aula 05.pdf

107
ADMINISTRAÇÃO P/ O SENADO FEDERAL PROFESSOR: MARCELO CAMACHO www.pontodosconcursos.com.br 1 1 Aula 5– Administração Senado Olá Pessoal! Peço desculpas pelo atraso na postagem da aula passada. O que aconteceu é gravei a aula completa e ao fazer um ajuste de formatação sem perceber apaguei o restante da aula, salvei e enviei a aula. Tive que refazer praticamente a aula inteira. Vamos aos assuntos de hoje. Aula 05 –30/03 Lei no 8.666/93 e suas alterações. Cultura e ambiente organizacional, clima organizacional Sumário 1. Conceito de Licitação . .......................................................................................................................2 2. Princípios Orientadores da Licitação . ...............................................................................................4 2.1. Formalismo . ....................................................................................................................................5 2.2. Publicidade dos Atos . .....................................................................................................................5 2.3. Igualdade entre os licitantes. ...........................................................................................................5 2.4. Sigilo na Apresentação das Propostas . ...........................................................................................7 2.5. Vinculação ao Instrumento Convocatório . .....................................................................................7 2.6. Julgamento Objetivo . ......................................................................................................................8 2.7. Adjudicação Obrigatória ao Vencedor . ..........................................................................................8 2.8. Competitividade. ...........................................................................................................................10 3.Fases do procedimento Licitatório. ...................................................................................................10 3.1 Abertura . ........................................................................................................................................11 3.2 Habilitação dos Licitantes. .............................................................................................................14 3.3. Julgamento das Propostas . ............................................................................................................18 3.4. Homologação e Adjudicação ao Vencedor . ..................................................................................20 4. Modalidades de Licitação . ...............................................................................................................20 4.1 Concorrência . .................................................................................................................................21 4.2. Tomada de Preços . ........................................................................................................................23 4.3. Convite. .........................................................................................................................................24 4.4. Concurso . ......................................................................................................................................26 4.5. Leilão . ...........................................................................................................................................27 4.6. Pregão . ..........................................................................................................................................27 5. Tipos de Licitação. ...........................................................................................................................30 6. Alienação de Bens pela Administração Pública . .............................................................................32 7. Inexigibilidade e dispensa de licitação . ...........................................................................................33 7.1. Inexigibilidade . .............................................................................................................................33 7.2. Dispensa de Licitação . ..................................................................................................................37 7.2.1. Licitação Dispensável . ..............................................................................................................37 7.2.2. Licitação Dispensada . ................................................................................................................42

Upload: vehboaventura4397

Post on 25-Nov-2015

21 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 11

    Aula 5 Administrao Senado

    Ol Pessoal!

    Peo desculpas pelo atraso na postagem da aula passada. O que aconteceu gravei a aula completa e ao fazer um ajuste de formatao sem perceberapaguei o restante da aula, salvei e enviei a aula. Tive que refazerpraticamente a aula inteira. Vamos aos assuntos de hoje.

    Aula 05 30/03 Lei no 8.666/93 e suas alteraes. Cultura e ambiente organizacional, clima organizacional

    Sumrio

    1. Conceito de Licitao . .......................................................................................................................2 2. Princpios Orientadores da Licitao . ...............................................................................................4 2.1. Formalismo . ....................................................................................................................................5 2.2. Publicidade dos Atos . .....................................................................................................................5 2.3. Igualdade entre os licitantes. ...........................................................................................................5 2.4. Sigilo na Apresentao das Propostas . ...........................................................................................7 2.5. Vinculao ao Instrumento Convocatrio . .....................................................................................7 2.6. Julgamento Objetivo . ......................................................................................................................8 2.7. Adjudicao Obrigatria ao Vencedor . ..........................................................................................8 2.8. Competitividade. ...........................................................................................................................10 3.Fases do procedimento Licitatrio. ...................................................................................................10 3.1 Abertura . ........................................................................................................................................11 3.2 Habilitao dos Licitantes. .............................................................................................................14 3.3. Julgamento das Propostas . ............................................................................................................18 3.4. Homologao e Adjudicao ao Vencedor. ..................................................................................20 4. Modalidades de Licitao . ...............................................................................................................20 4.1 Concorrncia. .................................................................................................................................21 4.2. Tomada de Preos. ........................................................................................................................23 4.3. Convite. .........................................................................................................................................24 4.4. Concurso . ......................................................................................................................................26 4.5. Leilo . ...........................................................................................................................................27 4.6. Prego . ..........................................................................................................................................27 5. Tipos de Licitao. ...........................................................................................................................30 6. Alienao de Bens pela Administrao Pblica . .............................................................................32 7. Inexigibilidade e dispensa de licitao . ...........................................................................................33 7.1. Inexigibilidade . .............................................................................................................................33 7.2. Dispensa de Licitao . ..................................................................................................................37 7.2.1. Licitao Dispensvel . ..............................................................................................................37 7.2.2. Licitao Dispensada . ................................................................................................................42

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 22

    8. Anulao e Revogao da Licitao . ...............................................................................................46 9. Contratos Administrativos . ..............................................................................................................47 9.1. O Gestor de contrato . ....................................................................................................................51 9.1.1 Atribuies do Gestor . ................................................................................................................52 9.1.2 Resciso . .....................................................................................................................................53 9.1.3 Prorrogao da Vigncia do Contrato. ........................................................................................54 9.1.4 As Alteraes Contratuais . .........................................................................................................56 9.1.5 Equilbrio Econmico-Financeiro. ..............................................................................................57 9.1.6 Reajuste de Preos . .....................................................................................................................59 9.1.7 Repactuao . ...............................................................................................................................59 9.1.8 Penalidades . ................................................................................................................................60 9.1.9 Garantias . ....................................................................................................................................61 10. Cultura Organizacional . .................................................................................................................64 10.1 Ferramentas que ajudam na mudana na Cultura da Organizao . .............................................65 10.2. O que Cultura? . ........................................................................................................................67 10.3 Componentes da Cultura Organizacional . ...................................................................................68 10.4 Tipos de Cultura . .........................................................................................................................70 11. Clima Organizacional . ...................................................................................................................72 11.1Tipos de clima organizacional . .....................................................................................................73 11.2 Como se manifesta / Indicadores do clima organizacional. .........................................................73 11.3 Estratgia de Avaliao # Indicador do Clima Organizacional. ...........................................74 11.4 Variveis Organizacionais a serem consideradas na Pesquisa . ...................................................75 11.5 Etapas para a montagem e aplicao de uma pesquisa de clima organizacional. ........................76 12. Lista de Questes . ..........................................................................................................................80 13. Gabarito . ........................................................................................................................................89 14. Questes Comentadas . ...................................................................................................................90 15. Bibliografia . .................................................................................................................................106

    1. Conceito de Licitao

    Segundo Bandeira de Mello, licitao (...) um certame que asentidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entreos interessados em com elas travar determinadas relaes de contedopatrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa s conveninciaspblicas. Estriba-se na idia de competio, a ser travada isonomicamenteentre os que preencham os atributos e aptides necessrios ao bomcumprimento das obrigaes que se propem assumir.

    Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo informam que licitao umprocedimento administrativo, de observncia obrigatria pela administraopblica, no qual, observada a igualdade entre os participantes, deve serselecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessadosem estabelecer determinadas relaes de contedo patrimonial com essaadministrao pblica, uma vez preenchidos os requisitos mnimosnecessrios ao bom cumprimento das obrigaes a que eles se propem.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 33

    A obrigatoriedade de licitao expressa no art. 37, inciso XXI daConstituio Federal:

    XXI ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios,compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblicaque assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas queestabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas daproposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias dequalificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento dasobrigaes.

    A competncia para legislar sobre normas gerais de licitao exclusividadeda Unio, conforme o art. 22, XXVII, da CF:

    XXVII - normas gerais de licitao e contratao, em todas as modalidades,para as administraes pblicas diretas, autrquicas e fundacionais da Unio,Estados, Distrito Federal e Municpios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, epara as empresas pblicas e sociedades de economia mista, nos termos do art.173, 1o, III.

    Observemos esta questo da CESPE

    ITEM 1. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) A obrigatoriedade de licitao princpio expresso na Constituio Federal de 1988.

    Perfeito, conforme vimos, a obrigatoriedade de licitao est explcita no art. 37 daConstituio Federal. A afirmativa est CERTA!

    Em obedincia ao que determinado no art. 37 da CF, a Unio editou a Lei 8.666/93,que j no seu art. 1, esclarece acerca de sua natureza e mbitode aplicao: trata-se de uma lei de normas gerais sobre licitaes econtratos administrativos pertinentes a obras, servios, inclusive depublicidade, compras, alienaes e locaes no mbito dos Poderes daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Esto subordinados a esta lei, conforme pargrafo nico, do art. 1 almdos rgos da Administrao direta, os fundos especiais, as autarquias, asfundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mistae demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados,Distrito Federal e Municpios. Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 2. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) Um rgo do Ministrio Pblico estadual, ao realizar determinado certame licitatrio,subordina-se, no que couber, s normas gerais de licitao previstas na Lei n. 8.666/1993.

    Pessoal, a lei 8.666/93 aplica-se a toda a administrao pblica brasileira. Desta forma aafirmao est CERTA!

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 44

    A EC 19/98 ao 1 do art. 173 da Constituio, autorizou o legisladorordinrio a disciplinar em lei especfica um estatuto de licitaes econtratos prprio para as empresas pblicas, sociedades deeconomia e suas subsidirias que explorem atividade econmica deproduo ou comercializao de bens ou de prestao de servios,observados os princpios da Administrao Pblica. Portanto trat-se de umautorizao para a instituio de um regime prprio para tais entidades, emvista da rea em que atuam, tipicamente privada. At o presente momentoesta norma ainda no foi editada e, por isto, aplicam-se na ntegra asdisposies da Lei 8.666/93 s empresas pblicas, sociedades de economiamista e suas subsidirias que explorem atividade econmica.

    Existe, no entanto, jurisprudncia que ampara as estatais que explorematividades econmicas no sentido de no se sujeitarem lei 8.666, quando ocontrato que celebrarem tenha relao com sua atividade-fim.

    2. Princpios Orientadores da Licitao

    O art. 3 da Lei 8.666/93 enumera princpios a serem seguidos pelaadministrao pblica na realizao de licitaes. Muitos so princpiosgerais, alguns destes assumem carter peculiar quando aplicados para alicitao e outros so especficos

    Diz o art. 3o : A licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional daisonomia, a seleo da proposta mais vantajosa para a administrao e apromoo do desenvolvimento nacional sustentvel e ser processada e julgadaem estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, daimpessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidadeadministrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamentoobjetivo e dos que lhes so correlatos

    Dentre os princpios arrolados na norma, percebemos que os seis primeirosaplicam-se generalidade da atividade administrativa, sendo os dois ltimos vinculao ao instrumento convocatrio e julgamento objetivo -,peculiares s licitaes. Alm desses dois, a doutrina considera que soprincpios diretamente aplicveis s licitaes o do procedimento formal, odo sigilo das propostas at sua abertura, o da adjudicaocompulsria e o da competitividade.

    Observem esta questo da CESPE

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 55

    ITEM 3. (CESPE/STM/2010/ANALISTA JUDICIARIO-AREA ADMINISTRATIVA) De acordo com a legislao brasileira, a licitao deve seguir, obrigatoriamente, osprincpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, dapublicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, dojulgamento objetivo e dos que lhes so correlatos.

    Pessoal, a citao literal do art. 3 da lei 8.666/93. Portanto a afirmativa est CERTA!

    Vamos analisar alguns desses princpios.

    2.1. Formalismo

    Consoante o art. 4, pargrafo nico, da Lei, o procedimento licitatrioprevisto nesta Lei caracteriza ato administrativo formal, seja elepraticado em qualquer esfera da Administrao Pblica (grifo nosso). Isso significa que foi estatudo um procedimento determinado para aslicitaes, devendo todas suas fases serem cumpridas nos exatos termos daLei, sob pena de nulidade do certame.

    2.2. Publicidade dos Atos

    Segundo o art. 3, 3, a licitao no ser sigilosa, sendo pblicos eacessveis ao pblico os atos de seu procedimento, salvo quanto aocontedo das propostas, at a respectiva abertura. A norma tem a finalidade de permitir um efetivo controle sobre a lisura doprocedimento, no apenas pelos licitantes, mas, sobretudo, pela populaoem geral. O art. 4, em complemento norma anterior, garante a qualquercidado o direito de acompanhar o desenvolvimento da disputa. Este princpio impe que os motivos determinantes das decises realizadasem qualquer etapa do processo licitatrio sejam declarados.

    2.3. Igualdade entre os licitantes

    Esse princpio deve se compreendido em duas acepes: numa primeira,protege os licitantes, vedando a incluso de critrios discriminatrios na fasede julgamento das propostas; numa segunda, protege os que desejam serlicitantes, vedando que a Administrao estabelea quaisquer requisitos paraparticipao do certame que no tenham relevncia frente ao objeto dofuturo contrato. No viola o princpio, por bvio, o estabelecimento de requisitos mnimosque tenham por finalidade exclusivamente garantir a adequada execuo docontrato. O 1o do art. 3, nos seus dois incisos, d uma perfeita noo dasignificao do princpio da igualdade no que tange s licitaes, vedando,

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 66

    no primeiro inciso, a insero de clusulas ou condies nos instrumentosconvocatrios que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu cartercompetitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleampreferncias ou distines em razo da naturalidade, da sede ou domicliodos licitantes ou de qualquer outra circunstncia impertinente ou irrelevantepara o especfico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos 5o a 12deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991(compras de servios de informtica pela administrao pblica).

    O segundo inciso, por seu turno, probe o estabelecimento de tratamentodiferenciado entre empresas brasileiras e estrangeiras. O 2 do art. 3, todavia, mitiga o rigor desse ltimo dispositivo, aoprescrever que, como critrio de desempate, ser dada preferncia,sucessivamente, aos bens e servios:

    1) produzidos no Pas; 2) produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 3) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e nodesenvolvimento de tecnologia no Pas.

    Embora no esteja na lei 8.666/93, o Estatuto Nacional da Microempresa eda Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/2006) estabelecepreferncia na contratao pelo poder pblico para estas empresas. Estasregras esto contidas nos art. 42 a 49 da LC 123/2006.

    A Lei tambm probe a realizao de licitao cujo objeto inclua bens eservios sem similaridade ou de marcas, caractersticas e especificaesexclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificvel, ou aindaquando o fornecimento de tais materiais e servios for feito sob o regime deadministrao contratada, previsto e discriminado no edital (art. 7o, 5o).

    Vejam esta questo da FGV

    ITEM 4. (FGV/FIOCRUZ/2010/DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) Segundo o art. 3 da Lei n. 8.666/93, a licitao destina-se a garantir a observncia doprincpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para aAdministrao Pblica, que ser processada e julgada em estrita conformidade com osprincpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, dapublicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, dojulgamento objetivo e dos que lhes so correlatos. O 2 estabelece que, em igualdade de condies, como critrio de desempate, serassegurada preferncia, sucessivamente, aos bens e servios:

    I. produzidos no Pas; II. produzidos ou prestados por empresas brasileiras;

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 77

    III. produzidos ou prestados por empresas brasileiras que invistam em pesquisa e nodesenvolvimento de tecnologia no Pas.

    Assinale: (A) se somente III estiver correto. (B) se somente I e II estiverem corretos. (C) se somente I e III estiverem corretos. (D) se somente II e III estiverem corretos. (E) se I, II e III estiverem corretos.

    Vejamos as alternativas:

    I. CORRETO. o primeiro critrio de desempate contido no pargrafo 20 do art. 3. II. CORRETO. o segundo critrio de desempate. III. INCORRETO. Muita ateno pessoal! O critrio de desempate para empresas que

    invistam em tecnologia no Brasil, BRASILEIRAS OU ESTRANGEIRAS.

    Sendo Assim, o gabarito a alternativa B.

    2.4. Sigilo na Apresentao das Propostas

    Determina o 3 do art. 3 da Lei que a licitao no ser sigilosa, sendopblicos e acessveis ao pblico os atos de seu procedimento, salvo quantoao contedo das propostas, at a respectiva abertura. norma de entendimento singelo. Como j vimos, o princpio da publicidadenorteia o procedimento licitatrio. Apenas quanto ao contedo das propostasele temporariamente excepcionado, uma vez que o conhecimento porparte de um concorrente acerca do teor da proposta de outro, antes deapresentar a sua, inevitavelmente traria srio prejuzo tanto para os demaislicitantes quanto para a Administrao. Constitui crime a violao do sigilo das propostas, sendo o agente pblicoque o fizer ou possibilitar a terceiro, apenado com deteno de dois a trsanos e multa, conforme art. 94 da lei. Em vista disso, impe-se o sigilo do contedo das propostas at a aberturados respectivos envelopes pela Comisso de licitao. A partir destemomento, o teor de cada proposta de conhecimento pblico.

    2.5. Vinculao ao Instrumento Convocatrio

    Segundo Hely Lopes Meirelles que o edital a lei interna da licitao e,enquanto tal, vincula tanto os licitantes como a Administrao que oexpediu. O art. 41 da Lei, no seu caput, dispe a respeito: Art. 41. A Administrao no pode descumprir as normas e condies doedital, ao qual se acha estritamente vinculada.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 88

    Estas regras valem igualmente para a carta convite, instrumentoconvocatrio da modalidade de licitao convite.

    2.6. Julgamento Objetivo

    O art. 45 da Lei especifica o que deve entender-se como julgamentoobjetivo: Art. 45. O julgamento das propostas ser objetivo, devendo a Comisso delicitao ou o responsvel pelo convite realiz-lo em conformidade com ostipos de licitao, os critrios previamente estabelecidos no atoconvocatrio, e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, demaneira a possibilitar sua aferio pelos licitantes e pelos rgos decontrole. Desta forma, o julgamento objetivo das propostas vincula-se intimamenteaos critrios de julgamento, definidos conforme o tipo de licitaoadotado. O 1 do art. 45 estabelece quais so os tipos de licitao,aplicveis a todas as modalidades de licitao com exceo do concurso.Nos seus termos, so assim considerados:

    1) a de menor preo: quando o critrio de seleo da proposta maisvantajosa para a Administrao determinar que ser vencedor o licitante queapresentar a proposta de acordo com as especificaes do edital ou convitee ofertar o menor preo; 2) a de melhor tcnica; 3) a de tcnica e preo; 4) a de maior lance ou oferta nos casos de alienao de bens ouconcesso de direito real de uso.

    A doutrina ressalta o fato de que o tipo de licitao que mais se presta a umjulgamento puramente objetivo o de menor preo, ou, nas alienaes(transferncia de domnio de bens a terceiros), o de maior lance ou oferta. Jos tipos de licitao melhor tcnica e tcnica e preo dificilmente permitemum julgamento puramente objetivo, fazendo-se presente, neste caso, umacerta dose de subjetivismo na escolha da proposta vencedora.

    2.7. Adjudicao Obrigatria ao Vencedor

    A adjudicao o ato pelo qual a autoridade competente atribui aovencedor da licitao o seu objeto. No devemos confundir aadjudicao do objeto da licitao com a celebrao do contrato a elereferente. A adjudicao o ato unilateral pelo qual a Administrao

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 99

    declara que, se for celebrar o contrato referente ao objeto da licitao,obrigatoriamente o far com o licitante vencedor. A celebrao do contrato,distintamente, ato bilateral, pelo qual a Administrao e o particularefetivamente do formalizam o acordo concernente ao objeto da licitao. A adjudicao ato vinculado, j que a Administrao s poder deixar deefetu-la em caso de anulao do procedimento, por ilegalidade; ou suarevogao, em caso de interesse pblico decorrente de fato supervenientedevidamente comprovado (Lei 8.666/93, art. 49). Ressalvados esses doiscasos, o licitante vencedor tem direito a que lhe seja adjudicado o objeto dalicitao. J a celebrao do contrato ato discricionrio, realizado pelaAdministrao segundo seus exclusivos critrios de convenincia eoportunidade. Mesmo regular o procedimento licitatrio e no ocorridoqualquer fato superveniente, ou seja, mesmo tendo se efetivado aadjudicao, a Administrao, por intermdio da autoridade competente,pode simplesmente optar por no contratar. Esta posio no pacfica nadoutrina, mas adotada pela maioria dos autores. Alm disso, possvelque o prprio particular se recuse a firmar o acordo, mas nesse caso ficarsujeito s penalidades previstas na Lei 8.666/93, o que no ocorre com aAdministrao, que nessa mesma hiptese no sofre qualquer sano.Para no deixar os licitantes sujeitos ao arbtrio da Administrao, o art. 64, 3, fixa o prazo de sessenta dias, a contar da entrega das propostas, paraque a Administrao resolva a respeito da contratao. Ultrapassado esteprazo, ficam os licitantes liberados de qualquer compromisso. Apesar de no resultar necessariamente na celebrao do contrato, aadjudicao, por si s, produz alguns efeitos, sendo o principal dentre eles aimpossibilidade de a Administrao, em se decidindo pela celebraodo contrato, firm-lo com outro licitante que no o vencedor dalicitao, durante o prazo de validade da adjudicao. Outraconsequncia dela decorrente a impossibilidade de se abrir novalicitao enquanto vlida a adjudicao anterior. Segundo o art. 64, a Administrao convocar o interessado para assinar otermo de contrato dentro do prazo e condies estabelecidos, sob pena dedecair o seu direito contratao, caracterizando a inrcia do licitantedescumprimento total das suas obrigaes, sujeitando-o s penalidades daLei.

    O prazo de convocao poder ser prorrogado uma vez, por igualperodo, quando solicitado pela parte antes do trmino do prazo inicial edesde que ocorra motivo justificado aceito pela Administrao.

    Se o convocado no assinar o termo de contrato no prazo e condiesestabelecidos, a Administrao, discricionariamente, poder convocar os

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1010

    licitantes remanescentes, segundo a ordem de classificao, para faz-lo emigual prazo e nas mesmas condies propostas pelo primeiro convocado,inclusive quanto aos preos atualizados de conformidade com o atoconvocatrio. Poder tambm a Administrao, discricionariamente, decidirpela revogao da licitao.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 5. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) O vencedor de certame licitatrio que, se convocado para celebrar o contrato, no prazo devalidade de sua proposta, no o fizer, est sujeito s sanes administrativas previstas emlegislao especfica.

    Perfeito pessoal! o que est disposto no art. 64 da lei 8.666/93, que vimos em aula.Sendo assim, a afirmativa est CERTA!

    2.8. Competitividade

    A competitividade decorre da prpria lgica do procedimento licitatrio, queconsiste exatamente numa disputa, numa competio sob condies iguaiscom vistas escolha da proposta mais vantajosa para a Administrao.Segundo Celso Antnio Bandeira de Mello, a competitividade princpionorteador da licitao pblica. Por isto a vedao da realizao de licitao cujo objeto inclua bens eservios sem similaridade ou de marcas, caractersticas e especificaesexclusivas, salvo quando for tecnicamente justificvel (art. 7o , pargrafo5o).

    3.Fases do procedimento Licitatrio

    Podemos dividir o processo licitatrio em duas fases: interna e externa.

    Na fase interna so realizadas as aes que possibilitaro a divulgao doedital, como o projeto bsico, por exemplo. O art. 38, menciona em seu caput esta fase interna:

    O procedimento da licitao ser iniciado com a abertura de processo administrativo,devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorizao respectiva, aindicao sucinta de seu objeto e do recurso prprio para a despesa

    A fase externa se inicia a partir da divulgao do processo licitatrio,conforme o art. 43, que enumera os atos desta fase externa:

    Art. 43. A licitao ser processada e julgada com observncia dos seguintesprocedimentos: I - abertura dos envelopes contendo a documentao relativa habilitao dosconcorrentes, e sua apreciao;

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1111

    II - devoluo dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo asrespectivas propostas, desde que no tenha havido recurso ou aps sua denegao; III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde quetranscorrido o prazo sem interposio de recurso, ou tenha havido desistncia expressa, ouaps o julgamento dos recursos interpostos; IV - verificao da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme ocaso, com os preos correntes no mercado ou fixados por rgo oficial competente, ouainda com os constantes do sistema de registro de preos, os quais devero serdevidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificao daspropostas desconformes ou incompatveis; V - julgamento e classificao das propostas de acordo com os critrios de avaliaoconstantes do edital; VI - deliberao da autoridade competente quanto homologao e adjudicao do objetoda licitao.

    Alm destes atos, nas concorrncias acima de cento e cinqenta milhes dereais h a exigncia de que o processo licitatrio seja iniciado com arealizao de uma audincia pblica.

    A seguir, tratamos dos diversos atos que compem, ou podem compor, oprocedimento licitatrio.

    3.1 Abertura

    O edital a lei interna da licitao, sendo de observncia obrigatria nos para os licitantes, mas tambm e principalmente para a Administrao.Nele devem estar regulados todos os aspectos referentes licitao. Almdisso, por meio do edital que, exceo do convite, a Administraoconvoca os interessados em participar do certame. Segundo o art. 40, caput, o edital numerado, em sries anuais, devendoconter o nome da repartio interessada e de seu setor, a modalidade, oregime de execuo e o tipo da licitao, a meno de que ser regida pelaLei no 8.666/1993, o local, dia e hora para recebimento da documentao eda proposta, bem como para o incio da abertura dos envelopes. A seguir,nos diversos incisos do art. 40, so relacionadas todas as informaes quedevem obrigatoriamente constar no edital.

    Art. 40. O edital conter no prembulo o nmero de ordem em srie anual, onome da repartio interessada e de seu setor, a modalidade, o regime deexecuo e o tipo da licitao, a meno de que ser regida por esta Lei, o local,dia e hora para recebimento da documentao e proposta, bem como para incioda abertura dos envelopes, e indicar, obrigatoriamente, o seguinte:

    I - objeto da licitao, em descrio sucinta e clara;

    II - prazo e condies para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos,como previsto no art. 64 desta Lei, para execuo do contrato e para entrega doobjeto da licitao;

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1212

    III - sanes para o caso de inadimplemento;

    IV - local onde poder ser examinado e adquirido o projeto bsico;

    V - se h projeto executivo disponvel na data da publicao do edital de licitaoe o local onde possa ser examinado e adquirido;

    VI - condies para participao na licitao, em conformidade com os arts. 27 a31 desta Lei, e forma de apresentao das propostas;

    VII - critrio para julgamento, com disposies claras e parmetros objetivos;

    VIII - locais, horrios e cdigos de acesso dos meios de comunicao distnciaem que sero fornecidos elementos, informaes e esclarecimentos relativos licitao e s condies para atendimento das obrigaes necessrias aocumprimento de seu objeto;

    IX - condies equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras eestrangeiras, no caso de licitaes internacionais;

    X - o critrio de aceitabilidade dos preos unitrio e global, conforme o caso,permitida a fixao de preos mximos e vedados a fixao de preos mnimos,critrios estatsticos ou faixas de variao em relao a preos de referncia,ressalvado o dispossto nos pargrafos 1 e 2 do art. 48;;

    XI - critrio de reajuste, que dever retratar a variao efetiva do custo deproduo, admitida a adoo de ndices especficos ou setoriais, desde a dataprevista para apresentao da proposta, ou do oramento a que essa propostase referir, at a data do adimplemento de cada parcela;

    XIII - limites para pagamento de instalao e mobilizao para execuo deobras ou servios que sero obrigatoriamente previstos em separado das demaisparcelas, etapas ou tarefas;

    XIV - condies de pagamento, prevendo:

    a) prazo de pagamento no superior a trinta dias, contado a partir da data finaldo perodo de adimplemento de cada parcela;

    b) cronograma de desembolso mximo por perodo, em conformidade com adisponibilidade de recursos financeiros;

    c) critrio de atualizao financeira dos valores a serem pagos, desde a datafinal do perodo de adimplemento de cada parcela at a data do efetivopagamentod) compensaes financeiras e penalizaes, por eventuais atrasos, edescontos, por eventuais antecipaes de pagamentos;

    e) exigncia de seguros, quando for o caso;

    XV - instrues e normas para os recursos previstos nesta Lei;

    XVI - condies de recebimento do objeto da licitao;

    XVII - outras indicaes especficas ou peculiares da licitao.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1313

    O art. 21, por sua vez, trata da publicao do aviso resumido doedital, nos seguintes termos:

    Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrncias, dastomadas de preos, dos concursos e dos leiles, embora realizados no local darepartio interessada, devero ser publicados com antecedncia, no mnimo,por uma vez:

    I - no Dirio Oficial da Unio, quando se tratar de licitao feita por rgo ouentidade da Administrao Pblica Federal e, ainda, quando se tratar de obrasfinanciadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas porinstituies federais;

    II - no Dirio Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar,respectivamente, de licitao feita por rgo ou entidade da AdministraoPblica Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;

    III - em jornal dirio de grande circulao no Estado e tambm, se houver, emjornal de circulao no Municpio ou na regio onde ser realizada a obra,prestado o servio, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda aAdministrao, conforme o vulto da licitao, utilizar-se de outros meios dedivulgao para ampliar a rea de competio.

    1o O aviso publicado conter a indicao do local em que os interessadospodero ler e obter o texto integral do edital e todas as informaes sobre alicitao.

    ITEM 6. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIRIO ENGENHARIA CIVIL) Qualquer modificao no edital de licitao aps a sua publicao deve ser divulgada empelo menos um jornal de circulao nacional.

    Pessoal, ateno! A regra instituda na lei 8.6693 fala sobre publicao em jornal dirio degrande circulao no Estado ou no municpio, conforme o caso. Desta forma a afirmativaest ERRADA!

    A norma no se reporta ao prego, modalidade licitatria regulada emseparado das demais (Lei 10.520/2002). A ele se aplicam, em linhas gerais,as disposies constantes do artigo acima transcrito, cabendo-se ressaltarque a Lei 10.520/2002 permite Administrao, facultativamente, publicar oaviso do prego em meio eletrnico.

    A Lei 8.666/93, no art. 21, e a Lei 10.520/2002, no art. 4, V, estabelecemos prazos mnimos a serem observados entre a divulgao do atoconvocatrio da licitao e a apresentao das propostas pelosinteressados. O prazo, em qualquer caso, s tem incio com a ltimapublicao do edital resumido ou a expedio do convite, ou ainda a efetivadisponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, preponderandosempre a data posterior.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1414

    A antecedncia mnima entre a divulgao do ato convocatrio e aapresentao das propostas , pois, de: 1) quarenta e cinco dias para as modalidades:

    a) concurso; b) concorrncia, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regimede empreitada integral ou quando a licitao for do tipo melhor tcnicaou tcnica e preo;

    2) trinta dias para as modalidades: a) concorrncia, nos casos no especificados na letra b acima; b) tomada de preos, quando a licitao for do tipo melhor tcnica outcnica e preo;

    3) quinze dias para as modalidades: a) tomada de preos, nos casos no especificados na letra b acima; b) leilo;

    4) cinco dias teis para a modalidade convite; 5) oito dias teis para a modalidade prego.

    Quando for realizada alterao no edital, obrigatria a divulgao pelamesma forma utilizada quanto ao texto original. Em regra, nesse caso serreaberto o prazo para a apresentao das propostas, a no ser que aalterao no edital em nada afete sua formulao.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 7.(CESPE/STM/2010/ANALISTA JUDICIRIO/ADMINISTRAO) Caso seja feita qualquer modificao no edital, deve-se divulgar a modificao, da mesmaforma que foi divulgado o texto original, e reabrir-se o prazo inicialmente estabelecido,exceto quando, inquestionavelmente, a alterao no afetar a formulao das propostas.

    Como vimos em aula, quando for realizada modificao no edital, reabre-se o prazo decontagem inicial, exceo feita quando a alterao no afetar a formulao da proposta. A afirmativa, portanto est CERTA!

    3.2 Habilitao dos Licitantes

    A fase de habilitao destina-se a aferir se o interessado em firmar umcontrato com a Administrao possui os requisitos necessrios para aadequada execuo de seu objeto. Esta etapa, salvo no prego, ocorreem momento anterior ao da anlise das propostas. Na verdade, o envelope

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1515

    contendo a proposta do licitante considerado inabilitado pela comisso delicitao nem mesmo aberto, sendo-lhe devolvido lacrado. Com a exigncia de habilitao objetiva a Administrao assegurar aadequada execuo do objeto contratado, o que seria posto em riscocaso o licitante vencedor no dispusesse de condies para cumprir acontento suas obrigaes. Este fim a garantia do cumprimento do contrato determina quais as exigncias que podem ser feitas ao licitante, vedando aLei 8.666/93 todas aquelas desnecessrias ou inteis frente a tal finalidade.Podemos entender a habilitao como a fase subjetiva da licitao, quandoso analisadas as condies pessoais dos interessados em contratar com aAdministrao. Ultrapassada ela, segue-se a fase objetiva, em que soanalisadas as propostas dos concorrentes cujas condies de habilitaoforam reconhecidas pela Administrao. O art. 27 da Lei prescreve que s pode ser exigido do candidato, paracomprovar sua habilitao, documentao concernente a: - habilitao jurdica; - qualificao tcnica; - qualificao econmico-financeira; - regularidade fiscal; - cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7 da Constituio (queveda o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos, e dequalquer trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condio de aprendiz, apartir dos 14 anos). Tal documentao sempre exigida no caso de tomada de preos ouconcorrncia, ressalvada a hiptese de fornecimento de bens para prontaentrega. Pode ser ela dispensada, no todo ou em parte, nos casos deconvite, concurso ou leilo. Aps a fase de habilitao o licitante no pode mais desistir da propostaapresentada, salvo em funo de fato superveniente considerado pelaAdministrao como motivo justo para a desistncia (art. 43, 6). A Administrao, de forma similar, no poder, uma vez ultrapassada a fasede habilitao e abertas as propostas, desclassificar o licitante em funo deproblemas com sua documentao, salvo em razo de fatossupervenientes ou s conhecidos aps o julgamento das propostas(art. 43, 5). Como a inabilitao acarreta a excluso do interessado da licitao, orecurso interposto contra ela possui efeito suspensivo. A documentao exigncia para a habilitao est elencada nos art. 28 a 31da Lei de Licitaes. O art. 28, acerca da documentao concernente habilitao jurdica,dispe nos seguintes termos:

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1616

    Art. 28. A documentao relativa habilitao jurdica, conforme o caso,consistir em:

    I - cdula de identidade;

    II - registro comercial, no caso de empresa individual;

    III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamenteregistrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedadespor aes, acompanhado de documentos de eleio de seus administradores;

    IV - inscrio do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada deprova de diretoria em exerccio;

    V - decreto de autorizao, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeiraem funcionamento no Pas, e ato de registro ou autorizao para funcionamentoexpedido pelo rgo competente, quando a atividade assim o exigir.

    Quanto documentao exigida para a comprovao da regularidadefiscal, a mesma encontra-se prescrita no art. 29 da Lei 8.666/93, nosseguintes termos:

    Art. 29. A documentao relativa regularidade fiscal, conforme o caso,consistir em:

    I - prova de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) ou no Cadastro Geralde Contribuintes (CGC);

    II - prova de inscrio no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, sehouver, relativo ao domiclio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo deatividade e compatvel com o objeto contratual;

    III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal dodomiclio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

    IV - prova de regularidade relativa Seguridade Social e ao Fundo de Garantiapor Tempo de Servio (FGTS), demonstrando situao regular no cumprimentodos encargos sociais institudos por lei.

    H regras mais favorveis para as Micro e Pequenas empresas, elencadaspela Lei Complementar 123/2006, ns art. 42 e 43.

    Quanto documentao exigida para a comprovao da qualificaotcnica (art. 30):

    Art. 30. A documentao relativa qualificao tcnica limitar-se- a:

    I - registro ou inscrio na entidade profissional competente;

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1717

    II - comprovao de aptido para desempenho de atividade pertinente ecompatvel em caractersticas, quantidades e prazos com o objeto da licitao, eindicao das instalaes e do aparelhamento e do pessoal tcnico adequados edisponveis para a realizao do objeto da licitao, bem como da qualificao decada um dos membros da equipe tcnica que se responsabilizar pelostrabalhos;

    III - comprovao, fornecida pelo rgo licitante, de que recebeu osdocumentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas asinformaes e das condies locais para o cumprimento das obrigaes objeto dalicitao;

    IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for ocaso.

    Vejamos uma questo da CESPE

    ITEM 8. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) Na fase de habilitao de uma licitao, a qualificao tcnica do licitante verificadamediante comprovao da inscrio do licitante no rgo de classe correspondente.

    Esta um dos itens referentes qualificao tcnica, enumerada no art. 30 da lei 8.666/93.Desta forma a afirmativa est CERTA!

    Por fim, quanto documentao exigida para a comprovao daqualificao econmico-financeira, reza o art. 31:

    Art. 31. A documentao relativa qualificao econmico-financeira limitar-se- a:

    I - balano patrimonial e demonstraes contbeis do ltimo exerccio social, jexigveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situaofinanceira da empresa, vedada a sua substituio por balancetes ou balanosprovisrios, podendo ser atualizados por ndices oficiais quando encerrado hmais de 3 (trs) meses da data de apresentao da proposta;

    II - certido negativa de falncia ou concordata expedida pelo distribuidor dasede da pessoa jurdica, ou de execuo patrimonial, expedida no domiclio dapessoa fsica;

    III - garantia, nas mesmas modalidades e critrios previstos no "caput" e 1o doart. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto dacontratao.

    Nos termos do art. 32, caput, os documentos necessrios habilitaopodero ser apresentados em original, por qualquer processo de cpiaautenticada por cartrio competente ou por servidor da administrao oupublicao em rgo da imprensa oficial. O 5 do mesmo artigo, por suavez, veda a exigncia de recolhimento de taxas ou emolumentos, salvo os

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1818

    referentes a fornecimento do edital, quando solicitado, com os seuselementos constitutivos, limitados ao valor do custo efetivo de reproduogrfica da documentao fornecida.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 9. (CESPE/STM/2010/ ANALISTA JUDICIARIO-AREA ADMINISTRATIVA) No processo licitatrio, a desistncia de proposta aps a fase de habilitao s permitidapor motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comisso de licitao.

    Pessoal exatamente o que diz o art. 43, 6. Depois da fase de habilitao, o licitanteno pode desistir da proposta, exceto se a comisso de licitao julgar justo omotivo.Portanto, a afirmativa est CERTA!

    Aos concorrentes inabilitados cabe recurso, conforme expressa o art. 109:

    Art. 109. Dos atos da Administrao decorrentes da aplicao desta Lei cabem:

    I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias teis a contar da intimao do ato ou da lavratura daata, nos casos de:

    a) habilitao ou inabilitao do licitante;

    b) julgamento das propostas;

    1o A intimao dos atos referidos no inciso I, alneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo,excludos os relativos a advertncia e multa de mora, e no inciso III, ser feita mediantepublicao na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alneas "a" e "b", sepresentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a deciso, quando poderser feita por comunicao direta aos interessados e lavrada em ata.

    2o O recurso previsto nas alneas "a" e "b" do inciso I deste artigo ter efeito suspensivo,podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razes de interessepblico, atribuir ao recurso interposto eficcia suspensiva aos demais recursos.

    3o Interposto, o recurso ser comunicado aos demais licitantes, que podero impugn-lono prazo de 5 (cinco) dias teis

    3.3. Julgamento das Propostas

    Superada a fase de habilitao, os licitantes nela qualificados tero suaspropostas julgadas pela Comisso de licitao. O Julgamento consiste no confronto das propostas, classificao daspropostas e determinao do vencedor, ao qual dever ser adjudicado oobjeto da licitao. O julgamento das propostas ter por base os critrios objetivos definidosno edital ou convite, conforme o tipo de licitao adotado, sendo vedada:

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 1919

    1) a utilizao de qualquer elemento, critrio ou fator sigiloso, secreto,subjetivo ou reservado que possa, de qualquer forma, violar o princpioda igualdade entre os licitantes; 2) a considerao de qualquer oferta ou vantagem no prevista no editalou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, epreo ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.

    Podemos dividir a etapa de julgamento em duas sub-fases: verificao daconformidade das propostas com os requisitos do edital, sendodesclassificadas as no conformes; e classificao das propostas restantes,conforme critrios do edital.

    Os artigos 48 e 44, 3, por sua vez, estabelecem que serodesclassificadas as propostas: 1) que no atendam s exigncias do ato convocatrio da licitao (edital oucarta-convite, conforme o caso); 2) com valor global em patamar superior ao limite estabelecido, quandoa Administrao fixar preo mximo para a contratao; 3) com preos manifestamente inexequveis, assim considerados aquelesque no comprovarem sua viabilidade por meio de documentaocomprobatria de que os custos dos insumos so coerentes com os domercado e que os coeficientes de produtividade so compatveis com aexecuo do objeto do contrato; 4) com preos global ou unitrio simblicos ou de valor zero,incompatveis com os preos dos insumos e salrios do mercado, acrescidosdos respectivos encargos (na verdade, esta hiptese est includa naterceira);

    Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas foremdesclassificadas, a Administrao poder, a seu critrio, estabelecer paraos licitantes o prazo de oito dias teis para a apresentao de novadocumentao ou de outras propostas sem as irregularidades anteriormenteapuradas (no caso de convite esse prazo pode ser reduzido para trs diasteis). Mantendo-se inalterada a situao, ser admitida a adjudicaodireta dos bens ou servios (hiptese de licitao dispensvel), por valorno superior ao constante do registro de preos, ou dos servios (art. 48, 3o, e 24, VII).

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2020

    3.4. Homologao e Adjudicao ao Vencedor

    O julgamento das propostas dos licitantes e a escolha, dentre elas, davencedora, encerra o trabalho da comisso de licitao. Aps isso, os autosdo processo so remetidos autoridade competente para a homologao dalicitao e a adjudicao de seu objeto ao licitante vencedor. Se houver irregularidades no julgamento ou em momento a ele anterior aautoridade no proceder sua homologao. Deve, ento, devolver oprocesso comisso para novo julgamento, corrigido o vcio anterior. Seisso no for possvel, a autoridade deve determinar a anulao dos atos doprocedimento posteriores ao surgimento do vcio, retornando-se a partir dao trmite regular da licitao. Se homologado o procedimento pela autoridade competente, deve estaadjudicar seu objeto ao licitante vencedor. Com a adjudicao encerra-se oprocedimento de licitao.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 10. (CESPE/STM/2010/TCNICO JUDICIRIO-AREA ADMISTRATIVA) Aps a homologao de licitao, ocorre a adjudicao, que consiste na atribuio, aovencedor da licitao, do objeto da contratao.

    Perfeito Pessoal! Aps a homogao temos adjudicao que a atribuio ao vencedor doobjeto da contratao. o direito de, caso a administrao decida contratar, que o vencedorpoder assinar o contrato. Sendo assim, a afirmativa est CERTA!

    4. Modalidades de Licitao

    De acordo com a Lei 8.666/93, a contratao de compras, obras e serviospelos entes administrativos pode ser efetuada sob trs modalidades delicitao: concorrncia, tomada de preos e convite. Alm destas, temos como modalidades de licitao o concurso, utilizadopara a contratao de trabalho tcnico, cientfico ou artstico, mediantea estipulao de prmios ou remunerao aos vencedores; o leilo, que modalidade de licitao pela qual a Administrao realiza a venda de bensmveis inservveis, produtos legalmente apreendidos ou penhoradose bens imveis integrados ao patrimnio pblico por meio deprocedimento judicial ou dao em pagamento; e o prego,modalidade de licitao instituda pela Medida Provisria 2.026/2000 aatualmente regulada na Lei 10.520/2002, destinada aquisio de bens eservios comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratao.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2121

    Quanto s trs primeiras modalidades de licitao aqui referidas aconcorrncia, a tomada de preos e o convite -, so elas hierarquizadas naLei 8.666/93 a partir de dois critrios objetivos: o valor estimado docontrato e a complexidade do procedimento licitatrio.

    importante enfatizar que expressamente vedada a criao de outrasmodalidades de licitao ou a combinao das modalidades referidas,segundo o art. 22, pargrafo 8o da lei 8.666/93.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 11. (CESPE/PREVIC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) O gestor pblico, mesmo visando maior garantia de concorrncia e lisura entre os possveisinteressados, no pode combinar as modalidades de licitao existentes para torn-las maiseficientes e eficazes.

    Como vimos, a combinao das modalidades de licitao proibida pela lei 8.666/93.Assim, a afirmativa est CERTA!

    Vejamos as modalidades de licitao.

    4.1 Concorrncia

    Esta a mais complexa das modalidades de licitao, pode ser utilizada paracontratao de obras e servios de qualquer valor. a modalidade exigidapara celebrao de contratos de concesso, para os contratos de parceriaspblico-privadas, para compra de imveis e para a alienao de imveispblicos (regra geral), para a concesso de direito real de uso (regra geral)e para as licitaes internacionais (regra geral)

    A definio legal de concorrncia consta no art. 22, 1, da Lei 8.666/93:

    1 Concorrncia a modalidade de licitao entre quaisquer interessados que,na fase inicial de habilitao preliminar, comprovem possuir os requisitosmnimos de qualificao exigidos no edital para execuo de seu objeto.

    Uma das caractersticas da concorrncia a fase de habilitaopreliminar, aps a abertura do procedimento. Alm desta, a outracaracterstica bsica da concorrncia sua ampla publicidade.

    Vamos uma questo da CESPE

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2222

    ITEM 12. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) Para que possa participar de licitao na modalidade concorrncia, o licitante deve sercadastrado at trs dias teis antes da habilitao preliminar.

    Pessoal este o requisito para a Tomada de Preos. Vimos na modalidade Concorrncia quea habilitao preliminar abertura dos procedimentos, ou seja, logo aps a publicao doresumo do edital. Sendo assim, a afirmativa est ERRADA!

    H diversas hipteses na Lei 8.666/93 em que a utilizao da concorrncia obrigatria. So elas: 1) obras e servios de engenharia cujo valor estimado ultrapasse R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais), segundo o art. 23, I, c; 2) compras e servios que no sejam de engenharia cujo valor estimadoseja superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais), de acordocom o ar. 23, II, c; 3) compra e alienao de bens imveis, independente do seu valor,ressalvados os imveis adquiridos mediante procedimento judicial ou daoem pagamento, que podem ser alienados, por concorrncia ou leilo (art.23, 3) 4) concesses de direito real de uso (art. 23, 3); 5) licitaes internacionais, com exceo dos casos em que pode serutilizada a tomada de preos ou o convite (art. 23, 3), de acordo com ovalor estimado do contrato; 6) alienao de bens mveis avaliados, isolada ou globalmente, em valorsuperior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais), conforme odisposto no art. 17, 6. Se de valor igual ou inferior, os bens podero serlicitados por leilo; Vejamos esta questo da CESPE (CESPE/PREVIC/2010/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) possvel ao gestor pblico realizar concorrncia para aquisio de um bem de valorinferior a R$ 50.000,00.

    Pessoal, a modalidade de licitao Concorrncia a mais complexa de todas as modalidadese pode ser utilizada para aquisio de qualquer bem ou servio. Mesmo podendo usarmodalidades que tornariam o processo mais clere, nada impede que a administrao use amodalidade concorrncia. Portanto a afirmativa est CERTA.

    Vejam esta outra questo da CESPE

    ITEM 13. (CESPE/STM/2010/CONHECIMENTOS BSICOS - ANALISTA JUDICIRIO) A aquisio de bens e servios mediante registro de preos deve ser realizada por meio detomada de preos ou convite, conforme o valor do bem ou servio.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2323

    O sistema de registro de preos foi previsto no art. 15 da lei 8.666/93 e regulamentado peloDecreto 3931 de 2001. Diz o referido decreto que Sistema de Registro de Preos ( SRP) um conjunto deprocedimentos para registro formal de preos relativos prestao de servios e aquisiode bens, para contrataes futuras. O art.. 3 diz que a licitao para registro de preos ser realizada na modalidade deconcorrncia ou de prego, do tipo menor preo, nos termos das Leis nos 8.666, de 21 dejulho de 1993, e 10.520, de 17 de julho de 2002, e ser precedida de ampla pesquisa demercado.

    A metodologia para elaborao de um processo de licitao para Registro de Preos, deveser a seguinte:

    1. Levantar o histrico de consumo dos itens de material ou servio a serem registrados; 2. Selecionar os itens a terem preos registrados; 3. Definir os quantitativos dos itens a serem licitados, estimando o seu consumo para oprazo de vigncia do Registro de Preos; 4. Atualizar as especificaes dos itens selecionados; 5. Compor processo administrativo e encaminh-lo para licitao. .

    O prazo para manter registrados os preos dos materiais ou servios de at 12 meses,contados a partir da data de assinatura da Ata de Registro de Preos, podendo ser revisadosa cada 90 dias.

    A administrao no tem obrigao de contratar com os fornecedores vencedores doregistro de preos, pois previsto no Edital de licitao que as quantidades licitadasrepresentam estimativas de consumo

    Portanto, a afirmao est ERRADA!

    4.2. Tomada de Preos

    O art. 22, 2, da Lei 8.666/93, define tomada de preos como amodalidade de licitao entre interessados devidamente cadastrados ou queatenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceirodia anterior data de recebimento das propostas, observada a necessriaqualificao. Conclui-se, portanto, que a tomada de preos comporta duas espcies departicipantes: os cadastrados, que j comprovaram em momento anteriorao da licitao o preenchimento dos requisitos previstos no edital para aexecuo do contrato; e os no cadastrados, que tm a oportunidade deapresentar a documentao comprobatria em at trs dias da datadeterminada para o recebimento das propostas. A tomada de preos utilizada para a celebrao de contratos relativos aobras, servios e compras de menor vulto do que os que exigem aconcorrncia. Seu procedimento basicamente idntico ao da concorrncia,diferenciado-se principalmente pela possibilidade de no haver fase dehabilitao no procedimento, o que ocorre quando dele participam somente

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2424

    licitantes cadastrados, que j comprovaram antecipadamente os requisitosde habilitao. De qualquer forma, como vimos, mesmo os no cadastradospreviamente tm oportunidade de participar da tomada de preo, desdeque se inscrevam at o terceiro dia anterior data do recebimento daspropostas, e comprovem possuir as condies de qualificao exigidas noedital. Em vista disso, considera-se que tambm se aplica tomada depreos o princpio da universalidade, pois todos que comprovarempossuir os requisitos de habilitao dentro do prazo legal podero participarda licitao. A tomada de preos modalidade de licitao passvel deutilizao nas seguintes hipteses:

    1) obras e servios de engenharia cujo valor estimado seja de at R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais); 2) compras e outros servios cujo valor estimado seja de at R$ 650.000,00(seiscentos e cinqenta mil reais); 3) nas licitaes internacionais, quando o rgo ou entidade dispuser decadastro internacional de fornecedores e desde que o valor estimado docontrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor estabelecidosacima.

    Vamos uma questo da CESPE

    ITEM 14. (CESPE/STM/2010/ ANALISTA JUDICIRIO/ADMINISTRAO) Tomada de preos a modalidade de licitao entre interessados do ramo pertinente ao seuobjeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pelaunidade administrativa responsvel pelo certame.

    Pessoal, esta a definio da modalidade de licitao Convite. Tomada de preos modalidade de licitao entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem atodas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data derecebimento das propostas, observada a necessria qualificao.

    Portanto a afirmativa est ERRADA!

    4.3. Convite

    Segundo ensinamentos de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: Convite a modalidade de licitao entre interessados do ramo pertinenteao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmeromnimo de trs pela unidade administrativa, a qual afixar, em localapropriado, cpia do instrumento convocatrio e o estender aos demais

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2525

    cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seuinteresse com antecedncia de at 24 horas da apresentao das propostas.J vimos que o instrumento de convocao utilizado na modalidade convite a carta-convite, enviada diretamente aos interessados. interessante notarque a Lei fala, num primeiro momento, em interessados cadastrados ouno, para o fim de ser enviada a carta-convite. No caso do convite no hpublicao em dirio oficial, mas necessrio, alm do envio da carta-convite aos interessados, afixao de cpia do instrumento em localapropriado para que os demais cadastrados no originalmente convidadospossam participar, habilitando-se at 24 horas antes do prazo para entregadas propostas (esta possibilidade de que aqueles que no foram convidadospossam habilitar-se at 24 horas antes do prazo para entrega das propostasalcana somente os interessados cadastrados!).

    Vejam esta questo da CESPE:

    ITEM 15. (CESPE/PREVIC/2010/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) Para participar da modalidade de licitao denominada convite, os participantes devem serprvia e formalmente convidados pela administrao pblica.

    Ateno pessoal! Na modalidade convite a participao assegurada a todos oscadastrados, mesmo que no tenham recebido convite, desde que manifestem interessecom 24 horas de antecedncia da realizao do certame. Para isto a Administrao de vprovidenciar a divulgao da licitao. Portanto, a afirmativa est ERRADA!

    No convite h, assim, dois tipos de participantes: os convidados pelaAdministrao, que podem ser cadastrados ou no; e os noconvidados, necessariamente cadastrados, que demonstrarem seuinteresse com antecedncia de at vinte e quatro horas da apresentao daspropostas (Lei 8.666, art. 22, 3). A diferena, portanto, entre os convidados e os no convidados, queaqueles no tm sua participao na licitao condicionada ao prviocadastramento; ao contrrio destes, que s podem ingressar na disputaquando previamente cadastrados. Das diversas disposies da Lei 8.666/93 a respeito do convite, trs cabemser ressaltadas: 1) o convite tem que ser feito a pelo menos trs possveisinteressados, salvo quando, no lugar de realizao da licitao no houvereste nmero de pessoas fsicas ou jurdicas atuantes na rea objeto docontrato, ou, independentemente deste fato, quando houver manifestodesinteresse dos possveis convidados. Neste caso, devidamente justificadaa ocorrncia de uma dessas circunstncias, admissvel o envio do convite amenos de trs pessoas (art. 22, 7);

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2626

    2) se existirem na praa mais de trs possveis interessados, a cada novoconvite para objeto idntico ou similar obrigatrio o convite a, pelo menos,mais um interessado, enquanto houver cadastrados que no tenham sidoconvidados em licitaes anteriores (art. 22, 6); 3) as diversas modalidades de licitao so realizadas, em regra, por umaComisso de licitao, permanente ou especial. Em se tratando de convite,nas pequenas unidades administrativas em que houver carncia de pessoal,poder o procedimento ser realizado por um servidor formalmentedesignado pela autoridade competente (art. 51, 1).

    O convite pode ser utilizado nas seguintes hipteses:

    1) obras e servios de engenharia cujo valor estimado seja de at R$150.000,00 (cento e cinqenta mil reais); 2) compras e outros servios cujo valor estimado seja de at R$ 80.000,00(oitenta mil reais); 3) nas licitaes internacionais, quando no houver fornecedor do bem ouservio no Brasil, observados os limites de valor acima indicados.

    Em se tratando de consrcios pblicos, os limites de uso das modalidadesconcorrncia, tomada de preos e convite so duplicados, e, no caso deconsrcios formados por trs ou mais entes polticos, triplicados.

    4.4. Concurso

    Segundo o art, 22, 4, concurso a modalidade de licitao entrequaisquer interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ouartstico, mediante a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores,conforme critrios constantes de edital publicado na imprensa oficial comantecedncia mnima de 45 dias. Em regra as comisses de licitao so compostas por no mnimo 03membros, sendo que ao menos 02 deles servidores pertencentes aosquadros permanentes do rgo ou entidade responsvel pela licitao (art.51, caput). No concurso essa regra excepcionada, pois o julgamento feito por umacomisso especial, formada por pessoas com conduta ilibada ecomprovado conhecimento da matria objeto do certame, independentedo fato de serem servidores pblicos (art. 51, 5). Ao concurso no se aplicam os tipos de licitao fixados no art. 45 daLei, pois nessa modalidade de licitao o vencedor recebe um prmio ou

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2727

    remunerao, previamente estipulado pela Administrao. No hnessa modalidade, portanto, proposta de preo. vlido ressaltar, ainda, o art. 13, 1, da Lei, o qual dispe que oscontratos para a prestao de servios tcnicos profissionaisespecializados devero, preferencialmente, ser celebrados mediante arealizao de concurso, com estipulao prvia de prmio ou remunerao.

    4.5. Leilo

    A ltima modalidade de licitao prevista na Lei 8.666/93, em seu art. 22, 5, o leilo, passvel de utilizao para a venda, a qualquer interessadoque oferecer o maior lance, desde que superior ao valor da avaliao, de:1) bens mveis inservveis para a Administrao; 2) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; 3) bens imveis da Administrao Pblica, cuja aquisio haja derivado deprocedimentos judiciais ou de dao em pagamento.

    Essa modalidade de licitao tratada no art. 53 da Lei, sob os seguintestermos::

    Art. 53. O leilo pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pelaAdministrao, procedendo-se na forma da legislao pertinente.

    1o Todo bem a ser leiloado ser previamente avaliado pela Administrao para fixao dopreo mnimo de arrematao.

    2o Os bens arrematados sero pagos vista ou no percentual estabelecido no edital, noinferior a 5% (cinco por cento) e, aps a assinatura da respectiva ata lavrada no local doleilo, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigar ao pagamento dorestante no prazo estipulado no edital de convocao, sob pena de perder em favor daAdministrao o valor j recolhido.

    3o Nos leiles internacionais, o pagamento da parcela vista poder ser feito em at vintee quatro horas.

    4o O edital de leilo deve ser amplamente divulgado, principalmente no municpio em quese realizar.

    4.6. Prego

    Prego modalidade de licitao com finalidade taxativamenteestabelecida: aquisio de bens e servios comuns, qualquer que sejao valor estimado da contratao.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2828

    Inicialmente restrita a nova modalidade esfera federal, foi ela ampliadapara todos os demais entes federativos: Estados, Municpios e DistritoFederal. A Lei 10.520/2002 regula essa sexta modalidade de licitao. O prego apresenta diversas caractersticas peculiares, em comparao comas demais modalidades de licitao. Arrolamos a seguir aquelas quereputamos as mais importantes: 1) o prego destina-se aquisio de bens e servios comuns, assimentendidos aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam serobjetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais nomercado (art. Art. 1, pargrafo nico, da Lei 10.520/2002); 2) o prego pode ser utilizado para qualquer valor de contrato; 3) no prego h uma inverso das fases do procedimento, com ahabilitao ocorrendo aps o julgamento das propostas. Nas demaismodalidades de licitao a habilitao, quando realizada, sempre anteriorao julgamento, no sendo nem mesmo abertas as propostas dos licitantesconsiderados inabilitados. J no prego analisa-se inicialmente as propostasde preo, abre-se espao para lances verbais, at se chegar eleio damelhor proposta. Apenas aps tal escolha que se analisa se o eleito possuirealmente as condies exigidas no edital; Cabe ressaltar que esta inverso da etapa de habilitao e julgamentotambm pode ocorrer para as concorrncias que precedam contratos de PPPe contratos de concesso de servios pblicos. No entanto, enquanto noprego a inverso obrigatria, nas referidas concorrncias este umcritrio exclusivo da administrao.

    4) o prego realizado por um servidor denominado pregoeiro, que contacom o auxlio de uma Comisso de apoio. No h uma comisso delicitao (um rgo colegiado), como nas demais modalidades de licitao,pois as competncias decisrias relacionadas s fases de habilitao ejulgamento so prprias e exclusivas do pregoeiro; 5) Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino expe didaticamente a sistemticado prego, afirmando que o procedimento realizado mediante propostas elances em sesso pblica. O autor da oferta de valor mais baixo e os dasofertas com preos at dez por cento superiores a ela podero fazer novoslances verbais e sucessivos, at a proclamao do vencedor, sempre pelocritrio menor preo. No havendo pelo menos trs ofertas com diferena deat dez por cento em relao mais baixa, podero os autores das melhorespropostas, at o mximo de trs, oferecer novos lances verbais esucessivos, quaisquer que sejam os preos oferecidos. Examinada a

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 2929

    proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caber aopregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;

    6) quanto aos tipos de licitao, o prego s admite o critrio do menorpreo. Como ele se destina somente aquisio de bens e servios comuns,assim compreendidos aqueles cujos padres de desempenho e qualidadepodem ser objetivamente definidos pelo edital por meio de especificaesusuais no mercado, o nico critrio compatvel com sua finalidade realmente o de menor preo. No haveria sentido, por exemplo, prever-setambm como opo para a Administrao a adoo do critrio de melhortcnica. Se a qualidade dos servios ou dos bens no comum, no casode utilizar-se o prego;

    7) vedada a exigncia de garantia da proposta como requisito paraparticipao na licitao: para facilitar a participao do maior nmeropossvel de interessados em contratar com a Administrao, o legisladorexpressamente vedou a possibilidade de exigncia de garantias comocondio para participao no certame, substituindo-as pela cominao desanes rigorosas queles que, uma vez declarados vencedores, deixem deadimplir suas obrigaes ou o faam inadequadamente;

    8) o inc. XIII do art. 4 da Lei 10.520/2002 prescreve que a regularidadefiscal do licitante vencedor, para fins de habilitao no certame, serdeterminada pela comprovao de que ele se encontra em situao regularperante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia porTempo de Servio (FGTS), bem como com relao s Fazendas Estaduais eMunicipais, quando for o caso. J o art. 29, III, da Lei 8.666/93, no fazqualquer ressalva quanto obrigatoriedade da regularidade da situaoperante as Fazendas Estaduais e Municipais; 9) o prazo entre o aviso do edital e a data de apresentao das propostas de, no mnimo, 08 dias teis; 10) quando nenhum dos licitantes, aps escolhida na sesso a propostavencedora, manifesta imediatamente inteno de recorrer, o prpriopregoeiro que adjudica o objeto da licitao; quando h talmanifestao, a adjudicao cabe autoridade competente, que tambm vaijulgar o recurso. Em qualquer dos casos, sempre a autoridade competente que homologaa licitao. Devemos perceber que, ao contrrio da sistemtica da Lei 8.666/93, na Lei 10.520/2002 a homologao posterior adjudicao.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3030

    5. Tipos de Licitao

    Quanto ao critrio adotado para a seleo da proposta vencedora, hquatro tipos de licitao, exceto na modalidade concurso (Lei 8.666/93,art.45, 1):

    1) a de menor preo; 2) a de melhor tcnica; 3) a de tcnica e preo; e 4) a de maior lance ou oferta.

    A Administrao no tem discricionariedade para optar por um ou outro tipo,devendo, neste aspecto, observar as prescries dos art. 45 e 46 da Lei 8.666/93. A licitao de menor preo constitui a regra geral para a contratao deobras, servios, compras, locaes e fornecimento. O prego somenteadmite o tipo menor preo (Lei no 10.520/2002, art. 4, X). Neste tipo delicitao considerada vencedora a proposta que, atendidos os requisitosmnimos de edital ou da carta-convite, conforme o caso, representar omenor encargo econmico para a Administrao. Ela no se aplica, por bvio, nos casos em que a Administrao quem estna posio de alienante, oferecendo determinado bem ou direito aosparticulares. Neste caso ter lugar a licitao de maior lance ou oferta,destinada alienao de bens ou concesso de direito real de uso.Ela o inverso da licitao de menor preo, pois aqui ser vencedor ocandidato que propuser o pagamento do maior valor entre os candidatos aquisio do bem ou direito oferecido pela Administrao. J as licitaes de melhor tcnica e de tcnica e preo devem serutilizadas exclusivamente para os servios de naturezapredominantemente intelectual. O art. 46 traz um elenco exemplificativodos servios desta natureza, ali constando a elaborao de projetos, clculo,fiscalizao, superviso de projetos, entre outros.

    Agora vejam esta questo da CESPE

    ITEM 16. (CESPE/STM/2010/ TCNICO JUDICIRIO-AREA ADMISTRATIVA) Melhor tcnica ou tcnica e preo so tipos de licitao que no podem ser utilizados paraservios de natureza intelectual; na elaborao de projetos, clculos, estudos tcnicospreliminares e projetos bsicos e executivos; e na fiscalizao, superviso e gerenciamentode engenharia consultiva, em geral.

    Pessoal, justamente o contrrio. A modalidade de licitao Melhor Tcnica ou Tcnica epreo devem ser utilizadas exclusivamente para os servios de naturezapredominantemente intelectual, conforme art. 46 da lei 8.666/93. Portanto, a afirmativaest ERRADA!

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3131

    A licitao tipo tcnica e preo, alm de sua adoo para os servios denatureza preponderantemente intelectual, o tipo de licitaoobrigatoriamente utilizado para a aquisio de bens e servios deinformtica, de acordo com o art. 45, 4. Tal regra s pode serexcepcionada por decreto do Poder Executivo, que poder indicar os casosespecficos em que podero ser utilizados outros tipos de licitao para aaquisio de bens e servios de informtica. O procedimento para a escolha da proposta vencedora nas licitaes tipomelhor tcnica e tcnica e preo vem minudenciado nos 1 e 2 do art. 46. Sumariamente, na de melhor tcnica o procedimento o seguinte: 1) so analisadas as propostas tcnicas dos licitantes habilitados; 2) aps tal anlise so abertas as propostas de preo de todos os licitantesque tiverem obtido a valorizao mnima na proposta tcnica; 3) efetuada uma negociao com relao s propostas de preos, sendochamado em primeiro lugar o licitante melhor classificado na propostatcnica. A comisso tentar adequar o valor da sua proposta de preos ao da menorproposta de preos dentre as apresentadas pelos demais classificados; 4) em caso de insucesso, a comisso chamar o segundo classificadoquanto proposta tcnica, e assim sucessivamente, at a escolha daproposta vencedora. Como se observa, mesmo na licitao do tipo melhor tcnica o critrio dopreo determinante, pois o licitante com a melhor proposta nesteaspecto poder lograr xito, mesmo no sendo o autor da proposta tcnicamelhor classificada. Na licitao de tcnica e preo o procedimento s apresenta uma diferena:as propostas tcnicas e de preos so analisadas simultaneamente, sendoa classificao determinada a partir da mdia ponderada da valorizaodas duas propostas. O licitante chamado em primeiro lugar, para discutir aproposta de preo, no ser aquele que apresentou a melhor propostatcnica, mas o que obteve a melhor mdia entre todos os candidatosclassificados. Na licitao de tcnica e preo poder a Administrao fixar pesos paravalorar as propostas tcnica e de preo, sendo a classificao definidalevando-se em conta tal valorao diferenciada (p.ex., peso 2 para aproposta de preo e peso 3 para a proposta tcnica). Na matria, vale-se destacar os critrios de julgamentos admissveis naslicitaes objetivando as concesses e permisses de servios pblico. A

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3232

    matria tratada no art. 15 da Lei 8.987/95, que define como possveiscritrios de julgamento:

    1) o menor valor da tarifa do servio pblico a ser prestado; 2) a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pelaoutorga da concesso; 3) a combinao, dois a dois, dos critrios referidos nos incisos I, II e VII; 4) melhor proposta tcnica, com preo fixado no edital; 5) melhor proposta em razo da combinao dos critrios de menor valor datarifa do servio pblico a ser prestado com o de melhor tcnica; 6) melhor proposta em razo da combinao dos critrios de maior ofertapela outorga da concesso com o de melhor tcnica; ou 7) melhor oferta de pagamento pela outorga aps qualificao das propostastcnicas. til frisar que a Lei 8.987/95 no elege o menor preo como o critriogeral, ao contrrio do que faz a Lei 8.666/93.

    6. Alienao de Bens pela Administrao Pblica

    As regras para alienao de bens pela administrao esto disciplinadas noart. 17, caput, incisos I e II, e art. 19, da lei 8.666/93.

    Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, nos mostram uma sntese destasregras:

    Para a alienao de bens imveis da administrao direta, autarquias efundaes que no tenham sido adquiridas em funo de procedimentosjudiciais ou dao em pagamento exigem-se: (a) interesse pblicodevidamente justificado;(b) autorizao legislativa;(c) avaliao prvia;(d)licitao na modalidade concorrncia, ressalvadas as hipteses de licitaodispensada.

    Para a alienao de bens imveis de empresas pblicas e sociedades deeconomia mista que no tenham sido adquiridas em funo deprocedimentos judiciais ou dao em pagamento exigem-se: (a) interessepblico devidamente justificado;(b) avaliao prvia;(c) licitao namodalidade concorrncia, ressalvadas as hipteses de licitao dispensada.No h exigncia de autorizao legislativa.

    Para a alienao de bens imveis de qualquer rgo ou entidade daadministrao pblica adquiridas em funo de procedimentos judiciais oudao em pagamento exigem-se: (a) avaliao dos bens alienveis;(b)

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3333

    comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;(c) adoo doprocedimento licitatrio, sob a modalidade concorrncia ou leilo. No h exigncia de autorizao legislativa.

    Para a alienao de bens mveis de qualquer rgo ou entidade daadministrao pblica exige-se: (a) interesse pblico devidamentejustificado;(b) avaliao prvia;(c) licitao (Bens mveis acima de 650.000,concorrncia, abaixo deste valor, concorrncia ou leilo.), ressalvadas ashipteses de licitao dispensada. No h exigncia de autorizaolegislativa.

    ITEM 17. (CESPE/STM/2010/ CONHECIMENTOS BSICOS - ANALISTA JUDICIRIO) Considerando-se que um bem imvel tenha sido recebido pela Unio como forma depagamento de dvida de particular, correto afirmar que a alienao desse bem poderocorrer por meio de dispensa de licitao.

    Ateno pessoal! Quando o imvel for adquirido pela administrao pblica como forma depagamento de dvida de particular ou dao em pagamento, a sua alienao dever serfeita observando-se os seguintes requisitos, dispostos no art. 19, da lei 8.666/93: (a)avaliao dos bens alienveis;(b) comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;(c)adoo do procedimento licitatrio, sob a modalidade concorrncia ou leilo Sendo assim, a afirmativa est ERRADA!

    7. Inexigibilidade e dispensa de licitao

    O art. 37, XXI, da Constituio, ao estabelecer a obrigatoriedade de adoodo procedimento licitatrio para a contratao de obras, servios, compras ealienaes, expressamente prev que a legislao poder estabelecerhipteses em que essa obrigatoriedade excepcionada. Estas excees correspondem s hipteses de inexigibilidade e dispensade licitao,que passaremos a analisar.

    7.1. Inexigibilidade

    Ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo que h inexigibilidade quandoa licitao juridicamente impossvel. A licitao um procedimento no qual a Administrao permite aapresentao de propostas por parte de todos os interessados em com elafirmar contrato em relao a determinado objeto. Apresentadas aspropostas, a Administrao escolher aquela que lhe parecer a maisvantajosa, dentre as apresentadas pelos candidatos habilitados.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3434

    Quando no possvel tal disputa, em vista de existncia de uma s pessoa,fsica ou jurdica, apta a desempenhar a contento o servio, fornecersatisfatoriamente a mercadoria, ou construir adequadamente a obra, no razovel a abertura do procedimento licitatrio, pois seu resultado estariapr-determinado. Nessas situaes, em que h inviabilidade jurdica decompetio, a licitao considerada inexigvel, podendo a Administraoadjudicar diretamente o objeto do contrato.

    O art. 25 da Lei 8.666/93, apresenta um rol exemplificativo com asprincipais situaes de inexigibilidade de licitao. Qualquer delas, paraservir de justificativa para a no-realizao da licitao, deveobrigatoriamente ser motivada.

    Art. 25. inexigvel a licitao quando houver inviabilidade de competio, em especial:

    I - para aquisio de materiais, equipamentos, ou gneros que s possam ser fornecidospor produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferncia demarca, devendo a comprovao de exclusividade ser feita atravs de atestado fornecidopelo rgo de registro do comrcio do local em que se realizaria a licitao ou a obra ou oservio, pelo Sindicato, Federao ou Confederao Patronal, ou, ainda, pelas entidadesequivalentes;

    II - para a contratao de servios tcnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de naturezasingular, com profissionais ou empresas de notria especializao, vedada a inexigibilidadepara servios de publicidade e divulgao;

    III - para contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou atravs deempresrio exclusivo, desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opiniopblica.

    1o Considera-se de notria especializao o profissional ou empresa cujo conceito nocampo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experincias,publicaes, organizao, aparelhamento, equipe tcnica, ou de outros requisitosrelacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho essencial eindiscutivelmente o mais adequado plena satisfao do objeto do contrato.

    2o Na hiptese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovadosuperfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado Fazenda Pblica ofornecedor ou o prestador de servios e o agente pblico responsvel, sem prejuzo deoutras sanes legais cabveis

    Vejam mais esta questo da CESPE

    ITEM 18. (CESPE/PREVIC/2010/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) considerada inexigvel a licitao para a aquisio de um produto de marca consagrada enotoriamente preferida no mbito da organizao pblica que realiza a licitao. ERRADO

    Pessoal, ateno! vedada a preferncia por marca em processo licitatrio, conforme incisoI do art. 25 da lei 8.666/93. Sendo assim, a afirmativa est ERRADA!

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3535

    Observamos ento, quanto primeira hiptese, que a lei determina que acomprovao da exclusividade deve ser feita atravs de atestado fornecidopelo rgo de registro do comrcio local em que se realizaria a licitao ou aobra ou o servio, pelo Sindicato, Federao ou Confederao Patronal, ou,ainda, pelas entidades equivalentes.

    Se h apenas uma pessoa, fsica ou jurdica, capaz de executar acontento o contrato, no h motivo para se realizar o procedimentolicitatrio. Para a aferio da exclusividade do fornecedor devemos levar emconsiderao, alm do mencionado no pargrafo anterior, a lio doProfessor Hely Lopes Meirelles, o qual considera vendedor ou representantecomercial exclusivo, para efeito de convite, o que nico na localidade;para tomada de preos, o que nico no registro cadastral; paraconcorrncia, o que nico no pas.

    Com relao segunda hiptese, considera-se que inexigvel a licitaono caso de servios tcnicos profissionais especializados quando:

    1) tratar-se de um dos servios elencados no rol taxatixo constante noart.13 da Lei:

    - estudos tcnicos, planejamentos e projetos bsicos e executivos; - pareceres, percias e avaliaes em geral; - assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias;- fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras ou servios; - pareceres ou defesa de causas judiciais ou administrativas; - treinamento e aperfeioamento de pessoal; - restaurao de obras de arte e bens de valor histrico.

    2) natureza singular do servio prestado pelo profissional: alm deenquadrar-se em uma das situaes acima elencadas, necessrio que oservio do profissional escolhido torne-se indispensvel em funo decaractersticas prprias e especficas do objeto do contrato. Asituao que originou a necessidade de contratao tem que ser de talmaneira peculiar que comporte adequada soluo apenas se for contratadocerto profissional, em funo da qualidade e singularidade de seu trabalho.Em verdade se exige dupla singularidade: da situao que motivou ocontrato e dos servios prestados pelo especialista;

    3) profissional ou a empresa de notria especializao: a lei considera denotria especializao o profissional ou a empresa cujo conceito em seuramo de atuao permita concluir que o seu trabalho indiscutivelmenteo mais adequado plena realizao do objeto do contrato.

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3636

    O no preenchimento de um desses requisitos afasta a possibilidade deinexigibilidade de licitao para esses servios, devendo o procedimento serrealizado regularmente. O 1 do art. 13 dispe que, nesse caso, deve-sepreferencialmente realizar a licitao na modalidade de concurso, comestipulao prvia do prmio ou remunerao oferecido ao vencedor.

    O 3 do art. 13 traz uma regra especfica para as empresas prestadorasde servios tcnicos especializados. Dispe o inciso que, caso tais empresasapresentem relao dos membros do seu corpo tcnico em procedimentolicitatrio ou como elemento justificador para sua dispensa ouinexigibilidade, ficaro obrigadas a assegurar que os membros constantesnessa relao executem pessoal e diretamente o objeto do contrato.

    A terceira hiptese de inexigibilidade contratao de profissional dequalquer ramo artstico -, no comporta qualquer dificuldade deinterpretao.

    Poder a Administrao contratar um artista sem licitao, diretamenteou por intermdio de seu representante exclusivo, desde que ele sejaconsagrado junto crtica especializada ou ao pblico em geral. semdvida, dentre as hipteses de inexigibilidade, aquela que permite o maiorgrau de discricionariedade administrativa na escolha.

    Vejam esta questo da CESPE

    ITEM 19. (CESPE/STM/2010/ ANALISTA JUDICIRIO/ADMINISTRAO) Configura-se situao de inexigibilidade de licitao a contratao realizada por empresapblica ou sociedade de economia mista com suas subsidirias e controladas, para aaquisio ou alienao de bens, prestao ou obteno de servios, desde que o preocontratado seja compatvel com o praticado no mercado.

    Esta uma das situaes de licitao dispensvel, enumeradas em rol taxativo pela lei 8.666/93. Portanto, no configura possibilidade de inexigibilidade. Vejam por favor, a seosobre licitao dispensvel. Inexigibilidade quando h inviabilidade jurdica de competio.Sendo assim, a afirmativa est ERRADA!

    Vamos outra da CESPE

    ITEM 20. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) inexigvel a licitao para a aquisio, por determinado rgo pblico, de bens destinadosexclusivamente pesquisa cientfica com recursos recebidos da Coordenao deAperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES).

  • ADMINISTRAO P/ O SENADO FEDERALPROFESSOR: MARCELO CAMACHO

    www.pontodosconcursos.com.br 3737

    Pessoal, esta tambm uma situao de licitao dispensvel. Inexigibilidade quando acompetio for juridicamente invivel. Portanto, a afirmativa est ERRADA!

    Vejamos outra:

    ITEM 21. (CESPE/FUB/2010/ BIBLIOTECARIO) A inviabilidade de competio