ao consumidor final, e sim, na venda a varejistas e

outros comerciantes. Este sujeito é aquele que outrora chamávamos de

fornecedornas ocasiões em que negocia produtos semiacabados, ferramentas

e maquinários.

O enunciado se referia ao varejista, não ao atacadista

Item Errado

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34 CESPE – MPU - 2013 Se o item em questão for matéria-prima, a inspeção

deverá ocorrer na fábrica do fornecedor, e não no ato da recepção da mercadoria.

Comentário: Algumas coisas eu simplesmente não consigo entender. No

que o CESPE estava pensando quando pensou nisso aqui? Nem chega a ser

pegadinha.

Quem está interessado na inspeção do material? O comprador! É ele quem

tem de dizer se o fornecedor cumpriu sua parte no acordo, entregando um material

dentro das especificações.

E esta inspeção deve ser feita no ato da recepção. Pelo bom senso!

Imaginemos um fornecedor de minério de ferro, com sede no Acre, e o comprador,

na fronteira do Estado de São Paulo com o Mato Grosso. O ferro é matéria prima.

Consegue imaginar o comprador se deslocando para lá para conferir a carga?

Ah, não precisa, o fornecedor mesmo olha! AHAM!!! Como se disse, é o

comprador o interessado na inspeção, e assim, é ele quem tem de olhar. E, por fim,

imagine que a inspeção seja feita na fábrica do fornecedor.

E se der xabú durante o transporte? Caminhão cair, carga ser avariada,

escolha o desastre que te agradar mais . O comprador já teria inspecionado a carga,

mas esta carga seria completamente diferente daquela que lhe é entregue.

Item Errado.

35 – CESPE – TRT-17 – 2013 O leiaute de depósitos independe do sistema

de manuseio de materiais.

Comentário: Pelo amor de Deus!!! Para que serve um leiaute, meu caro?

Chiavenato4 cita como objetivos deste arranjo físico:

4Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, Ed. Campus, pág. 120.

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Integrarmáquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção

eficiente.

Reduzirtransportese movimentosde materiais.

Permitir fluxo regular de materiais e produtos ao longo do processo

produtivo, evitando gargalos de produção.

Proporcionar utilização eficientedo espaço ocupado.

Facilitare melhorar as condições de trabalho.

Permitirflexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças.

O layout busca integrar todos os elementos da produção da maneira mais

eficiente possível. Isto envolve levar em consideração, entre outras coisas, o

sistema de manuseio de materiais, pois só assim garantiremos que o item grifado

seja cumprido adequadamente.

Item Errado.

36 – CESPE – TRT17 – 2013A maioria dos custos gerados pelo uso de

caminhões que oferecem serviço porta a porta é de natureza fixa.

Comentário: Vamos relembrar o que são custos fixos:

Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade de itens

estocados.

Se a empresa estiver com o estoque zerado, ou se estiver abarrotada de

itens armazenados, estes custos serão sempre os mesmos. Pense aqui no aluguel

do prédio onde os produtos são estocados: o dono do imóvel não quer saber se o

prédio está cheio de mercadorias ou de ar, ele quer receber o valor pactuado.

Adaptando isto para o caso do caminhão, custos fixos serão aqueles que não

variaram em função da maior ou menor utilização do veículo para as entregas “porta

a porta”. E posso dizer com certeza: a maior parte dos custos é de natureza

diretamente proporcional .

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Por exemplo, se o caminhão tiver só uma entrega para fazer no mês, vai

rodar menos, seus pneus vão se desgastar menos, gastaremos menos combustível

e menos desgaste das peças. Por outro lado, o caminhão andando mais, vai

dispender mais (o combustível é o exemplo mais emblemático, então, fique com

ele!).

Item Errado.

37 – CESPE – TRT17 – 2013No processo de distribuição, constituem

funções dos depósitos a consolidação do transporte, a combinação de produtos e o

atendimento aos clientes.

Comentário: Muita gente se indignou com esta questão . Contudo, seu

professor permanece firme em sua crença: esta questão não merece reparo .

Vamos relembrar as distinções entre almoxarifado e depósito:

Almoxarifado: toda vez que você ler “almoxarifado”, eu gostaria que você

tivesse em mente um local onde materiais iniciais são estocados. Materiais

iniciais são as matérias primas, materiais que ainda não foram sequer tocados pela

empresa em seu processo produtivo e que ainda serão trabalhados pela empresa.

Depósito: este local tem a função de armazenar Produtos Acabados da

empresa.

Se a empresa fabrica bicicletas, seu depósito está cheio de bicicletas,

enquanto o almoxarifado está cheio de pneus, pedais, correias e etc.

Lembre-se de que a empresa não consegue vender o seu produto tão logo

ele saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de

consumidores no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, à

medida que os produtos acabados vão ficando prontos, são imediatamente

estocados em depósito, para futura entrega ao consumidor final

Ok, agora item a item:

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Consolidação do Transporte – Sim! A partir do momento em que o depósito

centraliza o estoque de produtos acabados, todas os produtos destinados ao

consumidor final (lembre-se que transporte é termo associado a movimentação

externa à estrutura da empresa) partem de lá.

Combinação de Produtos – Sim! Novamente, todos os produtos da empresa

estão ali, então, cabe ao depósito a organização dos mesmos.

Atendimento aos clientes – Sim! E foi aqui que os protestos foram mais

veementes à época em que o gabarito saiu.

Contudo, na visão de seu professor, a banca não falava de “atendimento a

clientes” no sentido de “pega o telefone e anota os pedidos do fulano”, mas sim no

atendimento das demandas dos clientes (clientes querem produtos finais,

demandam este tipo de bem, e cabe ao depósito, que os armazena, fornecê-los).

Por outro lado, mesmo que não fosse essa a abordagem da banca, não é

possível excluir a atividade “atendimento aos clientes” das funções do depósito, já

que qualquer cliente, se tiver um problema com uma atividade de atribuição dos

funcionários do depósito, vai acabar falando com eles .

Seu professor não vê motivo para recurso, o que não quer dizer que ele

esteja certo, apenas que ele é uma péssima ideia para explicar porque o item está

errado.

Item Certo.

38 - CESGRANRIO – 2012- PETROBRAS Numa segunda-feira do início do

mês, o gerente da empresa Comida Esnobe recebeu uma denúncia, através da

mídia nacional, de que seus hambúrgueres, vindos de um determinado fornecedor,

eram feitos com adição de hidróxido de amônio, produto perigoso para a saúde das

crianças. Uma nutricionista comentou também, em rede nacional, que os

hambúrgueres vendidos estavam sendo feitos com carne mais barata, cujo sabor

estava sendo modificado com amônio, questionando a empresa Comida Esnobe:

“Por que um ser humano sensato compraria o hambúrguer para suas crianças?” O

gerente da empresa desconhecia a existência do componente na receita.

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Com relação a esse episódio, identifica-se a

a) necessidade de aumento da acurácia nos estoques do fornecedor

b) falta de controle do leaseback

c) inadequação da refrigeração no centro de distribuição

d) redução no custo de oportunidade dos estoques reguladores

e) falha no supply chain management

Comentário: Sensacional! O gerente não faz ideia do que ocorre na cadeia

produtiva de seu produto. Hidróxido de amônio? Não é problema meu, minha parte

não é o gado, e sim o hambúrguer. A carne fornecida é mais barata e modificada

com amônio? Mas moça, eu faço hambúrguer, não carne.

E para terminar, o próprio gerente informa que desconhece a existência do

componente na receita.

Isto é o contrário do que prega o Supply Chain Management:

A gestão da cadeia de suprimentos busca desmontar esta ideia, permitindo a

visualização de todo o processo de geração de valor, desde o fornecedor até o

consumidor final.

Guarde isto: a gestão de cadeia de suprimentos enxerga as empresas

participantes do processo produtivo como parceiras, e desta forma, tem sempre

em mente a interdependência das mesmas.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos é a administração do

sistema de logística da empresa de forma integrada, interligando os diversos

componentes de que participam da cadeia. Isto permite que a empresa satisfaça a

necessidade de seus clientes de forma rápida

Letra e)

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39 - CESGRANRIO – 2012 - BNDES A gestão integrada da cadeia de

suprimentos traz grandes desafios aos gestores atuais. As decisões tomadas para

melhorar um elo da cadeia afetam todos os demais elos. A preocupação com os

custos funcionais, ou seja, de cada etapa da cadeia, ainda existe nas estruturas

departamentalizadas, mas a necessidade de entender os trade-offs e reduzir o custo

logístico total nunca foi tão importante.

Dentre os trade-offs típicos existentes em cadeias de suprimentos

apresentados a seguir, na forma de “ação” e “consequência”, a única relação “ação-

consequência” que NÃO corresponde a um trade-off logístico típico é

*Assumir quantidade de produtos expedidos constante

Comentário: Vamos olhar um por um:

a) Aumento dos estoques de segurança implica em aumento do custo de

armazenagem -> Tranquilinho, este é um trade-off típico. A empresa está,

deliberadamente, estocando mais materiais para reforçar seu estoque contra

contingências, o que irá aumentar o custo de armazenagem.

c) Redução do tempo de ciclo de cada etapa da cadeia implica redução do

lead-time total de entrega -> É o paradoxo final da ARM. Produzir mais rápido em

cada etapa faz com que eu tenha menos tempo para entregar o produto?

Como isso?

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Pense no seguinte: você produz um produto x, que todos seus concorrentes

levam 5 dias para fazer. Mas você consegue fazer em 2. Sou capaz de apostar que

você vai querer utilizar esta vantagem competitiva anunciando no mercado que é

capaz de fazer em 2 dias o que seus pares levam 5 para fazer.

E, adivinha só: você só vai ter 2 dias para fazer tudo. Você acabou de reduzir

seu tempo .

d) Redução do estoque médio implica aumento do giro de estoque -> perfeito

também. Se a empresa está trabalhando com menos estoques, isto significa que,

para atender a uma mesma demanda, seu estoque terá de ser renovado mais

vezes, o que é justamente o que se entende por giro de estoques.

e) Redução do custo de armazenagem implica aumento do custo de

transporte -> outro trade off difícil de visualizar, mas pensa só: você está se

dispondo a gastar menos armazenando, certo? Se a quantidade de produtos

expedidos permanece constante (premissa do enunciado), e você está gastando

menos para armazenar ainda assim, cadê os produtos? Você está movimentando

eles mais rápido para o consumidor final (assim não precisa ficar com eles ) e isto

faz com que você gaste mais com transporte. O mesmo vale para os materiais: não

quer estocar, tudo bem, mas vai ter de gastar mais com frete para buscar os

materiais

b) Aumento da frota de veículos NÃO implica redução do custo de estoque

em processo -> A assertiva c) faz uma relação equivocada entre custo de estoque e

aumento da frota de veículos. Materiais em processamento são aqueles que não

são matérias primas, mas também não são produtos acabados. São alguma coisa

no meio do caminho.

Assim o sendo, ainda estão dentro da empresa, passando pelo processo

produtivo. Uma frota de 400 caminhões prontos para movimentar produtos não

auxilia em nada na redução do custo de estoque em processo, pois eles continuarão

ali. Se falássemos de produto final, aí sim a frota conseguiria reduzir o custo de

estoque, pois seria possível entregar mais produtos no mesmo tempo.

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Letra b)

40 – CESPE – CADE – 2014A atividade de distribuição, que consiste na

entrega dosmateriais aos seus destinatários, envolve diversos custos, taiscomo o

custo de transporte, gerado por linhas de transporte,retirada e entrega, manuseio

nos terminais, listagem e coletados materiais.

Comentário: Perfeito! Você deve se lembrar do capítulo de Distribuição de

Materiais. Uma das preocupações do gestor, que inclusive o leva a escolher entre

um ou outro modal de transporte reside justamente no custo decorrente desta

escolha. A assertiva lista diversos fatores que impactam no custo de atribuído à

distribuição dos materiais.

Item Certo

41 – CESPE – CADE – 2014A efetividade da atividade de recebimento,

intermediária àsatividades de compra e de pagamento aos fornecedores,implica a

realização de adequados procedimentos deconferência da quantidade de bens

recebidos, entre os quais seinclui a conferência por acusação, técnica que permite

aoconferente efetuar a contagem dos bens recebidos com basenas quantidades

informadas pelo fornecedor na nota fiscal.

Comentário: Pois bem, vimos em aula que na contagem cega (ou

conferência por acusação), o funcionário que vai efetuar o recebimento dos

materiais desconhece a quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas

contar o que vê, e comunicar a outro funcionário, o “Regularizador”, quantas

unidades de material ele recebeu.

O “Regularizador” é o funcionário que conhece a quantidade faturada, e

conforme o que o primeiro funcionário lhe informe, poderá proceder à regularização

do lote ou determinar a recontagem.

Por consequência, o funcionário que faz a contagem não está com a Nota

Fiscal na mão. É da essência do método que o funcionário que faz a contagem não

conheça o número de unidades do pedido. A grande sacada é que a Nota Fiscal

possui esta informação, de tal forma que o funcionário que confere a carga não

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pode ter acesso ao documento, do contrário, teria acesso à quantidade de carga

esperada.

Item Errado

42. FCC - TRT - 2014 - Segundo Saldanha (2006), o controle adequado de

estoques se torna fundamental: ...é preciso prever situações para que não haja

excessos, faltas, nem deterioração dos materiais estocados. Sobre controle de

estoques considere:

I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,

preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.

II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,

independente da sua importância.

III. determinar o tempo de renovação dos estoques.

Está correto o que consta em

(A) III, apenas.

(B) I, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II e III.

(E) I e III, apenas.

Comentário: Hora de olhar uma por uma.

I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,

preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.

Perfeito! A execução de controle sobre os estoques e inventários periódicos é

desejável a qualquer organização, e você passou o curso inteiro até o momento

com isto sendo martelado na sua cabeça.

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E o MRP?

Com a extensão das preocupações do método MRP, para o MRP II, este

inspirou a origem a sistemas de gestão integrada, conhecidos por ERP (Enterprise

Resource Planning).

O ERP é um sistema construído com recursos da informática (para quem não

pegou a ideia ainda, é um programa de computador como qualquer outro ). Sua

função é obter informações a respeito de TODAS as funções da empresa,

monitorando materiais, compras, programação de produção, estoques de produtos

acabados e absolutamente qualquer outra informação relevante para a tomada de

decisões.

Ele é um sistema que tudo observa, e exibe ao seu usuário todas as

informações que transitam pela empresa. Saiu alguma coisa do estoque? O ERP

vê? A produção está engasgada em algum lugar? O ERP vê. Saiu um pedido do

departamento de compras? O todo poderoso ERP está assistindo .

Enfim, são programas desenvolvidos para permitir uma visão integrada das

informações que circulam dentro da empresa e das potenciais informações que

circulam pela empresa (GONÇALVES, 2010).

Aliás, aquele mesmo doutrinador consegue simplificar em uma frase o ponto

forte o ponto fraco dos programas de ERP:

"São excelentes para dizerem aos gerentes o que está acontecendo, mas

não têm capacidade de assinalar o que poderá acontecer". Cabe ao usuário

trabalhar as informações fornecidas.

Assim o sendo, sim, a integração com um sistema ERP ao controle de

estoques e inventários é altamente desejável.

Item I, certo

II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,

independente da sua importância.

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Medonho meu caro!

Assista o Diretor do Departamento Financeiro entrar em síncope com uma

afirmação destas.

Em última análise, se formos considerar completamente inútil a análise de

importância determinação dos estoques, chegaríamos ao absurdo de estocar

materiais completamente inúteis à produção.

Seria como uma fábrica de bicicletas manter um estoque de plutônio sem

qualquer aplicação na produção, pelo simples prazer de ter aquele material

estocado.

Relembro a vocês um trecho de aula visto na Aula 00:

Só que efetuar este dimensionamento é bastante complicado. Esta

complicação é fruto de uma eterna guerra entre os departamentos da empresa.

Veja só: o setor de compras não vai querer ser responsabilizado pela falta de

matérias-primas, então a tendência é que o setor de compras recomende a

estocagem de matérias-primas e insumos em excesso5.

Assim, quando o dono da empresa chamar os chefes, verá que em nenhum

momento houve falta de materiais para produção, e o chefe do setor de compras vai

ganhar um bônus.

Por outro lado, o chefe do setor financeiro vai ganhar um sermão. A

estocagem de insumos em excesso faz com que grande parte do dinheiro da

empresa fique parado, sem poder ser investido para gerar mais dinheiro. E isso é

péssimo.

Para evitar esse sermão, o chefedo setor financeiro, por sua vez, não vai

querer que ocorram gastos desnecessários e procurará não liberar compras de

5 O setor de compras deve também buscar preços favoráveis, pois, obviamente, o

preço das matérias-primas também irá compor o custo dos produtos.

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insumos que julgar prescindíveis (dispensáveis). Dependendo da sua “dedicação”,

só serão comprados novos lápis de escrever quando o toquinho dos que já existem

desaparecer. O setor financeiro, se pudesse, não permitiria nem mesmo a

existência de um estoque.

E é justamente a preocupação financeira que orienta a não aquisição de

materiais quando sua importância é diminuta no contexto da produção.

Item II, Errado

III. determinar o tempo de renovação dos estoques.

A determinação do giro de estoques impacta diretamente na quantidade de

material estocado. Um número maior de renovações do estoque reduz o a

quantidade necessária de materiais em estoque para atendimento da produção,

contudo, um baixo estoque de materiais expõe a empresa a riscos no suprimento de

materiais.

Decidir o quanto esta exposição é desejável em prol da redução de custos é

uma das tarefas do controle de estoque.

Item III, Certo

Letra e)

O setor financeiro, para otimizar os custos, tende a

querer reduzir estoques O setor de estoques, para evitar falta de matérias-primas, tende a

querer acumular estoques

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44. FCC - TRT – 2014 A operação onde o recebimento e a distribuição de

produtos são feitos sem a passagem das etapas de armazenagem e retirada é

denominada como armazenagem:

(A) Cantilever.

(B) Drive-in e drive-through.

(C) Cross-Docking.

(D) Push back.

(E) Flow rack.

Comentário: Ok, aqui a FCC pegou um pouco pesado aqui.

Alguns destes termos aparecem apenas no apêndice de algumas obras (no

nosso caso, no apêndice do livro do Marco Aurélio P. Dias).

O conceito oferecido pelo enunciado corresponde ao da letra d). DIAS definiu

o conceito de Cross-Docking da seguinte forma:

"É uma operação de rápida movimentação de produtos acabados para

expedição, entre fornecedores e clientes"

GONÇALVES também aponta o termo em seu glossário:

"Operação de rápida movimentação de produtos acabados para expedição

entre fornecedores e clientes, na qual o produto é imediatamente transferido ao ser

recebido".

A principal característica desta operação é que não há estocagem no

armazém central.

Todas as mercadorias chegam ao armazém central. Alguém entregou uma

caixa? Armazém Central. Outro fornecedor entregou mais duas? Armazém Central.

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O papel do armazém central é consolidar as cargas, para que depois sejam

remetidas aos armazéns descentralizados. E tudo isto preferencialmente sem que a

carga fique um só minuto estocada no armazém central.

Por esta razão, o termo mais próximo na língua portuguesa para esta

operação é o de "transbordo sem estocagem".

Letra c)

45. CESPE – ANATEL – 2014 Na definição do arranjo físico de um armazém,

deve-se priorizar a utilização horizontal do espaço, dado o risco de manuseio de

mercadorias em prateleiras muito altas.

Comentário: Não se pode negar que o risco da assertiva realmente existe,

principalmente no que diz respeito a quedas decorrentes do mau manuseio dos

materiais. Entretanto, a recomendação é justamente a contrária: deve se dar

preferência para utilização do espaço vertical da área de armazenamento, pois isso

permite uma melhor utilização do espaço disponível.

Item Errado.

Questões Propostas

1. CESPE –CNPQ - 2011. O controle do recebimento do objeto contratado é

realizado durante o recebimento provisório, produzindo o efeito de liberar o

vendedor do ônus da prova de qualquer defeito ou impropriedade que venha a ser

verificada na coisa comprada.

2. CESPE – SESA/ES - 2011 No recebimento dos materiais, a conferência

consiste no batimento entre a nota fiscal e o pedido de compra.

3. CESPE - IFB - 2011A carga unitária é a embalagem que contém

diretamente o produto.

4. CESPE - CNPQ - 2011 As estratégias de utilização dos diferentes tipos de

unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.

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5. CESPE - MPU - 2010. Os equipamentos e instrumentos utilizados na

movimentação de materiais em estoque independem da estrutura física e do leiaute

da unidade.

6. ESAF - 2013 - DNIT - A administração de recursos materiais engloba uma

sequência de operações. Assinale a opção que não representa uma etapa do ciclo

de administração de materiais:

a) Movimentação interna.

b) Compra.

c) Armazenamento.

d) Identificação de fornecedor.

e) Alienação.

7. CESPE - ABIN - 2010 A paletização impede a utilização do espaço aéreo

do almoxarifado.

8. CESPE - 2012 - TRE-RJ Aceitação designa o ato de entrega do material

encomendado por determinado órgão público em local previamente acordado com o

fornecedor.

9. ESAF – DNIT - 2013 Com relação ao recebimento de materiais, pode-se

afirmar:

a) o recebimento não precisa ser padronizado, mas deve ser orientado por

um check list de atividades de recebimento.

b) o recebimento de material é iniciado pela conferência da mercadoria com a

nota fiscal.

c) no recebimento, a mercadoria deve ser conferida após o descarregamento

do veículo transportador.

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d) a atividade de recebimento abrange a recepção, a entrada física e a

entrada no sistema de estoque.

e) a conferência do pedido de compra pode ser feita após o recebimento de

mercadoria.

10. ESAF – DNIT - 2013 São considerados tipos básicos de arranjo físico,

exceto:

a) Arranjo por posição fixa.

b) Arranjo por posição móvel.

c) Arranjo por processo.

d) Arranjo por produto.

e) Arranjo celular.

11. ESAF 2013 - DNIT Assinale a opção que demonstra qual entre os modais

de transporte é o mais adequado para longas distâncias e grandes quantidades,

embora possua menor flexibilidade de trajeto.

a) Ferroviário.

b) Aéreo.

c) Marítimo.

d) Hidroviário.

e) Cabotagem.

12. CESPE - ABIN - 2010 A carga unitária destina-se exclusivamente a

definir lotes de compras, com o objetivo de facilitar a comunicação entre comprador

e fornecedor.

13. CESPE - DETRAN-ES - 2010 O almoxarifado destina-se à guarda física

dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.

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14 - CESPE - 2012 - TRE-RJA utilização de mais de uma modalidade de

transporte, como o rodoviário e o aeroviário, por exemplo, para a entrega de

produtos caracteriza o transporte intermodal.

15 - CESPE - TJ-AL - 2012 Um administrador de materiais deseja transportar

grande quantidade de material para um lugar distante. Para isso, precisa cruzar

várias regiões do país. O administrador dispõe de pouco recurso financeiro para

esta atividade e, por isso, o meio de transporte escolhido deverá ter baixo custo de

seguro e de frete e sem taxa de manuseio. Há urgência na transferência do material

e não podem ocorrer atrasos na entrega. Nessa situação hipotética, o meio de

transporte mais indicado é o

a) rodoviário.

b) aéreo.

c) ferroviário.

d) hidroviário.

e) marítimo

16.CESPE - FHS-ES – 2009 Considere que a largura dos corredores de um

almoxarifado é determinada pelo equipamento utilizado para manuseio e que os

corredores realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio de

empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os corredores principais e os

utilizados para embarque permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo

tempo.

17.CESPE - FHS-ES – 2009 No arranjo físico funcional, utilizado em

montagens complexas, adota-se uma localização fixa de material.

18. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e PatrimônioA conferência por acusação, também conhecida como

contagem cega, não possibilita a verificação, preconizada na conferência

quantitativa, da correspondência entre a quantidade de objetos declarada pelo

fornecedor na nota fiscal e a efetivamente recebida.

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19. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e Patrimônio O encarregado do recebimento de material é responsável

pela recepção do material, no ato da entrega pelo fornecedor, até a sua entrada nos

estoques da organização, estando sob a sua responsabilidade, ainda, a

regularização do material.

20. CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em

Material e PatrimônioA armazenagem por frequência é o critério mais indicado

para se obter o aproveitamento mais eficiente do espaço.

21. CESPE - SERPRO - 2008. O recebimento é a operação segundo a qual

se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às

especificações contratadas.

22. CESPE - FUB - 2008 Em geral, os materiais de consumo devem ser

armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro.

23. CESPE - 2008 - FUNDAC. A armazenagem de materiais perigosos deve

ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.

CESPE - FHS-ES - 2009 Carlos esteja assumindo o cargo de analista

administrativo da secretaria de administração e está apreensivo em função do seu

desconhecimento a respeito dos novos colegas de trabalho, novas rotinas de

trabalho entre outros aspectos. Como bom observador, Carlos percebeu que os

materiais do almoxarifado estavam organizados segundo o sistema de estocagem

livre. Prateleiras, paletes e racks parecem bem distribuídos no espaço, mantendo

corredores espaçosos e permitindo fácil movimentação dos materiais. A partir da

situação hipotética descrita e considerando os preceitos de administração de

materiais e logística, julgue o item que segue.

24. CESPE - FHS-ES - 2009 Na movimentação de materiais, devem ser

consideradas as seguintes leis: lei da obediência de fluxo das operações, segundo a

qual as distâncias na movimentação e no transporte devem ser reduzidas,

eliminando, ao máximo, trajetos em ziguezague e a lei da manipulação mínima que

determina que a manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento

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deve ser evitada e que o transporte mecânico ou automatizado deve, sempre que

possível, ser utilizado.

25. CESPE – MPU – 2010 Os equipamentos einstrumentos utilizados na

movimentação de materiais em estoques independem da estrutura física e doleiaute

da unidade.

26. CESPE – TSE – 2006 Gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply

chain management) é uma técnica de administração de materiais cujo principal

objetivo émanutenção de baixos níveis de materiais em estoque.

27. CESPE – FINEP – 2009 Em uma cadeia de suprimento, os ganhos que

podem ser obtidos por meio da integração é igual à soma dos possíveis ganhos

individuais de cada um dos participantes da cadeia.

28. FCC - TRE-PI -2002 Dentre os fatores que influenciam os investimentos

em estoque, o que mantém um alto nível de produção, diminuindo custos,

justificando a manutenção de um maior volume de produtos em estoque é

a) Projeção de Vendas

b) Economia de Escala.

c) Natureza do Produto

d) Processo Produtivo

e) Preço unitário

29. CESGRANRIO - ELETROBRÁS - 2010 Os layouts utilizados nos

processos produtivos refletem as características da produção e apresentam

vantagens e desvantagens quando comparados quanto aos critérios de

desempenho de custo e flexibilidade. Sobre os diversos tipos de layout, suas

características e possíveis exemplos, é INCORRETO afirmar que o(s)

a) layout posicional é aquele cujo produto encontra-se fixo no ambiente de

produção, tal como podemos observar na construção de edifícios e navios

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b) baixo custo unitário e o alto nível de especialização são características

do layout por produto.

c) layout posicional e o funcional são mais adequados para processos de alto

volume

d) layout celular é utilizado para produção em massa e tem boa relação

custo-flexibilidade, porém pode ser muito caro de ser instalado e/ou mudado

e) roteiros distintos de produção e a grande variedade são características

típicas do layout funcional

30 CESPE – SERPRO - 2013 Uma organização que adota o modelo de

embalagens baseado em uma unitização deverá separar as caixas do estoque uma

a uma, formando diversos volumes:

31 - CESPE – SERPRO - 2013 No armazém em que se estocam produtos

maquinários pesados e de grande porte, deve-se utilizar o layout estacionário para

um melhor aproveitamento do espaço disponível.

32 - CESPE – SERPRO - 2013 O transporte aeroviário é o mais adequado

para o transporte de suprimento de material nobre, de alta sofisticação, que venha

de uma cidade longínqua e em pequenos volumes.

33 - CESPE – SERPRO - 2013 Uma empresa que atua como intermediário

comerciante, vendendo suprimentos ao consumidor final é caracterizada como

atacadista.

34 CESPE – MPU - 2013 Se o item em questão for matéria-prima, a inspeção

deverá ocorrer na fábrica do fornecedor, e não no ato da recepção da mercadoria.

35 – CESPE – TRT-17 – 2013 O leiaute de depósitos independe do sistema

de manuseio de materiais.

36 – CESPE – TRT17 – 2013A maioria dos custos gerados pelo uso de

caminhões que oferecem serviço porta a porta é de natureza fixa.

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37 – CESPE – TRT17 – 2013No processo de distribuição, constituem

funções dos depósitos a consolidação do transporte, a combinação de produtos e o

atendimento aos clientes.

38 - CESGRANRIO – 2012- PETROBRAS Numa segunda-feira do início do

mês, o gerente da empresa Comida Esnobe recebeu uma denúncia, através da

mídia nacional, de que seus hambúrgueres, vindos de um determinado fornecedor,

eram feitos com adição de hidróxido de amônio, produto perigoso para a saúde das

crianças. Uma nutricionista comentou também, em rede nacional, que os

hambúrgueres vendidos estavam sendo feitos com carne mais barata, cujo sabor

estava sendo modificado com amônio, questionando a empresa Comida Esnobe:

“Por que um ser humano sensato compraria o hambúrguer para suas crianças?” O

gerente da empresa desconhecia a existência do componente na receita.

Com relação a esse episódio, identifica-se a

a) necessidade de aumento da acurácia nos estoques do fornecedor

b) falta de controle do leaseback

c) inadequação da refrigeração no centro de distribuição

d) redução no custo de oportunidade dos estoques reguladores

e) falha no supply chain management

39 - CESGRANRIO – 2012 - BNDES A gestão integrada da cadeia de

suprimentos traz grandes desafios aos gestores atuais. As decisões tomadas para

melhorar um elo da cadeia afetam todos os demais elos. A preocupação com os

custos funcionais, ou seja, de cada etapa da cadeia, ainda existe nas estruturas

departamentalizadas, mas a necessidade de entender os trade-offs e reduzir o custo

logístico total nunca foi tão importante.

Dentre os trade-offs típicos existentes em cadeias de suprimentos

apresentados a seguir, na forma de “ação” e “consequência”, a única relação “ação-

consequência” que NÃO corresponde a um trade-off logístico típico é

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*Assumir quantidade de produtos expedidos constante

40 – CESPE – CADE – 2014A atividade de distribuição, que consiste na

entrega dosmateriais aos seus destinatários, envolve diversos custos, taiscomo o

custo de transporte, gerado por linhas de transporte,retirada e entrega, manuseio

nos terminais, listagem e coletados materiais.

41 – CESPE – CADE – 2014A efetividade da atividade de recebimento,

intermediária àsatividades de compra e de pagamento aos fornecedores,implica a

realização de adequados procedimentos deconferência da quantidade de bens

recebidos, entre os quais seinclui a conferência por acusação, técnica que permite

aoconferente efetuar a contagem dos bens recebidos com basenas quantidades

informadas pelo fornecedor na nota fiscal.

42. FCC - TRT - 2014 - Segundo Saldanha (2006), o controle adequado de

estoques se torna fundamental: ...é preciso prever situações para que não haja

excessos, faltas, nem deterioração dos materiais estocados. Sobre controle de

estoques considere:

I. executar controle sobre os estoques e inventários periódicos,

preferencialmente utilizando um sistema integrado de informações ERP.

II. determinar quais os que tipos de materiais que serão estocados,

independente da sua importância.

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III. determinar o tempo de renovação dos estoques.

Está correto o que consta em

(A) III, apenas.

(B) I, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, II e III.

(E) I e III, apenas.

43. FCC - TRT – 2014 A operação onde o recebimento e a distribuição de

produtos são feitos sem a passagem das etapas de armazenagem e retirada é

denominada como armazenagem:

(A) Cantilever.

(B) Drive-in e drive-through.

(C) Cross-Docking.

(D) Push back.

(E) Flow rack.

45. CESPE – ANATEL – 2014 Na definição do arranjo físico de um armazém,

deve-se priorizar a utilização horizontal do espaço, dado o risco de manuseio de

mercadorias em prateleiras muito altas.

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Gabarito:

1 E 11 A 21 E 31 C 41 E

2 E 12 E 22 C 32 C 42 E

3 E 13 E 23 E 33 E 43 C

4 E 14 Anulado 24 E 34 E 44 C

5 E 15 C 25 E 35 E 45 E

6 E 16 C 26 E 36 E

7 E 17 E 27 E 37 C

8 E 18 C 28 B 38 E

9 D 19 C 29 C 39 B

10 B 20 E 30 E 40 C

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