aula 00 contabilidade geral

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  • 7/27/2019 Aula 00 Contabilidade Geral.

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    Contabilidade Geral para Agente de Polcia FederalTeoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1

    SUMRIO

    APRESENTAO ............................................................................................................................................ 2O CURSO, EDITAL E PROVA ..................................................................................................................... 31. ASPECTOS INICIAIS............................................................................................................................... 61.1 ORIGEM E CONCEITO DE CONTABILIDADE ............................................................................... 61.2 OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA CONTABILIDADE........................................................ 71.3 FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DAS DEMONSTRAES....................... 8

    1.4 FUNES DA CONTABILIDADE ..................................................................................................... 101.5 TCNICAS CONTBEIS ..................................................................................................................... 101.5.1 ESCRITURAO ............................................................................................................................... 101.5.2 ELABORAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS .......................................................... 111.5.3 AUDITORIA ........................................................................................................................................ 121.5.4 ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS .................................................................... 132. PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS, ATIVO, PASSIVO E SITUAOLQUIDA. ........................................................................................................................................................ 133. SITUAO LQUIDA E EQUAO FUNDAMENTAL DO PATRIMNIO ................................. 183.1 TIPOS DE SITUAO LQUIDA EXISTENTES............................................................................ 20

    3.2 ALGUMAS CONSEQUNCIAS LGICAS....................................................................................... 22

    4. TEORIA DAS CONTAS, INCIO DO TPICO REGISTROS CONTBEIS .............................. 234.1 CONCEITO DE CONTA, CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO ............................... 235. ATOS E FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES PATRIMONIAIS. ................... 256. QUESTES COMENTADAS.................................................................................................................. 277. QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................................................... 408. GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ...................................................... 43

    AULA 00: APRESENTAO/1 CONCEITOS, OBJETIVOS E FINALIDADESDA CONTABILIDADE. 2 PATRIMNIO: COMPONENTES, EQUAOFUNDAMENTAL DO PATRIMNIO, SITUAO LQUIDA, REPRESENTAO

    GRFICA.

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    APRESENTAO

    Ol, meus amigos. Como esto?!

    com um imenso prazer que estamos aqui, no ESTRATGIA CONCURSOS, omais novo e revolucionrio site de preparao para concursos pblicos, paraministrar para vocs a disciplina de NOES DE CONTABILIDADE GERALpara o to aguardado concurso de AGENTE DE POLCIA FEDERAL.

    O Estratgia conta com os melhores professores do Brasil, no tenham dvidas.Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas asdisciplinas, voc no precisar de mais nada para ter uma preparao slida efocada para este certame. Creiam-me.

    O cargo de Agente uma excelente oportunidade para quem tem nvel superior(em qualquer rea de graduao). Alm de remunerao excelente, o trabalhona rea policial (ainda mais na polcia federal) extremamente interessante.

    Ento, no podemos perder tempo! Estudando corretamente, todos temoschances efetivas de nos tornarmos os mais novos servidores da cpula policialdeste pas.

    Ao todo, temos 500 VAGAS para agente, e a boa notcia que voc s

    precisar de uma nica.

    Agora, permita que nos apresentemos:

    Meu nome GABRIEL RABELO, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazendado Estado do Esprito Santo, tendo logrado aprovao em primeiro lugar (regionordeste) no concurso realizado pelo CESPE, em 2009. Sou professorcolaborador de direito empresarial e contabilidade no stio do Estratgia.Tambm sou professor de contabilidade e direito comercial em cursospreparatrios para concursos em Vitria. Autor dos livros 1.001 Questes

    Comentadas de Direito Empresarial FCC e 1.001 Questes Comentadas deDireito Administrativo ESAF, este ltimo em co-autoria com a professoraElaine Marsula, ambos publicados pela Editora Mtodo.

    Meu nome LUCIANO ROSA, sou formado em Administrao de Empresaspela Faculdade de Economia e Administrao FEA USP. Possuo 17 anos deexperincia em empresas privadas, na rea de Controladoria, tendo ocupado oscargos de Assistente de Auditoria, Analista de Custo, Chefe da ContabilidadeFinanceira e Controller. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas da Secretariada Fazenda do Estado de So Paulo, aprovado no concurso de 2009.Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assemblia Legislativa de SoPaulo, aprovado em 1 lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de

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    Agente Tcnico Legislativo Especializado rea de finanas, e, em comisso,durante 7 anos, o cargo de Diretor Tcnico Legislativo do Servio Tcnico deProgramao Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autorde diversos cursos na rea de contabilidade.

    Alm disso, lanamos juntos, pela EDITORAMTODO, o livro CONTABILIDADE AVANADAFACILITADA PARA CONCURSOS Teoria equestes e mais de 200 questes comentadas.Este livro baseado nos PronunciamentosContbeis emanados do Comit dePronunciamentos Contbeis e est disponvel paravenda no site da editora e, em breve, nasdiversas livrarias.

    O CURSO, EDITAL E PROVA

    A prova ser realizada pelo CENTRO DE SELEO E PROMOO DEEVENTOS, o nosso famoso CESPE/UNB.

    Esta banca, no mundo dos concursos, famosa por realizar questes do tipoCERTO OU ERRADO, onde o candidato, ao assinalar um gabarito, deve terquase que a plena convico do que est asseverando, pois, em caso de erro, apenalidade a anulao de outra questo que ele eventualmente tenhaacertado.

    Contabilidade vem representando em mdia 10 itens, dos 120 disponveis. Talquantidade de questes monta a quase 8,5% do total de pontos.

    Ocorre que na rea policial (e essa uma experincia que tenho de cursinhospresenciais e telepresenciais) muitos candidatos enxergam a contabilidadecomo uma disciplina chata, demasiadamente complicada, ou at mesmoenjoada , eles dizem isso mesmo. A duas concluses esses candidatospodem chegar:

    1) Deixarei contabilidade em branco, pois no far falta para a aprovao noconcurso.

    2) Marcarei do jeito que souber.

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    Infelizmente, nenhuma destas solues a prefervel para voc, pois, paranosso azar, podem acarretar a no classificao no concurso.

    Mas, professor, o que fazer ento?! Nossa proposta : VAMOS GABARITARCONTABILIDADE.

    Mas como?! Basta, para tanto, que acompanhem as aulas que ministraremosaqui.

    Nosso curso se prope a:

    - Ministrar toda a teoria do edital publicado em 15/03/2012 de agente dapolcia federal, de modo claro, objetivo e para todos (leigos e no leigos).

    - Propor mais de 200 questes da banca (todas cuidadosamente comentadas).

    - Passar toda a matria atualizada, de acordo com os PronunciamentosContbeis emitidos pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis e com asmudanas oriundas da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009, j que o edital exigiuexpressamente o conhecimento das normas.

    A ementa a seguinte:

    NOES DE CONTABILIDADE GERAL:

    1 Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade. 2 Patrimnio:componentes, equao fundamental do patrimnio, situao lquida,representao grfica. 3 Atos e fatos administrativos: conceitos, fatospermutativos, modificativos e mistos. 4 Contas: conceitos, contas de dbitos,contas de crditos e saldos. 5 Plano de contas: conceitos, elenco de contas,funo e funcionamento das contas. 6 Escriturao: conceitos, lanamentoscontbeis, elementos essenciais, frmulas de lanamentos, livros deescriturao, mtodos e processos, regime de competncia e regime de caixa. 7Contabilizao de operaes contbeis diversas: juros, descontos, tributos,aluguis, variao monetria/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e

    provises, depreciaes e baixa de bens. 8 Balancete de verificao: conceitos,modelos e tcnicas de elaborao. 9 Balano patrimonial: conceitos, objetivo,composio. 10 Demonstrao de resultado de exerccio: conceito, objetivo,composio. 11 Lei n 6.404/1976: alteraes posteriores, legislaocomplementar e pronunciamentos do Comit de Pronunciamentos Contbeis(CPC). 12 Princpios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo ConselhoFederal de Contabilidade, por meio das Resolues do CFC n 1282/2010 e n750/1993 e alteraes).

    Nossas aulas assim sero divididas:

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    - Aula 00 Disponvel em 17/03/2012 - 1 Conceitos, objetivos efinalidades da contabilidade. 2 Patrimnio: componentes, equaofundamental do patrimnio, situao lquida, representao grfica.

    - Aula 01 Disponvel em 25/03/2012 12 Princpios fundamentais decontabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, pormeio das Resolues do CFC n 1282/2010 e n 750/1993 ealteraes).

    - Aula 02 Disponvel em 31/03/2012 - 3 Atos e fatos administrativos:conceitos, fatos permutativos, modificativos e mistos. 4 Contas:conceitos, contas de dbitos, contas de crditos e saldos. 5 Plano decontas: conceitos, elenco de contas, funo e funcionamento dascontas. 8 Balancete de verificao: conceitos, modelos e tcnicas deelaborao.

    - Aula 03 Disponvel em 05/04/2012 - 6 Escriturao: conceitos,lanamentos contbeis, elementos essenciais, frmulas delanamentos, livros de escriturao, mtodos e processos, regime decompetncia e regime de caixa.

    - Aula 04 Disponvel em 10/04/2012 - 7 Contabilizao de operaescontbeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguis, variaomonetria/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provises,depreciaes e baixa de bens.

    - Aula 05 Disponvel em 15/04/2012 - 9 Balano patrimonial:conceitos, objetivo, composio.

    - Aula 06 Disponvel em 22/04/2012 - 10 Demonstrao de resultadode exerccio: conceito, objetivo, composio.

    O tpico 11, que se refere Lei 6.404/76 e aos CPCs ser tratado ao longo docurso.

    Nossos e-mails, para dvidas, so:

    [email protected]@estrategiaconcursos.com.br

    Quaisquer dvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambospossamos ter cincia do que est se passando no curso.

    T ok?! isso! Vamos comear a nossa batalha?!

    Forte abrao!

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

    1. ASPECTOS INICIAIS

    Esta uma aula pouco mais simples. Se voc procurar no edital, ver quemuitos tpicos que esto nela tratados no so explcitos na ementa. Todavia,trata-se de pr-requisito, sem o qual no podemos sequer dar incio matria.

    Tal como no podemos prosseguir no estudo da constituio federal sem sabero que vem a ser a constituio, na contabilidade tambm temos a exigncia desaber para que serve, a quem se destina e o que a cincia contbil. Nossaevoluo na disciplina se dar ao longo do curso. Ento, essa aula se faz

    necessria.

    1.1 ORIGEM E CONCEITO DE CONTABILIDADE

    A contabilidade to antiga quanto civilizao. Os primeiros registros de quese tm notcias so provenientes dos fencios. Ela surge com a evidentenecessidade do homem de controlar o seu patrimnio, alm de registrar ocomrcio exercido.

    A cincia contbil evoluiu junto s diversas sociedades e muito se passou atque surgiu a publicao do famoso mtodo das partidas Dobradas, em 1494,com o Frei Luca Paciolo. A partir da houve uma evoluo exponencial da cinciacontbil, at chegarmos aos dias de hoje, em que a contabilidade se encontraem um processo mundial de convergncia, dada a globalizao.

    Mas o que vem a ser a cincia contbil? Pois bem. H uma definio formal,estatuda no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado nos idosde 1924:

    DEFINIO FORMAL DE CONTABILIDADE:Contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes de orientao,de controle e de registro dos atos e fatos de uma administraoeconmica (1 Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).

    ATENTE-SE: ACONTABILIDADE UMA CINCIA!

    Cuidado com questes que a definem como tcnica, metodologia, e atmesmo arte!

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    1.2 OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA CONTABILIDADE

    Como cincia que , a contabilidade possui um OBJETO. Esse objeto oPATRIMNIO das entidades. O patrimnio o conjunto de BENS, DIREITOSeOBRIGAES de uma entidade.

    Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, o objeto delimita o campo deabrangncia de uma cincia, tanto nas cincias formais quanto nas factuais, dasquais fazem parte as cincias sociais. Na Contabilidade, o objeto sempre oPATRIMNIO de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos ede obrigaes para com terceiros, pertencente a uma pessoa fsica, a umconjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a umasociedade ou instituio de qualquer natureza, independentemente da suafinalidade, que pode, ou no, incluir o lucro. O essencial que o patrimniodisponha de autonomia em relao aos demais patrimnios existentes, o que

    significa que a Entidade dele pode dispor livremente, claro que nos limiteestabelecidos pela ordem jurdica e, sob certo aspecto, da racionalidadeeconmica e administrativa.

    O Patrimnio tambm objeto de outras cincias sociais por exemplo, daEconomia, da Administrao e do Direito que, entretanto, o estudam sobngulos diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectosquantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente,apreender, no sentido mais amplo possvel, e entender as mutaes sofridaspelo Patrimnio, tendo em mira, muitas vezes, uma viso prospectiva de

    possveis variaes. As mutaes tanto podem decorrer da ao do homem,quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza sobreo patrimnio.

    Por aspecto qualitativo do patrimnio entende-se a natureza dos elementos queo compem como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda,mquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A delimitaoqualitativa desce, em verdade, at o grau de particularizao que permita aperfeita compreenso do componente patrimonial. Assim, quando falamos emmquinas, ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expresso

    poder ser de muita utilidade, em determinadas anlises. Mas a Contabilidade,quando aplicada a um patrimnio particular, no se limitar s mquinascomo categoria, mas, dependendo das necessidades de controle poder descera cada mquina em particular e, mais ainda, aos seus pormenores de formaque sua caracterizao evite a confuso com quaisquer outras mquinas,mesmo de tipo idntico.

    O atributo quantitativo refere-se expresso dos componentes patrimoniais emvalores, o que demanda que a Contabilidade assuma posio sobre o que sejaValor, porquanto os conceitos sobre a matria so extremamente variados.

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    A contabilidade se aplica s AZIENDAS. Por azienda devemos entender opatrimnio de uma pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidadese aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no(Unio, Estados, associaes, por exemplo).

    A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em

    trs tipos, a saber:

    1) AZIENDA ECONMICA: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo delucro.2) AZIENDAS ECONMICO-SOCIAIS: So exemplo as associaes, cujasobra lquida destinado a outros fins que no a remunerao do capitalempregado. Por exemplo, a associao de moradores da Barra da Tijuca reverteo dinheiro que obteve ao trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo dervores na regio.

    3) AZIENDAS SOCIAIS: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio,Estados, Municpios.

    1.3 FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DASDEMONSTRAES

    A contabilidade possui uma finalidade. Essa finalidade est prevista noPRONUNCIAMENTO TCNICO CONTBIL 00, do CPC, que versa sobre aEstrutura Conceitual Bsica da Contabilidade. Seno vejamos.

    As demonstraes contbeis so preparadas e apresentadas para usuriosexternos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidadesdiversas. Governos, rgos reguladores ou autoridades fiscais, por exemplo,podem determinar especificamente exigncias para atender a seus prpriosfins. Essas exigncias, no entanto, no devem afetar as demonstraescontbeis preparadas segundo esta Estrutura Conceitual.

    Demonstraes contbeis elaboradas dentro do que prescreve estaEstrutura Conceitual objetivam fornecer informaes que sejam teis

    na tomada de decises econmicas e avaliaes por parte dos usurios

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    em geral, no tendo o propsito de atender finalidade ou necessidadeespecfica de determinados grupos de usurios.

    Portanto, a finalidade da contabilidade prover seus usurios deINFORMAES sobre a gesto dos negcios.

    FINALIDADE DA CONTABILIDADE FORNECER INFORMAES!

    Diversos so os usurios das demonstraes contbeis. Incluem-se investidoresatuais e potenciais, empregados, credores por emprstimos, fornecedores eoutros credores comerciais, clientes, governos e suas agncias e o pblico. Elesusam as demonstraes contbeis para satisfazer algumas das suas diversasnecessidades de informao. Essas necessidades incluem:

    (a) INVESTIDORES. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se

    preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz.Eles necessitam de informaes para ajud-los a decidir se devem comprar,manter ou vender investimentos. Os acionistas tambm esto interessados eminformaes que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagardividendos.

    (b) EMPREGADOS. Os empregados e seus representantes esto interessadosem informaes sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.Tambm se interessam por informaes que lhes permitam avaliar a capacidadeque tem a entidade de prover sua remunerao, seus benefcios de

    aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

    (c) CREDORES POR EMPRSTIMOS. Estes esto interessados eminformaes que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagarseus emprstimos e os correspondentes juros no vencimento.

    (d) FORNECEDORES E OUTROS CREDORES COMERCIAIS. Os fornecedorese outros credores esto interessados em informaes que lhes permitam avaliarse as importncias que lhes so devidas sero pagas nos respectivosvencimentos. Os credores comerciais provavelmente estaro interessados em

    uma entidade por um perodo menor do que os credores por emprstimos, ano ser que dependam da continuidade da entidade como um clienteimportante.

    (e) CLIENTES. Os clientes tm interesse em informaes sobre a continuidadeoperacional da entidade, especialmente quando tm um relacionamento alongo-prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.

    (f) GOVERNO E SUAS AGNCIAS. Os governos e suas agncias estointeressados na destinao de recursos e, portanto, nas atividades dasentidades. Necessitam tambm de informaes a fim de regulamentar as

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    atividades das entidades, estabelecer polticas fiscais e servir de base paradeterminar a renda nacional e estatsticas semelhantes.

    (g) PBLICO. As entidades afetam o pblico de diversas maneiras. Elaspodem, por exemplo, fazer contribuio substancial economia local de vrios

    modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. Asdemonstraes contbeis podem ajudar o pblico fornecendo informaes sobrea evoluo do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

    O CESPE tambm cobrou este assunto, da seguinte forma:

    (Agente Fiscal de Tributos/Teresina/2008) A despeito das mudanassubstanciais nos tipos de usurios e nas modalidades de informao que estestm procurado, a funo fundamental da contabilidade continua atrelada finalidade de prover esses usurios das demonstraes contbeis com

    informaes que os ajudem a tomar decises de natureza econmico-financeira.

    O item est corretssimo.

    1.4 FUNES DA CONTABILIDADE

    A contabilidade tem em sua essncia, basicamente, duas funes:

    a) FUNO ADMINISTRATIVA: como funo administrativa, a contabilidadeajuda no controle do patrimnio. Auxilia a saber, por exemplo, quanto temos de

    mercadoria em estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o valor quetemos a pagar de salrios, qual o montante que temos em caixa e no banco.

    b) FUNO ECONMICA: a funo econmica da contabilidade est atrelada apurao do lucro ou prejuzo do exerccio. Tal apurao feita em umademonstrao especfica, chamada DEMONSTRAO DO RESULTADO DOEXERCCIO, por meio do cotejo entre as receitas e despesas. Quando asreceitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso contrrio, prejuzo.

    1.5 TCNICAS CONTBEIS

    So quatro as tcnicas utilizadas na contabilidade: escriturao, elaboraodas demonstraes contbeis, auditoria e anlise das demonstraescontbeis.

    1.5.1 ESCRITURAO

    Funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma: Imagine-se quens, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade KLS. Cada nota

    fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cadacompra de ativo imobilizado para a produo, tudo isso tem de ser controlado.

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    Pensem vocs se no houvesse um controle de todos os atos e fatos queocorrem no mbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seriado mercado? E o que seria da economia nacional?

    Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Ento, no perodo de

    competncia, colheremos todos os documentos necessrios e lanaremos nosrespectivos livros contbeis. A tcnica utilizada para o registro dos fatoscontbeis chamada de ESCRITURAO. Anotem.

    Ento, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio delanamentos contbeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovemalterao no patrimnio da entidade.

    Segundo a Lei 6.404/76:

    Art. 177. A escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes,com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta Lei (a prpria6.404) e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observarmtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaespatrimoniais segundo o regime de competncia.

    Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observar exclusivamente emlivros ou registros auxiliares, sem qualquer modificao da escrituraomercantil e das demonstraes reguladas nesta Lei, as disposies da leitributria, ou de legislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto,

    que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrioscontbeis diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes ou aelaborao de outras demonstraes financeiras (LSA, art. 177, 2).

    E o que quer dizer este artigo?! Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto deRenda do exerccio, a legislao do IR prescreva um mtodo diferente que estprevisto nos critrios contbeis, como a utilizao de regime de caixa, em vezde se utilizar do regime de competncia, esta apurao tributria dever serfeita em um livro auxiliar, sem que haja modificao da escriturao contbil(que ordena a utilizao do regime de competncia a ser visto).

    1.5.2 ELABORAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    As entidades, em sua constituio, elegem o que chamamos de exerccio social.Segundo a Lei das SAs:

    Art. 175. O exerccio social ter durao de 1 (um) ano e a data do trminoser fixada no estatuto.

    Pargrafo nico. Na constituio da companhia e nos casos de alterao

    estatutria o exerccio social poder ter durao diversa.

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    Vejam, o exerccio social tem durao de 1 ano. Isso no equivale a 12 meses(juridicamente falando).

    Pois bem. Ao trmino do exerccio, as sociedades tm de publicar o quechamamos de demonstraes financeiras.

    Todo ms faremos os lanamentos de fatos contbeis, procedendo escriturao dos livros. As demonstraes financeiras so um compilado detudo o que ocorreu na empresa durante o exerccio social. Vejam que se tratade uma seqncia cronolgica. Se somarmos todas as vendas realizadas noexerccio, encontraremos a chamada Receita Bruta de Vendas, na demonstraodo resultado do exerccio.

    Se somarmos tudo o que entrou e tudo o que saiu do caixa, teremos achadoento o saldo da conta caixa. E assim por diante.

    Segundo a Lei 6.404/76:

    Art. 176. Ao fim de cada exerccio social, a diretoria far elaborar, com base naescriturao mercantil da companhia, as seguintes demonstraes financeiras,que devero exprimir com clareza a situao do patrimnio da companhia e asmutaes ocorridas no exerccio:

    I - balano patrimonial;II - demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados;

    III - demonstrao do resultado do exerccio; eIV demonstrao dos fluxos de caixa; e (Redao dada pela Lei n 11.638,de2007)V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado. (Includo pela Lein 11.638,de 2007)Alm dessas, o CPC 26 Apresentao das demonstraes contbeis listacomo demonstraes contbeis a DEMONSTRAO DAS MUTAES DOPATRIMNIO LQUIDO DMPL e a DEMONSTRAO DOS RESULTADOSABRANGENTES.

    O FIPECAFI entende que essas demonstraes passam a ser obrigatrias paratodos os tipos societrios, inobstante a Lei 6.404 seja silente.

    1.5.3 AUDITORIA

    Uma vez elaborada as demonstraes contbeis, elas precisam passar pelaverificao sobre se a escriturao est escorreita nos termos do queprescrevem as normas e princpios contbeis. Esse processo chamado deauditoria.

    Segundo a Lei 6.404:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
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    Art. 176: 3o As demonstraes financeiras das companhias abertasobservaro, ainda, as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios esero obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentesnela registrados.

    A auditoria realizada por auditores da CVM em companhias abertas e nasfechadas de grande porte denominada de auditoria independente. Alm daindependente, temos as auditorias interna (elaborada por empregados dacompanhia, com relativa independncia) e fiscal (elaborada por auditores fiscaisda Unio, Estados, Municpios e/ou Distrito Federal, no mbito de suascompetncias).

    1.5.4 ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    Depois que as demonstraes foram publicadas e auditadas, os seus usuriostm interesse nas informaes nelas contidas.

    Um investidor desejar saber, por exemplo, o quanto essa empresa est dandode retorno para cada ao do capital social.

    O credor por emprstimo desejar saber o quanto tem de garantia para poderconceder tranquilamente o emprstimo que deseja. E assim por diante.

    Tudo isso feito atravs da tcnica contbil chamada de ANLISE DAS

    DEMONSTRAES CONTBEIS ou ANLISE DE BALANOS.

    2. PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS, ATIVO, PASSIVO ESITUAO LQUIDA.

    Pois bem. At agora, j sabemos o que contabilidade, qual o seu objeto, aquem se aplica, qual a sua finalidade e quem so seus usurios. Se voccompreendeu tudo o que foi dito at aqui, maravilha. Comearemos agora afalar sobre os componentes patrimoniais.

    Dissemos que o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de umaentidade.

    A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direito de ATIVO.Por seu turno, as obrigaes sero chamadas de PASSIVO.

    S isso!

    GRAVEM:

    ATIVO: BENS E DIREITOS

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    PASSIVO: OBRIGAES

    Vejamos cada um dos itens agora:

    BENS: segundo a definio doutrinria, bem jurdico tudo aquilo que pode ser

    objeto de direito. Alguns vo ainda mais longe e definem os bens como tudoaquilo que pode proporcionar ao homem qualquer satisfao. Levando em contaesta definio extrada da 7 edio do dicionrio jurdico de DeoclecianoTorrieri, podemos concluir que a sade um bem, pois proporciona ao homemcerta satisfao. A amizade tambm o . Todavia, contabilmente, interessa-nossomente naqueles bens que possam ser avaliados em termos monetrios.

    Os bens hoje, basicamente, podem ser divididos em bens corpreos (ativostangveis) e incorpreos (os chamados ativos intangveis).

    Como exemplo de bens tangveis temos: caixa, terrenos, estoques, veculos.Como exemplo de bens intangveis tem: software, patentes, propriedadeintelectual.

    Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens, temos delembrar que eles integram o grupo do ATIVO. Guardem esta regra.

    DIREITOS: Os direitos so aquelas quantias que nossa entidade tem a receberou a recuperar em negcios jurdicos celebrados com terceiros, tal como umavenda a prazo realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque

    que tenho a receber.

    Os direitos tambm integram o grupo que estamos chamando de ATIVO.

    OBRIGAES: Grosso modo, so valores que a minha empresa deve aterceiros, tais como impostos a pagar, salrios a pagar, financiamentos a pagar,emprstimos a pagar. As obrigaes, por seu turno, compem o grupo quechamamos de PASSIVO.

    E como as bancas cobram isso?! Para montar as demonstraes contbeis

    existentes (e que caem em concurso), tal como balano patrimonial edemonstrao do resultado do exerccio, o candidato deve saber discernir ogrupo ou demonstrao a que aquela conta pertence.

    Se, por exemplo, a conta caixa, que um bem, um ativo, for classificadaerroneamente como uma obrigao, isto poder comprometer a resoluo detoda a questo. E para no errar isso na prova, somente treinando muito, comas questes que deixaremos ao trmino da aula.

    Vamos exemplificar com uma questo que pode cair na sua prova AGENTE DEPOLCIA FEDERAL 2012...

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    Suponhamos que a empresa Z Ltda., no encerramento do exerccio de 2002,obteve as seguintes informaes:

    Valores em R$

    Adiantamento a Fornecedores 500,00Adiantamento de Clientes 1.000,00Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00Capital Social 26.500,00Contas a Pagar 40.000,00Depreciao Acumulada 2.000,00Disponibilidades 1.000,00Duplicatas a Receber 50.000,00Reserva Legal 2.000,00

    Considerando as informaes acima, podemos afirmar que o valor do ativomonta a R$ 69.500,00.

    Comentrios

    Inicialmente, temos de procurar saber o que quer a questo. Est claro queprocura o valor do ativo. Por ativo devemos entender os bens e direitos que aempresa possui. Vamos l! No rol apresentado, constituem bens e direitos osseguintes:

    Disponibilidades 1.000,00Adiantamento a Fornecedores 500,00Duplicatas a Receber 50.000,00Ativo Imobilizado Bruto 20.000,00(-) Depreciao Acumulada 2.000,00Total R$ 69.500,00.

    Vejamos.

    Disponibilidades aquilo que tenho em caixa, bancos e equivalentes caixas

    [como aplicaes de liquidez imediata] para gastar. Logo, so ativo.

    Adiantamento a fornecedores um direito da empresa. Em regra, registramosna sociedade os bens que so de propriedade da entidade. E quando os benspassam a ser de propriedade da entidade? Segundo o direito civil, atransferncia da propriedade se d com a tradio, isto , a entrega damercadoria. Quando fazemos um adiantamento a fornecedor, significa queentregamos a ele certa quantia em espcie e ainda no recebemos amercadoria, o que gera pra gente um direito, logo, classificvel no ativo.

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    Duplicatas a receber representam vendas que realizamos a prazo, cujasmercadorias j foram entregues, mas ainda no tivemos o recebimento emespcie, o que gera pra entidade um direito.

    Por fim, imobilizado so veculos, mquinas, equipamentos, edificaes,terrenos, etc., que a empresa utiliza em suas atividades fins. Muitos dessesimobilizados sofrem desgaste em funo do tempo, o que contabilmente denominado como depreciao. A depreciao reduz o valor do ativo.

    Gabarito Correto.

    Meus amigos, existe uma definio formal do que vem a ser ATIVO, PASSIVOE PATRIMNIO LQUIDO. No nos surpreenderia fossem essas definiescobradas no concurso vindouro, posto que uma novidade (j nem tanto)estatuda no CPC 00 Estrutura conceitual bsica da contabilidade. Senovejamos.

    CONCEITO DE ATIVO CPC 00

    ATIVO UM RECURSO CONTROLADO PELA ENTIDADE COMORESULTADO DE EVENTOS PASSADOS E DO QUAL SE ESPERA QUERESULTEM FUTUROS BENEFCIOS ECONMICOS PARA A ENTIDADE.

    Vamos analisar:

    1) recurso controlado pela entidade: o controle, e no a propriedadejurdica, determinante para a definio do ativo. Em regra, so registrado noativo os bens de propriedade da empresa. Todavia, como isso uma regraexistem excees, tais como, o ARRENDAMENTO FINANCEIRO, no qual osbens pertencem ao arrendador, mas ficam sob controle do arrendatrio, devemser contabilizados como ativo.

    2) como resultado de eventos passados: O ativo resultado de algo quej ocorreu. Ou seja, a inteno de comprar estoques, ou de vender estoquescom lucro, no atende definio de ativo. Todavia, a mercadoria que j foi

    entregue resultado de um evento passado, qual seja, a compra.

    3) e do qual se espera que resultem futuros benefcios econmicospara a entidade: Essa a parte mais importante para caracterizar um itemcomo ativo. No basta controlar ou construir um bem. No basta j ter efetuadoalguma ao passada, como a compra de um equipamento. Para caracterizarum ativo, necessrio que o bem resulte em futuros benefcios econmicospara a empresa.

    O teste de recuperabilidade destina-se a comprovar que os ativos iro gerar

    benefcios futuros (pelo uso ou pela venda) em valor superior ao seu registrocontbil. Do contrrio, ajusta-se o valor do ativo.

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    Exemplo: vamos considerar um ativo contabilizado pelo valor contbil de R$100.000,00, e que tenha valor de uso de R$ 90.000,00 e valor lquido devendas de R$ 80.000,00. Como o benefcio futuro que ir gerar de R$90.000,00 (devemos considerar o maior entre o valor em uso e o valor lquido

    de venda), o valor do ativo dever ser ajustado para constar na contabilidadepelo valor apurado (R$ 90.000,00).

    D Despesa com teste de recuperabilidade 10.000C Teste de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000

    O Passivocostuma ser definido como as obrigaes da empresa para comterceiros.

    O pronunciamento CPC 00 fornece a seguinte definio:

    DEFINIO DE PASSIVO CPC 00

    Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos jocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursoscapazes de gerar benefcios econmicos

    1) Obrigao presente da entidade: gastos previstos e/ou esperados noconstituem passivos. Por exemplo, se uma empresa de aviao tem a previsode trocar os motores de uma aeronave dentro de 2 anos, ao custo de

    R$200.000,00, isto no constitui um passivo, pois no obrigao presente.Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avio e no realizar a troca dosmotores.

    2) derivada de eventos j ocorridos: eventos futuros no constituempassivo. Ainda que o pagamento de uma obrigao seja feito em data posterior,o evento que origina o passivo j deve ter ocorrido. Por exemplo, a compra deuma mercadoria j entregue a prazo configura evento j ocorrido.

    3) cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos capazes

    de gerar benefcios econmicos: O passivo dever ser liquidado comrecursos capazes de gerar benefcios econmicos.

    Lembra da definio de Ativo? Pois , os recursos capazes de gerar benefcioseconmicos so os Ativos da empresa. Assim, o Passivo ser liquidado atravsda entrega de Ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens oumercadorias, etc). A maneira mais comum atravs do pagamento do passivoem dinheiro. Mas tambm pode ocorrer a liquidao de um passivo com aentrega de mercadoria, ou de qualquer outro ativo.

    O Patrimnio Lquido normalmente caracterizado como o dinheiro dos sciosaplicado na empresa.

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    Para o pronunciamento CPC 00,

    DEFINIO DE PATRIMNIO LQUIDO CPC 00

    Patrimnio Lquido o valor residual dos ativos da entidade depois dededuzidos todos os seus passivos.

    3. SITUAO LQUIDA E EQUAO FUNDAMENTAL DO PATRIMNIO

    J sabemos o que um ativo (bens e direitos) e o que um passivo(obrigaes). Agora, vejamos o seguinte exemplo...

    A empresa KLS tem as seguintes contas registradas em sua contabilidade:

    Caixa 100,00Duplicatas a receber 200,00Estoques 50,00Fornecedores 60,00.Emprstimos a pagar 40,00.

    Classificando, temos nesta situao o seguinte:

    Bens: caixa e estoques = 100 + 50.Direitos: duplicatas a receber = 200.Obrigaes = fornecedores + emprstimos a pagar = 60 + 40 = 100.

    A partir de agora, toda vez que falarmos em ativo e passivo, graficamentevocs iro esquematizar do seguinte modo:

    ATIVO PASSIVOBens

    ObrigaesDireitos

    No nosso exemplo, portanto, teremos:

    ATIVO PASSIVOCaixa = 100 Fornecedores = 60,00

    Estoques = 50Emprstimos a pagar = 40,00

    Dupl. a receber = 200

    O ativo representa os bens e direitos que esto aplicados nas atividadesempresariais, o passivo representa o capital que devemos a terceiros, os

    capitais de terceiros que esto empregados na nossa atividade.

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    Por isso, contabilmente, diz-se que o ativo representa a APLICAO DERECURSOS na entidade.

    J o passivo representa uma origem. Estes recursos que os terceiros empregamnas atividades da empresa so chamados de CAPITAL DE TERCEIROS

    (gravem este nome, pois cai corriqueiramente em concursos).

    Pois bem. Mas, imaginem conosco.

    Quando o scio vai constituir as atividades empresariais ele emprega somentecapitais de terceiros ou tambm entrega capitais prprios (pertencentes a ele)s atividades? Ora, entrega tambm capital prprio. Na contabilidade, estecapital prprio chamado de SITUAO LQUIDA.

    No exemplo que demos, temos o seguinte:

    ATIVO PASSIVOCaixa = 100 Fornecedores = 60,00

    Estoques = 50Emprstimos a pagar = 40,00

    Dupl. a receber = 200Total = 350 Total = 100

    Vejam que no ativo temos um total de R$ 350,00, enquanto que no passivo temapenas R$ 100,00. O que podemos inferir? Os R$ 250,00 faltantes representama chamada SITUAO LQUIDA ou PATRIMNIO LQUIDO (capital prprio)

    da empresa. Portanto, fica assim:

    ATIVO PASSIVOCaixa = 100 Fornecedores = 60,00

    Estoques = 50Emprstimos a pagar = 40,00

    Dupl. a receber = 200

    Total = 350Situao Lquida = 250

    Total = 350

    E como fizemos para achar o valor da situao lquida?! Ainda que semperceber, utilizamo-nos de uma equao algbrica bsica: a EQUAOFUNDAMENTAL BSICA DA CONTABILIDADE.

    EQUAO FUND. DA CONTAB. ATIVO = PASSIVO + SITUAOLQUIDA

    Portanto, amigos. Fica assim. O quadro que estamos montando parademonstrar o ativo e passivo passar agora a ser chamado de BALANOPATRIMONIAL, sendo esta a nossa principal demonstrao contbil.

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    O lado esquerdo do balano patrimonial SEMPRE deve ser igual ao lado direito.Esta uma regra que, numa escrita contbil regular, no comporta exceo.

    O ativo representa tudo aquilo que est sendo empregado nas atividades daentidade. Assim, se temos um veculo de R$ 10.000,00, dinheiro no valor de R$

    50.000,00 e investimentos em outra companhia no valor de R$ 20.000,00,nosso ativo de R$ 80.000,00. Este o CAPITAL TOTAL APLICADO nasatividades.

    Este valor possui uma origem. E que origem esta?! Isto mesmo, essa origempode ser tanto de capital prprio (empregado pelos scios), como de terceiros(quando a empresa obtm, por exemplo, por um financiamento).

    Dizemos, assim, que o lado do ativo o lado da aplicao de recursos. J o ladodo passivo e do PL o lado da origem de recursos.

    BALANO PATRIMONIALLADO ESQUERDO LADO DIREITOATIVO PASSIVO

    APLICAO DE RECURSOSPATRIMNIO LQUIDOORIGEM DE RECURSOS

    3.1 TIPOS DE SITUAO LQUIDA EXISTENTES

    J sabemos que a situao lquida representa o quanto os scios empregam depatrimnio a sociedade, com recursos prprios.

    Todavia, praxe que a expresso situao lquida seja entendida tambm comopatrimnio lquido (embora o PL seja uma das espcies do gnero situaolquida). Mas, para ns, se a questo disser situao lquida ou patrimniolquido, trataremos de maneira igual: vamos achar o capita prprio!

    Vejamos os tipos de situaes lquidas patrimoniais existentes.

    A) ATIVO MAIOR DO QUE PASSIVO.

    BALANO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

    Bens 1.000 Obrigaes 500Direitos 1.000 SL ?TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

    H que se observar que o ativo maior do que o passivo exigvel por terceiros(isto , obrigaes). Como os bens e direitos no so iguais s obrigaes,

    devemos achar a SL atravs da equao bsica da contabilidade.

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    SL = A P SL = 2.000 500 = 1.500.

    Essa uma situao confortvel para a empresa. Dissemos que as origens docapital podem ser de terceiros (obrigaes) ou prprias (patrimnio lquido ousituao lquida). Neste exemplo temos 75% de capital prprio (1.500/2000), o

    que pode representar uma boa administrao da empresa.

    Neste tipo de situao, temos:

    ATIVO > PASSIVO EXIGVELSITUAO LQUIDA > 0

    B) ATIVO MENOR DO QUE PASSIVO.

    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVOBens 1.000 Obrigaes 2.500Direitos 1.000 SL ?TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

    Esta a situao lquida em que se deve mais do que se tem. Imagine umaempresa que tenha to-somente R$ 1.000 em caixa e um carro velho avaliadoem R$ 1.000, mas deve R$ 2.500 a um fornecedor. Esta a chamada situaolquida negativa, pois os elementos negativos superam os elementos positivosdo balano. Essa parte do Passivo para o qual no temos recursos suficientes

    para pagar denominada PASSIVO A DESCOBERTO. Este conceito explorado pelas bancas de forma mais conceitual. Vejam como o CESPE o fez:

    (Assistente de Saneamento/Tcnico Contbil/Embasa/2009/Cespe) Quando ovalor do passivo maior que o do ativo, ocorre a situao de passivo adescoberto.

    O item transcreve exatamente o que dissemos aqui!

    Essa questo recorrente em concursos.

    Neste tipo de situao, temos:

    ATIVO < PASSIVOPATRIMNIO LQUIDO < 0

    C) ATIVO IGUAL AO PASSIVO

    Nesta situao o ativo igual ao passivo exigvel, no havendo que se falar emresduo para os proprietrios no caso de dissoluo da empresa, isto , no

    existe capital prprio. O total dos bens e direitos igual aos valores dasobrigaes dos proprietrios.

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    BALANO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

    Bens 1.000 Obrigaes 2.000Direitos 1.000 SL ???TOTAL 2.000 TOTAL 2.000

    A situao lquida neste caso nula.

    D) ATIVO IGUAL A SITUAO LQUIDA

    Este o caso tpico da constituio da sociedade. Quando um scio emprega R$100,00 de capital nas atividades (e este o nico fato contbil existente),teremos:

    BALANO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

    Bens 100 PL 100TOTAL 100 TOTAL 100

    Esta a situao tpica da constituio da empresa. O ativo igual aopatrimnio lquido.

    Pode ser o caso tambm de uma entidade que somente trabalhe com recursosprprios e no queria captar capitais de terceiros.

    3.2 ALGUMAS CONSEQUNCIAS LGICAS

    De tudo o que expusemos at o momento, podemos tomar algumas concluses.So elas:

    O ATIVO PODE SER MAIOR OU IGUAL A ZERO. O ATIVO NO PODER, JAMAIS,SER NEGATIVO. NO PODEMOS TER, POR EXEMPLO, UM VECULO QUE VALHAR$ - 100,00, OU CAIXA NO MONTANTE DE R$ - 30,00.

    O MESMO VALE PARA O PASSIVO, QUE PODE SER MAIOR OU IGUAL A ZERO,MAS NO NEGATIVO. NO H POSSIBILIDADE DE TER OBRIGAO DE R$ -1.000,00 COM TERCEIROS.

    O PATRIMNIO LQUIDO (SITUAO LQUIDA), POR SEU TURNO, PODE SERPOSITIVO, NEGATIVO OU NULO.

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    4. TEORIA DAS CONTAS, INCIO DO TPICO REGISTROS CONTBEIS

    4.1 CONCEITO DE CONTA, CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO

    Na contabilidade, conta o nome dado aos componentes patrimoniais (bens,direitos e obrigaes) e de resultado (despesas e receitas).

    De agora em diante, quando falarmos em Caixa de uma empresa, falaremos emConta Caixa. Quando falarmos em Bancos, entenda-se Conta Bancos. Osregistros contbeis so feitos atravs das Contas!Todos os acontecimentos queocorrem na empresa, como compra, venda, pagamento, recebimento, soregistrados por meio de contas.

    As contas podem ser de dois tipos: PATRIMONIAIS E DE RESULTADO.

    PATRIMONIAIS: As patrimoniais so as que representam os BENS,DIREITOS, OBRIGAES E O PATRIMNIO LQUIDO da empresa. Porexemplo, conta caixa, conta bancos movimento, conta capital social, contaestoques de produtos acabados, conta reserva de gio na emisso de aes.

    RESULTADO: As contas de resultado so as RECEITAS E DESPESAS. Elas noesto no Balano patrimonial e servem para saber se a empresa apresentoulucro ou prejuzo. Aparecem na demonstrao do resultado do exerccio. Porexemplo, receita de vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobrevendas, despesas operacionais.

    GRAVE-SE:

    CONTAS PATRIMONIAIS A, P E PLCONTAS DE RESULTADO RECEITAS E DESPESAS

    As contas, a partir de agora, sero apresentadas no chamado razonete. Comofunciona? A ttulo de exemplo, mostremos o razonete da conta caixa:

    Caixa

    Lado do dbito Lado do crdito

    Saldo devedor Saldo credor

    Funcionar assim para todas as contas, sejam elas patrimoniais ou deresultado: sempre que desejarmos fazer lanamentos contbeis, devemosabrir um razonete.

    Fornecedores Bancos Conta Movimento

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    Lado do dbito Lado do crdito Lado do dbito Lado do crdito

    Saldo devedor Saldo credor Saldo devedor Saldo credorA conta tem por finalidade representar cada um dos itens contbeis, querpatrimoniais, quer de resultado.

    Embora, para ns, as contas sejam representadas da forma como expusemosacima, formalmente, elas so assim apresentadas no livro razo:

    Razo Analtico (Exemplo)

    XPTO Comrcio LTDA Data: CNPJ: 01.342.575/0001-87 Perodo:Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A

    Data Histrico da Operao Dbito Crdito Saldo01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D02.01.2008 Depsito 500,00 1.500,00 D02.01.2008 Cheque n 050070 200,00 1.300,00 D

    Totais 500,00 200,00 1.300,00 D

    So elementos essenciais das contas:

    - Nome da conta;- Valor debitado;- Valor creditado;- Saldo devedor ou credor;- Histrico do lanamento;- Data do lanamento.

    Algumas contas aumentam por meio de dbito (contas de natureza devedora),outras por meio de crdito (contas de natureza credora).

    - CONTAS DE NATUREZA DEVEDORA: CONTAS DE ATIVO (BENS E DIREITOS),CONTAS DE DESPESA,- CONTAS DE NATUREZA CREDORA: CONTAS DO PASSIVO (OBRIGAES),CONTAS DO PATRIMNIO LQUIDO, CONTAS DE RECEITA.

    Assim, por exemplo, considere os seguintes lanamentos na conta caixa:

    Primeiro temos de analisar: a que grupo pertence a conta caixa? Ao ativo, logo, uma conta de natureza devedora (aumenta a dbito), e, conseqentemente,diminui a crdito.

    - Recebimento de R$ 100,00 em espcie, pelo integralizao de capital social.

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    - Sada de R$ 50,00 para aquisio de mercadorias;- Entrada de R$ 30,00 pela venda de mercadorias.

    Ficaria assim:

    Caixa

    100,00 50,0030,00

    80,00

    Alm disso, as contas podem ser vistas por dois aspectos: QUALITATIVOS EQUANTITATIVOS.

    Segundo o aspecto qualitativo, devemos olhar para o que a conta representa.Por exemplo, a conta caixa, em seu aspecto qualitativo, representa osnumerrios que temos guardados. J pelo aspecto quantitativo representa oquanto temos guardado.

    5. ATOS E FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAESPATRIMONIAIS.

    O patrimnio societrio sofre constante movimento, haja vista que sofrem atosde gesto contnua. Esses acontecimentos podem ser divididos basicamente emdois grandes grupos:

    A) ATOS CONTBEIS.B) FATOS CONTBEIS.

    Os atos contbeis so acontecimentos que ocorrem na entidade e noprovocam alteraes do patrimnio, tais como admisso de empregados,assinatura de um contrato de compra, venda, o aval de um ttulo de crdito,uma fiana prestada em favor de terceiros.

    Os atos relevantes que faam parte das atividades da empresa devem serapresentados em NOTAS EXPLICATIVAS, como ordena a Lei 6.404/76:

    Art. 176. (...) 4 As demonstraes sero complementadas por notasexplicativas e outros quadros analticos ou demonstraes contbeisnecessrios para esclarecimento da situao patrimonial e dos resultados doexerccio.

    Art. 176. (...) 5o As notas explicativas devem: (Redao dada pela Lei n11.941, de 2009)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
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    I apresentar informaes sobre a base de preparao das demonstraesfinanceiras e das prticas contbeis especficas selecionadas e aplicadas paranegcios e eventos significativos; (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)II divulgar as informaes exigidas pelas prticas contbeis adotadas noBrasil que no estejam apresentadas em nenhuma outra parte dasdemonstraes financeiras; (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)III fornecer informaes adicionais no indicadas nas prprias demonstraesfinanceiras e consideradas necessrias para uma apresentao adequada;e (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)IV indicar: (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)a) os principais critrios de avaliao dos elementos patrimoniais,especialmente estoques, dos clculos de depreciao, amortizao e exausto,de constituio de provises para encargos ou riscos, e dos ajustes paraatender a perdas provveis na realizao de elementos do ativo; (Includo pelaLei n 11.941, de 2009)

    b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,pargrafo nico); (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliaes(art. 182, 3o ); (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)d) os nus reais constitudos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas aterceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Includo pelaLei n 11.941, de 2009)e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigaes alongo prazo; (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)f) o nmero, espcies e classes das aes do capital social; (Includo pela Lei n

    11.941, de 2009)g) as opes de compra de aes outorgadas e exercidas no exerccio; (Includopela Lei n 11.941, de 2009)h) os ajustes de exerccios anteriores (art. 186, 1o); e (Includo pela Lei n11.941, de 2009)i) os eventos subsequentes data de encerramento do exerccio que tenham,ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situao financeira e os resultadosfuturos da companhia. (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)

    Os fatos contbeis, por sua vez, so os acontecimentos que provocam

    variaes no patrimnio da entidade.

    Os fatos contbeis so contabilizados atravs das contas patrimoniais (ativo,passivo, patrimnio lquido) e/ou das contas de resultado (receitas e despesas).

    Os fatos contbeis podem ser divididos em trs tipos: permutativos,modificativos e mistos. Esse assunto, todavia, ser visto quando estudarmoslanamentos.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
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    Nesta aula, pararemos com a teoria por aqui.

    Esperamos que tenham gostado e tambm que nos encontremos naprxima aula. Vamos agora s questes comentadas.

    Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.6. QUESTES COMENTADAS

    Julgue os itens a seguir, relativos a contabilidade.

    1. (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade uma cincia exata.

    Comentrios

    Apesar de muitas vezes ouvirmos por a voc bom em contbeis, ento lidabem com os nmeros, tal expresso contm uma idia incorreta. Acontabilidade uma cincia social aplicada, tal como a Economia e aAdministrao.

    Gabarito Errado.

    2. (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade tem funes administrativas eeconmicas.

    Comentrios

    A contabilidade tem em sua essncia, basicamente, duas funes:

    a) FUNO ADMINISTRATIVA: como funo administrativa, a contabilidadeajuda no controle do patrimnio. Auxilia a saber, por exemplo, quanto temos de

    mercadoria em estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o valor quetemos a pagar de salrios, qual o montante que temos em caixa e no banco.

    b) FUNO ECONMICA: a funo econmica da contabilidade est atrelada apurao do lucro ou prejuzo do exerccio. Tal apurao feita em umademonstrao especfica, chamada DEMONSTRAO DO RESULTADO DOEXERCCIO, por meio do cotejo entre as receitas e despesas. Quando asreceitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso contrrio, prejuzo.

    Gabarito Correto.

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    3. (CESPE/SEC/PE/2010) O principal campo de aplicao da contabilidade soas aziendas.

    Comentrios

    A contabilidade se aplica s AZIENDAS. Por azienda devemos entender opatrimnio de uma pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidadese aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no(Unio, Estados, associaes, por exemplo).

    A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, emtrs tipos, a saber:

    1) AZIENDA ECONMICA: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo delucro.

    2) AZIENDAS ECONMICO-SOCIAIS: So exemplo as associaes, cujasobra lquida destinado a outros fins que no a remunerao do capitalempregado. Por exemplo, a associao de moradores da Barra da Tijuca reverteo dinheiro que obteve ao trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo dervores na regio.

    3) AZIENDAS SOCIAIS: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio,Estados, Municpios.

    Gabarito Correto.

    (CESPE/Analista de Saneamento/Cincias Contbeis/Embasa/2009) Quanto aoconceito e objetivo da contabilidade, julgue os itens a seguir.

    4. A contabilidade considerada uma cincia porque possui objeto prprio, opatrimnio das entidades.

    5. O principal objetivo da contabilidade fornecer informaes teis paraauxiliar o processo decisrio dos usurios.

    Comentrios

    O item 4 est correto e define o objeto da contabilidade, qual seja o patrimnio(conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade).

    O item 5 tambm est correto e reproduz a idia fim da contabilidade que ade fornecer informaes aos seus mais diversos usurios.

    Gabarito Correto.Gabarito Correto.

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    6. (CESPE/SEPLAG/Contador/2004) As Companhias devem utilizar aescriturao mercantil para registrar as disposies da lei tributria ou delegislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto que recomendemou prescrevam critrios contbeis diferentes da escriturao mercantil.

    Comentrios

    Segundo a Lei 6.404/76:

    Art. 177. A escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes,com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta Lei (a prpria6.404) e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observarmtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaespatrimoniais segundo o regime de competncia.

    Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observar exclusivamente emlivros ou registros auxiliares, sem qualquer modificao da escrituraomercantil e das demonstraes reguladas nesta Lei, as disposies da leitributria, ou de legislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto,que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrioscontbeis diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes ou aelaborao de outras demonstraes financeiras (LSA, art. 177, 2).

    E o que quer dizer este artigo?! Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de

    Renda do exerccio, a legislao do IR prescreva um mtodo diferente que estprevisto nos critrios contbeis, como a utilizao de regime de caixa, em vezde se utilizar do regime de competncia, esta apurao tributria dever serfeita em um livro auxiliar, sem que haja modificao da escriturao contbil(que ordena a utilizao do regime de competncia a ser visto).

    Gabarito Errado.

    7. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) O patrimnio das entidades o objetoprprio da contabilidade. Nesse sentido, julgue o item a seguir acerca dosobjetivos e finalidades da contabilidade.

    O objetivo cientfico da contabilidade manifesta-se na correta apresentao dopatrimnio e na apreenso e anlise das causas das suas mutaes.

    Comentrios

    Esta questo se encontra insculpida na Resoluo 774/94 do Conselho Federal

    de Contabilidade.

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    Segundo tal norma:

    A existncia de objetivos especficos no essencial caracterizao de umacincia, pois, caso o fosse, inexistiria a cincia pura, aquela que se concentra,to-somente, no seu objeto. Alis, na prpria rea contbil, encontramos

    muitos pesquisadores cuja obra no apresenta qualquer escopo pragmtico,concentrando-se na Contabilidade como cincia. De qualquer forma, como jvimos, no h qualquer dificuldade na delimitao dos objetivos daContabilidade no terreno cientfico, a partir do seu objeto, que o Patrimnio,por estarem concentrados na correta representao deste e nas causas dassuas mutaes.

    O objetivo cientfico da Contabilidade manifesta-se na corretaapresentao do Patrimnio e na apreenso e anlise das causas dassuas mutaes. J sob tica pragmtica, a aplicao da Contabilidade a

    uma Entidade particularizada, busca prover os usurios cominformaes sobre aspectos de natureza econmica, financeira e fsicado Patrimnio da Entidade e suas mutaes, o que compreende registros,demonstraes, anlises, diagnsticos e prognsticos, expressos sob a forma derelatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

    Gabarito Correto.

    8. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) Julgue o item a seguir com relao sformalidades da escriturao contbil.

    A escriturao ser executada com base em documentos de origem externa ouinterna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem os fatose a prtica de atos administrativos.

    Comentrios

    A empresa deve escriturar seus fatos atravs de documentos que comprovem o

    valor efetivo das transaes, tais como notas fiscais, contratos de compra evenda, duplicatas, etc.

    Todavia, caso no haja a possibilidade de que tais documentos sejamapresentados, por exemplo, se houver uma compra sem que haja a respectivadocumentao, devemos, mesmo assim, proceder escriturao (primazia daessncia sobre a forma) e tentar comprovar que os valores registrados so osvalores realmente praticados naquele caso. Devemos ter elementoscomprobatrios dos fatos e atos administrativos.

    Gabarito Correto.

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    9. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) O ativo um recurso controlado pelaentidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultemou no futuros benefcios econmicos para a entidade.

    Comentrios

    O item est incorreto. Vimos da definio de ativo, ao longo da aula, que:

    CONCEITO DE ATIVO CPC 00

    ATIVO UM RECURSO CONTROLADO PELA ENTIDADE COMORESULTADO DE EVENTOS PASSADOS E DO QUAL SE ESPERA QUERESULTEM FUTUROS BENEFCIOS ECONMICOS PARA A ENTIDADE.

    Gabarito, portanto, incorreto, posto que o ativo deve gerar benefcioseconmicos futuros.

    Gabarito Errado.

    10. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) Uma caracterstica essencial para aexistncia de um passivo que a entidade tenha uma obrigao presente.

    Comentrios

    Existe uma definio para passivo, qual seja (CPC 00, item 49, b):

    CONCEITO DE PASSIVO CPC 00

    PASSIVO UMA OBRIGAO PRESENTE DA ENTIDADE, DERIVADA DEEVENTOS J OCORRIDOS, CUJA LIQUIDAO SE ESPERA QUE RESULTEEM SADA DE RECURSOS CAPAZES DE GERAR BENEFCIOSECONMICOS.

    Por exemplo, se temos um montante de R$ 1.000 de salrios a pagar. Vamosver se essa conta atende a definio de passivo?

    uma obrigao presente da entidade? Sim, pois dela pode ser exigida.

    derivada de eventos j ocorridos? Sim, pois os funcionrios j prestaramservios.

    A liquidao desta dvida ser feita por recursos que poderiam gerar benefcioseconmicos? Sim, como a conta caixa, por exemplo.

    Assim, o gabarito est correto.

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    Gabarito Correto.

    11. (CESPE/SEPLAG/2009) Embora as tcnicas contbeis no sofram grandes

    transformaes, a contabilidade de empresas privadas pode receber tratamentodiferenciado, a fim de atender s suas peculiaridades.

    Comentrios

    Imaginem, meus amigos, se a padaria do Seu Joaquim, cujo faturamentomonta a R$ 2.000,00/ms estivesse obrigado aos mesmos ditames a que sesujeita a Petrobrs S/A. Seria algo desarrazoado, no?! Assim, considerando osistema em que se insere, a contabilidade adota sim tratamento diferenciado adepender da situao. Uma delas, por exemplo, em funo do porte da

    pessoa a quem se aplica.

    O mesmo vale, por exemplo, para a contabilidade aplicada aos entes pblicos.Que difere daquela que vige para as empresas privadas.

    Gabarito Correto.

    12. (CESPE/SEPLAG/2009) Nas empresas que operam com seguros, acontabilidade padronizada por rgos governamentais, no entanto, as

    tcnicas contbeis mantm as suas caractersticas.

    Comentrios

    As seguradoras devem seguir as normas contbeis institudas pelo ConselhoFederal de Contabilidade (CFC), alm daquelas estipuladas pela Comisso deValores Mobilirios (CVM). Alm disso, a regulamentao do setor fica a cargoda SUSEP.

    Devem ainda seguir a Lei 6404/76, porquanto, para atuar no Brasil, as

    seguradoras devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima.Gabarito Correto.

    13. (CESPE/SEPLAG/2009) Os bens e os direitos so considerados elementospatrimoniais positivos, ou seja, devedores, enquanto as obrigaes soconsideradas elementos patrimoniais negativos, ou seja, credores. A diferenaentre os elementos patrimoniais positivos e negativos o patrimnio lquido.

    Comentrios

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    A questo versa sobre os conceitos de ativo e passivo e equao fundamentalda contabilidade.

    J sabemos que a equao fundamental da contabilidade :

    ATIVO = PASSIVO + PLBENS + DIREITOS = OBRIGAES + PL

    Logo, o PL

    PL = BENS + DIREITOS OBRIGAES

    O ativo (bens e direitos) a parte positiva. O passivo (obrigaes) a partenegativa.

    A diferena entre ambos constituem o chamado patrimnio lquido.

    Gabarito Correto.

    14. (CESPE/SEPLAG/2009) Na demonstrao do patrimnio, a soma do ativodever ser sempre igual soma do passivo.

    Comentrios

    Dissemos que a equao fundamental da contabilidade :

    ATIVO = PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO

    Entratanto, o passivo pode ser entendido na contabilidade como lato sensu oustricto sensu. O passivo compreende as obrigaes da empresa. Todavia, aentidade pode ter obrigaes com terceiros (neste caso, o chamado passivoexigvel) ou com os scios (neste caso, o chamado patrimnio lquido).

    Assim, a expresso passivo (lato sensu) abrange tanto o passivo exigvel por

    terceiros e o patrimnio lquido.Ento, podemos dizer que:

    ATIVO TOTAL = PASSIVO TOTAL.

    E esse foi o intuito da questo, que deve ser assinalada como correta. Mas, emquestes de concurso, quando a questo disser apenas o valor do passivo,est querendo saber qual o valor das obrigaes.

    Gabarito Correto.

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    (CESPE/SEPLAG/2009) Conta a representao contbil de elementospatrimoniais de natureza igual ou semelhante, criada para registrar nos livroscontbeis fatos ocorridos nas empresas e manter atualizada a situao

    econmico-financeira de uma entidade. Acerca desse assunto, julgue os itenssubsequentes.

    15. (CESPE/SEPLAG/2009) As contas do ativo devem sempre apresentar saldosdevedores, assim como as contas do patrimnio lquido.

    Comentrios

    Dissemos que algumas contas possuem natureza devedora. Outras, credora.Uma conta devedora tem os seus saldos aumentados a dbito e diminudos a

    crdito. Ao revs, uma contra credora tem os seus saldos aumentados a crditoe diminudos a dbito.

    - CONTAS DE NATUREZA DEVEDORA: CONTAS DE ATIVO (BENS E DIREITOS),CONTAS DE DESPESA,- CONTAS DE NATUREZA CREDORA: CONTAS DO PASSIVO (OBRIGAES),CONTAS DO PATRIMNIO LQUIDO, CONTAS DE RECEITA.

    Assim, as contas do ativo, EM REGRA, tm saldo devedor. J as contas dopatrimnio lquido, EM REGRA, tm saldo credor.

    Gabarito Errado.

    16. (CESPE/SEPLAG/2009) Qualquer aumento do patrimnio lquido ser regidopor crdito, e qualquer diminuio, por dbito.

    Comentrios

    O item est correto. O PL aumenta a crdito e diminui a dbito. Isto vocs tero

    de decorar.

    Gabarito Correto.

    17. (CESPE/SEPLAG/2009) Uma empresa possui ou no possui passivo; logo,no existem dvidas negativas.

    Comentrios

    Vimos algumas conseqncias lgicas quando estudamos os diversos tipos desituao lquida. L, dissemos:

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    O ATIVO PODE SER MAIOR OU IGUAL A ZERO. O ATIVO NO PODER, JAMAIS,SER NEGATIVO. NO PODEMOS TER, POR EXEMPLO, UM VECULO QUE VALHAR$ - 100,00, OU CAIXA NO MONTANTE DE R$ - 30,00.

    O MESMO VALE PARA O PASSIVO, QUE PODE SER MAIOR OU IGUAL A ZERO,MAS NO NEGATIVO. NO H POSSIBILIDADE DE TER OBRIGAO DE R$ -1.000,00 COM TERCEIROS.

    O PATRIMNIO LQUIDO (SITUAO LQUIDA), POR SEU TURNO, PODE SERPOSITIVO, NEGATIVO OU NULO.

    O gabarito, portanto, est correto.

    Gabarito Correto.

    18. (CESPE/SEPLAG/2009) O patrimnio lquido, que pode ser positivo, nulo ounegativo, corresponde a recursos de terceiros.

    Comentrios

    Dissemos questo acima que o PL pode ser positivo ou negativo, alm denulo. Porm, o patrimnio lquido corresponde ao capital prprio da entidade eno a recursos de terceiros. O nome sugestivo PATRIMNIO LQUIDO.

    aquele patrimnio que nos resta aps retirar a parte pertencentes a terceiros.

    Gabarito Errado.

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    (CESPE/SEPLAG/2009) Considerando que determinada empresa tenha oscomponentes patrimoniais apresentados na tabela acima, julgue os itens que seseguem.

    19. O capital prprio e o capital de terceiros nessa empresa so,

    respectivamente, iguais a R$ 670.000,00 e R$ 275.000,00.

    20. A situao patrimonial lquida da entidade em questo superavitria emR$ 395.000,00.

    Comentrios

    ATIVO:

    Dinheiro em caixa 80.000,00

    Estoques 45.000,00Imobilizado 125.000,00TOTAL 250.000,00

    PASSIVO:

    Fornecedores 45.000,00Contas a pagar 230.000,00TOTAL 275.000,00

    PL

    Capital social 450.000,00

    Vejam que se somarmos os itens, as contas no batero. Por qu, professor?!Pois ainda falta registrar o lucro ou prejuzo que eventualmente estejacontabilizado nessa empresa.

    Assim, temos que:

    A = P + PL250.000,00 = 275.000,00 + PLPL = - 25.000,00

    Assim, temos de ter um PL negativo em R$ 25.000,00. A nica possibilidade deisso ocorrer termos um prejuzo acumulado na empresa no montante de R$475.000,00.

    O PL ficar assim:

    PL

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    Capital social 450.000,00(-) Prejuzos acumulados (475.000,00)TOTAL (25.000,00)Assim, temos o seguinte:

    ATIVO: 250.000,00PASSIVO: 275.000,00PL: (25.000).

    O gabarito das questes 19 e 20 incorreto.

    Gabarito Errado.

    21. (CESPE/TJ/ES/Contador/2010) Quando a legislao tributria permitir que asociedade adote critrios diversos dos prescritos pelos princpios contbeis, quelhe sejam mais favorveis na apurao dos tributos devidos, essa pessoajurdica dever proceder a ajustes na sua escriturao mercantil, mencionandoas circunstncias em nota explicativa.

    Comentrios

    Segundo a Lei 6.404/76:

    A companhia observar exclusivamente em livros ou registros auxiliares, semqualquer modificao da escriturao mercantil e das demonstraes reguladasnesta Lei, as disposies da lei tributria, ou de legislao especial sobre aatividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem autilizao de mtodos ou critrios contbeis diferentes ou determinem registros,lanamentos ou ajustes ou a elaborao de outras demonstraes financeiras(LSA, art. 177, 2).

    Gabarito Errado.

    22. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) Do lado esquerdo dobalano, registram-se as contas de natureza credora, que representam os bense direitos.

    Comentrios

    Do lado esquerdo do balano figura o ativo, cuja natureza, como visto, devedora.

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    O ativo representa os bens e direitos da empresa.

    Gabarito Errado.

    23. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) As contas de passivo

    reduzem seus saldos quando se registra movimento a dbito.

    Comentrios

    A regra a seguinte:

    Contas do ativo: aumentam a dbito, diminuem a crdito.Contas do passivo e patrimnio lquido: aumentam a crdito, diminuem adbito.

    Gabarito Correto.

    24. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) O patrimnio lquido tantopode apresentar saldo credor quanto devedor.

    Comentrios

    Dissemos que o PL tanto pode ser positivo como ser negativo. Na hiptese de

    ser positivo, seu saldo ser credor. Na contra mo, caso o capital prprio sejanegativo, o saldo ser devedor.

    Gabarito Correto.

    25. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) O exerccio social deve terdurao inferior a um ano somente no ano de constituio da empresa.

    Comentrios

    Dissemos, ao item 1.5.2, que as entidades, em sua constituio, elegem o quechamamos de exerccio social.

    Segundo a Lei das SAs:

    Art. 175. O exerccio social ter durao de 1 (um) ano e a data do trminoser fixada no estatuto.

    Pargrafo nico. Na constituio da companhia e nos casos de alterao

    estatutria o exerccio social poder ter durao diversa.

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    Vejam, o exerccio social tem durao de 1 ano. Isso no equivale a 12 meses(juridicamente falando).

    E mais, dispe o pargrafo nico, do mesmo artigo, que na constituio dacompanhia e nos casos de alterao estatutria o exerccio social poder ter

    durao diversa.

    Portanto, a assertiva est incorreta, posto que no caso de alterao da data deencerramento do exerccio o prazo tambm poder ser diferente de 1 ano. Vejaque a lei no estipula se dever ser para maior ou para menor.

    Logo, se a minha sociedade tinha o exerccio encerrado em 30.06 e passa,nesta mesma data, a consider-lo como encerrado em 31.12, o primeiroexerccio poder ter a durao de 6 meses ou, alternativamente, de 18 meses.A lei no estabelece uma regra definida.

    Gabarito Errado.

    26. (CESPE/Analista/SEBRAE/2008) Uma entidade se encontra com o passivo adescoberto quando a sua equao patrimonial aponta uma situao lquidanegativa.

    Comentrios

    Imagine-se um estado em determinada empresa deve mais do que se tem.H R$ 1.000 em caixa e um carro velho avaliado em R$ 1.000, mas deve R$2.500 a um fornecedor. Esta a chamada situao lquida negativa, pois oselementos negativos superam os elementos positivos do balano. Essa parte doPassivo para o qual no temos recursos suficientes para pagar denominadaPASSIVO A DESCOBERTO.

    Neste tipo de situao, temos:

    ATIVO < PASSIVOPATRIMNIO LQUIDO < 0

    Gabarito Correto.

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    7. QUESTES COMENTADAS NESTA AULA

    Julgue os itens a seguir, relativos a contabilidade.

    1. (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade uma cincia exata.

    2. (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade tem funes administrativas eeconmicas.

    3. (CESPE/SEC/PE/2010) O principal campo de aplicao da contabilidade soas aziendas.

    (CESPE/Analista de Saneamento/Cincias Contbeis/Embasa/2009) Quanto aoconceito e objetivo da contabilidade, julgue os itens a seguir.

    4. A contabilidade considerada uma cincia porque possui objeto prprio, opatrimnio das entidades.

    5. O principal objetivo da contabilidade fornecer informaes teis paraauxiliar o processo decisrio dos usurios.

    6. (CESPE/SEPLAG/Contador/2004) As Companhias devem utilizar a

    escriturao mercantil para registrar as disposies da lei tributria ou delegislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto que recomendemou prescrevam critrios contbeis diferentes da escriturao mercantil.

    7. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) O patrimnio das entidades o objetoprprio da contabilidade. Nesse sentido, julgue o item a seguir acerca dosobjetivos e finalidades da contabilidade.

    O objetivo cientfico da contabilidade manifesta-se na correta apresentao dopatrimnio e na apreenso e anlise das causas das suas mutaes.

    8. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) Julgue o item a seguir com relao sformalidades da escriturao contbil.

    A escriturao ser executada com base em documentos de origem externa ouinterna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem os fatose a prtica de atos administrativos.

    9. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) O ativo um recurso controlado pelaentidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultemou no futuros benefcios econmicos para a entidade.

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    10. (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) Uma caracterstica essencial para aexistncia de um passivo que a entidade tenha uma obrigao presente.11. (CESPE/SEPLAG/2009) Embora as tcnicas contbeis no sofram grandestransformaes, a contabilidade de empresas privadas pode receber tratamentodiferenciado, a fim de atender s suas peculiaridades.

    12. (CESPE/SEPLAG/2009) Nas empresas que operam com seguros, acontabilidade padronizada por rgos governamentais, no entanto, astcnicas contbeis mantm as suas caractersticas.

    13. (CESPE/SEPLAG/2009) Os bens e os direitos so considerados elementospatrimoniais positivos, ou seja, devedores, enquanto as obrigaes soconsideradas elementos patrimoniais negativos, ou seja, credores. A diferenaentre os elementos patrimoniais positivos e negativos o patrimnio lquido.

    14. (CESPE/SEPLAG/2009) Na demonstrao do patrimnio, a soma do ativodever ser sempre igual soma do passivo.

    15. (CESPE/SEPLAG/2009) As contas do ativo devem sempre apresentar saldosdevedores, assim como as contas do patrimnio lquido.

    16. (CESPE/SEPLAG/2009) Qualquer aumento do patrimnio lquido ser regidopor crdito, e qualquer diminuio, por dbito.

    17. (CESPE/SEPLAG/2009) Uma empresa possui ou no possui passivo; logo,

    no existem dvidas negativas.18. (CESPE/SEPLAG/2009) O patrimnio lquido, que pode ser positivo, nulo ounegativo, corresponde a recursos de terceiros.

    (CESPE/SEPLAG/2009) Considerando que determinada empresa tenha oscomponentes patrimoniais apresentados na tabela acima, julgue os itens que se

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    seguem.

    19. O capital prprio e o capital de terceiros nessa empresa so,respectivamente, iguais a R$ 670.000,00 e R$ 275.000,00.

    20. A situao patrimonial lquida da entidade em questo superavitria emR$ 395.000,00.

    21. (CESPE/TJ/ES/Contador/2010) Quando a legislao tributria permitir que asociedade adote critrios diversos dos prescritos pelos princpios contbeis, quelhe sejam mais favorveis na apurao dos tributos devidos, essa pessoajurdica dever proceder a ajustes na sua escriturao mercantil, mencionandoas circunstncias em nota explicativa.

    22. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) Do lado esquerdo dobalano, registram-se as contas de natureza credora, que representam os bense direitos.

    23. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) As contas de passivoreduzem seus saldos quando se registra movimento a dbito.

    24. (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) O patrimnio lquido tantopode apresentar saldo credor quanto devedor.

    25. (CESPE/TJ/ES/Tcni