auditÓrio prof. francisco machado carrion …

24
AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FCE MEMORIAL DESCRITIVO Ana Lúcia Richter Dreyer Arquiteta e Urbanista SPH | SUINFRA | UFRGS CAU A29078-5 Renata Tonioli Manara Chefe da Seção Técnica do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS Rafaela Remião Peres da Silva Chefe do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS Maio de 2019

Upload: others

Post on 12-Nov-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FCE

MEMORIAL DESCRITIVO

Ana Lúcia Richter Dreyer

Arquiteta e Urbanista SPH | SUINFRA | UFRGS

CAU A29078-5

Renata Tonioli Manara

Chefe da Seção Técnica do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS

Rafaela Remião Peres da Silva Chefe do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS

Maio de 2019

Page 2: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

2

SUMÁRIO

HISTÓRICO DO PRÉDIO .................................................................................................................. 4

DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL DA EDIFICAÇÃO ................................................................................... 9

CONDIÇÕES ATUAIS DO AUDITÓRIO ........................................................................................... 12

DESCRIÇÃO GERAL E JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...................................... 16

RELAÇÃO DE PRANCHAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO .......................................................... 18

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................................................... 19

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 24

Page 3: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

3

DADOS GERAIS DA EDIFICAÇÃO

Denominação: Faculdade de Ciências Econômicas

Código do prédio: 11.109

Endereço: Avenida João Pessoa, nº 52

Campus Centro da UFRGS - CEP 90046-900

Município: Porto Alegre, RS

Autor do projeto FCE: Gabinete de Projetos e Obras da Universidade do Rio

Grande do Sul

Período de construção: 1952-54/ 1959

Área construída: 4.399,00 m²

Área do Auditório 150,00m2

Page 4: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

4

HISTÓRICO DO PRÉDIO

Para analisar o prédio da FCE, necessita-se primeiramente explicar suas origens. O

atual edifício foi erguido a partir das fundações do então Instituto Julio de Castilhos,

projeto do Arq. Manuel Barbosa de Assumpção Itaqui executado entre os anos 1908 e

1911 por Andriguetto e Paganini. O prédio, majestoso e requintado, foi encomendado

ao arquiteto pela Faculdade de Engenharia no início do século XX para abrigar salas de

aulas devido ao crescimento da instituição naquele período.

A edificação possuía dois andares, com uma torre central mais alta com três

pavimentos, equilibrada por duas torres laterais com telhados em forma piramidal

(Figura 1). Segundo Moraes (2003, p. 56) a planta baixa e os detalhes das fachadas

eram similares aos projetados pelo arquiteto François Mansart (autor dos projetos

Château de Maisons e Château Lafitte, 1641-1650). Segundo o mesmo autor, a

volumetria alude ao classicismo francês do final do século XIX e início do século XX,

estilo retomado mais adiante pela corrente historicista.

Prédio do Instituto Julio de Castilhos

Autor : Manoel Barbosa Assumpção Itaqui.

Construção: 1908-1911.

Área construída: 2.200,00 m².

Figura 1. Fachada do Instituto Julio de Castilhos – fotografia de 1927.

Fonte: acervo digital STSPH-SUINFRA-UFRGS.

Page 5: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

5

Infelizmente, um incêndio em 1951 destruiu a edificação, remanescendo somente as

suas fundações em pedra (Figura 2). Foi a partir desta base original que resolve-se

então construir uma nova edificação com intuito de abrigar a Faculdade de Ciências

Econômicas. A solução adotada, incluindo alguns acréscimos que serão detalhados

adiante, foi a de manter a forma e volumetria geral da obra de Itaqui para

aproveitamento das estruturas de base existentes e o prédio resultante é o que hoje

temos como a FCE (TONIOLI, 2014).

Figura 2. Planta Baixa do perímetro original do Prédio Julio de Castilhos, 1909. Planta baixa produção

STSPH-SUINFRA-UFRGS, 2019.

A planta do prédio da FCE, construído entre os anos de 1952 e 1954, mantém

resquícios das características gerais da composição anterior: linear e simétrica. A

ligação dos espaços menores é feita através de um elemento linear: o corredor, que

organiza as salas dispostas em fita. Essa linearidade foi limitada por Itaqui no prédio

original de sua autoria, através dos volumes das torres situadas nas extremidades do

edifício, replicadas na planta baixa pelo escritório de Projetos da Universidade na

década de 1950. O volume central marca o eixo da edificação e distribui verticalmente

o fluxo pela escada em direção às torres laterais, as quais reforçam essa simetria

(Figura 3).

Figura 3. Planta Baixa da FCE, 1952. Fonte: Planta Baixa produção SPH-SUINFRA-UFRGS, 2019.

Page 6: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

6

Figura 4. Fachada principal da FCE, na Av. João Pessoa, década de 1950. Fonte: base digital SPH-

SUINFRA-UFRGS.

Os projetistas da FCE mantiveram a configuração e características compositivas na

estrutura principal da edificação quanto à implantação e forma, especialmente na

fachada principal (Figura 4). Entretanto, foram acrescentados três volumes novos que

não possuem as fundações sobre as bases originais do prédio do então Instituto Julio

de Castilhos: instalações de sanitários com a altura completa dos quatro pavimentos e

no térreo, uma construção centralizada em formato de semi-círculo, para abrigar a

cafeteria (Figura 5).

Figura 5. Fundos da FCE, construída entre os anos de 1952 e 1954. Foto da década de 1970,

aproximadamente. Fonte: base digital STPSH-SUINFRA-UFRGS.

Page 7: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

7

Cinco anos após a finalização da obra foi erguido o volume que hoje abriga o Auditório

Prof. Francisco Machado Carrion, também com 04 pavimentos, aos fundos da torre

direita da edificação (Figura 6). Tal acréscimo quebrou a simetria original, compondo

um edifício em “L”. Verificam-se nas plantas baixas a intenção projetual de

continuidade da aparência da fachada, tais como as saliências nos cantos das paredes

externas e as esquadrias recuadas em função externo da envoltória, a qual remete aos

torreões originais (Figura 7).

Figura 6. Fundos da FCE, com volume do auditório. Fonte: base digital STPSH-SUINFRA-UFRGS.

Figura 7. FCE, construção entre os anos de 1952 e 1954 e acréscimo de 1959. Fonte: Planta Baixa

produção STPSH-SUINFRA-UFRGS, 2019.

Após esse período, na década de 1970, o prédio recebeu ainda duas construções

anexas: primeiramente uma contígua ao volume dos fundos, com três pavimentos e

por fim, um volume que também se estende aos fundos, em direção ao centro do

AUDITÓRIO

Page 8: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

8

quarteirão, com dois pavimentos. Essas construções não serão consideradas neste

projeto como parte significativa da edificação.

O Auditório, situado no acréscimo efetuado em 1959, situa-se no 3ª pavimento e é

acessado pelos elevadores e escadas. A edificação incorporou novas áreas, com novas

funções em resposta às demandas que surgiam com a ampliação das faculdades. Os

projetistas procuraram trazer a mesma composição volumétrica do prédio anterior. De

qualquer forma, mostra-se, com a ocupação do Auditório na edificação, a mutação que

as construções podem sofrer ao longo do tempo, marcando épocas, conceitos e

peculiaridades (Figura 8).

Figura 8. Evolução construtiva FCE. Fonte: produção STPSH-SUINFRA-UFRGS, 2019.

Page 9: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

9

DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL DA EDIFICAÇÃO

O prédio da Faculdade de Ciências Econômicas está localizado Rua Av. João Pessoa ao

lado do Prédio da Faculdade de Direito no Quarteirão 1 do Campus Centro da UFRGS,

em área central do município de Porto Alegre (Erro! Fonte de referência não

encontrada.9). Atualmente ele abriga as Faculdades de graduação em Ciências

Atuariais, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Relações Exteriores e

Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural. Conta também com programas

de pós-graduação em Controladoria, Desenvolvimento Rural, Economia e Estudos

Estratégicos Internacionais, agregando ainda às funções de ensino e pesquisa,

atividades de extensão que atendem aos públicos internos e externos da UFRGS.

Figura 9. Inserção da FCE no Quarteirão 1 da UFRGS. Fonte: Google Maps, 2019.

O edifício foi disposto recuado em relação ao passeio, circundado por uma área

ajardinada. A volumetria, erigida a partir do aproveitamento das fundações

remanescentes do prédio original do Instituto Julio de Castilhos11, é composto por três

blocos principais, sendo o elemento central o de maior extensão em largura. Todos

possuem quatro pavimentos (Figuras 10 e 11).

1 Ver capítulo 1. HISTÓRICO DO PRÉDIO (N. da A.).

Page 10: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

10

Figura 10. FCE - Fachada frente – Av. João Pessoa. Fonte: Produção STSPH, 2019

Figura 11. FCE - Fachada fundos – Centro do Quarteirão 1 Campus Centro UFRGS.

Fonte: Produção STSPH, 2019

As fundações e a base em pedra, originais da construção de Itaqui, foram mantidas na

reconstrução, conforme pode-se perceber na figura x. Além da volumetria e perímetro

externo foram aproveitados as disposições e zoneamentos presentes nas plantas

baixas do projeto do Instituto Julio de Castilhos, como a escada central, corredores,

circulações e posições das salas de aulas (Figura 12).

AUDITÓRIO

Page 11: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

11

Figura 12. Passeio em frente à FCE, onde é possível visualizar a base em pedra original do Instituto Julio

de Castilhos. Fonte: Acervo digital STSPH.

O sistema construtivo do prédio erguido entre os anos de 1952 e 1954 utiliza alvenaria

portante de alvenaria de tijolos maciços assentados sobre fundação de granito,nos

mesmos moldes do prédio do Instituto Julio de Castilhos. Já o volume construído em

1959 possui estrutura de pilares e vigas, com elementos de vedação que replicam a

formalidade das fachadas executadas em anos anteriores. A cobertura, também

estruturada em madeira, possui telhas de fibrocimento e águas subdivididas em

diversos panos, indicando as construções efetuadas ao longo do tempo (Figura 13).

Figura 13. FCE – Planta de Cobertura. Fonte: Produção STSPH, 2019

Page 12: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

12

CONDIÇÕES ATUAIS DO AUDITÓRIO

O auditório prof. Francisco Machado Carrion, possui todo seu piso em desnível, sendo

o pé direito mais elevado junto ao palco. O revestimento é em carpete, o qual se

apresenta em péssimo estado, com descolamentos, rasgos e mau cheiro. As paredes

são revestidas com reboco e pintura, também com pontos danificados, com

identificação de infiltrações e pequenas rachaduras (Figura 14).

Figura 14. Auditório Prof. Francisco Carrion – Vista Interna Geral. Fonte: Acervo base digital SPH.

As cortinas, necessárias na sala para diminuição da claridade externa em alguns

eventos e palestras, apresentam larga camada de poeira, além de manchas e partes

caídas, transferindo ao ambiente, assim como o carpete, cheiro de mofo e umidade

(Figuras 15 e 16).

Page 13: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

13

Figuras 15 e 16. Auditório Prof. Francisco Carrion – Janelas e paredes. Fonte: Acervo base digital SPH.

Há instalações de equipamentos de ar condicionado tipo Split, com tubulações

aparentes, que atravessam as esquadrias para que as evaporadoras se comuniquem

com as condensadoras externas. Há, de acordo com o projeto de climatização,

necessidade de aumento do número de aparelhos (Figura 17).

O forro modular atual encontra-se em péssimo estado e a iluminação existente

necessita de revisão e atualização (Figura 18).

Faltam revestimentos para incremento no isolamento acústico, tanto para proteger do

som externo quanto da contenção de som interna do auditório quando em uso.

Figuras 17 e 18. Auditório– Instalações e forro modular existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.

Page 14: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

14

O mobiliário do auditório é antigo. As cadeiras, provenientes do Salão de Atos da

UFRGS, foram instaladas no auditório em 1989. Hoje, apresentam partes danificadas,

não atendimento a ergonomia e acessibilidade (Figura 19). Além disso, são compostas

por materiais inadequados à proteção contra incêndio. O carpete também está

danificado (Figura 20).

Figuras 19 e 20. Auditório– Poltronas e piso existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.

O auditório possui instalações elétricas aparentes, bem como instalações antigas

embutidas e retratam diversas instalações e aumentos pontuais de rede ao longo da

vida útil da sala. Foram encontrados, ainda, caixas de passagem abertas (Figuras 21 e

22).

Figuras 21 e 22. Auditório– Instalações elétricas existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.

Page 15: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

15

O auditório, ambiente intensamente utilizado pela comunidade universitária,

encontra-se deteriorado nas suas instalações e revestimentos. Portanto, A realização

das reformas justifica-se em função do estado atual de conservação dos ambientes e

instalações, agregando à Universidade e à FCE um espaço qualificado e em acordo com

normas e leis vigentes, com segurança, ergonomia e salubridade.

Page 16: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

16

DESCRIÇÃO GERAL E JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Essa proposta de intervenção é pontual e possui o objetivo de suprir a necessidade de

alterações para revitalização e principalmente para as questões proteção contra

incêndio e acessibilidade, adaptando a sala do auditório para as condições ideais atuais

de segurança aos usuários.

Em relação ao desenvolvimento do projeto de intervenção, seguem abaixo os

principais critérios utilizados, buscando sempre seguir as orientações e preceitos da

área da preservação:

Preservação das características espaciais originais da edificação;

Respeito à materialidade e à técnica construtiva original;

Realização de intervenções com caráter reversível;

Proporcionar acessibilidade universal às edificações e suas atividades,

buscando a adaptação das pré-existências ou agregando novos elementos para

facilitação de ingresso e locomoção;

Com base nas diretrizes acima descritas, seguem resumidas as principais soluções

propostas:

Em termos funcionais, a sala do auditório manterá exatamente os mesmos

usos, para funções de auditório, aulas expositivas e reuniões para o público

interno e externo à FCE;

Em termos físicos, a principal alteração proposta é a adaptação à acessibilidade

universal, que em função das novas diretrizes advindas das normas e leis de

acessibilidade, fazem urgente à adequação do espaço que é destinado ao uso

de público. Uma das intervenções de maior impacto será a adequação

estrutural da rampa no local da plateia, promovendo inclinação adequada ao

uso de cadeirantes, bem como execução de assentos especiais para pessoas

com mobilidade reduzida e pessoas obesas, atendendo à legislação vigente;

Em função da necessidade de ampliação das passagens e circulações, previstas

em normas e leis, tanto de acessibilidade quanto de incêndio, os assentos

foram reduzidos de 182 unidades atuais para 136 lugares, sendo destes 129

poltronas regulares, 02 poltronas para Pessoas com Mobilidade Reduzida

(PMR), 02 poltronas para Pessoas Obesas (PO) e ainda 03 lugares destinados às

Pessoas em Cadeiras de Rodas (PCR). A alteração substancial em termos

numéricos justifica-se através do intuito em reforçar e priorizar a prevenção e

segurança dos usuários;

Com relação à proteção contra incêndios, são previstas ainda A inclusão de

sinalização e iluminação de emergência. O forro atual será trocado, bem como

Page 17: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

17

o carpete e poltronas, atendendo ao disposto quanto à incombustibilidade

exigida pela IN do Corpo de Bombeiros (controle de materiais).

Os novos elementos foram projetados com materiais e técnicas construtivas

contemporâneos, priorizando o atendimento às legislações previamente

citadas.

Page 18: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

18

RELAÇÃO DE PRANCHAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

LEVANTAMENTO CADASTRAL

PRANCHA CONTEÚDO

1-2 Auditório - Planta Baixa e Planta de Forro

2-2 Auditório - Vistas

DOCUMENTO CONTEÚDO

1-1 Relatório Descritivo

1-1 Levantamento do mobiliário existente

PROJETO ESTRUTURAL

PRANCHA CONTEÚDO

1-2 Auditório - Planta Baixa, Cortes e Detalhes

2-2 Auditório - Modulação Painel Wall e Detalhes

PROJETO ARQUITETÔNICO

PRANCHA CONTEÚDO

1-5 Auditório - Localização, Planta Baixa, Corte A Construir/A Demolir

2-5 Auditório - Planta Baixa, Planta de Layout e Planta de Pisos

3-5 Auditório - Cortes

4-5 Detalhamento Esquadrias de Ferro

5-5 Detalhamento Sinalização e Acessibilidade

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PRANCHA CONTEÚDO

1-1 Planta Baixa 3o andar, quadro de cargas e diagramas multifilares

REDE ESTRUTURADA DE DADOS E TELEFONIA

PRANCHA CONTEÚDO

1-1 Planta Baixa Auditório

INSTALAÇÕES DE CLIMATIZAÇÃO

PRANCHA CONTEÚDO

1-3 Auditório - Planta Baixa

2-3 Auditório - Cortes

3-3 Detalhes

ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

DOCUMENTO CONTEÚDO

1-1 Orçamento e Cronograma Físico-Financeiro

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

DOCUMENTO CONTEÚDO

1-1 Caderno de Especificações Técnicas

Page 19: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

19

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Serviços preliminares:

Antes do início dos serviços deverá ser realizado o Plano de Gerenciamento de

Resíduos (PGRCC), que deverá ser cumprido durante todo o andamento da obra.

O canteiro de obras deverá conter: isolamento com tapume, galpão aberto com

estrado em madeira, baias para depósito de agregados, barracão em madeira e

cobertura de fibrocimento com sanitário, copa, almoxarifado e escritório e ligações

provisórias de água e energia elétrica. Além disso, deverá prever contêiner

estacionário para remoção de entulho, extintor em pó químico do tipo ABC.

Deverá ser instalada placa de obra contendo as informações da intervenção, conforme

padrão UFRGS.

Junto às esquadrias externas do auditório, deverão ser instalados tapumes de

proteção.

Andaimes e escoramentos:

Deverá ser locado andaime metálico para os serviços em altura, bem como

torre/guincho para o içamento de material.

Para viabilizar a execução dos serviços, deverá ser considerada a instalação de

andaime tubular do tipo torre, de acordo com especificação em projeto do projeto

e/ou definição da fiscalização ténica da obra.

Demolições e remoções:

As demolições serão reguladas quanto à segurança e Medicina do Trabalho pela

Norma Regulamentadora NR-18. Todas as demolições (previstas ou julgadas

necessárias no decorrer da obra) serão efetuadas dentro da mais perfeita técnica,

tomados os devidos cuidados para ser evitados danos a terceiros e com todas as

garantias de preservação do imóvel. Não serão permitidas demolições, ainda que

parciais, de qualquer elemento que integra a edificação, salvo quando expressamente

indicado no Projeto Arquitetônico ou liberado previamente pela fiscalização técnica da

UFRGS.

Para a execução do projeto, deverão ser demolidos/removidos os seguintes itens,

conforme indicado nas pranchas “a construir / a demolir”:

Page 20: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

20

Remoção de esquadrias;

Remoção de revestimentos de madeira (lateral do palco);

Retirada de rodapés de madeira;

Remoção de carpete colado;

Remoção de tubulação aparente (cortinas e acessórios);

Remoção de tomadas ou interruptores elétricos;

Remoção de luminárias;

Remoção de forro sem reaproveitamento;

Demolição de alvenarias;

Remoção e recomposição de piso de concreto simples (E=8cm) – enchimento

do palco do auditório;

Remoção cuidadosa de poltronas do auditório;

Remoção de instalações e dutos de elétrica;

Remoção de quadro de elétrica;

Retirada de rodapés de madeira;

Retirada de aparelhos de ar condicionado.

Estruturas:

O novo piso em rampa com adequação à acessibilidade será executado em estrutura

metálica, acrescido de contrapiso em concreto armado, conforme locais indicados em

projeto específico, e painel do tipo wall revestido com carpete. Esta estrutura não terá

interferência direta com as paredes de alvenaria existentes.

Vedações:

Alvenaria de vedação: deverá ser executado fechamento em alvenaria de blocos

cerâmicos furados 9x14x19cm nos locais indicados no projeto arquitetônico, onde

deverá ser executado o fechamento de vãos de esquadrias ou móveis removidos.

Todos os fechamentos de vãos deverão ser executados, mantendo a mesma espessura

das paredes existentes.

Revestimentos de parede e forro:

Chapisco - traço 1:3 (cimento e areia), espessura 0,5cm, preparo manual;

Emboço - traço 1:3 (cimento e areia média), espessura 1,5cm, preparo manual

da argamassa;

Reboco - traço 1:2 (cal e areia fina peneirada), espessura 0,5cm, preparo

manual da argamassa.

Page 21: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

21

Todas as vedações em alvenaria,novas ou existentes, onde houver interferência do

projeto, deverão receber chapisco e emboço/reboco, para posterior pintura, indicada

no projeto.

A recuperação e/ou restauração do revestimento existente, no caso de fissuras,

desplacamento ou mesmo pela intervenção com abertura de vãos, engastamento de

novas paredes às existentes, entre outros, deverão seguir estas especificações. No

caso de restauro do revestimento existente, aplicar emboço e reboco com as mesmas

características do existente sem aplicação de massa corrida PVA.

Esquadrias:

As esquadrias de ferro existentes deverão ser limpas e restauradas, visando retomar a

configuração original da fachada do edifício. O seu funcionamento deverá ser revisado

e lubrificado, quando for o caso. Deverá ser executada a limpeza e remoção da pintura

existente nos perfis metálicos com solvente, para posterior repintura com tinta

esmalte fosco cor palha (idem à cor existente, cuja tonalidade deverá ser verificada

junto à fiscalização antes da execução da pintura).

Caso não seja possível a recuperação das esquadrias existentes, deverão ser trocadas

todas as partes que porventura não estiverem adequadas ao uso e funções de vedação

e estanqueidade. O acabamento final das novas partes de esquadrias e/ou esquadrias

novas deverão possuir mesmo padrão de acabamento final das demais, mantendo a

homogeneidade do conjunto.

Pisos:

Serão necessários os seguintes serviços relacionados a pisos:

Execução de contrapiso em concreto com regularização na área do novo

volume, conforme mencionado no item 5. Estruturas;

Execução de piso em painel wall, nas áreas indicadas em projeto;

Instalação de carpete agulhado estruturado nos locais indicados em projeto:

após retirada do revestimento de piso existente e nivelamento da base do

mesmo, será instalado carpete, conforme especificações do Termo de

Referência, na cor cinza chumbo.

Forros:

O forro de gesso acartonado será instalado em toda a área do auditório. O forro,

material incombustível, deverá estar perfeitamente nivelado, sem fissuras, trincas ou

volumes. O acabamento entre as paredes existentes e o novo forro deverá ser

executado com negativo (tabica metálica) e deverá prever a abertura para re-

instalação das luminárias, caixas de som e equipamentos de projeção.

Page 22: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

22

Tratamentos e pinturas:

O teto, conforme indicado no projeto, deverá receber aplicação de uma demão de

fundo selador acrílico sobre a superfície limpa e seca e posteriormente, pintura acrílica

acetinada na cor branca.

Instalações prediais:

Quanto às instalações prediais, serão contemplados os seguintes itens:

Instalações elétricas de força e iluminação em substituição às existentes,

quando indicado em projeto;

Instalações de iluminação de emergência;

Realocação das instalações de ar-condicionado e instalação de novas unidades

(com previsão de instalações elétricas e hidráulicas pertinentes para possibilitar

os serviços de instalação);

Redes de cabeamento estruturado e telefonia.

Sistema de Iluminação: serão instaladas luminárias de sobrepor, conforme

indicado nas plantas. Todos os reatores deverão ser 127V, eletrônico com alto

fator de potência.

Mobiliário:

Serão instaladas poltronas novas com atendimento aos requisitos das normas de

segurança e prevenção contra incêndio, bem como dos parâmetros de ergonomia e

acessibilidade. As distâncias e afastamentos devem atender aos indicados em projeto

arquitetônico.

As poltronas novas deverão possuir estrutura interna em madeira laminada com

curvatura anatômica, inteiramente estofada em espuma injetada de poliuretano de

alta densidade com formato frontal que atenda aos quesitos de ergonomia quanto à

curvatura das costas.

Nas laterais do palco, serão executados painéis em marcenaria, conforme

detalhamento de projeto, com intuito de fechamento de shafts para guarda e proteção

de equipamentos de ventilação permanente e materiais de uso.

Acessibilidade:

Nos locais indicados em projeto arquitetônico de acessibilidade, seguindo respectivos

detalhamentos, deverão ser instalados guarda-corpos nas laterais dos assentos de

público, atendendo à RT do CBMRS No 11, Item 5.9.1.3.

Page 23: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

23

Sinalização:

Nos locais destinados às Pessoas em Cadeiras de Rodas (PCR), deverão ser instaladas

placas em alumínio anodizado natural, contendo símbolo internacional de acesso

conforme NBR 9050, para identificação das áreas reservadas para pessoas em cadeira

de rodas. As placas deverão ser fixadas no piso através de parafusos e deverão possuir

dimensões mínimas de 25x25cm.

Serão ainda instaladas placas em PVC adesivadas com indicativo do acesso à sala ao

lado da porta, no lado externo.

A sinalização de segurança conta ainda com previsão de iluminação direcional

embutida nas poltronas dispostas nos corredores da plateia, bem como placas

fotoluminescentes nas paredes com a orientação de rotas de fuga e a porta de saída

da sala.

Serviços gerais:

A obra contará com os serviços de, no mínimo, um engenheiro responsável pelo

andamento dos serviços, um mestre de obras e um vigia.

Deverá ser realizada a limpeza permanente da obra.

Após a conclusão dos serviços de obra será realizado o registro As Built, fornecido em

arquivo digital e impresso.

Page 24: AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION …

24

REFERÊNCIAS

MORAES, George Augusto Moraes de. A contribuição de Manoel Itaqui para a

arquitetura gaúcha. Dissertação de Mestrado. Programa de Pesquisa e Pós-graduação

em Arquitetura (PROPAR). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFRGS. Porto

Alegre, 2003.

TONIOLI, R. M. Cidade e Universidade: Arquitetura e configuração urbana do Campus

Centro da UFRGS. Dissertação de Mestrado. Programa de Pesquisa e Pós-graduação

em Arquitetura (PROPAR). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFRGS. Porto

Alegre. 2014.