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Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Página 5 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. A Lei 8.689, de 27/07/1993, extinguiu o INAMPS; posteriormente, a LBA, a FUNABEM e a CEME também foram extintas; a DATAPREV continua em atividade, sendo empresa pública vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda. 1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal vinculada ao então Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante a fusão do IAPAS com o INPS. O INSS é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Página 6 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 1.8 Ministério do Trabalho e Previdência Social com status de Ministério A partir de 1º de fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominarse Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério. [...] A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS). Atualmente, Com o advento dessa Lei, a assistência social está passou a ser vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A Medida Provisória 696, de 2 de outubro de 2015, alterou a Lei 10.683/2003 para, entre outras medidas, promover a fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social, dando origem, mais uma vez, ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. A Medida Provisória 726, de 12 de maio de 2016, também promoveu alterações na Lei 10.683/2003, dando uma nova organização aos Ministérios. Entre as medidas adotadas por essa Medida Provisória, podemos destacar as seguintes: O Ministério do Trabalho e Previdência Social foi transformado em Ministério do Trabalho (MP 726/2016, art. 2º, IV);

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Page 1: Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário · Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Para realizar as alterações,

Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário

Hugo Goes Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:

1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.

Página 5 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

A Lei 8.689, de 27/07/1993, extinguiu o INAMPS; posteriormente, a LBA, a FUNABEM e a CEME também foram extintas; a DATAPREV continua em atividade, sendo empresa pública vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda. 1.7 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS

A Lei 8.029, de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal vinculada ao então Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante a fusão do IAPAS com o INPS. O INSS é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.

Página 6 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 1.8 Ministério do Trabalho e Previdência Social com status de Ministério

A partir de 1º de fevereiro de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a denominar­se Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 3.782/1960, art. 10). Pela primeira vez, a Previdência Social Brasileira adquiria status de Ministério. [...]

A Lei 10.683, de 28/5/2003, reorganizou os Ministérios; o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) passou a ser denominado Ministério da Previdência Social (MPS). Atualmente, Com o advento dessa Lei, a assistência social está passou a ser vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

A Medida Provisória 696, de 2 de outubro de 2015, alterou a Lei 10.683/2003 para, entre outras medidas, promover a fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social, dando origem, mais uma vez, ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.

A Medida Provisória 726, de 12 de maio de 2016, também promoveu alterações na Lei 10.683/2003, dando uma nova organização aos Ministérios. Entre as medidas adotadas por essa Medida Provisória, podemos destacar as seguintes:

O Ministério do Trabalho e Previdência Social foi transformado em Ministério do Trabalho (MP 726/2016, art. 2º, IV);

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O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi transformado em Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MP 726/2016, art. 2º, VI);

O INSS e o Conselho de Recursos do Seguro Social foram transferidos do Ministério do Trabalho e Previdência Social para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, II);

Foram transferidos para o Ministério da Fazenda: a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc); o Conselho Nacional de Previdência Complementar; a Câmara de Recursos da Previdência Complementar; a Dataprev e o Conselho Nacional de Previdência (MP 726/2016, art. 7º, parágrafo único, III e IV).

1.9 Leis básicas da Previdência Social

Página 12 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

A Lei 12.154, de 23/12/2009, criou a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o território nacional. A PREVIC atuará como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o Regime de Previdência Complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.

Página 13 – Alterar o verde.

Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplica­se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$5.189,82.

Página 20 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

A Lei 9.717/98 estabelece as regras gerais para a organização e o funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência Social. De acordo com esta Lei, compete à União, por intermédio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social (atual Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário), a orientação, supervisão e o acompanhamento dos Regimes Próprios de Previdência Social, bem como o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei (art. 9º, I e II). Com base nesta

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competência, o então Ministério do Trabalho e da Previdência Social editou a Orientação Normativa MPS/SPS 2/2009, tendo como objetivo estabelecer, de forma mais detalhada, as regras para a organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência.

Página 25 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos 1

apenas aos necessitados; os benefícios salário­família e o auxílio­reclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a R$1.212,64). 2

Páginas 43 e 44 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul.

São órgãos colegiados da Seguridade Social: o Conselho Nacional da Previdência Social (CNP), os Conselhos de Previdência Social (CPS), o Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social (CRSS), o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Neste capítulo será estudado o CNP, os CPS e o CRSS. O CNAS será estudado no capítulo referente à Assistência Social. 5.1 Conselho Nacional de Previdência Social – CNP

O CNP, órgão superior de deliberação colegiada, criado pela Lei 8.213/91 (art. 3º), possui como objetivo precípuo o estabelecimento do caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da sociedade.

5.1.1 Composição do CNP

CNP

→ 6 representantes do governo federal

→ 9 representantes da sociedade civil, sendo:

→ 3 representantes dos aposentados e pensionistas

1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87. 2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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→ 3 representantes dos trabalhadores em atividade

→ 3 representantes dos empregadores

Os membros do CNP e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo presidente

da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez (Lei 8.213/91, art. 3º, §1º).

Página 45 – Excluir o vermelho; Alterar o verde.

5.1.2 Competência do CNP

De acordo com o disposto no art. 296 do Regulamento da Previdência Social (RPS), compete ao Conselho Nacional de Previdência Social:

I – estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à previdência social;

Página 46 – Alterar o verde.

De acordo com o disposto no art. 5º da Lei 8.213/91, compete aos órgãos governamentais:

I – prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNP, fornecendo inclusive estudos técnicos; II – encaminhar ao CNP, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada.

5.1.4 Publicidade das resoluções

As decisões proferidas pelo CNP deverão ser publicadas no Diário Oficial da União

(Lei 8.213/91, art. 4º, parágrafo único).

5.1.5 Reuniões do CNP

O CNP reunir­se­á, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu presidente, não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros (Lei 8.213/91, art. 3º, §3º).

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Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu presidente ou a requerimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS (Lei 8.213/91, art. 3º, §4º).

As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas, computando­se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais (Lei 8.213/91, art. 3º, §6º).

5.1.6 Estabilidade no emprego dos representantes dos trabalhadores

Aos membros do CNP, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial (Lei 8.213/91, art. 3º, §7º).

Página 47 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Os CPS são unidades descentralizadas do CNP. Funcionam junto às gerências executivas do INSS (RPS, art. 296­A).

Nas cidades onde houver mais de uma gerência executiva, o CPS será instalado naquela indicada pelo gerente regional do INSS cujas atribuições abranjam a referida cidade.

Os CPS terão caráter consultivo e de assessoramento, competindo ao CNP disciplinar os procedimentos para o seu funcionamento, suas competências, os critérios de seleção dos representantes da sociedade e o prazo de duração dos respectivos mandatos, além de estipular por resolução o regimento dos CPS. [...] 5.3 Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social – CRSS

O Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social – CRSS, colegiado integrante da estrutura do Ministério do Trabalho e Previdência Social Desenvolvimento Social e Agrário, é órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos referentes a benefícios a cargo desta Autarquia (RPS, art. 303).

Páginas 48 a 49 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul. ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas.

Antes da edição da Lei 11.457/2007, o CRSS também tinha competência para julgar matérias de interesse dos contribuintes referentes às contribuições previdenciárias. Mas atualmente, por força do art. 25 da Lei 11.457/2007, o processo administrativo fiscal relativo às contribuições previdenciárias regula­se pelas normas do Decreto 70.235/72. De acordo com o art. 25 do Decreto 70.235/72, o julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil compete: (I) em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de

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Julgamento (DRJ); e (II) em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

5.3.1 Composição do CRSS

CRSS

O CRSS é presidido por representante do Governo, com notório conhecimento da

legislação previdenciária, nomeado pelo ministro de Estado da Previdência Social, cabendo­lhe dirigir os serviços administrativos do órgão.

O mandato dos membros do CRSS é de dois anos, permitida a recondução, atendidas às seguintes condições:

I. os representantes do Governo são escolhidos entre servidores federais, preferencialmente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou do INSS ou do Ministério ao qual o INSS esteja vinculado, com curso superior em nível de graduação concluído e notório conhecimento da legislação previdenciária, que prestarão serviços exclusivos ao CRSS, sem prejuízo dos direitos e vantagens do respectivo cargo de origem; II. os representantes classistas, que deverão ter escolaridade de nível superior, exceto representantes dos trabalhadores rurais, que deverão ter nível médio, são escolhidos dentre os indicados, em lista tríplice, pelas entidades de classe ou sindicais das respectivas jurisdições, e manterão a condição de segurados do RGPS; e III. o afastamento do representante dos trabalhadores da empresa empregadora não constitui motivo para alteração ou rescisão contratual.

O conselheiro afastado por qualquer das razões elencadas no Regimento Interno do

CRSS, exceto quando decorrente de renúncia voluntária, não poderá ser novamente designado para o exercício desta função antes do transcurso de cinco anos, contados do efetivo afastamento.

Compete ao ministro de Estado da Previdência Social aprovar o Regimento Interno do CRSS.

5.3.2 Juntas de Recursos

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Página 50 – Alterar o verde.

5.3.5 Gratificação dos membros do CRSS

Página 78 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. ATENÇÃO: as outras células da tabela devem permanecer inalteradas.

Classe I =>

Cônjuge, companheiro(a) e filho(a) não emancipado(a) de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave.

Classe II => Os pais

Classe III =>

Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave.

Página 82 – Excluir o vermelho.

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei 6.019/74, art. 10). O Ministério do Trabalho e Emprego editou a Portaria 789/2014, estabelecendo a possibilidade de prorrogação do prazo de três meses nos seguintes casos:

[...] A empresa de trabalho temporário deverá solicitar as autorizações previstas nos

arts. 2º e 3º da Portaria 789/2014 por meio da página eletrônica do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

O trabalhador temporário não deve ser confundido com o trabalhador eventual, que também é segurado obrigatório do RGPS, porém, na qualidade de contribuinte individual.

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Trabalhador eventual é aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (Lei 8.213/91, art. 11, V, “g”).

Página 91 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

Nas situações em que o produtor rural pessoa física, enquadra­se como segurado especial, ele também pode utilizar­se de empregados por pequeno prazo. Neste caso, as contratações ocorrerão em épocas de safra, à razão de, no máximo, 120 pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio­doença. (Lei 8.213, art. 11, §7º).

Página 125 – Acrescentar o azul.

De acordo com o art. 20 da Lei 12.871/2013, o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil enquadra­se como segurado obrigatório do RGPS, na condição de contribuinte individual. Mas, nos termos do parágrafo único do referido artigo, são ressalvados dessa obrigatoriedade os médicos intercambistas: (I) selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou (II) filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do Brasil.

XXXII ­ O atleta de modalidade olímpica ou paraolímpica beneficiário de Bolsa­Atleta de valor igual ou superior a um salário mínimo

De acordo com o § 6º do art. 1º da Lei 10.891/2004, o atleta de modalidade olímpica

ou paraolímpica, com idade igual ou superior a dezesseis anos, beneficiário de Bolsa­Atleta de valor igual ou superior a um salário mínimo, é filiado ao Regime Geral de Previdência Social como contribuinte individual. Durante o período de fruição da Bolsa­Atleta caberá ao Ministério do Esporte efetuar o recolhimento da contribuição previdenciária, descontando­a do valor pago aos atletas (Lei 10.891/2004, art. 1º, § 7º).

2.1.6 Situações específicas

Páginas 129 a 130 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

De acordo com o art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes do segurado, considerados beneficiários do RGPS, dividem­se em três classes:

Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de

qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave;

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lasse II: os pais; Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou

inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave.

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação aos incisos I e III do art.

16 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:

I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; [...] III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o benefício (pensão por morte ou auxílio­reclusão) será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que permanecerem com o direito.

Páginas 134 a 135 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

Para ser beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o filho (não emancipado, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave) pode ser de qualquer condição. Assim, não há distinção entre filhos legítimos, ilegítimos, incestuosos, adulterinos ou adotados.

Confusão frequente sobre o filho dependente diz respeito aos filhos maiores de 21 até 24 anos de idade que sejam universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau. Para fins de imposto de renda, o contribuinte pode incluir estes filhos em sua declaração como sendo seus dependentes. Todavia, para efeitos previdenciários, este fato é irrelevante: qualquer filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente se for inválido ou se tiver deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:

Página 136 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

No caso de filho que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave, mesmo que seja

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maior de 21 anos, continua sendo dependente do segurado. Caso já tenha sido reconhecida judicialmente tal situação, para considerar este filho como beneficiário na qualidade de dependente não será necessária a realização de perícia médica. Para tal fim, a declaração judicial já é suficiente.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 77, § 6º). Ou seja, mesmo que passe a exercer atividade remunerada, esse filho permanece com a qualidade de dependente mantida.

Página 139 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

A terceira classe de dependentes refere­se ao irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental, que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 16, III).

Página 142 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

A dependência econômica do cônjuge, do companheiro, da companheira e do filho (não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental, que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave) é presumida e a dos demais dependentes deve ser comprovada (Lei 8.213/91, art. 16, §4º).

Página 150 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul. 48. (DPE­RR/Cespe/2013/Adaptada) Assinale a opção correta no que se refere aos dependentes do RGPS. a) A dependência econômica de todos os dependentes do segurado deve ser comprovada. b) É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, com menos de vinte e cinco anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz. c) Avós de segurado podem ser considerados beneficiários do RGPS, na condição de seus dependentes. d) O enteado e o menor tutelado equiparam­se ao filho mediante apresentação de declaração pelo dependente e comprovação da dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento. e) São considerados beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave. [...]

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c) será beneficiário do Regime Geral, como dependente do segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave.

Páginas 160 a 161 – Excluir o vermelho.

Este prazo será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado (Lei 8.213, art. 15, §1º). Estes dois prazos (12 ou 24 meses) serão acrescidos de mais 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 15, §2º).

A condição de desempregado pode ser comprovada, dentre outras formas: (I) comprovação do recebimento do seguro­desemprego; ou (II) inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego – SINE, órgão responsável pela política de emprego nos estados da federação (IN INSS 77/2015, art. 137, § 4º).

O STJ tem entendido que a ausência de anotação de contrato de trabalho na carteira profissional do segurado não é suficiente para comprovar a sua situação de desempregado, uma vez que a mencionada ausência não tem o condão de afastar possível exercício de atividade remunerada na informalidade. O STJ também tem entendido que a 3

ausência de registro perante o Ministério do Trabalho e Previdência Social poderá ser suprido quando for comprovada a situação de desemprego por outras provas constantes dos autos, inclusive a testemunhal. 4

Página 170 – Excluir o vermelho. ATENÇÃO: As demais células da tabela permanecem inalteradas.

Situação do segurado Prazo de manutenção da qualidade de segurado

Início da contagem do prazo

Segurado em gozo de benefício Sem limite de prazo ­

O segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração

a) Tendo até 120 contribuições: 12 meses; b) Tendo mais de 120 contribuições: 24 meses. Obs.: ambos os prazos serão acrescidos de 12 meses se o segurado estiver desempregado, desde que comprove esta situação por registro em órgão próprio do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Após a cessação de benefício por

incapacidade ou após a cessação das contribuições

Segurado detido ou 12 meses Após o livramento

3 STJ, AgRg no Ag 1407206/PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 26/10/2011. 4 STJ, AgRg na Pet 8694 / PR, Rel. Min. Jorge Mussi, 3ª Seção, DJe 09/10/2012.

Page 12: Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário · Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Para realizar as alterações,

recluso

Página 173 – Excluir o vermelho.

c) 36 (trinta e seis) meses, o segurado desempregado, desde que tal situação esteja comprovada por registro no Ministério do Trabalho e Emprego ou outro meio admitido e tenham sido vertidas mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem interrupção que tenha acarretado a perda da qualidade de segurado.

Páginas 185 a 186 – Excluir o vermelho. trabalho. A lei refere­se a acidente de qualquer natureza ou causa. Entende­se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.

1.1.4 Perda da qualidade de segurado

Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício a ser requerido. Essa exigência, contudo, não se aplica aos benefícios de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição, pois a partir da vigência da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão destes benefícios.

Conclui­se, portanto, que quando se trata de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial, as contribuições efetuadas antes da perda da qualidade de segurado sempre serão contadas para fins de carência.

Todavia, nos casos em que seja exigida carência para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílio­doença e salário­maternidade, as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do respectivo benefício.

No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos de carência exigidos para esses benefícios (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único).

Ou seja, para fins de concessão de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de

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segurado não serão computadas para efeito da carência dos benefícios de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade.

Vale frisar que a regra aqui discutida somente é aplicada para os benefícios de auxílio­doença, de aposentadoria por invalidez e de salário­maternidade. Para os demais benefícios, as contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado serão computadas para efeito da carência. E mesmo quando se trata de auxílio­doença, aposentadoria por invalidez e salário­maternidade, a regra em tela somente será aplicada para os casos em que esses benefícios exigem carência. Há casos em que a concessão desses benefícios independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, II e VI).

Exemplo: Joaquim inscreveu­se no RGPS como segurado facultativo e recolheu, sem atraso, 10 contribuições mensais. Em virtude de dificuldades financeiras, passou 9 meses sem recolher suas contribuições, perdendo, assim, a qualidade de segurado. Passadas as dificuldades financeiras, Joaquim voltou a contribuir, readquirindo a qualidade de segurado. Após ter recolhido mais 5 contribuições mensais, Joaquim adoeceu, ficando incapacitado para suas atividades habituais por mais de 15 dias. A enfermidade que incapacitou o segurado não está relacionada na lista de doenças em que a carência é dispensada. Nesta situação, Joaquim não terá direito ao auxílio­doença, pois a partir da nova filiação não recolheu 12 contribuições mensais, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício que é a carência exigida para fins de concessão de auxílio­doença.

No exemplo anterior, para ter direito ao auxílio­doença, seria necessário que

Joaquim, após a nova filiação, tivesse recolhido, no mínimo, 4 contribuições mensais, o que corresponderia a um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do auxílio­doença. Só assim, poderia aproveitar, para fins de carência, as 10 contribuições recolhidas em período anterior à perda da qualidade de segurado. Neste caso, seriam contadas 14 contribuições mensais, superando as 12 contribuições exigidas para efeito da carência do auxílio­doença.

1.1.5 Regra de transição

Página 198 – Alterar o verde. Tábua de expectativa de vida – IBGE 2014 – ambos os sexos

Idade exata

Expectativa de vida Idade

exata Expectativa de vida

45 anos 34,3 anos 56 anos 25,1 anos 46 anos 33,4 anos 57 anos 24,3 anos 47 anos 32,5 anos 58 anos 23,5 anos 48 anos 31,7 anos 59 anos 22,7 anos 49 anos 30,8 anos 60 anos 22,0 anos 50 anos 30,0 anos 61 anos 21,2 anos 51 anos 29,1 anos 62 anos 20,4 anos

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52 anos 28,3 anos 63 anos 19,7 anos 53 anos 27,5 anos 64 anos 19,0 anos 54 anos 26,7 anos 65 anos 18,3 anos 55 anos 25,9 anos 66 anos 17,6 anos

Página 199 – Alterar o verde.

Exemplo 1 : Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os 17 anos de idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de

sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 32,5 anos. Qual é o valor do fator previdenciário?

Resposta: Es = 32,5; Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres); Id = 47; a = 0,31.

f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = 0,527

32,5 100

Exemplo 2 : Joaquim José, 65 anos de idade, após completar 34 anos de contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de 18,3 anos. Qual é o valor do fator previdenciário? Resposta: Es = 18,3; Id = 65; Tc = 34; a = 0,31.

f = 34 x 0,31 x [1 + (65 + 34 x 0,31) ] = 1,011

18,3 100

Página 200 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário mínimo (hoje, R$880,00), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje, R$5.189,82), respeitados os direitos adquiridos. 5

5 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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Páginas 212 a 213 –acrescentar o azul; Excluir o vermelho.

A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos casos, recuperar­se. O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente (Lei 8.213/91, art. 43, § 4º). Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter­se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (Lei 8.213/91, art. 101). Os exames médico­periciais serão realizados bienalmente (RPS, art. 46, parágrafo único). No entanto, o aposentado por invalidez estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:

Página 214 – Excluir o vermelho.

Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitar­se novamente ao benefício da aposentadoria por invalidez, o segurado não necessitará cumprir a carência de mais 12 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). A regra prevista no parágrafo único do art. 24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde que o segurado implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício. Para a aposentadoria por invalidez, isso representa quatro contribuições mensais. Ou seja, para fins de concessão de aposentadoria por invalidez, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência da aposentadoria por invalidez.

2.1.5 Renda mensal inicial

Página 253 – Excluir o vermelho.

Como exceção à regra geral, a presença no ambiente de trabalho de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador (RPS, art. 68, § 4º). Nesse caso, não se leva em consideração o critério quantitativo. A simples existência do agente seria potencialmente suficiente para produzir a patologia e, portanto, não haveria nível seguro de exposição. Sendo assim, uma vez exposto, teria direito o segurado ao tempo especial.

Página 255 – Excluir o vermelho.

No referido laudo técnico, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com

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observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS. A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação. [...]

Nas avaliações ambientais, deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV do RPS, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho e Previdência Social definir outras instituições que os estabeleçam.

Páginas 275 a 276 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Mas se for concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento (RPS, art. 75, § 3º).

2.6.1 Requerimento

Em regra, o auxílio­doença é requerido pelo próprio segurado. Todavia, é facultado à

empresa protocolar requerimento de auxílio­doença ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 76­A). A empresa que adotar este procedimento terá acesso às decisões administrativas a ele relativas (RPS, art. 76­A, parágrafo único).

2.6.2 Verificação da incapacidade

O reconhecimento da incapacidade para concessão ou prorrogação do auxílio­doença decorre da realização de avaliação pericial ou da recepção da documentação médica do segurado (RPS, art. 75­A).

Nos casos de reconhecimento da incapacidade mediante recepção da documentação médica do segurado, o auxílio­doença será concedido com base no período de recuperação indicado pelo médico assistente do segurado. O reconhecimento da incapacidade mediante recepção da documentação médica do segurado poderá ser admitido nos seguintes casos:

I ­ nos pedidos de prorrogação do benefício do segurado empregado; ou II ­ nas hipóteses de concessão inicial do benefício quando o segurado, independentemente de ser obrigatório ou facultativo, estiver internado em unidade de saúde.

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O fato de o reconhecimento da incapacidade ter sido feito mediante recepção da documentação médica do segurado não afasta a possibilidade de o INSS convocar o segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo, para avaliação pericial (RPS, art. 75­A § 4º). O segurado em gozo de auxílio­doença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram a sua concessão e a sua manutenção (Lei 8.213/91, art. 60, § 10).

A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado Em regra, avaliação pericial é realizada pela perícia médica do INSS. Mas, nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º).

O segurado em gozo de auxílio­doença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter­se a processo de reabilitação profissional (Lei 8.213/91, art. 62). O auxílio­doença será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62, parágrafo único).

O segurado em gozo de auxílio­doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter­se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (RPS, art. 77). Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62).

O STJ tem entendido que é devido o auxílio­doença ao segurado considerado parcialmente incapaz para o trabalho, mas suscetível de reabilitação profissional para o exercício de outras atividades laborais. 6

Página 278 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Havendo perda da qualidade de segurado, para habilitar­se novamente ao benefício da auxílio­doença, o segurado não necessitará cumprir a carência de mais 12 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). A regra prevista no parágrafo único do art. 24 da Lei 8.213/91 permite a contagem das contribuições anteriores, desde que o segurado implemente, a partir da nova filiação, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício. Para auxílio­doença, isso representa quatro contribuições mensais. Ou seja, para fins de concessão de auxílio­doença, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência do auxílio­doença.

2.6.7 Renda mensal inicial

6 STJ, AgRg no AREsp 220768 / PB, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 12/11/2012.

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Página 279 – Acrescentar o azul.

Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento.

Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar­se do trabalho durante quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo afastamento (RPS, art. 75, § 4º). Nessa mesma hipótese, se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio­doença a partir do dia seguinte ao que completar os quinze dias de afastamento, somados os períodos de afastamento intercalados (RPS, art. 75, § 5º).

Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 dias (Lei 8.213/91, art. 60, §4º).

Página 280 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.6.10 Prazo para recuperação da capacidade estimado para a duração do benefício

O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico­pericial, o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado, dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia.

Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

O documento de concessão do auxílio­doença conterá as informações necessárias para o requerimento da nova avaliação médico­pericial.

Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio­doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § 8º). Na ausência de fixação desse prazo, o benefício cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS (Lei 8.213/91, art. 60, § 9º).

Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a sua prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS (RPS, art. 78, § 2º). A comunicação da concessão do auxílio­doença conterá as informações necessárias para o requerimento de sua prorrogação.

2.6.11 Contagem do período de auxílio­doença como tempo de contribuição

Página 292 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

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O salário­família será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$1.212,64, na proporção do respectivo número de filhos 7

Página 293 – Alterar o verde.

Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.212,64.

Página 294 – Alterar o verde.

I. R$41,37, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$806,80; e II. R$29,16, para o segurado com remuneração mensal superior a R$806,80 e igual ou inferior a R$1.212,64.

Os valores acima são os vigentes a partir de 1º/01/2016, de acordo com a Portaria

MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção dos demais benefícios do RGPS.

Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a R$1.212,64 não têm direito ao salário­família.

Para fins de reconhecimento do direito ao salário­família, considera­se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §1º). O direito à cota do salário­família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §2º).

Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de salário­família (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §3º).

Página 295 – Alterar o verde.

Exemplo: Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é R$1.100,00, e a de Joaquim, R$1.200,00. Neste caso, Maria receberá três cotas de salário­família, sendo R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de R$87,48. Joaquim também receberá três cotas, sendo R$29,16 o valor de cada cota, perfazendo um total de R$87,48. Note­se que, apesar da existência de quatro filhos, cada um dos segurados só terá direito a três cotas de salário­família, pois o primeiro filho

7 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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(Mateus) já tem mais de 14 anos de idade.

No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário­família, um valor total de R$174,96 (que corresponde a 87,48 + 87,48). Quando a empresa Beta S.A. for recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o pagamento de salário­família.

O salário­família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, §2º). Já para o empregado, a cota do salário­família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria MTPS/MF nº 1/2016, art. 4º, §4º).

Páginas 298 a 299 – Alterar o verde. O restante da tabela permanece como está.

Quadro Resumo – Salário­família

Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.212,64); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.

Beneficiários

a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso; b) Aposentado por invalidez ou por idade; e c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de idade, se mulheres.

Carência Não é exigida.

Renda mensal

Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. O valor da cota é de: I ­ R$41,37, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$806,80; e II ­ R$29,16, para o segurado com remuneração mensal superior a R$806,80 e igual ou inferior a R$1.212,64.

Página 303 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Para os segurados contribuinte individual, especial e facultativo, o período de carência é de 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, III).

Para o segurado especial, considera­se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido (RPS, art. 26, §1º). Assim, será devido o salário­maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua (RPS, art. 93, §2º). Portanto, não se exige da segurada especial que tenha

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recolhido 10 contribuições mensais, bastando que tenha exercido a atividade rural nos últimos 10 meses anteriores ao parto ou à data do requerimento do benefício.

Em caso de parto antecipado, o período de carência (quando exigido) será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado (Lei 8.213, art. 25, parágrafo único).

Para os segurados empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico, a concessão do salário­maternidade independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, VI).

Nos casos em que a carência é exigida, havendo perda da qualidade de segurado, para habilitar­se novamente ao salário­maternidade, o segurado necessitará cumprir a carência de mais 10 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 27, parágrafo único). Ou seja, para fins de concessão de salário­maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência do salário­maternidade.

2.9.7 Renda mensal do benefício

Páginas 304 a 305 – Excluir o vermelho.

III. em um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual e facultativa.

Exemplo: Sebastiana recolheu, na qualidade de segurada facultativa, 8 contribuições mensais, no período de maio a dezembro de 2003. Durante o ano de 2004, a segurada não recolheu nenhuma contribuição, perdendo, dessa forma, a qualidade de segurada. Em fevereiro de 2005, Sebastiana engravidou. Após alguns meses de gestação, ela voltou a contribuir como segurada facultativa: recolheu as contribuições referentes aos meses de maio a setembro de 2005 sobre um salário de contribuição de R$2.000,00. O parto ocorreu no dia 03/11/2005. Nessa situação, Sebastiana terá direito ao salário­maternidade? Resposta: Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido (Lei 8.213/91, art. 24, parágrafo único). No exemplo acima, Sebastiana perdeu a qualidade de segurado, pois, sendo segurada facultativa, atrasou mais de 6 contribuições mensais. Todavia, em maio de 2005, voltou a contribuir, adquirindo uma nova filiação ao RGPS. A partir da nova filiação, Sebastiana recolheu 5 contribuições mensais, ou seja, uma quantidade de contribuições superior a 1/3 do número de contribuições exigidas para a carência do salário­maternidade. Neste caso, ela pode aproveitar as 8 contribuições mensais recolhidas antes da perda da qualidade de segurada. Portanto, para efeito de carência, Sebastiana conta com 13 contribuições mensais (8 antes da perda da qualidade de segurada + 5 a partir da nova filiação). Assim, Sebastiana terá direito ao salário­maternidade. Qual será a renda mensal do salário­maternidade de Sebastiana?

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Resposta: Nos últimos 15 meses (agosto de 2004 a outubro de 2005) Sebastiana só recolheu as contribuições dos meses de maio a setembro de 2005 (5 meses), sobre um salário de contribuição de R$2.000,00. Assim, o valor do salário­maternidade será 1/12 x (R$2.000,00 x 5), correspondendo a uma renda mensal de R$833,33.

No tocante à segurada especial, a renda mensal do salário­maternidade será de um

salário mínimo se ela não contribui, facultativamente, com alíquota de 20% sobre o salário de contribuição. Todavia, se a segurada especial contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição, seu salário­maternidade será calculado da mesma forma que se calcula o da contribuinte individual.

Página 315 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

I. o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (classe I); II. os pais (classe II); III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente ou deficiência grave (classe III).

Página 324 – Excluir o vermelho.

Exemplo 1: João, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos não emancipados menores de 21 anos. Nesse caso, cada um dos dependentes receberá 1/3 do valor total da pensão por morte. Quando o filho mais velho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar­se), a sua parte na pensão reverterá em favor dos demais dependentes, que passarão a receber, cada um, 1/2 do valor total da pensão. Quando o segundo filho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar­se), a pensão passará a ser recebida, integralmente, por Maria (esposa do segurado falecido). Quando Maria morrer, o benefício será encerrado.

Página 325 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

I – pela morte do pensionista; II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;

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Página 327 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave (Lei 8.213/91, art. 77, § 6º).

A regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor: (a) em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, no dia 18/06/2017; (b) em relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da publicação da Lei 13.135, de 17 de junho de 2015.

Em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, a regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor no dia 18/06/2017 (Lei 13.135/2015, art. 6º, II, “a”).

A Lei 13.183, de 4 de novembro de 2015, deu uma nova redação ao inciso II do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:

II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Mas esse dispositivo da Lei 13.183/2015, conforme o seu art. 8º, I, somente entrará

em vigor no dia 3 de janeiro de 2016. Reverterá em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual

daquele cujo direito à pensão por morte cessar (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).

Página 329 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, restringiu a concessão do auxílio­reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário­família e auxílio­reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.212,64. 8

Página 330 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

8 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a R$1.212,64.

Considera­se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao

benefício de auxílio­reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi­aberto, sendo: I ­ regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; e II ­ regime semi­aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Os dependentes do segurado detido em prisão provisória (preventiva ou temporária)

terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por meio de documento expedido pela autoridade responsável (IN INSS 77/2015, art. 381, § 1º). Ao término da prisão provisória, o auxílio­reclusão pago aos dependentes deverá ser cessado e, caso nova prisão ocorra, ainda que em razão do mesmo evento causador da primeira privação de liberdade, proceder­se­á à nova análise de dependência, qualidade de segurado e renda, em novo requerimento de auxílio­reclusão (IN INSS 77/2015, art. 381, § 4º).

Equipara­se à condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude (IN INSS 77/2015, art. 381, § 2º).

A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade competente, comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão. Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos certidão do despacho de internação e o documento atestando seu efetivo recolhimento a órgão subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude.

Não cabe a concessão de auxílio­reclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto.

O STJ tem entendido ser possível a concessão de auxílio­reclusão aos dependentes do segurado que recebia salário de contribuição pouco superior ao limite estabelecido como critério de baixa renda pela legislação da época de seu encarceramento. Nesse sentido, confira o seguinte julgado:

Página 335 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os dependentes não recebam o auxílio­reclusão em razão do salário de contribuição do segurado recluso ser superior a R$1.212,64 (RPS, art. 118, parágrafo 9

único).

9 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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Páginas 343 a 344 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

IV. mais de 1.000 empregados, cinco por cento. A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato

por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante (Lei 8.213/91, art. 93, §1º).

O Ministério do Trabalho e Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo­as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º).

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 1º e 2º e acrescentou o § 3º ao art. 93 da Lei 8.213/91. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte:

§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo­os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto­Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 93, §1º).

Ao Ministério do Trabalho incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo­os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º).

Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a CLT (Lei 8.213/91, art. 93, §3º). 3.2 Serviço social

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Página 376 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

De acordo com o disposto no parágrafo único do art. 15 da Lei 8.212/91, “equiparam­se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras”.

Páginas 388 a 389 – Alterar o verde.

Em valores atualizados, a partir de 01/01/2016, a tabela de contribuição destes segurados é a seguinte:

Salário de contribuição (R$) Alíquota Até 1.556,94 8%

De 1.556,95 até 2.594,92 9% De 2.594,93 até 5.189,82 11%

[...]

A incidência da alíquota é não cumulativa, ou seja, incide um único percentual sobre o valor total do salário de contribuição. Exemplo: o empregado cujo salário de contribuição mensal é de R$2.500,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$225,00 (que corresponde a 9% de R$2.500,00).

A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$2.595,00, e Pedro, R$2.594,00. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro. Vejamos:

Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do segurado

Remuneração líquida

João R$2.595,00 11% R$285,45 R$2.309,55 Pedro R$2.594,00 9% R$233,46 R$2.360,54

A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias é diferente da

utilizada para o cálculo do imposto de renda. No cálculo do imposto de renda da pessoa física não ocorre a distorção verificada no exemplo acima.

A contribuição do segurado só incide até o teto do salário­de­contribuição (que atualmente é R$5.189,82). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar R$5.189,82, o segurado não paga nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais adiante) incide sobre a remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração mensal é de R$9.000,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$570,88 (que é o equivalente a 11% de R$5.189,82). Mas a contribuição da empresa incidirá sobre R$9.000,00.

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Página 390 – Alterar o verde.

Exemplo 2: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de contribuição Alíquota Contribuição

Alfa S.A. 4.000,00 4.000,00 11% 440,00 Beta S.A. 2.500,00 1.189,82 11% 130,88 Total 6.500,00 5.189,82 11% 570,88

Página 391 – Alterar o verde.

Exemplo 3: o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de contribuição Percentual Contribuição

Alfa S.A. 7.000,00 5.189,82 11% 570,88 Beta S.A. 3.000,00 ­ ­ ­ Total 10.000,00 5.189,82 11% 570,88

Páginas 392 a 393 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar na forma aqui definida apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, do Ministério do Trabalho e Previdência Social e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 32­C).

Página 394 – Alterar o verde.

Exemplo: Paulo, bombeiro hidráulico, reformou a estrutura hidráulica da residência de Rosana e cobrou R$1.000,00 pelo serviço. Este foi o único serviço prestado por Paulo durante o mês de março de 2016. Neste caso, a contribuição previdenciária de Paulo, referente à competência 03/2016, será de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00). Paulo terá até o dia 15/04/2016 para recolher sua contribuição por iniciativa própria, pois, neste caso, Rosana (pessoa física) não tem a obrigação de descontar a contribuição do segurado contribuinte individual.

Se no caso acima exposto, a remuneração recebida por Paulo fosse, por exemplo,

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de R$7.000,00, a contribuição que o segurado teria de recolher seria de R$1.037,96 (que corresponde a 20% de R$5.189,82). Se a remuneração de Paulo tivesse sido de R$700,00, sua contribuição seria de R$176,00 (que corresponde a 20% de R$880,00). É assim por que a contribuição do contribuinte individual deve respeitar os limites (mínimo e máximo) do salário de contribuição.

Página 395 – Alterar o verde.

Exemplo: No dia 02/03/2016, a advogada Rosana (segurada contribuinte individual) prestou serviço à empresa Alfa S.A. e recebeu R$7.000,00 pelos serviços prestados. No dia 25/03/2016, Rosana prestou serviço à empresa Delta Ltda. e recebeu R$1.000,00 pelos serviços prestados. A empresa Alfa é obrigada a descontar da remuneração de Rosana a contribuição de R$570,88 (que corresponde a 11% x R$5.189,82). Assim, a remuneração líquida que a empresa Alfa pagou a Rosana foi de R$6.429,12 (que corresponde a R$7.000,00 – R$570,88). A contribuição a cargo da empresa é de R$1.400,00 (que corresponde a 20% x R$7.000,00). A empresa Alfa é obrigada a recolher a contribuição descontada de Rosana juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20/04/2016. Neste caso, o valor a ser recolhido pela empresa Alfa é de R$1.970,88 (que corresponde a R$1.400,00 + R$570,88). A empresa Delta Ltda. não é obrigada a efetuar nenhum desconto na remuneração de Rosana, pois, no mês de março de 2016, a segurada já contribuiu sobre o limite máximo do salário de contribuição (R$5.189,82). Todavia, a empresa Delta é obrigada a recolher a contribuição a seu cargo, no valor de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00).

Página 396 – Alterar o verde.

Se, no exemplo anterior, a remuneração de Rosana na empresa Alfa tivesse sido de R$5.000,00 (em vez de R$7.000,00), a contribuição descontada da segurada pela empresa Alfa seria de R$550,00 (que corresponde a 11% x R$5.000,00). Na empresa Delta (mantendo­se a remuneração de R$1.000,00), a contribuição descontada seria de R$20,88 (que corresponde a 11% x R$189,82). Ou seja, a empresa Delta descontaria a contribuição da segurada sobre o valor que faltava para atingir o teto de R$5.189,82. [...]

Exemplo: Pedro, contribuinte individual, prestou serviço para a empresa Beta S.A. recebendo uma remuneração de R$700,00. Este foi o único serviço prestado por Pedro durante o mês de maio de 2016. Neste caso, a empresa descontará da remuneração de Pedro a quantia de R$77,00 (que corresponde a 11% x R$700,00), sendo obrigada a recolher o valor descontado, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20/06/2016. Pedro terá de recolher, por iniciativa própria, até o dia 15/06/2016, a contribuição de R$36,00 (que corresponde a 20% de R$180,00) para complementar sua contribuição mensal.

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Página 398 – Alterar o verde.

Exemplo 1: Um contribuinte individual, durante o mês de março de 2016, prestou serviços a uma missão diplomática, e recebeu pelo trabalho o valor de R$2.000,00. Sua contribuição, incluindo a dedução permitida por lei, será de: • Contribuição do segurado (sem dedução) = R$400,00 (que corresponde a 20% de 2.000,00). • Contribuição da missão diplomática = R$400,00 (que corresponde a 20% de 2.000,00). • Possibilidade de dedução = R$180,00 (que corresponde a 45% de 400,00). • Limite de dedução = R$180,00 (que corresponde a 9% de 2.000,00). • Contribuição do segurado = R$220,00 (que corresponde a R$400,00 – R$180,00). Obs.: Neste caso, o salário de contribuição foi de R$2.000,00. Exemplo 2: Um contribuinte individual (um eletricista, por exemplo) prestou serviço a outro contribuinte individual (um médico, por exemplo, em seu consultório particular) e recebeu uma remuneração de R$10.000,00. • Neste caso, o salário de contribuição do eletricista é R$5.189,82. • Contribuição do segurado (sem dedução) = R$1.037,96 (que corresponde a 20% de R$5.189,82). • Contribuição patronal do médico (contribuinte individual equiparado a empresa) = R$2.000,00 (que corresponde a 20% de 10.000,00). • Dedução (sem aplicação do limite máximo) = R$900,00 (que corresponde a 45% de 2.000,00). • Limite máximo da dedução = R$467,08 (que corresponde a 9% x 5.189,82). • Contribuição do segurado = R$570,88 (que corresponde a R$1.037,96 – R$467,08).

Página 403 – Alterar o verde.

Exemplo: No mês de março de 2016, o segurado Joaquim, na condição de empregado da Construtora Edifica Ltda., recebeu uma remuneração de R$4.000,00. No mesmo mês, Joaquim prestou um serviço eventual à empresa Moda Moderna Ltda., recebendo uma remuneração de R$2.500,00. Em relação à empresa Moda Moderna, Joaquim é considerado contribuinte individual. Neste caso, a contribuição descontada do segurado ocorre da seguinte forma: a Construtora Edifica desconta R$440,00 (que corresponde a 11% de 4.000,00); a Moda Moderna desconta R$130,88 (que corresponde a 11% de 1.189,82).

Se na Construtora Edifica Ltda., a remuneração de Joaquim tivesse sido de

R$7.000,00 (em vez de R$4.000,00), em relação à remuneração recebida da empresa Moda Moderna, o segurado não sofreria desconto de contribuição, porque na condição de empregado ele já teria atingido o limite máximo do salário de contribuição.

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Páginas 407 a 408 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Direito à Aposentadoria por tempo de contribuição

Situação Base de cálculo Alíquota

Com direito Regra geral

Salário­de­contribuição,

respeitados os limites de R$880,00 a R$5.189,82. 10

20%

Sem direito

Regra geral Um salário mínimo. 11%

Segurado facultativo sem renda própria que

se dedique exclusivamente ao

trabalho doméstico no âmbito de sua

residência, desde que pertencente a família de

baixa renda.

Um salário mínimo. 5%

Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de

contribuição, a sua contribuição será de 20% sobre o seu salário de contribuição (Lei 8.212/91, art. 21, caput). Para o segurado facultativo, o salário de contribuição é o valor por ele declarado, observado o limite máximo de R$5.189,82 e o limite mínimo de um salário mínimo mensal (atualmente, R$880,00).

Página 411 – Excluir o vermelho; Alterar o verde.

III. vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços. IV. quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. 2.3.2.1 Contribuição da empresa sobre a remuneração de empregados e trabalhadores avulsos

10 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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Página 415 – Excluir o vermelho; acrescentar o azul.

Em relação aos cargos de direção existentes nas cooperativas (de trabalho ou de produção), desde que pelo seu exercício venham a ser remunerados, qualquer que seja o nome dado a essa remuneração, se pro­labore ou honorários, estão sujeitos à incidência de contribuições previdenciárias patronais, mesmo que essa função, nessas circunstâncias, seja exercida por cooperados. Seguindo essa linha de raciocínio, o STJ tem entendido que é devida a incidência de contribuição previdenciária em face do pagamento realizado aos membros do Conselho Administrativo e Fiscal das Sociedades Cooperativas a título de cédula de presença, tendo em vista a natureza remuneratória da referida verba. 11

Considera­se remuneração do contribuinte individual que trabalha como condutor autônomo de veículo rodoviário, como auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, como operador de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, o montante correspondente a 20% do valor bruto do frete, carreto, transporte de passageiros ou do serviço prestado (Lei 8.212/91, art. 28, § 11). Assim, quando uma empresa contratar um desses contribuintes individuais, a base de cálculo da contribuição será de 20% do valor do frete.

Quando o contribuinte individual for um transportador rodoviário autônomo, a base de cálculo da contribuição será de 20% do valor do frete (RPS, art. 201, §4º).

Exemplo: A empresa contrata um transportador rodoviário autônomo (contribuinte individual) e paga R$1.000,00 pelo frete. Neste caso, considera­se como remuneração do condutor, o valor de R$200,00 (que corresponde a 20% de 1.000,00) que no caso, será a base de cálculo da contribuição da empresa. Assim, a contribuição previdenciária da empresa será de R$40,00 (que corresponde a 20% de 200,00).

Páginas 416 a 418 – Excluir o vermelho; Alterar o verde.

2.3.2.3 Contribuição da empresa sobre serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho

A empresa contribui com 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de

prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho (Lei 8.212/91, art. 22, IV).

Saliente­se que o sujeito passivo desta contribuição é a empresa contratante (tomadora do serviço), e não a cooperativa de trabalho.

No caso de contratação de cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, na atividade de transporte rodoviário de carga ou passageiro, a contribuição a cargo da empresa contratante será de 15% sobre a parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos cooperados, que não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura (RPS, art. 201, §20). Além do valor dos serviços prestados pelos cooperados, o valor bruto da nota fiscal ou fatura inclui também outros custos, como combustível, manutenção dos

11 STJ, AgRg no AREsp 188083 / MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, DJe 08/10/2012.

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veículos etc. Por isso, neste caso, a base de cálculo da contribuição não é o valor total da nota fiscal ou fatura, mas somente o valor da parcela correspondente ao valor dos serviços prestados pelos cooperados. Contudo, o valor da base de cálculo não será inferior a 20% do valor da nota fiscal ou fatura.

Será devida contribuição adicional de 9%, 7% ou 5%, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente (Lei 10.666/2003, art. 1º, §1º). Assim, se o cooperado, em razão da sua exposição aos agentes nocivos, tiver direito à aposentadoria especial, a empresa tomadora do serviço deverá suportar, além dos 15%, o ônus adicional de 9%, 7% ou 5%, conforme o tipo de agente nocivo. Neste caso, as alíquotas totais da contribuição em comento poderão alcançar 24%, 22% ou 20% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura. Para fins de cálculo deste adicional, será emitida nota fiscal ou fatura de prestação de serviços específica para a atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial (RPS, art. 202, §12). Ou seja, se na prestação de serviço há cooperados expostos e cooperados não expostos aos agentes nocivos, a cooperativa deve emitir uma nota fiscal relativa aos cooperados expostos, e outra nota fiscal relativa aos cooperados não expostos aos agentes nocivos.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, declarou a inconstitucionalidade de dispositivo da Lei 8.212/1991 (artigo 22, inciso IV) que prevê a contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor de serviços prestados por meio de cooperativas de trabalho. A decisão foi tomada na sessão do dia 23/04/2014, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 595.838/SP, com repercussão geral reconhecida. Vale frisar que uma vez reconhecida a existência de repercussão geral, a tese jurídica objeto da decisão do STF deverá ser observada posteriormente pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543­B). A repercussão geral apresenta o chamado efeito multiplicador, ou seja, o de possibilitar que o STF decida uma única vez e que, a partir dessa decisão, uma série de processos idênticos seja atingido. O Tribunal, dessa forma, delibera apenas uma vez e tal decisão é multiplicada para todas as causas iguais. Os recursos localizados nas instâncias inferiores que tenham o mesmo tema ficam sobrestados, ou seja, o andamento desses processos é suspenso para aguardar a decisão do Supremo. Uma vez que o STF resolve o mérito da questão, dizendo se é constitucional ou não determinada lei, por exemplo, todos esses recursos são decididos à luz do que o Supremo julgou, garantindo isonomia às decisões.

No julgamento do RE 595.838/SP, o STF entendeu que a contribuição previdenciária em tela não poderia ter sido instituída por meio de lei ordinária.

Para ser instituída por meio de lei ordinária, a referida contribuição teria de encontrar fundamento de validade em algum dos quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal. Caso contrário, tal contribuição só poderia ter sido instituída por meio de Lei Complementar (CF, art. 195, § 4º, e art. 154, I). Analisando os quatro incisos do art. 195 da Constituição Federal, o único que poderia fundamentar a referida contribuição seria o inciso I, alínea “a”, que prevê a incidência de contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [...]

Observe que para a contribuição da empresa se enquadrar no art. 195, I, “a”, da

Constituição Federal, a pessoa que lhe presta serviço há de ser física, e não uma pessoa jurídica. Os cooperados são pessoas físicas, mas a cooperativa de trabalho é uma pessoa jurídica. No caso em tela, quem está prestando serviço à empresa é a cooperativa ou os cooperados? No julgamento do RE 595.838/SP,o STF entendeu que o prestador do serviço é a cooperativa de trabalho. Por esta razão, declarou a inconstitucionalidade da contribuição previdenciária prevista na Lei 8.212/91, art. 22, IV.

De acordo com o § 4º do art. 19 da Lei 10.522/2002, a Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá os créditos tributários relativos às matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de julgamento realizado nos termos do art. 543­B do Código de Processo Civil (com repercussão geral reconhecida). Mas essa aquiescência por parte da Receita Federal é condicionada à manifestação da Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional.

A Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional editou, em 24 de fevereiro de 2015, a NOTA/PGFN/CASTF 174/2015 incluindo a presente matéria na lista de dispensa de contestar e recorrer. Assim, no tocante à contribuição previdenciária em tela, fica a Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional autorizada a não contestar, a não interpor recurso ou a desistir do que tenha sido interposto.

Em razão do disposto no art. 19 da Lei 10.522/2002 e na NOTA/PGFN/CASTF 174/2015, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) encontra­se vinculada ao referido entendimento, de forma que a contribuição previdenciária em tela deixou de ser devida, e os pagamentos já efetuados são considerados indevidos, passíveis, portanto, de restituição ou compensação.

2.3.2.3 Contribuição da empresa para o RAT (antigo SAT)

Página 422 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O Ministério do Trabalho e Previdência Social Desenvolvimento Social e Agrário publicará anualmente, sempre no mesmo mês, no Diário Oficial da União, os róis dos percentis de frequência, gravidade e custo por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e divulgará na rede mundial de computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o respectivo desempenho dentro da sua CNAE­Subclasse (RPS, art. 202­A, §5º). [...]

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O FAP atribuído às empresas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social poderá ser contestado perante o Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional da Secretaria Políticas de Previdência Social do Ministério do Trabalho e Previdência Social Desenvolvimento Social e Agrário, no prazo de trinta dias da sua divulgação oficial (RPS, art. 202­B). A contestação deverá versar, exclusivamente, sobre razões relativas a divergências quanto aos elementos previdenciários que compõem o cálculo do FAP. Da decisão proferida pelo Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional, caberá recurso, no prazo de trinta dias da intimação da decisão, para a Secretaria de Políticas de Previdência Social, que examinará a matéria em caráter terminativo.

Página 424 – Alterar o verde.

Exemplo: No mês de março de 2016, o resumo da folha de pagamento dos segurados que prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte:

Nome do segurado Categoria previdenciária Remuneração

Joaquim Segurado empregado R$1.000,00

Rosana Segurada empregada R$2.000,00

Mateus Contribuinte individual R$7.000,00

Página 425 – Alterar o verde.

Agora, vamos calcular as contribuições previdenciárias, levando­se em consideração que: (a) o grau de risco de acidente do trabalho desta empresa é grave; (b) o FAP da empresa é igual a 1,2773; (c) o empregado Joaquim exerce atividade com exposição a agentes nocivos, tendo direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho; (d) Rosana não está exposta a agentes nocivos; e (e) Mateus é o sócio­gerente da empresa, recebendo os R$7.000,00 a título de pro­labore:

Segurado

Contribuição da empresa incidente sobre a remuneração do segurado Contribuição

descontada do segurado

Total a recolher (empresa + segurado) Para a

Seguridade Social

Para o RAT (antigo SAT)

Joaquim 20% x 1.000,00 9,8319% x 1.000,00 8% x 1.000,00 378,32

Rosana 20% x 2.000,00 3,8319% x 2.000,00 9% x 2.000,00 656,64

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Mateus 20% x 7.000,00 0,00 11% x 5.189,82 1.970,88

TOTAL R$2.000,00 R$174,96 R$830,88 3.055,84

A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia

20/04/2016, o valor de R$3.055,84. Ressalte­se que, neste valor, estão incluídas a parcela da contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados.

Página 426 – Excluir o vermelho.

Em relação ao RAT (art. 22, II) e à contribuição sobre serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho (art. 22, IV), as instituições financeiras seguem a regra geral. Vale dizer, o acréscimo de 2,5%, devido pelas instituições financeiras, incide somente em relação às contribuições sobre a remuneração de empregado, trabalhador avulso (art. 22, I) e contribuinte individual (art. 22, III).

Páginas 427 a 430 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

2.3.2.7 Desoneração da folha de pagamento

Neste item, trataremos da desoneração da folha de pagamento promovida pelos artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011.

Em substituição às contribuições previdenciárias previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91, as empresas descritas no quadro a seguir contribuirão da seguinte forma:

Empresa Alíquota Base de Cálculo

a) empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC); b) empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; c) empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510­8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). d) as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921­3 e 4922­1 da CNAE 2.0. e) as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0;

2%

Valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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f) as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912­4/01 e 4912­4/02 da CNAE 2.0; g) as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912­4/03 da CNAE 2.0; h) as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

As empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI, aprovada pelo Decreto 7.660/2011, nos códigos referidos no anexo I da Lei 12.546/2011.

1%

A desoneração da folha de pagamento aqui estudada ampara­se nos §§9º e 13 do

art. 195 da Constituição Federal, que estabelecem o seguinte:

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. [...] § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não cumulativas. § 13. Aplica­se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.

A contribuição previdenciária prevista no art. 195, I, “a”, da Constituição Federal é a

do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. De acordo com o §13 do art. 195 da Constituição Federal, esta contribuição pode ser substituída, de forma gradual, total ou parcial, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Foi exatamente isso o que foi feito pelos artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011.

Para efeito da contribuição aqui estudada, consideram­se serviços de TI e TIC: análise e desenvolvimento de sistemas; programação; processamento de dados e congêneres; elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; assessoria e consultoria em informática; suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

Todavia, não contribuirão nos moldes aqui estudados as empresas que exerçam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador.

Como visto no quadro supra, as empresas que fabricam os produtos classificados no anexo I da Lei 12.546/2011 contribuirão para a previdência social com 1% sobre o valor da

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receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. O referido anexo relaciona 437 códigos da TIPI (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados), referentes a diversos produtos, dentre os quais podemos destacar a fabricação de matérias têxteis e suas obras, plásticos e suas obras, calçados, chapéus, vidros para automóveis, espelhos retrovisores para veículos, tubos de ferro ou aço, chaves de fenda, fechaduras para automóveis, placas de metal, reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, motores e geradores elétricos, lanternas elétricas portáteis, tratores, veículos automóveis para transporte de dez pessoas ou mais, carroçarias para os veículos automóveis, partes e acessórios dos veículos automóveis, helicópteros, aviões, veículos espaciais, embarcações e estruturas flutuantes, colchões, botões e fechos­ecler.

Saliente­se que as contribuições tratadas neste tópico (de 1% ou 2% sobre o valor da receita bruta) substitui apenas duas contribuições previdenciárias patronais: (a) a incidente sobre a remuneração de empregado e trabalhador avulso (prevista no inciso I do art. 22 da Lei 8.212/91); e (b) a incidente sobre a remuneração de contribuinte individual (prevista no inciso III do art. 22 da Lei 8.212/91).

Assim, em relação ao RAT (art. 22, II, da Lei 8.212/91) e à contribuição sobre serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho (art. 22, IV, da Lei 8.212/91), as empresas mencionadas neste tópico seguem a regra geral.

No caso de empresas que, além das atividades previstas nos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011, também se dedicam a outras atividades, o cálculo da contribuição obedecerá:

I – à forma descrita neste tópico, quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades referidas nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011; e II – ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212/91, reduzindo­se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que tratam os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011 e a receita bruta total.

Imagine, por exemplo, uma empresa que tem receita bruta total de R$10 milhões,

sendo R$7 milhões oriundas de confecção de vestuários de malha (capítulo 61 da TIPI), e R$3 milhões de outras atividades, que não são beneficiadas pelos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011. Nesse caso, a contribuição previdenciária patronal será calculada da seguinte forma: (a) sobre R$7 milhões incidirá a alíquota de 1%; e (b) sobre 30% do total da remuneração de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais incidirá a alíquota de 20%.

Para as empresas mencionadas neste tópico (relacionadas nos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011), exclui­se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações. A data de recolhimento das contribuições será até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência.

No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos neste tópico, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei 8.212/91, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços (Lei 12.546/2011, art. 7º, §6º).

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2.3.2.7.1 Desoneração da folha de pagamento a partir de 01/12/2015

A Lei 13.161, de 31 de agosto de 2015, deu uma nova redação aos artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011. Mas essa nova redação somente entrará em vigor a partir do dia 01/12/2015 (Lei 13.161/2015, art. 7º, I).

A principal mudança que será introduzida pela Lei 13.161/2015 é que a desoneração passará a ser facultativa. Ou seja, as empresas beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento terão o direito de escolher se querem contribuir sobre: (a) o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; ou (b) a folha de pagamento, na forma prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91.

A opção pela tributação substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011 será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada, e será irretratável para todo o ano­calendário. Excepcionalmente, para o ano de 2015, a opção por essa tributação substitutiva será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a novembro de 2015, ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada, e será irretratável para o restante do ano. No caso de empresas que contribuem simultaneamente com as contribuições previstas nos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011, a opção valerá para ambas as contribuições, e não será permitido à empresa fazer a opção apenas com relação a uma delas. Para as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0, a opção dar­se­á por obra de construção civil e será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à competência de cadastro no CEI ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada para a obra, e será irretratável até o seu encerramento.

Outra mudança que será introduzida pela Lei 13.161/2015 diz respeito a alterações nos valores das alíquotas.

A base de cálculo continuará sendo o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. As alíquotas que incidirão sobre essa base de cálculo serão as seguintes:

A Lei 13.161, de 31 de agosto de 2015, deu uma nova redação aos artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011. Essa nova redação entrou em vigor no dia 01/12/2015. A principal mudança introduzida pela Lei 13.161/2015 foi que a desoneração passou a ser facultativa. Ou seja, agora as empresas beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento têm o direito de escolher se querem contribuir sobre: (a) o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; ou (b) a folha de pagamento, na forma prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91.

Caso opte por recolher suas contribuições previdenciárias sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, a empresa beneficiada pela desoneração da folha de pagamento deixa de recolher as contribuições previdenciárias prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91, que são as seguintes:

I ­ vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua

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forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. [...] III ­ vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;

A opção pela tributação substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei 12.546/2011

será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada, e será irretratável para todo o ano­calendário (Lei 12.546/2011, art. 9º, § 13).

Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91:

Empresas Alíquota

a) que prestam serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC); b) que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; c) do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510­8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas ­ CNAE 2.0; d) do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; e) de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

4,5%

a) de call center; b) de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921­3 e 4922­1 da CNAE 2.0; c) de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912­4/01 e 4912­4/02 da CNAE 2.0; d) de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912­4/03 da CNAE 2.0.

3%

a) de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921­3 e 4922­1 da CNAE 2.0; b) de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912­4/01 e 4912­4/02 da CNAE 2.0; c) de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912­4/03 da CNAE 2.0.

2%

a) de transporte aéreo de carga; b) de transporte aéreo de passageiros regular; c) de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;

1,5%

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d) de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; e) de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; f) de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; g) de transporte por navegação interior de carga; h) de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; i) que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212­5 e 5231­1 da CNAE 2.0; j) de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930­2 da CNAE 2.0; k) de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911­6 da CNAE 2.0; e l) jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei no 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811­3, 5811­5, 5812­3, 5813­1, 5822­1, 5823­9, 6010­1, 6021­7 e 6319­4 da CNAE 2.0. m) que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos 6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02, exceto 8702.90.10.

Que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00, 03.03, 03.04, 0504.00, 05.05, 1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02, exceto 0302.90.00.

1%

a) de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; b) de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. c) de manutenção e reparação de embarcações; d) de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da Lei 12.546/2011; e) que fabricam os produtos classificados na TIPI, nos códigos referidos no Anexo I da Lei 12.546/2011 (ressalvados os códigos enquadrados nas alíquotas de 1,5% e 1%).

2,5%

Página 437 – Acrescentar o Azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.

O recolhimento da contribuição previdenciária a cargo da empresa optante pelo Simples Nacional, em regra, está incluído no documento único de arrecadação supramencionado. Assim, em regra, a empresa optante pelo Simples Nacional fica desobrigada de recolher as seguintes contribuições previdenciárias: (a) as incidentes sobre a remuneração dos segurados empregados e trabalhadores avulsos (inclusive a contribuição para o RAT); e (b) a incidente sobre remuneração do contribuinte individual. e (c) a incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

Página 439 – Excluir o vermelho.

I – Empresas em geral

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade RAT

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social

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos.

20% (1%, 2% ou 3%) X FAP

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais. 20% _

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

Página 440 – Excluir o vermelho.

II – Instituições financeiras

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social

RAT

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos.

22,5% (1%, 2% ou 3%) X FAP

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais. 22,5% _

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

III – Empregador rural pessoa física

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social

RAT

Receita bruta proveniente da comercialização da sua produção. 2% 0,1%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais. 20% _

Page 42: Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário · Atualização da 11ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes Para realizar as alterações,

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

IV – Produtor rural pessoa jurídica e agroindústria

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social

RAT

Receita bruta proveniente da comercialização da sua produção. 2,5% 0,1%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais. 20% _

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

Página 441 a 442 – Excluir o vermelho; Alterar o verde.

V – Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social

RAT

Receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.

5%

Total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais. 20% _

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

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VI – Empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC); Empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; e Empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510­8/01 da CNAE 2.0. Empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921­3 e 4922­1 da CNAE 2.0; Empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912­4/01 e 4912­4/02 da CNAE 2.0; as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912­4/03 da CNAE 2.0; empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social RAT

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos.

­ (1%, 2% ou 3%) X FAP

Valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

2% ­

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

VII – As empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI, aprovada pelo Decreto 7.660/2011, nos códigos referidos no anexo I da Lei 12.546/2011.

Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social RAT

Total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos.

­ (1%, 2% ou 3%) X FAP

Valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

1% ­

Valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

15% ­

VI – Microempreendedor individual – MEI

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Base de cálculo Alíquotas

Seguridade social RAT

Salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço. 3% ­

Página 443 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O salário­família é devido ao empregado com salário de contribuição de até R$1.212,64. 12

Páginas 444 a 446 – Excluir o vermelho. Acrescentar o azul.

2.3.3 Contribuição previdenciária do empregador doméstico De acordo com o art. 34 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico

assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I – 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei 8.212/91; II – 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; III – 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; IV – 8% de recolhimento para o FGTS; V – 3,2%, na forma do art. 22 desta Lei; e VI – imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7º da Lei 7.713/88, se incidente.

O empregador doméstico é obrigado a recolher os valores acima, juntamente com a

contribuição que desconta do empregado doméstico, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia (LC 150/2015, art. 35 Lei 8.212/91, art. 30, V c/c § 2º, II).

O inciso I do art. 34 da LC 150/2015 refere­se à contribuição que o empregador doméstico descontará do segurado empregado doméstico. Essa contribuição, como visto anteriormente, corresponde a 8%, 9% ou 11% sobre o salário de contribuição do segurado.

Os valores previstos nos incisos IV a VI do art. 34 da LC 150/2015 não se referem a contribuições previdenciárias.

12 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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As contribuições previdenciárias patronais, a cargo do empregador doméstico, são as previstas nos incisos II e III do art. 34 da Lei Complementar 150/2015. Assim, as contribuições previdenciárias a cargo do empregador doméstico são as seguintes:

a) 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; b) 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

Quando trata da contribuição patronal do empregador doméstico, o art. 34, II, da Lei

Complementar 150/2015, faz referência expressa ao art. 24 da Lei 8.212/91. A base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador doméstico, prevista no art. 24 da Lei 8.212/91, é o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço. Isso nos permite inferir, em uma perspectiva sistemática, que a base de cálculo da contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico é o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço. Assim, podemos resumir as contribuições previdenciárias a cargo do empregador doméstico por meio do seguinte quadro:

De acordo com o art. 24 da Lei 8.212/91, a contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de:

I ­ 8% (oito por cento); e II ­ 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho.

Contribuições previdenciárias do empregador doméstico

Destinação Alíquota Base de cálculo

Para a seguridade social 8% Salário de contribuição do empregado doméstico a seu

serviço Para financiamento do

seguro contra acidentes do trabalho

0,8%

O empregador doméstico é obrigado a recolher os valores acima, juntamente com a

contribuição que desconta do empregado doméstico, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia (Lei 8.212/91, art. 30, V c/c § 2º, II).

Exemplo: Anderlaine trabalha como empregada doméstica na residência de Kerolaine. No mês de fevereiro de 2016, a remuneração mensal de Anderlaine foi de R$7.000,00. Nesse caso, incidiram as seguintes contribuições previdenciárias: I ­ Contribuições previdenciárias a cargo da empregadora doméstica:

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a) 8% X 5.189,82 = 415,19 b) 0,8% X 5.189,82 = 41,52 II ­ Contribuição descontada da empregada doméstica = 11% X 5.189,82 = 570,88 No caso em tela, a empregadora doméstica ficou obrigada a recolher aos cofres da Previdência Social, até o dia 07/03/2016, o valor de R$1.027,59 (que corresponde à soma das contribuições da empregadora com a da empregada).

As contribuições previdenciárias a cargo do empregador doméstico e a descontada

do empregado doméstico que lhe presta serviço são recolhidas mediante documento único de arrecadação do Simples Domestico, juntamente com os demais encargos do empregador doméstico. De acordo com o art. 34 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I ­ 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991; II ­ 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991; III ­ 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; IV ­ 8% de recolhimento para o FGTS; V ­ 3,2% destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador; e VI ­ imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7º da Lei 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente. O empregador doméstico fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia

do documento de arrecadação do Simples Doméstico.

Página 450 – Excluir o vermelho; Aacrescentar o azul.

I. no caso das pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias: (a) 0,65% sobre o faturamento mensal, para as que estão sujeitas ao regime de incidência cumulativa (Lei 9.715/98, art. 8º, I); e (b) 1,65% sobre o faturamento mensal total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, para as que estão sujeitas ao regime de incidência não cumulativa (Lei 10.637/2002, art. 2º). II. 1% sobre a folha de salários, no caso das entidades sem fins lucrativos (Lei 9.715/98, art. 8º, II);

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Página 455 – Alterar o verde.

Segurado Conceito de salário de contribuição Limites

Mínimo Máximo

Empregado e trabalhador avulso

A remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de

convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa

O piso salarial legal ou

normativo da categoria ou, inexistindo piso

salarial, o salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário,

conforme o ajustado e o tempo de

trabalho efetivo durante o mês

R$5.189,82 13

Empregado doméstico

A remuneração registrada na carteira profissional e/ou na Carteira de Trabalho e

Previdência Social

Contribuinte individual

A remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade

por conta própria, durante o mês

O salário mínimo mensal (atualmente, R$880,00) Facultativo O valor por ele declarado

Página 462 – Excluir o vermelho.

O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 40%, 20% ou 10%, calculado sobre o salário mínimo, conforme se trate, respectivamente, de insalubridade em grau máximo, médio ou mínimo (CLT, art. 192). O adicional de insalubridade é devido ao empregado que presta serviços em atividades insalubres, sendo calculado à razão de 10% (grau mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo e não sobre o salário profissional.

Página 477 – Excluir o vermelho.

III. Parcela in natura recebida de acordo com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) promovido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, nos termos da Lei 6.321/76.

13 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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A Lei 6.321/76 assegura incentivos fiscais às empresas que realizarem despesas

com programas de alimentação do trabalhador. De acordo com o disposto no art. 3º dessa Lei, “não se inclui como salário de contribuição a parcela paga in natura pela empresa, nos programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social”.

Assim, a parcela in natura recebida pelo empregado que estiver de acordo com o PAT não sofrerá incidência de contribuição previdenciária. Porém, se o fornecimento da alimentação não for aprovado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, sendo mera decorrência do contrato de trabalho, terá caráter salarial, integrando a base de cálculo das contribuições previdenciárias.

Página 489 – Excluir o vermelho.

XXII. os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Página 496 – Alterar o verde.

O salário mínimo é estabelecido em valor mensal, diário e horário. Conforme estabelece o caput do art. 1º do Decreto 8.618/2015, “a partir de 1º/01/2016, o salário mínimo será de R$880,00”. O parágrafo único do art. 1º determina que “em virtude do disposto no caput, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$29,33 e o seu valor horário a R$4,00”.

Página 497 – Excluir o vermelho; Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar a sequência das letras depois da “c”

b) Recolher as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregado, contribuinte individual e trabalhador avulso a seu serviço, até o dia 20 do mês seguinte, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia; c) Recolher as contribuições a seu cargo incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenha sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, até o dia 20 do mês seguinte, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia; c) A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou empreitada de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do

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valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e recolher a importância retida em nome da empresa contratada, até o dia 20 do mês seguinte, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia;

Página 499 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, do Ministério do Trabalho e Previdência Social e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 32­C). O segurado especial está obrigado a recolher as contribuições previdenciárias arrecadadas (descontadas) dos trabalhadores a seu serviço, os valores referentes ao FGTS e os encargos trabalhistas sob sua responsabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia (Lei 8.212/91, art. 32­C, §§ 3º e 5º). Por meio de ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, do Desenvolvimento Social e Agrário e do Trabalho e Previdência Social, essa sistemática de entrega das informações e recolhimentos poderá ser estendida para o produtor rural pessoa física (Lei 8.212/91, art. 32­C, § 13).

[...] O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado

empregado doméstico a seu serviço e recolhê­la, assim como a parcela a seu cargo, cabendo­lhe durante o período da licença­maternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a seu cargo (RPS, art. 216, VIII). Estas contribuições devem ser recolhidas até o dia sete do mês seguinte, prorrogando­se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia sete ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Página 501 – Excluir o vermelho; Alterar o verde.

Prazo de recolhimento Contribuições

Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente

a) As contribuições descontadas dos segurados empregados e trabalhadores avulsos; b) As contribuições descontadas do contribuinte individual (inclusive as descontadas do cooperado pela cooperativa de

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anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

trabalho); c) As contribuições da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho; d) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada; e) As contribuições incidentes sobre a comercialização da produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado especial); f) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos; g) Contribuição previdenciária patronal do microempreendedor individual (MEI) de 3% incidente sobre o salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço; h) Contribuição que o MEI desconta do seu empregado.

Páginas 551 a 552 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar empregados ou trabalhadores autônomos apresentará as informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, do Ministério do Trabalho e Previdência Social e do Conselho Curador do FGTS, por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 32­C). Aqui temos dois tipos de obrigação tributária: o ato de apresentar as informações é uma obrigação acessória; o ato de efetuar os recolhimentos é obrigação principal.

Página 570 – Acrescentar o azul.

De acordo com o inciso I do art. 14 da Lei 10.522/02, é vedada a concessão de parcelamento de débitos relativos a tributos passíveis de retenção na fonte, de desconto de terceiros ou de sub­rogação. Assim, em relação às contribuições previdenciárias, não poderão ser objeto de parcelamento as contribuições descontadas dos empregados, inclusive dos domésticos, dos trabalhadores avulsos, dos contribuintes individuais, as decorrentes da sub­rogação e as demais importâncias descontadas na forma da legislação previdenciária (Lei 10.666/03, art. 7º).

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Mas vale frisar que o art. 14­C da Lei 10.522/2002, incluído pela Lei nº 11.941/2009, criou o “parcelamento simplificado”. No parcelamento simplificado, as contribuições descontadas dos segurados podem ser objeto de parcelamento, pois o parágrafo único do art. 14­C da Lei 10.522/2002 estabelece que as vedações previstas no art. 14 dessa Lei não se aplicam ao parcelamento simplificado. Poderá ser concedido parcelamento simplificado para o pagamento dos débitos cujo valor seja igual ou inferior a um milhão de reais (Portaria Conjunta PGFN / RFB Nº 15/2009, art. 29).

Em suma: no parcelamento ordinário, não é possível parcelar contribuições previdenciárias descontadas do segurados; no parcelamento simplificado, é possível parcelar, é possível parcelar tais contribuições.

Em relação às contribuições previdenciárias, também é vedada a concessão de parcelamento de débitos relativos a: (a) valores recebidos pelos agentes arrecadadores não recolhidos aos cofres públicos; (b) tributo ou outra exação qualquer, enquanto não integralmente pago parcelamento anterior relativo ao mesmo tributo ou exação; (c) contribuições devidas por pessoa jurídica com falência ou pessoa física com insolvência civil decretadas.

Página 622 – Alterar o verde. Alterar apenas a nota de rodapé.

c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de valor superior ao estabelecido periodicamente mediante Portaria, incorporado ao ativo permanente da empresa; e 14

Página 647 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

b) a folha de pagamento mensal não ultrapasse o valor de R$1.510,00, sendo este valor reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da Previdência Social. Atualmente, para que se aplique o disposto no §3º do art. 337­A do CP, a folha de pagamento mensal não pode ultrapassar a R$4.581,79. 15

Página 659 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

14 A partir de 1º/01/2016, esse valor é de R$53.574,85 (Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016). 15 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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Por infração a qualquer dispositivo das Leis 8.212/91, 8.213/91 e 10.666/2003, para a qual não haja penalidade expressamente cominada, fica o responsável sujeito a multa variável de R$2.143,04 a R$214.301,53, conforme a gravidade da infração (RPS, art. 283). 16

1 Valores das multas

I. a partir de R$2.143,04 nas seguintes infrações:

Página 660 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

II ­ a partir de R$21.430,11 nas seguintes infrações:

[...]

e) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir a apresentação do documento comprobatório de inexistência de débito na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo permanente da empresa, de valor superior a R$53.574,85; 17

Página 666 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Multa: pelo descumprimento dessas obrigações será aplicada multa de R$281,94 a

R$28.195,50, para cada competência em que tenha havido a irregularidade (RPS, art. 287, caput). 18

[...]

Multa: o descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa de R$62.656,64 (RPS, art. 287, parágrafo único, I). 19

Página 667 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

b) Exigência de CND A instituição financeira é obrigada a exigir das empresas com as quais tenham

efetuado operações de crédito que envolvam os mesmos recursos enumerados no item

16 Os valores das multas previstas neste capítulo foram atualizados, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 17 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 18 Valores atualizados, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 19 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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anterior. Multa: O descumprimento desta obrigação sujeitará a instituição financeira à multa

de R$313.283,20 (RPS, art. 287, parágrafo único, II). 20

[...] 1.7. Demais infrações

As demais infrações a dispositivos da legislação, para as quais não haja penalidade expressamente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$2.143,04 (RPS, art. 283, § 3º). 21

Página 668 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

d) A multa será elevada em três vezes a cada reincidência no mesmo tipo de infração, e em duas vezes em caso de reincidência em infrações diferentes, observados os valores máximos de R$214.301,53 e, no caso de acidente de 22

trabalho, o limite máximo do salário de contribuição por acidente que tenha deixado de comunicar dentro do prazo.

Página 678 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social (CRSS).

É de 30 dias o prazo para interposição de recursos, contados da ciência da decisão (RPS, art. 305, §1º). A partir da data da interposição do recurso, inicia­se a contagem do prazo de 30 dias para o INSS oferecer contrarrazões.

Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRSS, sendo vedado a qualquer órgão do INSS recusar o seu recebimento ou sustar­lhe o andamento, exceto quando reconhecido o direito pleiteado, antes da subida dos autos CRSS. 2.1 Instâncias recursais

O Conselho de Recursos da Previdência do Seguro Social compreende os seguintes órgãos: (I) vinte e nove Juntas de Recursos, com competência para julgar, em primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de seus beneficiários; (II) quatro Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, com a competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial; (III) Conselho Pleno, com a competência para uniformizar a jurisprudência previdenciária (RPS, art. 303, §1º).

20 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 21 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016. 22 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2016, pela Portaria MTPS/MF nº 1, de 08/01/2016.

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Assim, em matéria de interesse dos beneficiários do RGPS, há duas instâncias recursais:

1ª Instância do CRSS: Junta de Recursos – JR, com a competência para julgar os recursos interpostos contra decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS.

2ª Instância do CRSS: Câmaras de Julgamento – CAJ, com a competência para julgar os recursos interpostos contra decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial. 2.2 Efeito dos recursos

Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do CRSS têm efeito suspensivo e devolutivo (RPS, art. 308). Todavia, para estes fins, não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento (RPS, art. 308, §1º).

Página 691 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O Decreto 7.556, de 24/08/2011, aprovou a Estrutura Regimental do INSS. De acordo com essa norma, o INSS é uma autarquia federal, com sede em Brasília/DF, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social Desenvolvimento Social e Agrário, instituída com fundamento no disposto no art. 17 da Lei 8.029, de 12 de abril de 1990.

Página 699 – Alterar o verde. 2. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público até a data da instituição da FUNPRESP, e que a ela tenha aderido, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$5.189,82. 3. Um servidor federal ocupante de cargo efetivo, com remuneração mensal de R$10.000,00, que tenha ingressado no serviço público depois da data da instituição da FUNPRESP, contribuirá para o RPPS da União com 11% de R$5.189,82, independentemente de ter aderido ou não à FUNPRESP.

Página 702 – Alterar o verde. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas

pelo RPPS que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, com alíquota igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (CF, art. 40, §18). Quando o beneficiário for portador de doença incapacitante, conforme definido pelo ente federativo e de acordo com laudo médico pericial, a contribuição incidirá apenas sobre a parcela de proventos de aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite máximo

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estabelecido para os benefícios do RGPS (CF, art. 40, §21). Atualmente, o limite máximo dos benefícios do RGPS é R$5.189,82.

Páginas 706 a 707 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. 3.2 Aposentadoria compulsória

Os servidores abrangidos por RPPS serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar (CF, art. 40, § 1º, II).

Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar­se­ão, compulsoriamente, aos 75 anos de idade (CF, ADCT, art. 100).

Ou seja, para os os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União, já está vigorando a aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.

Para os demais servidores abrangidos por RPPS, a aposentadoria compulsória continua sendo aos 70 anos de idade. Somente passará para 75 anos depois que entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

O quadro a seguir apresenta um resumo da aposentadoria compulsória:

Servidor Idade da aposentadoria compulsória

Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU

Já está vigorando a aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.

Demais servidores abrangidos por RPPS

Antes de entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

70 anos

Depois de entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

75 anos

De acordo com o art. 2º da Lei Complementar nº 152/2015, serão aposentados

compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:

I ­ os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; II ­ os membros do Poder Judiciário; III ­ os membros do Ministério Público; IV ­ os membros das Defensorias Públicas;

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V ­ os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. Na aposentadoria compulsória, não há a exigência de o servidor ter tempo mínimo

de dez anos de exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo. Estes requisitos são exigidos somente para as aposentadorias voluntárias.

Os proventos da aposentadoria compulsória são calculados de modo proporcional ao tempo de contribuição.

Exemplo 1: Joaquim, servidor ocupante de cargo efetivo, amparado por RPPS, completou 75 anos de idade e 15 anos de contribuição. Nesta situação, a sua aposentadoria compulsória será 15/35 da média aritmética das maiores remunerações, correspondentes a 80% de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. Exemplo 2: Maria, servidora ocupante de cargo efetivo, amparada por RPPS, completou 75 anos de idade e 20 anos de contribuição. Nesta situação, a sua aposentadoria compulsória será 20/30 da média aritmética das maiores remunerações, correspondentes a 80% de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

Página 720 – Alterar o verde. Atualmente, o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS é

R$5.189,82.

Exemplo 1: Maria, servidora aposentada pelo RPPS, recebe proventos no valor de R$10.000,00. Caso venha a falecer, a pensão por morte que Maria deixará para o conjunto de seus dependentes será calculada da seguinte forma: 5.189,82 + 70% x (10.000,00 – 5.189,82) = 8.556,95.

Página 728 – Alterar o verde. Assim, para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que

tiverem ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplica­se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS

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somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é R$5.189,82.

Página 755 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O órgão fiscalizador das EFPC é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. O órgão regulador é o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC, responsável pela expedição de normas administrativas de observância obrigatória pelas EFPC. A PREVIC e o CNPC são vinculados ao Ministério do Trabalho e Previdência Social da Fazenda.

Página 771 – Alterar o verde. Embora o texto constitucional não determine expressamente, é óbvio que para

aquele servidor que tiver seus proventos de aposentadoria e pensão limitados ao teto do RGPS, a base de cálculo de sua contribuição ao RPPS também obedecerá ao mesmo teto (atualmente, R$5.189,82).

Sendo assim, suponhamos um servidor ocupante de cargo efetivo que receba uma remuneração mensal de 10.000 reais e tenha ingressado no serviço público após a instituição da Previdência Complementar Pública. Esse servidor contribuirá para o RPPS sobre R$5.189,82 (teto do RGPS). Mediante adesão facultativa, contribuirá para a Previdência Complementar Pública sobre R$4.810,18 (parcela da remuneração que excede ao teto do RGPS). Caso não tenha aderido à Previdência Complementar, contribuirá somente para o RPPS sobre R$5.189,82.

Página 781 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

As ações ofertadas no âmbito do SUAS têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território. O SUAS é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas pela LOAS. A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Agrário.

Página 782 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada ação. A vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e

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Combate à Fome Agrário de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial.

As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social.

O CRAS é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias.

O CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial.

Os CRAS e os CREAS são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do SUAS, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social.

As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

Página 786 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

III. acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Agrário; IV. apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social certificadas como beneficentes e encaminhá­lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência Social dos estados, municípios e do Distrito Federal;

Página 787 – Acrescentar o azul.

O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê­la provida por sua família.

O BPC/LOAS é devido ao brasileiro, nato ou naturalizado, e às pessoas de nacionalidade portuguesa, desde que comprovem, em qualquer dos casos, residência no Brasil e atendam a todos os demais critérios estabelecidos para fins de concessão do benefício (Decreto 6.214/2007, art, 7º).

O Benefício de Prestação Continuada deverá ser requerido junto às agências da Previdência Social ou aos órgãos autorizados para este fim (Decreto 6.214/2007, art, 14). A data de início do benefício é a data do requerimento administrativo. Nos casos em que o benefício é requerido pela via judicial, o STJ entende que, na ausência de requerimento administrativo, o termo inicial do benefício deve ser fixado na data da citação do INSS, dado

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ser este o momento em que a autarquia previdenciária toma efetivo conhecimento da pretensão da parte autora. 23

Página 788 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Para efeito da análise do direito ao benefício, considera­se:

I. a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto (Lei 8.742/93, art. 20, § 1º); II. pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas; II. pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (Lei 8.742/93, art. 20, § 2º); III. impedimento de longo prazo: aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos (Lei 8.742/93, art. 20, § 10); IV. família incapacitada de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa: aquela cujo cálculo da renda mensal per capita, que corresponde à soma da renda mensal bruta de todos os seus integrantes, dividida pelo número total de membros que compõem o grupo familiar, seja inferior a um quarto do salário mínimo (Lei 8.742/93, art. 20, §3º). Mas para concessão do BPC/LOAS, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento (Lei 8.742/93, art. 20, § 11). “O Supremo Tribunal Federal, pelo seu Plenário, DJ de 1º/06/2001, no julgamento da

ADI 1.232/DF, relator para o acórdão o Min. Nelson Jobim, decidiu no sentido da constitucionalidade do art. 20, §3º, da Lei 8.742/93, que exige a comprovação da renda familiar mensal per capita inferior a ¼ do salário mínimo para a concessão do benefício assistencial do art. 203, V, da Constituição Federal” (STF, RE 459.002, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 09/09/2005).

Contudo, No STJ há várias decisões entendendo que essa delimitação do valor da renda familiar per capita em um quarto do salário mínimo não deve ser tida como único meio de prova da condição de miserabilidade do beneficiado. Nesse sentido, confira o seguinte julgado:

Página 789 – Acrescentar o azul.

23 STJ, AgRg no Ag 1418168/SP, Rel. Min. Og Fernandes, DJe 28/09/2011.

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PE. Agravo regimental a que se nega provimento. 1. Conforme entendimento firmado no julgamento do REsp nº 1.112.557/MG, de Relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o critério previsto no artigo 20, § 3o, da Lei nº 8.742/1993, deve ser interpretado como limite mínimo, não sendo suficiente, desse modo, por si só, para impedir a concessão do benefício assistencial. Permite­se a concessão do benefício aos requerentes que comprovem, a despeito da renda, outros meios caracterizados da condição de hipossuficiência. 2. O benefício previdenciário de valor mínimo, recebido por pessoa acima de 65 anos, não deve ser considerado na composição na renda familiar, conforme preconiza o art. 34, parágrafo único, da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). Precedente: Pet no 7.203/PE, Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

O Conselho Nacional de Assistência Social, por meio da Resolução CNAS nº 10, de

14 de julho de 2016, recomenda que o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário considere a situação das famílias com crianças vítimas de infecção congênita por Zika Vírus e/ou Microcefalia no processo de regulamentação da Lei 13.301/2016, flexibilizando o atual critério de renda per capita adotado na concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — renda menor que um quarto do salário mínimo per capita — passando o mesmo a ser de, pelo menos, 1 (um) salário mínimo per capita.

A renda familiar mensal deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal (Lei 8.742/93, art. 20, § 8º). As informações para o cálculo da renda familiar mensal per capita serão declaradas no momento da inscrição da família do requerente no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal — CadÚnico, ficando o declarante sujeito às penas previstas em lei no caso de omissão de informação ou de declaração falsa (Decreto 6.214/2007, art. 13). Por ocasião do requerimento do benefício, o requerente ratificará as informações declaradas no CadÚnico, ficando sujeito às penas previstas em lei no caso de omissão de informação ou de declaração falsa. Na análise do requerimento do benefício, o INSS confrontará as informações do CadÚnico, referentes à renda, com outros cadastros ou bases de dados de órgãos da administração pública disponíveis, prevalecendo as informações que indiquem maior renda se comparadas àquelas declaradas no CadÚnico.

O benefício de prestação continuada – BPC/LOAS – poderá ser pago a mais de um membro da família, desde que comprovadas todas as condições exigidas. O valor do BPC concedido a idoso não será computado no cálculo da renda mensal bruta familiar, para fins de concessão do BPC a outro idoso da mesma família (Estatuto do Idoso, art. 34, parágrafo único; e Decreto 6.214/2007, art. 19, parágrafo único). O STJ tem entendido que o benefício previdenciário no valor de um salário mínimo recebido por maior de 65 anos também deve ser afastado para fins de apuração da renda mensal per capita objetivando a concessão do benefício de prestação continuada. Ou seja, de acordo com a jurisprudência do STJ, deve ser excluído do cálculo da renda familiar per capita qualquer benefício de valor mínimo recebido por maior de 65 anos, independentemente se assistencial ou previdenciário, aplicando­se, analogicamente, o disposto no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso. 24

24 STJ, AgRg no REsp 1178377/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 19/03/2012.

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Página 790 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Também segundo entendimento do STJ, depreende­se do disposto no art. 20, §1º, da Lei 8.742/93, alterado pela Lei 12.435/2011, que o irmão do requerente portador de necessidade especiais, que tem seu próprio núcleo familiar (isto é, esposa e filhos), não tem o dever legal de manter­lhe a subsistência. Assim, seus rendimentos, ainda que viva sob o mesmo teto do requerente do benefício, não devem ser considerados para fins de apuração da hipossuficiência econômica a autorizar a concessão de benefício assistencial. 25

Para efeito de concessão do BPC/LOAS, a remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz não será considerada para fins do cálculo da renda familiar per capita (LOAS, art. 20, §9º).

Conforme o § 2º do art. 4º do Decreto 6.214/2007, para fins de cálculo da renda mensal per capita , não serão computados como renda mensal bruta familiar:

I ­ benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária; II ­ valores oriundos de programas sociais de transferência de renda; III ­ bolsas de estágio supervisionado; IV ­ pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de assistência médica; V ­ rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato conjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e do INSS; e VI ­ rendimentos decorrentes de contrato de aprendizagem. O benefício de prestação continuada não pode ser acumulado pelo beneficiário com

qualquer outro no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro­desemprego, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória (LOAS, art. 20, §4º e Decreto 6.214/2007, art. 5º).

Por exemplo, o deficiente ou o idoso beneficiário do benefício de prestação continuada que vier a requerer um benefício previdenciário para o qual tenha direito à concessão, deverá ser chamado a optar por um dos dois.

A acumulação do BPC/LOAS com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência é limitada ao prazo máximo de dois anos (Decreto 6.214/2007, art. 5º, parágrafo único).

A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento à participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do INSS. Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura.

Páginas 791 a 792 – Excluir o vermelho.

25 STJ, REsp 1247571 / PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turma, DJe 13/12/2012.

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O benefício de prestação continuada não gera direito a pagamento de abono anual (gratificação natalina ou 13º salário).

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§2º e 9º e acrescentou o § 11 ao art. 20 da Lei 8.742/93. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte:

§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera­se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. [...] § 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo. [...] § 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento. Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

6.2 Benefícios eventuais