aula 02 arte pré histórica e egípcia

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Arte e Estética Aula 2 Arte Pré-Histórica Prof. Ms. Elizeu N. Silva

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Page 1: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Arte e EstéticaAula 2 – Arte Pré-Histórica

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

Page 2: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Para Piet Mondrian (1872–1944) a arte não passava de

uma compensação para o equilíbrio deficiente da

sociedade atual. “A arte desaparecerá na medida em que

a vida adquirir mais equilíbrio”.

• Por que a nossa própria existência não nos basta?

• Por que, no teatro, damos tanta atenção a algo que

sabemos ser fictício, por que sentimos tanto prazer com a

música – de existência tão efêmera –, por que sentimos

prazer contemplando uma pintura, mesmo sem a

compreender totalmente?

Page 3: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

A arte é o meio indispensável para a união do indivíduo

com o todo; reflete a infinita capacidade humana para a

associação, para a circulação de ideias e experiências.

Afinal, a ideia de ser um indivíduo nunca bastou ao ser

humano. O desejo de plenitude força-o a viver em

sociedade e a considerar como suas as experiências

alheias e que potencialmente lhe concernem.

A arte, como criação do espírito, possibilita compartilhar

sentimentos individuais como se fossem os sentimentos

da coletividade.

Page 4: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Aristóteles vê no drama o efeito de catarse, cuja descarga

emocional purificaria a alma.

A razão de ser da arte nunca permanece inteiramente a

mesma.

Toda arte é condicionada pelo seu tempo e representa a

humanidade consonante com as ideias e aspirações, as

necessidades e as esperanças de uma situação histórica

particular.

Page 5: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Ao mesmo tempo, a arte supera esta limitação e de dentro

do momento histórico, cria também um momento de

humanidade – o que nos leva a admirar, por exemplo, a

arte egípcia produzida desde 3.000 a.C.

Não se pode tomar a arte como uma descrição clínica do

real. “A arte é necessária para que o homem se torne

capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também

é necessária em virtude da magia que lhe é inerente”.

Fischer.

Page 6: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

Ignora-se quando o homem começou a produzir registros

pictóricos e quando começou a se interessar pela arte.

Homem paleolítico produziu imagens com propósitos de

magia. Por meio delas, procurava atuar sobre a natureza.

Considerava-as tão reais como as forças da natureza. Na

verdade, ele usava as imagens, ao invés de apenas

contemplá-las.

Page 7: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros:

Paleolítico

VÊNUS DE LAUSSEL: Mulher

com corno. Laussel, França.

22000 a 26000 a.C.

Page 8: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

PINTURA RUPESTRE: Animais (bisão) pintados no teto e em paredes de

cavernas. Altamira, Espanha. 15000–10000 a.C.

Page 9: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

Pintura Rupestre: Do francês rupestre, o termo designa

gravação, traçado e pintura sobre suporte rochoso,

qualquer que seja a técnica empregada.

PINTURA

RUPESTRE:

Cavalo. Lascaux,

França. 15000–

10000 a.C.

Page 10: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

PINTURA

RUPESTRE: Gruta

em Lascaux,

França. 15000–

10000 a.C.

Page 11: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

Datação: exemplos mais remotos localizam-se na

Austrália (Carpenter's Gap, Kimberley), datados entre 30

mil e 40 mil anos.

Características: pinturas e gravações (gravuras, pela

retirada de matérias ou incisões), sendo que as primeiras

são as mais antigas. Os traços são feitos com os dedos

ou com ferramentas.

Coloração: carvão (preto), óxido de ferro (vermelho,

amarelo), às vezes cera de abelha.

Page 12: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

Temas: Linhas e traços circulares,

mãos e pés, pegadas de animais,

ziguezagues, grafismos, formas

geométricas.

Nas pinturas mais antigas

prevalecem formas humanas e

animais.

Page 13: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

No paleolítico as pinturas e esculturas são naturalistas. O

caçador e coletor paleolítico procura reproduzir

exatamente o que vê.

Sobreposição de pinturas em determinadas áreas das

cavernas (geralmente escuras e inacessíveis) reforçam a

tese da pintura com propósito mágico.

“Era precisamente o propósito mágico dessa arte que a

forçava a ser naturalista. A pintura que não apresentasse

semelhança com o objeto era não apenas defeituosa, mas

carecia também de sentido e finalidade”. Hauser.

Page 14: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Paleolítico

PINTURA RUPESTRE: Sobreposição de pinturas em Altamira,

Espanha. 15000–10000 a.C.

Page 15: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

No neolítico (10.000 a 3.000 a.C., aproximadamente)

ocorre a primeira grande mudança estilística.

Em lugar da pintura naturalista, o homem neolítico prefere

estilização geométrica.

Em lugar da experiência

concreta do cotidiano, a

ideia, o conceito, a

substância das coisas.

Símbolos, ao invés do

objeto.

Page 16: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

Page 17: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

Page 18: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

Diferentemente do homem paleolítico, coletor e caçador,

o homem neolítico aprende a produzir os próprios

alimentos. Esta mudança representa um fantástico ponto

de mutação geral na trajetória cultural e civilizatória da

humanidade.

• Organização do trabalho

• Divisão de funções.

• Comunidades sedentárias.

• Ritos religiosos e atos de culto tomam o lugar da

magia e da feitiçaria.

Page 19: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

ARTE SUMÉRIA:

Mosaico “Estandarte

de Ur”, cerca de 3.500

a.C.

Page 20: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

O camponês neolítico

não precisa mais dos

sentidos aguçados do

caçador. Perde,

portanto, algumas

habilidades e

sensibilidades, adquire

outras: desenvolve a

capacidade da

abstração e do

pensamento racional.

Page 21: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Neolítico

A vida estável se manifesta numa arte esquemática, de

formas sólidas, estáveis, simétricas.

Page 22: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros:

Neolítico

ARTE EGEIA: Mulher

de Cicládica. Cerca de

3.000 a.C.

Page 23: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

A arte egípcia tem importância fundamental para a

historiografia da arte ocidental porque somente ela

permite identificar uma linha direta de transmissão de

influências desde 5 mil anos atrás no vale do Nilo, até os

dias atuais.

Tais registros devem-se inicialmente aos gregos,

fortemente impressionados com a arte e a cultura

egípcias.

Page 24: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Pirâmides de Gizé. Antigo Império, IV Dinastia (2570 a 2450 a.C.)

Page 25: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Cabeça. Período Protodinástico, II

Dinastia. (2920 a 2670 a.C.)

Máscara mortuária de Tutankhamon.

Novo Império, XVIII Dinastia (1.550 a

1076 a.C.)

Page 26: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Mulher egípcia no toucador. Novo Império, XVIII Dinastia. (1550 a 1076 a.C.)

Page 27: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Jardim de

Nebamun. Novo

Império, XVIII

Dinastia. (1550 a

1076 a.C.)

Page 28: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Arte canônica: O artista egípcio produzia sob regras pré-

estabelecidas.

Cânones refletem a supremacia de uma ordem coletiva

sobre a individualidade. Revelam, também, o domínio

absoluto exercido pelas classes dirigentes sobre as

possibilidades pessoais de expressão.

Objetivamente, buscavam registros com a maior clareza

possível. Objetos e corpos eram representados no ângulo

que melhor favorecesse a compreensão.

Page 29: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Primeiros registros: Arte Egípcia

Retrato de Hesire. Cerca de

2.700 a.C. Período

Protodinástico, II Dinastia.

(2920 a 2670 a.C.)

Tutankhamon e sua esposa. Cerca de 1330

a.C. Novo Império, XVIII Dinastia. (1550 a 1076

a.C.)

Page 30: Aula 02 arte pré histórica e egípcia

Bibliografia

FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro, 9ª ed.,

Guanabara Koogan, 2002

GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro, 16ª edição, LTC

Editora, 1999

HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo,

Martins Fontes, 2000

SILIOTTI, Alberto. Egito. Coleção Grandes Civilizações do Passado.

Barcelona, Ed. Folio, 2006

Enciclopédias Itaú Cultural. http://www.itaucultural.com.br/