aula 01 fundamentos do processo civil

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Aula 01 QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Conceitue competência? R: jurisdição que materializa-se pela competência, que, segundo o vigente Código de Processo Civil, pode ser internacional e interna. 2. Quanto a competência internacional, explique a competência concorrente e a competência exclusiva. R: competência concorrente, ou seja, expõe as hipóteses em que a jurisdição civil brasileira poderá atuar, sem prejuízo da competência de outras jurisdições, ou seja, das jurisdições estrangeiras. Assim, há competência concorrente sempre que o réu for domiciliado no Brasil (independente da nacionalidade), no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação, bem como na hipótese da ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. competência exclusiva, ou seja, expõe as hipóteses em que a autoridade judiciária brasileira é a única competente para apreciar e julgar as lides. Assim, país estrangeiro não poderá decidir sobre ações relativas a imóveis situados no Brasil, bem como proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. 3. Diferencie a competência absoluta da competência relativa. R: A competência é absoluta quando fixada pelos critérios material, pessoal ou funcional. Prevalece o interesse público e não pode ser modificada pela vontade das partes em foro de eleição, ou pelos fatos processuais denominados conexão e continência. competência é relativa quando fixada pelos critérios territorial ou econômico. Prevalece o interesse privado. 4. O que se entende por conexão e continência? R: conexão: ocorre entre duas ou mais ações que contenham causas de pedir ou pedido iguais.

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QUESTÕES DE FUNDAMENTO DO PROCESSO CIVIL

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Aula 01

Aula 01 QUESTES DE FIXAO1. Conceitue competncia?R: jurisdio que materializa-se pela competncia, que, segundo o vigente Cdigo de Processo Civil, pode serinternacional e interna.2. Quantoacompetncia internacional, explique a competncia concorrente e a competncia exclusiva.R: competncia concorrente, ou seja, expe as hipteses em que a jurisdio civil brasileira poder atuar, sem prejuzo da competncia de outras jurisdies, ou seja, das jurisdies estrangeiras. Assim, h competncia concorrente sempre que o ru for domiciliado no Brasil (independente da nacionalidade), no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao, bem como na hiptese da ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.competncia exclusiva, ou seja, expe as hipteses em que a autoridade judiciria brasileira a nica competente para apreciar e julgar aslides. Assim, pas estrangeiro no poder decidir sobre aes relativas a imveis situados no Brasil, bem como proceder a inventrio e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herana seja estrangeiro e tenha residido fora do territrio nacional.3. Diferencie a competncia absoluta da competncia relativa.R: A competncia absoluta quando fixada pelos critrios material, pessoal ou funcional. Prevalece o interesse pblico e no pode ser modificada pela vontade das partes em foro de eleio, ou pelos fatos processuais denominados conexo e continncia.competncia relativa quando fixada pelos critrios territorial ou econmico. Prevalece o interesse privado.4. O que se entende por conexo e continncia?R: conexo: ocorre entre duas ou mais aes que contenham causas de pedir ou pedido iguais.

Continncia: Ocorre entre duas ou mais aes que contenham as partes iguais, as causas de pedir tambm, mas o pedido de uma mais abrangente que o de outra.5. Qual o rgo competente para o julgamento do conflito de competncia? Explique.Havendo conflito o rgo competente para julg-lo o tribunal hierarquicamente superior aos dos juzes que se declararam competentes ou incompetentes para apreciao da lide.Se o conflito ocorrer entre o tribunal ou entre juzes de justias diferentes ou entre juizes de grau inferior o Superior Tribunal de Justia ser o rgo competente para julgamento do conflito. Aula 02

QUESTES DE FIXAO1. Conceitue ato processual e fato processual.R: Fato processualConceito todo fato que cause repercusso no andamento do processo. No dependem da vontade. Exemplo: morte da parte ou do procurador.Ato processualConceito o ato praticado pelos sujeitos do processo que tem por fim criao, modificao ou extino da relao jurdica.Os atos processuais acarretam diferentes conseqncias no andamento do processo.Os atos de criao da relao jurdica processual so atos referentes ao incio da relao e so trs: petio inicial, citao e contestao.2. Explique os princpios relativos aos atos processuais.R: Principio da tipicidadePor esse princpio os atos devem ser praticados conforme o modo previsto em lei.Principio da publicidadePor esse princpio os atos processuais so pblicos, exceo nos casos que correm em segredo de justia, conforme art. 155, CPC.Princpio da instrumentalidade das formasPor esse princpio todos os atos e termos do processo independem de forma determinada, salvo se a lei exigir e todos os que foram realizados de outro modo, mas que preencham sua finalidade sero considerados vlidos.3. Quanto aos atos praticados pelas partes, explique os atos postulatrios e os atos dispositivos.R: Atos postulatriosSo os atos pelos quais as partes oferecem ao juzo suas teses de direito e de fato e postulam seus direitos, como, por exemplo, petio inicial.Atos dispositivosSo os atos pelos quais as partes dispem de suas faculdades processuais e de seus direitos materiais que julgam ser possuidores. Temos a renncia, reconhecimento jurdico do pedido, transao e desistncia.4. Quanto aos atos praticados pelas partes, explique os atosinstrutriose os atos reais.R: AtosinstrutriosSo os atos pelos quais as partes buscam convencer o juiz das razes que apresentaram.Atos reaisSo atos pelos quais as partes realizam procedimentos materiais, como por exemplo, exibio de documentos e pagamento de custas.5. Quais so os atos processuais praticados pelo juiz. Explique-os.R: Sentena: o ato do juiz que implica em algumas das situaes dos artigos 267 e 269 do CPC.Podem ser terminativas ou definitivas.Sentenas terminativasOcasionam a extino do processo sem a anlise do mrito, quando ocorrer algumas das hipteses previstas no artigo 267, CPC.A parte pode, frente a uma sentena terminativa, propor novamente a ao, pois a sentena terminativa faz apenas coisa julgada formal. Nas hipteses de extino do processo em razo de perempo, litispendncia e coisa julgada, no poder ser proposta nova demanda.Sentenas definitivasOcasionam a extino do processo por meio de uma sentena de mrito, discutindo a questo de direito material de maneira definitiva.Findos os prazos recursais as sentenas definitivas fazem coisa julgada formal e material, impedindo que as partes recebam novo julgamento.Deciso interlocutria: o ato pelo qual o juiz resolve questo incidente no curso do processo. Ex.: Indefiro a oitiva da testemunha X.Despacho: o ato pelo qual o juiz d andamento ao processo, no apresentando contedo decisrio, de modo que no comporta recurso. Ex.: Diga a parte contrria.,

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QUESTES DE FIXAO1. Quem so os auxiliares da justia?R: escrivo, oficial de justia, perito, depositrio, o administrador e intrprete, alm de outros determinados pela lei de organizao judiciria, conforme art. 139, CPC.2. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justia, explique o que so os atos de movimentao. D um exemplo.R: Atos de movimentao:so atos realizados principalmente pelo escrivo e pelos escreventes e destinam-se a dar prosseguimento ao processo. A concluso dos autos ao juiz, a vista dos autos s partes, a remessa dos autos para o contador e a expedio de ofcios e mandados so atos de movimentao.3. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justia, explique o que so atos de documentao. D um exemplo.R: Atos de documentao:tambm so atos realizados principalmente pelo escrivo e pelos escreventes e destinam se a lavrar os atos de movimentao, como por exemplo, feitura do termo de audincia e lanamento de certides.4. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justia, explique o que so atos de comunicao. D um exemplo.R: Atos de comunicao:so atos realizados pelo escrivo e pelo oficial de justia.So atos de comunicaodo escrivoas citaes e intimaes feitas s partes, pelo correio.So atos de comunicao dooficial de justiaascitaes e intimaes feitas s partes nos casos de mandado judicial.5. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justia, explique o que so atos de execuo. D um exemplo.R: Atos de execuo:so atos realizados fora dos cartrios, por oficial de justia, quando em cumprimento de mandados judiciais, como no caso de penhora. Aula 04

QUESTES DE FIXAO1. Conceitue citao e cite as suas modalidades previstas no CPC.R: o ato pelo qual se d o chamamento do ru ou o interessado a juzo, para apresentar a sua defesa.O juiz, ao deferir a petio inicial, ordenar a citao inicial do ru, sendo este ato indispensvel para a validade do processo.Citao real: a citao recebida pessoalmente pelo ru ou por seu representante legal ou por procurador autorizado. A citao real pode ocorrerpelo correio, por oficial de justia e por meio eletrnico.Pelo correio (art. 222 e 223, CPC)Por oficial de justia (art. 225 e 226, CPC)Por meio eletrnicoCitao ficta:Por edital (art.231 a233, CPC)Por hora certa (art.227 a229, CPC)2. Segundo o CPC, em quais hipteses no poder ocorreracitao?Se o citando estiver assistindo ato religioso;Ao cnjuge ou parente do morto, consangneo ou afim em linha reta ou colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos sete dias seguintes;Aos noivos nos trs primeiros dias do casamento; e,Aos doentes enquanto estiverem em estado grave.3. A citao pode ser real ou ficta. Explique.A citao pode ocorrer de duas maneira e depende da situao do ruCitao ficta:a citao ficta ou presumida assim denominada, por no haver certeza de que o ru tenha tido conhecimento dela. Estabelece-se a presuno do conhecimento da existncia da ao.ao real: a citao recebida pessoalmente pelo ru ou por seu representante legal ou por procurador autorizado.4. Conceitue intimao.R: o ato pelo qual se d cincia a algum de atos e termos processuais para que venha a fazer ou deixar de fazer algo.O CPC no diferencia o termo intimao de notificao, enquanto comunicao de atos processuais, porm a doutrina costuma diferenci-los, sendo intimao a cincia de atos j praticados e a notificao termo utilizado para designar a prtica de um ato futuro.5. O que carta de ordem, carta precatria e rogatria?Carta de ordemExpedida de um tribunal para um juiz subordinado.Carta rogatriaExpedida frente necessidade do ato realizar-se no exterior.Carta precatriaExpedida frente necessidade do ato realizar-se no Brasil, porm em outra comarca que no seja aquela em que a ao tramita. Aula 05

QUESTES DE FIXAO1. Cite as classificaes dos prazos.R: Prazos legais:so os prazos especificados em lei;Prazos judiciais:so os prazos fixados pelo juiz. O juiz poder fixar prazos sempre que a lei for omissa (art. 177, CPC);Prazos convencionais:so os prazos definidos entre as partes, em comum acordo.Prazos prprios:so os prazos estabelecidos para as partes.O no cumprimento do ato no lapso temporal estabelecido acarreta a perda do direito de pratic-lo (precluso), independente de declarao judicial (art. 183, CPC);Prazos imprprios:so os prazos estabelecidos para os auxiliares de justia e para o juiz.O no cumprimento dos atos no afeta a relao jurdica, mas pode gerar sanes administrativas;Prazos dilatrios:so os prazos que permitem prorrogao ou reduo por vontade das partes, mas para isso as partes devem requerer antes do vencimento do prazo, apresentando razes legtimas para a alterao (art. 181, CPC);Prazos peremptrios: so os prazos que no admitem alteraes.2. Diferencie prazo prprio de prazo imprprio.R: Prazos prprios:so os prazos estabelecidos para as partes.O no cumprimento do ato no lapso temporal estabelecido acarreta a perda do direito de pratic-lo (precluso), independente de declarao judicial (art. 183, CPC);Prazos imprprios:so os prazos estabelecidos para os auxiliares de justia e para o juiz.O no cumprimento dos atos no afeta a relao jurdica, mas pode gerar sanes administrativas;3. Explique precluso temporal, precluso lgica e preclusoconsumativa.R: Precluso lgica a perda da faculdade de praticar o ato pela prtica de um ato anterior que incompatvel com o ato que a parte pretendia efetivar posteriormente.Precluso temporal a perda da faculdade de praticar um ato pelo decurso de tempo. O no cumprimento do ato no prazo estabelecido pela lei ou pelo juiz acarreta a perda do direito de faz-lo.Preclusoconsumativa a perda da faculdade de praticar um ato de modo diferente quando o ato j foi realizado de outra forma permitida por lei.4. Explique as regras de contagem do prazo processual.R:> O CPC, nos artigos 178 e 179, estabelece que os prazossocontnuos, no se interrompendo nos feriados e que a supervenincia das frias suspende o curso do prazo. O que sobrar do prazo comeara a correr do primeiro dia til seguinte ao trmino das frias.Em regra os prazos so de5dias e o incio no primeiro dia til e se encerra no ltimo dia til.Se a citao ou a intimao for feita, o prazo comear a correr:Pelo correio: da juntada do aviso de recebimento aos autos. Sevrios rus, da juntada do ltimo avisode recebimento;Por mandado (citao pessoal ou por hora certa): a partir da juntada aos autos do mandado;Por edital: aps final da contagem e o prazo varia de20 a60 dias;Pela impressa (s a intimao): dia seguinte ou dia til subseqente;ePor cumprimento de carta de ordem, precatria ou rogatria: data da juntada das mesmas devidamente cumpridas.Recurso: data em que os advogados forem intimados da deciso, da sentena ou do acrdo.5. Cite trs causas de suspenso do processo.R: Obstculo criado pela parte contrria;Morte ou perda de capacidade processual da parte, de seu representante ou de seu procurador;Conveno entre as partes; Aula 06

QUESTES DE FIXAO1. O que so atos inexistentes?R: aquele ato que jamais surtir efeito, pois no preenche os requisitos mnimos para existir. Tem-se ato inexistente quando faltar requisitos essenciais constituio do ato jurdico em si de tal forma que, perante o Direito, esse ato no exista.Possui um vcio to visvel que a declarao judicial para sua invalidao dispensada.Esse ato nunca se convalidar e independe de validao.Exemplo: sentena assinada pelo escrivo.2. O que so atos absolutamente nulos?Tem-se nulidade absoluta quando h violao de dispositivo legal de ordem pblica. Possui um vcio grave, insanvel. A execuo do ato no se deu com observncia da forma prescrita em lei.O ato absolutamente nulo depende de validao, ou seja, deve ser declarado nulo de oficio, independente de provocao da parte interessada.O juiz, ao decretar a nulidade do ato, deve declarar que atos so atingidos, ordenando as providncias necessrias, a fim de que sejam repetidos ou retificados.Exemplo: citaes e intimaes realizadas em discordncia com o determinado em lei.3. O que so atos relativamente nulos?Tem-se nulidade relativa quando as irregularidades cometidas so sanveis. Ainda que o ato possua vcio capaz de produzir efeitos.Pode-se dizer que um defeito nfimo e que interessa apenas a parte.Cabe a parte prejudicada argir o vcio e isso deve ser feito na primeira oportunidade em que a parte falar nos autos. Caso contrrio tem-se a precluso (art. 245, CPC).A parte prejudicada mantendo-sesilente, ou seja, no argindo a nulidade, este ser convalidado.4. Como devero ser argidas as nulidades?As nulidades podem ser argidas pela parte contrria.No poder a parte causadorada nulidade requerera decretao da nulidade. Somente a parte prejudicada dever requerer sua decretao.O autor dever requerer a nulidade na petio inicial e o ru na contestao ou tambm em petio simples, pois como j visto cabe a parte prejudicada argir o vcio e isso deve ser feito na primeira oportunidade em que a parte falar nos autos, aps a ocorrncia do ato vicioso, sob pena de precluso.O Ministrio Pblico e as partes podem argir a nulidade em alegaes orais e em razes de apelao.5. Explique os efeitos da decretao de nulidade do ato.O procedimento das aes uma sucesso de atos e a nulidade pode ocorrer no desenrolar da ao, ou seja, desde sua propositura at o julgamento final.O artigo 248 do CPC dispe que anulado o ato no tero efeito os atos subseqentes que dele dependam, mas a nulidade de uma parte do ato no prejudicar outros atos que sejam independentes e por isso deve o juiz declarar os atos que so atingidos pela nulidade.Se no houver prejuzo parte, o ato no se repetir bem como a falta do ato no precisar ser suprida, dado a ausncia de prejuzo.Da mesma forma o ato no ser repetido e nem suprida sua falta se o juiz puder decidir o mrito a favor da parte que aproveite a declarao de nulidade.Tem-se ainda que os atos praticadosseroaproveitados se no houver prejuzo defesa (art. 250, nico, CPC). Aula 07

QUESTES DE FIXAO1. Quais so as condies da ao?Legitimidade para a causa (legitimatioadcausam)LegitimidadeordinriaLegitimidade extraordinriaCapacidade processual(legitimatioadprocessum)Capacidade postulatriaCapacidade de estar em juzo2. O que legitimidade para a causa?Indica que cada ao deve ser integrada por partes legtimas, por pessoas que estejam nos plos da relao jurdica. a capacidade para agir em juzo diante de determinado interesse em conflito.As partes legtimas so os titulares da relao jurdica. Os titulares da relao jurdica ainda que hipoteticamentesopartes legtimas.3. Diferencie legitimidade ordinria da legitimidade extraordinria.LegitimidadeordinriaCaracteriza-se quando o autor de uma ao judicial o titular da pretenso e o ru aquele que resiste a tal pretenso.Legitimidade extraordinriaCaracteriza-se quando um terceiro, autorizado por lei, atua em juzo e em nome prprio, na defesa de direito alheio, ou seja, a lei atribui essa legitimidade a outrem, conforme art. 6 do CPC.Tambm chamada de substituio processual.4. Diferencie capacidade processual de capacidade de estar em juzo.Capacidade processual(legitimatioadprocessum) uma aptido genrica para agir em juzo por si s.Todos os indivduos tm; exceo feita aos absolutamente e relativamente incapazes, que devero ser representados e assistidos.Capacidade de estar em juzoQualquer pessoa que possua capacidade para ser sujeito de direitos e obrigaes na vida civil tem a capacidade de estar em juzo, mesmo que ainda no tenha personalidade civil.5. O que significa capacidade postulatria? a capacidade da parte que representada em juzo pelo advogado. exclusiva do advogado e ser nulo o processo se a parte estiver representada por pessoa que no tenha habilitao para exercer a advocacia.A lei prev excees (art. 36, CPC), permitindo que a postulao seja feita pela prpria parte. Aula 08

QUESTES DE FIXAO1. Conceituelitisconsrcio.R: a pluralidade das partes que compem a relao jurdica processual.Comumente as relaes jurdicas processuais compreendem o autor, no plo ativo, e o ru, no plo passivo da relao jurdica processual.Ocorre que h situaes em que essa relao jurdica apresenta circunstncias envolvendo mais de uma pessoa no plo ativo ou passivo, da a pluralidade das partes.2. Cite as classificaes existentes para litisconsrcio.R: Em relao ao ploLitisconsrcio ativoOcorre se na relao jurdica h vrios autores.Litisconsrcio passivoOcorre se na relao jurdica h vrios rus.Litisconsrcio mistoOcorre se na relao jurdica h vrios autores e rus.Em relaoaobrigatoriedadeLitisconsrcio facultativoO autor tem a faculdade de escolher litigar acompanhado de vrios autores ou contra vrios rus, se presentes uma das situaes estabelecidas pelo art. 46, CPC.Nesse tipo de litisconsrcio o juiz, se observar que o numero de litigantes pode vir a comprometer a agilidade na soluo do litgio, poder limitar o nmero de litigantes.Litisconsrcio necessrioOcorre por disposio legal ou em funo da natureza da relao jurdica quando o juiz tiver de decidir a lide de forma uniforme, ou seja, a sentena dever ser idntica para todos os envolvidos na demanda.3. Diferencie o litisconsrcio facultativo do litisconsrcio necessrio.Litisconsrcio facultativoO autor tem a faculdade de escolher litigar acompanhado de vrios autores ou contra vrios rus, se presentes uma das situaes estabelecidas pelo art. 46, CPC.Nesse tipo de litisconsrcio o juiz, se observar que o numero de litigantes pode vir a comprometer a agilidade na soluo do litgio, poder limitar o nmero de litigantes.Litisconsrcio necessrioOcorre por disposio legal ou em funo da natureza da relao jurdica quando o juiz tiver de decidir a lide de forma uniforme, ou seja, a sentena dever ser idntica para todos os envolvidos na demanda.Nesses casos o juiz ordenar para que o autor cite todos oslitisconsortes necessrios e estabelecer prazo para tal, para que a sentena tenha eficcia.4. Em relao ao plo, o litisconsrcio pode ser ativo, passivo ou misto. Explique.As classificaes do litisconsrcio podem ser em relao ao plo, ao teor e a obrigatoriedade.5. Diferencie o litisconsrcio unitrio do litisconsrcio simples.R: UnitrioAplicao idntica para todos, no havendo como decidir diferente, como por exemplo, em ao de locao quando temos o marido e mulher no plo ativo e o inquilino no plo passivo.No d para decidir diferente para o marido e mulher. Deve ser idntica a deciso.SimplesOcorre quandoo juiz pode livremente julgar de modo diverso cada um dos litisconsortes.Relaciona-se, em regra, com as hipteses do litisconsrcio facultativo.A deciso pode ser diferente para cada litisconsorte, como ocorre, por exemplo, na ao de usucapio. Aula 09

QUESTES DE FIXAO1. Conceitueinterveno de terceiro.R:

um instituto que permite o ingresso de um terceiro na relao jurdica existente entre o autor e o ru.O terceiro, estranho relao jurdica, ao ingressar em um dos plos estabelece uma nova relao jurdica, independente e autnoma da relao jurdica original.2. Explique as classificaes existentes para a interveno de terceiro.Interveno adesiva (adcoadjuvandan)O terceiro ingressa na relao jurdica e assume a posio de auxiliar da parte.Interveno principalO terceiro ingressa na relao jurdica e exerce o direito de ao, requerendo para si a coisa ou objeto sobre qual litigam autor e ru.Interveno espontneaO ingresso do terceiro na relao jurdica entre o autor e ru ocorre de forma voluntria. So formas voluntrias as modalidades de assistncia e oposio.Interveno provocadaO ingresso do terceiro na relao jurdica entre o autor e ru ocorre de forma no espontnea, ou seja, imposta, provocada pelo autor ou pelo ru.So formas provocadasasmodalidades denunciao da lide, nomeao autoria e chamamento ao processo..3. Conceitue assistncia. uma modalidade de interveno de terceiros que se apresenta de forma voluntria (espontnea) que permite ao terceiro formular pedido de ingresso na relao jurdica processual que inicialmente era composta por autor e ru.4. Diferencie a assistncia simples da assistncia litisconsorcial.Assistncia simplesNa assistncia simples o assistente intervm no auxlio da parte contra a outra em funo do interesse jurdico que tem na vitria ou na derrota da outra parte.O papel do assistente o de auxiliar a parte assistida em defesa do direito da mesma.assistncia litisconsorcialNa assistncia litisconsorcial o assistente atua como se ele fosse um verdadeiro litisconsorte do assistido. Diferente do assistente simples que no pode ser parte, o assistente litisconsorcial no parte, mas poderia s-lo, porm entra na relao jurdica processual como assistente litisconsorcial.5. Explique o procedimento da assistncia.O assistente deve, por petio, requerer ao juiz tal condio em qualquer grau de jurisdio e a qualquer tempo, porm o assistente receber o processo no estado em que se encontra no momento do requerimento.As partes sero intimadas para em cinco dias oferecer impugnao. No havendo impugnao o pedido de assistncia ser deferido.Porm pode a parte contrria alegar que falta interesse jurdico ao assistente e diante disso o juiz ordenar o desentranhamento da petio e impugnao para que sejam autuadas em apenso, sem a suspenso do processo.Poder tambm autorizar a produo de provas para em cinco dias decidir a questo incidente. Aula 10

QUESTES DE FIXAO1. Conceitue oposio.R: Nessa modalidade o terceiro ingressa na relao jurdica pleiteando no todo ou em parte coisa ou objeto sobre o qual recai a demanda, ou seja, o prprio direito material em conflito entre autor e ru.Apresenta-se de forma voluntria.A oposio forma uma segunda relao jurdica processual composta de um lado pelo terceiro que denominado opoente e do outro lado estaro autor e ru, denominados opostos.2. Conceitue nomeao autoria. uma das modalidades de interveno de terceiros qualificada como forma de interveno no voluntria, diferindo da oposio e da assistncia cuja interveno ocorre de forma espontnea.A nomeao autoria possibilita a correo da legitimidade do plo passivo da relao jurdica porque se a pessoa indicada como ru no for parte legtima ser indicado o real possuidor contra quem deve dirigir-se a demanda.Na nomeao autoria ocorre a substituio do ru ilegtimo pelo legtimo evitando que o juiz decrete a extino do processo sem julgamento do mrito pela ilegitimidade da parte.3. Discorra sobre o procedimento da oposio.3. ProcedimentoO ru dever requerer a nomeao no prazo de sua defesa.Se o pedido for deferido pelo juiz o prazo ficar suspenso e o autor ser intimado para se manifestar, no prazo de cinco dias, sendo que poder o autor aceitar a nomeao, recus-la ou manter-se inerte.4. Quais as hipteses de cabimento da modalidade de interveno deterceiro denominadanomeao autoria?Omero detentor da coisa acionado em relao a essa coisa, mas por no ter a posse ou propriedade do objeto discutido dever indicar (nomearautoria) o real proprietrio ou possuidor para que figure no plo passivo.A aquele que alegar que agiu em nome de outrem dever indicar (nomearautoria ) o mandante para compor a relao jurdica.Obs.:responder por perdas e danos aquela a quem incumbiaanomeao deixar de nomear a autoria e/ou nomear pessoa diversa daquela cujo nome detm a coisa demandada e da temos o carter obrigatrio desta modalidade5. Discorra sobre o procedimento da nomeao autoria.. ProcedimentoO ru dever requerer a nomeao no prazo de sua defesa.Se o pedido for deferido pelo juiz o prazo ficar suspenso e o autor ser intimado para se manifestar, no prazo de cinco dias, sendo que poder o autor aceitar a nomeao, recus-la ou manter-se inerte.,

Aula 11

QUESTES DE FIXAO1. Conceitue denunciao da lide. uma das modalidades de interveno de terceiros qualificada como forma provocada e cuja provocao se d pelas partes, ou seja, ou pelo autor ou pelo ru.A denunciao da lide visa garantir a recomposio das perdas, caso sobrevenhaaderrota, portanto nesse modalidade tem-se previsto o direito de regresso.Sendo feitaadenunciao da lide duas aes tramitaro simultaneamente.Uma ser a principal movida pelo autor em face do ru e a outra eventual movida pelolitisdenuncianteem face dolitisdenunciadoe s ser apreciada a segunda ao se o julgamento da principal for desfavorvel ao denunciante.2. Quais as hipteses de cabimento da denunciao da lide?Pode ocorrer nas aes de anulao de alienao para que o adquirente possa exercer o direito de evico;Para trazer ao processo o proprietrio ou possuidor da coisa demandada; e,Para trazer ao processo aquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ao regressiva, o prejuzo estabelecido na demanda.3. Conceitue chamamento ao processo.uma das modalidades de interveno de terceiro qualificada como formacoacta, cuja provocao exclusiva do ru.A finalidade desta modalidade ampliar o objeto do processo trazendo para a causa os demais obrigados solidariamente responsveis com o ru e atribuir aoru-chamantettulo executivo judicial contra os ru-chamados. um mecanismo que introduz na relao jurdica processual original a figura do devedor ou do fiador para que cada um responda total ou parcialmente a prestao exigida no processo.4. Quais as hipteses de cabimento do chamamento ao processo?O chamamento ao processo admissvel em trs situaes.Para trazer ao processo o devedor principal quando o fiador for ru;Para trazer ao processo os outros fiadores quando na ao tenha sido citado apenas um dos fiadores;Para trazer ao processo os demais devedores solidrios, quando a ao foi proposta apenas em face de um ou alguns dos devedores principais da dvida comum.5. Discorra sobre o procedimento da modalidade de interveno deterceiro denominadachamamento ao processo.ProcedimentoORu dever, no prazo de contestao, em petio autnoma requerer a citao do chamado;O Juiz suspender o processo;O Juiz determinar a citao do chamado;O ruchamantedeve providenciar a citao do chamado em 10 dias se na mesma comarca ou em 30 dias se de outra comarca.Se no obedecidos os prazos para esta providncia, ser ineficaz o chamamento e o processo continua s com o ru e a sentena final no ir apreciar a questo que motivou o chamamento;Concretizada a citao do ru-chamado abre-se prazo de resposta de 15 dias, contados a partir da citao;Comparecendo ou no o chamado este se torna litisconsorte do ru;Cessa a suspenso do processo; e,Prazo para contestao reaberto. Aula 12

1. Explique como se d a formao do processo.Para que a relao jurdica processual se complete so necessrias aes dos sujeitos destas relaes. Essas aes so efetivadas pelo autor e pelo ru em momentos distintos e oportunos.Para o autor a formao do processo ocorre com a distribuio da petio inicial.Para o ru a formao do processo ocorre com a citao vlida. Somente aps a citao vlida temos instalada a relao jurdica entre o autor e ru.Enquanto a citao do ru no ocorrerarelao jurdica no se perfaz e ter o autor possibilidade de alterar sua petio inicial. Uma vez citado o ru de forma vlida, as modificaes por parte do autor sero possveis desde que com a anuncia do ru.2. Durante a suspenso do processo quais atos podem ser praticados?Diante de causas de suspenso do processo somente possvel, ao juzo, a prtica de atos de urgncia com o objetivo de evitar danos irreparveis tanto para as partes como para o processo, conforme previsto no art. 266, CPC.3. Cite quais so as causas de suspenso do processoMorte das partes ou perda da capacidade processual (art. 265, I,CPC)Conveno das partes (art. 265, inciso II, CPC)Excees processuais (art. 265, inciso III, CPC)Circunstncias da sentena de mrito (art. 265, inciso IV, CPC)4. Conceitue extino do processo.Uma vez formada a relao jurdica de um lado com a petio do autor e do outro com a citao vlida do ru o processo tende a um fim, devendo o juiz proferir uma sentena de tal forma que a relao processual seja extinta.A extino do processo pode se dar com ou sem a resoluo do mrito, lembrado que mrito a questo de fato e de direito que constitui o objeto principal da lide.5. A extino do processo pode ser sem resoluo de mrito ou com resoluo de mrito. Explique.Quando o processo extinto sem julgamento de mrito pela ocorrncia de alguma das hipteses previstas no artigo 267 do CPC a extino do processo ocorre de tal modo que a lide no se resolve.O que se deseja que o juiz julgue o pedido, mas no desenvolvimento do processo podem ocorrer algumas situaes que impeam o magistrado de fazer tal anlise.A sentena proferida pelo magistrado resulta da anlise de aspectos formais ou processuais da ao, no resolvendo a questo fundamental, ou seja, o mrito.E justamente pelo fato da lide no ser resolvida possvelarepetio da ao, desde que sanado o defeito que levou o processo a extino sem o julgamento do mrito.Extino do processo com resoluo do mrito (art. 269, CPC)Na ocorrncia de alguma das hipteses previstas no art. 269 do CPC as sentenas proferidas pelo magistrado impedem a repetio da ao, pois o juiz julgou o pedido como procedente ou improcedente, aplicando o direito material demanda proposta.