aula 02 - do contrato de trabalho

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  • DIREITO DO TRABALHO ESAF QUESTES PROFESSORA: DEBORAH PAIVA

    Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1

    Queridos alunos,

    Na aula de hoje, estudaremos temas importantes do Direito do Trabalho.

    Observem:

    Aula 02: Contrato de Trabalho: Natureza Jurdica; Elementos Essenciais, Durao; Alterao; Suspenso e Interrupo; Trmino do Contrato. Jornada de Trabalho: Jornada Legal e Convencional, Limitao da Jornada; Formas de Prorrogao, Horrio de Trabalho; Trabalho Noturno; Repouso Semanal Remunerado. Trabalho em domingos e feriados (Lei 605, de 05/01/49 e Decreto 27.048, de 12/08/49) Jornadas Especiais de Trabalho: Turnos Ininterruptos de Revezamento.

    Como ocorreram muitas mudanas na legislao e na jurisprudncia, colocarei para vocs ao final um breve resumo terico. Quem preferir estudar por l s passar para o item 2.3. desta aula!

    Vamos s questes de prova!

    2.1 Questes de Prova:

    1. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Na forma da legislao vigente, o contrato individual de trabalho corresponde ao acordo tcito ou expresso, equivalente relao de emprego.

    2. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Na forma da legislao vigente, o contrato individual de trabalho corresponde ao negcio jurdico expresso, por meio do qual se obriga a pessoa fsica a executar, pessoalmente ou por intermdio de terceiro, determinado servio ou atividade de interesse do contratante.

    3. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Os digitadores esto sujeitos ao regime legal de intervalo de 10 minutos de descanso a cada 90 minutos de trabalho consecutivo, no computado na jornada de trabalho.

    4. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, no previstos em lei, constituem benefcio adicional e no sero computados na jornada diria.

    5. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Sobre as regras legais que informam a alterao do contrato de trabalho, analise: A destituio do trabalhador de funo de confiana ocupada durante um ano, com a supresso da gratificao salarial correspondente, no configura alterao contratual ilcita.

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    6. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) No que concerne despedida do empregado por justa causa, julgue certo ou errado: Na hiptese de prtica de ato de improbidade pelo empregado, a ausncia de imediatidade, na punio do trabalhador faltoso, no implica no perdo tcito, em face da gravidade da falta cometida.

    7. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) O bancrio poder ter seu contrato de trabalho rescindido por justa causa merc da ausncia contumaz de pagamento de dvidas legalmente exigveis.

    8. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) As faltas praticadas pelo empregado fora do ambiente da empresa no podero ser consideradas para efeito de dispensa por justa causa do trabalhador, mesmo em se tratando de atos de concorrncia ao empregador.

    9. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) Entende-se por tempo de sobreaviso o perodo que integra o tempo de servio do trabalhador ferrovirio no qual permanece em sua residncia aguardando a qualquer instante ser convocado a prestar servio.

    10. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) Os menores de 18 (dezoito) anos no esto proibidos de trabalhar em horrio noturno, desde que tal circunstncia resulte devidamente anotada em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

    11. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) A simples insuficincia de transporte pblico constitui elemento permissivo do pagamento das horas in itinere (tempo de deslocamento).

    12. (ESAF Analista Jurdico - SEFAZ 2006) Sobre as causas de suspenso e interrupo do contrato de trabalho, marque certo ou errado. Cancelada a aposentadoria por invalidez, que causa de suspenso do contrato de trabalho, o trabalhador tem direito de retornar ao emprego, com a respectiva indenizao, desde que ocorra dentro do prazo de cinco anos.

    13. (ESAF Analista Jurdico - SEFAZ 2006) A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.

    14. (ESAF Advogado do IRB 2006) O empregado que for aposentado por invalidez ter interrompido o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de Previdncia Social para a efetivao do benefcio.

    15. (ESAF Advogado do IRB 2006) Os intervalos de descanso intrajornada no sero computados na jornada de trabalho.

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    16. (ESAF Advogado do IRB 2006) Presume-se a continuidade do contrato individual de trabalho, quando, dado aviso-prvio, o empregador o reconsidera, antes de seu termo, comunicando a deciso ao trabalhador.

    17. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A extenso dos efeitos produzidos pela interrupo ou suspenso do contrato de trabalho possui tratamento diverso quando o pacto laboral estabelecido por prazo determinado. Nessa circunstncia, estabelece a CLT que, salvo conveno entre as partes interessadas, o perodo de afastamento ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao.

    18. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A celebrao de um segundo contrato de trabalho a termo, em perodo inferior a seis meses do trmino do primeiro, no gera automtica alterao objetiva para contrato por prazo indeterminado, quando a extino desse ltimo contrato se justificar pela execuo de servios especializados.

    19. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A validade do contrato por prazo determinado est condicionada ocorrncia de servios cuja natureza ou transitoriedade justifique a fixao de prazos, de atividades empresariais transitrias ou da necessidade de celebrao de contrato de experincia. Admite-se, no entanto, a possibilidade de celebrao de contratos a termo, sem observncia desses requisitos, quando as admisses representarem acrscimo no nmero de empregados e forem institudas por conveno ou acordo coletivo de trabalho. O empregado admitido nessas condies, detentor de estabilidade por ter sido eleito suplente da CIPA, tem garantida a estabilidade provisria, no podendo ter o contrato rescindido antes do prazo ajustado.

    20. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A resciso antecipada e imotivada do contrato de trabalho por prazo determinado, de iniciativa do empregador, no gera a esse a obrigao pertinente ao pagamento da indenizao de 40% incidente sobre os depsitos do FGTS, ante a natureza do contrato celebrado.

    ----------------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocs:

    1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

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    2.2. Questes de Prova Comentadas:

    Vamos relembrar a teoria sobre o contrato de trabalho!

    Conforme dispe o art. 443 da CLT, os contratos de trabalho classificam-se em: a) Tcito ou Expresso. b) Verbal ou Escrito:

    a1) Tcito: Ocorrer quando o empregado trabalhar sem ter assinado contrato e sem ter a sua CTPS anotada e o trabalho ir desenvolver-se com a existncia de todos os requisitos da relao de emprego.

    Na medida em que o contrato de trabalho pode ser celebrado tacitamente, a simples prestao de servios, sem qualquer formalizao, no impede que seja pactuado um vnculo empregatcio entre tomador de servios e o prestador de trabalho uma vez que estejam presentes os elementos fticos-jurdicos da relao de emprego.

    a2) Expresso: Como o nome j diz ser aquele contrato que foi acordado de forma expressa, clara, seja ele escrito ou verbal.

    b) Verbal ou Escrito: b1) Contrato Verbal: Como o contrato de trabalho informal, ele necessariamente no precisar ser celebrado de forma escrita, podendo ser oralmente celebrado. Porm, h excees e alguns contratos por determinao da lei devero ser celebrados de forma escrita, como por exemplo, o contrato de aprendizagem, o contrato de trabalho temporrio, o contrato do atleta, o contrato do artista, dente outros.

    b2) Contrato Escrito: O art. 29 da CLT estabelece que o empregador dever anotar em 48 horas a CTPS de seu empregado. A simples assinatura da CTPS caracteriza um contrato escrito.

    c) Por prazo determinado ou por prazo indeterminado: c1) Contrato de Prazo Determinado: Este tipo de contrato a exceo e somente ser admitido nos casos previstos em lei, porque o princpio da continuidade da relao de emprego presuno favorvel ao empregado.

    A regra a de que os contratos sejam pactuados por prazo indeterminado, atendendo ento ao princpio da continuidade da relao de emprego, somente por exceo ser admitido o contrato de prazo determinado.

    1. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Na forma da legislao vigente, o contrato individual de trabalho corresponde ao acordo tcito ou expresso, equivalente relao de emprego.

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    Contratos de prazo determinado ou a termo so os contratos celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo menos de previso aproximada, como o contrato de safra. As partes j sabem o incio e o trmino do contrato. O Contrato de prazo determinado no poder ser estipulado por perodo superior a 2 anos (art. 445 da CLT).

    Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado no poder ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.

    Pargrafo nico - O contrato de experincia no poder exceder de 90 (noventa) dias

    Sendo assim, est correta a assertiva de acordo com o art. 443 da CLT, abaixo transcrito:

    Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poder ser acordado tcita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

    1 - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigncia dependa de termo prefixado ou da execuo de servios especificados ou ainda da realizao de certo acontecimento suscetvel de previso aproximada.

    2 - O contrato por prazo determinado s ser vlido em se tratando:

    a) de servio cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo;

    b) de atividades empresariais de carter transitrio;

    c) de contrato de experincia.

    C2) Contrato de Prazo Indeterminado: a regra de todo contrato de trabalho e tambm, o nus para o contrato de prazo determinado que for celebrado contrariamente lei, pois ele ser considerado como contrato de prazo indeterminado. Exemplificando: Caso um empregador celebre um contrato de experincia com um empregado por 60 dias e renove por mais 60 dias, este contrato ser considerado um contrato de prazo indeterminado porque extrapolou o perodo mximo de 90 dias.

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    O contrato de trabalho de acordo dom o art. 443 da CLT o negcio jurdico tcito ou expresso correspondente relao de emprego. Na relao de emprego h o requisito da pessoalidade e portento, o empregado no poder obrigar-se a prestar servios por intermdio de terceiros.

    Portanto est incorreta esta assertiva.

    A Smula 346 do TST estabelece para os digitadores o intervalo previsto no art. 72 da CLT e este afirma que este intervalo no ser deduzido da jornada de trabalho, portanto ser computado na jornada de trabalho.

    Smula 346 do TST Os digitadores, por aplicao analgica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos servios de mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), razo pela qual tm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.

    Portanto est incorreta a assertiva.

    2. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Na forma da legislao vigente, o contrato individual de trabalho corresponde ao negcio jurdico expresso, por meio do qual se obriga a pessoa fsica a executar, pessoalmente ou por intermdio de terceiro, determinado servio ou atividade de interesse do contratante.

    3. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Os digitadores esto sujeitos ao regime legal de intervalo de 10 minutos de descanso a cada 90 minutos de trabalho consecutivo, no computado na jornada de trabalho.

    4. (ESAF Auditor Fiscal do Trabalho 2006) Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, no previstos em lei, constituem benefcio adicional e no sero computados na jornada diria.

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    Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho que no forem previstos em lei representam tempo disposio da empresa.

    Smula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, no previstos em lei, representam tempo disposio da empresa, remunerados como servio extraordinrio, se acrescidos ao final da jornada.

    Portanto est incorreta a assertiva.

    De acordo com a Smula 372 do TST a destituio de trabalhador que exerceu funo de confiana por dez ou mais anos, no poder ser acompanhada com a supresso da gratificao.

    Smula 372 do TSTI - Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no exerccio da funo comissionada, no pode o empregador reduzir o valor da gratificao.

    Portanto est correta esta assertiva, pois o trabalhador estava exercendo a funo de confiana h apenas 1 ano.

    Quando o empregado pratica um ato faltoso, como o ato de improbidade, o empregador dever puni-lo imediatamente, uma vez que a imediatidade um dos requisitos para a aplicao da justa causa ao empregado.

    Quando a punio no for contempornea ao fato que a ensejou ou quando o empregador, tendo tomado cincia da falta praticada pelo empregado no puni-lo imediatamente ocorrer o que a doutrina denomina de perdo tcito. Portanto, a assertiva est incorreta.

    5. (ESAF - Tcnico Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) Sobre as regras legais que informam a alterao do contrato de trabalho, analise: a destituio do trabalhador de funo de confiana ocupada durante um ano, com a supresso da gratificao salarial correspondente, no configura alterao contratual ilcita.

    6. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) No que concerne despedida do empregado por justa causa, julgue certo ou errado: Na hiptese de prtica de ato de improbidade pelo empregado, a ausncia de imediatidade, na punio do trabalhador faltoso, no implica no perdo tcito, em face da gravidade da falta cometida.

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    O art. 508 da CLT estabelecia exatamente o que dispe a assertiva, observem:

    Art. 508 da CLT Considera-se justa causa, para efeito de resciso do contrato de trabalho do empregado bancrio, a falta contumaz do pagamento de dvidas legalmente exigveis.

    Portanto est correta a assertiva, se considerarmos o ano de 2007,

    quando ele estava em vigor. Em 2010, este artigo foi revogado e, caso esta questo seja repetida pela ESAF, vocs devero marcar a alternativa como incorreta.

    As faltas praticadas pelo empregado fora do ambiente de trabalho constituem justo motivo ensejador da dispensa por justa causa.

    Observem, por exemplo, o que diz o art. 482, c, j e k da CLT.

    Art. 482 da CLT Constituem justa causa para resciso do contrato de trabalho pelo empregador:

    c) negociao habitual por conta prpria ou alheia sem permisso do empregador, e quando constituir ato de concorrncia empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao servio;

    j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servio contra qualquer pessoa, ou ofensas fsicas, nas mesmas condies, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem;

    k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas fsicas praticadas contra o empregador e superiores hierrquicos, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem;

    7. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) O bancrio poder ter seu contrato de trabalho rescindido por justa causa merc da ausncia contumaz de pagamento de dvidas legalmente exigveis.

    8. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) As faltas praticadas pelo empregado fora do ambiente da empresa no podero ser consideradas para efeito de dispensa por justa causa do trabalhador, mesmo em se tratando de atos de concorrncia ao empregador.

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    O art. 482, k da CLT no fala praticado no servio, como menciona o art. 482, j da CLT. aqui que eu quero chamar a ateno de vocs para o que eu falei no incio de apresentao desta obra sobre o caminho errado que a banca tenta induzir o candidato.

    Observem que quando o legislador quis considerar que a falta fosse praticada no servio ele mencionou expressamente (artigo 482, j da CLT). Portando, devemos desenvolver o seguinte raciocnio jurdico: quando o legislador no mencionar a falta poder ser praticada fora ou dentro do servio e ensejar a justa causa, como as faltas do art. 482, c e k da CLT.

    Sendo assim, est incorreta esta assertiva.

    Relembrando Justa Causa: Justa causa a prtica de um ato pelo empregado que quebrar a fidcia da relao empregatcia, ou seja, a confiana entre empregado e empregador, permitindo-se que ele seja dispensado sem o recebimento de alguns direitos trabalhistas.

    A dispensa por justa causa ocorrer somente nas hipteses previstas em lei, pois o ordenamento jurdico brasileiro adotou o sistema taxativo, ou seja, somente nas hipteses em que a lei permitir que o empregado poder ser dispensado por justa causa.

    Tal fato decorre do princpio da continuidade da relao de emprego, j estudado anteriormente. vedado ao empregador anotar na CTPS do empregado a penalidade de justa causa aplicada, sob pena de ser compelido a indeniz-lo por dano moral.

    J estudamos anteriormente que o empregador detm alguns poderes no contrato de trabalho, dentre eles podemos citar: o poder disciplinar, o poder de comando e o poder de fiscalizar a prestao de servios de seu empregado.

    Sendo assim, o empregador ter o direito de fiscalizar a forma como o empregado est trabalhando e se for necessrio aplicar-lhe punio (Poder Disciplinar).

    So consideradas punies disciplinares: a) advertncia escrita ou verbal: Tambm denominada de

    admoestao, censura ou repreenso, objetiva punir as faltas leves bem como as reincidentes. Exemplificando: atrasos, faltas injustificadas, etc.

    b) suspenso disciplinar: Quando o empregado praticar faltas mais graves, o empregador poder suspend-lo por at 30 dias, conforme estabelece o art. 474 da CLT. Trata-se de um perodo de suspenso contratual no qual o empregado no receber o salrio e nem prestar o trabalho.

    importante frisar que caso a suspenso extrapole os 30 dias consecutivos importar no rompimento do contrato de trabalho sem justa causa. c) Justa causa: Segundo o jurista Evaristo de Moraes Filho, justa causa todo ato doloso ou culposo que faa desaparecer a confiana e a boa-f que deva entre as partes existir, tornando impossvel o prosseguimento da relao de emprego.

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    Outro conceito importante de justa causa o do jurista Maurcio Godinho Delgado, pois para ele justa causa a ruptura por ato culposo do empregado. O jurista, ainda, diferencia a Justa causa da despedida indireta que a ruptura por ato faltoso do empregador. Portanto, justa causa nada mais do que a prtica de um ato pelo empregado que quebrar a fidcia da relao empregatcia, ou seja, a confiana entre empregado e empregador.

    A Justa causa a pena mxima que um empregador poder aplicar ao seu empregado, sendo permitida somente nos casos expressos no art. 482 da CLT e em lei.

    Art. 482 da CLT Constituem justa causa para resciso do contrato de trabalho pelo empregador:

    a) ato de improbidade;

    b) incontinncia de conduta ou mau procedimento;

    c) negociao habitual por conta prpria ou alheia sem permisso do empregador, e quando constituir ato de concorrncia empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao servio;

    d) condenao criminal do empregado, passada em julgado, caso no tenha havido suspenso da execuo da pena;

    e) desdia no desempenho das respectivas funes;

    f) embriaguez habitual ou em servio;

    g) violao de segredo da empresa;

    h) ato de indisciplina ou de insubordinao;

    i) abandono de emprego;

    j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servio contra qualquer pessoa, ou ofensas fsicas, nas mesmas condies, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem;

    k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas fsicas praticadas contra o empregador e superiores hierrquicos, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem;

    l) prtica constante de jogos de azar.

    Pargrafo nico - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prtica, devidamente comprovada em inqurito administrativo, de atos atentatrios contra a segurana nacional.

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    H autores que defendem a gradao das penas para que a justa causa possa ser aplicada. Porm a corrente majoritria entende que basta apenas um fato gravssimo para que o empregado seja dispensado por justa causa, independente de ter sido advertido antes.

    So requisitos para aplicao da justa causa ao obreiro:

    Gravidade da falta: A gravidade da falta dever ser analisada in concreto, ou seja, com elementos objetivos e subjetivos ligados personalidade do agente, tais como: a) tempo de servio do empregado; b) ficha funcional do empregado; c) inteno do empregado; d) local e poca do fato; dentre outros.

    Contemporaneidade ou Imediatidade: Tambm denominada simultaneidade caracterizando-se pelo fato de que a punio dever ser contempornea ao fato que a ensejou, sob pena de acarretar-se o perdo tcito. Falta no punida considerada falta perdoada.

    Exemplificando: Rogrio provocou briga em servio e agrediu, injustamente, Jair, seu colega de trabalho. Em conseqncia, a empresa empregadora puniu Rogrio com cinco dias de suspenso. Embora no tenha cometido mais nenhuma falta, aps o decurso de um ano, Rogrio foi despedido por justa causa, sob a alegao da j mencionada agresso a Jair. Na situao descrita a empresa no poderia punir Rogrio uma vez que um dos requisitos para aplicao da Justa causa a imediatidade e tambm porque a falta praticada j foi punida com a penalidade de suspenso.

    Vedao da dupla punio: o princpio do Non bis in idem, ou seja, para cada falta praticada somente poder ocorrer uma nica punio.

    Exemplificando: Leonardo, empregado da empresa XX Ltda., aps criticar seu superior hierrquico de forma contundente e com uso de expresses depreciativas, recebeu uma advertncia por escrito. Sendo assim, ele no poder ser dispensado por justa causa uma vez que o seu empregador j lhe aplicou a pena disciplinar de advertncia.

    Na hiptese de seu empregador dispens-lo por justa causa em razo da prtica de ato lesivo da honra e boa fama disciplinado pelo art. 482, K da CLT ele estaria aplicando uma dupla punio para um mesmo fato, o que vedado.

    Trata-se do princpio do non bis in idem, ou seja, uma falta praticada pelo empregado somente poder ser punida uma vez, assim para cada fato gerador da justa causa dever ocorrer apenas uma punio.

    Proporcionalidade: Na aplicao da justa causa o empregador dever observar uma relao proporcional entre a falta praticada e a pena aplicada. Para falta leve dever ser aplicada uma pena leve, como por exemplo, advertncia.

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    Ausncia de perdo: O perdo a ausncia de punio para o ato faltoso cometido pelo empregado e poder ser tcito ou expresso.

    Motivo determinante: Prevalece a teoria subjetiva quanto ao motivo exposto para a aplicao da justa causa, o que significa dizer que o empregador ficar vinculado ao motivo que determinou a justa causa.

    No discriminao ou tratamento igual: Quando dois ou mias empregados praticarem a mesma falta o empregador no poder puni-los de forma diferente, sob penas de violar o princpio constitucional da no-discriminao.

    Os tipos legais enumerados no art. 482 da CLT so os da justa causa praticada pelo empregado e os do art. 483 da CLT so os da Justa causa praticada pelo empregador.

    Vejamos o que dispe o art. 224, pargrafo 2 da CLT, observem abaixo:

    OBS 1: Tempo de prontido (art. 244 3 CLT): Por tempo de prontido compreende-se o perodo tido como integrante do contrato e do tempo de servio do empregado em que ele fica aguardando ordens. Ex: ferrovirio

    OBS 2: Tempo de sobreaviso (art.244 2 CLT): Por tempo de sobreaviso aquele em que o empregado permanece em sua prpria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o servio. Exemplificando: Mdico, eletricitrios, ferrovirios.

    Pelo exposto, est correta a assertiva.

    A Constituio Federal probe o trabalho insalubre, noturno ou perigoso ao menor de 18 anos. Sendo assim, est incorreta a assertiva.

    9. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) Entende-se por tempo de sobreaviso o perodo que integra o tempo de servio do trabalhador ferrovirio no qual permanece em sua residncia aguardando a qualquer instante ser convocado a prestar servio.

    10. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) Os menores de 18 (dezoito) anos no esto proibidos de trabalhar em horrio noturno, desde que tal circunstncia resulte devidamente anotada em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

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    Art. 7 XXXIII da CF/88 Proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos;

    A mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento das horas in itinere,conforme o entendimento sumulado do TST, Sumula 90, III do TST). Incorreta a assertiva.

    Smula 90 TST III- A mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento de horas in itinere.

    RELEMBRANDO: Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do empregado de sua residncia para o trabalho e o seu retorno do seu trabalho para a sua residncia. O art. 58, pargrafo segundo da CLT e as Smulas 90 e 320 tratam do tema.

    Pela leitura do art. 58 da CLT chegamos a concluso de que dois requisitos so necessrios para que este tempo de deslocamento seja computado na jornada de trabalho do empregado:

    a) O local de trabalho dever ser de difcil acesso ou no servido por transporte publico regular.

    b) O empregador dever fornecer a conduo. Assim, quando o empregado for trabalhar em seu prprio carro, o tempo de deslocamento mesmo que o local de trabalho seja de difcil acesso no ser considerado jornada in itinere.

    Art. 58 2 CLT O tempo despendido pelo empregado at o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico o empregador fornecer a conduo.

    Exemplificando: Srgio empregado da empresa XXX que vende gua de coco e est localizada em uma ilha no nordeste de onde extrai o cco e o engarrafa. Para chegar at o seu local de trabalho Srgio utiliza uma embarcao da empresa, uma vez que o acesso at a ilha difcil e no h transporte pblico regular. Neste caso, o tempo despendido por ele at o local de trabalho (ida e volta) ser computado na sua jornada de trabalho.

    11. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2007) A simples insuficincia de transporte pblico constitui elemento permissivo do pagamento das horas in itinere (tempo de deslocamento).

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    A seguir, transcrevo as Smulas 90 e 320 do TST que so muito importantes no estudo da Jornada In Itinere:

    Smula 90 TST I- O tempo despendido pelo empregado, em conduo fornecida pelo empregador at o local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico regular e para o seu retorno computvel na jornada de trabalho. II- A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada do empregado e os do transporte pblico regular circunstncia que tambm gera direito s horas in itinere. III- A mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento de horas in itinere. IV- Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho no servido por transporte pblico. V- Considerando que as horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal considerado como extraordinrio.

    Smula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importncia pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por transporte regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    A Smula 160 do TST fala mesmo aps os cinco anos e no dentro do prazo de cinco anos.

    Art. 475 da CLT O empregado que for aposentado por invalidez ter suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdncia social para a efetivao do benefcio.

    1 - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe- assegurado o direito funo que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porm, ao empregador, o direito de indeniz-lo por resciso do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hiptese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenizao dever ser paga na forma do art. 497.

    2 - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poder rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenizao, desde que tenha havido cincia inequvoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.

    12. (ESAF Analista Jurdico - SEFAZ 2006) Sobre as causas de suspenso e interrupo do contrato de trabalho, marque certo ou errado. Cancelada a aposentadoria por invalidez, que causa de suspenso do contrato de trabalho, o trabalhador tem direito de retornar ao emprego, com a respectiva indenizao, desde que ocorra dentro do prazo de cinco anos.

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    Smula 160 do TST Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo aps cinco anos, o trabalhador ter direito de retornar ao emprego, facultado, porm, ao empregador, indeniz-lo na forma da lei.

    Portanto est incorreta a assertiva.

    De acordo com o entendimento sumulado do TST, quando o empregado que trabalha no perodo noturno de trabalho for transferido para o perodo diurno de trabalho, ele perder o direito ao recebimento do adicional noturno.

    Smula 265 do TST A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.

    Est correta a assertiva.

    De acordo com o art. 475 da CLT o empregado que for aposentado por invalidez ter suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdncia social para a efetivao do benefcio. Portanto, est incorreta a assertiva b que diz que o contrato ser interrompido.

    importante lembrar que quando ele recupera a capacidade de trabalho e a aposentadoria for cancelada, ser-lhe- assegurado o direito funo que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porm, ao empregador, o direito de indeniz-lo por resciso do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hiptese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenizao dever ser paga na forma do art. 497.

    A Smula 160 do TST estabelece que mesmo aps os cincos anos, quando a aposentadoria for cancelada o empregado ter direito a retornar ao emprego, sendo facultado ao empregador indeniz-lo.

    Smula 160 do TST Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo aps cinco anos, o trabalhador ter direito de retornar ao emprego, facultado, porm, ao empregador, indeniz-lo na forma da lei.

    Portanto est incorreta a assertiva, pois o contrato ficar suspenso e no interrompido.

    13. (ESAF Analista Jurdico - SEFAZ 2006) A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.

    14. (ESAF Advogado do IRB 2006) O empregado que for aposentado por invalidez ter interrompido o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de Previdncia Social para a efetivao do benefcio.

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    Os intervalos dividem-se em interjornada e intrajornada. O Intervalo Interjornada a pausa concedida ao empregado entre o final de uma jornada diria de trabalho e o incio de outra no dia seguinte. Podem ser de:

    Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT) Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT) Operadores cinematogrficos: 12 horas (art. 235, pargrafo 2 da

    CLT) Ferrovirios: 14 horas (art. 245 da CLT) Telefonistas: 17 horas (art. 229 da CLT) Aeronautas: 12 (aps jornada de at 12 horas),16 (aps jornada

    de mais de 12 horas e at 15 horas) ou 24 horas (aps jornada de mais de 15 horas) de descanso (Arts. 34 e 37 da Lei 7.183/84)

    O art. 71 da CLT trata do intervalo intrajornada que aquele que ocorre dentro da jornada diria de trabalho com a finalidade de permitir o repouso e a alimentao do trabalhador. Estes intervalos previstos no art. 71 da CLT no sero computados na durao do trabalho. Portanto est correta a assertiva.

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho.

    3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

    15. (ESAF Advogado do IRB 2006) Os intervalos de descanso intrajornada no sero computados na jornada de trabalho.

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    4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto neste artigo, no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    Quando o empregador der o aviso prvio ao seu empregado e depois quiser reconsiderar o ato, o empregado dever concordar para que o contrato continue a vigorar como se o aviso no tivesse sido dado.

    Art. 489 da CLT Dado o aviso prvio, a resciso torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, outra parte facultado aceitar ou no a reconsiderao.

    Pargrafo nico - Caso seja aceita a reconsiderao ou continuando a prestao depois de expirado o prazo, o contrato continuar a vigorar, como se o aviso no tivesse sido dado.

    A reconsiderao do aviso prvio , portanto um ato bilateral, que necessitar do consentimento do empregado. Portanto est incorreta a assertiva.

    A CLT estabelece em seu art. 472, pargrafo segundo que, salvo conveno entre as partes interessadas, o perodo de afastamento em um contrato de prazo determinado ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao. Assim, est correta a assertiva.

    Art. 472 da CLT O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador.

    16. (ESAF Advogado do IRB 2006) Presume-se a continuidade do contrato individual de trabalho, quando, dado o aviso-prvio, o empregador o reconsidera, antes de seu termo, comunicando a deciso ao trabalhador.

    17. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A extenso dos efeitos produzidos pela interrupo ou suspenso do contrato de trabalho possui tratamento diverso quando o pacto laboral estabelecido por prazo determinado. Nessa circunstncia, estabelece a CLT que, salvo conveno entre as partes interessadas, o perodo de afastamento ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao.

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    2 - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, no ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao.

    De fato, a celebrao de um segundo contrato de trabalho a termo, em perodo inferior a seis meses do trmino do primeiro, no gera automtica alterao objetiva para contrato por prazo indeterminado, quando a extino desse ltimo contrato se justificar pela execuo de servios especializados. Assim, a assertiva est correta porque o art. 452 da CLT estabelece exatamente o que diz a assertiva.

    Art. 452 da CLT Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expirao deste dependeu da execuo de servios especializados ou da realizao de certos acontecimentos.

    A validade do contrato por prazo determinado est condicionada ocorrncia de servios cuja natureza ou transitoriedade justifique a fixao de prazos, de atividades empresariais transitrias ou da necessidade de celebrao de contrato de experincia.

    Admite-se, no entanto, a possibilidade de celebrao de contratos a termo, sem observncia desses requisitos, quando as admisses representarem acrscimo no nmero de empregados e forem institudas por conveno ou acordo coletivo de trabalho. Trata-se da modalidade de contrato de prazo determinado prevista na lei 9601/98.

    18. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A celebrao de um segundo contrato de trabalho a termo, em perodo inferior a seis meses do trmino do primeiro, no gera automtica alterao objetiva para contrato por prazo indeterminado, quando a extino desse ltimo contrato se justificar pela execuo de servios especializados.

    19. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A validade do contrato por prazo determinado est condicionada ocorrncia de servios cuja natureza ou transitoriedade justifique a fixao de prazos, de atividades empresariais transitrias ou da necessidade de celebrao de contrato de experincia. Admite-se, no entanto, a possibilidade de celebrao de contratos a termo, sem observncia desses requisitos, quando as admisses representarem acrscimo no nmero de empregados e forem institudas por conveno ou acordo coletivo de trabalho. O empregado admitido nessas condies, detentor de estabilidade por ter sido eleito suplente da CIPA, tem garantida a estabilidade provisria, no podendo ter o contrato rescindido antes do prazo ajustado.

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    O empregado admitido nessas condies, detentor de estabilidade por ter sido eleito suplente da CIPA, tem garantida a estabilidade provisria, no podendo ter o contrato rescindido antes do prazo ajustado. Est correta a assertiva.

    Smula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgao da Constituio Federal de 1988. II - A estabilidade provisria do cipeiro no constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razo de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, no se verifica a despedida arbitrria, sendo impossvel a reintegrao e indevida a indenizao do perodo estabilitrio.

    O art. 481 da CLT fala da clusula assecuratria do direito recproco de resciso, logo o aviso prvio, assim como as demais verbas resilitrias sero devidos em um contrato de prazo determinado que a contenha nas hipteses em que uma das partes rompa o contrato, antes do termo final.

    Art. 481 da CLT - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem clusula assecuratria do direito recproco de resciso antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princpios que regem a resciso dos contratos por prazo indeterminado.

    Sendo assim, a assertiva est incorreta porque a indenizao de 40% ser devida quando um contrato de prazo determinado contiver a clusula assecuratria do direito recproco de resciso e antes de expirado o prazo for rescindido por uma das partes.

    Gabarito:

    1. Certa 2. Errada 3. Errada 4. Errada 5. Certa 6. Errada 7. Certa 8. Errada 9. Certa 10. Errada 11. Errada 12. Errada 13. Certa 14. Errada 15. Certa 16. Errada 17. Certa 18. Certa 19. Certa 20. Errada

    --------------------------------------------------------------------------------------

    20. (ESAF Juiz do Trabalho 7 Regio/2005) A resciso antecipada e imotivada do contrato de trabalho por prazo determinado, de iniciativa do empregador, no gera a esse a obrigao pertinente ao pagamento da indenizao de 40% incidente sobre os depsitos do FGTS, ante a natureza do contrato celebrado.

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    2.3. Resumo terico sobre durao da jornada:

    Jornada Legal e Convencional:

    Antes de falar sobre a jornada legal e a jornada convencional importante explicar o que a jornada de trabalho.

    importante fazer a distino entre horrio de trabalho e jornada de trabalho.

    O horrio de trabalho o lapso temporal entre o incio e o fim de certa jornada de trabalho. Assim, a hora de entrada e de sada no emprego que determinar o horrio de trabalho do empregado. Jornada de trabalho a quantidade de labor dirio do empregado, ou seja, o tempo dirio em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante seu empregador.

    Exemplificando: Teobaldo inicia o seu trabalho s 9 horas da manh, interrompe para almoar s 13 horas, retorna s 14 horas e termina de trabalhar s 18 horas. O horrio de trabalho dele ser de 9 s 18 horas e a jornada de trabalho dele ser de 8 horas dirias.

    A durao normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em funo do dia (jornada) ou da semana, observem:

    Art. 7 XIII da CF/88 durao normal do trabalho no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

    Observem que a jornada ordinria ou normal prevista constitucionalmente de 8 horas dirias e quarenta e quatro horas semanais, sendo assim podemos afirmar que o tempo mximo previsto para a prestao de trabalho de 8 horas dirias.

    Mas poder este tempo ser ampliado ou reduzido?

    Como o prprio artigo 7 da CF/88 estabelece este tempo poder ser reduzido por negociao coletiva, mas ampliado no poder.

    H algumas categorias profissionais que possuem jornadas especiais, menores do que a jornada normal de oito horas dirias. Estudaremos as jornadas especiais mais adiante.

    Caso um empregado trabalhe alm da jornada mnima prevista para ele, seja a jornada normal de oito horas dirias ou jornada especial, estaremos diante da jornada extraordinria que acarretar em alguns casos o pagamento do adicional de horas extras.

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    As horas extraordinrias sero tambm estudadas mais adiante, por enquanto quero apenas esclarecer que quando o art. 7 fala em compensao, estaremos diante de uma hiptese de trabalho alm da jornada normal que no ensejar o pagamento de adicional de horas extraordinrias, porque o empregado ir compens-las, ou seja, o acrscimo de um dia ser diminudo em outro dia.

    A doutrina estabelece trs critrios bsicos de fixao da jornada:

    Tempo efetivamente trabalhado: Por este critrio considera-se jornada apenas o tempo efetivamente trabalhado pelo obreiro. Este critrio foi rejeitado pela CLT, pois no art. 4 ela considera como tempo de servio o perodo que o empregado estiver simplesmente disposio do empregador.

    Art. 4 CLT O tempo computado como de jornada de trabalho o tempo em que o empregado permanece disposio do empregador, aguardando ou executando ordens.

    Tempo disposio do empregador: Considera como jornada o tempo que o empregado ficou disposio do empregador, independentemente de ocorrer ou no a efetiva prestao de servios. Este foi o critrio adotado pela CLT (art. 4 CLT).

    Exemplificando: Durante o trajeto da boca da mina ao local de trabalho o empregado que trabalha em minas e subsolo tem este perodo computado dentro da jornada de trabalho, apesar do fato de no estar trabalhando neste perodo, mas est disposio do empregador (art.294 CLT).

    Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa ser computado para o efeito de pagamento do salrio.

    Sobre este tema, temos importantes dispositivos consolidados:

    Tempo de prontido (art. 244 3 CLT): Por tempo de prontido compreende-se o perodo tido como integrante do contrato e do tempo de servio do empregado em que ele fica aguardando ordens. Ex: ferrovirio

    Tempo de sobreaviso (art.244 2 CLT): Por tempo de sobreaviso aquele em que o empregado permanece em sua prpria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o servio. Exs. Mdico, eletricitrios, ferrovirios.

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    Ateno: Bip e celular: A OJ 49 TST foi cancelada em razo da sua converso na Smula 428 do TST, que assim dispe: O uso de aparelho de intercomunicao a exemplo de BIP, Pager ou aparelho celular, pelo empregado, por si s no caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado no permanece em sua residncia aguardando, a qualquer momento convocao para o servio.

    Tempo de deslocamento residncia-trabalho-residncia (Horas In Itinere): Considera como componente da jornada tambm o tempo despendido pelo obreiro no deslocamento residncia-trabalho-residncia, perodo em que efetivamente no h efetiva prestao de servios.

    No obstante o tempo de deslocamento seja a ampliao do tempo disposio, a doutrina e a jurisprudncia entendiam de modo pacfico que ele no est acobertado pelo art. 4 CLT.

    Acontece que agora, o TST editou a Smula 429 que estabelece o contrrio, observem na prxima pgina:

    Ateno: No dia 24 de Maio de 2011, o TST editou a Smula 429 que considera tempo disposio do empregador, na forma do art. 4 da CLT, o tempo necessrio ao deslocamento do trabalho entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de dez minutos dirios.

    Embora este critrio no fosse adotado como regra geral no nosso ordenamento jurdico, antes da edio da Smula 429 do TST, havia excees no direito do Trabalho em que o tempo de deslocamento acolhido, vejamos:

    Exceo 01: Categoria dos ferrovirios, turmas de conservao de ferrovias (art.238 3 da CLT).

    Art. 238 da CLT Ser computado como de trabalho efetivo todo o tempo em que o empregado estiver disposio da Estrada.

    BIZU DE PROVA

    BIZU DE PROVA

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    1 - Nos servios efetuados pelo pessoal da categoria c, no ser considerado como de trabalho efetivo o tempo gasto em viagens do local ou para o local de terminao e incio dos mesmos servios.

    2 - Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede ser contado como de trabalho normal e efetivo o tempo gasto em viagens, sem direito percepo de horas extraordinrias.

    3 - No caso das turmas de conservao da via permanente, o tempo efetivo do trabalho ser contado desde a hora da sada da casa da turma at a hora em que cessar o servio em qualquer ponto compreendido dentro dos limites da respectiva turma. Quando o empregado trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe- tambm computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no percurso da volta a esses limites.

    4 - Para o pessoal da equipagem de trens, s ser considerado esse trabalho efetivo, depois de chegado ao destino, o tempo em que o ferrovirio estiver ocupado ou retido disposio da Estrada. Quando, entre dois perodos de trabalho, no mediar intervalo superior a 1 (uma) hora, ser esse intervalo computado como de trabalho efetivo.

    5 - O tempo concedido para refeio no se computa como de trabalho efetivo, seno para o pessoal da categoria c, quando as refeies forem tomadas em viagem ou nas estaes durante as paradas. Esse tempo no ser inferior a 1 (uma) hora, exceto para o pessoal da referida categoria em servio de trens.

    6 No trabalho das turmas encarregadas da conservao de obras-de-arte, linhas telegrficas ou telefnicas e edifcios, no ser contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o local do servio, sempre que no exceder de 1 (uma) hora, seja para ida ou para volta, e a Estrada fornecer os meios de locomoo, computando-se sempre o tempo excedente a esse limite.

    Exceo 02: Trabalhador em minas e subsolo (art. 294 da CLT)

    Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa ser computado para o efeito de pagamento do salrio.

    Exceo 03: Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o perodo em que o empregado leva para chegar at o local de trabalho em algumas situaes especficas.

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    A jornada in itinere est regulamentada pelas Smulas 90 e 320 do TST e pelo art. 58, pargrafo 2 da CLT, ser estudada no item 3.4 desta aula.

    Art. 58 2 CLT O tempo despendido pelo empregado at o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico o empregador fornecer a conduo.

    Jornada Legal e Convencional:

    A norma constitucional refere-se ao limite mximo da durao normal do trabalho. A lei, a conveno coletiva e o acordo coletivo podero adotar limites inferiores para atividades profissionais que justifiquem o tratamento diferenciado.

    Tambm podero ajustar durao normal do trabalho abaixo do parmetro constitucional, o contrato individual de trabalho e o regulamento da empresa.

    Art.7 XIII da CF/88 durao normal do trabalho no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

    A Jornada Legal aquela que estabelecida em lei e no poder ser superior ao limite constitucional de 8 horas dirias e 44 horas semanais.

    A Jornada Convencional aquela adotada por conveno coletiva, que celebrada entre o Sindicato da categoria profissional e o Sindicato da categoria econmica (art. 611 da CLT).

    Conforme j mencionado anteriormente, algumas categorias possuem jornadas semanais e dirias diferenciadas da regra geral imposta na CRFB/88 de 8 horas dirias e 44 semanais, observem:

    Cabineiro de elevadores: 6 horas dirias - vedada prorrogao. Bancrios: 6 horas dirias - 30 semanais ou 8 horas dirias e 44

    semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e que ganhe 1/3 a mais.

    Empregados no servio de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radio telegrafia ou radio telefonia: 6 horas dirias/ 30 semanais.

    Operadores cinematogrficos: 6 horas dirias de trabalho (5 horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e lubrificao).

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    Jornalista Profissional: 5 horas dirias/ no podendo ser excedida seja durante o dia ou noite.

    Msicos: A durao normal do trabalho dos msicos no poder exceder cinco horas. A durao normal poder ser elevada a 6 horas nos estabelecimentos de diverses pblicas ou a sete horas nos casos de fora maior ou festejos populares e servio reclamado pelo interesse nacional.

    Dos Intervalos:

    Os intervalos ou perodos de descanso so lapsos temporais, remunerados ou no, dentro ou fora da jornada, que tem a finalidade de permitir a reposio das energias gastas durante o trabalho (Vlia Bonfim).

    Os intervalos dividem-se em: Intervalos Interjornada e Intervalos Intrajornada, observem a seguir:

    Intervalo Interjornada: a pausa concedida ao empregado entre o final de uma jornada diria de trabalho e o incio de outra no dia seguinte.

    Podem ser de:

    Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT) Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT) Operadores cinematogrficos: 12 horas (art. 235, pargrafo 2 da

    CLT) Ferrovirios: 14 horas (art. 245 da CLT) Telefonistas: 17 horas (art. 229 da CLT) Aeronautas: 12 horas (aps jornada de at 12 horas),16

    horas(aps jornada de mais de 12 horas e at 15 horas) ou 24 horas (aps jornada de mais de 15 horas) de descanso (Arts. 34 e 37 da Lei 7.183/84).

    Ainda sobre intervalos interjornada temos os seguintes entendimentos jurisprudenciais:

    OJ 355 da SDI-1 do TST O desrespeito ao intervalo mnimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no 4 do art. 71 da CLT e na Smula n 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtradas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.

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    Smula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuzo do intervalo mnimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinrias, inclusive com o respectivo adicional.

    Explicando: Quando for desrespeitado o intervalo entre duas jornadas de trabalho, o empregador dever remunerar como servio extraordinrio a totalidade do perodo que foi desrespeitado. Ex: Jos trabalhou at s 18 horas de um dia e no dia seguinte iniciou a seu trabalho s 2 horas da manh.

    Sendo assim, entre uma jornada e outra decorreram oito horas, Portanto ele dever receber como horas extraordinrias 3 horas (11 horas - 8 horas).

    Smula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, no previstos em lei, representam tempo disposio da empresa, remunerados como servio extraordinrio, se acrescidos ao final da jornada.

    Intervalo Intrajornada: So as pausas que ocorrem dentro da jornada diria de trabalho com a finalidade de permitir o repouso e a alimentao do trabalhador.

    O primeiro deles ocorrer quando a jornada diria de trabalho exceder de 6 horas, porque ser obrigatria a concesso de um intervalo para repouso e alimentao, de no mnimo 1 hora e salvo acordo ou conveno coletiva no poder exceder de 2 horas, no sendo computado o intervalo na durao da jornada (art. 71 da CLT).

    Quando a jornada diria de trabalho exceder de 4 horas, mas no ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada ser de 15 minutos, no sendo computado o intervalo na durao da jornada.

    Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

    1 - No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

    2 - Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho.

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    3 - O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurana e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

    4 - Quando o intervalo para repouso e alimentao, previsto neste artigo, no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

    OJ 342 da SDI 1 do TST I invlida clusula de acordo ou conveno coletiva de trabalho contemplando a supresso ou reduo do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, sade e segurana do trabalho, garantido por norma de ordem pblica (art. 71 da CLT e art. 7, XXII, da CF/1998), infenso negociao coletiva.

    II Ante a natureza do servio e em virtude das condies especiais de trabalho a que so submetidos estritamente os condutores e cobradores de veculos rodovirios, empregados em empresas de transporte pblico coletivo urbano, valida clusula de acordo ou conveno coletiva de trabalho contemplando a reduo do intervalo, deste que garantida a reduo da jornada para, no mnimo, sete horas dirias ou quarenta e duas semanais, no prorrogada, mantida a mesma remunerao e concedidos intervalos para descanso menores e fracionrios ao final de cada viagem, no descontados da jornada.

    Outras Orientaes Jurisprudenciais do TST:

    OJ N 307 da SDI 1 do TST Aps a edio da Lei n 8.923/94, a no-concesso total ou parcial do intervalo intrajornada mnimo, para repouso e alimentao, implica o pagamento total do perodo correspondente, com acrscimo de, no mnimo, 50% sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT).

    OJ 354 da SDI-1 do TST Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4, da CLT, com redao introduzida pela Lei n 8.923, de 27 de julho de 1994, quando no concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mnimo intrajornada para repouso e alimentao, repercutindo, assim, no clculo de outras parcelas salariais.

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    Outros exemplos de intervalos intrajornada:

    A) Nos servios permanentes de mecanografia, datilografia, escriturao ou clculo, a cada perodo de 90 minutos de trabalho ser concedido um intervalo de 10 minutos para repouso, no deduzidos da durao normal do trabalho.

    Smula 346 do TST Os digitadores, por aplicao analgica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos servios de mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), razo pela qual tm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.

    B) Empregados que trabalhem no interior de cmaras frigorficas: a cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contnuo, 20 minutos de repouso computado como de trabalho efetivo este intervalo.

    C) trabalho em minas e subsolo: a cada 3 horas consecutivas para o trabalho obrigatrio parar 15 minutos, para repouso.

    D) a mulher para amamentar o prprio filho at que este complete seis meses de idade ter direito durante a jornada de trabalho a dois descansos especiais de 30 minutos cada um, no deduzidos da jornada normal de trabalho.

    Jornada In Itinere (art. 58, pargrafo segundo da CLT, smulas 90 e320 do TST)

    Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do empregado de sua residncia para o trabalho e o seu retorno do seu trabalho para a sua residncia.

    Pela leitura do art. 58 da CLT chegaremos concluso de que dois requisitos so necessrios para que este tempo de deslocamento seja computado na jornada de trabalho do empregado:

    a) O local de trabalho dever ser de difcil acesso ou no servido por transporte publico regular.

    b) O empregador dever fornecer a conduo. Assim, quando o empregado for trabalhar em seu prprio carro, o tempo de deslocamento mesmo que o local de trabalho seja de difcil acesso no ser considerada jornada in itinere o tempo gasto no trajeto.

    Art. 58 2 CLT O tempo despendido pelo empregado at o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando tratando-se de local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico o empregador fornecer a conduo.

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    Exemplificando: Srgio empregado da empresa XXX que vende gua de coco e est localizada em uma ilha no nordeste de onde extrai o cco e o engarrafa. Para chegar at o seu local de trabalho Srgio utiliza uma embarcao da empresa, uma vez que o acesso at a ilha difcil e no h transporte pblico regular. Neste caso, o tempo despendido por ele at o local de trabalho (ida e volta) ser computado na sua jornada de trabalho.

    A seguir, transcrevo as Smulas 90 e 320 do TST que so muito importantes no estudo da Jornada In Itinere, destacarei em azul as palavras chaves que so abordadas em prova.

    Smula 90 TST I- O tempo despendido pelo empregado, em conduo fornecida pelo

    empregador at o local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico regular e para o seu retorno computvel na jornada de trabalho.

    II- A incompatibilidade entre os horrios de incio e trmino da jornada do empregado e os do transporte pblico regular circunstncia que tambm gera direito s horas in itinere.

    III- A mera insuficincia de transporte pblico no enseja o pagamento de horas in itinere.

    IV- Se houver transporte pblico regular em parte do trajeto percorrido em conduo da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho no servido por transporte pblico.

    V- Considerando que as horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal considerado como extraordinrio.

    Smula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importncia pelo transporte fornecido, para local de difcil acesso ou no servido por transporte regular, no afasta o direito percepo das horas in itinere.

    Jornada Extraordinria: Limitao e formas de prorrogao

    Jornada extraordinria o lapso temporal do trabalho ou disponibilidade do empregado perante o empregador que ultrapasse a jornada padro, fixada em lei ou por clusula contratual

    Os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao do horrio de trabalho, o gerente e os diretores que exercem cargo de confiana, de mando, comando e gesto, dentro da empresa so excludos do controle de jornada de trabalho.

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    Exemplificando: vendedores viajantes ou pracistas, motoristas de caminho que fazem viagens para outro municpio ou Estado.

    Em relao aos trabalhadores que realizam atividades externas incompatvel com a fixao da jornada, tal situao deve ser anotada na CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados. Porm, o simples fato de realizar servio externo no significa que o empregado no possua horrio de trabalho. Se houver possibilidade de controlar os horrios de entrada e sada, mesmo que o empregado realize atividade externa estar sujeito jornada normal de trabalho, bem como ao pagamento das horas extras eventualmente laboradas.

    Os trabalhadores que exercem cargos de gerncia com poderes de mando, desde que percebam padro mais elevado de vencimento (40% a mais), que os demais estaro excludos do controle de jornada, no sendo devida hora extra, eventualmente prestada.

    A Jornada constitucionalmente assegurada aos obreiros a de 8 horas dirias/44 horas semanais, assim qualquer trabalho que exceda este limite importar em prorrogao de jornada e dever ser pago adicional de horas extras do que exceder a estes limites, salvo se ocorrer a compensao.

    Art. 62 da CLT No so abrangidos pelo regime previsto neste captulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gesto, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

    Pargrafo nico - O regime previsto neste captulo ser aplicvel aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salrio do cargo de confiana, compreendendo a gratificao de funo, se houver, for inferior ao valor do respectivo salrio efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

    Ateno: (REDAO ANTERIOR) Smula 291 do TST A supresso, pelo empregador, do servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito indenizao correspondente ao valor de 1 (um) ms das horas suprimidas para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos ltimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso.

    BIZU DE PROVA

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    REDAO ATUAL: HORAS EXTRAS. SUPRESSO. INDENIZAO. A supresso total ou parcial, pelo empregador, de servio suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito indenizao correspondente ao valor de 1 (um) ms das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou frao igual ou superior a seis meses de prestao de servio acima da jornada normal. O clculo observar a mdia das horas suplementares nos 12 (doze) meses anteriores mudana, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supresso.

    Smula 90, V do TST Considerando que as horas in itinere so computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal considerado como extraordinrio.

    Smula 347 do TST O clculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observar o nmero de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salrio-hora da poca do pagamento daquelas verbas.

    5.6. Do sistema de compensao:

    Atravs do sistema de compensao o excesso de horas em um dia ser compensado pela diminuio em outro dia, portanto no ser devido o adicional de 50% sobre a hora normal e o limite mximo ser de duas horas dirias.

    Em relao a este tema o que as bancas de concurso abordam muito a questo do denominado banco de horas, observem as explicaes abaixo:

    Banco de Horas: (Art. 59 2 da CLT) Banco de Horas uma forma de compensao de jornada celebrada por conveno ou acordo coletivo de trabalho, na qual as horas extras laboradas no sero remuneradas.

    Por este sistema de compensao de horas o acrscimo de salrio pelo labor realizado extraordinariamente poder ser dispensado, atravs de Conveno ou Acordo Coletivo, quando ocorrer a compensao do excesso de horas em um dia pela correspondente diminuio em outro dia, porm no poder exceder em um perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais previstas e nem ultrapassar o limite mximo de 10 horas dirias.

    Art. 59 do CLT A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho

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    2 Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias

    importante ressaltar que o empregado menor somente poder prestar o trabalho extraordinrio em regime de compensao ou de fora maior (art. 413 da CLT).

    Ateno: Inserido o inciso V em 25 de maio de 2011

    A Smula 85 do TST trata do regime de compensao de horas extras:

    Smula 85 do TST I. A compensao de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou conveno coletiva.

    II. O acordo individual para compensao de horas vlido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrrio.

    III. O mero no-atendimento das exigncias legais para a compensao de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes jornada normal diria, se no dilatada a jornada mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

    IV. A prestao de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensao de jornada. Nesta hiptese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas extraordinrias e, quanto quelas destinadas compensao, dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinrio.

    V As disposies contidas nesta smula no se aplicam ao regime compensatrio na modalidade banco de horas, que somente pode ser institudo por negociao coletiva.

    BIZU DE PROVA

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    Ateno: importante lembrar que a Smula 349 do TST foi cancelada em 25/05/2011. Observem o que estabelecia a Smula:

    Smula 349 do TST A validade do acordo coletivo ou conveno coletiva de compensao de jornada de trabalho, em atividade insalubre, prescinde da inspeo prvia da autoridade competente em matria de higiene do trabalho (art. 7, XIII, da CF/1988; art. 60 da CLT).

    Formas de Prorrogao:

    As formas de prorrogao de jornada: sero mediante acordo escrito, individual ou coletivo, em nmero no excedente a duas horas, com o pagamento da remunerao do servio extraordinrio superior no mnimo em 50% a do normal(art.59 CLT).

    Art. 59 do CLT A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

    1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior da hora normal. (Vide art. 7, XVI, da CF)

    2 Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias.

    3 - Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria, na forma do pargrafo anterior, far o trabalhador jus ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na data da resciso.

    4 - Os empregados sob o regime de tempo parcial no podero prestar horas extras. (NR).

    BIZU DE PROVA

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    Art. 60 da CLT Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no captulo "Da Segurana e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser includas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogaes s podero ser acordadas mediante licena prvia das autoridades competentes em matria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procedero aos necessrios exames locais e verificao dos mtodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermdio de autoridades sanitrias federais, estaduais e municipais, com quem entraro em entendimento para tal fim.

    Art. 61 da CLT Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto.

    1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao.

    2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e o trabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite.

    3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

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    Trabalho Noturno:

    aquele prestado no perodo da noite fazendo o obreiro jus ao adicional respectivo, conforme estabelece o art. 7 IX da CRFB/88 remunerao do trabalho noturno superior do diurno.

    O art. 73 da CLT estabelece o horrio noturno dos trabalhadores urbanos, como aquele compreendido entre 22 e 5 horas do dia seguinte. Fixa o adicional noturno em 20% sobre a hora diurna. Estabelece a hora noturna reduzida em que cada hora noturna trabalhada ser computada como de 52 minutos e 30 segundos e no como 1 hora.

    Art. 73 da CLT Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

    1 - A hora do trabalho noturno ser computada como de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

    2 - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.

    3 - O acrscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que no mantm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, ser feito tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relao s empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o salrio mnimo geral vigente na regio, no sendo devido quando exceder desse limite, j acrescido da percentagem.

    4 - Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se s horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pargrafos

    5 - s prorrogaes do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Captulo

    Ateno: O trabalhador menor no poder prestar trabalho noturno. A mulher poder prestar trabalho noturno.

    Observei que o que com certeza cai nas provas de concursos em relao ao trabalho noturno, a distino entre o urbano e o rural, apresentada no quadro esquemtico abaixo, bem como as Smulas e Orientaes Jurisprudenciais do TST.

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    Quadro esquemtico sobre trabalho noturno:

    Rural Urbano Servidor Advogado Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25% H 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s Entre 20 e 4 h Pecuria

    22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h

    Entre 21 e 5 h Lavoura

    As Smulas 60, 65, 265, 354 e as Orientaes Jurisprudenciais 97 e 259 do TST referem-se ao trabalho Noturno.

    Segue abaixo a transcrio dos dispositivos acima mencionados, com comentrios e destaques em azul para as palavras chaves:

    Smula 65 do TST O vigia noturno tem direito hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos.

    Esta smula surgiu para dirimir a controvrsia em relao ao vigia noturno, uma vez que o trabalho por ele desenvolvido realizado predominantemente noite, sendo assim ele ter direito hora reduzida e a sua hora ser contada como de 60 minutos.

    Gostaria de pedir a ateno de vocs para a Smula 65 do TST.

    "O direito hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos aplica-se ao vigia noturno".

    Smula 60 do TST I - O adicional noturno pago com habitualidade integra o salrio do empregado para todos os efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no perodo noturno e prorrogada esta, devido tambm o adicional quanto s horas prorrogadas.

    Quando a Smula fala que integrar o salrio para todos os efeitos significa dizer que repercutir no clculo de todas as parcelas, como, por exemplo, frias, dcimo-terceiro, FGTS, etc.

    Atravs de um exemplo vocs podero entender melhor o inciso II da Smula 60 do TST: Joo empregado urbano e comeou a trabalhar s 22 horas e foi at as 7 horas do dia seguinte. Ele cumpriu integralmente a jornada no perodo noturno (22 s 5 horas) e prorrogou at s sete horas, portanto ele receber o adicional de 20% tambm em relao a estas duas horas.

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    Smula 265 do TST A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica na perda do adicional noturno.

    OJ N 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade deve compor a base de clculo do adicional noturno, j que tambm neste horrio o trabalhador permanece sob as condies de risco.

    OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de clculo das horas extras prestadas no perodo noturno.

    Smula 354 do TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de servio ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remunerao do empregado, no servindo de base de clculo para as parcelas de aviso-prvio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

    Turnos Ininterruptos de revezamento:

    importante falar dos turnos ininterruptos de revezamento que tem jornada constitucionalmente prevista de seis horas, podendo ser alterada por norma coletiva, como flexibilizou a prpria Constituio.

    Art.7 CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

    O trabalho por turno aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem na empresa, cumprindo horrios que permitam o funcionamento ininterrupto da empresa.

    OJ 360 DA SDI- 1 DO TST Faz jus jornada especial prevista no art. 7, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternncia de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horrio diurno e o noturno, pois submetido alternncia de horrio prejudicial sade, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.

    Sobre este tema o TST possui trs importantes Smulas:

    Smula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociao coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento no tem direito ao pagamento da 7 e 8 horas como extras.

    Smula 360 do TST A interrupo do trabalho destinada a repouso e alimentao, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, no descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7, XIV, da CF/1988.

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    Smula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuzo do intervalo mnimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinrias, inclusive com o respectivo adicional.

    Bem pessoal! A nossa segunda aula vai chegando ao final!

    Gostaria de reafirmar que estou disposio de vocs para dirimir quaisquer dvidas em relao a nossa 1 aula e claro, tambm em relao ao Direito do Trabalho e a nossa aula de hoje!

    Muita luz! Fiquem com Deus!

    Abraos a todos,

    Dborah Paiva