aula 08 oab xx prodesso civil estratégia
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Aula 08
Direito Processual Civil p/ XX Exame de Ordem - OAB
Professores: Equipe Gabriel Borges, Gabriel Borges
Direito Processual Civil Teoria e Exerccios comentados
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ OAB
AULA 08: DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO. DAS PROVAS; DA
SENTENA E DA COISA JULGADA; DA LIQUIDAO DE SENTENA; DO
CUMPRIMENTO DA SENTENA.
SUMRIO PGINA
1. Captulo IX: Audincia de conciliao ou de mediao. Audincia de
instruo e julgamento. Da audincia de instruo e julgamento. Das
provas; da sentena e da coisa julgada; da liquidao de sentena; do
cumprimento da sentena.
02
2. Resumo 62
3. Questes comentadas 63
4. Lista das questes apresentadas 87
5. Gabarito 93
CAPTULO IX: DA AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO. DAS PROVAS; DA SENTENA E DA COISA JULGADA; DA LIQUIDAO DE SENTENA; DO CUMPRIMENTO DA SENTENA.
AUDINCIA DE CONCILIAO OU DE MEDIAO
As formas consensuais de soluo de conflitos foram valorizadas no
CPC/2015. Como consequncia desta valorizao, houve a extino do
procedimento sumrio e a existncia, agora, somente do procedimento ordinrio.
Na estrutura do CPC/2015, no procedimento ordinrio, a resposta ocorre
posteriormente citao do ru. No artigo 334 criou-se uma audincia de
conciliao ou de mediao (que pode ser realizada no por meio eletrnico) que
ocorre antes do momento de apresentao da resposta do ru e aps a citao
deste.
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Art. 334. Se a petio inicial preencher os requisitos essenciais e no for o caso de improcedncia liminar do pedido, o juiz designar audincia de conciliao ou de mediao com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o ru com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedncia. [...]
4 A audincia no ser realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composio consensual;
II - quando no se admitir a autocomposio. [...]
6 Havendo litisconsrcio, o desinteresse na realizao da audincia deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
Reparem que tanto no 4 e 6 demonstram a importncia de que a
composio consensual tomou no CPC/2015. O autor, j na petio inicial, deve
indicar seu desinteresse na realizao da audincia. J o ru tem o prazo de 10 dias
antes da audincia para se manifestar. Se as duas partes se manifestarem no
sentido da no realizao da audincia, o prazo de resposta do ru ter incio do
protocolo do pedido de cancelamento da audincia, de acordo com inciso II do art.
335 do CPC/2015.
Art. 335. O ru poder oferecer contestao, por petio, no prazo de
15 (quinze) dias, cujo termo inicial ser a data: [...]
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audincia de
conciliao ou de mediao apresentado pelo ru, quando ocorrer a hiptese do
art. 334, 4, inciso I [as duas partes se manifestarem contrariamente realizao
da audincia de conciliao ou mediao].
Se a petio inicial preencher os requisitos essenciais e no for o caso de
improcedncia liminar do pedido, o juiz designar audincia de conciliao ou de
mediao com antecedncia mnima de 30 dias, devendo ser citado o ru com
pelo menos 20 dias de antecedncia.
A pauta das audincias de conciliao ou de mediao ser organizada de
modo a respeitar o intervalo mnimo de 20 minutos entre o incio de uma e o incio
da seguinte. permitida a realizao de mais de uma sesso destinada
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conciliao e mediao, no podendo exceder a 2 meses da data de realizao da
primeira sesso, desde que necessrias composio das partes.
Ainda que o autor manifeste seu desinteresse na realizao da audincia, o
ru ser citado (integrar o processo) e intimado da audincia j designada. A
realizao da audincia ficar na dependncia da manifestao do ru quanto ao
seu desinteresse de realizao.
5 O autor dever indicar, na petio inicial, seu desinteresse na
autocomposio, e o ru dever faz-lo, por petio, apresentada com 10 (dez)
dias de antecedncia, contados da data da audincia.
Para compreender este pargrafo preciso trabalhar duas situaes
distintas. Se o autor no indicar, na petio inicial, o seu desinteresse da audincia,
dever ser imediatamente intimado da audincia, na presena do seu advogado. Isto
porque mesmo que o ru no pretenda sua realizao, a audincia ocorrer. Assim,
ao determinar a citao e a intimao do ru, cabe ao juzo determinar a intimao
do autor. De outro modo, se o autor manifestar seu desinteresse na petio inicial,
no ser intimado de imediato, pois poder o ru com ele concordar (com a no
realizao) e, dessa forma, a audincia no ser realizada.
As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores
pblicos. O 9 do art. 334 do CPC/2015 apesar de criar um dever no menciona a
consequncia do descumprimento. Doutrinadores tm-se manifestado no sentido de
no se tratar de um dever, mas de uma faculdade da parte. Isto porque o ato de
autocomposio ou mediao ato da parte, independente de capacidade
postulatria, no sendo, assim, a ausncia do patrono da parte um empecilho
soluo consensual e homologao desta pelo juiz.
Permite-se a constituio de um representante, por meio de uma procurao
com poderes para negociar e transigir, caso a parte no queira comparecer
audincia. Este representante poder ser um terceiro ou o advogado, j que na
audincia s haver a tentativa de soluo consensual, no existindo, portanto, real
empecilho a que a parte outorgue poderes a terceiros.
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O 8 foi muito comentado e por muitos considerado lamentvel prev
que a ausncia injustificada do autor ou do ru ser considerada ato
atentatrio dignidade da justia, passvel de sano processual.
8 O no comparecimento injustificado do autor ou do ru audincia
de conciliao considerado ato atentatrio dignidade da justia e ser
sancionado com multa de at dois por cento da vantagem econmica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da Unio ou do Estado.
DAS PROVAS
O direito prova tem origem nos princpios do contraditrio e de acesso
justia. Por meio desse direito, busca-se garantir adequada participao do cidado
no processo. Produzida a prova, ela se desprende de quem a apresentou e
integrada aos autos. Torna-se irrelevante saber quem a produziu, inclusive, podendo
ser utilizada contra quem a encaminhou ao processo.
O juiz ir valorar e considerar as provas sem se preocupar com a sua
origem, a menos que seja ilcita. Ademais, elas tm efeito extensivo aos
litisconsortes. Assim, os fatos provados podem alcanar as partes e litisconsrcios,
ainda que para prejudicar.
Art. 371. O juiz apreciar a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicar na deciso as razes da formao de seu
convencimento.
Ora, obviamente um fato no pode ser entendido de uma forma para um
sujeito e de outra para outro, seno no se estaria privilegiando a verdade dos fatos.
O fato verdadeiro ou falso para todos os sujeitos do processo. No estamos,
contudo, afirmando que uma prova surtir os mesmos efeitos a todos os sujeitos.
Isso nem sempre ocorrer e depender de como o fato que est sendo provado, ou
no, atinge, especificamente, cada pessoa.
1. TEORIA GERAL DA PROVA
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