atualidades belo monte

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

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Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo

Monte estão relacionados, principalmente à necessidade de equilibrar ecompatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforçospara a conservação ambiental

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A hidrelétrica de Belo Monte propõe o barramento do rioXingu com a construção de dois canais que desviarão o leitooriginal do rio, com escavações da ordem de grandezacomparáveis ao canal do Panamá (200 milhões m³) e área dealagamento de 516 km², o equivalente a um terço da cidadede São Paulo.

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Em 2008 decidiu-se que a única usina na bacia do Xingu será Belo Monte

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Belo Monte será a terceira maior usina do

mundo mas só usará um terço da

capacidade?

um dos principais problemas quanto ao projeto deBelo Monte é que ela não trabalhará sempre na suacapacidade máxima, mas NENHUMA usinahidrelétrica trabalha em sua capacidade Total.

O fator de capacidade de Belo Monte será de 0,41%, enquanto a média nacional das usinas no Brasil é de 0,51%

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A usina vai custar R$ 30 bilhões e será

paga com dinheiro público?

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Qual o impacto que a usina de Belo Monte

acarretará aos povos indígenas da região?

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Que papel Belo Monte desempenha no

desenvolvimento futuro do Brasil?

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Oito meses por ano a região ficará seca?

“Por 4 meses a usina vai operar com total capacidade e no resto do ano será menor, podendo até parar completamente” (Marcelo).”A usina não vai parar. E o que importa é a capacidade média ao longo do ano, que é de 4.571 MW. A licença ambiental prevê uma vazão mínima de 700 m³ por segundo na região da Volta Grande do Xingu, que é a mais crítica. Maior que a vazão mínima histórica, que é de apenas 400 m³ por segundo” (Tolmasquim).

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Afinal, a energia hidrelétrica é uma energia

limpa?

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Água é vital.

Eletricidade também?

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Usina Belo Monte terá capacidade para atender a 18 milhões de residências (60 milhões depessoas), ou o correspondente a todo o consumo residencial de eletricidade na Argentina(aproximadamente 34 milhões de MWh ao ano).

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Em 10 anos, precisaremos aumentar nossa capacidade

energética em 60%

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Potencial máximo do Rio Xingu – instalaria-se 6 usinas

Potencial máximo inundação de 18 mil

km2

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Em 2008, o Conselho Nacional de Política Energética decidiu que Belo Monte será a única usina instalada no Rio Xingu.

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índia Tuíra aponta facão para o presidente da Eletronorte – 1989 a usina chamada Cararaô

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Engenheiro da Eletrobrás foi esfaqueado por índios logo após dar palestra sobre usina. (Foto: AP Photo

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Apesar do elevado número de compartilhamento nas redes sociais, o vídeo intitulado GotaD’água conta mais mentiras que verdades sobre Belo Monte.

É quase verdade que o projeto custará R$ 30 bilhões; serão precisamente R$ 25,8 bilhõessegundo o consórcio construtor, Norte Energia. Também foi arredondado para menos o nível deoperação da capacidade da usina - os globais dizem que é 1/3 (33%), quando na realidade é40%. E a lista de equívocos da campanha "global" é longa:

Mentira #1: 80% do projeto serão pagos com impostos do contribuinte.Mentira #2: Índios não foram ouvidos e serão tirados de suas terras.Mentira #3: 640km² do Parque Nacional do Xingu serão inundados.Mentira #4: O assunto não foi discutido.

http://www.brasil247.com.br/pt/247/brasil/25221/Belo-Monte-v%C3%ADdeo-de-globais-%C3%A9-teatro.htmCampanha

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Questão energética: A UHE de Belo Monte vai operar muito aquém dos11.223 MW aclamados pelos dados oficiais, devendo gerar em médiaapenas 4.428 MW, devido ao longo período de estiagem do rio Xingu.

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A região pleiteada pela obra de Belo Monte apresenta incrível biodiversidade de fauna e flora.

No caso dos animais, o EIA aponta para:- 174 espécies de peixes;- 387 espécies de répteis;- 440 espécies de aves; e- 259 espécies de mamíferos, algumas espécies endêmicas (aquelas que só ocorrem na região), e outras ameaçadas de extinção.

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O grupo de ictiólogos do Painel dos Especialistas tem alertado para o caráter irreversível dosimpactos sobre a fauna aquática (peixes e quelônios) no trecho de vazão reduzida (TVR) do rioXingu, que afeta mais de 100 km de rio, demonstrando a inviabilidade do empreendimento doponto de vista ambiental.

Segundo os pesquisadores, a bacia do Xingu apresenta significante riqueza de biodiversidade depeixes, com cerca de quatro vezes o total de espécies encontradas em toda a Europa. Essabiodiversidade é devida inclusive às barreiras geográficas das corredeiras e pedrais da VoltaGrande do Xingu, no município de Altamira (PA), que isolam em duas regiões o ambienteaquático da bacia. O sistema de eclusa poderia romper esse isolamento, causando a perdairreversível de centenas de espécies.

Outro ponto conflituoso é que o EIA apresenta modelagens do processo de desmatamentopassado, não projetando cenários futuros, com e sem barramento, inclusive desconsiderando osfluxos migratórios, que estão previstos nos componentes econômicos do projeto, como sendoda ordem de cerca de cem mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos.

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A Questão cultural e os Impactos da obra de Belo Monte.

Sobre as populações indígenas: O projeto tem desconsiderado o fato de o rio Xingu (PA) ser o‘mais indígena’ dos rios brasileiros, com uma população de 13 mil índios e 24 grupos étnicosvivendo ao longo de sua bacia. O barramento do Xingu representa a condenação dos seus povose das culturas milenares que lá sempre residiram.

O projeto, aprovado para licitação, embora afirme que as principais obras ficarão fora doslimites das Terras Indígenas, desconsidera e/ou subestima os reais impactos ambientais, sociais,econômicos e culturais do empreendimento. Além disso, é esperado que a obra intensifique odesmatamento e incite a ocupação desordenada do território, incentivada pela chegada demigrantes em toda a bacia e que, de alguma forma, trarão impactos sobre as populaçõesindígenas.

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Como já exposto, o Trecho de Vazão Reduzida afetará mais de 100 km de rio e isso acarretaráem drástica redução da oferta de água.

Os impactos causados na Volta Grande do Xingu, que banha diversas comunidades ribeirinhas eduas Terras Indígenas – Juruna do Paquiçamba e Arara da Volta Grande, ambas no Pará -, serãodiretamente afetadas pela obra, além de grupos Juruna, Arara, Xypaia, Kuruaya e Kayapó, quetradicionalmente habitam as margens desse trecho de rio.

Duas Terras Indígenas, Parakanã e Arara, não foram sequer demarcadas pela Funai. A presençade índios isolados na região, povos ainda não contatados, foram timidamente mencionados noparecer técnico da Funai, como um apêndice.

A noção de afetação pelas usinas hidrelétricas considera apenas áreas inundadas como“diretamente afetadas” e, por conseguinte, passíveis de compensação. Todas as principaisobras ficarão no limite das Terras Indígenas que, embora sejam consideradas como“indiretamente afetadas”, ficarão igualmente sujeitas aos impactos físicos, sociais e culturaisdevido à proximidade do canteiro de obras, afluxo populacional, dentre outros. O EIAdesconsidera ou subestima os riscos de insegurança alimentar (escassez de pescado),insegurança hídrica (diminuição da qualidade da água com prováveis problemas para odeslocamento de barcos e canoas), saúde pública (aumento na incidência de diversasepidemias, como malária, leishmaniose e outras) e a intensificação do desmatamento, com achegada de novos migrantes, que afetarão toda a bacia.

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As Polêmicas

O processo de licenciamento da UHE Belo Monte tem sido cercado por polêmicas, incluindo

ausência de estudos adequados para avaliar a viabilidade ambiental da obra,

seu elevado custo,

a incerteza dos reais impactos sobre a biodiversidade e as populações locais,

a ociosidade da usina durante o período de estiagem do Xingu, e

a falta de informação e de participação efetiva das populações afetadas nas audiências públicas.

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No final de dezembro de 2009, os técnicos do Ibama emitiram parecer contrário à construção dausina (Parecer 114/09, não publicado no site oficial), onde afirmam que o EIA não conseguiu serconclusivo sobre os impactos da obra: “o estudo sobre o hidrograma de consenso não apresentainformações que concluam acerca da manutenção da biodiversidade, a navegabilidade quegarante a segurança alimentar e hídrica das populações do trecho de vazão reduzida (TVR) e osimpactos decorrentes dos fluxos migratórios populacionais, que não foram dimensionados acontento”. A incerteza sobre o nível de estresse causado pela alternância de vazões não permiteinferir com segurança sobre a manutenção dos estoques de pescado e das populações humanasque desses dependem, a médio e longo prazos. Ainda segundo o parecer técnico, para “a vazãode cheia de 4.000m³/s, a reprodução de alguns grupos de peixes é apresentada no estudo comoinviável”, ou seja, o grau de incerteza denota um prognóstico extremamente frágil.

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No início de 2010 (01/02/10), o governo federal anunciou a liberação da licença prévia para aconstrução da UHE Belo Monte sob 40 condicionantes, nem todas esclarecidas.

A licença foi liberada num tempo recorde e o leilão, que deveria acontecer em abril, foiadiantado para o início de março deste ano. Como a única voz dissonante, o ministro do MeioAmbiente enfatizou a concessão de R$1,5 bilhão como medidas mitigatórias ao projeto, umvalor relativamente pequeno em relação ao custo estimado da obra (R$30 bilhões) e incertopara os impactos que ainda se desconhece.

Vale lembrar que uma bacia e seus povos repletos de história e diversidade social, ambiental ecultural nunca terão preço capaz de compensar tamanha riqueza.

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