aula 01 - princpios fundamentais de contabilidade

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    AULA 1 - PR I NCP I OS FUNDAM ENTA I S DE

    CONTA B I L I D A DE

    1.1.INTRODUOAmigos, aparentemente est chegando a hora. Tudo leva a crer que o concurso para aReceita Federal est saindo. Ento, vamos reforar o estudo. Todos sabemos que aContabilidade tem um peso grande na prova. Normalmente estamos falando de 20 questesde peso 2. So 40 pontos. O objetivo deste curso o de tentar passar para vocs o que temsido cobrado nas provas elaboradas pela Esaf.

    Bons estudos a todos e espero poder ajuda-los.

    1.2.OS PRINCIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

    Este primeiro tpico, considero como um dos mais chatos da matria. muito terico,demandando muita leitura para sua absoro. Portanto, um pouco de pacincia ser muitoimportante para a continuidade do estudo. Fora galera.

    Quando iniciamos o estudo de qualquer matria, devemos identificar quais so as regrasque regem esta disciplina, ou seja, quais so os princpios aplicveis no seu estudo. Nacontabilidade no poderia ser diferente. Neste primeiro captulo abordaremos as regrasbsicas aplicveis a Contabilidade e apresentaremos questes de provas elaboradas pelaEsaf, instituio responsvel pela realizao dos concursos para provimento de cargos na

    Secretaria da Receita Federal do Brasil (antiga Secretaria da Receita Federal). A respeitodos Princpios Fundamentais de Contabilidade elaboro um breve resumo do que dispe oitem 1.3 do Anexo da Resoluo n 774 de 16.12.1994, do Conselho Federal deContabilidade, que, alis, foi emitido com o intuito de melhor explicar a Resoluo n750/93.

    Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam o ncleo central da prpriaContabilidade, na sua condio de cincia social, sendo a ela inerentes. Os princpiosconstituem sempre as vigas-mestras de uma cincia, revestindo-se dos atributos deuniversalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstncia. No caso daContabilidade, presente seu objeto, seus Princpios Fundamentais de Contabilidade valempara todos os patrimnios, independentemente das Entidades a que pertencem, asfinalidades para as quais so usados, a forma jurdica da qual esto revestidos, sualocalizao, expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem dacondio de autonomia em relao aos demais patrimnios existentes. Nas cinciassociais, os princpios se colocam como axiomas, premissas universais e verdadeiras, assimadmitidas sem necessidade de demonstrao, ultrapassando pois a condio de simplesconceitos. O atributo da universalidade permite concluir que os princpios no exigiriamadjetivao, pois sempre, por definio, se referem Cincia da Contabilidade no seutodo. Dessa forma, o qualificativo "fundamentais" visa, to-somente, a enfatizar sua magnacondio. Os princpios simplesmente so e, portanto, preexistem s normas,fundamentando e justificando a ao, enquanto aquelas a dirigem na prtica. No caso

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    brasileiro, os princpios esto obrigatoriamente presentes na formulao das NormasBrasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares do sistema de normas, que estabelecerregras sobre a apreenso, o registro, relato, demonstrao e anlise das variaes sofridas

    pelo patrimnio, buscando descobrir suas causas, de forma a possibilitar a feitura deprospeces sobre a Entidade e no podem sofrer qualquer restrio na sua observncia.E evidente que, em muitos aspectos, no h como se falar em unanimidade deentendimento, mas at em desacordo sobre muitos temas terico-doutrinrios. Temos umanica cincia, mas diversas doutrinas. Entretanto, cumpre ressaltar que tal situaotambm ocorre nas demais cincias sociais e, muitas vezes, at mesmo nas cincias ditasexatas. Em termos de contedo, os princpios dizem respeito caracterizao da Entidadee do Patrimnio, avaliao dos componentes deste e ao reconhecimento das mutaes edos seus efeitos diante do Patrimnio Lquido.".

    1.2.1. RESOLUO CFC N 750/93Em 29 de dezembro de 1993 o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a Resoluo n750 que trata dos Princpios Fundamentais de Contabilidade. Abaixo a transcrio de seusartigos, comentados, e com questes de provas anteriores da Esaf.

    1.2.1.1.CAPTULO I DOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

    Art. 1 Constituem PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) osenunciados por esta Resoluo. 1 A observncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatria noexerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de

    Contabilidade (NBC). 2 Na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade a situaes concretas, aessncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

    Comentrio: Sobre este artigo, interessante o 2, que determina que a essncia deveprevalecer sobre os aspectos formais quando da aplicao dos PrincpiosFundamentais de Contabilidade a situaes concretas. Muito comum os alunosquestionarem sobre exemplos prticos aplicveis a este pargrafo. Pois bem, umasituao que ocorre no dia a dia das empresas a necessidade de aquisio de ativos(mquinas e equipamentos, por exemplo) para utilizao nas suas atividades. Essesbens podem ser adquiridos vista, a prazo, parte vista e parte a prazo. Um dos

    modelos de financiamento existentes no mercado o chamado ArrendamentoMercantil, que pode ser operacional ou financeiro. No Brasil o modelo mais comum o financeiro. Nesta hiptese, uma instituio financeira adquire o ativo da empresavendedora e, ato contnuo elabora um contrato de Arrendamento (tambm chamadode Leasing) com a empresa que tem interesse na sua aquisio para utilizao nassuas atividades. Repare que nesta operao o ativo pertence ( de propriedade) dainstituio financeira, tambm chamada de Arrendadora, enquanto que a posse daempresa Arrendatria, que para tal paga um aluguel a Arrendadora. Este contratode arrendamento por prazo certo e ao final do contrato a Arrendatria tem a opode comprar o ativo Arrendado por um preo previamente estipulado (Valor Residualde Aquisio). A Arrendatria tem a opo de comprar, mas no a obrigao. Se no

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    exercer este direito o ativo devolvido para a empresa Arrendadora. Desta forma, aessncia deste contrato igual a sua forma, ou seja, um contrato de aluguel,tecnicamente chamado de Arrendamento. A contabilizao desta operao na

    empresa Arrendatria realizada como despesa de arrendamento, a medida dafluncia do contrato. Acontece que muitas instituies financeiras oferecem umcontrato de arrendamento em que, junto com as parcelas do contrato a empresaArrendatria comea a pagar parcelas do Valor Residual de Aquisio, que s seriamdevidas quando do final do contrato. Se a Arrendatria aceitar estas condies estaroptando, neste momento, pela aquisio do ativo arrendado. Neste caso, a essncia daoperao diferente da forma escolhida para sua efetivao. A forma de umcontrato de arrendamento enquanto que a essncia de uma compra e venda a prazo,cujo perodo de pagamento o estabelecido no contrato. Repare que a empresa ditaArrendatria j optou pela aquisio do ativo ao comear a pagar o Valor Residualde Aquisio. A contabilizao dever ser feita, ento, como compra e venda, e no

    como Arrendamento.

    1.2.1.2. CAPTULO II - DA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DAENUMERAO.

    Art. 2 Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam a essncia dasdoutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante o entendimentopredominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas. Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social, cujo objeto o Patrimnio dasEntidades.

    Art. 3" So Princpios Fundamentais de Contabilidade: I - o da ENTIDADE; II - o daCONTINUIDADE; III - o da OPORTUNIDADE; IV - o do REGISTRO PELO VALORORIGINAL; V - o da ATUALIZAO MONETRIA; VI - o da COMPETNCIA; e VII - oda PRUDNCIA.

    Comentrio: Pessoal, muito comum em provas de contabilidade, perguntas a respeitode quais so os Princpios Fundamentais de Contabilidade. Ou seja, questes tericasconsideradas simples, que no podemos errar. Portanto, basta uma leitura cuidadosapara a sua soluo.

    1.2.1.3. O PRINCPIO DA ENTIDADE.Art. 4" O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidadee afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnioparticular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer a umapessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza oufinalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimnio nose confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ouinstituio.

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    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resulta em novaENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    Comentrio: Este princpio, quando questionado em prova, cobrado de formaliteral, ou seja, basta saber que o Patrimnio de uma Entidade (para fins de nossosestudos, pessoas jurdicas com ou sem fins lucrativos) no se confunde com oPatrimnio de seus scios, sejam eles pessoas jurdicas ou pessoas fsicas. Repare aquesto abaixo cobrada no concurso para Analista de Mercado de Capitais da CVM.

    01- (Analista Mercado Capitais CVM 2000) - O procedimento de segregar o patrimnio daempresa avaliada do patrimnio de seus scios est fundamentado no conceito da:

    a) entidadeb) identidadec) prudnciad) materialidadee) relatividade

    Gabarito - A

    02- (AFRE MG/ESAF 2005) Assinale a opo que contm afirmativa correta sobreprincpios fundamentais de contabilidade.

    a) Quando se apresentarem opes igualmente aceitveis, o princpio da competnciaimpe a escolha da hiptese de que resulte menor patrimnio lquido.

    b) Diante de alternativas igualmente vlidas, o princpio da competncia impe aadoo do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.

    c) As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodoem que ocorrerem, segundo afirma o princpio da prudncia.

    d) O reconhecimento simultneo das receitas e despesas correlatas conseqncianatural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao, mas no atende aoprincpio da continuidade.

    e) O princpio da entidade reconhece o patrimnio como objeto da contabilidade eafirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimnio particular no universodos patrimnios existentes.

    Comentrio: As letras a e b so conceitos do Princpio da Prudncia, enquanto a letrac conceito do Princpio da Competncia. J a letra d est errada em seu final. D umaolha na art. 5, 2, abaixo.Desta forma, a letra e a resposta (literalidade).

    Gabarito - E

    1.2.1.4.O PRINCPIO DA CONTINUIDADE.

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    Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ouprovvel, deve ser considerada quando da classificao e avaliao das mutaespatrimoniais, quantitativas e qualitativas.

    1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitos casos, ovalor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da ENTIDADE temprazo determinado, previsto ou previsvel.

    2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel correta aplicaodo Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente quantificaodos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de constituir dado importantepara aferir a capacidade futura de gerao de resultado.

    Comentrio: A melhor forma para o correto entendimento deste princpio atravs

    de um exemplo prtico. Imagine uma empresa constituda com prazo determinado deexistncia, por exemplo, de 04 (quatro) anos. A empresa foi constituda com afinalidade especfica de realizar determinada prestao de servio conforme concessodo poder pblico dentro do perodo de existncia da empresa. Antes de iniciar suasatividades, efetuou gastos de propaganda no valor de R$ 1.000.000,00 (um milho dereais). Esta propaganda, realizada na fase pr-operacional, tinha como finalidadedivulgar sua marca para o pblico para que este pudesse adquirir seus serviosquando do incio das atividades da empresa. Conforme determina a Lei n 6.404/76,artigo 179, V, as aplicaes de recursos em despesas que contribuiro para o resultadode mais de um exerccio social devero ser classificadas no Ativo Diferido, inclusive aspr-operacionais. Aps o incio de suas atividades, as Despesas Pr-Operacionais

    devero ser amortizadas no prazo mximo de 10 (dez) anos, conforme determinadopelo artigo 183 da Lei n 6.404/76. J para a Legislao Tributria do Imposto deRenda o prazo mnimo para a amortizao dessas despesas de 05 (cinco) anos. Claroque os legisladores, ao elaborar estas leis, pensaram na situao mais comum (regrageral), ou seja, que as empresas no tenham prazo determinado de vigncia(existncia). Logo, como poderamos aplicar uma regra geral no caso de ocorrncia deuma exceo? Como amortizar uma despesa em 05 (cinco) anos (mnimo estabelecidona legislao tributria) se a empresa s existir por 04 (quatro) anos neste nossoexemplo? Da a aplicao do Princpio da Continuidade. Se a empresa no existir pormais de quatro anos, a avaliao dos ativos e passivos da empresa dever levar emconta estes quatro anos e no cinco, seis, ou outro perodo qualquer. Desta forma, no

    nosso exemplo, o Ativo Diferido de R$ 1.000.000,00 ser amortizado no primeiro anoem R$ 250.000,00 (um quarto) e no R$ 200.000,00 (um quinto). Assim, aps otrmino do primeiro exerccio social o Ativo Diferido passa a ter o valor de R$750.000,00 (R$ 1.000.000,00 menos R$ 250.000,00) e no R$ 800.000,00 (R$1.000.000,00 menos R$ 200.000,00) que seria o valor se considerssemos cinco anospara a amortizao da despesa pr-operacional. verdade que este Princpio no se aplica apenas nos casos de empresas com prazodeterminado de vigncia, mas o exemplo de melhor visualizao.

    1.2.1.5.O PRINCPIO DA OPORTUNIDADE.

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    Art. 6" O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este sejafeito de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as

    originaram.

    Pargrafo nico. Como resultado da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE: I -desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deve ser feitomesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia; II - o registrocompreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos fsicos emonetrios; III - o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaesocorridas no patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, basenecessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

    Comentrio: De forma bastante simplista e prtica, o Princpio da Oportunidade

    orienta o registro de todas as variaes patrimoniais sofridas pelo Patrimnio de umaEntidade no momento em que elas ocorrerem, mesmo que exista alguma incerteza desua confirmao no futuro. O Princpio da Oportunidade , portanto, a baseindispensvel fidedignidade das informaes sobre o patrimnio da Entidade,relativas a um determinado perodo e com o emprego de quaisquer procedimentostcnicos. o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam de"representao fiel" pela informao, ou seja, que esta espelhe com preciso eobjetividade as transaes e eventos a que concerne. O Princpio da Oportunidadedeve ser observado, como j foi dito, sempre que haja variao patrimonial, cujasorigens principais so, de forma geral, as seguintes: transaes realizadas com outrasEntidades, formalizadas mediante acordo de vontades, independentemente da forma

    ou da documentao de suporte, como compra ou venda de bens e servios; eventos deorigem externa, de ocorrncia alheia vontade da administrao, mas com efeitossobre o Patrimnio, como modificaes nas taxas de cmbio, quebras de clientes,efeitos de catstrofes naturais etc.;

    Apesar de um pouco complexo o seu entendimento, em questes de concursos, esteprincpio cobrado de forma terica. Abaixo questes sobre este princpio.

    01 (Concurso Analista IBGE) - De acordo com a Resoluo n 750 do Conselho Federalde Contabilidade, o Princpio da Oportunidade refere-se:

    a) ao registro do patrimnio pelos valores originais ou corrigidos monetariamente;b) adoo do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os dopassivo;

    c) tempestividade e integridade do registro do patrimnio e de suas mutaes;d) ao reconhecimento dos valores resultantes da alterao do poder aquisitivo da

    moeda nacional;e) ao reconhecimento do Patrimnio como objeto da Contabilidade.

    Gabarito C

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    02 - (Analista Judicirio TRF CE) - "Refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feitode imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram". O

    enunciado refere-se ao Princpio Fundamental de Contabilidade da (do):

    a) Competncia.b) Registro pelo valor original.c) Prudncia.d) Continuidade.e) Oportunidade.

    Gabarito E

    03 - (AFRF 2002/ESAF) Abaixo esto cinco assertivas relacionadas com os Princpios

    Fundamentais de Contabilidade. Assinale a opo que expressa uma afirmao verdadeira.

    a) A observncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatria noexerccio da profisso, mas no constitui condio de legitimidade das NormasBrasileiras de Contabilidade.

    b) O Princpio da Entidade reconhece o Patrimnio como objeto da Contabilidade eafirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituio, cujopatrimnio pode confundir-se com o dos scios ou proprietrios.

    c) Da observncia do Princpio da Oportunidade resulta que o registro deve ensejar oreconhecimento universal das variaes ocorridas no patrimnio da Entidade, emum perodo de tempo determinado.

    d) A apropriao antecipada das provveis perdas futuras, antes conhecida comoConveno do Conservadorismo, hoje determinada pelo Princpio daCompetncia.

    e) A observncia do Princpio da Continuidade no influencia a aplicao do Princpioda Competncia, pois o valor econmico dos ativos e dos passivos j contabilizadosno se altera em funo do tempo.

    Gabarito C

    1.2.1.6.O PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados plos valores originais dastransaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que seromantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quandoconfigurarem agregaes ou decomposies no interior da ENTIDADE.

    Pargrafo nico. Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:I - a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores deentrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ouda imposio destes;

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    II - uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero teralterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposio emelementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

    III - o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como parte dopatrimnio, inclusive quando da sada deste;IV - os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALORORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenasatualiza e mantm atualizado o valor de entrada;V - o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniais constituiimperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    Comentrio: Este Princpio determina que o registro de um elemento patrimonialdeve ser efetuado pelo valor original da transao, no importando que aquele ativoou passivo tenha sofrido alterao aps a negociao. Desta forma, se houve a

    aquisio de uma mercadoria para revenda por R$ 1.500,00 e posteriormente houveum aumento desta mercadoria para R$ 1.700,00, o registro dever ser feito por R$1.500,00. Analogamente, se a Entidade tomou um emprstimo de R$ 10.000,00 comjuros pr-fixados de 3% ao ms e posteriormente a taxa de juros do mercado foimodificada para 4% ao ms, o emprstimo dever ser contabilizado por R$ 10.000,00com a incidncia de juros de 3% e no de 4%, uma vez que o contrato foi firmado ataxa de 3%. Na aplicao deste princpio no importa se o preo resultou de livrenegociao em condies de razovel igualdade entre as partes, ou de imposio deuma delas, em vista da sua posio de superioridade. Pressupe-se que o valor detroca, aquele decorrente da transao, configure o valor econmico dos ativos nomomento da sua ocorrncia. Naturalmente, se, com o passar do tempo, houver a

    modificao do valor em causa, seja por que razo for, os ajustes sero realizados,mas em funo do Princpio da Competncia. Os ajustes somente sero para menos,em razo da essncia do prprio Princpio. J a expresso do valor dos componentespatrimoniais em moeda nacional decorre da necessidade de homogeneizaoquantitativa do registro do patrimnio e das suas mutaes, a fim de se obter anecessria comparabilidade e se possibilitarem agrupamentos de valores. Ademais,este aspecto particular, no mbito do Princpio do Registro pelo Valor Original, visa aafirmar a prevalncia da moeda do Pas e, conseqentemente, o registro somente nela.O corolrio o de que quaisquer transaes em moeda estrangeira devem sertransformadas em moeda nacional no momento do seu registro. O problema, inclusivej questionado em concursos, conforme veremos abaixo, ocorre no caso de doaes

    recebidas pela Entidade. Nestas situaes tambm existe a transao com o mundoexterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimnio. Comoa doao resulta em inegvel aumento do Patrimnio Lquido, cabe o registro pelovalor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor demercado. Mantm-se, no caso, intocado o princpio em exame, com a nica diferenaem relao s situaes usuais: uma das partes envolvidas - caso daquelarepresentativa do mundo externo - abre mo da contraprestao, que se transformaem aumento do Patrimnio Lquido da Entidade recebedora da doao.

    01 - (Analista MPOG 2000) - Na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade, correto afirmar que:

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    a) havendo completa cessao das atividades da entidade, os valores diferidos no

    podero mais ser convertidos em despesas.

    b) as variaes patrimoniais no so reconhecidas quando no h certeza definitiva desua ocorrncia.

    c) no recebimento de doao pela entidade, o registro deve ser feito pelo valor demercado.

    d) a utilizao da moeda do Pas nos registros contbeis assegura a representao deunidade constante de poder aquisitivo.

    e) a apropriao de receitas e despesas vinculada ao recebimento de numerrio ou aodesembolso de caixa.

    Gabarito C

    1.2.1.7.O PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

    Art. 8 Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem serreconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso formal dosvalores dos componentes patrimoniais.

    Pargrafo nico. So resultantes da adoo do Princpio da ATUALIZAOMONETRIA:I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representa unidadeconstante em termos do poder aquisitivo;II - para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaes originais

    (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional, a fim de quepermaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, porconseqncia, o do patrimnio lquido;III - a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to-somente, oajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicao deindexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivo damoeda nacional em um dado perodo.

    Comentrio: Com relao a este Princpio, o principal comentrio a ser feito dizrespeito a revogao, por Lei (Lei n 9.249/95), da Correo Monetria de Balano.Este ato legal, de natureza tributria (Imposto de Renda e Contribuio Social Sobre

    o Lucro Lquido), revogou a correo monetria para fins fiscais, mas tambm o fezpara fins societrios, revogando o artigo n 185 da Lei n 6.404/76. Em funo destasalteraes, dvidas surgem a respeito da validade ou no deste princpio contbilatualmente. O Conselho Federal de Contabilidade, atravs da Resoluo n 900/01,estabeleceu que a correo monetria s poder ser reconhecida contabilmentequando a taxa de inflao acumulada no trinio for de 100% ou mais. Apesar de,aparentemente, esta norma conflitar com a Lei n 9.249/95, para fins de concursos,caso ocorra este tipo de pergunta, prudente responder de acordo com a normacontbil. Vejam o exemplo abaixo:

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    01 - (Analista Judicirio TRF CE) - Entre os Princpios Fundamentais de Contabilidade, aRes. CFC 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade relaciona o Princpio daAtualizao Monetria. A aplicao deste princpio:

    a) facultativa.b) representa nova avaliao, pois utiliza indexadores aptos a traduzir a variao do

    poder aquisitivo da moeda nacional.c) compulsria quando a inflao acumulada no trinio for de 100% ou mais.d) somente poder ocorrer em demonstraes contbeis de natureza complementar s

    demonstraes de natureza corrente, derivadas da escriturao contbil regular.e) est suspensa at nova reviso dos Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    Gabarito C

    1.2.1.8.O PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodoem que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,independentemente de recebimento ou pagamento.

    1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ou nopassivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabelecendodiretrizes para classificao das mutaes patrimoniais, resultantes da observncia doPrincpio da OPORTUNIDADE.

    2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao.

    3 As receitas consideram-se realizadas:

    I - nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumiremcompromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedade de bensanteriormente pertencentes ENTIDADE, quer pela fruio de servios por estaprestados;II - quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem odesaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

    III - pela gerao natural de novos ativos independentemente de interveno de terceiros;IV - no recebimento efetivo de doaes e subvenes.

    4 Consideram-se incorridas as despesas:

    I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia de suapropriedade para terceiro;II - pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo;III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

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    Comentrios: Caros amigos, este Princpio, junto com o da Prudncia, so os maiscobrados em prova. Portanto muito cuidado com ele. As variaes patrimoniaispodem ser divididas em duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a

    qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem nomontante do Patrimnio Lquido, e a das que o modificam. As primeiras sodenominadas de "qualitativas", ou "permutativas", enquanto as segundas sochamadas de "quantitativas", ou "modificativas". Cumpre salientar que estas ltimassempre implicam a existncia de alteraes qualitativas no patrimnio, a fim de quepermanea inalterado o equilbrio patrimonial. A Competncia o Princpio queestabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimnio, paratransformar-se em elemento modificador do Patrimnio Lquido. Da confrontaoentre o valor final dos aumentos do Patrimnio Lquido - usualmente denominados"receitas" - e das suas diminuies - normalmente chamadas de "despesas" -, emergeo conceito de "resultado do perodo": positivo, se as receitas forem maiores do que as

    despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrrio. De forma resumida, este principioestabelece em qual momento as Receitas e as Despesas devem ser reconhecidas nacontabilidade, e conseqentemente em qual momento iro alterar o lucro do exerccio.Como assim? Se voc, aluno, vai a uma loja de departamentos e compra uma televisoem 12 parcelas iguais e sucessivas, com a primeira vencendo em 30 dias da data dacompra, em que data a loja vai reconhecer a sua receita? Na data da venda ou na datado recebimento? O Princpio da Competncia vai determinar que seja na data davenda.Desta forma costumo dizer aos alunos, fazenda uma analogia com o DireitoTributrio, que as Receitas e as Despesas so reconhecidas quando da ocorrncia doFATO GERADOR.

    Entende-se como FATO GERADOR para fins contbeis o seguinte:

    No caso das Receitas:I Quando a Entidade transferir a propriedade de bens ou direitos a terceiros ouquando prestar servios a terceiros, independentemente do recebimento dos valores.Por exemplo, fomos a uma lanchonete e compramos um sanduche. Neste momento alanchonete transferiu a propriedade de um bem seu (sanduche) a terceiros (ns).Dever, ento, reconhece a receita, mesmo que no tenha recebido o valorcorrespondente a operao.II - quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,

    sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior. Um credorda empresa, por exemplo, perdoou uma dvida. O passivo desaparece sem que ocorrauma diminuio do ativo de valor igual ou maior, pois no houve o pagamento.III - pela gerao natural de novos ativos independentemente de interveno deterceiros. Por exemplo, a empresa, e no seu scio, ganhou no jogo do bicho (eh, eh,eh), ou seja, ela ter recebido dinheiro (um ativo) e a contrapartida , ento, umareceita.;IV - no recebimento efetivo de doaes e subvenes.

    No caso das despesas:

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    I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia de suapropriedade para terceiro. Quando a empresa vende uma mercadoria reconhece aReceita pela transferncia da propriedade a terceiros, conforme comentamos

    anteriormente. Ato contnuo o ativo desaparece do patrimnio da empresa, pois passaa pertencer a terceiros. A este desaparecimento do ativo chamamos de CMV (Custoda Mercadoria Vendida), que nada mais significa do que uma despesa.II - pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo. Acontece, porexemplo, no caso das depreciaes, entre tantos outros.III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. Quando umfuncionrio trabalha para a empresa, passa a ter o direito de receber seu salrio. Nofinal do ms este salrio mensurado (faltas, horas-extras, etc) e ser pago at oquinto dia til do ms subseqente. Apesar do pagamento se realizar apenas no msseguinte, a empresa contabiliza a obrigao (salrios a pagar) no final do ms. Destaforma surgiu um Passivo, sem um Ativo correspondente. A contrapartida ser, ento,

    uma despesa (despesa de salrios ou apenas salrios). Observa-se que o Princpio daCompetncia no est relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com oreconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no perodo.

    1.2.1.8.1. ALGUNS COMENTRIOS SOBRE AS DESPESASAs despesas, na maioria das vezes, representam consumo de ativos, que tanto podemter sido pagos em perodos passados, no prprio perodo, ou ainda virem a ser pagosno futuro. De outra parte, no necessrio que o desaparecimento do ativo sejaintegral, pois muitas vezes o consumo somente parcial, como no caso dasdepreciaes ou nas perdas de parte do valor de um componente patrimonial do ativo,

    por aplicao do Princpio da Prudncia prtica, de que nenhum ativo podepermanecer avaliado por valor superior ao de sua recuperao por alienao ouutilizao nas operaes em carter corrente.Mas a despesa tambm pode decorrer do surgimento de uma exigibilidade sem aconcomitante gerao de um bem ou de um direito, como acontece, por exemplo, nosjuros moratrios e nas multas de qualquer natureza. Entre as despesas do tipo emreferncia localizam-se tambm as que se contrapem a determinada receita, como ocaso dos custos diretos com vendas, nos quais se incluem comisses, impostos e taxas eat royalties.Nos casos de Entidades em perodos pr-operacionais, no seu todo ou em algum setor,os custos incorridos so ativados, para se transformarem posteriormente em despesas,

    quando da gerao das receitas, mediante depreciao ou amortizao. Talcircunstncia est igualmente presente em projetos de pesquisa e desenvolvimento deprodutos - muito freqentes nas indstrias qumicas e farmacuticas, bem comonaquelas que empregam alta tecnologia -quando a amortizao dos custos ativados feita segundo a vida mercadolgica estimada dos produtos ligados s citadas pesquisase projetos.

    1.2.1.8.2. ALGUNS DETALHES SOBRE AS RECEITAS E SEU RECONHECIMENTOA receita considerada realizada no momento em que h a venda de bens e direitosda Entidade - entendida a palavra "bem" em sentido amplo, incluindo toda sorte de

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    mercadorias, produtos, servios, inclusive equipamentos e imveis -, com atransferncia da sua propriedade para terceiros, efetuando estes o pagamento emdinheiro ou assumindo compromisso firme de faz-lo num prazo qualquer.

    Normalmente, a transao formalizada mediante a emisso de nota fiscal oudocumento equivalente, em que consta a quantificao e a formalizao do valor devenda, presumidamente o valor de mercado da coisa ou do servio.Embora esta seja a forma mais usual de gerao de receita, tambm h uma segundapossibilidade, materializada na extino parcial ou total de uma exigibilidade, comono caso do perdo de multa fiscal, da anistia total ou parcial de uma dvida, daeliminao de passivo pelo desaparecimento do credor, pelo ganho de causa em aoem que se discutia uma dvida ou o seu montante, j devidamente provisionado, ououtras circunstncias semelhantes.Finalmente, h ainda uma terceira possibilidade: a de gerao de novos ativos sem aintervenincia de terceiros, como ocorre corretamente no setor pecurio, quando do

    nascimento de novos animais.Mas as diversas fontes de receitas citadas nos pargrafos anteriores representam anegativa do reconhecimento da formao destas por valorizao dos ativos, porque,na sua essncia, o conceito de receita est indissoluvelmente ligado existncia detransao com terceiros, exceo feita situao das doaes recebidas pela empresa ej comentada anteriormente. Ademais, aceitar-se, por exemplo, a valorizao deestoques significaria o reconhecimento de aumento do Patrimnio Lquido, quandosequer h certeza de que a venda a realizar-se e, mais ainda, por valor consentneoquele da reavaliao, configurando-se manifesta afronta ao Princpio da Prudncia.

    01 - (Auditor Natal 2001) - A firma Previdente S/A, em 01/08/01, contratou um seguro

    anual para cobertura de incndio, avaliado em R$ 300.000,00, com vigncia a partir daassinatura do contrato. O exerccio social da Previdente coincidente com o anocalendrio. O prmio cobrado pela seguradora equivalente a 10% do valor da cobertura efoi pago em 31 de agosto de 2001. Em consonncia com o princpio contbil dacompetncia de exerccios, no balano patrimonial de 31/12/01, a conta Seguros a Vencerconstar com saldo atualizado de:

    a) R$ 175.000,00b) R$ 30.000,00c) R$ 20.000,00d) R$ 17.500,00e) R$ 12.500,00

    Resoluo: A empresa contratou um seguro em 01.08.01. O ativo segurado vale R$300.000,00, mas o prmio equivale a 10%, ou seja, R$ 30.000,00. Lembre, quando voccontrata um seguro para seu carro, o valor que voc paga se chama prmio e no igual aovalor de seu carro. Equivale a um percentual dele.

    O contrato tem vigncia de 01.08.01 a 31.07,02. O seguro, conforme costumo brincar nasaulas, extremamente interessante. Quem contrata espera que acontea o que? Nada.Ningum quer ter seu ativo danificado, por perda, roubo, etc. Quem contratado(seguradora) espera que acontea o que? Nada. Se ocorrer o sinistro a seguradora tem que

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    pagar todo o valor do ativo e no apenas o prmio. Desta forma, o que existe um contratode proteo, em que a seguradora fica a disposio do segurado para atende-lo no caso deum sinistro. Assim, o servio prestado pela seguradora a medida que o tempo vai

    passando. Se o contrato por um ano, a cada dia a seguradora presta 1/365 do serviocontratado. Na questo acima, o contrato tem vigncia de 01.08.01 at 31.07.02. Sendoassim, em 31.12.02 a seguradora ainda tem a prestar um servio de 07 meses (de 01.01.02 a31.07.02). Portanto, a conta Seguros a Vencer tem que ter um valor correspondente aestes 07 meses, pois representa uma despesa que foi paga antecipadamente, por um servioque ainda ser prestado pela seguradora. Se o prmio de seguros foi R$ 30.000,00 por umano de contrato, o valor mensal equivale a R$ 2.500,00. Se ainda restam 07 meses decontrato em 31.12.01, a parcela da despesa antecipada (Seguros a Vencer) vale R$17.500,00 (07 x R$ 2.500,00). Os R$ 12.500,00 so lanados como despesas com seguros,uma vez que os servios da seguradora j foram prestados.

    Gabarito - D

    02 - (Analista Planejamento e Execuo Financeira CVM 2000) - A Companhia de ReparosS.A. tem exerccio social coincidente com o ano civil. Em dezembro de 2000 prestouservios a uma indstria (conserto de mquinas), cobrando-lhe R$ 10.000,00, dos quaisrecebeu, contra recibo, dez por cento. Em janeiro de 2001 faturou o restante, dividindo opagamento em 18 parcelas mensais e sucessivas de igual valor, vencendo a primeira delasem 31.01.01. De acordo com a Lei no 6.404/76 (Lei das Sociedades por Aes) aCompanhia deve assim apropriar a receita:

    a) R$ 10.000,00 em 2000b) R$ 1.000,00 em 2000 e R$ 9.000,00 em 2001c) R$ 10.000,00 em 2001d) R$ 1.000,00 em 2000; R$ 6.000,00 em 2001 e R$ 3.000,00 em 2002e) R$ 7.000,00 em 2001 e R$ 3.000,00 em 2002

    Conforme comentado anteriormente, o Princpio da Competncia dos Exerccios impe oreconhecimento das Receitas medida da ocorrncia do Fato Gerador, que no caso dosservios definimos como a sua prestao. Como o servio foi prestado em dezembro de2000, neste momento que a Receita deve ser reconhecida, independentemente dorecebimento ou da emisso do documento fiscal.

    Gabarito A

    03 - (AFTE - RN - 2004/2005) - Os seguintes fenmenos ocorreram no mesmo perodocontbil.

    - Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo 100- Surgimento de um passivo, pelo acrscimo de ativo 200- Reduo de um passivo, sem desaparecimento de ativo 300- Reduo do valor econmico de um ativo 400- Acrscimo de ativo sem a interveno de terceiros 500- Recebimento efetivo de subvenes 600

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    - Pagamento de despesas antecipadas 700Ao contabilizar os fatos citados, de acordo com os princpios fundamentais de

    contabilidade, vamos encontrar um lucro de:

    a) R$ 300,00, de acordo com o princpio da competncia.b) R$ 400,00, de acordo com o princpio do regime de caixa.c) R$ 900,00, de acordo com o princpio da competncia.d) R$ 200,00, de acordo com o princpio da prudncia.e) R$ 200,00, de acordo com o princpio da competncia.

    Pelo Regime da Competncia dos Exerccios, o reconhecimento das Receitas e Despesasdeve ser feito da seguinte forma:

    1) Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo 100 configura oreconhecimento de uma despesa no valor de $ 100

    2) Surgimento de um passivo, pelo acrscimo de ativo 200 - Representa umfato permutativo, portanto sem modificar o resultado

    3) Reduo de um passivo, sem desaparecimento de ativo 300 Reconhecimento de uma Receita no valor de $ 300

    4) Reduo do valor econmico de um ativo 400 Representa uma Despesa novalor de $ 400

    5) Acrscimo de ativo sem a interveno de terceiros 500 Configura oreconhecimento de uma Receita no valor de $ 500

    6) Recebimento efetivo de subvenes 600 Receita no valor de $ 6007) Pagamento de despesas antecipadas 700 Fato meramente permutativo, ou

    seja, a despesa antecipada, ainda no aconteceu o Fato Gerador da despesa.

    - Total das Despesas - $ 500 (itens 1 e 4)- Total das Receitas - $ 1.400 (itens 3, 5 e 6)- Lucro de $ 900 ($ 1.400 - $ 500)

    Gabarito C

    Obs.:No comentado anteriormente, porm muito solicitado em prova, o Regime deCaixa, cuja tcnica de reconhecimento das Receitas e Despesas est vinculado ao

    recebimento e ao pagamento respectivamente. Ou seja, as Receitas so reconhecidassomente quando ocorre o recebimento dos valores e as Despesas reconhecidas quando dopagamento dos valores.

    04 - (Analista Judicirio TRF CE) - Determinada empresa pagou juros antecipados,cobrados pela instituio financeira na data da concesso do emprstimo bancrio. Oprocedimento contbil de apropriar ao Resultado as despesas de juros por quotas mensais,de acordo com a durao do contrato, corresponde ao Princpio Fundamental deContabilidade da:

    a) Oportunidade

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    b) Uniformidadec) Prudnciad) Realizao da receitae) Competncia.

    Questo idntica a de nmero 1. A nica diferena se refere ao tipo de despesa. Noprimeiro exemplo o pagamento foi de seguros e neste de juros. Ou seja, o reconhecimentodas despesas deve ser feito medida da fluncia dos prazos, Regime de Competncia.

    Gabarito E

    05- (AFRF 98/ESAF) - A empresa Jasmim S/A, cujo exerccio social coincide com o ano-calendrio, pagou, em 30/04/97, o prmio correspondente a uma aplice de seguro contraincndio de suas instalaes para viger no perodo de 01/05/97 a 30/04/98. O valor pago de

    R$ 30.000,00 foi contabilizado como despesa operacional do exerccio de 1997.Observando o princpio contbil da competncia, o lanamento de ajuste, feito em31.12.1997, provocou, no resultado do exerccio de 1998, uma:

    a) reduo de R$ 10.000,00b) reduo de R$ 30.000,00c) reduo de R$ 20.000,00d) majorao de R$ 20.000,00e) majorao de R$ 10.000,00

    Questo bastante interessante, para confundir o candidato, as famosas pegadinhas. O

    exemplo em si igual a da questo nmero 1. A diferena est na forma como a empresacontabilizou os fatos. Ao invs de contabilizar, na hora da contratao, como despesaantecipada o valor do Prmio de Seguros, houve a contabilizao como despesa doexerccio. Desta forma, equivocadamente, a empresa lanou todo o valor (R$ 30.000,00)como despesa do exerccio de 1997, no deixando qualquer valor para o ano de 1998, ouseja, ela contabilizou pelo regime de caixa. Ao efetuar as correes, foi necessrio verificarqual valor no pertencia ao ano de 1997 e sim ao ano de 1998.

    Como o valor mensal era de R$ 2.500,00 (R$ 30.000,00 em 12 meses), R$ 10.000,00pertencem a 1998. Portanto, necessrio corrigir estes R$ 10.000,00 retirando-o de 1997 elanando-o como despesa em 1998. Assim o lucro de 1997 aumenta em R$ 10.000,00 (pelo

    desaparecimento de uma despesa lanada de forma incorreta) e o de 1998 diminui nosmesmo R$ 10.000,00 (lembre que a forma de contabilizao que a empresa escolheuinicialmente fez com que toda a despesa fosse registrada em 1997 e nada em 1998).

    Gabarito A

    06 (CVM/2001) - Na nossa Mini Microempresa, apuramos que o aluguel de R$ 180,00,vencido em janeiro/00, fora pago em dezembro/99; que em dezembro/99 foram recebidosjuros de R$ 150,00, que s venciam em janeiro/00; que os salrios de dezembro/99, novalor de R$ 200,00, s foram pagos em janeiro/00; e que, tambm em dezembro/99, foramprestados servios no valor de R$ 310,00 para recebimento apenas no ms seguinte.

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    Estes fatos haviam sido contabilizados no exerccio de 1999 segundo as regras do regimecontbil de caixa. No entanto, a lei determina que, para fins de balano, deve ser utilizado

    o regime contbil de competncia, uma vez que se trata de um Princpio Fundamental deContabilidade.

    A modificao contbil do regime de caixa para o de competncia, neste caso particular,vai provocar um dos seguintes efeitos na apurao final do resultado do exerccio de1999. Assinale a resposta certa.

    a) O rdito ter decrscimo de R$ 30,00b) O rdito ser um prejuzo de R$ 30,00c) O rdito ter acrscimo de R$ 80,00d) O rdito ser um lucro de R$ 80,00e) O rdito ser um lucro de R$ 110,00

    Soluo:O Regime de Competncia estabelece que as Receitas e as Despesas sejam contabilizadasquando da ocorrncia do fato gerador, independentemente do recebimento ou dopagamento. Desta forma, o resultado apurado pela empresa ser:

    1) O aluguel de R$ 180,00, vencido em janeiro/00, fora pago em dezembro/99 Dever ser reconhecida a despesa em janeiro/00

    2) Em dezembro/99 foram recebidos juros de R$ 150,00, que s venciam emjaneiro/00 Fato gerador janeiro/00

    3) Os salrios de dezembro/99, no valor de R$ 200,00, s foram pagos emjaneiro/00 So despesas de dezembro/99, apesar do pagamento serrealizado em janeiro/00

    4) Em dezembro/99, foram prestados servios no valor de R$ 310,00 pararecebimento apenas no ms seguinte Fato gerador dezembro/99

    Desta forma, os nicos itens que afetam o resultado de Dezembro/99 so os de nmeros .3 e4, resultando em um lucro de $ 110,00 (Receita de $ 310,00 e despesa de $ 200).

    Gabarito - E

    07 (Analista Comrcio Exterior/98) - O Chefe pediu ao Contador uma conciliao dosresultados do ms de maro para saber se a firma andava com os pagamentos em dia. Naconciliao o Contador apurou que havia:

    juros de fevereiro, pagos em maro, no valor de R$ 1.000,00; aluguel de maro ainda no pago, no valor de R$ 2.000,00; conta relativa ao consumo de energia eltrica em maro, paga no mesmo ms, no

    valor de R$ 3.000,00; aluguel relativo ao ms de abril, j pago antecipadamente no ms de maro, no valor

    de R$ 4.000,00;

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    juros ganhos no ms de maro, mas ainda no recebidos, no valor de R$ 4.000,00; receitas recebidas em maro, por servios que s sero realizados no ms de abril,

    no valor de R$ 3.000,00; juros relativos ao ms de maro, recebidos no prprio ms, no valor de R$ 2.000,00;

    e comisses ganhas em fevereiro mas recebidas apenas no ms de maro, no valor de

    R$ 1.000,00.

    O Contador fez o trabalho e informou ao Chefe que, de acordo com o Princpio Contbil daCompetncia, o resultado apurado no ms de maro foi:

    a) um prejuzo de R$ 2.000,00b) um prejuzo de R$ 1.000,00c) um resultado nulo ou igual a zerod) um lucro de R$ 1.000,00e) um lucro de R$ 2.000,00

    Soluo: Repare que a questo quer saber o resultado de maro. Portanto devemosconsiderar as receitas e as despesas ocorridas neste ms, independentemente dorecebimento ou pagamento.

    1) juros de fevereiro, pagos em maro, no valor de R$ 1.000,00 Despesa deFevereiro;

    2) aluguel de maro ainda no pago, no valor de R$ 2.000,00 Despesa deMaro;

    3) conta relativa ao consumo de energia eltrica em maro, paga no mesmoms, no valor de R$ 3.000,00 Despesa de Maro;

    4) aluguel relativo ao ms de abril, j pago antecipadamente no ms de maro,no valor de R$ 4.000,00 Despesa de Abril;

    5) juros ganhos no ms de maro, mas ainda no recebidos, no valor de R$4.000,00 Receita de Maro;

    6) receitas recebidas em maro, por servios que s sero realizados no ms deabril, no valor de R$ 3.000,00 Receita de Abril;

    7) juros relativos ao ms de maro, recebidos no prprio ms, no valor de R$2.000,00 Receita de Maro; e

    8) comisses ganhas em fevereiro mas recebidas apenas no ms de maro, novalor de R$ 1.000,00 Receita de Fevereiro.

    Assim, relativamente a Maro, os nicos fatos que afetam o resultado deste ms so os denmeros 2,3,5 e 7.

    1) Despesa de $ 2.000,00 (item 2)2) Despesa de $ 3.000,00 (item 3)3) Receita de $ 4.000,00 (item 5)4) Receita de $ 2.000,00 (item 7)

    Lucro de $ 1.000,00

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    Gabarito D

    08- (GEFAZ MG/ESAF 2005) A Padaria Pilo Ltda. - ME utiliza um sistema de controlede seus negcios bastante simplificado: as receitas correspondem aos ingressos ocorridosem seu caixa e as despesas correspondem s sadas de caixa, como salrios pagos,pagamento de contas de gua, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, avista ou a prazos curtssimos.A implantao de um sistema to simples de controle em uma indstria de mdio porte nopoderia ser aceita por no atender ao Princpio Contbil

    a) da Competncia de Exerccios.b) do Custo como Base de Valor.c) da Continuidade.d) do Conservadorismo.e) da Prudncia.

    Comentrio: Uma questo recente, porm bastante simples. A empresa adotou o regime decaixa, uma vez que reconhece as despesas quando do pagamento e as receitas quando dorecebimento, no atendendo, portanto, ao Princpio da Competncia dos Exerccios.

    Gabarito A

    1.2.1.9.O PRINCPIO DA PRUDNCIA

    Art. 10. O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentemalternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais quealterem o patrimnio lquido.

    1 O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resulte menorpatrimnio lquido, quando se apresentarem opes igualmente aceitveis diante dosdemais Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    2" Observado o disposto no art. 7", o Princpio da PRUDNCIA somente se aplica smutaes posteriores, constituindo-se ordenamento indispensvel correta aplicao do

    Princpio da COMPETNCIA.

    3 A aplicao do Princpio da PRUDNCIA ganha nfase quando, para definio dosvalores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvemincertezas de grau varivel.

    Comentrio: Depois do Princpio da Competncia, o Princpio da Prudncia o maissolicitado em concurso. Simplificando os conceitos, podemos definir este princpio daseguinte forma:

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    Sempre que houver mais de uma possibilidade de avaliao do ativo e/ou do passivo(por exemplo, o custo de aquisio ou o valor de mercado), a contabilidade deverrefletir aquele que leve ao menor valor para o Ativo e maior valor para o Passivo, sempre

    reduzindo o valor do Patrimnio Lquido.

    A forma de aplicao deste princpio se d, basicamente, atravs da constituio dasprovises, que aps as definies a seguir sero detalhadas.

    A aplicao do Princpio da Prudncia - de forma a obter-se o menor PatrimnioLquido, dentre aqueles possveis diante de procedimentos alternativos de avaliao -est restrita s variaes patrimoniais posteriores s transaes originais com omundo exterior, uma vez que estas devero decorrer de consenso com os agenteseconmicos externos ou da imposio destes (Princpio do Valor Original).

    Esta a razo pela qual a aplicao do Princpio da Prudncia ocorrerconcomitantemente com a do Princpio da Competncia, conforme assinalado no 2,quando resultar, sempre, variao patrimonial quantitativa negativa, isto , redutorado Patrimnio Lquido.

    A Prudncia deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo jescriturados por determinados valores, segundo os Princpios do Registro pelo ValorOriginal e da Atualizao Monetria, surge dvida sobre a correo deles. Havendoformas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se optar sempre pelo quefor menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso de componentespatrimoniais integrantes do passivo. Naturalmente, necessrio que as alternativas

    mencionadas configurem, pelo menos primeira vista, hipteses igualmenterazoveis. A proviso para crditos de liquidao duvidosa constitui exemplo daaplicao do Princpio da Prudncia, pois sua constituio determina o ajuste, paramenos, de valor decorrente de transaes com o mundo exterior, das duplicatas ou decontas a receber. A escolha no est no reconhecimento ou no da proviso,indispensvel sempre que houver risco de no-recebimento de alguma parcela, mas,sim, no clculo do seu montante.

    Cabe observar que o atributo da incerteza, vista no exemplo referido no pargrafoanterior, est presente, com grande freqncia, nas situaes concretas quedemandam a observncia do Princpio da Prudncia. Em procedimentos

    institucionalizados, por exemplo, em relao aos "mtodos" de avaliao de estoques,o Princpio da Prudncia, raramente, encontra aplicao. No reconhecimento deexigibilidades, o Princpio da Prudncia envolve sempre o elemento incerteza emalgum grau, pois, havendo certeza, cabe, simplesmente, o reconhecimento delas,segundo o Princpio da Oportunidade. Para melhor entendimento da aplicao doPrincpio da Prudncia cumpre lembrar que:

    Os custos ativados devem ser considerados como despesa no perodo em que ficarcaracterizada a impossibilidade de eles contriburem para a realizao dos objetivosoperacionais da Entidade

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    1.2.1.9.1. PROVISESAs PROVISES so valores que afetam negativamente o Patrimnio Lquido. As

    PROVISES so constitudas em obedincia a dois princpios contbeis. O primeiro o da COMPETNCIA DOS EXERCCIOS, pelo qual muitas vezes temos queapropriar a Resultado do Exerccio valores incorridos, quantificados por estimativa ede exigibilidade futura. Como exemplo, podemos citar: - Proviso para Frias dosEmpregados; - Proviso para 13 salrio.

    O segundo princpio o PRUDNCIA, o qual, conforme vimos, recomenda quesempre seja adotada uma atitude cautelosa em relao avaliao dos elementos dopatrimnio e do crdito. Acima tratamos das PROVISES do PASSIVO, mas essegrupo de contas tambm aparece no ATIVO, embora, por natureza, seu saldo sejasempre CREDOR. que as PROVISES do ATIVO aparecem RETIFICANDO ou,

    em outras palavras, reduzindo a expresso monetria de bens e direitos. E por queisso ocorre? Igualmente em decorrncia da aplicao dos princpios da PRUDNCIAe da COMPETNCIA DOS EXERCCIOS. Este ltimo, no caso das provises doativo, pode ser enunciado da seguinte forma: as perdas de valor dos elementos doativo, mesmo que potenciais, devem ser atribudas ao resultado do exerccio social emque se configurarem, independentemente da realizao financeira do elementopatrimonial do ativo ao qual se encontram relacionadas.

    Da aplicao desses princpios surgem PROVISES que tm grande relevnciacontbil, quais sejam:

    - Proviso para Devedores Duvidosos - tem por funo contbilreconhecer por estimativa, as PERDAS POTENCIAIS FUTURASdecorrentes do no recebimento de crditos por vendas a prazo.

    - Provises para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado e Reduo deAtivos ao Valor de Mercado - decorre da aplicao da regra: CUSTOou MERCADO DOS DOIS O MENOR que corolrio dos princpiosda competncia dos exerccios e do conservadorismo. Visa avaliar osativos por seu valor lquido de realizao mediante venda no mercado

    - Proviso para Perdas Provveis na Realizao de Investimentos -novamente aqui vemos uma caracterstica muito peculiar das Provisesdo Ativo: o reconhecimento contbil, por estimativa, de uma perda

    potencial futura.

    Vejamos dois exemplos de constituio de provises: uma do Ativo e outra do Passivo.

    1.2.1.9.1.1. PROVISO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS a mais comum das provises do ativo e tem especial importncia para as empresascomerciais nas quais as vendas a prazo representam parcela significativa de seufaturamento. Sabe-se, por experincia de mercado, que normalmente uma parte dasvendas a prazo acaba no sendo recebida por inadimplncia dos clientes. Com basenisso e considerando os pressupostos tericos assentados nos princpios da

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    competncia dos exerccios e da prudncia que a cincia contbil admite aconstituio dessa proviso.

    Contabilmente, a proviso para devedores duvidosos deve ser constituda com baseem procedimentos que, efetivamente, reflitam as perdas esperadas. Para tal, importante que sejam considerados os fatores de risco conhecidos, para que se possaestimar, criteriosamente, a expectativa de perdas com contas a receber.

    Exemplo: No encerramento de seu Exerccio Social (31.12.x1) a empresa ALFA eratitular de $ 5.000.000,00 em duplicatas a receber. A empresa ir constituir a Provisopara Devedores Duvidosos, com base no percentual mdio de perdas ocorridas nostrs ltimos exerccios, em relao ao saldo da conta Clientes na data do balano deencerramento. Este percentual de 3%.Portanto, o valor da PROVISO ser de 3% x $ 5.000.000,00 = $ 150.000,00. E o

    lanamento contbil referente a sua constituio ser:

    ------------31.12.x1---------

    Despesa Com Devedores Duvidososa Proviso Ara Devedores Duvidosos $ 150.000,00

    Durante o exerccio de 19x2, iremos lanando a dbito da Proviso constituda, oscrditos cujos procedimentos de cobrana j foram esgotados, at o limite do saldo daProviso. Suponhamos que em 19x2 nossa empresa tenha considerado incobrveis,crditos no total de $ 90.000,00.

    Para simplificar iremos baix-los atravs de um s lanamento:

    ---------19x2-------

    Proviso Para Devedores Duvidososa Clientes $ 90.000,00

    Assim, em 31-12-x2, a conta de PROVISO apresentar o saldo de $ 60.000,00, o qualdever ser transferido a Resultado do Exerccio.

    -------------- 31.12.x2--------------

    Proviso Para Devedores Duvidososa Receita da Reverso da Proviso para Devedores Duvidosos $ 60.000,00

    Outra opo, igualmente correta, seria apenas complementar o saldo da conta at olimite necessrio constituio da nova proviso a ser utilizada no exercciofinanceiro de 19x3.

    Exemplo: Caso a proviso necessria para cobrir perdas com devedores duvidosos em19x3 seja de $ 130.000,00, bastar que a empresa faa o seguinte lanamentocomplementar.

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    -----------------31.12.x2---------------

    Despesas Com Devedores Duvidososa Proviso Para Devedores Duvidosos $ 70.000,00

    Caso o valor das perdas com devedores incobrveis supere o saldo da conta dePROVISES, o excedente ser lanado diretamente a Resultado do Exerccio, tendocomo contrapartida necessria baixa do crdito a receber constante da contaClientes.

    Suponhamos agora que em nosso exemplo o montante das perdas no ano 19x2 tenhasido de $ 180.000,00. Nesse caso, deveremos fazer os seguintes lanamentos em31.12.x2:

    At o montante do saldo da proviso:

    Proviso Para Devedores Duvidososa Clientes $ 150.000,00

    Em relao ao valor excedente:

    Perdas no Recebimento de Crditosa Clientes $ 30.000,00

    Questes de prova:

    01 - (AFTE - RN - 2004/2005) - A firma Linhas de Comrcio Ltda. tem no livro razo umaconta intitulada Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa com saldo credor de R$9.000,00, oriundo do balano patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao finaldo exerccio de 2003. No balano patrimonial, que ser elaborado com data de 31.12.03, aempresa dever demonstrar as contas Duplicatas a Receber e Clientes, com saldodevedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que estcomprovada a expectativa de perda provvel de 3% dos crditos a receber, a empresadever contabilizar uma proviso. Este fato, aliado s outras informaes constantes doenunciado, far com que o lucro da empresa, referente ao exerccio de 2003, seja reduzido

    no valor de:

    a) R$ 7.500,00.b) R$ 9.000,00.c) R$ 16.290,00.d) R$ 16.500,00.e) R$ 25.500,00.

    A empresa tem crditos a receber que totalizam R$ 550.000,00. Prevendo perdas futurasprecisa de uma proviso para atender a uma expectativa de perda de 3% destes crditos.Portanto necessita de uma proviso de R$ 16.500,00 (3% x R$ 550.000,00). Como possui

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    uma proviso no utilizada de R$ 9.000,00, basta constituir uma proviso adicional de R$7.500,00.

    Gabarito A

    02 - (Analista Judicirio TRF CE) - A proviso para crditos de liqidao duvidosaconstitui exemplo da aplicao do Princpio da:

    a) Prudncia.b) Oportunidadec) Atualizao Monetria.d) Competncia.e) Independncia dos exerccios.

    Questo literal abordada na introduo terica do Princpio da Prudncia.

    Gabarito A

    03- (AFC 2002) A empresa Comrcio e Indstria LSM promoveu o estudo comparativo detrs de seus produtos no mercado especfico, compilando os seguintes dados:

    - item alfa: saldo contbil R$ 300.000,00, quantidade 12.000, preo demercado R$ 24,00;

    - item beta: saldo contbil R$ 25.000,00, quantidade 1.000, preo de mercadoR$ 26,00;

    - item celta: saldo contbil R$ 153.000,00, quantidade 5.100, preo demercado R$ 31,00.

    Diante da concluso desse estudo e para atender aos princpios fundamentais decontabilidade, a empresa dever, para fins de balano,

    a) fazer proviso de R$ 12.000,00, com base na variao negativa entre custo emercado.

    b) fazer proviso de R$ 10.860,00, com base na diferena mdia de variao entrecusto e mercado.

    c) fazer proviso de R$ 6.100,00, com base na variao positiva entre custo e mercado.d) fazer proviso de R$ 5.900,00, com base na diferena de variao entre custo emercado.e) deixar de fazer proviso, pois o preo mdio de mercado maior que o de custo.

    Soluo:

    Produto Quantidade ValorAquisio

    R$

    Valor Total R$

    Valor deMercado

    Unitrio R$

    Valor TotalMercado

    R$

    Diferena R$

    Alfa 12.000 25,00 300.000,00 24,00 288.000,00 (12.000,00)

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    Beta 1.000 25,00 25.000,00 26,00 26.000,00 1.000,00Celta 5.100 30,00 153.000,00 31,00 158.100,00 5.100,00De acordo com o Princpio da Prudncia, entre critrios possveis de avaliao de ativos,deve-se escolher aquele que leve ao menor valor. Critrios possveis neste exemplo so:valor de aquisio e valor de mercado. O item Alfa tem valor de mercado inferior ao deaquisio, enquanto os outros dois tm valores de mercado superiores ao de aquisio. Nose pode compensar aumentos ocorridos em determinados ativos com redues de outrosativos. Seno no estaramos aplicando o Princpio da Prudncia. Assim, devida aconstituio de uma Proviso para Ajuste a Valor de Mercado no valor de R$ 12.000,00.Gabarito A

    04- (AFRF 2003/ESAF) - Quando o Contador registra, no fim do exerccio, uma variaocambial para atualizar a dvida em moeda estrangeira; quando faz proviso para crdito de

    liquidao duvidosa; ou quando faz um lanamento de ajuste do estoque ao preo demercado est apenas:

    a) cumprindo a sua obrigao profissional.b) executando o regime contbil de competncia.c) cumprindo o princpio fundamental da prudncia.d) satisfazendo o princpio fundamental da entidade.e) seguindo a conveno do conservadorismo.

    Uma questo polmica. O gabarito indicou a aplicao do Princpio da Prudncia, pormno seria erro a indicao do Princpio da Competncia em funo da atualizao da dvida

    em moeda estrangeira, que tpica aplicao do Regime de Competncia.

    Gabarito C

    05- (AFRF 98/ESAF) - A empresa Cravos e Rosas S/A, ao encerrar o exerccio social em31.12.19x7, tinha estoques de bens de vendas de 100 mil unidades, ao custo unitrio de R$1,00 (um real) e duplicatas emitidas em vendas a prazo, no valor total de R$ 200.000,00(duzentos mil reais). - a empresa tem experincia vlida e comprovada, nos ltimos trsexerccios, de que 2% de seus crditos costumam se tornar iliquidveis; - o preo demercado de suas mercadorias foram cotados a R$ 1,10 (um real e dez centavos) a unidade,no dia do balano; - as duplicatas a receber ainda no esto vencidas. Ao aplicar

    integralmente o princpio contbil da prudncia, referida empresa apresentar, em balano,esse Ativo Circulante (estoques e crditos) pelo valor contbil de

    a) R$ 294.900,00b) R$ 298.900,00c) R$ 297.100,00d) R$ 296.000,00e) R$ 300.000,00

    Esta questo abrange as explicaes das questes 1 e 3 acima, que versam sobre Provisopara Devedores Duvidosos e Proviso para Ajuste de Ativo a Valor de Mercado. Os

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    estoque tm valor de mercado superior ao de aquisio, portanto nenhuma proviso deveser constituda. J as Duplicatas a Receber totalizam R$ 200.000,00 com uma previso deperdas na ordem de 2%. Assim, necessrio constituir uma Proviso para Devedores

    Duvidosos de R$ 4.000,00 (2% x R$ 200.000,00).

    Como a questo solicita o valor do Ativo Circulante, teremos R$ 200.000 das Duplicatas aReceber, menos R$ 4.000,00 da Proviso para Devedores Duvidosos mais R$ 100.000,00dos estoques, totalizando R$ 296.000,00.

    Gabarito - D06 (TRF/2000) -Em 31.12.1999 a firma Dubitatia Ltda. fez a estimativa de que,provavelmente, perderia no ano seguinte R$ 670,00 no recebimento das duplicatas de suaemisso. Nessa mesma data havia saldo anterior de R$ 320,00 na conta Proviso paraDevedores Duvidosos.

    Considerando vlida a expectativa de perda e corretos os clculos efetuados, essa empresadever, para adequar seu balano aos princpios contbeis fundamentais, mandar fazer oseguinte lanamento:

    a) Devedores Duvidososa Proviso para Devedores Duvidosos 350,00

    b) Proviso para Devedores Duvidososa Duplicatas a Receber 320,00

    c) Devedores Duvidososa Proviso para Devedores Duvidosos 670,00

    d) Devedores Duvidososa Duplicatas a Receber 670,00

    e) Devedores Duvidososa Proviso para Devedores Duvidosos 990,00

    A empresa j possua previso de perdas na ordem de $ 320,00. Como a previso para operodo subseqente de $ 670,00, basta que a proviso seja complementada em $ 350,00,conforme havamos comentado no item 1.2.1.9.1.1.

    Gabarito A

    07- (GEFAZ MG/ESAF 2005) Cumprir ou observar o Princpio Fundamental deContabilidade da Prudncia significa, dentro de alternativas possveis e vlidas,

    a) demonstrar o menor ativo e o maior passivo.b) demonstrar o maior ativo e o menor passivo.c) demonstrar sempre o patrimnio lquido real.

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    d) obter o menor lucro possvel.e) obter o maior lucro possvel.

    Comentrio: Mais uma questo recente, de aplicao direta. O Princpio da Prudncia

    estabelece, entre critrios possveis de avaliao do Ativo, a escolha do menor valor, e doPassivo, do maior valor. Portanto a letra a resposta. O nico problema desta questofoi a letra e. Ao aplicar o Princpio da Prudncia, acabamos obtendo um Lucro Lquidomenor, porm esta uma conseqncia e no o seu objetivo (significado).

    Gabarito A

    08- (GEFAZ MG/ESAF 2005) Assinale a opo que completa a frase corretamente. Aocontabilizar a constituio de uma proviso, o setor de Contabilidade da empresa dever

    a) debitar a conta de proviso, qualquer que seja o seu motivo ou finalidade.b) creditar a conta de proviso, qualquer que seja o seu motivo ou finalidade.c) debitar a conta de proviso, se a sua constituio representar uma dvida ou

    obrigao de pagar.d) creditar a conta de proviso, somente se a sua constituio representar uma reduo

    de ativo.e) debitar a conta de proviso, se a sua constituio representar uma despesa.

    Comentrio: Sempre que constitumos uma Proviso, seja ela do Ativo ou do Passivo,devemos efetuar um lanamento a Dbito de Despesa e a Crdito da Proviso. As Provisestm sempre natureza credora. As de Passivo aumentam o valor do grupo Passivo, enquantoas de Ativo so retificadoras, diminuindo, portanto, o valor do grupo Ativo.

    Gabarito B

    09- (GEFAZ MG/ESAF 2005) A empresa ABC Ltda. apura os resultados anualmente em31 de dezembro. Em 27/03/x5, verifica que um cliente seu, com dvida vencida de R$10.000,00, tornou-se inadimplente contumaz e que a dvida j pode ser consideradaincobrvel. No tendo sido constituda a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa,em 31/12/x4, podemos dizer que o lanamento adequado no dia 27/3/x5 ser:

    a) Crditos de Liquidao Duvidosaa Clientes R$ 10.000,00

    b) Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosaa Clientes R$ 10.000,00

    c) Clientesa Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    d) Apurao do Resultado do Exerccioa Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    e) Crditos de Liquidao Duvidosa

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    a Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa R$ 10.000,00

    Comentrio: Sempre que temos um Ativo (no caso Clientes) em que no exista previso de

    realiz-lo, ou seja, transform-lo em dinheiro, deve-se dar baixa em seu valor. No temsentido manter este valor no Patrimnio, sem que exista a previso de seu recebimento.Seria um Ativo Falso. Logo, para dar baixa em seu valor, devemos efetuar umlanamento a Crdito, ou seja, creditar a conta Clientes.Como o Cliente nos deu um Calote, tomamos um prejuzo. Se j tivermos feito umaProviso para cobrir esta perda (Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa), bastabaixarmos seu valor, atravs de um lanamento a Dbito de sua conta. Isto ocorre porque jtnhamos antecipado esta perda no exerccio anterior. No o caso desta questo. Veja quefoi dito que a Proviso no tinha sido constituda. Logo, se no antecipamos o calote,devemos reconhecer o prejuzo agora, atravs de uma conta de despesa. Na questo, foiutilizada como despesa a conta Crditos de Liquidao Duvidosa.

    Gabarito - A