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Acesse www.baixarveloz.net AULA 05 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL PROFESSOR CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Vamos para a nossa última aula de Sistema Financeiro Nacional. A partir da próxima aula falaremos sobre mercados de uma forma geral. Essa aula terá também a parte de Acordo de Basiléia. Alguns alunos me pediram para incluir a matéria apesar de ela não estar expressa no Edital. Entretanto, eu aviso que isso pode ser cobrado de uma forma indireta, em relação aos agentes de uma forma geral. Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected] . Prof. César Frade FEVEREIRO/2012

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

PROFESSOR CÉSAR FRADE

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Olá pessoal!

Vamos para a nossa última aula de Sistema Financeiro Nacional.

A partir da próxima aula falaremos sobre mercados de uma forma geral.

Essa aula terá também a parte de Acordo de Basiléia. Alguns alunos me

pediram para incluir a matéria apesar de ela não estar expressa no Edital.

Entretanto, eu aviso que isso pode ser cobrado de uma forma indireta, em

relação aos agentes de uma forma geral.

Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:

[email protected].

Prof. César Frade

FEVEREIRO/2012

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32. Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB

Um Sistema de Pagamentos consiste no conjunto de procedimentos, regras,

instrumentos e operações integradas que suportam a movimentação financeira

na economia de mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira.

A função básica de um sistema de pagamentos é permitir a transferência de

recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para pessoas físicas,

empresas e governos. Sem perceber, interagimos com ele muito mais vezes do

que imaginamos. Por exemplo, toda vez que emitimos um cheque, fazemos

compras com o cartão de crédito ou enviamos uma transferência eletrônica

disponível – TED, estamos acionando esse sistema.

O impacto de um sistema de pagamentos não é observado apenas na vida de

pessoas comuns, empresas ou governos. As instituições financeiras também

realizam transferências diárias oriundas de suas próprias transações. Isso

ocorre por meio da movimentação nos saldos das contas de reservas bancárias

mantidas por elas junto ao banco central.

O Sistema de Pagamentos Brasileiro foi reformado entre os anos de 2001 e

2002.

O antigo sistema foi criado com a motivação de lidar com as altas taxas de

inflação e, portanto, seu objetivo primordial era dar velocidade no

processamento das operações.

Foi necessário o desenvolvimento do novo sistema com o intuito de mitigar o

risco das operações. A entrada em funcionamento do Sistema de Transferência

de Reservas – STR, em 22 de abril de 2002, marcou o início de uma nova fase

no SPB. Esse sistema faz com que a transferência de fundos interbancários

possa ocorrer em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Com isso,

como uma operação é liquidada imediatamente, é reduzido o risco de um

banco efetuar uma operação que não possui recurso para liquidá-la e

comprometer a saúde financeira de outros. Tal fato poderia causar um risco

sistêmico, um risco de quebra em cascata dos bancos como em um dominó.

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32.1. CETIP

A CETIP - Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – é uma

companhia de capital aberto que oferece produtos e serviços de registro,

custódia, negociação e liquidação de ativos e títulos. A empresa é a maior

depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior

câmara de ativos privados do país.

As operações das instituições financeiras são registradas na CETIP após

verificação dos itens básicos de segurança, como códigos de acesso, senhas e

validade de datas. As informações do comprador e do vendedor do título são

comparadas e, se houver alguma divergência, o sistema rejeita a operação.

Com a ação coordenada entre as funções de custódia, registro e liquidação

financeira, a CETIP pode assegurar aos vendedores que a entrega do objeto

vendido será feita apenas contra o efetivo pagamento do valor acordado. Da

mesma forma, os compradores têm certeza de que o pagamento somente será

processado mediante o recebimento do objeto da operação. Assim, na prática

diária da CETIP é aplicado o conceito da entrega contra pagamento, o chamado

DVP – Delivery Versus Payment, estabelecido em 1992 pelo BIS – Bank for

International Settlements.

O modelo de negócio da CETIP está fundamentado nos conceitos de

transparência e segurança. A Câmara disponibiliza sistemas e serviços dentro

de um ambiente isento de risco de mercado, uma vez que não atua como

contraparte das operações.

Criada por demanda do mercado financeiro, a CETIP foi instituída pelo voto do

Conselho Monetário Nacional nº 188, de 1984, passando a operar em março de

1986. Alteração radical no Sistema Financeiro Brasileiro afetou profundamente a

CETIP: a implementação do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro, em

2002, que, dentre outros aspectos, fez com que os negócios cursados na

Câmara passassem a ser liquidados no mesmo dia (D+0).

Somente as pessoas jurídicas são participantes da CETIP, sejam bancos

múltiplos, comerciais, de investimento, de desenvolvimento, corretoras,

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distribuidoras, financeiras, empresas de crédito imobiliário, de arrendamento

mercantil, companhias hipotecárias, associações de poupança e empréstimo,

fundos mútuos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras. A

participação pode ocorrer por meio da aquisição de cota patrimonial ou da

simples abertura de conta.

As pessoas físicas não são participantes. Elas podem investir em ativos

cetipados, como clientes de instituições financeiras em contas segregadas

identificadas como conta de clientes. as instituições são as titulares e

responsáveis pelo controle das contas.

Derivativos de Balcão

BOX de Duas Pontas

Contrato a Termo de Moeda

Contrato a Termo de Moeda (NDF – Non Deliverable Forward)

Contrato de Opção de Venda da Companhia Nacional de Abastecimento

(CONAB)

Contratos de Swap

Opções Flexíveis de Ações e Índices

Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio

Renda Fixa com BOX

Swap com Reset

Swap de Crédito

Swap de Fluxo de Caixa

Termo de Índice DI

Termo de Mercadoria

Títulos Privados de Renda Fixa

Cédula de Crédito à Exportação (CCE)

Cédula de Crédito Bancário (CCB)

Cédula de Crédito Imobiliário (CCI)

Cédula de Debênture (CD)

Cédula de Produto Rural (CPR)

Cédula Rural Pignoratícia (CRP)

Certificado a Termo de Energia Elétrica (CTEE)

Certificado de Cédula de Crédito Bancário (CCCB)

Certificado de Depósito Agropecuário (CDA)

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Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)

Certificado de Investimento Audiovisual (CIA)

Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)

Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)

Cotas de Fundos Abertos

Cotas de Fundos Fechados

Debêntures

Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE)

Depósito Interfinanceiro (DI)

Depósito Interfinanceiro Imobiliário (DII)

Depósito Interfinanceiro Rural (DIR)

Depósito Interfinanceiro vinculado a Operações de Microfinanças (DIM)

Export Note

Letra de Arrendamento Mercantil

Letra de Câmbio (LC)

Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

Letra Financeira

Letra Financeira de Distribuição Pública

Letra Hipotecária (LH)

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)

Nota Comercial (Commercial Paper)

Nota de Crédito à Exportação (NCE)

Nota de Crédito do Agronegócio (NCA)

Obrigações

Recibo de Depósito Bancário (RDB)

Warrant Agropecuário (WA)

Títulos Públicos de Renda Fixa

Certificado de Dívida Pública / INSS (CDP)

Certificado do Tesouro Nacional (CTN)

Certificado Financeiro do Tesouro (CFT)

Contrato de Crédito contra Terceiros

Cota do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)

Crédito Securitizado

Letra Financeira do Tesouro de Estados e Municípios (LFTE-M)

Título da Dívida Agrária (TDA)

Título da Secretaria do Tesouro Nacional Indexado à Taxa SELIC (JSTN)

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Título de Alongamento da Dívida Agrícola

32.2. SELIC

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic é o depositário central dos

títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa

condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o

pagamento dos juros e a custódia.

Importante ressaltar que o Banco Central do Brasil não pode emitir mais títulos

desde a Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, os títulos do Banco Central

do Brasil custodiados no sistema SELIC são títulos antigos e emitidos antes

dessa proibição.

O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e

compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de

entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos

exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada

operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado.

O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em

parceria com a Anbima, tem seus centros operacionais (centro principal e

centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário

normal de funcionamento segue o do STR, das 6h30 às 18h30, em todos os

dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para comandar operações,

os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de

compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da

RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos

da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme

procedimentos previstos no regulamento do sistema.

Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do

Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos

múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e

corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de

compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras

instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São considerados

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liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações,

além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas

bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos

comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas

econômicas, e, opcionalmente, os bancos de investimento.

Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes

liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites

fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os serviços de

mais de um participante liquidante, exceto no caso de operações específicas,

previstas no regulamento do sistema, tais como pagamento de juros e resgate

de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas por intermédio de um

liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não-liquidante.

32.3. CIP

A Câmara Interbancária de Pagamentos é uma associação civil sem finalidade

lucrativa, fundada em 2001. Seus acionistas são as principais instituições

financeiras do País e essa câmara possui o sistema SITRAF e o SILOC.

A CIP tem como função o processamento dos serviços de compensação e

liquidação dos pagamentos interbancários. É responsável pela liquidação e

compensação de DOCs, TEDs, bloqueto de cobrança, entre outros e ainda faz o

processamento da liquidação financeira interbancária Redecard, Cielo, entre

outros.

32.3.1. SITRAF

O Sistema de Transferência de Fundos – SITRAF é um sistema operado pela

Câmara Interbancária de Pagamentos e a participação direta no Sitraf é

restrita às instituições titulares de conta de reservas bancárias, isto é, bancos

comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial, caixas econômicas e,

quando for o caso, bancos de investimento e bancos de câmbio.

Esse sistema realiza a compensação e dá certeza da liquidação dos

pagamentos interbancários. Esse sistema liquida as TEDs.

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32.3.2. SILOC

O Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens

de Crédito – SILOC é também restrito aos titulares de conta reservas

bancárias.

Efetua a liquidação de valores considerados sistemicamente não importantes e

são feitos de forma diferida. Este sistema realiza a compensação dos

pagamentos interbancários em D0 (hoje) e efetua a liquidação dos saldos

entre os bancos em D+1 (amanhã). Não há a certeza de liquidação.

Este sistema liquida os DOCs e os bloquetos.

32.4. BM&FBOVESPA DERIVATIVOS

Na BM&FBOVESPA são negociados contratos à vista, a termo, de futuros, de

opções e de swaps. Os principais contratos são referenciados a taxas de juros,

taxas de câmbio, índices de preços e índices do mercado acionário. Esses

contratos são todos liquidados e compensados pela Câmara de Derivativos.

32.5. BM&FBOVESPA ATIVOS

A Câmara de Ativos da BM&FBOVESPA foi desenvolvida para liquidação de

operações com títulos públicos federais. Além das operações contratadas no

âmbito do Sisbex, que é uma plataforma eletrônica de negociação operada

pela própria BM&FBOVESPA, a Câmara de Ativos pode liquidar também

operações do mercado de balcão tradicional, geralmente contratadas por

telefone.

32.6. BM&FBOVESPA CÂMBIO

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A BM&FBOVESPA Câmbio liquida operações interbancárias de câmbio

realizadas no mercado de balcão da BM&FBOVESPA. No ambiente da Câmara

de Câmbio, são atualmente aceitas apenas operações que envolvem o dólar

americano e a liquidação é geralmente feita em D+2.

32.7. CBLC

O CBLC era uma empresa subsidiária da BOVESPA que se chamava Companhia

Brasileira de Liquidação e Custódia e funcionava com câmara de compensação

de todas as operações cursadas dentro da BOVESPA.

Entretanto, após a fusão da BOVESPA com a BM&F, ela deixou de ser uma

subsidiária e passou a ser “apenas” o sistema de liquidação dos produtos

transacionados na BOVESPA.

A CBLC, atualmente, é responsável pelos serviços de guarda centralizada,

compensação e liquidação das operações realizadas nos mercados da

BM&FBOVESPA, Segmento Bovespa (à vista, derivativos de ações, balcão

organizado, renda fixa privada, etc).

32.8. COMPE

A Centralizadora de Compensação de Cheques – COMPE liquida as obrigações

interbancárias relacionadas com cheques de valor inferior ao VLB-Cheque (R$

250 mil).

O Banco do Brasil S.A., operador da Compe, fornece o espaço físico e o apoio

logístico necessários ao seu funcionamento, seja para a troca física de

documentos, nas situações em que isso acontece, seja para a compensação

eletrônica de todas as obrigações.

Além do Banco Central do Brasil, participam da Compe as instituições

bancárias, nomeadamente os bancos comerciais, os bancos múltiplos com

carteira comercial e as caixas econômicas, bem como, facultativamente, as

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cooperativas de crédito e demais instituições financeiras não-bancárias

titulares de conta de liquidação no Banco Central do Brasil.

32.9. STR

O Sistema de Transferência de Reservas – STR é um sistema de transferência

de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR), pertencente e operado

pelo Banco Central do Brasil.

O sistema foi planejado, desenhado e construído em conjunto pelos

especialistas em sistemas de pagamentos e em tecnologia da informação do

Banco. É considerado o coração do sistema financeiro nacional, pois é por seu

intermédio que ocorrem as liquidações das operações interbancárias realizadas

nos mercados monetário, cambial e de capitais, com destaque para as de

política monetária e cambial do Banco Central, a arrecadação de tributos e as

colocações primárias, resgates e pagamentos de juros dos títulos da dívida

pública federal pelo Tesouro Nacional.

33. ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO

As administradoras de consórcio são empresas responsáveis pela formação e

administração de grupos de consórcio.

As administradoras de consórcio podem ser constituídas sob a forma de

sociedades anônimas ou sociedade limitada. Ela tem direita à taxa de

administração, a título de remuneração pela formação, organização e

administração do grupo de consórcio até o seu encerramento.

A Legislação define que Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas

em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente

determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de

propiciar a seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou

serviços, por meio de autofinanciamento.

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Portanto, no consórcio as pessoas físicas ou jurídicas se reúnem, têm sua

poupança coletada com o objetivo de adquirir bens ou serviços.

Importante destacar que o grupo de consórcio é autônomo em relação aos

demais e possui patrimônio próprio. Esse patrimônio não se confunde com o

patrimônio de outro grupo nem com o da própria administradora.

A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e controle das

atividades do sistema de consórcios serão realizados pelo Banco Central do

Brasil.

A Legislação dispõe que:

“Art 7º Compete ao Banco Central do Brasil:

I – conceder autorização para funcionamento, transferência do

controle societário e reorganização da sociedade e cancelar a

autorização para funcionar das administradoras de consórcio,

segundo abrangência e condições que fixar;

II – aprovar atos administrativos ou societários das administradoras

de consórcio, segundo abrangência e condições que fixar;

III – baixar normas disciplinando as operações de consórcio, inclusive

no que refere à supervisão prudencial, à contabilização, ao

oferecimento de garantias, à aplicação financeira dos recursos dos

grupos de consórcio, às condições mínimas que devem constar do

contrato de participação em grupo de consórcio, por adesão, à

prestação de contas e ao encerramento do grupo de consórcio;

IV – fixar condições para aplicação das penalidades em face da

gravidade da infração praticada e da culpa ou dolo verificados,

inclusive no que se refere à gradação das multas previstas nos incisos

V e VI do art. 42;

V – fiscalizar as operações de consórcio, as administradoras de

consórcio e os atos dos respectivos administradores e aplicar as

sanções;

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VI – estabelecer os procedimentos relativos ao processo

administrativo e o julgamento das infrações a esta Lei, às normas

infralegais e aos termos dos contratos de participação em grupo de

consórcio, por adesão, formalizados;

VII – intervir nas administradoras de consórcio e decretar sua

liquidação extrajudicial na forma e condições previstas na legislação

especial aplicável às instituições financeiras.

Art 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 7o, o Banco Central

do Brasil poderá exigir das administradoras de consórcio, bem como

de seus administradores, a exibição a funcionários seus,

expressamente credenciados, de documentos, papéis, livros de

escrituração e acesso aos dados armazenados nos sistemas

eletrônicos, considerando-se a negativa de atendimento como

embaraço à fiscalização, sujeita às penalidades previstas nesta Lei,

sem prejuízo de outras medidas e sanções cabíveis.”

Considera-se constituído o grupo de consórcio com a realização da primeira

assembléia, que será designada pela administradora de consórcio quando

houver adesões em número e condições suficientes para assegurar a

viabilidade econômico-financeira do empreendimento.

34. ACORDO DE BASILÉIA

O Acordo de Basiléia I foi firmado em 1988 por iniciativa do Comitê de Basiléia

e ratificado por mais de 100 países. Teve como objetivo criar exigências

mínimas de capital a serem observadas pelas instituições com o objetivo de se

precaver contra o risco de crédito1.

Esse acordo propôs que os bancos poderiam efetuar até 100 unidades

monetárias em operações de crédito para cada 8 unidades de capital próprio.

No Brasil, essa proporção foi alterada e para cada 100 unidades monetárias em

operações de crédito, há a necessidade de 11 de capital próprio.

1 Risco de Crédito é o risco de não receber o recurso, o risco de “tomar o calote”.

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O Acordo de Basiléia II foi firmado em 2004 e está sob três pilares e vinte e

cinco princípios.

Os três pilares básicos são:

• requerimento de capital;

• supervisão; e

• transparência e disciplina de mercado.

O primeiro pilar trata do requerimento de capital mínimo e monta uma matriz

de classificação de crédito externo contra o quais, certo nível de capital deve

ser mantido. A taxa mínima de capital de 8% foi mantida nesse segundo

acordo. AS inovações ocorreram basicamente em relação aos riscos

considerados e às formas de mensuração do mesmo e de cálculo do capital

mínimo a ser mantido.

Os riscos de crédito e de mercado já eram considerados no Acordo original.

Com o segundo acordo, há a introdução do risco operacional.

É importante efetuarmos a definição de cada tipo de risco. O Conselho

Monetário Nacional, em seus normativos, fez as seguintes definições:

Risco de Crédito: a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não

cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações

financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito

decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de

ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos

custos de recuperação.

Risco de Mercado: a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da

flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição

financeira.

Risco Operacional: a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de

falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas,

ou de eventos externos.

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O segundo pilar faz referência aos métodos de supervisão. Inclui a flexibilidade

de exigir uma reserva de capital além no nível mínimo de 8%, de acordo com o

grau de sofisticação e da capacidade do banco de estabelecer um padrão de

controle interno.

As instituições são encourajadas a efetuarem testes de stress, e ressalta a

administração de riscos, a responsabilidade e a transparência da supervisão

produzidos pelo Comitê.

O terceiro pilar tenta incluir a disciplina de mercado, concedendo aos

participantes do mercado, tais como os acionistas e clientes, informações

suficientes para viabilizar uma avaliação da gestão dos riscos efetuados pelos

bancos e seus níveis de adequação de capital.

O Comitê da Basiléia considera que a segurança e a rigidez do sistema

financeiro em um mundo dinâmico e complexo só podem ser obtidas com a

combinação de supervisão, disciplina de mercado e efetiva administração

interna dos bancos. De acordo com esta visão, a racionalidade do novo acordo

apóia-se na necessidade de construir um arcabouço com maior flexibilidade e

sensibilidade aos riscos, mais adequado às constantes transformações dos

mercados financeiros e das práticas de supervisão e gestão.

Abaixo, vamos transcrever os 25 princípios básicos do Acordo de Basiléia.

Condições prévias para uma eficiente supervisão bancária

1. um eficiente sistema de supervisão bancária terá claras responsabilidades e

objetivos para cada agência envolvida na supervisão de bancos. cada uma

dessas agências deveria possuir independência operacional e recursos

adequados. uma adequada estrutura legal para supervisão bancária é também

necessária, incluindo provisões relativas à autorização de estabelecimentos

bancários e a supervisão em andamento; poderes para tratar do cumprimento

das leis, bem como em relação às preocupações de correção e segurança.

Licenciamento e estrutura

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2. as atividades permissíveis de instituições que são licenciadas e sujeitas à

supervisão, como os bancos, devem ser claramente definidas, e o uso da

palavra “banco” nos nomes deveria ser controlado até onde possível.

3. a autoridade de licenciamento deverá ter o direito de estabelecer critérios e

rejeitar aplicações para estabelecimentos que não cumpram ou alcancem os

padrões estabelecidos. o processo de licenciamento deveria consistir, no

mínimo, de uma avaliação de estrutura de propriedade do banco, diretores e

administração superior, do seu plano operacional e controles internos e sua

projetada condição financeira, inclusive sua base de capital; onde o

proprietário proposto ou organização controladora seja um banco estrangeiro,

o anterior consentimento do supervisor do país de origem deveria ser obtido.

4. os supervisores bancários devem ter autoridade para revisar e rejeitar

quaisquer propostas para transferir propriedade significativa ou interesses de

controle em bancos existentes e outras parcerias.

5. os supervisores bancários devem ter a autoridade para estabelecer critérios

para revisar grandes aquisições ou investimentos por um banco e garantir que

as afiliações corporativas ou estruturais não exponham o banco a risco

indevido ou atravanquem uma supervisão efetiva.

Exigências e Regulamentação para adequação de Capital

6. os supervisores bancárias devem estabelecer exigências mínimas de capital

que reflitam os riscos que os bancos assumem e devem definir os

componentes de capital, tendo-se em mente a habilidade para absorver

prejuízos. para os bancos internacionalmente ativos, esses requerimentos não

devem ser menos do que aqueles estabelecidos no acordo de capital de

Basiléia.

7. uma parte essencial de qualquer sistema de supervisão é a independente

avaliação da política de um banco determinado, práticas e procedimentos

relativos à concessão de empréstimos e realização de investimentos e a

administração em andamento dos portfólios de investimentos e empréstimos.

8. os supervisores bancários devem ficar satisfeitos que os bancos

estabeleçam e façam adesão a políticas adequadas, práticas e procedimentos

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para avaliar a qualidade de ativos e a adequação de provisões de perdas de

empréstimos e reservas.

9. os supervisores bancários devem ficar satisfeitos com o fato de bancos

terem sistemas de informação gerencial que capacitem a administração a

identificar concentração dentro do portfólios, e os supervisores devem

estabelecer limites de adequação de capital para restringir a exposição do

banco a tomadores únicos ou a grupos de tomadores de empréstimos

relacionados.

10. para evitar abusos provenientes de empréstimos vinculados, os

supervisores bancários precisam ter requisitos segundo os quais os bancos

emprestam a empresas coligadas e a indivíduos, com base em operações

puramente comerciais: a extensão dos créditos é de fato monitorada e se

tomam outras medidas adequadas ao controle e à diminuição de riscos.

11. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos

têm políticas e procedimentos adequados à identificação, monitoração e

controle dos riscos do país e da transferência de riscos em seus empréstimos

internos e atividades de investimento; também devem estar certos de que os

bancos mantêm reservas adequadas contra esses riscos.

12. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos

têm sistemas que medem e monitoram cuidadosa e adequadamente os riscos

controlados do mercado, os supervisores deveriam ter poderes para impor

limites específicos e/ou cobrança específica sobre o capital em relação à

exposição aos riscos do mercado, se houver garantias.

13. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos

possuem um processo inteligível de gerenciamento dos riscos (inclusive

supervisão apropriada do conselho e da administração graduada) para

identificar, medir e controlar todos os outros riscos materiais e, quando

necessário, defender o capital contra esses riscos.

14. os supervisores bancários devem se assegurar de que os bancos tenham

controles internos que sejam adequados à natureza e ao tamanho de seus

negócios. estes, incluiriam acordos transparentes para a delegação de

autoridade e de responsabilidade; a separação de funções que envolvam o

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compromisso do banco, a disponibilidade de seus fundos e a contabilidade de

seus ativos e passivos; o ajuste desses processos; a salvaguarda dos ativos e

a auditoria independente interna e externa, apropriada, além da concordância

de funções para testar a adesão a esses controles bem como às leis e

regulamentos aplicáveis.

15. os supervisores bancários precisam dar ordens para que os bancos tenham

políticas, práticas e procedimentos adequados, inclusive regras escritas tipo

“conheça o seu cliente”, que promovem padrões éticos e profissionais no setor

financeiro e evitam que os bancos sejam utilizados, intencional ou não

intencionalmente, por pessoas criminosas.

16. um sistema bancário eficiente de supervisão teria tanto uma supervisão na

sede, quanto uma fora da sede.

17. os supervisores bancários precisam ter contatos regulares com a gerência

bancária, também por intermédio da compreensão das operações da

instituição.

18. os supervisores bancários precisam ter meios de coletar, rever e analisar

relatos de adequação de capital e relatórios estatísticos vindos de bancos

numa base única e consolidada.

19. os supervisores bancários precisam ter meios de obter a confirmação das

informações dos supervisores, seja por meio de inspeção no próprio lugar, seja

utilizando o trabalho de auditores externos.

20. um elemento fundamental da supervisão bancária é a capacidade de os

supervisores inspecionarem a organização bancária numa base consolidada.

Requisições de Informação

21. supervisores bancários devem estar satisfeitos que cada banco mantenha

registros adequados escritos em harmonia com políticas de avaliação

consistentes e práticas que habilitem o supervisor a obter uma visão real e

clara da condição financeira do banco e a lucratividade de seus negócios e que

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o banco publique uma declaração financeira em bases regulares que reflitam

razoavelmente sua condição.

Poderes formais dos supervisores

22. supervisores bancários devem ter à sua disposição medidas supervisoras

adequadas para levar a efeito ações neutralizantes quando os bancos falhem

em preencher requisitos consultivos necessários (tais como índices de

adequação de capital mínimo), quando há violações reguladoras, ou onde

depositantes são ameaçados de qualquer outra maneira.

Atividade bancária além-fronteira

23. supervisores bancários devem praticar supervisão consolidada mundial,

adequadamente monitorada e ajustar normas prudentes apropriadas para

todos os aspectos de empreendimentos conduzidos por organizações bancárias

mundiais, essencialmente em suas sucursais estrangeiras e subsidiárias.

24. um componente chave de supervisão consolidada está estabelecendo

contato e troca de informação com os vários outros supervisores envolvidos,

primeiramente autoridades supervisoras do país hospedeiro.

25. supervisores bancários devem requerer a operação local de bancos

estrangeiros para ser conduzida para alguns padrões altos como são

requeridos de instituições domésticas e devem ter poderes para compartilhar

informação necessária pelos supervisores do país de origem daqueles bancos

para o propósito de cumprir supervisão consolidada.

35. CAIXA ECONÔMICA

As Caixas Econômicas foram criadas com o intuito de captar poupança pública

e financiar projetos interessantes ao Governo. Com o passar do tempo, essa

nomenclatura ficou exclusiva da instituição chamada Caixa Econômica Federal.

Portanto, nesse tópico iremos falar da Caixa Econômica Federal e devemos

lembrar que essa instituição não é um Banco mas possui atributos

semelhantes aos Bancos Comerciais.

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A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF é uma instituição financeira sob a forma

de empresa pública, criada nos termos do decreto-lei nº. 759, de 12 de agosto

de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda.

A CEF tem sede e foro na capital da república e atuação em todo o território

nacional, sendo indeterminado o prazo de sua duração.

Instituição integrante do sistema financeiro nacional e auxiliar da execução da

política de crédito do governo federal, a CAIXA submete-se às decisões e à

disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do Banco Central do

Brasil. Suas contas e operações estão sujeitas a exame e julgamento pelo

Tribunal de Contas da União e Secretaria Federal de Controle do Ministério da

Fazenda.

A administração da CAIXA conta com quatro instâncias: o conselho de

administração, o conselho diretor, a diretoria executiva e o conselho fiscal.

O conselho de administração, órgão de orientação superior da CAIXA, é

integrado por cinco membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda,

um membro indicado pelo ministro de estado do planejamento, orçamento e

gestão mais o presidente da CAIXA, que exerce a vice-presidência do conselho.

Os membros do conselho de administração são nomeados pelo presidente da

república.

A administração da CAIXA compete à diretoria executiva. Ela pode ter entre

dez e trinta membros, sendo o presidente nomeado e demissível ad nutum

(ser afastado pela simples vontade de quem o convidou) pelo presidente da

república. Os vice-presidentes, nove ao todo, também serão nomeados e

demissíveis ad nutum pelo presidente da república. Desses, um é responsável

exclusivamente pela administração de ativos de terceiros e outro responsável

exclusivamente pela gestão, administração ou operacionalização de fundos,

programas e serviços delegados pelo governo federal.

Também podem fazer parte até vinte diretores, indicados pelo presidente da

CAIXA e nomeados pelo conselho de administração.

O conselho diretor é formado pelo presidente e vice-presidentes, exceto o vice-

presidente responsável pela administração de ativos de terceiros e o vice-

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presidente responsável pela gestão, administração ou operacionalização de

fundos, programas e serviços delegados pelo governo federal. Um dos vice-

presidentes supervisiona exclusivamente as funções de controle. São indicados

pelo Ministro da Fazenda, confirmados pelo conselho de administração e

nomeados pelo presidente da república. O cargo de diretor é privativo de

empregados da ativa do quadro permanente da CAIXA.

O conselho fiscal é integrado por cinco membros efetivos e respectivos

suplentes. Todos são escolhidos e designados pelo Ministro de Estado da

Fazenda, dentre brasileiros diplomados em curso de nível superior, de

reputação ilibada e reconhecida experiência em matéria econômico-financeira

e de administração de empresas.

Dentre os integrantes do conselho fiscal, pelo menos um membro efetivo e seu

respectivo suplente são obrigatoriamente indicados pelo Ministro de Estado da

Fazenda, como representantes do tesouro nacional.

A CEF tem o monopólio do penhor, das loterias e também do recolhimento do

FGTS.

Importante ressaltar que a atividade de penhor é um tipo de operação de

crédito em que os interessados colocam suas joias em garantia com o intuito

de receber um recurso financeiro. Podem resgatar seus bens até um

determinado período, pagando por isso a taxa de juros da operação.

As loterias federais também são de exclusividade da Caixa Econômica Federal.

A delegação de tal atividade ocorreu em 1962. Atualmente, quase metade do

valor arrecadado é repassado para os beneficiários legais e entidades não-

governamentais para investimentos em áreas prioritárias para o

desenvolvimento do País. Participam dessa divisão de recursos os Comitês

Olímpicos e Paraolímpicos brasileiros, o Programa de Financiamento Estudantil

(FIES), o Fundo Nacional de Cultura, o Fundo Penitenciário Nacional, entre

outros.

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36. COOPERATIVA DE CRÉDITO

Cooperativas “são sociedades de pessoas com forma jurídica própria, de

natureza civil, sem finalidade lucrativa, não sujeitas à falência, organizadas

para prestação de serviços ou exercício de outras atividades de interesse

comum dos associados”. Essas sociedades poderão “adotar por objeto qualquer

gênero de serviços, operações ou atividades, respeitada a legislação em vigor”.

Devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão

“Cooperativa”, vedada a utilização da palavra “Banco”. Devem possuir o

número mínimo de 20 cooperados e adequar a sua área de ação às

possibilidades de reunião, controle, operação e prestação de serviço.

O Conselho Monetário Nacional aprovou o regulamento que disciplina a

constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as

alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento

de cooperativa de crédito, bem como a realização de auditoria externa em

cooperativa singular de crédito.

Entende-se como Cooperativa Singular aquela cooperativa que possui os seus

cooperados e com ele se relaciona. A Cooperativa Central é uma instância

superior que congrega as mais variadas cooperativas e é a instituição que se

relaciona, em primeira instância, com o Banco Central.

Imagine que exista uma Cooperativa que fosse uma espécie de Cooperativa

mãe que, no final das contas, congregaria várias outras cooperativas afiliadas.

Essa é a Cooperativa Central. Podemos fazer um paralelo entre uma

Confederação e suas Federações afiliadas. Por exemplo, a Confederação

Brasileira de Futebol – CBF é o órgão que se relaciona com a FIFA mas ela

possui várias Federações dos Estados como suas filiadas, estando diretamente

ligadas a ela. É como se a CBF fosse a Cooperativa Central e as Federações

Estaduais fossem as Cooperativas Singulares.

Os pedidos envolvendo a constituição, a autorização, a alteração estatutária e

outros de interesse de cooperativa de crédito serão objeto de estudo pelo

Banco Central do Brasil com vistas a sua aceitação ou recusa.

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37. COOPERATIVAS CENTRAIS

A Cooperativa Central de Crédito deve prever, em seus estatutos e normas

operacionais, dispositivos que possibilitem prevenir e corrigir situações

anormais que possam configurar infrações a normas legais ou regulamentares

ou acarretar risco para a solidez das cooperativas filiadas e do sistema

associado, inclusive a possibilidade de participar em fundo garantidor.

Com vistas ao cumprimento das atribuições de que trata o presente capítulo, a

cooperativa central de crédito deve desempenhar as seguintes funções, com

relação às cooperativas filiadas:

I – supervisionar o funcionamento, com vistas ao cumprimento da legislação e

regulamentação em vigor e das normas próprias do sistema associado;

II – adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor

referentes à implementação de sistemas de controles internos e à certificação

de empregados;

III – promover a formação e a capacitação permanente dos membros de

órgãos estatutários, gerentes e associados, bem como dos integrantes da

equipe técnica da cooperativa central;

IV – realizar auditoria de demonstrações contábeis, conforme disposições do

capítulo v;

V – recomendar e adotar medidas com vistas ao restabelecimento da

normalidade do funcionamento, em face de situações de inobservância da

regulamentação aplicável ou que acarretem risco imediato ou futuro.

A cooperativa central deve comunicar ao Banco Central do Brasil:

I – requisitos e critérios adotados para admitir a filiação e proceder a

desfiliação de cooperativa singular, abordando a estratégia de viabilização da

filiação de cooperativas recém constituídas que ainda não atendam a possíveis

requisitos relativos a porte patrimonial e estrutura organizacional, com vistas

ao provimento dos serviços tratados neste capítulo;

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II – irregularidades ou situações de exposição anormal a riscos, identificadas

em decorrência do desempenho das atribuições de que trata o presente

capítulo, inclusive medidas tomadas ou recomendadas e eventuais obstáculos

para sua implementação, destacando as ocorrências que indiquem

possibilidade de futuro desligamento;

III – ato de desligamento de cooperativa filiada, com a correspondente

justificativa, fazendo referência às comunicações exigidas no inciso ii;

IV – indeferimento de pedido de filiação de cooperativa singular de crédito em

funcionamento ou em constituição, abordando as razões que levaram a essa

decisão;

V – admissão de cooperativa singular de crédito, com histórico relativo à

respectiva situação econômico-financeira e eventual filiação anterior a outra

cooperativa central.

A cooperativa central deve designar, entre seus administradores, responsável

perante o Banco Central do Brasil pelas atividades tratadas neste capítulo.

Constatado o não atendimento de quaisquer disposições deste capítulo, por

parte de cooperativa central de crédito, o Banco Central do Brasil, no

desempenho de suas atribuições de fiscalização, pode adotar as seguintes

medidas:

I – exigir plano de adequação, inclusive quanto à formação e capacitação de

equipe técnica própria, à contratação de serviços de auditoria externa, à

implantação de novos procedimentos de supervisão e controle e medidas afins;

II – aplicar, às cooperativas singulares filiadas, os limites operacionais e outros

requisitos relativos às cooperativas singulares não filiadas a centrais, mediante

estabelecimento de cronograma de adequação;

III – determinar a suspensão da filiação de novas cooperativas singulares, até

que sejam sanadas as irregularidades.

O Banco Central do Brasil, com vistas ao cumprimento das disposições deste

capítulo, pode estabelecer requisitos em relação a:

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I – freqüências, padrões, procedimentos e outros aspectos a serem adotados

para inspeção, avaliação, elaboração de relatórios e envio de comunicações à

referida autarquia, inclusive definição de procedimentos específicos com

relação a determinadas cooperativas singulares;

II – condições a serem observadas com vistas à prestação de serviços a

cooperativa de crédito não filiada, bem como à contratação de serviços

especializados no mercado;

III – prazos de adequação aos requisitos estabelecidos, bem como outras

condições operacionais julgadas necessárias à observância das presentes

disposições.

38. Banco Cooperativo

O Banco Central do Brasil possibilitou a constituição de bancos comerciais e

bancos múltiplos sob controle acionário de Cooperativas Centrais de Crédito.

As cooperativas centrais de crédito integrantes do grupo controlador devem

deter, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) das ações com direito a

voto destas instituições financeiras.

Os bancos múltiplos assim constituídos devem possuir, obrigatoriamente,

carteira comercial. Ou seja, a carteira obrigatória para que um Banco

Cooperativo seja Múltiplo é a carteira Comercial.

A denominação dessas instituições financeiras devem incluir a expressão

“banco cooperativo”. É dessa forma, que é possível diferenciar, já na análise

do nome da instituição, a existência ou não de um Banco Cooperativo. Não

importa se ele é apenas Comercial ou Múltiplo, essa denominação é

obrigatória.

Na constituição de bancos cooperativos, somente as pessoas jurídicas

controladoras devem publicar declaração de propósito e comprovar situação

econômico-financeira compatível com o empreendimento.

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A constituição e o funcionamento de bancos cooperativos subordinam-se, nos

aspectos aqui não definidos, à legislação e à regulamentação em vigor

aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral.

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 572

(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é

correto afirmar que:

a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou

sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários.

b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à

normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente:

ações, debêntures e títulos da dívida pública.

c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e

fiscalizador do mercado de capitais.

d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores

denominam-se usualmente de operações no mercado primário.

e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as

operações no recinto das bolsas de valores.

Questão 58

(ESAF – BACEN – 2002) – Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e

Custódia), quanto a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de

Títulos) correspondem a sistemas em que são feitas a custódia e liquidação de

operações com títulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opção correta.

a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais podem

ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes envolvidas no

negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado.

b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente elimina

os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis negociados

naquele sistema.

c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas exclusivamente

pela Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis.

2 Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior.

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d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco Central

do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.

e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados de

Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos.

Enunciado para as questões 59 a 63

Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por

processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a

movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de

extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e

transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para

criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema

eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições

das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas

bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros

eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as

operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o

sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das

partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta

diariamente mais de R$ 100 bilhões. Internet: <http://www.andima.com.br>.

No Sistema Financeiro Nacional, existem taxas de juros amplamente aplicadas

pelos agentes do mercado, entre elas a do SELIC, mencionado no texto acima.

Acerca dessa taxa, denominada taxa SELIC, julgue os itens seguintes.

Questão 59

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como os títulos negociados no SELIC são

de grande liquidez e, teoricamente, de risco mínimo, a taxa definida no âmbito

desse sistema é aceita como uma taxa livre de risco da economia.

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Questão 60

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa é denominada também de D0,

pois os negócios são liquidados imediatamente.

Questão 61

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa costuma apresentar-se

ligeiramente mais elevada que a taxa da central de custódia e de liquidação de

títulos (CETIP).

Questão 62

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como balizamento do mercado, a taxa

SELIC é mais importante, referenciando o custo do dinheiro no mercado

financeiro.

Questão 63

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Por ser liquidada mediante cheques

administrativos dos bancos, a taxa SELIC é também denominada de taxa ADM.

Enunciado para as questões 64 a 68

A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN como prestadora de serviços

de operacionalização da clearing de pagamentos, que está sendo constituída

para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às normas do novo

sistema de pagamentos brasileiro. A CETIP proverá os sistemas, os centros de

processamento e o suporte de informática necessários à operação da nova

empresa. O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da

FEBRABAN é o mesmo que está sendo implantado este ano nos Estados Unidos

da América pelo Clearing House Interbank Payments Systems (CHIPS). O novo

sistema, denominado CHIPS 2001, eliminou a necessidade do estabelecimento

de limites bilaterais de crédito, reunindo as vantagens da certeza imediata da

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liquidação dos pagamentos em reserva bancária com o menor custo de

transação do processamento por lotes.

A clearing de pagamentos da FEBRABAN está também integralmente de acordo

com as especificações estabelecidas pelo Relatório Lamfalussy, documento que

reúne os padrões recomendados pelo Bank for International Settlements (BIS)

(Banco para Compensações Internacionais) para o projeto e para a operação

de sistemas de compensação e liquidação.

Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros de

processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em São

Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP, no Rio de Janeiro; o

segundo, também localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar

como hot stand-by; o centro de processamento em São Paulo será warm

stand-by. Internet: <http://www.cetip.com.br> (com adaptações).

Julgue os itens seguintes, a propósito da CETIP.

Questão 64

(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP, maior empresa de custódia e de

liquidação financeira da América Latina, constitui-se em um mercado de balcão

organizado para registro e negociação de valores mobiliários de renda fixa.

Sem fins lucrativos, foi criada, em conjunto, pelas instituições financeiras e o

BACEN, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado

financeiro brasileiro.

Questão 65

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Entre os participantes da CETIP, incluem-

se bancos, corretoras, distribuidoras, demais instituições financeiras, empresas

de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras, tais

como seguradoras e fundos de pensão.

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Questão 66

(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP não está obrigada a obedecer

estritamente às normas vigentes de sigilo bancário e, por isso, mantém

reserva relativa com relação aos registros das operações em seus sistemas.

Questão 67

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Os ativos e contratos registrados na CETIP

representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de

renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e

do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do

Tesouro Nacional.

Questão 68

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Somente as pessoas jurídicas, de qualquer

natureza, são participantes da CETIP. As pessoas físicas podem investir em

ativos cetipados, como clientes de instituições financeiras, que são as titulares

e responsáveis pelo controle das contas.

Questão 69

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – O acordo de Basiléia foi

originalmente assinado em 1988 pelos dez maiores bancos centrais do mundo,

e previa forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo

ambiente dos mercados financeiros. Pesar de o documento firmado ser apenas

um tratado de intenções, os bancos centrais signatários desse documento

conseguiram transformar em leis, em seus respectivos paises, as

recomendações firmadas. Ao começar as discussões do Novo Acordo de

Capital, em janeiro de 2001, o enfoque era dar maior solidez e transparência

ao sistema financeiro mundial, visando adequar a regulamentação aos

mecanismos de mercado e seus riscos.

Em relação a esse novo acordo, pode-se dizer que NÃO estava contemplado:

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a) Regras de prudência bancária.

b) Ênfase nas metodologias de gerenciamento de risco dos bancos.

c) Supervisão das autoridades bancárias e fortalecimento da disciplina de

mercado.

d) Disponibilização de serviços bancários apenas a clientes com alto poder

aquisitivo.

e) Avaliação adequada de capital relacionada com os riscos bancários e

fornecimento de incentivos aos bancos para aumentar sua capacidade de

mensuração e administração dos riscos.

Questão 70 (Cesgranrio – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – O processo de

globalização financeira aumenta a exposição do sistema financeiro

internacional à especulação desestabilizadora e à manipulação, e exige

medidas fiscalizadoras e regulatórias de abrangência global. O Novo Acordo de

Basiléia (Basiléia II), decorrente desta necessidade, NÃO enfatiza

a) a atuação dos bancos centrais como emprestadores de última instância.

b) a transparência das instituições financeiras, em termos de fornecimento de

dados e informações.

c) as necessidades mínimas de capital para cobrir os riscos.

d) o desenvolvimento de processos internos nas instituições financeiras para

avaliar e gerenciar corretamente os riscos.

e) os gastos de capital com o risco operacional, ou seja, risco decorrente das

possíveis perdas devido às panes dos computadores, falhas humanas, etc.

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QUESTÕES RESOLVIDAS

Questão 573

(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é

correto afirmar que:

a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou

sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários.

b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à

normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente:

ações, debêntures e títulos da dívida pública.

c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e

fiscalizador do mercado de capitais.

d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores

denominam-se usualmente de operações no mercado primário.

e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as

operações no recinto das bolsas de valores.

Resolução:

As bolsas de valores eram associações civis sem finalidades lucrativas e não

instituições do governo. Atualmente, essas instituição são sociedades

anônimas com capital aberto e que visam lucro.

Devem manter local e sistema adequado à negociação de títulos e valores

mobiliários.

Considera-se mercado primário quando a negociação dos títulos ocorrer pela

primeira vez e, neste caso, os recursos iriam para o caixa da empresa que

emitiu o título. Qualquer negociação subseqüente ocorre no mercado

secundário.

Sendo assim, o que ocorre nas bolsas de valores é o mercado secundário,

mesmo quando há emissão de novas ações. A operação de mercado primário

que originou essa emissão ocorre no mercado de balcão. 3 Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior.

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No recinto das bolsas de valores, atualmente, tanto as sociedades corretoras

quanto as distribuidoras podem operar. Entretanto, nas bolsas de mercadorias

e futuros tanto as sociedades corretoras quando as sociedades distribuidoras

podem operar.

A Lei 6.385 de 07 de Dezembro de 1976, em seu artigo 2°, define o que é

considerado títulos e valores mobiliários, e inclui, em seu inciso I, as ações,

debêntures e bônus de subscrição. O parágrafo primeiro do mesmo artigo

relaciona os itens que não são considerados títulos e valores mobiliários e

inclui, os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal. Sendo assim,

o item está errado, pois títulos da dívida pública não são considerados títulos e

valores mobiliários.

A CVM é o órgão fiscalizador e regulamentador do mercado de capitais.

Sendo assim, o gabarito é a letra C.

Gabarito: C

Questão 58

(ESAF – BACEN – 2002) – Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e

Custódia), quanto a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de

Títulos) correspondem a sistemas em que são feitas a custódia e liquidação de

operações com títulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opção correta.

a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais podem

ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes envolvidas no

negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado.

b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente elimina

os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis negociados

naquele sistema.

c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas exclusivamente

pela Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis.

d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco Central

do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.

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e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados de

Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos.

Resolução:

Existe uma divisão dos títulos que podem ser registrados no CETIP e aqueles

que podem ser registrados no SELIC.

Estão registrados no SELIC os seguintes títulos:

• Títulos públicos federais;

• Títulos públicos estaduais e municipais emitidos antes de 1992

Estão registrados no CETIP os seguintes títulos:

• Títulos privados;

• Derivativos;

• Títulos públicos estaduais e municipais;

• Títulos públicos federais utilizados como moeda de privatização.

As instituições autorizadas a registrar suas operações no SELIC são: Banco

Central do Brasil, Tesouro Nacional, bancos, caixas econômicas, sociedades

corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos

e valores mobiliários, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco

Central, fundos, entidades abertas e fechadas de previdência complementar,

sociedades seguradoras, resseguradores locais, operadoras de plano de

assistência à saúde, sociedades de capitalização e outras entidades a critério

do administrador Selic. O Banco Central do Brasil e os participantes detentores

de conta Reserva Bancária são, necessariamente, liquidantes e o restante são

chamados de não-liquidantes.

As instituições autorizadas a registrar suas operações no CETIP são: a própria

CETIP, os bancos múltiplos com carteira comercial e/ou investimento, bancos

comerciais, bancos de investimentos, sociedades corretoras de títulos e valores

mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, outras

instituições financeiras, instituições não-financeiras tais como empresas de

leasing, fundos de pensão, seguradoras e fundos mútuos de investimento.

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Cabe ressaltar que as contas de Reservas Bancárias são obrigatórias para

bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e caixas

econômicas, sendo facultativas para bancos de investimento e bancos

múltiplos sem carteira comercial.

Tanto no SELIC quanto no CETIP os títulos são escriturais, fato que elimina as

chances de extravio, roubo ou falsificação dos papéis.

Sendo assim, o gabarito é a letra B.

Gabarito: B

Enunciado para as questões 59 a 63

Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por

processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a

movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de

extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e

transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para

criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema

eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições

das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas

bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros

eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as

operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o

sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das

partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta

diariamente mais de R$ 100 bilhões. Internet: <http://www.andima.com.br>.

No Sistema Financeiro Nacional, existem taxas de juros amplamente aplicadas

pelos agentes do mercado, entre elas a do SELIC, mencionado no texto acima.

Acerca dessa taxa, denominada taxa SELIC, julgue os itens seguintes.

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Questão 59

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como os títulos negociados no SELIC são

de grande liquidez e, teoricamente, de risco mínimo, a taxa definida no âmbito

desse sistema é aceita como uma taxa livre de risco da economia.

Resolução:

O SELIC é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos

escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bem

como o registro e a liquidação de operações com os referidos títulos. Tendo em

vista o fato de a taxa SELIC ser a taxa embutida nos títulos negociados no

sistema SELIC e que os títulos aí negociados são os soberanos (da República),

então esta é a taxa representativa do menor risco existente no País, sendo

aceita como a taxa livre de risco no Brasil.

Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

Questão 60

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa é denominada também de D0,

pois os negócios são liquidados imediatamente.

Resolução:

A liquidação no sistema SELIC ocorre pelo valor bruto em tempo real.

Segundo o glossário do Banco Central do Brasil, liquidação bruta em tempo

real significa:

“Liquidação de obrigações, uma a uma, em tempo real”

Isso mostra que as operações no SELIC são liquidadas imediatamente e,

portanto, em D0 (ou seja, no mesmo dia em que são transacionadas).

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Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

Questão 61

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa costuma apresentar-se

ligeiramente mais elevada que a taxa da central de custódia e de liquidação de

títulos (CETIP).

Resolução:

Em geral, podemos dizer que a CETIP apresenta taxas ligeiramente maiores

que as taxas praticadas no SELIC. Isto ocorre porque no SELIC negociamos os

títulos públicos federais e, em tese, deveriam ser os ativos com menor risco e,

portanto, com menor taxa.

Sendo assim, a questão está ERRADA.

Gabarito: E

Questão 62

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como balizamento do mercado, a taxa

SELIC é mais importante, referenciando o custo do dinheiro no mercado

financeiro.

Resolução:

A taxa SELIC referencia o custo do dinheiro no mercado financeiro, sendo

considerada o custo de oportunidade do mercado financeiro.

Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

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Questão 63

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Por ser liquidada mediante cheques

administrativos dos bancos, a taxa SELIC é também denominada de taxa ADM.

Resolução:

A taxa CETIP é que é denominada de taxa ADM. Importante ressaltar que

antigamente a liquidação na CETIP ocorria em D+1. No entanto, atualmente,

essa liquidação ocorre em D0, assim como no SELIC.

Sendo assim, a questão está ERRADA.

Gabarito: E

Enunciado para as questões 64 a 68

A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN como prestadora de serviços

de operacionalização da clearing de pagamentos, que está sendo constituída

para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às normas do novo

sistema de pagamentos brasileiro. A CETIP proverá os sistemas, os centros de

processamento e o suporte de informática necessários à operação da nova

empresa. O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da

FEBRABAN é o mesmo que está sendo implantado este ano nos Estados Unidos

da América pelo Clearing House Interbank Payments Systems (CHIPS). O novo

sistema, denominado CHIPS 2001, eliminou a necessidade do estabelecimento

de limites bilaterais de crédito, reunindo as vantagens da certeza imediata da

liquidação dos pagamentos em reserva bancária com o menor custo de

transação do processamento por lotes.

A clearing de pagamentos da FEBRABAN está também integralmente de acordo

com as especificações estabelecidas pelo Relatório Lamfalussy, documento que

reúne os padrões recomendados pelo Bank for International Settlements (BIS)

(Banco para Compensações Internacionais) para o projeto e para a operação

de sistemas de compensação e liquidação.

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Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros de

processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em São

Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP, no Rio de Janeiro; o

segundo, também localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar

como hot stand-by; o centro de processamento em São Paulo será warm

stand-by. Internet: <http://www.cetip.com.br> (com adaptações).

Julgue os itens seguintes, a propósito da CETIP.

Questão 64

(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP, maior empresa de custódia e de

liquidação financeira da América Latina, constitui-se em um mercado de balcão

organizado para registro e negociação de valores mobiliários de renda fixa.

Sem fins lucrativos, foi criada, em conjunto, pelas instituições financeiras e o

BACEN, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado

financeiro brasileiro.

Resolução:

Essa questão estava correta no ano em que foi aplicada. No entanto,

atualmente, a CETIP é uma instituição que se constitui em um balcão

organizado COM finalidade lucrativa.

Portanto, o gabarito na época da prova era CERTO, mas atualmente a questão

estaria ERRADA.

Gabarito: C

Questão 65

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Entre os participantes da CETIP, incluem-

se bancos, corretoras, distribuidoras, demais instituições financeiras, empresas

de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras, tais

como seguradoras e fundos de pensão.

Resolução:

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O site da CETIP informa que:

“A CETIP reúne como participantes a totalidade das instituições

integrantes do mercado financeiro do País, tais como: bancos,

corretoras e distribuidoras de valores mobiliários, fundos de

investimento, companhias seguradoras, fundos de pensão, empresas

não financeiras emissoras de títulos, etc. Trata-se de um universo

abrangente e extremamente representativo dos mercados assistidos

pela Câmara.”

Observe que, em princípio, todas as pessoas jurídicas podem participar do

CETIP. O enunciado da questão era idêntico ao que estava no site da

instituição na época da prova.

Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

Questão 66

(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP não está obrigada a obedecer

estritamente às normas vigentes de sigilo bancário e, por isso, mantém

reserva relativa com relação aos registros das operações em seus sistemas.

Resolução:

Essa questão está, claramente, ERRADA. Qualquer instituição deve respeitar

as normas de sigilo bancário.

Gabarito: E

Questão 67

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Os ativos e contratos registrados na CETIP

representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de

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renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e

do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do

Tesouro Nacional.

Resolução:

Existe uma lista bastante extensa dos ativos que são transacionados no CETIP.

Quase a totalidade dos títulos privados brasileiros estão custodiados neste

sistema.

Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

Questão 68

(CESPE – Senado Federal – 2002) – Somente as pessoas jurídicas, de qualquer

natureza, são participantes da CETIP. As pessoas físicas podem investir em

ativos cetipados, como clientes de instituições financeiras, que são as titulares

e responsáveis pelo controle das contas.

Resolução:

Qualquer pessoa jurídica pode participar do CETIP. As pessoas físicas podem

adquirir ativos que estejam custodiados no CETIP. No entanto, para isso,

devem utilizar uma instituição que seja cliente do CETIP.

Sendo assim, a questão está CERTA.

Gabarito: C

Questão 69

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – O acordo de Basiléia foi

originalmente assinado em 1988 pelos dez maiores bancos centrais do mundo,

e previa forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo

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ambiente dos mercados financeiros. Pesar de o documento firmado ser apenas

um tratado de intenções, os bancos centrais signatários desse documento

conseguiram transformar em leis, em seus respectivos paises, as

recomendações firmadas. Ao começar as discussões do Novo Acordo de

Capital, em janeiro de 2001, o enfoque era dar maior solidez e transparência

ao sistema financeiro mundial, visando adequar a regulamentação aos

mecanismos de mercado e seus riscos.

Em relação a esse novo acordo, pode-se dizer que NÃO estava contemplado:

a) Regras de prudência bancária.

b) Ênfase nas metodologias de gerenciamento de risco dos bancos.

c) Supervisão das autoridades bancárias e fortalecimento da disciplina de

mercado.

d) Disponibilização de serviços bancários apenas a clientes com alto poder

aquisitivo.

e) Avaliação adequada de capital relacionada com os riscos bancários e

fornecimento de incentivos aos bancos para aumentar sua capacidade de

mensuração e administração dos riscos.

Resolução:

O Acordo de Basiléia prevê o controle do risco das instituições financeiras. A

quebra de uma instituição, dada a alta interligação entre elas, pode provocar

um efeito dominó (risco sistêmico) e quebrar em seguida várias outras e,

talvez, todo o sistema. Preocupados com essa possibilidade, foram

desenvolvidas normas prudências, as quais os Bancos Centrais de cada País

devem obrigar seus Bancos a cumprirem sob pena da perda da concessão da

licença de funcionamento. Dessa forma, não está no rol das medidas adotadas

a disponibilização dos serviços bancários apenas a clientes com alto poder

aquisitivo.

Assim sendo, a resposta é a letra D.

Gabarito: D

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Questão 70 (Cesgranrio – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – O processo de

globalização financeira aumenta a exposição do sistema financeiro

internacional à especulação desestabilizadora e à manipulação, e exige

medidas fiscalizadoras e regulatórias de abrangência global. O Novo Acordo de

Basiléia (Basiléia II), decorrente desta necessidade, NÃO enfatiza

a) a atuação dos bancos centrais como emprestadores de última instância.

b) a transparência das instituições financeiras, em termos de fornecimento de

dados e informações.

c) as necessidades mínimas de capital para cobrir os riscos.

d) o desenvolvimento de processos internos nas instituições financeiras para

avaliar e gerenciar corretamente os riscos.

e) os gastos de capital com o risco operacional, ou seja, risco decorrente das

possíveis perdas devido às panes dos computadores, falhas humanas, etc.

Resolução:

O Acordo de Basiléia II possui três pilares: requisitos de capital mínimo,

revisão da supervisão e disciplina de mercado e serve para criar um padrão

internacional que os reguladores bancários podem usar ao criar regras sobre

quanto capital os bancos precisam ter para se proteger contra riscos

financeiros e operacionais. De forma geral, essas regras mostram que quanto

maior o risco a que uma instituição esteja exposta maior a necessidade de

aporte de capital.

Dessa forma, fica simples verificarmos que o Acordo Basiléia II não enfatiza a

atuação dos bancos centrais como emprestadores de última instância.

Gabarito: A

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Bibliografia Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas

serão tiradas dos seguintes sites:

www.bcb.gov.br www.cvm.gov.br www.planalto.gov.br www.susep.gov.br www.previdencia.gov.br

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GABARITO

57- C 58- B 59- C 60- C 61- E

62- C 63- E 64- C 65- C 66- E

67- C 68- C 69- D 70- A

Galera,

Acabamos nossa última aula de SFN.

Abraços,

César Frade