atualização da 9ª edição do manual de direito previdenciário

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MANUAL DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Atualização da 9ª para a 10ª edição Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Atualizado conforme: Emenda Constitucional nº 88, de 07/05/2015; Lei Complementar nº 150, de 1º/06/2015; Lei nº 13.135, de 17/06/2015; Medida Provisória nº 676, de 17/06/2015; Lei nº 13.137, de 19/06/2015. Páginas 94 e 95 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 2.1.2 Segurado empregado doméstico É aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos (RPS, art. 9º, II). Atividade sem fins lucrativos e continuidade do serviço são pressupostos do emprego doméstico. Se um empregado doméstico passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado. Já se a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador também não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual. Se para a caracterização da relação de emprego genérica exigese a não eventualidade (art. 3º da CLT), para o vínculo de emprego doméstico fazse necessário que a prestação de serviços tenha natureza contínua. A continuidade pressupõe a ausência de interrupção, enquanto a não eventualidade diz respeito ao serviço que se vincula aos fins normais da atividade da empresa. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do TST: Recurso de revista. Diarista doméstica. Labor até dois dias da semana. Relação de emprego. Inexistência. Empregado doméstico é a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e subordinadamente, serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, em função do âmbito residencial destas. Incontroversos os demais elementos fáticojurídicos, porém comprovandose o labor por

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Atualização do livro do professor Hugo Goes

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  • MANUALDEDIREITOPREVIDENCIRIOAtualizaoda9paraa10edio

    HugoGoesOrientaes:Pararealizarasalteraes,usaremososeguintemtodo:

    1. OstextosqueseroEXCLUDOSestotachadoserealadosemvermelho.2. OstextosqueseroACRESCENTADOSestorealadosemazul.3. OstextosqueseroMODIFICADOSestorealadosemverde.

    Atualizado conforme: Emenda Constitucional n 88, de 07/05/2015;

    Lei Complementar n 150, de 1/06/2015; Lei n 13.135, de 17/06/2015;

    Medida Provisria n 676, de 17/06/2015; Lei n 13.137, de 19/06/2015.

    Pginas94e95ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    2.1.2Seguradoempregadodomstico

    aquele que presta servio de natureza contnua, mediante remunerao, a pessoa ou famlia,nombitoresidencialdesta,ematividadesemfinslucrativos(RPS,art.9,II).

    Atividade sem fins lucrativos e continuidade do servio so pressupostos do emprego domstico. Se um empregado domstico passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado. J se a prestao do servio domstico for descontnua ( o caso da diarista), o trabalhador tambm no ser empregadodomstico,massimcontribuinteindividual.

    Se para a caracterizao da relao de emprego genrica exigese a no eventualidade (art. 3 da CLT), para o vnculo de emprego domstico fazse necessrio que a prestao de servios tenha natureza contnua. A continuidade pressupe a ausncia de interrupo, enquanto a no eventualidade diz respeito ao servio que se vincula aos fins normais da atividadedaempresa.Nessesentido,confiraoseguintejulgadodoTST:

    Recurso de revista. Diarista domstica. Labor at dois dias da semana. Relao de emprego. Inexistncia. Empregado domstico a pessoa fsica que presta, com pessoalidade, onerosidade e subordinadamente, servios de natureza contnua e de finalidade no lucrativa pessoa ou famlia, em funo do mbito residencial destas. Incontroversos os demais elementos fticojurdicos, porm comprovandose o labor por

  • somente dois dias na semana, configurase o carter descontnuo da prestao de trabalho, fora do pressuposto especfico da Lei n 5859/72. Recurso de revista no conhecido. (Processo: RR 10600 44.2006.5.01.0058 Data de Julgamento: 06/10/2010, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, 6 Turma, Data de Publicao:DEJT22/10/2010.)

    Esclarease, entretanto, a ttulo de curiosidade, que na legislao no existe um

    nmero cabalstico de vezes em que a diarista pode trabalhar na residncia para que no reste configurado o vnculo de emprego. O juiz analisar cada caso, com base nas provas acostadas ao processo. No entanto, recentes decises da Justia do Trabalho passaram a considerar que o requisito da continuidade somente atendido quando o trabalho ocorre por, no mnimo, 4 diasdasemana.Nessesentido,confiraaseguinteSmuladoTRTda1Regio:

    Smula n 19: Trabalhador domstico. Diarista. Prestao laboral descontnua. Inexistncia de vnculo empregatcio. A prestao laboral domstica realizada at trs vezes por semana no enseja configurao do vnculo empregatcio, por ausente o requisitodacontinuidadeprevistonoart.1daLei5.859/72.

    aquele que presta servios de forma contnua, subordinada, onerosa e pessoal e de

    finalidade no lucrativa pessoa ou famlia, no mbito residencial destas, por mais de 2 (dois)diasporsemana(LeiComplementar150/2015,art.1).

    vedada a contratao de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho domstico(LeiComplementar150/2015,art.1,pargrafonico).

    A continuidade do servio o primeiro pressuposto do emprego domstico. Se para a caracterizao da relao de emprego genrica exigese a no eventualidade (art. 3 da CLT), para o vnculo de emprego domstico fazse necessrio que a prestao de servios tenha natureza contnua. A continuidade pressupe a ausncia de interrupo, enquanto a no eventualidadedizrespeitoaoservioquesevinculaaosfinsnormaisdaatividadedaempresa.

    Nos termos da Lei Complementar 150/2015, para que haja continuidade necessrio que haja prestao servios por mais de 2 (dois) dias por semana. Comprovandose o labor por somente dois dias na semana, configurase o carter descontnuo da prestao de trabalho. Se a prestao do servio domstico for descontnua ( o caso da diarista), o trabalhador no ser empregadodomstico,massimcontribuinteindividual.

    O segundo pressuposto do emprego domstico a subordinao. O empregado domstico est sujeito ao poder de direo do empregador. O empregado se sujeita a receber ordensdoempregador,asercomandadopeloempregador.

    O terceiro pressuposto do emprego domstico a onerosidade. O empregado domstico presta servio mediante remunerao. O empregado domstico tem o dever de prestar os servios e o empregador domstico, em contrapartida, deve pagar a remunerao emretribuioaosserviosprestados.

    O quarto pressuposto do emprego domstico a pessoalidade. Dessa forma, no pode o empregado domsticos se fazer substituir por outro trabalhador. Sendo personalssima a obrigaodeprestarosservios,nosetransmiteaherdeirosesucessores.

    Atividade sem fins lucrativos tambm um critrio de caracterizao da relao de emprego domstico. Mesmo que os pressupostos acima mencionados estejam presentes, mas se o trabalhador passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passaaserconsideradoseguradoempregado.

  • Por exemplo, caso a dona de casa determine sua domstica que a auxilie na confeco de doces e salgados para vendas, esta segurada deixar de ser enquadrada como domstica e passar a ser segurada empregada. A sua patroa, por conseguinte, ser equiparadaaempresaperanteaprevidnciaenoempregadoradomstica.Pginas103e104ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    2.1.4.4Pescadorartesanal

    Considerase pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de

    economia familiar, faz da pesca sua profisso habitual ou meio principal de vida, desde que no utilize embarcao ou utilize embarcao de at seis toneladas de arqueao bruta, ainda que com auxlio de parceiro ou, na condio exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcao de at dez toneladas de arqueao bruta, (RPS, art. 9, 14). Se a embarcao excederoslimitesestabelecidos,opescadortornasecontribuinteindividual.

    Entendese por tonelagem de arqueao bruta a expresso da capacidade total da embarcao constante da respectiva certificao fornecida pelo rgo competente. Os rgos competentes para certificar a capacidade total da embarcao so: a capitania dos portos, a delegacia ou a agncia fluvial ou martima, sendo que, na impossibilidade de obteno da informao por parte desses rgos, ser solicitado ao segurado a apresentao da documentao da embarcao fornecida pelo estaleiro naval ou construtor da respectiva embarcao.

    Considerase pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economiafamiliar,fazdapescasuaprofissohabitualoumeioprincipaldevida,desdeque:

    InoutilizeembarcaoouII utilize embarcao de pequeno porte, nos termos da Lei n 11.959, de 29 de junho de2009.

    De acordo com a Lei 11.959/2009, art. 10, 1, as embarcaes que operam na pesca

    comercialseclassificamem:

    I de pequeno porte: quando possui arqueao bruta AB igual ou menor que 20 (vinte)II de mdio porte: quando possui arqueao bruta AB maior que 20 (vinte) e menor que100(cem)III de grande porte: quando possui arqueao bruta AB igual ou maior que 100 (cem).

    Assim, para o pescador ser considerado segurado especial, ele deve, individualmente

    ou em regime de economia familiar, fazer da pesca sua profisso habitual ou meio principal de vida, desde que: (a) no utilize embarcao ou (b) utilize embarcao com arqueao bruta menorouiguala20(vinte).

    Ser considerado como contribuinte individual o pescador que trabalha em regime de parceria, meao ou arrendamento, em embarcao que possui arqueao bruta maior que 20 (RPS,art.9,15,XI).

  • Arqueao bruta (AB) a expresso do tamanho total de uma embarcao, de parmetro adimensional, determinada de acordo com o disposto na Conveno Martima Internacional sobre arqueao de Navios (1969) e normas nacionais, sendo funo do volume detodososespaosfechados.

    Consideramse assemelhados a pescador artesanal, dentre outros, o mariscador, o caranguejeiro, o eviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, o pescador de tartarugaseocatadordealgas(INRFB971/2009,art.10,6).

    O quadro a seguir facilitar o entendimento da situao previdenciria do pescador que exercesuaatividadeindividualmenteouemregimedeeconomiafamiliar:Formadetrabalho Capacidadedaembarcao Espciedesegurado

    Porcontaprpria

    Semembarcao Especial

    At6toneladas Especial

    Maisde6toneladas Contribuinteindividual

    Comcontratodeparceriaoumeao

    At6toneladasOutorgante Especial(obs.)

    Outorgado Especial

    Maisde6at10toneladas

    Outorgante Contribuinteindividual

    Outorgado Especial

    Maisde10toneladasOutorgante Contribuinteindividual

    Outorgado Contribuinteindividual

    Observao:Na tabela anterior, o parceiro outorgante que considerado segurado especial (embarcao de at 6 toneladas de arqueao bruta) no explora a atividade pesqueira porintermdiodoparceirooutorgado,massim,comoauxliodoparceirooutorgado.

    O pescador profissional que exera sua atividade exclusiva e ininterruptamente, de

    forma artesanal, individualmente ou em regime de economia familiar, far jus ao benefcio de segurodesemprego, no valor de um salrio mnimo mensal, durante o perodo de defeso de atividade pesqueira para a preservao da espcie (Lei 10.779/2003, art. 1). Cabe ao INSS receber e processar os requerimentos e habilitar os beneficirios. Para fazer jus ao segurodesemprego, o pescador no poder estar em gozo de nenhum benefcio decorrente de programa de transferncia de renda com condicionalidades ou de benefcio previdencirio ou assistencial de natureza continuada, exceto penso por morte e auxlioacidente (Lei 10.779/2003,art.2,1).Pgina121Acrescentaroazul.

  • Apessoaqueprestaessetipodeservionormalmenteconhecidacomodiarista.Nos termos do art. 1 da Lei Complementar 150/2015, para que haja continuidade

    necessrio que o servio domsticos seja prestado ao mesmo empregador por mais de 2 (dois) dias por semana. Comprovandose o labor por somente dois dias na semana, configurase o carter descontnuo da prestao de servio. Se a prestao do servio domstico for descontnua ( o caso da diarista), o trabalhador no ser empregado domstico, e sim contribuinteindividual.

    XX. o notrio ou tabelio e o oficial de registros ou registrador, titular de cartrio, que detm a delegao do exerccio da atividade notarial e de registro, no remunerados peloscofrespblicos,admitidosapartirde21denovembrode1994.

    Pginas122e123ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    O mdicoresidente que desenvolve suas atividades de acordo com a Lei 6.932/81

    considerado segurado obrigatrio do RGPS na categoria de contribuinte individual. Mas se prestar os servios em desacordo com a Lei 6.932/81 ser considerado segurado empregado (InstruoNormativaSRP03,de14/7/2005,RFB971/2009,art.6,XXV).

    XXIV. o pescador que trabalha em regime de parceria, meao ou arrendamento, em embarcao com mais de seis toneladas de arqueao bruta. No obstante, se o pescador atuar, exclusivamente, como parceiro outorgado, exercendo suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, somente ser considerado contribuinte individual se a embarcao tiver capacidade para mais de dez toneladas de arqueaobruta.

    O trabalhador aqui descrito no considerado segurado especial, e sim contribuinte

    individual, em razo da capacidade da sua embarcao ultrapassar o limite mximo de seis toneladasdearqueaobruta.

    Mas quando o pescador atua, exclusivamente, na condio parceiro outorgado, se exercer sua atividade individualmente ou em regime de economia familiar, ser considerado segurado especial, desde que sua embarcao no ultrapasse o limite mximo de dez toneladas de arqueao bruta. Se ultrapassar tal limite, o pescador ser considerado contribuinte individual, mesmo que trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar.

    XXIV. o pescador que trabalha em regime de parceria, meao ou arrendamento, em embarcaodemdioougrandeporte,nostermosdaLein11.959,de2009.

    De acordo com a Lei 11.959/2009, art. 10, 1, as embarcaes que operam na pesca

    comercialseclassificamem:I de pequeno porte: quando possui arqueao bruta AB igual ou menor que 20 (vinte)

  • II de mdio porte: quando possui arqueao bruta AB maior que 20 (vinte) e menor que100(cem)III de grande porte: quando possui arqueao bruta AB igual ou maior que 100 (cem).

    Assim, ser considerado como contribuinte individual o pescador que trabalha em

    regime de parceria, meao ou arrendamento, em embarcao que possui arqueao bruta maiorque20(vinte).

    Arqueao bruta (AB) a expresso do tamanho total de uma embarcao, de parmetro adimensional, determinada de acordo com o disposto na Conveno Martima Internacional sobre arqueao de Navios (1969) e normas nacionais, sendo funo do volume detodososespaosfechados.

    XXV.oincorporadordequetrataoart.29daLei4.591/64.Pgina112Acrescentaroazul.

    No se considera como remunerao direta ou indireta os valores despendidos pelas

    entidades religiosas e instituies de ensino vocacional com ministro de confisso religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistncia desde que fornecidos em condies que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado (Lei 8.212/91, art. 22, 13). Os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecnia ou a ttulo de ajuda de custo de moradia, transporte, formao educacional, vinculados exclusivamente atividade religiosa no configuram remunerao direta ou indireta (Lei 8.212/91, art. 22, 14, II). Nesse caso, j que no recebem remunerao, a base de clculo das contribuies previdencirias destes religiosos ser o valor por eles declarado, observados oslimitesmnimoemximodosalriodecontribuio(INRFB971/2009,art.55,11).Pgina126Acrescentaroazul.

    O Microempreendedor Individual MEI segurado obrigatrio do RGPS, na qualidade

    decontribuinteindividual(RPS,art.9,V,p).

    XXXIOmdicoparticipantedoProjetoMaisMdicosparaoBrasil

    De acordo com o art. 20 da Lei 12.871/2013, o mdico participante do Projeto Mais Mdicos para o Brasil enquadrase como segurado obrigatrio do RGPS, na condio de contribuinte individual. Mas nos termos do pargrafo nico do referido artigo, so ressalvados dessa obrigatoriedade os mdicos intercambistas: (I) selecionados por meio de instrumentos de cooperao com organismos internacionais que prevejam cobertura securitria especfica ou (II) filiados a regime de seguridade social em seu pas de origem, o qual mantenha acordo internacionaldeseguridadesocialcomaRepblicaFederativadoBrasil.

  • 2.1.6SituaesespecficasPgina140Acrescentaroazul.

    2.3.7Irmos

    A terceira classe de dependentes referese ao irmo no emancipado, de qualquer

    condio, menor de 21 anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental, que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 16, III).

    Para fins de concesso de benefcios, os irmos devem comprovar a dependncia econmicaeainexistnciadedependentesdasclassesIeII.

    A Lei 13.135, de 17 de junho de 2015, deu uma nova redao ao inciso III do art. 16 da Lei8.213/91.Anovaredaoaseguinte:

    Art. 16. So beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social, na condio de dependentesdosegurado:[...]III o irmo de qualquer condio menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenhadeficinciaintelectualoumentaloudeficinciagrave,nostermosdoregulamento

    Mas de acordo com o art. 6 da Lei 13.135/2015, a nova redao do inciso III do art. 16

    daLei8.213/91somenteentraremvigornasseguintesdatas:

    I 180 dias a partir da publicao da Lei 13.135/2015, quanto incluso de pessoas comdeficinciagraveentreosdependentesdosseguradosdoRGPSII 2 anos a partir da publicao da Lei 13.135/2015, em relao s pessoas com deficinciaintelectualoumental.ALei13.135/2015foipublicadanoDirioOficialdaUnionodia18dejunhode2015.Quando a nova redao do inciso III do art. 16 da Lei 8.213/91, dada pela Lei

    13.135/2015, entrar em vigor, teremos as seguintes mudanas em relao aos dependentes de terceiraclasse:

    a) Haver a incluso do irmo com deficincia grave entre os dependentes. A Lei atribuiaoRegulamentoafunodeestabeleceradefiniodedeficinciagraveb) Para o irmo, a emancipao deixar de ser causa de perda da qualidade de dependentec) no caso do irmo com deficincia intelectual ou mental, o novo texto deixa de exigir que tal deficincia torne esse irmo absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. A Lei atribui ao Regulamento a funo de estabelecer a definio de deficinciaintelectualoumenta.

    3Filiaodosegurado

  • Pgina148ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.42. (DPERR/Cespe/2013 adaptada) considerado segurado obrigatrio da previdncia socialcomoa) contribuinte individual o brasileiro civil que trabalhe no exterior para organismo oficial internacional de que o Brasil seja membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado e cobertoporregimeprpriodeprevidnciasocial.b) trabalhador avulso quem preste, a diversas empresas, com vnculo empregatcio, servio de naturezaurbanaoururaldefinidosemregulamento.c) empregado aquele que preste servio de natureza urbana ou rural empresa, em carter eventualouno,sobsuasubordinaoemedianteremunerao.d) empregado o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no exterior para trabalhar comoempregadoemsucursalouagnciadeempresanacionalnoexterior.e) empregado domstico aquele que preste servio de natureza contnua a pessoa ou famlia, nombitoresidencialdesta,ematividadessemfinslucrativos.e) empregado domstico aquele que presta servios de forma contnua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade no lucrativa pessoa ou famlia, no mbito residencial destas, por maisde2(dois)diasporsemana.43. (Defensor Pblico/DPETO/Cespe/2013) Acerca das normas que regulam os segurados e dependentesdoRGPS,assinaleaopocorreta.Pgina151ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    49. (Analista Legilativo/ALPB/FCC/2013 adaptada) A Lei n 8.213/91 institui o Plano de Benefcios da Previdncia Social, inserindo o Regime Geral da Previdncia Social, tendo como beneficirios segurados e dependentes. Nos termos do referido diploma legal, INCORRETO afirmarquea) ser segurado obrigatrio como empregado o exercente de mandato eletivo federal, estadual oumunicipal,desdequenovinculadoaregimeprpriodeprevidnciasocial.b) ser segurado obrigatrio como empregado domstico aquele que presta servio de natureza contnua a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos.b) ser segurado obrigatrio como empregado domstico aquele que presta servios de forma contnua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade no lucrativa pessoa ou famlia, nombitoresidencialdestas,pormaisde2(dois)diasporsemana.c) ser beneficirio do Regime Geral, como dependente do segurado, o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.d) so excludos do Regime Geral de Previdncia Social, desde que amparados por regime prprio de previdncia social, o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, bem como o das respectivas autarquias e fundaes.

  • e) ser segurado facultativo na qualidade de segurado especial, o ministro de confisso religiosaeomembrodeinstitutodevidaconsagrada,decongregaooudeordemreligiosa.50. (DPETO/Cespe/2013) Com relao s normas que regem o RGPS, assinale a opo correta.a) A idade mnima para a filiao no RGPS dezesseis anos de idade, no prevendo a lei qualquerexceo.b) Considerase presumida, no necessitando, portanto, de comprovao, a dependncia econmica do cnjuge, do companheiro, da companheira, dos pais e dos filhos no emancipados.c) A perda da qualidade de segurado implica a perda automtica das contribuies efetuadas noperodoanterior,parafinsdecarncia.d) Para efeito do clculo do salrio de benefcio na aposentadoria por tempo de contribuio, o valordofatorprevidencirioserinversamenteproporcionalaotempodecontribuio.e) Considere que, ao contratar um empregado domstico, o empregador tenha recolhido sem atraso a primeira contribuio. Nessa situao, as contribuies referentes s competncias posterioresserosempreconsideradasparaefeitodecarncia,aindaquepagascomatraso.e) vedada a contratao de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho domstico.51.(ReceitaFederal/ESAF/2012)seguradofacultativodaPrevidnciaSocial:Pginas176a178ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    Distribuiodosbenefcioseservios,segundoacategoriadosbeneficirios:

    Prestao

    Segurado

    DependenteEmpregadoetrabalhador

    avulso

    Contribuinteindividual,

    domsticoefacultativo

    Especial

    Benefcios

    Aposentadoriaporinvalidez Sim Sim Sim No

    Aposentadoriaporidade Sim Sim Sim No

    Aposentadoriaportempodecontribuio Sim Sim(Obs.1) Obs.2 No

  • Aposentadoriaespecial Sim No(Obs.3) No No

    Aposentadoriaportempodecontribuiodapessoacomdeficincia

    Sim Sim(Obs.1) Obs.2 No

    Aposentadoriaporidadedapessoacomdeficincia

    Sim Sim Sim No

    Auxliodoena Sim Sim Sim No

    Auxlioacidente Sim No Sim No

    Salriofamlia Sim No No No

    Salriomaternidade Sim Sim Sim No

    Pensopormorte No No No Sim

    Auxliorecluso No No No Sim

    Servios

    Reabilitaoprofissional Sim Sim Sim Sim

    ServioSocial Sim Sim Sim Sim

    Benefcios

    Segurado

    DependenteEmpregadoetrabalhador

    avulso

    Empregadodomstico

    Contribuinteindividualefacultativo

    Seguradoespecial

    Aposentadoriaporinvalidez Sim Sim Sim Sim No

    Aposentadoriaporidade Sim Sim Sim Sim No

    Aposentadoriaportempodecontribuio

    Sim Sim Sim(Obs.1) Obs.2 No

  • Aposentadoriaespecial Sim No

    No(Obs.3) No No

    Aposentadoriaportempodecontribuiodapessoacomdeficincia

    Sim Sim Sim(Obs.1) Obs.2 No

    Aposentadoriaporidadedapessoacomdeficincia

    Sim Sim Sim Sim No

    Auxliodoena Sim Sim Sim Sim No

    Auxlioacidente Sim Sim No Sim No

    Salriofamlia Sim Sim No No No

    Salriomaternidade Sim Sim Sim Sim No

    Pensopormorte No No No No Sim

    Auxliorecluso No No No No Sim

    Observao:1) O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta prpria, sem relao de trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o segurado facultativo que contribuam com a alquota de 11% ou 5% sobre um salrio mnimo no faro jus aposentadoria por tempo de contribuio (Lei 8.213/91, art. 18, 3), nem aposentadoria por tempo de contribuio da pessoa com deficincia (RPS, art. 70B e art.199A).2) O segurado especial somente ter direito aposentadoria por tempo de contribuio e aposentadoria por tempo de contribuio da pessoa com deficincia se contribuir, facultativamente, com a alquota de 20% sobre o salrio de contribuio (RPS, art. 39, 2,IIeart.70B,pargrafonico).3) A pessoa fsica filiada a cooperativa de trabalho ou de produo, mesmo sendo consideradacontribuinteindividual,fazjusaobenefciodaaposentadoriaespecial.

    Distribuiodosservios,segundoacategoriadosbeneficirios:

    Servios

    Segurado

    DependenteEmpregadoetrabalhador

    avulso

    Empregadodomstico

    Contribuinteindividualefacultativo

    Seguradoespecial

  • Reabilitaoprofissional Sim Sim Sim Sim Sim

    ServioSocial Sim Sim Sim Sim Sim1Conceitosintrodutrios[...]

    Segurado Datadeinciodacontagemdacarncia

    Empregado,empregadodomsticoetrabalhadoravulso DatadefiliaoaoRGPS

    Empregadodomstico,Contribuinteindividualefacultativo,inclusiveoseguradoespecialquecontribui,facultativamente,com20%sobreosalriodecontribuio

    Datadoefetivorecolhimentodaprimeiracontribuiosematraso,nosendoconsideradasparaefeitodecarnciaascontribuiesrecolhidascomatrasoreferentesacompetnciasanterioresaessadata

    Seguradoespecialquenocontribui,facultativamente,com20%sobreosalriodecontribuio

    Apartirdoefetivoexercciodaatividaderural,devidamentecomprovada

    Pginas179e180ExcluiroVermelho.ExcluirtambmaNOTADERODAP.

    No caso de empregado domstico, contribuinte individual, especial e facultativo, para

    cmputo do perodo de carncia, s sero consideradas as contribuies realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuio sem atraso (Lei 8.213/91, art. 27, II). No entanto, sendo paga a primeira contribuio sem atraso, as contribuies referentes a competncias posteriores, mesmo que sejam pagas com atraso, sero consideradas para efeitodecarncia.Nessesentido,confiraoseguintejulgadodoSTJ:

    Previdencirio. Aposentadoria por idade. Trabalhadora urbana. Cumprimento da carncia. Aproveitamento de contribuies recolhidas com atraso (art. 27, II, da Lei n 8.213/91).Benefciodevido.1.Paraaconcessodeaposentadoriaurbana por idade devem ser preenchidos dois requisitos: idade mnima (65 anos para o homem e 60 anos para a mulher) e carncia recolhimento mnimo de contribuies. 2. O recolhimento com atraso no impossibilita o cmputo das contribuies para a obteno do benefcio. 3. da data do efetivo pagamento da primeira contribuio sem atraso que se inicia a contagem do perodo de carncia quando se tratar de empregado domstico, contribuinte individual, especial e facultativo, empresrio e trabalhador autnomo.Issosegundoaexegesedoart.27,II,daLei

  • n 8.213/91. 4. No caso, o que possibilita sejam as duas parcelas recolhidas com atraso somadas s demais com o fim de obteno da aposentadoria por idade o fato de a autora no ter perdido a qualidade de segurada e de o termo inicial da carncia terse dadoem1.1.91.5.Recursoespecialconhecidoeprovido. 1No tocante ao perodo no qual o segurado esteve em gozo de benefcio por

    incapacidade, o STJ tem entendido que, alm de contar como tempo de contribuio, tambm possvel a contagem para fins de carncia, desde que intercalado com perodos contributivos. Nessesentido,confiraoseguintejulgado:Pgina183ExcluiroVermelhoAlteraroverde.

    Benefcio Carncia

    Aposentadoriaporidade,portempodecontribuio,especialedapessoacomdeficincia.

    Emregra,180contribuiesmensais.

    Aposentadoriaporinvalidezeauxliodoena. Emregra,12contribuiesmensais.

    Salriomaternidade.Paraasseguradascontribuinteindividual,especialefacultativa:10contribuiesmensais.

    Pensopormorte Emregra,24contribuiesmensais.

    Auxliorecluso 24contribuiesmensais.

    As prestaes (benefcios e servios) que no constam da tabela acima independem de carncia. Em relao ao salriomaternidade, apenas os segurados contribuintes individuais, especiais e facultativos necessitam cumprir carncia. Os segurados empregados, empregados domsticos e trabalhadores avulsos tero direito ao salriomaternidade sem ser exigida qualquercarncia.

    J vimos que para o segurado especial, a carncia o nmero de meses de efetivo exerccio da atividade rural, ainda que de forma descontnua, necessrio para a concesso de um benefcio. Assim, para ter direito ao salriomaternidade, por exemplo, o segurado especial no precisa comprovar o recolhimento de 10 contribuies mensais: basta comprovar 10 mesesdeefetivoexercciodeatividaderural.Pginas184e185AcrescentaroazulExcluiroVermelho.

    1STJ,REsp642243/PR,Rel.Min.NilsonNaves,6T,DJ05/06/2006,p.324.

  • No ser exigida a carncia de 12 contribuies para a aposentadoria por invalidez e para o auxliodoena motivados por acidente de qualquer natureza ou causa e de doena profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, aps filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenas: tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado de doena de Paget (ostete deformante), AIDS, e contaminao por radiao com base em concluso da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, esclerose mltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado da doena de Paget (ostete deformante), sndrome da deficincia imunolgica adquirida (aids) ou contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art.151).

    Em se tratando de aposentadoria por invalidez e auxliodoena, para que haja a dispensa da carncia, no necessrio que o acidente seja acidente de trabalho. A lei referese a acidente de qualquer natureza ou causa. Entendese como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumtica e por exposio a agentes exgenos (fsicos, qumicos ou biolgicos), que acarrete leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte,aperdaouareduopermanenteoutemporriadacapacidadelaborativa.

    De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxliorecluso ser devido nas mesmas condies da penso por morte. Assim, as regras relativas penso por morte, no que couber, tambm sero aplicadas ao auxliorecluso, inclusive quanto carncia. Na redao original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carncia a concesso de penso por morte, auxliorecluso, salriofamlia e auxlioacidente. Mas, na redao que a Medida Provisria 664/2014deuaessedispositivo,otextoficoudaseguinteforma:

    Lei8.213/91Art.26.Independedecarnciaaconcessodasseguintesprestaes:Isalriofamliaeauxlioacidente[...]

    Assim, diante da alterao promovida pela Medida Provisria 664/2014, alm da

    penso por morte, o auxliorecluso tambm passou a exigir carncia de 24 contribuies mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV art. 26, I art. 80). Mas vale frisar que a penso por morte independedecarncianoscasos:

    I em que o segurado esteja em gozo de auxliodoena ou de aposentadoria por invalidezeIIdeacidentedotrabalhoedoenaprofissionaloudotrabalho.

    Ou seja, na penso por morte, a carncia no ser exigida se na data do bito do

    segurado ele estava em gozo de auxliodoena ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o bito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doena profissionaloudoenadotrabalho(Lei8.213/91,art.26,VII).

    1.1.4Perdadaqualidadedesegurado

  • Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuies anteriores a essa perda somente sero computadas para efeito de carncia depois que o segurado contar, a partir da nova filiao ao RGPS, com, no mnimo, um tero do nmero de contribuies exigidas para o cumprimento da carncia do benefcio a ser requerido. Essa exigncia, contudo, no se aplica aos benefcios de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuio, pois a partir da vigncia da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado no ser considerada para aconcessodestesbenefcios.

    Concluise, portanto, que quando se trata de aposentadoria por idade, por tempo de contribuio e especial, as contribuies efetuadas antes da perda da qualidade de segurado sempreserocontadasparafinsdecarncia.

    Todavia, nos casos em que seja exigida carncia para a concesso dos benefcios de aposentadoria por invalidez, auxliodoena, penso por morte, auxliorecluso e salriomaternidade, as contribuies anteriores perda da qualidade de segurado somente sero computadas para efeito de carncia depois que o segurado contar, a partir da nova filiao ao RGPS, com, no mnimo, um tero do nmero de contribuies exigidas para o cumprimentodacarnciadorespectivobenefcio.Pginas190e191ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    Benefcio Salriodebenefcio(SB)

    Aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuio e aposentadoria da pessoacomdeficincia.

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrio de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fatorprevidencirio.O fator previdencirio obrigatrio na aposentadoria por tempo de contribuio e facultativo na aposentadoria por idade e na aposentadoriadapessoacomdeficincia.Na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficincia, o fator previdencirio s ser aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.

    Aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial,auxliodoenaeauxlioacidente.

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrio de contribuio correspondentes a 80% de todooperodocontributivo.

    [...]

    Quando se trata de aposentadoria por tempo de contribuio, para efeito do clculo do salrio de benefcio, fazse a mdia aritmtica dos 80% maiores salrios de contribuio e, em seguida, multiplicase essa mdia pelo fator previdencirio. Mas o segurado poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu

  • tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for igualousuperiora:

    Datadorequerimentodaaposentadoria

    Idade+tempodecontribuio

    Tempomnimodecontribuio

    Homem Mulher Homem Mulher

    At31/12/2016 95 85

    35 30

    De1/01/2017a31/12/2018 96 86

    De1/01/2019a31/12/2019 97 87

    De1/01/2020a31/12/2020 98 88

    De1/01/2021a31/12/2021 99 89

    Apartirde1/01/2022 100 90

    Sero acrescidos cinco pontos soma da idade com o tempo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Por exemplo, se uma professora tiver 25 anos de contribuio e 55 anos de idade, para fins de enquadramento na tabela acima ela ter 85 pontos (25 + 55 + 5). Isso ocorre porque o tempo mnimo de contribuiodessesprofessoresreduzidoem5anos(CF,art.201,8).

    Para os benefcios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxliodoena e auxlioacidente, o salrio de benefcio a mdia aritmtica dos 80% maiores salriosdecontribuio.Nohaaplicaodofatorprevidencirio.Pginas192a193AcrescentaroazulExcluirovermelhoAlteraroverde.

    5 passo: multiplicar o resultado obtido no passo anterior por 91% (aqui, encontramos o

    valor da renda mensal inicial do auxliodoena). Mas vale frisar que o auxliodoena no poder exceder a mdia aritmtica simples dos ltimos doze salriosdecontribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de doze, a mdia aritmtica simplesdossalriosdecontribuioexistentes(Lei8.213/91,art.29,10).

    O valor do salrio de benefcio no ser inferior ao de um salrio mnimo, nem superior aolimitemximodosalriodecontribuionadatadeinciodobenefcio.

    No ser considerado, no clculo do salrio de benefcio, o aumento dos salrios de contribuio que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediatamente anteriores ao incio do benefcio, salvo se homologado pela Justia do Trabalho, resultante de promoo regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislao do

  • trabalho, de sentena normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva (Lei8.213/91,art.29,4).

    Se, no perodo bsico de clculo, o segurado tiver recebido benefcio por incapacidade, considerarse como salrio de contribuio, no perodo, o salrio de benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal, reajustado nas mesmas pocas e nas mesmas bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior ao salrio mnimo nem superior ao limite mximodosalriodecontribuio.

    Para fins de apurao do salrio de benefcio de qualquer aposentadoria precedida de auxlioacidente, o valor mensal deste ser somado ao salrio de contribuio antes da aplicao da correo, no podendo o total apurado ser superior ao limite mximo do salrio de contribuio. Para o segurado empregado, inclusive o domstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxlioacidente integra o salriodecontribuio, para fins de clculo do salriodebenefcio de qualquer aposentadoria (Lei 8.213/91, art. 31 c/c art. 34, II). No caso de segurado especial que no contribui, facultativamente, com alquota de 20% sobre o salrio de contribuio, o valor da aposentadoria ser: um salrio mnimo somado ao valor do auxlioacidente vigente na data de incio da referida aposentadoria (RPS, art. 36, 6).

    No clculo do salrio de benefcio dos segurados empregado, empregado domstico e trabalhador avulso, sero considerados os salrios de contribuio referentes aos meses de contribuies devidas, ainda que no recolhidas pela empresa ou pelo empregador domstico. Para os demais segurados somente sero computados os salrios de contribuio referentes aosmesesdecontribuioefetivamenterecolhida(Lei8.213/91,art.34).

    No caso de segurado empregado, empregado ou de trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado, mas no possam comprovar o valor dos seus salrios de contribuio no perodo bsico de clculo, considerarse para o clculo do benefcio, no perodo sem comprovao do valor do salrio de contribuio, o valor do salrio mnimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentaodeprovadossalriosdecontribuio(Lei8.213/91,art.35).

    Ao segurado empregado, inclusive o domstico, e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado, mas no possam comprovar o valor de seus salrios de contribuio no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentaodeprovadossalriosdecontribuio(Lei8.213/91,art.35).

    Para o segurado empregado domstico que, mesmo tendo satisfeito as condies exigidas para a concesso do benefcio requerido, no possa comprovar o efetivo recolhimento das contribuies devidas, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo sua renda ser recalculadaquandodaapresentaodaprovadorecolhimentodascontribuies.[...]

    Benefcio Salriodebenefcio(SB)

  • Aposentadoria por idade e aposentadoria por tempodecontribuio.

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo decorrido desde a competncia julho de 1994, multiplicadapelofatorprevidencirio.O fator previdencirio obrigatrio na aposentadoria por tempo de contribuio e facultativonaaposentadoriaporidade.Na aposentadoria por idade, o fator previdencirio s ser aplicado se resultar emrendamensaldevalormaiselevado.

    Aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial,auxliodoenaeauxlioacidente.

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrio de contribuio correspondentes a 80% de todooperodocontributivo.

    Pgina206Acrescentaroazul.

    Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou

    de empregador domstico ou pelo exerccio do trabalho do segurado especial, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente outemporria,dacapacidadeparaotrabalho(Lei8.213/91,art.19).Pginas208e209AcrescentaroazulAlteraroverde.

    A percia mdica do INSS considerar caracterizada a natureza acidentria da

    incapacidade quando constatar ocorrncia de nexo tcnico epidemiolgico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relao entre a atividade da empresa ou do empregado domstico e a entidade mrbida motivadora da incapacidade elencada na Classificao Internacional de Doenas CID, em conformidade com o disposto na Lista B do anexo II do Regulamento da Previdncia Social (Lei 8.213/91, art. 21A). Ou seja, o nexo tcnico epidemiolgico NTE permite que a percia mdica do INSS reconhea determinada incapacidade como acidentria, mesmo que a empresa ou do empregado domstico no tenham feito nenhuma Comunicao de Acidente de Trabalho CAT Previdncia Social. Mas a empresa ou o empregador domstico podero requerer a no aplicao do nexo tcnico epidemiolgico, de cuja deciso caber recurso com efeito suspensivo, da empresa, do empregador domstico ou do segurado, aoConselhodeRecursosdaPrevidnciaSocial(Lei8.213/91,art.21A,2).[...]

    A empresa ou o empregador domstico devero comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sob pena de multa varivel entre o limite mnimo e o limite

  • mximo do salrio de contribuio, sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia Social (Lei 8.213/91, art. 22). Recebero cpia fiel desta comunicao o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a suacategoria(Lei8.213/91,art.22,1).Pgina213AcrescentaroazulExcluirovermelho.

    O perodo de carncia para a concesso da aposentadoria por invalidez , em regra, de

    12 contribuies mensais. Todavia, a concesso independe de carncia nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa e de doena profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, aps filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenas: tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado de doena de Paget (ostete deformante), AIDS, e contaminao por radiao com base em concluso da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, esclerose mltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado da doena de Paget (ostete deformante), sndrome da deficincia imunolgica adquirida (aids) ou contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art.151).Pgina217AlteraroverdeExcluirovermelho.

    2.1.6Datadeinciodaaposentadoriaporinvalidez

    I. Quando for precedida de auxliodoena: dia imediato ao da cessao do auxliodoena.II.Quandonoforprecedidadeauxliodoena:a) Para o segurado empregado: a contar do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimentodecorreremmaisde30diaseb) Para os demais segurados: a contar da data do incio da incapacidade ou da data de entradadorequerimento,seentreessasdatasdecorreremmaisde30dias.Conforme jurisprudncia do STJ, o termo inicial do benefcio de aposentadoria por

    invalidez, quando no houver sido precedido por auxliodoena, e na ausncia de prvio requerimento administrativo, a data da citao do INSS, dado ser este o momento em que a autarquia previdenciria toma efetivo conhecimento da pretenso do beneficirio, autor da ao judicial. 2

    2STJ,AgRgnoAg1090820/SP,Rel.Min.MarcoAurlioBellizze,5Turma,DJe25/10/2012.

  • Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar ao segurado empregado o salrio integral (Lei 8.213/91, art. 43,2).Pgina220AcrescentaroazulAlteraroverdeExcluirovermelho.

    Carncia

    Em regra, 12 contribuies mensais. Todavia, quando a invalidez for decorrente de acidente, doena profissional ou do trabalho ou de alguma doena especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministrios da Sade edaPrevidnciaSocial,noserexigidaacarncia.

    Data do incio dobenefcio

    I. Precedida de auxliodoena dia imediato ao da cessao do auxliodoena.II.Noprecedidadeauxliodoena:a) para o segurado empregado: a contar do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamentoeaentradadorequerimentodecorreremmaisde30diaseb) para os demais segurados: a contar da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de30dias.

    Pgina234AcrescentaroazulAlteraroverdeExcluirovermelho.

    Para o segurado filiado Previdncia Social at 28/11/99, vspera da publicao da Lei

    9.876/99, s sero considerados para o clculo do salrio de benefcio os salrios de contribuio referentes s competncias de julho de 1994 em diante. As competncias anteriores a julho de 1994 so, assim, desprezadas para efeito do clculo do salrio de benefcio.

    O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes,nadataderequerimentodaaposentadoria,for:

    Datadorequerimentodaaposentadoria

    Idade+tempodecontribuio

    Tempomnimodecontribuio

    Homem Mulher Homem Mulher

    At31/12/2016 95 85 35 30

  • De1/01/2017a31/12/2018 96 86

    De1/01/2019a31/12/2019 97 87

    De1/01/2020a31/12/2020 98 88

    De1/01/2021a31/12/2021 99 89

    Apartirde1/01/2022 100 90

    Sero acrescidos cinco pontos soma da idade com o tempo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Por exemplo, se uma professora do ensino fundamental tiver 25 anos de contribuio e 55 anos de idade, para fins de enquadramento na tabela acima ela ter 85 pontos (25 + 55 + 5). Isso ocorre porque o tempomnimodecontribuiodessesprofessoresreduzidoem5anos(CF,art.201,8).

    2.3.5Aposentadoriaproporcional Pgina273ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    2.6AuxliodoenaDe acordo com o art. 60 da Lei 8.213/91, o auxliodoena ser devido ao segurado que

    ficar incapacitado para o seu trabalho ou a sua atividade habitual, desde que cumprido, quando forocaso,operododecarncia.

    I ao segurado empregado, a partir do trigsimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a datadeentradadorequerimentodecorreremmaisdequarentaecincodiaseII aos demais segurados, a partir do incio da incapacidade ou da data de entrada do requerimento,seentreessasdatasdecorreremmaisdetrintadias.

    O auxliodoena ser devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o

    perodo de carncia exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitualpormaisde15diasconsecutivos(Lei8.213/91,art.59).

    Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doena ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caber empresa pagaraoseguradoempregadooseusalriointegral(Lei8.213/91,art.60,3).Pgina274ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

  • 2.6.2Verificaodaincapacidade

    A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada atravs de exame realizado pela

    percia mdica do INSS. Mas nos casos de impossibilidade de realizao de percia mdica pelo rgo ou setor prprio competente, assim como de efetiva incapacidade fsica ou tcnica de implementao das atividades e de atendimento adequado clientela da previdncia social, o INSS poder, sem nus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convnios, termos de execuo descentralizada, termos de fomento ou de colaborao, contratos no onerosos ou acordos de cooperao tcnica para realizao de percia mdica, por delegao ou simples cooperao tcnica, sob sua coordenao e superviso, com rgos e entidades pblicos ou que integrem o Sistema nico de Sade (Lei 8.213/91, art. 60, 5). No entanto, o INSS, a seu critrio e sob sua superviso, poder, na forma do regulamento, realizar percias mdicas:

    IporconvnioouacordodecooperaotcnicacomempresaseII por termo de cooperao tcnica firmado com rgos e entidades pblicos, especialmenteondenohouverserviodeperciamdicadoINSS.

    O segurado em gozo de auxliodoena est obrigado, independentemente de sua idade

    e sob pena de suspenso do benefcio, a submeterse a exame mdico a cargo da Previdncia Social, processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so facultativos (RPS, art. 77). No cessar o benefcio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, for aposentadoporinvalidez(Lei8.213/91,art.62).Pgina276ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    O perodo de carncia para a concesso do auxliodoena , em regra, de 12

    contribuies mensais. Todavia, a concesso independe de carncia nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, de doena profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, aps filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenas: tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado de doena de Paget (ostete deformante), AIDS, e contaminao por radiao com base em concluso da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, esclerose mltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avanado da doena de Paget (ostete deformante), sndrome da deficincia imunolgica adquirida (aids) ou contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art.151).

  • Em casos de acidente, para que haja a dispensa da carncia, no necessrio que sejaacidentedetrabalho.Aleirefereseaacidentedequalquernaturezaoucausa.Pginas277a278AlteraroverdeAcrescentaroazul.

    Oauxliodoenaserdevido:

    I ao segurado empregado, a partir do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimentodecorreremmaisde30diaseII aos demais segurados, a partir do incio da incapacidade ou da data de entrada do requerimento,seentreessasdatasdecorreremmaisde30dias.

    Tratandose de segurado empregado, se requerido at o 30 dia do afastamento, o

    auxliodoena ser devido a contar do 16 dia do afastamento da atividade. assim porque durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doena ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caber empresa pagar ao segurado empregado o seu salrio integral (Lei 8.213/91, art. 60, 3). Quando o auxliodoena for requerido pelo empregado aps o 30 dia do afastamento, o benefcio ser devido a contar da datadorequerimento.

    Para os demais segurados, se requerido at o 30 dia do afastamento, o auxliodoena ser devido a partir da data do incio da incapacidade. Quando requerido aps o 30 dia do afastamento,obenefcioserdevidoacontardadatadorequerimento.

    Quando o empregado acidentado no se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remunerao integral so contados a partir da datadoafastamento.

    Cabe empresa que dispuser de servio mdico prprio ou em convnio o exame mdico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A empresa somente dever encaminhar o segurado percia mdica da Previdncia Social quandoaincapacidadeultrapassar15dias(Lei8.213/91,art.60,4).

    2.6.9Cessaodobenefcio

    Oauxliodoenacessa:

    a)pelarecuperaodacapacidadeparaotrabalhob)pelatransformaoemaposentadoriaporinvalidezc) pela transformao em auxlioacidente de qualquer natureza, neste caso se, aps a consolidao decorrente de acidente de qualquer natureza, resultar sequela que impliquereduodacapacidadeparaotrabalhoquehabitualmenteexerciaoud)comamortedosegurado.

  • O segurado que durante o gozo do auxliodoena vier a exercer atividade que lhe garanta subsistncia poder ter o benefcio cancelado a partir do retorno atividade (Lei 8.213/91, art. 60, 6). Mas caso o segurado, durante o gozo do auxliodoena, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefcio, dever ser verificada a incapacidade paracadaumadasatividadesexercidas(Lei8.213/91,art.60,7).

    Exemplo:Joaquim, empregado de uma fbrica de agrotxicos, est recebendo auxliodoena, pois ficou incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. A incapacidade foi motivada por uma bronquite crnica asmtica. Durante o gozo do auxliodoena, Joaquim passou a exercer pequena atividade comercial como vendedor ambulante. Nesse caso, dever ser analisada a sua incapacidade em relao a cada uma das atividades por ele exercidas. Se ficar constatado que ele j est apto a exercer ambas as atividades, o auxliodoena ser cancelado. Mas se ficar constatado que ele continua incapacitado para a atividade que exerce na fbrica de Agrotxicos, o auxliodoenacontinuarsendopagoemrelaoaessaatividade.

    O segurado em gozo de auxliodoena, insuscetvel de recuperao para sua atividade

    habitual, dever submeterse a processo de reabilitao profissional para exerccio de outra atividade, no cessando o benefcio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, seja aposentadoporinvalidez.Pginas280e281AlteraroverdeAcrescentaroazul.

    Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por

    motivo de doena, incumbir empresa pagar ao segurado empregado o seu salrio integral (Lei8.213/91,art.60,3).Assim,nesteperodo,ocorreainterrupodocontratodetrabalho.

    A partir do 16 dia do afastamento da atividade, o segurado empregado em gozo de auxliodoena ser considerado pela empresa como licenciado (Lei 8.213/91, art. 63). Assim, neste caso, ocorre a suspenso do contrato de trabalho, pois no h pagamento de salrio pela empresa.

    De acordo com o disposto no art. 118 da Lei 8.213/91, o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de doze meses, a manuteno do seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxliodoena acidentrio, independentemente depercepodeauxlioacidente.

    QuadroresumoAuxliodoena

    Fatogerador Incapacidade temporria para o trabalho ou para a atividade habitual por maisde15diasconsecutivos.

    Beneficirios Todosossegurados.

  • Carncia

    Em regra, 12 contribuies mensais. Todavia, quando a incapacidade for decorrente de acidente, doena profissional ou do trabalho ou de alguma doena especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministrios da Sade edaPrevidnciaSocial,noserexigidaacarncia.

    Rendamensal91% do salrio de benefcio, no podendo exceder a mdia aritmtica dos ltimos 12 salriosdecontribuio ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdiaaritmticadossalriosdecontribuioexistentes.

    Incio do benefcio

    I ao segurado empregado, a partir do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a datadeentradadorequerimentodecorreremmaisde30diaseII aos demais segurados, a partir do incio da incapacidade ou da data de entradadorequerimento,seentreessasdatasdecorreremmaisde30dias.

    Cessao do benefcio

    (a) Recuperao da capacidade (b) transformao em aposentadoria por invalidez(c)transformaoemauxlioacidenteou(d)mortedosegurado.

    Pginas286e287AcrescentaroazulAlteraroverdeExcluirovermelho.

    2.7.4Beneficirios

    De acordo com o 1 do art. 18 da Lei 8.213/91, somente podero beneficiarse do

    auxlioacidenteosseguintessegurados:

    a)Empregadob)Empregadodomsticoc)Trabalhadoravulsoed)Seguradoespecial.

    A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados

    domsticos o direito ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7, XXVIII). Mas este direito ainda est pendente de regulamentao, que ser feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. provvel que a lei que ir regulamentar o seguro contra acidentes de trabalho dos empregados domsticos estenda o benefcio do auxlioacidente a essa categoria de trabalhadores. Mas enquanto isso no ocorrer, os empregados domsticos permanecerosemfazerjusaoauxlioacidente.

    Na hiptese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas atividades, enquadrandose em diferentes categorias de segurado, para fins de concesso do auxlioacidente, considerarse a atividade exercida na data do acidente (RPS, art. 104, 8). Assim, para que o benefcio seja concedido necessrio que, na data do acidente, o

  • trabalhador esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como segurado empregado, trabalhadoravulso,empregadodomsticoouseguradoespecial.Pgina290Acrescentaroazul.

    Beneficirios Empregado, trabalhador avulso, empregado domstico e segurado especial.

    Pginas291a293ExcluirovermelhoAcrescentaroazulAlteraroverde.ExcluirtambmaNOTADERODAP.

    2.8Salriofamlia

    O salriofamlia ser devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado domstico e ao trabalhador avulso que tenham salrio de contribuio inferior ou igual a R$1.089,72, na proporo do respectivo nmero de filhos ou equiparados de qualquer 3condio,at14anosdeidadeouinvlidosdequalqueridade(RPS,arts.81e83).

    Equiparamse aos filhos, mediante declarao escrita do segurado, comprovada a dependncia econmica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que no possuambenssuficientesparaoprpriosustentoeeducao(RPS,art.16,3).

    A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deve ser verificada em examemdicopericialacargodaPrevidnciaSocial(RPS,art.85).

    De acordo com o art. 7, XII, da Constituio Federal, o salriofamlia ser pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei. Assim, cabe lei definir o que seja trabalhador de baixa renda. Essa lei ainda no existe. Mas de acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, at que a lei discipline o acesso ao salriofamlia e auxliorecluso para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefcios sero concedidos apenas queles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00, que, at a publicao da lei, sero corrigidos pelos mesmos ndices aplicados aos benefcios do regimegeraldeprevidnciasocial.

    Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos ndices de reajusteaplicadosaosdemaisbenefciosdoRGPS,correspondem,atualmente,aR$1.089,72.

    2.8.1Beneficirios

    3Valoratualizado,apartirde1/01/2015,pelaPortariaMPS/MFn13,de09/01/2015.

  • DeacordocomaLei8.213/91,osbeneficiriosdosalriofamliasoosseguintes:

    a)Seguradoempregado,empregadodomsticoetrabalhadoravulso(caputdoart.65)b)Oaposentadoporinvalidezouporidade(art.65,pargrafonico)ec) Os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anosoumais,sedofeminino(art.65,pargrafonico).

    A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados

    domsticos o direito ao salriofamlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei (CF, art. 7, XII). Mas este direito ainda est pendente de regulamentao, que ser feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Enquanto issonoocorrer,osempregadosdomsticospermanecerosemfazerjusaosalriofamlia.

    No tocante aos aposentados, o Regulamento da Previdncia Social (RPS) faz algumas restries. De acordo com o art. 82 do RPS, os beneficirios do salriofamlia seriam os seguintes:Pgina295ExcluirovermelhoAcrescentaroazulAlteraroverde.

    2.8.4Pagamentodosalriofamlia

    De acordo com o disposto no art. 82 do RPS, o As cotas do salriofamlia ser pago

    seropagasmensalmente:

    I.aoempregado,pelaempresa,juntamentecomorespectivosalrioII. ao empregado domstico, pelo empregador domstico, juntamente com o respectivo salrioIII. ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou rgo gestor de mo de obra, mediante convnioIV. ao empregado, empregado domstico e trabalhador avulso aposentados por invalidezouemgozodeauxliodoena,peloINSS,juntamentecomobenefcioV. ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55 anos,sedosexofeminino,peloINSS,juntamentecomaaposentadoriaeVI. aos demais empregados, empregados domsticos e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino,peloINSS,juntamentecomaaposentadoria.

    No caso do item I, quando o salrio do empregado no for mensal, o salriofamlia ser

    pagojuntamentecomoltimopagamentorelativoaoms.As cotas do salriofamlia, pagas pela empresa ou pelo empregador domstico,

    devero ser deduzidas quando do recolhimento das contribuies previdencirias sobre a folha

  • de salrio (RPS, art. 82, 4). O salriofamlia um benefcio previdencirio, sendo, por isso, um encargo financeiro da Previdncia Social. Embora o pagamento seja efetuado pela empresa e pelo empregador domstico juntamente com o salrio do empregado segurado, ela tem o direito de reembolsarse do valor despendido, efetuando a compensao quando do recolhimentodascontribuiesdevidasPrevidnciaSocial.

    O salriofamlia correspondente ao ms de afastamento do trabalho ser pago integralmente pela empresa, pelo empregador domstico, pelo sindicato ou rgo gestor de mo de obra, conforme o caso, e do ms da cessao de benefcio pelo INSS, independentementedonmerodediastrabalhadosouembenefcio(RPS,art.86).

    Pgina298AcrescentaroazulAlteraroverde.

    Beneficirios

    a)Seguradosempregado,empregadodomsticosetrabalhadoravulsob)Aposentadoporinvalidezouporidadeec)Demaisaposentadosapartirdos65anosdeidade,sehomens,ou60anosdeidade,semulheres.

    Pagamento

    Serpagomensalmente:a)Pelaempresaaoempregadoematividadeb)Peloempregadordomsticoaoempregadodomsticoematividadec)PelosindicatoouOGMOaotrabalhadoravulsoematividaded)PeloINSSaoseguradoquetenhadireitoaosalriofamliaeestejaemgozodeauxliodoenaouaposentadoria.

    Pginas314e315ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    III. o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,assimdeclaradojudicialmente(classeIII).

    No ter direito a penso por morte o condenado pela prtica de crime doloso de que

    tenharesultadoamortedosegurado(Lei8.213/91,art.74,1).O cnjuge, companheiro ou companheira no ter direito ao benefcio da penso por

    morte se o casamento ou o incio da unio estvel tiver ocorrido h menos de dois anos da datadobitodoinstituidordobenefcio,salvonoscasosemque:

  • I o bito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao incio daunioestvelouII o cnjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetvel de reabilitao para o exerccio de atividade remunerada que lhe garanta subsistncia, mediante exame mdicopericial a cargo do INSS, por doena ou acidente ocorrido apsocasamentoouinciodaunioestveleanterioraobito.

    Perde o direito penso por morte, aps o trnsito em julgado, o condenado pela

    prtica de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74,1).

    Perde o direito penso por morte o cnjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulao ou fraude no casamento ou na unio estvel, ou a formalizao desses com o fim exclusivo de constituir benefcio previdencirio, apuradas em processo judicial no qual ser assegurado o direito ao contraditrio e ampla defesa (Lei 8.213/91,art.74,2).

    A existncia de dependente de qualquer das classes exclui do direito s prestaes os das classes seguintes (Lei 8.213/91, art. 16, 1). Assim, existindo algum dependente da classe I, os das classes II e III no tero direito penso por morte. Os dependentes da classe III s tero direito penso por morte se no houver dependentes das classes I ou II. Por isso, os pais (classe II) ou irmos (classe III) devero, para fins de concesso da penso por morte, comprovar a inexistncia de dependentes preferenciais, mediante declarao firmada perante o INSS(RPS,art.24).Pginas322a324ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    2.10.4Carncia

    Em regra, a carncia da penso por morte de 24 contribuies mensais. Mas esse

    benefcioindependedecarncianoscasos:I em que o segurado esteja em gozo de auxliodoena ou de aposentadoria por invalidezeIIdeacidentedotrabalhoedoenaprofissionaloudotrabalho.Ou seja, na penso por morte, a carncia no ser exigida se na data do bito do segurado ele estava em gozo de auxliodoena ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o bito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doenaprofissionaloudoenadotrabalho(Lei8.213/91,art.26,VII).

    Aconcessodapensopormorteindependedecarncia(Lei8.213/91,art.26,I).

    2.10.5Rendamensalinicial

  • O valor mensal da penso por morte ser de 50% do valor da aposentadoria que o

    segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, at o mximo de cinco (Lei 8.213/91, art. 75). A cota individual cessa com a perda da qualidade de dependente (Lei 8.213/91,art.75,1).

    O valor mensal da penso por morte ser acrescido de mais uma cota individual de 10% (uma cota extra), rateada entre os dependentes, no caso de haver filho do segurado ou pessoa a ele equiparada, que seja rfo de pai e me na data da concesso da penso ou durante o perododemanutenodesta,observadooseguinte:

    I o limite mximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimentoII essa cota extra de 10% cessar quando esse filho rfo se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se for invlido ou com deficincia intelectual ou mental que o torneabsolutaourelativamenteincapaz,assimdeclaradojudicialmenteIII o acrscimo dessa cota extra de 10% no ser aplicado quando for devida mais de umapensoaosdependentesdosegurado(Lei8.213/91,art.75,3).

    Se o segurado falecido j era aposentado, os percentuais anteriores sero aplicados

    sobre o valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado no era aposentado, tais percentuais sero aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Em outras palavras, podemos dizer que, nesse caso, os referidos percentuais incidiro sobre o salrio de benefcio. Esse salrio de benefcio ser calculado da mesma forma daquele usado para fins de clculo da aposentadoria por invalidez. O seja, esse salrio consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuiocorrespondentesaoitentaporcentodetodooperodocontributivo.

    A penso por morte, havendo mais de um pensionista, ser rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverter em favor dos demais a parte daquele cujo direito penso cessar, mas sem o acrscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91,art.77,1).

    Exemplo1:Joo, segurado aposentado pelo RGPS, era casado com Maria h 10 anos. Eles tinham dois filhos em comum: Aninha com 17 anos de idade e Pedrinho com 20 anos de idade. Joo recebia uma aposentadoria no valor de R$3.000,00. O segurado faleceu em abril de 2015. Nesse caso, o valor global da penso por morte ser R$2.400,00 (80% da aposentadoria que o segurado recebia), pois h trs dependentes (Maria, Aninha e Pedrinho). Inicialmente, a parte individual de cada dependente ser R$800,00. Mas em 1 de agosto de 2015 Pedrinho completa 21 anos de idade. Nesse caso, a partir de agosto de 2015, o valor global da penso por morte ser R$2.100,00 (70% da

  • aposentadoria que o segurado recebia), pois agora s h dois dependentes com direito ao benefcio (Maria e Aninha). A partir de agosto de 2015, a parte individual de cada dependenteserR$1.050,00.Exemplo2:Pedro segurado obrigatrio do RGPS. H sete anos, Maria divorciouse de Pedro, passando a receber uma penso alimentcia equivalente a 10% do salrio de Pedro. Posteriormente, Pedro, que h trs anos se encontrava em unio estvel com Lcia, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. Nessa situao, Maria e Lcia tero direito penso por morte, cujo valor global corresponder a 70% do salrio de benefcio e ser dividida em partes iguais. Ocorrendo a morte de uma das beneficirias, a outra passar a receber a penso por morte no valor de 60% do salrio de benefcio. Observase que no existe nenhuma relao entre o valor da penso alimentcia que Maria recebia com o valor da penso por morte que ela passou a receber aps o bito de Pedro. O fato de Maria ser beneficiria de penso alimentcia apenas assegura o direito ao recebimento da penso por morte. Vale dizer, havendo mais de um dependente com direito ao benefcio, a diviso das cotas da penso por morte ocorrer sempreempartesiguais.

    O valor mensal da penso por morte ser de 100% do valor da aposentadoria que o

    segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data deseufalecimento(Lei8.213/91,art.75).

    Se o segurado falecido j era aposentado, a renda mensal inicial da penso por morte ser de 100% do valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado no era aposentado, o valor da penso por morte ser de 100% do valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Vale dizer, se o segurado falecido no era aposentado, para efeito de clculo da penso por morte, utilizase a mesma regra de clculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salrio de benefcio.

    Na redao original do art. 75 da Lei 8.213/91, o valor da penso por morte era 80% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou a que teria direito, se estivesse aposentado na data do seu falecimento, mais tantas parcelas de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os seus dependentes, at o mximo de 2 (duas). A Lei 9.032/95 fixou a penso por morte em 100% do salrio de benefcio. A atual regra de clculo foi instituda pela Lei 9.528/97. Diante das diversas mudanas nas regras de clculo, salientese que a lei aplicvel concesso de penso previdenciria por morte aquela vigente na data do bito do segurado(Smula340doSTJ).

    A penso por morte, havendo mais de um pensionista, ser rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverter em favor dos demais a parte daquele cujo direito pensocessar(Lei8.213/91,art.77,1).

    Exemplo1:

  • Joo, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos no emancipados menores de 21 anos. Nesse caso, cada um dos dependentes receber 1/3 do valor total da penso por morte. Quando o filho mais velho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emanciparse), a sua parte na penso reverter em favor dos demais dependentes, que passaro a receber, cada um, 1/2 do valor total da penso. Quando o segundo filho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emanciparse), a penso passar a ser recebida, integralmente, por Maria (esposa do seguradofalecido).QuandoMariamorrer,obenefcioserencerrado.Exemplo2:Pedro segurado obrigatrio do RGPS. Maria divorciouse de Pedro, passando a receber uma penso alimentcia equivalente a 10% do salrio de Pedro. Posteriormente, Pedro, que se encontrava em unio estvel com Lcia, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. Nessa situao, Maria e Lcia tero direito penso por morte, que ser dividida em partes iguais. Ocorrendo a morte de uma das beneficirias, a outra passar a receber a penso por morte de forma integral. Observase que no existe nenhuma relao entre o valor da penso alimentcia que Maria recebia com o valor da penso por morte que ela passou a receber aps o bito de Pedro. O fato de Maria ser beneficiria de penso alimentcia apenas assegura o direito ao recebimento da penso por morte. Vale dizer, havendo mais de um dependente com direito ao benefcio, a diviso das cotas da penso por morte ocorrer sempreempartesiguais.

    Seguindo a linha de raciocnio desenvolvida no exemplo supra, confira o seguinte

    julgadodoSTJ:Pginas325a328ExcluirovermelhoAcrescentaroazul.

    2.10.6Cessaodopagamentodacotaindividual

    Opagamentodacotaindividualdapensopormortecessa:

    I.pelamortedopensionista(Lei8.213/91,art.77,2,I)II. para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmo, de ambos os sexos, pela emancipao ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for invlido ou com deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente(Lei8.213/91,art.77,2,II)III. para o pensionista invlido pela cessao da invalidez e para o pensionista com deficincia intelectual ou mental, pelo levantamento da interdio (Lei 8.213/91, art. 77, 2,III)

  • IV. pela adoo, para o filho adotado que receba penso por morte dos pais biolgicos (RPS, art. 114, IV). Todavia, a penso no cessar quando o cnjuge ou companheiro adotaofilhodooutro.(RPS,art.114,2).V. pelo decurso do prazo de recebimento de penso pelo cnjuge, companheiro ou companheira,nostermosdo5doart.77daLei8.213/91.

    De acordo com o 5 do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de durao da penso por

    morte devida ao cnjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hiptese de que trata o 2 do art. 76, ser calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do bitodoinstituidorsegurado,conformetabelaabaixo:

    Expectativadesobrevidaidadexdocnjuge,companheirooucompanheira,

    emanos(E(x))

    Duraodobenefciodepensopormorte(emanos)

    55

  • 28 anos 49,4 anos 42 anos 36,7 anos 29 anos 48,5 anos 43 anos 35,8 anos 30 anos 47,6 anos 44 anos 35,0 anos 31 anos 46,7 anos 45 anos 34,1 anos

    Exemplo:Joaquim recebe aposentadoria paga pelo RGPS no valor de R$2.000,00. Ele casado com Maria h trs anos. Joaquim faleceu em maro de 2015 e Maria sua nica dependente. Nesse caso, o valor mensal da penso por morte que ser recebida por Maria de R$1.200,00 (60% da aposentadoria que o segurado recebia). Por quantos anos Maria ter direito de receber a referida penso por morte? Se na data do bito de JoaquimMariativesse,porexemplo:a) 21 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 55,8 anos. Nesse caso, ela teriadireitodereceberapensopormortedurante3anos.b) 25 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 52,2 anos. Nesse caso, ela teriadireitodereceberapensopormortedurante6anos.c) 30 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 47,6 anos. Nesse caso, ela teriadireitodereceberapensopormortedurante9anos.d) 35 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 43 anos. Nesse caso, ela teriadireitodereceberapensopormortedurante12anos.e) 40 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 38,5 anos. Nesse caso, ela teriadireitodereceberapensopormortedurante15anos.f) 45 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 34,1 anos. Nesse caso, a pensopormortedeMariaseriavitalcia.O cnjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetvel de reabilitao para o exerccio de atividade remunerada que lhe garanta subsistncia, mediante exame mdicopericial a cargo do INSS, por acidente ou doena ocorrido entre o casamento ou incio da unio estvel e a cessao do pagamento do benefcio, terdireitoapensopormortevitalcia(Lei8.213/91,art.77,7).

    A parte individual da penso do dependente (filho ou irmo) com deficincia intelectual

    ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exera atividade remunerada, ser reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extino da relao de trabalho ou da atividade empreendedora (Lei 8.213/91, art. 77, 4). O valor dessa reduo de 30% no reverter para os demais dependentes(ININSS77/2015,art.375,8).

    De acordo com o 2 do art. 77 da Lei 8.213/91, o direito percepo de cada cota individualcessar:

    IpelamortedopensionistaII para filho, pessoa a ele equiparada ou irmo, de ambos os sexos, ao completar 21 anosdeidade,salvoseforinvlidooucomdeficinciaIIIparafilhoouirmoinvlido,pelacessaodainvalidez

  • IV para filho ou irmo que tenha deficincia intelectual ou mental ou deficincia grave, peloafastamentodadeficincia,nostermosdoregulamentoVparacnjugeoucompanheiro:a) se invlido ou com deficincia, pela cessao da invalidez ou pelo afastamento da deficincia, respeitados os perodos mnimos decorrentes da aplicao das alneas b ecb) em 4 meses, se o bito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuies mensais ou se o casamento ou a unio estvel tiverem sido iniciados em menos de 2 anos antes do bito do segurado (essa regra no ser aplicada se o bito do segurado decorrerdeacidentedequalquernaturezaoudedoenaprofissionaloudotrabalho)c) transcorridos os seguintes perodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficirio na data de bito do segurado, se o bito ocorrer depois de vertidas 18 contribuies mensais e pelo menos 2 anos aps o incio do casamento ou da unio estvel:Idadedocnjugeoucompanheirona

    datadobitodoseguradoDuraodacotaindividualdapensopormortedocnjugeoucompanheiro

    Menosde21anos 3anos

    Entre21e26anos 6anos

    Entre27e29anos 10anos

    Entre30e40anos 15anos

    Entre41e43anos 20anos

    44anosoumais Vitalcia

    Aps o transcurso de pelo menos 3 anos e desde que nesse perodo se verifique o incremento mnimo de um ano inteiro na mdia nacional nica, para ambos os sexos, correspondente expectativa de sobrevida da populao brasileira ao nascer, podero ser fixadas, em nmeros inteiros, novas idades para a tabela acima, em ato do Ministro de Estado da Previdncia Social, limitado o acrscimo na comparao com as idades anteriores ao referidoincremento(Lei8.213/91,art.77,2B).

    Sero aplicados, conforme o caso, a regra contida na alnea a ou os prazos previstos na alnea c, ambas do inciso V do 2 do art. 77 da Lei 8.213/91, se o bito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doena profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuies mensais ou da comprovao de 2 anos de casamento ou de unio estvel. Ou seja, se o bito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doena profissional ou do trabalho, mesmo que ele tenha menos de 18 contribuies mensais ou menos de 2 anos de casamento ou de unio estvel, o prazo de durao da penso no ser de apenas 4 meses. Nesse caso, o prazo de durao da

  • penso por morte obedecer as regras contidas na alnea a ou na alnea c, ambas do incisoVdo2doart.77daLei8.213/91.

    O tempo de contribuio a Regime Prprio de Previdncia Social (RPPS) ser considerado na contagem das 18 contribuies mensais de que tratam as alneas b e c do incisoVdo2doart.77daLei8.213/91.

    A regra estabelecida no inciso IV do 2 do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrar em vigor: (a) em relao s pessoas com deficincia intelectual ou mental, no dia 18/06/2017 (b) em relao s pessoas com deficincia grave, 180 dias depois da publicao da Lei 13.135, de17dejunhode2015.

    Reverter em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual daquelecujodireitopensopormortecessar(Lei8.213/91,art.77,1).

    2.10.7Cessaodobenefcio

    Com a extino da cota do ltimo pensionista, a penso por morte ser encerrada (Lei

    8.213/91,art.77,3).No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento

    da penso cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposio dos valores recebidos, salvo mf (Lei 8.213/91, art. 78, 2). Notese que, neste caso, o pagamentodapensopormortedetodososdependentescessarnamesmadata.

    QuadroresumoPensopormorte

    Fatogerador

    a)Mortedoseguradob)Sentenadeclaratriadeausncia,expedidaporautoridadejudiciriac) Desaparecimento do segurado por motivo de catstrofe, acidente ou desastre, mediante apresentao de prova hbil. Neste caso, dispensada adecisojudicial.

    Beneficirios Osdependentesdoseguradofalecido(respeitadaaordemdasclasses).

    Carncia

    Em regra, 24 contribuies mensais. Independe de carncia nos casos: (I) em que o segurado esteja em gozo de auxliodoena ou de aposentadoria por invalidez e (II) de acidente do trabalho e doena profissional ou do trabalho.Noexigida.

    Rendamensal

    50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, at o mximodecinco.100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

  • Inciodopagamentodobenefcio

    I.Regrageral:a)datadobito,quandorequeridoat30diasdepoisdesteb)datadorequerimento,quandorequeridoapsos30diasII.Noscasosdemortepresumida:a) data da sentena declaratria de ausncia, expedida por autoridade judiciriaoub) data da ocorrncia do desaparecimento do segurado por motivo de catstrofe,acidenteoudesastre,medianteprovahbil.

    Cessaodopagamentodacotaindividual

    a)Pelamortedopensionist