aula 01 propedêutica em infertilidade

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PROPEDÊUTICA BÁSICA DO CASAL INFÉRTIL Condutas em Infertilidade Clínica Pró-Criar Reprodução Assistida Belo Horizonte – MG Brasil

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Page 1: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

PROPEDÊUTICA BÁSICA DO

CASAL INFÉRTIL

Condutas em Infertilidade

Clínica Pró-CriarReprodução Assistida

Belo Horizonte – MGBrasil

Page 2: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Conceitos

o Infertilidade

Ausência de concepção após 1 ano de tentativa, sem a utilização de um método contraceptivo (10 - 15%), ou de levar uma gestação ao fim.

Obs.: 2 anos (ESHRE)

o Fecundabilidade

É a probabilidade de se alcançar uma gestação em um ciclo menstrual (em torno de 20%).

o Fecundidade

É a capacidade de se alcançar uma gestação a termo em um ciclo menstrual (em torno de 15%).

Page 3: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Epidemiologia

Guttmacher Classic Table - JAMA 161: 855, 1956

Probabilidade de se alcançar uma gestação em função

do tempo de exposição

Meses de exposição % de gravidez

3 meses 57%6 meses 72%1 ano 85%2 anos 93%

Page 4: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Causas de infertilidade

Casal

Fator Tubo-peritoneal40%

Fator Ovulatório 40%

Outros10%

Inexplicada10%

Mulher

Fator Ovulatório

15%

Fator Tubo-Peritoneal35%

Fator Masculino35%

Outros 5

%

Inexplicada10%

Page 5: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica

ANAMNESE

Fatores Prognósticos

o Idade

o Tempo de Infertilidade: 3 anos

o Infertilidade 1ª / 2ª

Page 6: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Epidemiologia

o Incidência de infertilidade por grupo etário

de 15 - 24 anos 4 %de 25 - 34 anos 13 %de 35 - 44 anos 30 %

o Explicações populacionais para o aumento da incidência de infertilidade

Casamentos mais tardios

Mudança no papel social da mulher

Adiamento da maternidade

Condições sócio-econômicas desfavoráveis

Disponibilidade de contraceptivos e maior utilização

Page 7: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Epidemiologia

Idade e Reprodução

Nº Oócitos

Nascimentos

Gravidez/Mês

Page 8: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Epidemiologia

CDC, 2001

Page 9: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

PropedêuticaTempo de Infertilidade

o Maior chance de gravidez até 2 anos

o A partir do terceiro ano diminui bastante

o Após 3 anos, cerca de 1 a 3% ao mês(Hull et al., 1985)

Page 10: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator masculino – 35%

Anamnese

oTrauma testicular

o Criptorquidia

o Varicocele

o Diabetes mellitus

o Caxumba

o Doenças infecciosas (DST, orquite, TBC)

o Doenças crônicas (insuficiência renal e hepática)

o Fibrose cística

o Medicamentos / drogas

Page 11: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator masculino

ESPERMOGRAMA

Valores Normais para a avaliação seminal (OMS - 1992)

Volume ≥ 2,0 ml

pH 7,2 - 8,0

Concentração ≥ 20.000.000

Contagem Total ≥ 40.000.000 por ejaculado

Motilidade > 50% com progressão linear (tipos A e B);> 25% de progressão rápida (tipo A)

Morfologia * ≥ 30% formas normais

Vitalidade ≥ 75% de vivos

Leucócitos < 1 x 106/ml

Page 12: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Oligospermia < 20.000.000/ml

Astenospermia < 50% com progressão linear (A+B)< 25% de progressão rápida (A)

Teratospermia* < 30% de sptz com morfologia normal

Oligoastenoteratospermia 3 variáveis alteradas

Azoospermia ausência de sptz no ejaculado

Aspermia ausência de ejaculado

* O ideal é utilizar a morfologia estrita de Kruger

ESPERMOGRAMA

Pelo menos 2 análises do sêmen – intervalo 1 a 3 semanas

72 a 84 dias para espermatogênese

Abstinência de 2 a 5 dias

Análise dentro de 1 hora

Page 13: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Morfologia Estrita (Kruger) – avalia cabeça, acrossomo, pescoço, peça intermediária,

cauda

o Normal (N) : > 14% de formas normaiso Good (G) : De 4 a 14% de formas normaiso Poor (P) : < que 4% de formas normais

ESPERMOGRAMA

Melhor para predição de taxa de fertilização

Vawda et al., 1996

Page 14: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator tubário – 35%

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

o Deve ser realizada 2 a 5 dias depois do término da menstruação (fase folicular)

o Contraste iodado

o Risco de infecção – 1 a 3%Lashen, 2004

Anamnese

o Dismenorréia progressiva

o Cirurgias anteriores, principalmente pélvicas

o História de internações com dor pélvica, DIP

Page 15: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Fator Tubo-Peritoneal

Histerossalpingografia

S/ Alterações Alterada

Fator excluído (?) Vídeo-Laparoscopia

Sensibilidade – 65%Especificidade – 83%

Swart et al., 1995

Page 16: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator ovulatório – 15%

Anamneseo Amenorréia / oligomenorréia

o Sangramento uterino anormal

o Presença de muco, TPM e dismenorréia não progressiva

o Galactorréia / hiperprolactinemia

o Tireoidopatia

o Diabetes mellitus

o Anorexia nervosa

o Hirsutismo / acne (hiperandrogenismo)

o Peso, IMC

o Obesidade

o Atividade física intensa

o Estress emocional

Page 17: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator ovulatório

ULTRA-SONOGRAFIA

o Iniciar em torno do 10º dia

o Realizar a cada 2 dias

o Avaliar o recrutamento folicular e seu desenvolvimento/crescimento.

o Acompanhar o desenvolvimento do endométrio e suas transformações.

Page 18: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator ovulatório

o Na ausência de um método ideal, a dosagem sérica de progesterona na fase lútea intermediária parece

ser o método com melhor relação custo-benefício.

o Realizar 7 dias antes da data provável da próxima menstruação

o Mais de uma dosagem deve ser realizada para confirmar o pico de P.

o Valores que sugerem ovulação - superior a 10 ng/ml

DOSAGEM SÉRICA DE PROGESTERONA

Page 19: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator ovulatório

DOSAGENS HORMONAIS

- FSH:- ideal < 8 mIU / ml- ruim entre 10 e 15 mUI/ml- catastrófico > 15 mUI/ml

- Estradiol: < 50-70 pg/ml- Prolactina

-TSH

-Casos Especiais:Hormônio Anti-Mulleriano (HAM):- 1,2 – 9,6

Page 20: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

Propedêutica do fator uterino

o Ultra-som

o Histerossalpingografia

o Histeroscopia

Histerossalpingografia, Ultra Som

S/ Alterações Alterada

Histeroscopia

Page 21: Aula 01   PropedêUtica Em Infertilidade

1º 7º 14º 21º 26º3º 28º

HSGFSH, LH, TSHEstradiolProlactina

P.U.S. Transvaginal

Espermograma

23º

Propedêutica básica