aula 07 - o príncipe eletrônico
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8/18/2019 AULA 07 - O Príncipe Eletrônico
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Aula 05
O príncipe eletrônico
Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo | 4º Período
Prof. Hendryo André | [email protected]
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- Iniciar a discussão dos aspectos relevantes que tornam o jornalismo uma atividade fundamental para o exercício e ofortalecimento dos regimes democráticos
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- Maquiavel (1469-1527), Florença
- Soberania do Estado em relação à religião
- Inaugura o pensamento político moderno e oinstrumentalismo
- “Fins justificam os meios”;
- Principados novos; exércitos mercenários; exógeno àreligião
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- O humano (que é mal por natureza) passa a ser oconstrutor do seu próprio destino
- Contraponto entre virtù (força e ação) x fortuna(conjuntura); (metáfora da inundação)
- Príncipe: forte e armado
- Mundo político -> mundo social
- Admirado por republicanos e totalitários
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- Partido político; “intelectual coletivo”;
- Hegemonia: “(...) um projeto de Estado-Nação,envolvendo a organização, o desenvolvimento ou a
transformação da sociedade” (142).
- Estado-nação
•Burocratismo (Estado) -> categoria social, coletivo de
diversas classes sociais; unidade organizacional• Mérito (nação) -> efeito de representação de unidade(desenvolvimento e transformação da sociedade)
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- “Tudo o que pode ser específico da política neles sepolariza, sintetiza ou galvaniza. Nesse sentido é que, emúltima instância, esses tipos ideais ou arquétipos estãoreferidos à capacidade de construir hegemonias,
simultaneamente à organização, consolidação edesenvolvimento das soberanias” (142).
- Sintetizam a essência da política às noções de hegemonia
e soberania
- No início do século XXI eles parecem estar envelhecidos(soberania; hegemonia, virtù, fortuna)
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- “Tudo o que pode ser específico da política neles sepolariza, sintetiza ou galvaniza. Nesse sentido é que, emúltima instância, esses tipos ideais ou arquétipos estãoreferidos à capacidade de construir hegemonias,simultaneamente à organização, consolidação edesenvolvimento das soberanias” (142).
- Na transição para o século XXI os príncipes parecem estarenvelhecidos (soberania; hegemonia, virtù, fortuna)
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- Nasce com a globalização do capitalismo
- Novas tecnologias (“revolução da comunicação”?)
- Mudanças nas relações de sociabilidade: sociedade civilmundial organizada
- “(...) desenvolve-se uma nova configuração histórico-
social de vida, trabalho e cultura, desenhando umatotalidade geoistórica de alcance global, compreendendoindivíduos e coletividade, povos, nações e nacionalidades,culturas e civilizações (144);
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- “É uma entidade nebulosa e ativa, presente e invisível,predominante e ubíqua, permeando continuamente todos osníveis da sociedade, em âmbito local, nacional, regional emundial. É o intelectual coletivo e orgânico das estruturas e
blocos de poder presentes, predominantes e atuantes emescala nacional, regional e mundial, sempre emconformidade com os diferentes contextos socioculturais epolítico-econômicos desenhados no novo mapa do mundo”
(148).
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- “A televisão não pode mais ser considerada (se algumavez o foi) mera observadora e repórter dos eventos. Estáintrinsecamente encadeada com estes eventos e tem setornado claramente parte integral da realidade quenoticia” (150).
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- “(...) encante-nos ou nos dê asco, a televisão constituihoje, simultaneamente, o mais sofisticado dispositivo demoldagem e deformação do cotidiano e dos gostospopulares e uma das mediações históricas maisexpressivas de matrizes narrativas, gestuais e cenográficasdo mundo cultural popular, entendido não como astradições específicas de um povo, mas a hibridação decertas formas de enunciação, de certos saberes narrativos,
de certos gêneros novelescos e dramáticos do Ocidentecom as matrizes culturais de nossos países” (MARTÍN-BARBERO, XXXX, 26).
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- “o protagonismo das tecnologias – antes chamadas de meios – é cada vez maior. E se deve especialmente a um duplomovimento: ao seu instalar-se em não importa em que regiãoou país como elemento exógeno às heranças culturais e às
demandas locais e ao seu converter-se em conector universaldentro do global, em dispositivo estrutural de produção emescala planetária. (...) A fascinação tecnológica, aliada aorealismo do inevitável, produz densos e desconcertantesparadoxos: a convivência da opulência comunicacional comdebilidade do público, a maior disponibilidade de informaçãocom a deterioração palpável da educação formal, a explosãocontínua de imagens com o empobrecimento da experiência, amultiplicação infinita dos signos em uma sociedade que padecedo mais déficit simbólico” (MARTÍN-BARBERO, XXXX, 26).
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- “O que singulariza a grande corporação da mídia é queela realiza limpidamente a metamorfose da mercadoria emideologia, do mercado em democracia, do consumismo emcidadania. Realiza limpidamente as principais implicaçõesda indústria cultural, combinando a produção e areprodução cultural com a produção e reprodução docapital; e operando decisivamente na formação de‘mentes’ e ‘corações’ em escala global” (152);
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- Tecnologias da mídia -> inocentes, neutras; propiciam a“democracia eletrônica”
- “Quando inseridas nas atividades sociais, nas formas desociabilidade, ou melhor, nos jogos das forças sociais,nesses casos se transformam em técnicas sociais” (156)
- Ianni -> “imagens e sons desincorporados”
- Giddens -> fragmentação tempo x espaço
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- “Modificam-se signos e significados, figuras e figurações,de tal maneira que ocorre a dissolução da política nacultura eletrônica de massa, na qual se dissolvem ou sedeslocam territórios e fronteiras envolvendo os espaçospúblico e privado, o consumismo e a cidadania, a correntede opinião pública e o comportamento de auto-ajuda, arealidade e a virtualidade”.
- O político como um “produto”
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- “Milagre da criação” (162)
- “Pouco a pouco, muitos são levados a crer que essa pode
ser a criatura indispensável para fazer face à fortuna, àscondições político-econômicas e socioculturaisresponsáveis pela questão social, pelas carências do povo,pelas reivindicações de indivíduos e coletividades, grupose classes sociais” (162).
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- “(...) a metamorfose da crítica em satanização e dasatanização em intimidação, medo e aflição logo provoca areorganização e o redirecionamento de expectativas eopiniões. Essa pode ser a estrada onde é tangida amultidão solitária no seio da qual o príncipe eletrônicoconstrói hegemonias e exerce soberanias” (162).
- Democracia eletrônica -> convergência, marketing político(público x privado; mercado x cultural; cidadão xconsumidor; povo x multidão).
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- Fim da História -> “(...) subsistem multiplicidades,divergências, desigualdades, tensões e antagonismos entreagências, organizações, corporações e outras instituiçõesdo capitalismo globalizado. O mundo virtual também estáatravessado por tensões e antagonismos, fissuras eestridências, inovações e obsolescências”.