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Auditorias Energéticas: uma ferramenta de apoio à gestão Seminário de Transporte Rodoviário Transporte Rodoviário de Mercadorias : O desafio das empresas em contexto de incerteza Hotel Tiara Park Atlantic Porto Porto, 24 de Maio de 2012 Cláudio Casimiro

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Page 1: Auditorias Energéticas: uma ferramenta de apoio à gestão · Forte dependência externa de ... anterior seja superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo (tep) Litros Tonelada

Auditorias Energéticas: uma ferramenta de apoio à gestão

Seminário de Transporte Rodoviário Transporte Rodoviário de Mercadorias : O desafio das

empresas em contexto de incerteza

Hotel Tiara Park Atlantic – Porto

Porto, 24 de Maio de 2012

Cláudio Casimiro

Page 2: Auditorias Energéticas: uma ferramenta de apoio à gestão · Forte dependência externa de ... anterior seja superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo (tep) Litros Tonelada

Enquadramento: Energia e Transportes

Regulamento de Gestão do Consumo de Energia para o

Sector dos Transportes (RGCEST)

Ilustração de potencial de aplicação

Sumário

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

Page 3: Auditorias Energéticas: uma ferramenta de apoio à gestão · Forte dependência externa de ... anterior seja superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo (tep) Litros Tonelada

ENERGIA – Um dos factores centrais de desenvolvimento da

economia mundial

Forte dependência externa de combustíveis fósseis

• Elevada volatilidade e subida de preços

Baixo índice de eficiência energética

• Aumento do consumo de energia mais do que proporcional ao aumento do PIB

Elevada intensidade carbónica

• Défice esperado de licenças de emissão de CO2

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Aumento da factura externa

Desequilíbrio da balança de pagamentos

Perda de competitividade e de “valor” das empresas

Redução do poder de compra dos consumidores

Potencial incumprimento das metas do Protocolo de Quioto

CONSEQUÊNCIAS

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Evolução do Preço Combustíveis | 2004-2012

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

0,000

0,200

0,400

0,600

0,800

1,000

1,200

1,400

1,600

1,800

21-05-2012 03-04-2009 18-04-2008 04-05-2007 19-05-2006 03-06-2005 18-06-2004

Pre

ço F

inal

(EU

R/L

ITR

O)

Data

Gasolina 95 Gasóleo Rodoviário

Fonte: DGEG, Preços dos Combustíveis em Portugal Continental

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ENERGIA – CONTEXTO NACIONAL

Evolução do Consumo Portugal (Mtep)

Fonte: EUROSTAT (Energy, transport and environment indicators – 2008)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

1996 2006

Co

nsu

mo

(M

tep

)

Industria Transportes Outros

Taxa Crescimento = 30%

Taxa Crescimento = 39%

Taxa Crescimento =14 %

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Aplicação:

Empresas de transportes e às empresas com frotas próprias

consumidoras intensivas de energia cujo consumo durante o ano

anterior seja superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo

(tep)

LitrosTonelada equivamente de

Petróleo (tep)Obrigatoriedade do RGCE Transp.

575.000 501,7 SIM

Factor de conversão: Gasóleo 1,045 tep/t

1000 l de gasóleo - 0,835 t

Art.13.º da Portaria n.º 228/90, de 27 de Março

CONSUMO ANUAL DE GASÓLEO

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Auditoria Energética:

Incidir sobre o estado dos veículos e às suas condições de

utilização, devendo ser recolhidos elementos para a realização de

um Plano de Racionalização do Consumo de Energia..

Estas Auditorias deverão ter uma periodicidade de três anos

REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

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Metodologia:

1. Analisar a composição da frota (idade, tipo de utilização, características

técnicas)

2. Avaliação do processo de gestão de frota e manutenção

3. Determinação da produção – tonelada quilómetro (TK), veículo

quilómetro (VK), passageiro quilómetro (PK)

4. Controlo de abastecimentos

5. Balanços de energia (valor por cada modo de transporte, grupo, de

conversão de energia e distribuição de energia – no caso de

electricidade

6. Determinação das condições de utilização

7. Determinação dos consumos específicos (gep/VK|gep/TK|gep/PK)

REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

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Plano de Racionalização (PRCE):

• Este plano estabelece uma meta (M) para a redução do consumo

específico , num horizonte a três anos;

• O objetivo de redução do consumo específico é de 5% em três anos ;

• O plano deve possuir um conjunto de medidas de eficiência

energética, devidamente calendarizadas e quantificadas em termos

de investimento.

REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

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Exemplo de Aplicação:

REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Ano de Matrícula N.º de Veículos

2009 56

2010 57

2011 70

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2011 Total

Gasóleo (l) 1.373.424

Gasóleo (tep) 1.198

C (gep/VK) 378,05

C (gep/TK) 0,03

LITROS/100 km

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Exemplo de Aplicação:

REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Estabelecimento de Metas (M) : 5% de Redução em 3 anos

2011 Total

Consumo Esp.

(gep/VK) 378,05

M 2009 (gep/VK) 371,75

M 2010 (gep/VK) 365,45

M 2011 (gep/VK) 359,15

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Benefícios da poupança de combustível

Custos Totais da Frota 800 000 EUR

Custos Combustível ( 30% do total) 240 000 EUR

Lucro Esperado da Empresa 40 000 EUR

5% poupança combustível 12 000 EUR

Lucro pós poupança combustível 52 000 EUR

Impacto financeiro da auditoria energética

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Medidas Típicas de Racionalização de Consumos

• Formação em ECO-Driving

•Sensibilização para aquisição de veículos mais eficientes

•Organização de uma logística que beneficie a componente energética

Medidas Comportamentais

•Instalação de sistemas de gestão de frota

•Soluções de planeamento de rotas por GPS

•Utilização de soluções tecnológicas para redução de consumos (menor resistência ao rolamento, aerodinâmica)

• Utilização de combustíveis alternativos (GNC, Biofuel, Biogás, Eletricidade, …)

Medidas Tecnológicas

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Benefícios da auditoria energética numa frota

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

• Não se pode gerir os consumos

sem os quantificar

• A sistematização do processo

de controlo de consumos

permite avaliar o desempenho

e antecipar ações corretivas

• Opinião de uma equipa exterior

acerca do desempenho

energético da frota

• Base para uma comunicação

aberta e integrada acerca do

comportamento energético da

frota

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Benefícios da auditoria energética numa frota

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

• Avaliar o desempenho energético da frota através da

atribuição de indicadores chave de desempenho (KPIs )

Custos Fixos Custos Variáveis

Impostos, … Combustível

Seguros Lubrificantes

Financeiros Pneumáticos

Amortizações Manutenção

Overheads Condutor

… Portagens, …

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

Benefícios da auditoria energética numa frota

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• Avaliar o desempenho energético da frota através da

atribuição de KPIs

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REGULAMENTO DE GESTÃO DO CONSUMO DE ENERGIA

PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES (RGCEST)

A Auditoria Energética uma ferramenta de apoio à gestão

Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

Base de dados sólida com

consumos/VK/TK

Atualização sistemática de

dados

Medição do Desempenho

Identificar onde se pode aplicar

medidas de eficiência energética

Testar Medidas

Funcionam?

Não

Implementação Revisão através

de KPIs

Sim

Auditoria Energética

Gestão

Benchmarking

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Seminário de Transporte Rodoviário - Porto - 24 Maio 2012

Obrigado pela Atenção!

Cláudio Casimiro

Auditor Energético, Consultor [email protected]

tel. +351 96 631 34 45

Skype: claudiocasimiro