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I Simpósio Sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica 28 Coleções de herbários e status do conhecimento de Myrtaceae no Espírito Santo Augusto Giaretta 1,3 e Ariane Luna Peixoto 2 1 Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 2020, 22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected] 2 Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 915, Horto, 22.460-030, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. INTRODUÇÃO A Mata Atlântica era uma das maiores florestas pluviais da América com ampla extensão latitudinal e longitudinal. Essa característica geográfica favoreceu a elevada diversidade e endemismo (Silva & Casteleti 2003) produzindo diferenças na composição florística e incrementando a diversidade biológica que persistiu apesar do intenso processo de degradação e fragmentação que vem sofrendo (Ribeiro et al. 2009). Particularmente, algumas regiões remanescentes da Mata Atlântica têm sido reconhecidas como centros de diversidade de espécies (Thomas et al. 1998, Costa 2003, Pinto-de-Rocha & Silva 2005) e estudos têm discutido uma forte separação da Mata Atlântica em dois blocos, cujos limites coincidem com o vale do rio Doce (Fiaschi & Pirani 2009), dividindo mais ou menos o Espírito Santo em uma porção sul onde predominam terrenos mais elevados do Pré-Cambriano e porção norte, predominando as planícies litorâneas do Terciário (Lani et al. 2008). Quanto aos aspectos geomorfológicos, o Espírito Santo abrange terrenos mais antigos do Pré-Cambriano, com cotas altitudinais acima de 100 m, onde o relevo é acidentado, podendo ser reconhecidas a floresta ombrófila densa montana e alto-montana (Veloso 1992), conhecidas pela sua elevada diversidade (Thomaz & Monteiro 1997). A formação Barreiras sustenta as florestas sobre os Tabuleiros Terciário com árvores alcançando mais de 35 m de altura, sendo o norte do Espírito Santo detentora de uma área de floresta de Tabuleiro reconhecidamente de elevada riqueza de espécies vegetais (Peixoto & Silva 1997). Justaposta ao Tabuleiro, a restinga se estende ao longo de todo litoral do Estado constituindo a formação geomorfológica mais recente (Martin et al. 1997), onde se distribui um mosaico de formações vegetais (Pereira 2008). Dentre os vegetais lenhosos, Myrtaceae é a quarta maior família botânica do Brasil (Giulietti et al. 2005) compreendendo na Mata Atlântica 21 gêneros e cerca de 650 espécies (Sobral et al. 2012). Na Mata Atlântica, em levantamentos florísticos e fitossociológicos é apontada entre as famílias de maior riqueza e importância apesar de ocupar principalmente o estrato florestal médio e inferior (Mori et al. 1983). Em uma compilação da flora arbórea de 102 áreas pertencentes a cinco subtipos de floresta Atlântica, Myrtaceae foi a família mais rica em todos os subtipos (Oliveira-Filho & Fontes 2000). No Espírito Santo, Myrtaceae também é representativa na composição das diferentes fitofisionomias, frequentemente ocupando as três primeiras posições em número de espécies (Thomaz & Monteiro 1998, Assis et al. 2004, Jesus & Rolim 2005, Saiter et al. 2011). Dessa forma, a abundância e diversidade de Myrtaceae na Mata Atlântica sugere que está família possa ser utilizada como indicadora de padrões de diversidade dentro do bioma (Murray-Smith et al. 2009). Nesse contexto, este estudo objetivou responder qual o status de conhecimento e de conservação de Myrtaceae no Estado, dada sua elevada riqueza na Mata Atlântica.

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I Simpósio Sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica

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Coleções de herbários e status do conhecimento de Myrtaceae no Espírito Santo

Augusto Giaretta1,3 e Ariane Luna Peixoto2 1Programa de Pós-Graduação em Botânica,

Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro,

Rua Pacheco Leão, 2020, 22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected]

2Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 915, Horto,

22.460-030, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica era uma das maiores florestas pluviais da América com ampla extensão latitudinal e longitudinal. Essa característica geográfica favoreceu a elevada diversidade e endemismo (Silva & Casteleti 2003) produzindo diferenças na composição florística e incrementando a diversidade biológica que persistiu apesar do intenso processo de degradação e fragmentação que vem sofrendo (Ribeiro et al. 2009). Particularmente, algumas regiões remanescentes da Mata Atlântica têm sido reconhecidas como centros de diversidade de espécies (Thomas et al. 1998, Costa 2003, Pinto-de-Rocha & Silva 2005) e estudos têm discutido uma forte separação da Mata Atlântica em dois blocos, cujos limites coincidem com o vale do rio Doce (Fiaschi & Pirani 2009), dividindo mais ou menos o Espírito Santo em uma porção sul onde predominam terrenos mais elevados do Pré-Cambriano e porção norte, predominando as planícies litorâneas do Terciário (Lani et al. 2008). Quanto aos aspectos geomorfológicos, o Espírito Santo abrange terrenos mais antigos do Pré-Cambriano, com cotas altitudinais acima de 100 m, onde o relevo é acidentado, podendo ser reconhecidas a floresta ombrófila densa montana e alto-montana (Veloso 1992), conhecidas pela sua elevada diversidade (Thomaz & Monteiro 1997). A formação Barreiras sustenta as florestas sobre os Tabuleiros Terciário com árvores alcançando mais de 35 m de altura, sendo o norte do Espírito Santo detentora de uma área de floresta de Tabuleiro reconhecidamente de elevada riqueza de espécies vegetais (Peixoto & Silva 1997). Justaposta ao Tabuleiro, a restinga se estende ao longo de todo litoral do Estado constituindo a formação geomorfológica mais recente (Martin et al. 1997), onde se distribui um mosaico de formações vegetais (Pereira 2008). Dentre os vegetais lenhosos, Myrtaceae é a quarta maior família botânica do Brasil (Giulietti et al. 2005) compreendendo na Mata Atlântica 21 gêneros e cerca de 650 espécies (Sobral et al. 2012). Na Mata Atlântica, em levantamentos florísticos e fitossociológicos é apontada entre as famílias de maior riqueza e importância apesar de ocupar principalmente o estrato florestal médio e inferior (Mori et al. 1983). Em uma compilação da flora arbórea de 102 áreas pertencentes a cinco subtipos de floresta Atlântica, Myrtaceae foi a família mais rica em todos os subtipos (Oliveira-Filho & Fontes 2000). No Espírito Santo, Myrtaceae também é representativa na composição das diferentes fitofisionomias, frequentemente ocupando as três primeiras posições em número de espécies (Thomaz & Monteiro 1998, Assis et al. 2004, Jesus & Rolim 2005, Saiter et al. 2011). Dessa forma, a abundância e diversidade de Myrtaceae na Mata Atlântica sugere que está família possa ser utilizada como indicadora de padrões de diversidade dentro do bioma (Murray-Smith et al. 2009). Nesse contexto, este estudo objetivou responder qual o status de conhecimento e de conservação de Myrtaceae no Estado, dada sua elevada riqueza na Mata Atlântica.

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MATERIAL E MÉTODOS

A área de estudo abrangeu à extensão da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo, incluindo todas as fitofisionomias associadas (Lei nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006). A ocorrência de espécies de Myrtaceae foi obtida através de tratamentos taxonômicas da família, artigos de sistemática, inventários florísticos e registros em coleções de herbários disponíveis na rede SpeciesLink (http://www.splink.org.br/). As informações reunidas foram compiladas para um banco de dados atentando para exclusão de espécies cultivadas e registros duplicados, artefato do intercâmbio de duplicatas entre herbários, resultando em 4427 registros, 297 espécies (46% do total da Mata Atlântica) distribuídas em 15 gêneros (71,5%). As sinonímias foram verificadas segundo o World Checklist of Myrtaceae (WCSPF 2008). Para a confecção dos mapas de distribuição dos registros utilizou-se células de grid de 0.2° X 0.2° que corresponde a aproximadamente um grid de 20 X 20 km. Os mapas foram gerados utilizando o software DIVA-GIS 7.4 (http://www.diva-gis.org/).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As coletas de Myrtaceae estão entre as mais numerosas do Espírito Santo nos herbários do estado, em número de exsicatas ficando atrás apenas de Orchidaceae e Bromeliaceae (Fraga et al. 2007). Quanto ao nível de identificação, Myrtaceae está com 81% (3593) dos registros totais em nível específico, 13% (581) em gênero e 6% (253) não determinadas. Apesar de essa condição ser considerada razoável para um grupo tão representativo e de delimitação taxonômica das espécies de elevado grau de complexidade as identificações feitas por especialistas do grupo compreendem 61,5% (2641) do total de registros, correspondendo a 284 espécies (95,3% de todas inventariadas para o Estado). As identificações realizadas por não especialistas correspondem a 24% (1027) dos registros, compreendendo 167 espécies (56%). A identificação de um pouco mais da metade dos espécimes realizada por especialistas pode indicar a grande demanda pela identificação de Myrtaceae no Estado. Muitas áreas no Espírito Santo ainda são deficientes em coletas, sendo que os registros de Myrtaceae catalogados no Espírito Santo estão concentrados principalmente na porção sul do Estado (figura 1). A intensidade de coleta ao longo do litoral segue o mesmo padrão de maior esforço de coleta na porção sul, apesar de o litoral norte resguardar as maiores extensões de planície litorânea vegetada do Estado (figura 2) (Lani et al. 2008). Existe ainda uma grande lacuna na região central da porção norte e extremo norte do Estado, justamente onde ocorre gradualmente a passagem dos Tabuleiros terciários para a porção serrana do Pré-Cambriano, uma região que se destaca pelos afloramentos e costões rochosos. A região serrana do Estado é conhecida pela elevada diversidade de espécies vegetais, inclusive de Myrtaceae (Thomaz & Monteiro 1997), entretanto, a porção oeste do Estado, predominantemente constituída pelo Pré-Cambriano, é pouco representada quanto ao número de coletas de Myrtaceae.

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A concentração de esforço de coleta em áreas reconhecidamente de elevada riqueza funciona como um mecanismo que tendencia ainda mais os registros gerados, interferindo na detecção de centros de endemismo, escolha de áreas prioritárias para a conservação (Ponder et al. 2001, Grand et al. 2007) e consequentemente a definição de Unidades de Conservação (UCs) (Silva 2005). A necessidade de maior esforço de coleta fica mais evidente quando são consideradas espécies de Myrtaceae com menos de cinco registros. As espécies vegetais podem ser representadas por poucos registros por possuírem populações com baixa abundância, por serem restritas geograficamente ou ser um reflexo da insuficiência de coletas (Kunin & Gaston 1997). A distribuição das espécies de Myrtaceae no Espírito Santo evidenciou uma grande necessidade de intensificação do esforço de coleta principalmente em áreas ainda pouco amostradas, como a região norte do Estado, ou não amostradas, melhorando as informações sobre a distribuição geográfica das espécies. Dada a demanda de material e o elevado grau de dificuldade sobre a taxonomia de Myrtaceae, a formação de taxonomistas nesta família deve ser encorajada para que se aumente o status do conhecimento sobre a flora do Espírito Santo.

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