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AUDITORIAS AMBIENTAIS

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Page 1: AUDITORIAS AMBIENTAIS

AUDITORIAS AMBIENTAIS

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Abordaremos as seguintes questões: O que é auditoria ambiental? O que é auditoria de conformidade? O que é auditoria de desempenho ambiental? O que é auditoria due diligence? O que é auditoria de desperdícios e emissões? O que é auditoria pós-acidente? O que é auditoria de fornecedor? O que é auditoria de SGA? Qual é a diferença entre auditorias de primeira, segunda e terceira parte? Quais são as etapas de uma auditoria? Do que trata a norma ISO 19011?

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Auditoria: exame, conferência ou apuração de fatos. Auditoria ambiental: é um tema novo para a administração.

Os primeiros trabalhos de auditoria ambiental, como um instrumento de gestão, foram realizados nos EUA na década de 1970.

Ajudavam a medir o desempenho ambiental de um determinado empreendimento.

Elas se limitavam a julgar se as práticas empresariais estavam ou não em sintonia com a legislação nacional. Às vezes, essas atividades de conferência ajudavam a identificar problemas que, futuramente, poderiam trazer penalidades como multas e outras indenizações. Preocupadas com o endurecimento das leis ambientais, um número cada vez maior de empresas aderiu à onda de auditorias voluntárias.

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Modelos de auditoria ambiental Graças à popularização do ambientalismo, as auditorias ganharam novas formas. Hoje, existem auditorias para as mais diferentes necessidades. Elas podem: • comparar os princípios da política ambiental com seus resultados;

• investigar a dimensão dos impactos ambientais ou, ainda;

• verificar se estão sendo cumpridas à risca as leis que regem as atividades do setor.

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De acordo com Barbieri (2007) existem sete modelos diferentes de auditoria à disposição do gestor ambiental:

Todos são aplicáveis a qualquer empreendimento, independentemente da sua localização, da cadeia produtiva ou do sistema de gestão implantado.

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Auditoria de conformidade *** Auditorias de cumprimento.

Elas têm uma preocupação estritamente legalista: Verificar se as atividades da empresa estão de acordo com as normas municipais, estaduais ou federais aplicáveis ao

setor. Para evitar problemas judiciais, também devem monitorar: • a situação das licenças (prazos de validade e os cumprimentos das exigências feitas pelo órgão ambiental); • a situação das ações judiciais contra a empresa.

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Auditoria de desempenho ambiental *** Cumprir a lei não é o bastante, é preciso implantar políticas ambientais próprias, capazes de reduzir a até mesmo neutralizar os efeitos nocivos do empreendimento. Ao contrário das de conformidade, essas auditorias não ficam restritas aos ditames da lei. Objetivo: Avaliar o impacto das unidades produtivas sobre a natureza, medindo as emissões de poluentes e o consumo de matéria-prima, água e energia, por exemplo.

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Auditoria de due diligence São muito úteis para quem precisa estimar o valor de uma empresa antes de fechar negócios como compra, venda, cisão ou até fusão. As auditorias due diligence servem, justamente, para determinar os valores de ativos e passivos ambientais de uma organização.

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• Ativos ambientais: São os bens adquiridos pela empresa que têm como finalidade controle, preservação e recuperação do meio ambiente. • Passivos ambientais: Obrigações da empresa em relação à terceiros, exigindo a entrega de ativos ou prestação de serviços em um momento futuro, em decorrência de transações passadas ou presentes.

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• Ativos em estoque: materiais ou insumos úteis nos processos ambientais. • Ativos imobilizados: são as peças e equipamentos utilizados para controlar ou prevenir a poluição. O preço dos terrenos e edificações usados para estocar resíduos também precisa ser considerado. • Ativos diferidos: engloba os gastos da empresa com serviços para aprimorar sua imagem e seu desempenho ambiental.

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Auditoria de desperdícios e emissões Como o próprio nome indica, as auditorias de desperdícios e emissões têm por objetivo:

Medir o impacto ambiental de um empreendimento.

Quando realizadas periodicamente, podem ajudar a gestão a fazer os ajustes necessários para melhorar seu desempenho e prevenir acidentes.

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Auditoria pós-acidente As auditorias pós-acidente são um passo importante para remediar os danos ambientais e corrigir as causas da falha. Em primeiro lugar, os auditores devem identificar os responsáveis pelo acidente e avaliar o tamanho dos estragos. Em seguida, podem ajudar a empresa apontando maneiras de conter a expansão dos danos e regenerar a áreas impactadas.

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Auditoria de fornecedor Investigam os aspectos ambientais dos produtos e serviços do fornecedor. As auditorias de fornecedores podem ser úteis tanto na hora de renovar um contrato como para selecionar novos fornecedores.

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Auditoria de sistema de gestão ambiental (SGA)

A auditoria pode ter como objetivo a avaliação do desempenho do SGA, uma verificação da sua conformidade com a política ambiental ou até a obtenção de uma certificação. Dependendo da equipe responsável por sua condução, a auditoria pode ser de três tipos principais: Auditoria de primeira parte; Auditoria de segunda parte; Auditoria de terceira parte.

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• Auditoria de primeira parte: seu objetivo pode ser, por exemplo, avaliar o SGA para elaborar uma autodeclaração, a fim de divulgar o desempenho socioambiental da empresa.

• Auditoria de segunda parte: quem examina o SGA são organizações fornecedoras ou clientes da empresa auditada.

• Auditoria de terceira parte: o SGA é auditado por uma equipe independente, sem vínculos com a organização. Se o objetivo for a concessão de um certificado, os auditores serão representantes de uma OCC.

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Independente do tipo escolhido, as auditorias são instrumentos importantes para promover a melhoria contínua do SGA, trazendo à tona falhas, imperfeições, problemas de não conformidade com a política da empresa ou até com as leis que regem o setor.

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Auditoria ambiental segundo organismos internacionais e nacionais

O emprego de auditorias na área ambiental é algo relativamente novo, por isso, ainda é difícil encontrar uniformidade nos procedimentos e princípios adotados. Em algumas partes do mundo, as auditorias ambientais já se tornaram compulsórias. No Brasil, por exemplo, existe um conjunto de normas e resoluções que as consolidam como obrigação legal de vários setores da economia. Alguns estados seguem o exemplo do governo federal, e regulamentam a realização das auditorias ambientais. São eles: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

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Auditoria ambiental segundo a Câmara de Comércio Internacional (ICC)

O amadurecimento das auditorias ambientais como um instrumento para gestão do meio ambiente é, em parte, resultado dos esforços contínuos da Câmara de Comércio Internacional (ICC).

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Etapas da auditoria segundo a ICC: Atividades de pré-auditoria: Durante a chamada pré-auditoria, toma-se uma série de decisões ligadas ao planejamento. São escolhidos: • o local; • os temas a serem a serem analisados; • as atividades ou unidades da empresa que serão submetidas à inspeção; • a equipe de auditores; • prazo para coleta de dados e análises.

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Atividades na unidade: Uma vez finalizadas as atividades de pré-auditoria, chega a hora de “colocar a mão na massa”: os auditores precisam ser encaminhados ao local escolhido para a inspeção. O primeiro passo é a compreensão do SGA auditado. As atividades de campo desenvolvidas na unidade podem ser divididas em 5 passos:

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Atividades de pós-auditoria:

Com base nas constatações preliminares, a equipe deverá elaborar um relatório final na última etapa, conhecida como pós-auditoria. Depois de concluído, o relatório final deve ser distribuído. É interessante que os auditores sugiram soluções, sem deixar de elogiar também os aspectos positivos do SGA auditado. Dependendo do público-alvo, a forma de apresentação dos dados pode variar.

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Auditoria ambiental segundo a ISO 19011 Embora a ISO 14000 já apresentasse critérios para a condução de auditorias ambientais, a ISO disponibilizou em 2002 a norma ISO 19011, substituindo as regras dispostas anteriormente sobre o assunto. Apresenta orientações sobre: Princípios de auditoria, realização de auditorias de sistema de gestão de qualidade e ambiental, bem como sobre a competência e avaliação dos auditores.

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Para estruturar melhor as inspeções, a norma ISO 19011 trouxe uma novidade, o conceito de:

Programas de auditoria

Na teoria, eles designam um conjunto de auditorias agendadas dentro de um determinado período com o objetivo de tratar temas específicos. Na prática, a função dos programas é limitar o escopo de cada ciclo de auditoria.

A ISO 19011:2002 - Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ ou ambiental

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Auditoria ambiental segundo o CONAMA De acordo com o CONAMA, as auditorias devem ser conduzidas por entidades de terceira parte. Todos os procedimentos precisam ser documentados e a equipe de auditoria deve confeccionar um relatório. Esse documento final precisa conter no mínimo oito itens indispensáveis.

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De posse do relatório da auditoria, a empresa é que deve dar o primeiro passo: a elaboração de um plano de ação. De acordo com o CONAMA, o plano de ação precisa conter no mínimo os seguintes componentes: • ações corretivas e preventivas para extinguir os problemas com não conformidades indicados no relatório da auditoria ambiental; • cronograma para colocar em prática o plano de ação; • indicação de uma equipe responsável pela implantação das medidas; • cronograma para avaliação da eficiência do plano de ação e para elaboração de um relatório.

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Pontos importantes

Em geral, a auditoria ambiental é um instrumento para avaliar o desempenho ambiental da empresa e julgar sua conformidade com as leis locais. Dependendo dos objetivos que são somados a essa função principal, ele pode contribuir também para outros fins. Ao todo, existem sete tipos de auditoria ambiental. A auditoria de conformidade tem uma motivação estritamente legalista: sua função se limita a verificar o status das licenças ambientais e avaliar se as atividades da empresa operam dentro dos limites da lei, atendendo às normas municipais, estaduais ou federais que regulam o setor. A auditoria de desempenho ambiental tem por finalidade verificar o impacto do empreendimento sobre a natureza, medindo as emissões de poluentes e o consumo de matéria-prima, água e energia, por exemplo. O desempenho ambiental é comparado não apenas às metas estabelecidas por lei, mas, também, aos objetivos propostos na própria política da empresa.

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A auditoria due diligence é muito útil em situações de compra, venda, cisão ou fusão, por exemplo. Além de considerar o balanço patrimonial da empresa, ela avalia os seus ativos e passivos ambientais, incorporando-os ao seu valor final. A auditoria de desperdícios e emissões serve para medir os efeitos negativos dos negócios, contribuindo para a implantação de melhorias. As vistorias podem avaliar a quantidade de emissões de poluentes ou efluentes industriais e sugerir, por exemplo, a substituição de insumos ou a troca de equipamentos tradicionais por outros mais eficientes do ponto de vista energético. A auditoria pós-acidente mede a dimensão dos estragos e aponta as falhas responsáveis pelo problema. Ela é importante para conter o aumento dos danos e corrigir os instrumentos do sistema de gestão.

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A auditoria de fornecedor investiga os aspectos ambientais dos produtos e serviços comprados pela empresa. Elas são especialmente úteis na hora de escolher ou renovar o contrato de um fornecedor, pois ajuda a vincular a organização a parceiros ecologicamente corretos. A auditoria de SGA ajuda a avaliar o desempenho do sistema de gestão, verificando se ele está em conformidade com a política ambiental ou até se merece obter uma certificação.

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As auditorias internas ou de primeira parte são realizadas por funcionários da organização auditada. As auditorias de segunda parte correspondem àquelas desenvolvidas por partes interessadas. Ou seja, quem examina o SGA da empresa são organizações fornecedoras, ou clientes, de uma empresa que está passando por um processo de auditoria ambiental. Quando a auditoria é de terceira parte, o SGA é auditado por uma equipe independente, sem vínculos com a organização. Se o objetivo for a concessão de um certificado, os auditores serão representantes de um organismo de certificação credenciado (OCC). De acordo com a ICC, a auditoria é dividida em três etapas: atividades de pré- auditoria, atividades na unidade e atividades de pós-auditoria. A norma ISO 19011 propõe padrões uniformes para as auditorias ambientais e de qualidade, integrando os sistemas de gestão propostos nas séries 14000 e 9000 respectivamente. De certa forma, a uniformização facilitou a integração dos aspectos da administração empresarial, articulando as iniciativas para qualidade e meio ambiente.