aula 03 arte clássica grécia antiga
TRANSCRIPT
Arte e EstéticaAula 3 – Arte Clássica
Grega
Prof. Ms. Elizeu N. Silva
Arte Clássica Grega
Clássico: que serve como
modelo, ou referência;
exemplar; que se caracteriza
pela sobriedade; simples,
sóbrio, despojado; correto,
puro, apurado.
Bronze: Cabeça de Apolo (aprox. 460 a.C.)
Mármore: Discóbolo de Míron (aprox. 450 a.C.)
Arte Clássica Grega
Arte mimética: reprodução do real.
No período clássico, a educação grega gira em
torno do conceito de kalokaghatía: convergência
entre valores estéticos e éticos, estes últimos,
considerados valores sociais.
Na Paidéia
clássica, a
educação jamais
dissocia a ética e a
política da estética
e das técnicas de
produção dos
objetos.
Partenón (réplica): templo da deusa Atenas, construído entre 480 e 320 a.C.
Arte Clássica Grega
Arte mimética
Sócrates: considera como
natural o vínculo entre
beleza e bondade. Pessoas
com valor moral agem
belamente; indivíduo belo,
tem a possibilidade de
atos moralmente bons. O
vínculo entre beleza e
bondade visa à utilidade.
Sócrates. 470–399 a.C.
Arte Clássica Grega
Arte mimética
Platão: considera a arte uma
reprodução em segunda mão,
por ser cópia do real, que é
cópia da ideia. Alerta para o
risco do uso da arte (tékhneI)
por sofistas e aedos, que
podem enganar as pessoas
burlando o raciocínio com
falsas aparências.
Platão. 427–347 a.C.
Arte Clássica Grega
Arte mimética
Platão considera falso o prazer obtido por meio da
arte mimética, pois o verdadeiro prazer só pode
advir das ideias.
A beleza absoluta encontra-se apenas nas figuras
geométricas, nas cores puras, nos sons puros. Para
Platão, a beleza é uma abstração intelectual.
Considera a tékhne (domínio técnico) superior à
mekhané (arte). A primeira dá vida a objetos
concretos (artesanato), enquanto a segunda
reproduz a imagem de seres e objetos – estando,
portanto, a três degraus da ideia.
Arte Clássica Grega
Arte mimética
Aristóteles: Juntamente com
Platão, reconhece como
qualidades intrínsecas da
arte a ordem, a simetria, o
limite.
Ordem = harmonia,
equilíbrio
Simetria = proporção
Limite = medida e
conveniência
Para Aristóteles, a beleza
tem por condição o limite,
pois para além do limite, não
seria reconhecível.
Aristóteles. 384–322 a.C.
Arte Clássica Grega
Para Aristóteles, a beleza da
natureza é superior à beleza da
arte, pois a primeira permite
conhecer suas causas. Assim, a
beleza do corpo humano consiste
na relação de proporção entre os
vários membros. (Princípio que
será explorado pelo arquiteto
romano Marcus Vitrúvio no século
I a.C., e ganhará representação
gráfica em “O Homem
Vitruviano”, desenhado por
Leonard Da Vinci, em 1490).
Marcos Vitrúvio Polião, séc.
I a.C.
O Homem Vitruviano:
Leonard Da Vinci (1490)
Arte Clássica Grega
Arte Clássica Grega
Dórico: Simples,
rústico e monolítico,
passava uma ideia
de solidez;
Jônico: Com um
fuste mais delgado,
transmitia leveza e
feminilidade;
Coríntio:
Caracterizado pelo
excesso de detalhes,
pouco utilizado.
Arte Clássica Grega
Hermes, de Praxiteles Afrodite, de Praxiteles
Arte Clássica Grega
Vaso e ânfora gregos
Arte Clássica Grega
Teatro grego (restaurado)
Bibliografia
DURANDO, Furio. A Grécia antiga. Col. Grandes Civilizações do
Passado. Barcelona, Ed. Folio, 2005
FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro, 9ª ed.,
Guanabara Koogan, 2002
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo,
Martins Fontes, 2000
ROSENFIELD, Kathrin H. Estética. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar,
2006
VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa, Ed. 70,
2007