atualidade 2013 – prof. flávio ferrão

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Atualidade 2013 – Prof. Flávio Ferrão. Por que atualidades? Prova Roleta-Russa? Os concursos públicos cada vez mais exigem profissionais que estejam conectados e interessados pelas grandes questões que assolam o século XXI. A amplitude que a Internet tomou nesse inicio de milênio, fez com que pessoas de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros tivesse acesso a um turbilhão de informações, agenciadas através do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em determinados países geraram até revoluções. Esse novo mundo virtual (que se mistura ao próprio mundo real) foi capaz de ampliar a globalização da informação. Hoje você pode, da sua casa, escutar rádios on-lines do mundo todo em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas esse mesmo mundo novo, é feito e é fruto de um mundo distorcido pelas questões do capitalismo especulativo-finaceiro- tecnológico, que tornam o mundo um lugar bastante difícil de se viver e de se entender de tantos contrastes. A prova de Atualidades – ou Conhecimentos Gerais é portanto um artifício dos órgãos públicos para tentar selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mídia, que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente as questões políticas, econômicas e sociais do mundo e de seu país. Alunos sempre perguntam à professores de Atualidades, quais são os temas “quentes”, quais tem maior chance de cair na prova. Mas todos os editais sempre pedem “questões relacionadas a fatos políticos econômicos e sociais, ocorridos a partir de tal data...” Fatos econômicos, políticos e sociais... Genérico, eu diria... É complicado pensar na quantidade de fatos políticos, econômicos e sociais que acontecem a cada ano ou período estipulado pelos editais. O mundo está cada vez mais agitado, mais multipolar, com muitas nações desenvolvendo primazias ou sofrendo transformações. Mesmo no Brasil, passamos por um período conturbado e contradório, com uma intensa violência e desrespeito aos direitos humanos, escândalos de corrupção, crescimento econômico, discussões de cunho social e comportamental. Portanto, é preciso ter em mente

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Atualidade 2013 – Prof. Flávio Ferrão. Por que atualidades?. Prova Roleta-Russa?. - PowerPoint PPT Presentation

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Atualidade 2013 Prof. Flvio Ferro.Por que atualidades?Prova Roleta-Russa? Os concursos pblicos cada vez mais exigem profissionais que estejam conectados e interessados pelas grandes questes que assolam o sculo XXI. A amplitude que a Internet tomou nesse inicio de milnio, fez com que pessoas de todo mundo e uma significativa parcela de brasileiros tivesse acesso a um turbilho de informaes, agenciadas atravs do Google, impulsionadas pelo Facebook, que em determinados pases geraram at revolues. Esse novo mundo virtual (que se mistura ao prprio mundo real) foi capaz de ampliar a globalizao da informao. Hoje voc pode, da sua casa, escutar rdios on-lines do mundo todo em tempo real enquanto pesquisa sobre o que quiser. Mas esse mesmo mundo novo, feito e fruto de um mundo distorcido pelas questes do capitalismo especulativo-finaceiro-tecnolgico, que tornam o mundo um lugar bastante difcil de se viver e de se entender de tantos contrastes. A prova de Atualidades ou Conhecimentos Gerais portanto um artifcio dos rgos pblicos para tentar selecionar um perfil que se interessa por todo tipo de mdia, que faz um bom uso da internet, e que domine minimamente as questes polticas, econmicas e sociais do mundo e de seu pas. Alunos sempre perguntam professores de Atualidades, quais so os temas quentes, quais tem maior chance de cair na prova. Mas todos os editais sempre pedem questes relacionadas a fatos polticos econmicos e sociais, ocorridos a partir de tal data... Fatos econmicos, polticos e sociais... Genrico, eu diria... complicado pensar na quantidade de fatos polticos, econmicos e sociais que acontecem a cada ano ou perodo estipulado pelos editais. O mundo est cada vez mais agitado, mais multipolar, com muitas naes desenvolvendo primazias ou sofrendo transformaes. Mesmo no Brasil, passamos por um perodo conturbado e contradrio, com uma intensa violncia e desrespeito aos direitos humanos, escndalos de corrupo, crescimento econmico, discusses de cunho social e comportamental. Portanto, preciso ter em mente que preciso sempre buscar notcias e se atualizar, e esta presente apresentao de slides se mostra apenas como um lampejo que busca da melhor forma possvel ensinar caminhos de estudo para uma prova que de to vasta, sempre um tiro no escuro, uma roleta russa.A Polmica o combustvel para o reconhecimento de um assunto atualAtualidades um aspecto dos processos seletivos que procuram avaliar a capacidade dos candidatos de acompanhar as mudanas mundiais e nacionais em suas diferentes facetas economia, poltica, cultura, mdia. Geralmente seus temas envolvem temas polmicos, que foram temas da mdia em geral. importante estar atento esses temas, e procurar aprofundar as informaes, que muitas vezes so retratadas de forma superficial pelos meios de comunicao.

Notcias Anteriores 2013 que permaneceram na mdia durante o ano.

Usina de Belo Monte.A Usina Hidreltrica deBelo Monte uma obra faranica a ser construda no Rio Xingu, no estado brasileiro do Par em plena floresta amaznica o lago da usina ter uma rea de 516 km (1/10.000 da rea da Amaznia Legal). Em potncia instalada, a usina de Belo Monte ser a terceira maior hidreltrica do mundo, atrs apenas da chinesa Trs Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW).Seu custo estimado em R$ 19 bilhes (2010), ou seja R$ 1,7 milhes por MW instalado e R$ 4,3 milhes por MW efetivo. A usina est prevista para entrar em funcionamento em 2015.A construo da hidreltrica ir provocar a alterao do regime de escoamento do rio, com reduo do fluxo de gua, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconmicos. Um estudo formado por 40 especialistas e 230 pginas defende que a usina no vivel dos pontos de vista social e ambiental.A regio permanentemente alagada dever impactar na vida de rvores, cujas razes iro apodrecer. Estas rvores so a base da dieta de muitos peixes. Alm disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na regio seca haver a reduo nas espcies de peixes, impactando na pesca como atividade econmica e de subsistncia de povos indgenas e ribeirinhos da regio.Impactos sociaisO transporte fluvial at o Rio Bacaj (um dos afluentes da margem direita do Xingu) ser interrompido. Atualmente, este o nico meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indgenas chegarem at Altamira, onde encontram mdicos, dentistas e fazem seus negcios, como a venda de peixes e castanhas.De resto, as anlises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que rene pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do pas, apontam que a construo da hidreltrica vai implicar um caos social que seria causado pela migrao de mais de 100 mil pessoas para a regio e pelo deslocamento forado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, so acrescidos pela subestimao da populao atingida e pela subestimao da rea diretamente afetada.

Operrios da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisao por melhores condies de trabalho. O ato pacfico. A categoria fechou o principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia Transamaznica.O estado de greve dos trabalhadores comeou na ltima quinta-feira. Eles querem aumento do valor da cesta bsica, que hoje de R$ 95, e a diminuio do intervalo entre os periodos de folga. Hoje, os trabalhadores tm direito a sair para ver a famlia de seis em seis meses.O Consrcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas, mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a manuteno de servios essenciais como segurana, atendimento mdico e alimentao aos operrios alojados.A paralisao em Altamira comeou por volta de cinco horas da manh. Os operrios lderes da manifestao bloquearam o acesso dos nibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de trabalho de Belo Monte.Trinta anos aps guerra, argentinos e britnicos ainda disputam MalvinasNo entanto, nenhuma dessas aes parecem aproximar o pas latino-americano da recuperao do local onde, afirmam, foram expulsos em 1833 por foras britnicas - que o administra h 150 anos como sua colnia e assegura que no h nada para negociar, j que as ilhas so um territrio autnomo britnico ultramar e determinam seu prprio destino. Grande parte dos moradores da ilha desejam continuar sob comando britnico. Sem um avano verdadeiro, as partes tm intensificado seu discurso e endurecido suas posturas. Em emails e redes sociais, os argentinos chamam os moradores locais de "piratas" e se referem aos habitantes com o termo "kelpers".A Argentina tenta diversas formas de cortejar, ocupar, negociar, ameaar com seu regresso s ilhas nas ltimas quatro dcadas. Em 1930, o pas estabeleceu um elo direto com Bueno Aires: os abasteciam de gasolina, pagavam a educao das crianas e tentava construir vnculos. A Gr Bretanha negociava com os moradores para que aceitassem uma entrega das ilhas ao estilo de Hong Kong antes que a junta militar argentina decidisse lanar a invaso em 2 de abril de 1982. Acreditava-se que os soldados argentinos seriam recebidos como libertadores, mas em pouco tempo advertiram que os locais queriam continuar sendo britnicos e que uma frota naval havia zarpado da Inglaterra para recuperar as ilhas. A junta enviou milhares de novos recrutas sem apoio logstico nem sequer com roupa suficiente para se proteger do frio. Os soldados argentinos combateram com fora, mas no tiveram oportunidade de vencer. As foras argentinas se renderam em 14 de junho, ao fim de uma luta em que morreram 649 argentinos e 255 britnicos. Trs habitantes locais perderam a vida devido ao fogo cruzado. Na dcada de 1990 houve outras tentativas de construir vnculos: vrios acordos para dividir os direitos de pesca e explorao petrolfera, vnculos martimos e areos, entre outros. mas quase todos os acordos foram abandonados em 2003, depois que o marido falecido de Cristina, Nstor Kirchner, foi presidente e empreendera o isolamento das ilhas. Aes deste tipo se intensificaram desde ento. "Trinta anos e estamos igual, nos preocupa voltar a viver o mesmo, outra invaso. No queremos que se repita.", disse a moradora Mary Lou Agman agncia de notcias Associated Press. Centenas entre os 3 mil residentes das ilhas participaram de manifestaes neste domingo com bandeiras britnicas e das Malvinas, enquanto observavam um desfile da Fora de Defesa local que marchou na rua principal.

A campanha da presidente argentina, Cristina Kirchner, para obrigar a Gr-Bretanha a entregar asMalvinastalvez alcance nesta segunda-feira (2) seu ponto mximo durante os 30 anos de aniversrio da falida ocupao argentina ao arquiplago do Atlntico Sul. Cristina estava disposta a encabear manifestaes patriticas que ocorrero nesta segunda e a discursar novamente exigindo que os britnicos reconheam a soberania argentina das Ilhas Malvinas, que eles chamam de Ilhas Falkland.Os esquerdistas convocaram uma marcha at a embaixada britnica em Buenos Aires. Ganhadores do Prmio Nobel da Paz acusaram a Gr-Bretanha de militarizar as ilhas, e dirigentes sindicais celebraram seu boicote a barcos de carga e cruzeiros britnicos.

Portal da Transparncia.O "Portal da Transparncia" passou a publicar nesta quarta-feira (27) os salrios dos servidores do Executivo federal.A publicidade da remunerao de funcionrios pblicos foi determinada pela presidenta Dilma Rousseff por meio de decreto de regulamentao da Lei de Acesso Informao, editado em 16 de maio. A nova legislao tem como objetivo ampliar o acesso da populao a informaes pblicas.Os salrios dos militares das Foras Armadas ainda no foram includos no portal.De acordo com o portal, a presidenta Dilma recebeu um salrio bruto de R$ 26.723,13 no ms de maio. Com as dedues por conta dos impostos, o valor lquido chegou a R$ 19.818,49.Presidenta Dilma Rousseff determinou a divulgao dos salrios dos servidores federais quando assinou o decreto que regulamentou a Lei de Acesso Informao. Segundo a Controladoria-Geral da Unio (CGU), o prazo para incluir essas informaes expira em 30 de julho. A consulta deve ser feita pelo site www.portaldatransparencia.gov.br, na seo "Servidores". O cidado pode consultar os salrios pelo nome ou CPF do servidor, por rgo ou funo. Alm do vencimento bsico, sero divulgadas remuneraes eventuais, como frias e gratificao natalina e dedues obrigatrias. Alm disso, o portal vai mostrar se o servidor devolve dinheiro Unio por ter ultrapassado o teto do funcionalismo, bem como se possui jetons (gratificaes extraordinrias). O site no vai divulgar descontos de carter pessoal, como penses e emprstimos consignados. Por enquanto, no sero exibidas informaes sobre verbas indenizatrias, tais como auxlios alimentao, transporte e creche, ajudas de custo ou dirias de viagens. De acordo com a CGU, essas informaes tm at 30 de agosto para serem publicadas.

Crise Econmica no Capitalismo Central A Crise Americana e a Crise do Euro.Aps uma crise iniciada no setor bancrio e imobilirio Norte-Americano em 2008 (a crise dos sub-primes), vrios bancos quebraram, gerando um sequncia em massa de fechamento de grandes empresas e bancos. A Europa, com a zona do Euro instituda tambm foi afetada pela Crise, e os Estados deixam de lado a teoria Neo-liberal e passam a socorrer os banqueiros e outros grandes investidores do setor financeiro e industrial. Tal dinheiro estatal injetado na iniciativa privada, viria por diminuir a capacidade de investimento estatais no setor pblico europeu e americano, afetando principalmente pases menos industrializados da zona do Euro como Irlanda, Grcia, Portugal, que possuem um grande endividamento pblico e pouca capacidade de inovao produtiva. Todo esse contexto vem criando um ciclo recessivo que ameaa a zona do Euro, bem como a organizao do Capitalismo Financeiro atual.

Crise do Euro Origens e Consequncias. UE (Unio Europeia) aprovou, no dia 9 de maio de 2010, um fundo emergencial de 750 bilhes de euros (R$ 1,7 trilho) para salvar a Grcia de uma crise fiscal que ameaava colocar a Europa em nova crise econmica.

A Grcia gastou muito alm do que seu oramento permitia nos ltimos anos. Para pagar as contas, o Estado contraiu emprstimos com instituies bancrias. E, para piorar a situao, a crise de 2008 provocou desemprego e queda de receitas.

Com o objetivo de equilibrar as contas, o governo anunciou um pacote que congela salrios e aumenta impostos. Foi o que causou violentas manifestaes em Atenas, que deixaram trs mortos no dia 5 de maio.

O que tornou inevitvel a ajuda para resgatar a economia grega foi o risco de que a crise se espalhasse pela Europa, afetando, principalmente, pases em situaes fiscais semelhantes, como Irlanda, Espanha e Portugal.

Veja a seguir alguns pontos para entender a crise que afeta a Europa e os Piigs Portugal, Irlanda, Itlia, Grcia + Espanha.

Portugal enfrenta uma taxa de desemprego superior a 12% e uma economia emcontrao. O recm empossado primeiro-ministroPedro Passos Coelhoter que implantar reformas fiscais e sociais amplas e urgentes, incluindo mais medidas de austeridade para restaurar a sade fiscal do pas e encorajar o crescimento econmico.Os termos do acordo de ajuda financeira acertado com a Unio Europeia e credores incluem aumento dos impostos, congelamento de aposentadorias e cortes nos benefcios dos funcionrios. O novo governo ter que implementar o pacote econmico que prev uma ajuda financeira de 78 bilhes de euros ao pas.Diferentemente de outros pases, no houve qualquer estouro de bolha em Portugal. O que houve foi um processo gradual de perda de competitividade, com o aumento dos salrios e reduo das tarifas de exportaes de baixo valor da sia para a Europa.Com o baixo crescimento econmico, o governo tem tido dificuldade para obter a arrecadao necessria para arcar com os gastos pblicos crescentes, em parte por causa de uma sucesso de projetos, incluindo melhorias no setor de transportes, com o objetivo de aumentar a competitividade portuguesa.Quando estourou a crise financeira global, em setembro de 2008, Portugal passou a enfrentar problemas com sua dvida pblica, que ficou cada vez mais difcil de ser financiada.Para entender melhor...

Italia e Irlanda crise do Euro.IrlandaA Repblica daIrlandafoi uma das maiores casos de sucesso recente na Europa, nos anos pr-crise. Tanto que devido a esse fato o pas foi apelidado de "Tigre Celta". Mas esse crescimento econmico era dependente de uma frgil bolha imobiliria que ruiu em 2008. O pas foi do boom ao desastre financeiro em um perodo de apenas trs anos.O preo dos imveis caiu rapidamente cerca de 60% e os emprstimos de risco, concedidos principalmente para as construtoras, se acumularam nas carteiras dos principais bancos. Para ajudar as principaisinstituies financeiras e evitar um colapsoem todo o sistema foi necessrio um aporte emergencial de 45 bilhes de euros, mais de R$ 100 bilhes, o que aprofundou ainda mais o j elevado dficit no oramento do governo irlands.As finanas do pas tambm esto sendo afetadas pela queda na arrecadao de impostos. medida que a economia se retrai, cresce o desemprego e aumentam os temores de que o pas esteja beira de uma volta recesso.O pas j adotou uma srie de programas de austeridade desde o incio da crise da dvida, mas o governo ter de fazer muito mais nos prximos anos para cumprir as difceis metas estabelecidas pela Unio Europeia (UE), pelo Fundo Monetrio Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), que so credores do pas.Em 7 de novembro, a Unio Europeia fez uma emisso de bnus dez anos no valor de 3 bilhes de euros destinados ao programa de assistncia financeira Irlanda. A operao foi realizada por meio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), com vencimento dos ttulos em 4 de fevereiro de 2022 e rentabilidade de 3,6%.

ItliaO agravamento da situao daeconomia italianatem colocado em dvida as solues propostas at agora pela Unio Europeia para a crise. A Itlia possui uma dvida de 1,9 trilho de euros, muito maior que a de Grcia, Irlanda e Portugal juntos.A quebra daItlia, terceira maior economia do bloco, que representa cerca de 20% da Unio Europeia, poderia abalar seriamente a estrutura do euro. Para blindar a Itlia, os lderes europeus decidiram em outubro ampliar oFundo de Estabilidade Financeira (FEEF)para 1 trilho de euros, mediante um mecanismo que estimule a compra da dvida dos pases mais frgeis, oferecendo uma garantia de 20% sobre perdas eventuais.Diante da gravidade da situao, o presidente da Itlia, Giorgio Napolitano, nomeou em 13 de novembro o economista e ex-comissrio da Unio EuropeiaMario Monticomo primeiro-ministro do pas, em substituio aSilvio Berlusconi, que ocupou o cargo por cerca de dez anos, e passava por uma crise de credibilidade aps se envolver em sucessivos escndalos, alm de ter seu nome associado em denncias de corrupo.Monti te como funo principal implementar oplano de austeridadeaprovado em 12 de novembro pelo parlamento italiano. O pacote contm medidas duras para cortar 59,8 bilhes de euros e equilibrar o oramento do pas at 2014.Entre as medidas esto o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%, congelamento dos salrios de servidores at 2014, aumento da idade mnima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026, maior rigidez na aplicao das leis contra evaso fiscal, alm de um imposto especial para o setor de energia.

Grcia e Espanha Crise do Euro.A crise financeira da Grcia pode ter profundas implicaes para outros pases europeus e para a economia mundial.1 - Por que a Grcia est nessa situao? A Grcia gastou bem mais do que podia na ltima dcada, pedindo emprstimos pesados e deixando sua economia refm da crescente dvida. Nesse perodo, os gastos pblicos foram s alturas, e os salrios do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres pblicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evaso de impostos - deixando o pas totalmente vulnervel quando o mundo foi afetado pela crise de crdito de 2008.2 - O que a Grcia est fazendo para reverter a crise?O governo quer congelar os salrios do setor pblico e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preo da gasolina.Pretende tambm aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de penses, j sobrecarregado.3 - Por que a Grcia no declara moratria de suas dvidas?Se o pas no fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratria, o que significaria deixar de pagar os juros das dvidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dvida.4 - A crise na Grcia pode se espalhar?Se a Grcia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal.

Pessoas procurando vagas em agncia de empregos na Espanha: desemprego recorde.Com a taxa dedesempregomais alta entre os pases industrializadas (22% da populao ativa), ameaa de resgate financeiro e risco crescente de recesso, aEspanhavive sua pior crise em mais de quatro dcadas.A fragilidade econmica vem causando umarpida mudana socialna Espanha, empurrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo economicamente. Segundo o Instituto Nacional de Estatstica (INE), mais de um em cada cinco espanhis, (21% da populao), ou cerca de 10 milhes de pessoas, era classificado como pobre em julho, e analistas estimam que este ndice chegue a 22% at o fim do ano. Em 1991, o ndice era de 14%. Uma em cada quatro famlias no pas no tem dinheiro suficiente para saldar as dvidas no fim de cada ms.Essas estatsticas recentes contrastam com o perfil de um pas que at seis anos atrs criava cerca de 500 mil empregos por ano e que em uma dcada de crescimento contnuo importou 5 milhes de imigrantes.Algumas medidas para tentar ajustar o pas ao momento debaixo crescimentocomo congelamento de penses, aumento na idade de aposentadoria, que passou dos 65 para 67 anos, corte de 5% nos salrios do funcionalismo, aumento de impostos, entre outras, foram decretadas nos ltimos meses. Mas essas decises acabaram com a popularidade dos polticos socialistas, que chegaram ao poder em 2004, num momento de expanso econmica impulsionada pelo que, no futuro, se transformaria em uma bolha imobiliria. A forte expanso do setor da construo na Espanha fez com que o PIB do pas crescesse mais de 60% nos ltimos 15 anos. Entre 1994 e 2007, os imveis tiveram uma valorizao de mais 170%.Aps a realizao de eleies parlamentares em 20 de novembro e sob o comando do novo primeiro-ministroMariano Rajoy, de perfil conservador, a Espanha deve ter pela frente perodos de mais ajustes fiscais, com cortes de gastos do governo e crescimento mais lento.

Manifestantes e polcia se enfrentam em dia de greve geral na Grcia

Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26) em Atenas, capital daGrcia, durante um dia de greve geral contra as medidas de austeridade exigidas pela Unio Europeia (UE) e o Fundo Monetrio Internacional (FMI) como condio para seguir apoiando o pas.Os confrontos ocorreram na Praa Syntagma, no centro da capital. A polcia usou bombas de gs contra os manifestantes, que atiraram coquetis molotov e pedras contra os policiais. Os confrontos prosseguiram na praa e prximo ao ministrio das Finanas, onde um caminho dos bombeiros estava estacionado, enquanto a maioria protestava pacificamente, antes de um reforo policial chegar e expulsar alguns jovens. Alguns jovens tambm atearam fogo a um quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, alm de quebrarem janelas, enquanto os hotis de luxo ao longo da praa foram protegidos por um cordo policial. Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles gritavam: "No vamos nos submeter troika (credores)" e "Fora UE e FMI! O dia de ao nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizo do primeiro-ministro conservadorAntonis Samaras assumiu o poder, afeta consideravelmente o funcionamento da administrao e os servios pblicos, com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento.As frias de vero deram ao governo de coalizo liderado pelos conservadores uma calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma plataforma pr-euro e pr-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos com o fim do descanso. "Ontem os espanhis tomaram as ruas, hoje somos ns, amanh sero os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores pblicos Adedy. Cerca de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram s ruas para proteger o centro de Atenas.O ltimo grande caso de violncia nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro, quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agncias bancrias depois que o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.

A Comisso da Verdade, grupo federal criado para investigar, durante dois anos, as violaes aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, incluindo o perodo da ditadura militar, enfrenta obstculos para realizar, com xito, a apurao dos casos. Atualmente, recebe crticas ferrenhas acerca da quantidade de membros que formar o grupo. O projeto, aprovado pela Cmara no ltimo ms e que, atualmente, aguarda votao no Senado, autoriza apenas sete pessoas para a comisso, indicados pela presidente da repblica, alm de 14 assessores.No entanto, para alguns especialistas, 21 membros, compondo o que eles chamam de comisso da Meia-Verdade sero insuficientes para o volume de tarefas eresponsabilidadeprevistas para essa comisso, visto que o trabalho consiste no acesso a documentos sigilosos, convocao de pessoas para prestar depoimentos e a determinao de percias e diligncias. Como argumento, eles afirmam que, no Uruguai, por exemplo, comisso formada para a execuo de um trabalho semelhante, contava com a cerca de 200 membros.Alm disso, afirmam o quanto ser difcil que essas 21 pessoas consigam investigar as mincias de todas as violaes do perodo estabelecido. Diante disso, o governo lanou, tambm no ltimo ms, uma medida cujo objetivo agregar acadmicos e pesquisadores Comisso da Verdade, visando, assim, suprir o dficit humano do projeto. A medida busca a incluso de universidades, movimentos sociais e ONGs que sejam ligadas rea dos direitos humanos.A inteno do trabalho da Comisso da Verdade formidvel, mas, para obter resultados justos e conclusivos, de fato, precisa contar com uma equipe de alto padro, na quantidade e, principalmente, na qualidade. O oramento destinado execuo desse trabalho deve estar, portanto, altura da importncia dessas investigaes para ahistriabrasileira. Deve ser realizada uma apurao impecvel e, para isso, necessrio que receba o devido investimento do governo e reconhecimento da sociedade.

Comisso da Verdade

Crise na Sria. O Conselho Nacional Srio (CNS), principal grupo de oposio, pediu uma reunio "urgente" do Conselho de Segurana da ONU para impedir o massacre de civis que o regime pretende cometer, segundo a organizao, em Aleppo. Em um comunicado, o CNS afirma que "o regime srio se prepara para cometer massacres" em Aleppo e pediu ao Conselho de Segurana que adote "as medidas necessrias para proteger os civis". Os combates foram retomados neste domingo (29) em Aleppo, a segunda maior cidade da Sria, onde os rebeldes que lutam contra o regime deBashar al-Assadpermanecem entrincheirados em alguns bairros, em uma tentativa de resistir ofensiva do exrcito. Pelo menos quatro pessoas morreram naSrianeste domingo, segundo a ONG Observatrio Srio dos Direitos Humanos (OSDH). No sbado (28), 168 pessoas morreram: 94 civis, 33 rebeldes e 41 soldados. Os opositores tentaram tomar o controle de uma delegacia no bairro de Salhin, localizada em um cruzamento estratgico, que teria permitido unir Salahedin ao bairro de Sahur, tambm sob controle insurgente, para unir suas foras. Os combates pararam por alguns momentos na tarde de sbado aps o ataque das tropas srias contra os bairros rebeldes desta cidade de 2,5 milhes de habitantes e considerada vital para as duas partes no conflito. As tropas oficiais bombardearam e metralharam, com o uso de helicpteros, as reas insurgentes. A frente de Aleppo foi aberta em 20 de julho e o Exrcito iniciou a ofensiva depois de receber reforos. Resto do pasOs confrontos prosseguem em outros pontos do pas. Na cidade de Homs, perto do quartel-general da polcia, um rebelde morreu, segundo o OSDH. Na localidade de Irbin, na regio de Damasco, um civil foi morto a tiros. Dois civis morreram em confrontos em Idleb (noroeste). Segundo o OSDH, pelo menos 20 mil pessoas, incluindo 14 mil civis, morreram na Sria desde o incio dos protestos contra o regime de Assad, em maro de 2011. No sbado, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional Srio (CNS), a principal coalizo da oposio, pediu aos pases "irmos" e "amigos" que forneam armas aos membros do Exrcito Srio Livre (ESL), formado por desertores e civis.

Desde o incio dos protestos antigoverno, em maro de 2011, o regime srio vem lanando uma ofensiva contra opositores que, segundo a ONU, j deixou mais de 9 mil mortos no pas.J o governo srio divulgou em fevereiro sua prpria estimativa de vtimas: 3.838, das quais 2.493 eram civis e 1.345 membros das foras de segurana. O que os opositores querem? Os protestos comearam pedindo mais democracia e liberdades individuais. Porm, quando as foras de segurana abriram fogo contra manifestantes desarmados, a oposio passou a exigir a queda de Assad.O presidente se recusou a renunciar, mas fez concesses para tentar aplacar os manifestantes. Entre elas esto o fim do estado de emergncia, que durou 48 anos, e uma nova constituio, que prev a realizao de eleies multipartidrias.H uma oposio organizada? Depois que as manifestaes se espalharam por todo o pas, opositores e partidos polticos clandestinos formaram a frente antigoverno Conselho Nacional Srio (CNS), de maioria sunita e apoiada pela Irmandade Muulmana e que opera fora da Sria. Um segundo grupo, o Comit de Coordenao Nacional, que age de dentro do pas, foi formado por opositores que temem a orientao islmica do CNS. J a oposio armada ao regime composta por militares desertores que se organizaram no Exrcito Livre da Sria, que coordena ataques contra as foras de segurana do regime a partir da Turquia.O que a comunidade internacional est fazendo? A Liga rabe inicialmente se manteve em silncio sobre a crise, mas em novembro de 2011 imps sanes econmicas Sria aps o pas no permitir a entrada de observadores no pas. Os observadores foram autorizados um ms depois, mas no conseguiram frear a violncia.Duas tentativas da comunidade internacional de aprovar resolues contra a Sria no Conselho de Segurana da ONU foram vetadas pela Rssia, que tem fortes laos econmicos e militares com o regime de Assad. No ltimo ms de maro, a Liga rabe e a ONU nomearam o ex-secretrio geral das Naes Unidas Kofi Annan como enviado para negociar um cessar-fogo entre o governo e os rebeldes. um conflito sectrio? O regime de Assad concentrou poder econmico, poltico e militar nas mos da comunidade alauta (10% da populao). A maioria sunita (74%) se viu excluda e passou a acusar o governo de corrupo e nepotismo. Os protestos antiregime mais intensos vm ocorrendo sistematicamente em cidades e reas totalmente sunitas, onde praticamente no h alautas ou cristos.

Rio de Janeiro eleito Patrimnio Cultural da HumanidadeEste domingo (1) um dia histrico para o Brasil. Esta a data em que a cidade doRio de Janeirotornou-se a primeira do mundo a receber o ttulo da Unesco de Patrimnio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36 Sesso do Comit do Patrimnio Mundial, em So Petersburgo, na Rssia. As informaes so do Iphan. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, que acompanharam os trabalhos, comemoraram a deciso que resultou na incluso de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimnio Mundial. A votao estava prevista para acontecer no sbado (30), mas foi adiada para este domingo (1). O secretrio municipal de Turismo, Pedro Guimares, se pronunciou logo aps o anncio da Unesco. Para ele, o ttulo foi merecido: "A cidade que um orgulho para seu povo e uma paixo para todo turista que a visita recebe, de forma merecida, o reconhecimento oficial de seu carinhoso apelido de Cidade Maravilhosa", comemorou ele. Para a ministra, o resultado vem coroar um belssimo trabalho que evidencia a cidade que nasceu e cresceu entre o mar e a montanha e, com criatividade e talento criou paisagens - hoje mundialmente conhecidas - que a tornaram excepcional e maravilhosa.J o presidente do Iphan explicou que a paisagem carioca resultado da utilizao intencional da natureza que, atendendo aos interesses econmicos dos colonizadores portugueses, formou espaos nicos no mundo que destacam a originalidade do Rio de Janeiro expressa pela troca entre diferentes culturas associadas a um stio natural. A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o ttulo da Unesco sero alvo de aes integradas visando preservao da sua paisagem cultural. So eles: Po de Acar, Corcovado, Floresta da Tijuca, Aterro do Flamengo, Jardim Botnico e a Praia de Copacabana, alm da entrada da Baa de Guanabara. As belezas cariocas incluem, ainda, o forte e o Morro do Leme, o Forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.

O Rio como Patrimnio da HumanidadeO Iphan trabalha na candidatura do Rio como Paisagem Cultural da Humanidade h alguns anos, em parceria com a Associao de Empreendedores Amigos da Unesco, da Fundao Roberto Marinho, do governo e da prefeitura do Rio. Em setembro de 2009 o Iphan entregou Unesco o dossi completo da candidatura, justificando sua importncia e seu valor universal que est principalmente na soma da beleza natural da cidade com a interveno de humana.Em janeiro de 2011, o Centro do Patrimnio Mundial da Unescp, sediado em Paris, decidiu pela incluso da candidatura do Rio de Janeiro na agenda da 36 WHC.

Candidata por inteiroO Rio foi a primeira cidade a se candidatar inteira a Patrimnio Mundial como Paisagem Cultural Urbana. O reconhecimento do Rio de Janeiro culminar uma nova viso e abordagem sobre os bens culturais inscritos na Lista do Patrimnio Mundial.Locais como Corcovado sero alvo de aes integradas visando a preservao. O conceito de paisagem cultural foi adotado pela Unesco 1992. At o momento, os stios reconhecidos mundialmente como paisagem cultural relacionam-se a reas rurais, a sistemas agrcolas tradicionais, a jardins histricos e a outros locais de cunho simblico, religioso e afetivo. H cerca de dois anos, o Rio se candidatou ao ttulo de Stio Urbano Misto, que acabou no sendo aceito pela Unesco. O Iphan foi orientado ento a valorizar as paisagens culturais. O Brasil conta atualmente com 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela Unesco.

O STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 1 de agosto o incio do julgamento do mensalo, maior escndalo de corrupo do governo Lula que resultou em ao penal contra 38 pessoas.

O caso estourou em 2005, com a revelao de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base governista. A denncia abalou o primeiro mandato de Lula, e fez com que Jos Dirceu, ento ministro da Casa Civil, deixasse o cargo.

O petista foi apontado como o chefe do suposto esquema de mesada. O pagamento garantiria que o governo tivesse maioria para aprovar projetos de seu interesse na Cmara. Uma semana depois que o caso estourou, Dirceu pediu para sair da Casa Civil e foi substitudo por Dilma Rousseff.O Caso do Mensalo.O Mensalo passou a ser escancarado pelo ento deputado federalRoberto Jefferson(PTB RJ), em entrevista ao jornal Folha de So Paulo, no incio de junho de 2005.Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos delicitaesfraudulentas, praticadas por funcionrios da Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que uma CPI(Comisso Parlamentar de Inqurito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalo.Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma mesada de R$ 30 mil para votarem segundo as orientaes do governo. Estes parlamentares, os mensaleiros, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrtico Brasileiro) e do prprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Um ncleo seria responsvel pela compra dos votos e tambm pelo suborno por meio de cargos em empresas pblicas. Jos Dirceu, Ministro da Casa Civil na poca, foi apontado como o chefe do esquema.

Delbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos mensaleiros. Com o dinheiro em mos, o grupo tambm teria saldado dvidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais.Marcos ValrioFernandes de Souza, publicitrio e dono das agncias que mais detinham contrato de trabalho com rgos do governo, seria o operador do Mensalo. Valrio arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, atravs de emprstimos que nunca foram pagos.Fernanda Karina Somaggio, ex-secretria do publicitrio, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de valerioduto.

Em agosto de 2007, mais de dois anos aps ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denncia da Procuradoria Geral da Repblica e abriu processo contra quarenta envolvidos no escndalo do Mensalo. Entre os rus, esto: Jos Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, Joo Paulo Cunha, Marcos Valrio, Roberto Jefferson, os quais respondero por crime de corrupo passiva e ativa, formao de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros.

Mensalo mineiro, tambm chamado demensalo tucano, ou aindavalerioduto tucano, o escndalo de corrupo que ocorreu na campanha para a eleio deEduardo Azeredo(PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente doPSDBnacional - ao governo deMinas Gerais em 1998, e que resultou na sua denncia pelo Procurador Geral da Repblica aoSTF, como"um dos principais mentores e principal beneficirio do esquema implantado",baseada no Inqurito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por"peculato e lavagem de dinheiro

O escndalo conhecido como mensalo do DEM teve incio em 26 de novembro de 2009, quando a Polcia Federal deflagrou a operao Caixa de Pandora. Com autorizao do Superior Tribunal de Justia (STJ), agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e apreenso em Goinia, Belo Horizonte e Braslia, incluindo a residncia oficial do governador do Distrito Federal, Jos Roberto Arruda (DEM).No inqurito da PF consta a transcrio de um dilogo no qual Arruda e um assessor conversam sobre o repasse de dinheiro a polticos aliados. da que vem o nome mensalo, em referncia ao escndalo de 2005, no qual integrantes do PT, segundo o Ministrio Pblico Federal, pagavam propina a parlamentares em troca de apoio. O caso est sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.O piv do mensalo do DEM Durval Barbosa, ex-secretrio de Relaes Institucionais do governo do DF. A gravao na qual Arruda pede o repasse de dinheiro a polticos foi feita por ele, com equipamentos da PF. Investigado em mais de 30 processos, a maior parte por desvio de dinheiro, Barbosa aceitou cooperar com a polcia e com o Ministrio Pblico em troca de uma reduo de pena em um julgamento futuro.

Massacre que matou 111 presos no Carandiru completa 20 anos

O massacre do Carandiru completa 20 anos sem nenhum ru condenado priso pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido internacionalmente por causa da morte de 111 presos aps a Polcia Militar entrar no Pavilho 9 da Casa de Deteno, na Zona Norte deSo Paulo, para pr fim a uma rebelio. Para lembrar a data, parentes das vtimas ligados a movimentos sociais e entidades de direitos humanos prometem protestos na capital paulista.H duas dcadas os familiares cobram da Justia a condenao dos policiais militares acusados de assassinar os detentos. Nenhum agente das foras de segurana ficou ferido na ao. Todos os rus respondem ao processo em liberdade. Alguns se aposentaram e outros faleceram antes mesmo de serem julgados. A unidade prisional foi demolida e, no lugar, foi erguido um parque.Na ltima sexta-feira (28), um grupo de entidades sociais, reunido sob o nome Rede 02 de outubro, divulgou um manifesto pelo fim dos massacres e contra a reproduo e aprofundamento das desigualdades que demarcam nossa sociedade. O manifesto marca o dia 2 de outubro como "dia pelo fim dos massacres" e cobra, do governo do estado e do governo federal, o cumprimento das recomendaes feitas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, alm de exigir a abolio dos registros de "resistncia seguida de morte" e "auto de resistncia. Entre os movimentos que compem a rede esto a Pastoral Carcerria e o Mes de Maio. Eles programaram, para esta tera-feira (2,) um ato ecumnico na Catedral da S, seguido de um "ato poltico" na praa em frente.Em 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incurso ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimares. Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operao, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de priso pelos assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicdios, em um julgamento popular em 1 instncia. A condenao do coronel no incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusao alega que essas mortes foram provocadas pelos prprios presidirios.Em 2006, no entanto, o jri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justia de So Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP considerou a ao estritamente legtima. Os presos que se renderam e no foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos. Todo mundo fala no nmero de mortos. Ningum fala do nmero de poupados, quase 2 mil, disse o advogado Vicente Cascione, que defendeu o coronel.Meses depois da absolvio, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, regio nobre de So Paulo. A namorada dele na poca, Carla Cepollina, acusada de mat-lo por cimes e ser julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde ao processo em liberdade.103 acusados e 117 vtimas poca, a reviravolta jurdica que absolveu Ubiratan gerou criticas e repercutiu no exterior. Recentemente, as atenes se voltaram novamente para o caso. Na quinta-feira (27), o juiz Jos Augusto Nardy Marzago, do Frum de Santana, marcou para a partir de 2013 o julgamentodos demais 103 rus no processo.

Governo publica lei que regulamenta as cotas nas universidades federais

Ogoverno federalpublicou nesta segunda-feira (15), no "Dirio Oficial da Unio",o decreto queregulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de at quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino mdio em escolas pblicas. O critrio de seleo ser feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Mdio (Enem). O decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff.As universidades e institutos federais tero quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo que j estejam adotando algum tipo de sistema de cotas na seleo. Atualmente, no existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Alm disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificao para estudantes pretos, pardos e indgenas. De acordo com a lei, 12,5% das vagas de cada curso e turno j devero ser reservadas aos cotistas nos processos seletivos para ingressantes em 2013. As universidades tero 30 dias para adaptarem seus editais ao que diz a lei.

RETROSPECTIVA 2013Terroristas islmicos invadem campo de explorao de gs na Arglia e fazem centenas de refnsNa madrugada do dia 16 para o dia 17 de janeiro, um grupo de rebeldes ligado Al Qaeda invadiu um campo de explorao de gs na Arglia operado pelas empresas Sonatrach, a britnica BP (British Petroleum) e a norueguesa Statoil. Segundo o lder, o argelino Mojtar Belmojtar, a ao uma resposta abertura do espao areo da Arglia, ex-colnia francesa, para que a Frana pudesse bombardear outra ex-colnia, o Mali, em sua guerra contra os rebeldes islamitas. O pas africano est dividido desde o ano passado, aps rebeldes ligados Al-Qaeda terem dominado o norte do territrio. A Arglia permitiu que a Frana utilizasse seu espao areo durante a interveno militar iniciada na semana passada contra os rebeldes islamitas no Mali. Na tentativa de resgatar o campo de gs, o Exrcito da Arglia tem feito bombardeios ao local.A Arglia o sexto maior exportador de gs natural do mundo (sendo origem de um quarto das importaes de gs natural da Europa) e detm a 16 maior reserva de petrleo.

Conflito No Mali.A operao militar francesa, que teve incio na sexta-feira passada, tem, segundo Hollande, o objetivo nico de impedir que grupos rebeldes islmicos que controlam o norte do Mali assumam o controle de todo o pas. Uma fora regional, composta por tropas de vrios pases da frica Ocidental, em poucos dias tambm estar no Mali para auxiliar nas operaes contra os grupos insurgentes. Pelos termos de um acordo firmado em outubro passado, a Frana deveria liderar uma misso europeia que daria treinamento com apoio logstico a uma interveno promovida pelo bloco militar da Comunidade Econmica de Estado de frica Ocidental (Cedeao). Ou seja, no estava previsto que a Frana participaria dos combates. Hollande tem enfatizado que se o Mali se converter em refgio de insurgentes islmicos, a segurana europeia estaria em risco. Mas alm da segurana europeia, o que mais estaria por trs da deciso francesa de intervir no conflito africano?Ameaa EuropaOs rebeldes islmicos, alguns dos quais teriam ligaes com a rede Al-Qaeda, j controlam metade do Mali, e a chance de que venham a controlar todo o territrio do pas no de todo remota. Especialistas concordam que o Exrcito no Mali no tem capacidade de conter a ofensiva rebelde. A captura recente de Konna, o ponto mais ao norte do pas que ainda no havia cado nas mos dos militantes islmicos, funcionou como um grito de alerta. ''Representantes do governo da Frana no estavam exagerando quando disseram que, sem a interveno francesa, os insurgentes islmicos poderiam chegar capital, Bamako, em questo de dias'', afirma Melly. De acordo com o analista, isso teria sido desastroso no apenas para o Mali, mas para toda a frica Ocidental, ''ameaando a estabilidade e as estruturas democrticas de toda a regio'. Isso tambm poria em jogo todos os interesses da ex-metrpole francesa, que, historicamente, sempre teve uma presena importante na regio. Rebeldes com aparentes elos com a Al-Qaeda conquistaram o norte do Mali E seria preocupante tambm para a comunidade internacional, segundo Melly. ''Permitir que um pas da frica ocidental outrora estvel russe completamente diante de grupos cujo objetivo exportar a guerra santa seria arriscar a estabilidade e a segurana de vrias naes, do Senegal Nigria'', opina o analista.Intervencionismo francsA Frana tem um histrico de intervenes militares em suas antigas colnias em momentos de insurreies, golpes de Estado e instabilidade poltica.O analista da BBC Tim Whewell frisa que a Frana, que at os anos 50 e 60 controlava vrios pases africanos, ''nunca deixou a regio por completo'.''Mesmo aps a independncia de suas antigas colnias africanas, a Frana j interveio em conflitos no Gabo, na Repblica Centro-Africana, na Costa do Marfim e na Repblica do Congo'.Ento, por que mudou de ideia to subitamente se seu plano inicial era apenas fornecer apoio logstico? A resposta do governo francs que o prprio governo interino de Mali pediu a ajuda francesa quando os rebeldes avanaram at assumir o controle de Konna, cidade considerada crucial e situada a pouco mais de 680 km da capital malinesa, Bamako.

Impulso a HollandeOs ndices de popularidade do presidente Francois Hollande vinham despencando, e muitos acreditam que a interveno favorece a sua imagem.At o momento, o lder socialista vinha se posicionando como um estadista antibelicista, com planos de retirada imediata de tropas francesas no Afeganisto.Soldados nigerianos integram tropas internacionais no Mali; instabilidade malinesa pode afetar regio, diz analistaMas seus ndices de aprovao caram para a faixa de 20% desde que ele chegou ao poder, no ano passado. E uma pesquisa recente mostrou que 3 em cada 4 franceses duvida que ele ser capaz de cumprir suas promessas.Francois Heisbourg, diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratgicos, baseado na Gr-Bretanha, afirmou que a interveno no Mali deu a Hollande um empurro em um momento difcil para seu governo."Hollande visto, inclusive por muitos de sus seguidores, como um homem indeciso, como Obama era visto nos primeiros meses de seu mandato", afirma.''Sua deciso de intervir no Mali, que foi rpida, contundente e aparentemente efetiva, mudou subitamente a imagem de Hollande.''Aposta de riscoMas os analistas advertem tambm que a deciso francesa representa uma aposta de risco.''Os rebeldes esto muito bem equipados, tm grande mobilidade e conhecimento do terreno. A Frana tem vantagem area, mas os bombardeios podem ser contraproducentes e alienar uma parte da populao civil do Mali'', diz BBC BBC Nigel Inkster, ex-agente do MI6, o servio de inteligncia britnico.Jonathan Marcus, especialista da BBC em assuntos diplomticos, afirma que os objetivos da misso francesa so poucos claros: "O envio de tropas visa conter o avano dos rebeldes islmicos ou que o governo do Mali retome o controle do norte do pas? Trata-se de uma rea gigantesca'', comenta.Os prprios meios de comunicao franceses j manifestaram preocupaes com a interveno e destacaram que '' fcil entrar, mas difcil sai

Menina indiana de 11 anos estuprada por seis homensEm dezembro do ano passado, o caso da estudante de 23 anos que foi estuprada e morreu dias depois por causa dos ferimentos gerou protestos e chamou a ateno do mundo. Agora, veio tona a histria de outra indiana, desta vez uma menina de apenas 11 anos, que est em estado crtico aps ser submetida a 14 operaes por ter sido estuprada por seis homens. A polcia se negou a registrar a denncia no momento da agresso, mas depois, aps as presses da populao local, que convocou marchas de protesto, se viu obrigada a fazer isso. Os dois casos deram origem a um debate sem precedentes sobre o papel da mulher na ndia.

Hugo Chvez no comparecer a cerimnia de posse na Venezuela

Reeleito recentemente, o mandatrio deveria ser empossado para o novo mandato no dia 10 de janeiro, mas devido s complicaes aps mais uma cirurgia para tratar um cncer no poder comparecer.Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento venezuelano), leu o comunicado explicando que por "recomendao mdica" o lder reeleito no poder prestar o juramento ao cargo."O comandante presidente pediu para informar que, de acordo com as recomendaes da equipe mdica (...) o processo de recuperao ps-cirrgica dever ser extendido para alm de 10 de janeiro".Na carta h tambm o pedido para que Chvez possa prestar o juramento diante do Tribunal Supremo de Justia, tal como estabelece o artigo 231 da Constituio venezuelana, sem precisar uma data em especfico.O lder no foi visto em pblico nem fez comunicao direta desde o dia 11 de dezembro, quando se submeteu a uma quarta operao em Cuba, e onde permanece desde ento.Na segunda-feira, o ministro de Comunicao e Informao venezuelano, Ernesto Villegas, informou que a situao de Chvez "estvel" e disse que continua sendo submetido ao mesmo tratamento.

EUA enfrentam impasse ante a 'abismo fiscal

Os americanos temem que, sem um consenso entre os congressistas, a economia do pas volte a desacelerar, com um pesado fardo a ser carregado pela populao, sobretudo os mais pobres.Isso porque nesta tera-feira expiraram inmeros benefcios herdados do governo de George W. Bush. Entretanto, por ser feriado, os mercados esto fechados e, assim, os EUA ainda no sentiram, pelo menos por ora, o impacto imediato do fim das benesses, descrito como 'devastador' na avaliao de especialistas.Nesta tera-feira, republicanos e democratas permanecem reunidos na Cmara dos Representantes para votar um projeto de lei costurado na ltima segunda-feira no Senado americano.A Cmara dos Representantes (equivalente Cmara dos Deputados no Brasil) liderada por uma maioria republicana, partido de oposio ao presidente dos EUA, Barack Obama, que democrata.O presidente da Cmara, o republicano John Boehner, prometeu que a Casa votar o projeto de lei ou sugerir uma alternativa.Porm, Boehner j havia dito anteriormente que no endossava o acordo - que tambm deve enfrentar resistncia de diversas lideranas republicanas.Aps uma reunio ocorrida na tarde desta tera-feira, o lder da maioria republicana na Cmara, Eric Cantor, tambm disse que "no apoia a lei", referindo-se ao acordo previamente aprovado no Senado.Mais cedo, Obama pediu Cmara que aprovasse a lei "sem atrasos".Sem demoraO projeto de lei foi aprovado pelo Senado, controlado pelos democratas, por maioria esmagadora de 89 votos a favor e 8 contra, na manh desta tera-feira.O acordo prev um aumento dos impostos para os ricos e foi desenhado aps longas conversaes entre o vice-presidente Joe Biden e os republicanos do Senado.Cortes de gastos foram adiados por dois meses para que um acordo mais amplo fosse possvel."Embora nem democratas nem republicanos tenham conseguido tudo o que queriam, esse acordo a coisa certa a se fazer para nosso pas, e a Cmara deve aprov-lo sem demora", disse Obama em comunicado.Termos do acordoPela proposta de lei aprovada no Senado, sero estendidos os cortes de impostos para os americanos que ganham menos de US$ 400.000 por ano - acima dos US$ 250.000 inicialmente propostos pelos Democratas.

O que o 'abismo fiscal'?Em 1 de janeiro de 2013, passa a vigir nos Estados Unidos um conjunto de aumento de impostos e pesado corte de gastos, mais conhecido como 'abismo fiscal'.O prazo para o incio da vigncia do 'abismo fiscal' foi determinado em 2011 para forar o presidente e o Congresso a chegar a um acordo sobre o oramento do pas em dez anos.A data coincide com o fim de vrios benefcios fiscais da era Bush.H um temor de que o aumento macio dos impostos combinado com um corte profundo de gastos pblicos gere um impacto devastador nos oramentos familiares e nos negcios do pas.O resultado tambm poder ser sentido em outros pases do mundo, dado o grau de interligao das economias mundiais. Para os mais ricos, porm, a taxa passa de 35% para 39,5% sobre os rendimentos.O pacote aprovado no Senado ainda inclui: aumentos dos impostos de herana de 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhes para um indivduo e US$ 10 milhes para um casal; aumento de impostos sobre o capital - afetando alguns rendimentos de investimento - de at 20%, mas menos do que os 39,6% que prevaleceriam sem um acordo; extenso de um ano para o seguro desemprego, que afeta dois milhes de pessoas; prorrogao de cinco anos para os crditos fiscais que ajudam as famlias mais pobres e da classe mdia.Um corte de gastos da ordem de US$ 1,2 trilho do oramento federal americano a ser implementado em 10 anos foi novamente deixado para depois, adiado por dois meses, permitindo que o Congresso e a Casa Branca possam reabrir as negociaes sobre o tema. O presidente Barack Obama saudou a votao no Senado."Os lderes de ambos os partidos no Senado se reuniram para chegar a um acordo que passou com apoio bipartidrio esmagador que protege 98% dos americanos e 97% dos donos de pequenos negcios de uma escalada do imposto para a classe mdia", disse ele em um comunicado.OrigensO atual impasse tem suas origens em 2011, em uma tentativa fracassada de enfrentar o limite de endividamento do governo e o dficit oramentrio. Na poca, republicanos e democratas concordaram em adiar as difceis decises sobre gastos at o fim de 2012 e estabeleceram cortes compulsrios caso no houvesse acordo at 31 de dezembro. A data tambm marcava o fim de isenes de impostos introduzidas no governo de George W. Bush. Com isso, indivduos e empresas sero afetados simultaneamente com aumento de impostos e reduo em contratos, benefcios e apoio do governo. Cerca de US$ 607 bilhes em cortes no oramento e aumento de impostos esto previstos, incluindo cortes na verba da Defesa, mudanas no sistema de sade para idosos e impostos mais altos para pessoas fsicas. Desempregados e pessoas com salrios baixos iro perder benefcios.Lados opostosEnquanto os republicanos relutam em deixar que os cortes de impostos da era Bush expirem ou que os gastos em defesa sejam reduzidos, os democratas querem manter as medidas temporrias do governo Obama para ajudar desempregados e trabalhadores com baixos salrios e evitar cortes profundos em gastos no relacionados Defesa.Segundo analistas, mesmo que seja fechado um acordo, o impacto sobre o problema original do dficit e do limite de endividamento do governo deve ser pequeno, o que deve levar a uma nova briga poltica no incio de 2013.

Governo suspende venda de 225 planos de sade de 28 operadoras

A Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), ligada ao Ministrio da Sade, anunciou nesta quinta-feira a suspenso da venda de 225 planos de sade administrados por 28 operadoras em todo o Brasil.A deciso foi motivada pelo descumprimento dos prazos mximos determinados para a marcao de consulta, exames e cirurgias.Os planos no podero ser vendidos at maro. A proibio pode ser prorrogada em caso de reincidncia.Segundo a ANS, desde dezembro de 2011, quando o monitoramento teve incio, 16 operadoras no cumpriram os critrios estabelecidos pelo governo de forma reincidente.O ministro da Sade, Alexandre Padilha, alertou sobre os direitos dos consumidores que contrataram os planos cujas vendas foram proibidas.Para quem tem um plano de sade que a partir de 14 de janeiro ter a venda suspensa, todos os direitos continuam valendo. O que est suspensa a incorporao de novos clientes, explicou o ministro.

Entenda a nova onda de protestos e a crise poltica no Egito

O comentrio, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na pgina do Exrcito no Facebook, se segue a uma madrugada de manifestaes em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a populao ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egpcio, Mohammed Morsi.Tropas militares foram enviadas s cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que prosseguiram nesta tera. Muitos manifestantes pedem a sada de Morsi. Nos ltimos dias, mais de 50 pessoas morreram durante confrontos.Leia, abaixo, o que est por trs da atual onda de protestos:Como comearam os protestos?Manifestaes no Cairo, Alexandria e outras cidades egpcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo aniversrio da revoluo que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos acabaram se voltando contra Morsi. Seculares, cristos, liberais e outros crticos do governo de Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muulmana), eleito no ano passado, de trair os ideais da revoluo. H insatisfao popular com a ampliao dos poderes de Morsi e com a nova Constituio aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islmica da populao. Morsi anunciou estado de emergncia em trs cidades. Em Porto Said, protestos continuaram no sbado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas morte pelos episdios de violncia ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasio, 70 pessoas morreram em confrontos aps uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o al-Ahly, do Cairo. Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsveis pela segurana da partida no foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como bodes expiatrios.Os protestos esto ligados entre si?Os protestos nas cidades so separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiana nas instituies do Estado (em especial os servios de segurana e o Poder Judicirio) e a sensao de ausncia de lei e ordem.Qual tem sido a resposta de Morsi?Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de emergncia em trs cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele ordenou um toque de recolher noturno, vlido por 30 dias.Desde ento, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exrcito s ruas "para ajudar a polcia a preservar a segurana".Morsi tambm chamou a oposio para conversas no palcio presidencial, na tentativa de restaurar a unidade nacional. Mas a principal coalizo oposicionista, a Frente Nacional de Salvao, rejeitou a proposta, alegando que ela apenas "cosmtica" e "vazia de significado.

Tragdia em boate de Santa Maria terceira mais fatal da histria'

O incndio que matou pelo menos 231 pessoas em uma casa noturna de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, o terceiro mais fatal do tipo no mundo, segundo uma lista de dez incidentes semelhantes, em locais de agremiao de pblico, compilada pela Associao Nacional de Proteo Contra Incndios dos Estados Unidos (NFPA, na sigla em ingls).De acordo com a lista, que compila apenas incndios em casas noturnas, a mais fatal delas ocorreu nos EUA e completou 70 anos h pouco tempo: o local foi a boate Coconut Grove, em Boston, e a data, 20 de novembro de 1942. O saldo foi de 492 mortos e mais de 600 feridos.

O local excedia a sua capacidade de lotao (mil pessoas) quando um incndio teve incio em uma das palmeiras de imitao que decoravam o local, espalhando-se em seguida pelas paredes e o teto do clube.As autoridades estimaram que o fogo tardou apenas cinco minutos, desde o seu incio, para percorrer o trajeto entre a sala onde se iniciou, o Melody Lounge, e a entrada, passando pelo salo de jantar.A lista segue com o incidente ocorrido em uma boate de Luoyang, China, na noite de Natal do ano 2000, que deixou 309 mortos o segundo acidente mais fatal da histria.

Outras notcias de janeiro.

Em meio a protestos, Parlamento francs inicia debate sobre casamento gayH meses o assunto mobiliza defensores e opositores do 'casamento para todos',

Brasileira teme voltar para casa abandonada aps ao rebelde no Malinicos estrangeiros em cidade no norte do pas, Francisca e o marido poderiam ser 'alvo preferencial' dos milicianos.

Rio decide tombar Museu do ndio, mas destino de indgenas incert0Governo mantm deciso de despejar ndios que moram na Aldeia Maracan, no Rio, para reformar o local.

Rainha da Holanda abdica o trono em favor do filhoMonarca esteve frente da famlia real holandesa por 33 anos.

Crise de refugiados srios na Jordnia atinge ponto crticoONU diz que at 3 mil pessoas cruzam a fronteira por dia e que recursos esto se esgotando.

Desemprego de 2012 fica em 5,5%, ndice mais baixo desde 2002 - Dados constam da Pesquisa Mensal do Emprego, do IBGE.

Especialistas da ONU e OMS criticam internao compulsria de viciados em crack

O tema voltou a debate no Brasil em janeiro, quando o governo de So Paulo fez uma parceria com a Justia para agilizar a internao forada de casos extremos de dependentes da droga.O governo paulista diz que suas propostas para o tratamento dos usurios de crack esto de acordo com as premissas da ONU e da OMS e afirma que, at hoje, nenhum paciente foi internado por ordem judicial e menos de dez foram internados involuntariamente (a pedido da famlia, mas sem ordem da Justia).Para o mdico italiano Gilberto Gerra, chefe do departamento de preveno s drogas e sade do Escritrio das Naes Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em ingls), necessrio oferecer aos viciados "servios atrativos e uma assistncia social slida. "Uma boa cura de desintoxicao envolve tratamento de sade, inclusive psiquitrico para diagnosticar as causas do vcio, pessoas especializadas e sorridentes para lidar com os dependentes e incentivos como alimentao, moradia e ajuda para arrumar um emprego", diz Gerra. "O Brasil precisa investir recursos para oferecer servios que funcionem e ofeream acompanhamento mdico completo, proteo social, comida e trabalho para os dependentes", afirma.De acordo com ele, o Brasil tem bons profissionais no campo do tratamento das drogas, mas faltam especialistas, e a rede mdica nessa rea insuficiente. Segundo Gerra, a internao compulsria deve ocorrer pelo prazo mximo de algumas semanas e s se justifica quando o dependente apresenta comportamento perigoso para a sociedade ou para si prprio.Problemas mltiplosO especialista da OMS tambm afirma que o vcio do crack envolve problemas mltiplos (psicolgicos e sociais) que devem ser tratados com aes em vrias reas alm da mdica, como moradia, alimentao, assistncia geral e programas de emprego.Ele afirma que h exemplos de programas de tratamento voluntrio de dependentes em pases como os Estados Unidos e a Austrlia que "ajudam as pessoas a reconstruir suas vidas e no so apenas solues temporrias".O mdico cita tambm o programa brasileiro que permite s grvidas viciadas em crack obter tijolos e materiais para construir casas em troca de tratamento. "Isso d instrumentos para que elas faam algo diferente em suas vidas", afirma.A OMS j criticou o sistema de internao compulsria de dependentes realizado em pases asiticos. "Eles detm pessoas viciadas e esto tratando casos de sade com a priso", diz Clark.A organizao publicou um documento no ano passado solicitando aos pases para fechar os centros de tratamento compulsrio de drogas.Segundo Clark, pelo menos 90% dos dependentes qumicos no mundo no recebem tratamento.

Secretrio da Segurana de SP defende igualdade entre polcias civil e militar

Ele diz que as duas instituies devem trabalhar em conjunto e que informaes de inteligncia obtidas por uma das polcias no devem ser omitidas da outra. Grella assumiu a pasta h menos de trs meses com a misso de acabar com uma onda de violncia que foi um dos fatores do aumento em 40% o nmero de homicdios na capital (1.497) em 2012 em relao ao ano anterior. O secretrio herdou de seu antecessor Antnio Ferreira Pinto demitido em novembro passado uma polcia dividida, segundo a pesquisadora Camila Nunes Dias, do Ncleo de Estudos da Violncia da Universidade de So Paulo e da Universidade Federal do ABC. "Grella parece estar tentando redistribuir o peso que o secretrio anterior tinha colocado na PM e apaziguar os nimos. A Polcia Civil se sentia preterida e perseguida", afirmou Dias. O secretrio diz que j existe "um absoluto entrosamento" entre as duas polcias, o Instituto de Criminalstica e a Secretaria da Segurana Pblica. Os comandos desses rgos se renem ao menos trs vezes por semana."Ns viemos com o compromisso de fortalecer os comandos e de uma atuao bastante profissional e igualitria, fazendo respeitar a vocao de cada uma das instituies", disse Grella BBC Brasil.AutonomiaA principal aposta do secretrio para atingir esse objetivo investir no CIISP (Centro Integrado de Inteligncia), um rgo criado h um ms com oficiais da PM e delegados da Polcia Civil para partilhar inteligncia e planejar operaes conjuntas."Queremos que eles (policiais civis e militares) trabalhem em conjunto de modo a no subtrair da anlise das duas instituies todas as informaes legtimas que devam ser analisadas e trabalhadas para o planejamento das operaes policiais", disse o secretrio.Grella acrescenta, porm, que essas iniciativas no so uma tentativa de unificar as polcias e que cada comando tem autonomia com liberdade total, por exemplo, para definir quais de suas unidades participaro de cada ao "Vamos ampliar (as centrais de flagrantes) com novo formato, mas com esse objetivo: de concentrar maior volume de mo de obra na investigao feita pelos distritos, ou seja, pela unidade territorial, coisa que hoje no est acontecendo. Fernando Grella, secretrio de segurana pblica de So PauloOnda de violnciaSegundo Camila Nunes Dias, h indcios de que em algumas operaes de combate faco criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), durante a gesto de Ferreira Pinto na Segurana Pblica, unidades de elite da PM teriam sido incumbidas tanto da fase de investigao como das prises de suspeitos supostamente excluindo a participao da Polcia Civil. Segundo a pesquisadora, o ideal para o atual modelo de polcia do pas que a Polcia Civil exera o trabalho de investigao enquanto a PM fica com o trabalho do policiamento ostensivo e usada apenas em algumas situaes que exigem maior uso da fora. De acordo com analistas, um dos fatores que deflagraram a onda de violncia de 2012 em So Paulo teria sido um conflito entre PMs e o PCC. Aes mais duras dos policiais militares teriam desencadeado uma onda de assassinatos de policiais - como retaliao por parte dos criminosos. Mais de cem PMs foram vtimas de homicdio no ano passado. Esses confrontos teriam alimentado uma espiral de violncia, com grupos de extermnio supostamente integrados por policiais realizando chacinas aps parte das mortes de PMs.

Novas regras tentam reduzir letalidade da PM de SP

Aps registrar uma alta de 24% no nmero de mortes cometidas por policiais militares em 2012, o Estado de So Paulo comeou a implementar medidas para coibir homicdios ilegais cometidos pelos agentes da lei - de acordo com recomendaes feitas por sua ouvidoria. Segundo dados da Ouvidoria da Polcia, os PMs de So Paulo mataram 506 pessoas entre janeiro e novembro de 2012 - 99 casos a mais que o registrado no mesmo perodo de 2011. Os dados de dezembro s devem ser divulgados pelo governo no fim deste ms. O nmero tambm o maior para o perodo registrado nos ltimos cinco anos. A alta dos casos comeou principalmente a partir do ms de setembro de 2012 - quando se acirrou uma onda de confrontos entre policiais militares e membros da faco criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O ms que mais registrou mortes foi novembro, com 79 casos - uma alta de 75% em relao ao ano anterior, segundo a Ouvidoria. Nesse mesmo ms, o nmero geral de vtimas de homicdio no Estado aumentou 44% - de 340 vtimas em 2011 para 534 no ano passado. A exploso no nmero de mortes culminou na demisso do ento secretrio da Segurana Pblica, Antonio Ferreira Pinto, no fim de novembro. Seu substituto, Fernando Grella, adotou neste ms duas novas medidas para tentar acabar com o conflito. Uma delas impede que, aps tiroteios entre policiais e criminosos, os prprios PMs levem os suspeitos baleados para um hospital. O resgate passou a ser feito por socorristas da Prefeitura ou do Corpo de Bombeiros.Resistncia - Outra prtica que est sendo mudada por uma medida de Grella a forma de registrar os homicdios cometidos por policiais durante o servio. At recentemente, eles eram registrados oficialmente na categoria de "resistncia seguida de morte" - que pressupe uma reao do suspeito. Devem passar agora a figurar como "morte decorrente de interveno policial". A diferena que s uma investigao determinar se a ao do policial foi legtima ou no. Segundo Fuchs, essa mudana importante porque deve implicar em uma melhor investigao do caso - que em tese receber ateno de peritos e de unidades especializadas da polcia. Alm disso, o registro de casos como "resistncia seguida de morte", segundo Dantas, fazia com que muitos casos de homicdios fossem enviados para a varas comuns da Justia - ao invs do Tribunal do Jri, dedicado apenas aos assassinatos.Novas propostas - Dantas elogiou a determinao do novo secretrio e disse que agora pretende apresentar pasta novas medidas para dificultar o abuso de direitos humanos praticado por maus policiais. Uma delas deve ser a instalao de um sistema integrado de cmeras de segurana e GPS (sistema de posicionamento global por satlite) nos carros de polcia. A ideia monitorar o tempo todo a conduta dos policiais, para evitar abusos. Outra medida defendida por ele que uma comisso de especialistas de universidades faam avaliaes psicolgicas em todos os policiais que atuarem em casos que envolvam mortes. Esses analistas decidiro se o policial tem condies ou no de voltar a trabalhar nas ruas. Dantas defende ainda que o Estado pague indenizaes para familiares de vtimas mortas por policiais. A ideia forar o governo a aumentar a represso aos desvios de conduta dos agentes da lei para evitar os pesados gastos com indenizaes. Ele diz porm, que tais medidas no sero totalmente efetivas se no forem acompanhadas por aumentos salariais para os policiais - que precisam ser valorizados e ter condies de parar de fazer bicos nos horrios de folga.Coreia do Norte confirma terceiro teste nuclear

A Coreia do Norte anunciou ontem ter realizado com sucesso seu terceiro teste nuclear, desatando uma onda de condenaes internacionais.Segundo Pyongyang, o dispositivo nuclear detonado seria "pequeno e leve", mas com um poder explosivo maior que os acionados anteriormente.Os dois outros testes nucleares norte-coreanos foram feitos em 2006 e em 2009. Em janeiro, o governo do pas anunciou que faria um novo teste em resposta a sanes da ONU.Esse terceiro teste foi confirmado horas depois de uma atividade ssmica ser registrada na regio.O presidente americano Barack Obama conclamou a comunidade internacional a dar uma resposta "rpida" e "crvel" ao novo teste e a China expressou sua "firme oposio" iniciativa norte-coreana.O Conselho de Segurana da ONU deve se encontrar nesta tera-feira para decidir o que fazer.

As duas Coreias esto, tecnicamente, em estado de guerra desde a metade do sculo passado. Ao final da Segunda Guerra, a pennsula ficou sob influencia da Unio Sovitica no norte e dos Estado Unidos no sul.Entre 1950 e 1953, um conflito armado causou a morte de mais de 1 milho de pessoas na regio, e o armistcio de 53 no acabou com a tenso que se intensificou nos ltimos meses.Coreia do Norte se diz determinada a produzir misseis capazes de atingir os EUAEm maro, exerccios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul levaram Pyongyang a encerrar uma linha de comunicao direta com Seul, e a Coreia do Norte anunciou ao mundo que estava em estado de guerra, prometendo reativar uma usina nuclear.Nesta semana, trabalhadores sul-coreanos foram proibidos de entrar na Coreia do Norte, onde trabalham em um complexo industrial que um smbolo de operao entre os dois pases, na cidade de Kaesong.Observadores tentam interpretar as aes do lder norte-coreano, Kim Jong-un: se est genuinamente preocupado com um possvel ataque ao seu pas ou se, ainda inseguro aps substituir seu pai como chefe de estado, tenta mostrar firmeza populao.Analistas acreditam que a possibilidade de um ataque nuclear muito baixa, mas a Coreia do Norte se diz determinada a produzir msseis capazes de atingir os Estado Unidos.

Outras notcias de FevereiroBolvia nacionaliza administrao de principais aeroportos - Evo Morales argumenta que empresa espanhola responsvel no investiu o suficiente.Subsdio a contraceptivos ope Igreja e Parlamento nas Filipinas - A lei que garante a distribuio gratuita de plula e camisinhas teve a sua adoo postergada por mais de uma dcada, devido ao lobby conservador cristo.G20 se rene em Moscou em meio a temor de guerra cambial - Tema deve marcar reunio de ministros de Finanas; movimentos recentes do iene e do euro aumentam preocupao.Empresa de txi s para mulheres prospera na capital indiana - Taxistas so todas mulheres, assim como as clientes; procura aumentou aps estupro coletivo de estudante em 2012. Papado de Bento 16 viu avano de Isl e evanglicos - De 2005 a 2010, nmero de catlicos se manteve na taxa de 17% da populao mundial; muulmanos avanaram de 21,8% para 22,5%, evanglicos de 7,3% para quase 9%.

Congresso se prepara para votar veto de Dilma aos royaltiesCedendo a presses de Rio de Janeiro, Esprito Santo e So Paulo, a presidente eliminou da proposta de legislao o artigo 3, mantendo assim uma vantagem a esses Estados - os principais produtores de petrleo do pas.Os royalties so tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram o petrleo, como uma forma de compensao por possveis danos ambientais causados durante o processo. A maioria dos congressistas defende que todos os Estados ganhem o mesmo percentual desses recursos e, embora Dilma tenha vetado este artigo, analistas dizem que deputados e senadores da base aliada devem derrub-lo, sustentando que a questo estadual e no partidria. Os governadores capixaba, paulista e fluminense j adiantaram que devem procurar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso o veto presidencial seja derrubado pelos parlamentares. Os congressistas destes Estados se mobilizam para obstruir a pauta, tentando atrasar o horrio da votao, marcada para ter incio s 19h e cujo quorum mnimo de 14 senadores e 86 deputados.A cdula de votao ter os 140 dispositivos rejeitados pela presidente, e aps um perodo de breve comunicaes e leitura de outras rejeies presidenciais, ser aberto espao para discusso. Cada veto ser analisado duas vezes, primeiro pelo Senado e depois pela Cmara. O adiamento da votao, prevista para o ano passado, acabou postergando tambm a apreciao do Oramento, que s deve ser analizado aps o encerramento desta questo. A BBC Brasil preparou um guia com as questes mais polmicas sobre a distribuio dos royalties. Por que a lei dos royalties to polmica?Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties irritou municpios e Estados produtores. Isso porque a lei prev redividir no s recursos de contratos futuros, ou seja, de blocos que ainda sero licitados, como altera tambm os de antigos. O principal Estado afetado por isso seria o Rio de Janeiro, responsvel por % da explorao nacional de petrleo.O royalty um valor pago por uma pessoa ou empresa que detm o direito exclusivo sobre determinado produto ou servio. No caso do setor de petrleo, trata-se de um valor cobrado da concessionria que explora os campos, baseado em sua produo. O montante pago Unio, que repassa parte dos recursos a Estados e municpios segundo propores estabelecidas na legislao. At a aprovao da nova diviso dos royalties pelo Congresso, em novembro deste ano, os municpios e Estados produtores recebiam a maior parcela dos royalties e participaes especiais (tributo pago pelas empresas pela explorao de grandes campos de petrleo). A presidente Dilma, no entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova lei, entre os quais, a rediviso dos royalties para contratos j vigentes. Ela tambm determinou aos beneficirios desses recursos que invistam 100% da renda obtida a partir deles em educao.O Congresso revidou e decidiu votar, em carter de urgncia, os vetos da presidente.

O legado de Chvez: os prs e os contras

CINCO ARGUMENTOS PR-CHVEZ1- Combate desigualdadeDurante o perodo de Hugo Chvez na Presidncia, de 1999 at 2013, a desigualdade na Venezuela caiu gradualmente, da mesma forma que ocorreu na maior parte da regio. O pas tem hoje a distribuio de renda mais igualitria da Amrica Latina, medida pelo coeficiente Gini. No ano passado, o coeficiente Gini da Venezuela (que varia entre 0, mais igualitrio, a 1, mais desigual) ficou em 0,39. Para efeito de comparao, o coeficiente Gini do Brasil, o mais baixo desde que a desigualdade comeou a ser medida, de 0,52.2- Ateno aos pobresHugo Chvez concentrou grande parte dos esforos de seus governos em programas de assistncia aos pobres, alm de promover as chamadas "misses" para combater problemas como o analfabetismo ou a mortalidade infantil. Segundo dados do Banco Mundial, a porcentagem de venezuelanos que vivem abaixo da linha de pobreza caiu de 62,1% em 2003 para 31,9% em 2011. O presidente elogiado por ter criado as chamadas "misses" para combater problemas como o analfabetismoNo campo da educao, os dados da Unesco mostram que a taxa de alfabetizao, que em 1991 era de 89,8%, foi elevada a 95,5% em 2010, e a porcentagem de jovens frequentando o ensino secundrio aumentou de 57%, em 1999, para 83% em 2010.A mortalidade infantil no pas caiu de 20 por mil nascimentos vivos, em 1999, para 13 por mil nascimentos vivos em 2011, em grande parte por conta dos programas para melhorar o atendimento de sade da populao mais pobre.3- Poltica externaPara os simpatizantes de Chvez, um de seus maiores xitos foi o de elevar a importncia da Venezuela no cenrio global e de reposicionar as relaes internacionais do pas.Com uma retrica fortemente anti-imperialista, Chvez rompeu a tradicional cordialidade nas relaes da Venezuela com os Estados Unidos e apostou nas chamadas relaes sul-sul, entre os pases em desenvolvimento.Utilizando ofertas de petrleo a custo baixo como atrativo, Chvez conseguiu tambm angariar apoio internacional de vrios pases s suas ideias.Os opositores, porm, afirmam que o antagonismo com os Estados Unidos, maiores compradores do petrleo venezuelano, foi prejudicial ao pas e questionam as alianas de Chvez com lderes como Saddam Hussein, na poca que governava o Iraque, ou o atual presidente do Ir, Mahmoud Ahmadinejad, alm de criticar uma suposta subordinao a Cuba.4- Controle dos recursos naturaisPara os chavistas, at o fim dos anos 1990 a Venezuela desperdiava o fato de ser um dos maiores produtores e exportadores de petrleo no mundo.Em seus primeiros anos de mandato, Chvez promulgou a nova lei de hidrocarbonetos, que estabeleceu o domnio do Estado venezuelano sobre os combustveis fsseis e o limite de 49% para a propriedade privada em atividades para a extrao de petrleo e gs.A partir de 2007, o governo venezuelano nacionalizou vrios projetos ligados ao setor, de empresas como Exxon Mobil, ConocoPhillips e Total.No perodo em que Chvez esteve frente do governo venezuelano, a cotao internacional do petrleo passou de menos de US$ 20 para os atuais US$ 90, com altos e baixos pelo caminho - chegando a atingir a cotao de US$ 145, recorde histrico, em julho de 2008.O aumento na arrecadao advinda do aumento dos preos do petrleo ajudou Chvez a financiar seus principais programas sociais.5- CarismaUm dos maiores atributos de Hugo Chvez, reconhecido tanto pelos simpatizantes quanto pelos opositores, foi o seu carisma.Chvez tambm era considerado um bom comunicador, capaz de elaborar de improviso discursos que muitas vezes podiam durar horas. Aos domingos, estrelava sua prpria atrao na TV estatal, oAl Presidente, no qual desfilava sua hiperatividade e mostrava aos cidados comuns do pas seu estilo de governar "ao vivo.Graas em parte ao seu carisma, Chvez foi capaz de vencer quatro eleies presidenciais, a ltima delas, em outubro do ano passado, com uma vantagem de nove pontos percentuais em relao ao segundo colocado, apesar do desgaste de 14 anos frente do governo.

CINCO ARGUMENTOS CONTRA CHVEZ1- AutoritarismoApesar de ter sido eleito quatro vezes Presidncia e de ter mantido em funcionamento as principais instituies democrticas do pas, Chvez foi acusado de adotar medidas antidemocrticas. O presidente tambm foi acusado de controlar os poderes independentes do pas, como a Justia, com a indicao de chavistas para postos-chave. Em consequncia, Chvez teria se beneficiado de diversas decises judiciais, como a recente deciso do Tribunal Supremo de Justia, em janeiro, de que o presidente, internado em Cuba, no precisaria tomar posse oficialmente em seu novo mandato, por ser uma continuao do mandato anterior. Outro ato de Chvez apontado como exemplo de seu estilo autoritrio foi sua reao aps perder um referendo em dezembro de 2007 para acabar com a limitao de mandatos presidenciais, que o impediria de se candidatar novamente reeleio, em 2012. Ao invs de aceitar o resultado, ele promoveu um novo referendo, em fevereiro de 2009, no qual conseguiu aprovar a mudana.2- CorrupoO discurso anticorrupo foi uma das principais bandeiras de Chvez em sua tentativa de golpe de Estado contra o ento presidente Carlos Andrs Prez, em 1992, e depois em sua primeira campanha Presidncia, em 1998. Mas a oposio acusa Chvez de ter aparelhado o Estado venezuelano e aumentado a corrupo no pas ao invs de combat-la. Segundo o ltimo relatrio da ONG Transparncia Internacional, a Venezuela aparece em 165 lugar em uma lista de 176 pases em um ranking de percepo da corrupo no mundo.A percepo da corrupo na Venezuela a maior da Amrica Latina, segundo o ranking da Transparncia.3- Problemas econmicosApesar de se proclamar socialista, Chvez no conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econmicas que afetam principalmente a populao de renda mais baixa, a inflao. Com ndices que chegam a 30%, a Venezuela tem a maior inflao da Amrica Latina. Seu governo tambm falhou em no criar uma poltica econmica de longo prazo que fosse capaz de evitar a recesso. A estrutura econmica herdada de governos anteriores na qual a atividade produtiva se resumia praticamente explorao de petrleo, se manteve intacta na era Chvez. No houve diversificao do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petrleo.O pas permanece extremamente dependente do lucro do petrleo, que implica em aproximadamente 95% das exportaes ou cerca de 12% do PIB. O deficit oramentrio do governo atingiu 17% do PIB em 2012. J a dvida pblica, apesar da valorizao do petrleo, subiu para 49% do PIB.4- Liberdade de imprensaEntre as acusaes contra Chvez esto a de que querer silenciar a mdia privada do pas. A relao de Chvez com a imprensa tambm foi complicada: o lder venezuelano acusava diversos veculos de atuar como "porta-vozes" da oposio. O presidente venezuelano era chamado de populista e autocrtico, acusado de ameaar a liberdade de imprensa e de utilizar a mquina estatal para perseguir aqueles que discordavam de sua "revoluo. Entre as acusaes contra Chvez esto a de que querer silenciar a mdia privada do pas. Em 2007, aps sua terceira eleio, Chvez no renovou a concesso para a RCTV, segunda maior rede de TV do pas. A RCTV havia sido acusada, ao lado de outras TVs privadas, de apoiar a tentativa de golpe contra Chvez em 2002. A ONG Humans Right Watch criticou o legado "autoritrio" deixado por Chvez, dizendo que ele aumentou radicalmente o controle da imprensa e tentou justificar suas polticas nesse campo alegando que eram necessrias para "democratizar" as TV abertas do pas. "No entanto, em vez de fomentar o pluralismo, o governo abusou de seu poder regulatrio para intimidar e censurar seus crticos. Ampliou de um para seis os canais administrados pelo governo", acrescentou a HRW.5 - ViolnciaA violncia urbana fugiu ao controle na Venezuela durante as gestes de Chvez. Segundo estatsticas do escritrio especializado em crimes e drogas da ONU (Unodc), quando o mandatrio assumiu o poder em 1999, a taxa de homicdios era de 25 para cada 100 mil habitantes. Em 2010, esse nmero havia subido para 45 por 100 mil habitantes o que representa uma elevao de 80%. A taxa a mais alta da Amrica do Sul. No mesmo ano, o Brasil registrou ndice de 21 por 100 mil. O patamar acima do qual os homicdios so considerados endmicos 10 por 100 mil habitantes.

Gestos, no origem do papa, ditaro sua influncia na Amrica Latina

A nomeao de um argentino para a chefia do Vaticano representa um importante aceno da Santa S Amrica Latina, mas os gestos do papa Francisco tero mais poder de influncia do que sua origem na relao entre a Igreja Catlica e os latino-americanos, segundo padres e telogos ouvidos pela BBC Brasil. Regime militarAinda que a Igreja Catlica argentina seja considerada politicamente mais conservadora do que a maioria das igrejas nos pases vizinhos, a vida simples levada pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio, suas aes em prol dos mais pobres e a humildade com que se apresentou como papa foram elogiados por padres e telogos da regio.As diferenas, segundo os entrevistados, alcanaram seu pice quando boa parte dos pases latino-americanos era controlado por ditaduras militares. Ativistas acusam a Igreja Catlica argentina de ter silenciado diante de violaes de direitos humanos pelo regime militar (1976-1983). H ainda relatos de que alguns padres catlicos colaboraram com o governo e at presenciaram cenas de tortura de dissidentes. O papel do prprio Bergoglio durante o perodo objeto de controvrsia. Em fevereiro, a Justia argentina afirmou que a cpula da Igreja Catlica, que Bergoglio integrava, "fechou os olhos" para as mortes de religiosos progressistas. Em 2005, ativistas processaram o cardeal por supostamente ter sido cmplice do sequestro de dois padres jesutas. J Bergoglio diz ter agido para libertar os religiosos.Maria das Dores Campos Machado, professora da Escola de Servio Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), diz que a proximidade entre a igreja e os militares argentinos era ainda alimentada pelos interesses econmicos dos religiosos. Por meio de escolas catlicas, o grupo tem grande participao no setor educacional do pas. Aps o fim da ditadura, diz ela, o conservadorismo poltico da igreja cedeu, mas o conservadorismo moral se manteve. Machado cita embates entre Bergoglio que acabaria por se tornar o principal expoente da igreja no pas e o governo argentino sobre casamento gay, aborto e a adoo de crianas por casais homossexuais. Em 2010, quando Bergoglio posicionou-se contra esses temas, a presidente Cristina Kirchner disse que o religioso usava tom comum "s pocas medievais e Inquisio". "O cardeal Ratzinger perseguiu telogos da libertao, Joo Paulo 2 tambm. Duvido que o novo papa possa fazer isso.Jorge Claudio Ribeiro, professor do Departamento de Cincias da Religio da PUC-SP.J a igreja brasileira, segundo Machado, ainda que moralmente conservadora, assumiu posio poltica crtica ditadura militar. Ao contrrio dos colegas argentinos, diz ela, bispos e padres brasileiros se afastaram dos militares e protegerem dissidentes. Os religiosos locais tiveram ainda, segundo a professora, uma posio "mais sensvel aos movimentos democratizantes" do que os vizinhos argentinos.Primeiros gestosPadres brasileiros ligados a movimentos sociais consideraram promissores os primeiros gestos do novo papa."O papa se apresentou de forma despojada, com muita humildade, de um jeito mais fraterno do que marcado por discurso de poder", diz o padre Flavio Lazarrin, ligado Comisso Pastoral da Terra, rgo que atua em prol de camponeses. "Parece um homem de f e espiritualidade."Ainda assim, Lazzarin diz que a escolha de um papa latino-americano independentemente de suas posies polticas ou morais no resultar em mudanas nas relaes entre os padres do continente e suas comunidades. "Ns, no Brasil, temos ampla liberdade, somos escutados e apoiados pela maioria dos bispos. E, pessoalmente, acho que as coisas importantes, que determinam o caminho da histria da humanidade, vm de baixo para cima, e no dos locais do poder. Para o padre Paulo Suess, ligado ao Conselho Indigenista Missionrio (Cimi), "se o novo papa no ser um defensor da Teologia da Libertao, porque vem de outro contexto, ao menos fez a opo pelos pobres em concreto, ao andar de metr, cozinhar sua prpria comida.Suess diz que a postura de Francisco pode influenciar padres que atuam no interior do continente.Outras notcias de MaroDo sul do Brasil a candidato a papa: a trajetria de dom Odilo - Cardeal arcebispo de So Paulo um dos favoritos para suceder Bento 16 como papa.Fidel diz que Cuba perdeu o seu melhor amigo com a morte de Chvez - Em artigo, lder cubano afirma que notcia foi recebida como um duro golpe pela populao de seu pas.Nelson Mandela hospitalizado na frica do Sul - Autoridades locais dizem que ex-presidente est passando por exames de rotina.Dez anos depois, veteranos do Iraque ainda trazem guerra para casa - Casos de violncia envolvendo ex-combatentes chocaram os EUA; mais de 600 mil veteranos tm problemas mentais graves, dizem especialistas.No Rio, refugiados africanos enfrentam pobreza, violncia e preconceito - Ma