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Legislao 2

Contedos Programticos1 Direito do Consumidor: Generalidades2 Aplicao do Cdigo do Consumidor ao imvel em Construo3 Direito Administrativo Licitao4 Direito Civil incorporaes imobiliriasDireito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo1 - Produo predominantemente artesanal2 - Perodo anterior Revoluo Industrial: produo de bens estava sob o controle das Corporaes de Ofcio com a predominncia ainda da atividade manufatureira.3 - Revoluo Industrial.

Direito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo(Continuao)4 - Sociedade da produo em Massa4.1 - Iniciou-se no perodo ps revoluo Industrial4.2 - Aumento excessivo da oferta com a diminuio dos custos da produo.5 Consolidao do Sistema de Produo em Massa5.1 Produo planejada unilateralmente pelo fabricante5.2 Planeja-se 01 item que reproduzido milhares de vezes

Direito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo(Continuao)5.3 Planejamento reflete na seara contratual6 Contrato de adeso (art. 54 CDC)Art. 54. Contrato de adeso aquele cujas clusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou servios, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu contedo.7 Modelo legal ultrapassado regulamentou essa nova configurao das relaes de consumo por bastante tempo.Questionamento: E por que o modelo do Cdigo Civil no serve para regulamentar a nova face da relao consumidor e fornecedor?

Direito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo(Continuao)Exemplos de diferenas: A oferta eo pacta sunt servanda.8 A Constituio da Repblica de 1988As constituies do ocidente so documentos histricos, polticos e ideolgicos que refletem o pensamento jurdico de uma sociedade. Vide: Princpio da Dignidade da Pessoa humana no ps-guerra.

Direito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo(Continuao)8.1 - Supremacia ConstitucionalObs.: Dentre os fundamentos cabe destacar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Art.170.A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios: III- funo social da propriedade; V- defesa do consumidor; VII- reduo das desigualdades regionais e sociais;

Direito do Consumidor: generalidadesEvoluo das relaes de consumo(Continuao)9 - Cdigo de Defesa do ConsumidorToda a sistemtica do CDC tem sua vigncia, validada pela Constituio de 88

Direito do Consumidor: generalidadesConceito de Fornecedor e de Consumidor

Direito do Consumidor: generalidadesConsumidorO CDC definiu o termo consumidor em seu art. 2:Art. 2 Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final.O pargrafo nico do art. 2, bem como os arts. 17 e 29, equiparam algumas pessoas consumidores:Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.Art. 17. Para os efeitos desta Seo(Captulo IV, Seo II), equiparam-se aos consumidores todas as vtimas do evento. (danos causados pela atividade comercial e/ou industrial)Art. 29. Para os fins deste Captulo (V) e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determinveis ou no, expostas s prticas nele previstas. (Oferta, Publicidade, Prticas abusivas, Cobranas de Dvidas, Banco de Dados, Contratos de adeso e Clusulas Abusivas).

Direito do Consumidor: generalidadesConsumidor

tanto quem adquire quanto quem consome.

Direito do Consumidor: generalidadesConsumidorDestinatrio finalPessoa NaturalPessoa Jurdica (at uma grande empresa pode ser).

Obs.: Pessoa jurdica como destinatria de bens de produo.Bens tpicos de consumo e bens que podem ser tanto de consumo quanto de produo: aplica-se o CDCBens tpicos de produo: O CDC no regula essas relaes. Por que? Protecionismo poderia gerar entraves.No est dentro dos princpios e finalidades do CDC: defesa dos vulnerveis

Direito do Consumidor: generalidadesConsumidorColetividade de pessoas: nico do art. 2.

Mesmo que no possam ser identificadas, desde que tenham de alguma maneira participado da relao de consumo.Permite que as chamadas universalidades possam figurar na relao de consumo: Massa falida ou condomnio podem ser consumidores de bens e servios.Direito do Consumidor: generalidadesConsumidorVtimas do Evento (art. 17)

O art. 17 deixa patente a equiparao do consumidor s vtimas do acidente de consumo que, mesmo no tendo sido ainda consumidoras diretas, foram atingidas pelo evento danoso.

Direito do Consumidor: generalidadesConsumidorTodas as pessoas expostas s prticas comerciais.

O art. 29 diz, em suma, que existindo atividade comercial, toda a coletividade j est exposta a ela, ainda que em nenhum momento se possa identificar um nico consumidor real que pretenda insurgir-se contra tal prtica.

Direito do Consumidor: generalidadesFornecedor

Art. 3 Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.Conceito sem excluso.Direito do Consumidor: generalidadesFornecedor Atividade tpica e atpica (ou eventual)O comerciante estabelecido regularmente exerce a atividade tpica descrita em seu estatuto.Atividade atpica ou eventual aquela exercida de forma paralela e acessria atividade tpica.Em acontecendo qualquer das duas situaes, o ente que exerce atividade tpica ou atpica considerado fornecedor.

Direito do Consumidor: generalidadesFornecedor ATENO! A simples venda de ativos sem carter de regularidade ou eventualidade no transforma a relao jurdica em relao jurdica de consumo.

Ente despersonalizado: Os compradores de imveis de uma construtora falida, iro se relacionar com a Massa Falida, nos termos do CDC. H possibilidade tambm de continuidade das atividades.Pessoas jurdicas de fato: CamelDireito do Consumidor: generalidadesFornecedor Pessoa Fsica O proteo da lei ao profissional liberal (4 do art. 14) 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apurada mediante a verificao de culpa.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAspectos Formais do ContratoConceito: Vnculo jurdico entre dois ou mais sujeitos de direito, correspondido pela vontade e pela responsabilidade do ato formado. Acordo capaz de criar, modificar e extinguir direitos.

Forma: Prioritariamente livre!Excees!

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAspectos Formais do Contrato

Elementos de validade:CapacidadeObjeto possvel (material ou juridicamente)Objeto lcitoSuscetvel de valor econmicoDeterminado ou determinvel

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAspectos Formais do Contrato

Prestao

O contrato uma fonte de prestaes.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAtraso na entrega do imvel

Responsabilidade da ConstrutoraDanos emergentes e lucros cessantes.

Art. 6 So direitos do consumidor:VI a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAtraso na entrega do imvel

Crescimento do setor imobilirioTolerncia no atraso de imveis.

Clusulas abusivas

Art. 51 So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativamente ao fornecimento de produtos e servios que:IV - estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a equidade.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAtraso na entrega do imvel

Diz o artigo 55 3. lei 4.591/64:Nos contratos de construo por empreitada a Comisso de Representantes fiscalizar o andamento da obra e obedincia ao projeto e s especificaes, exercendo as demais obrigaes inerentes a sua funo representativa dos contratantes; a fiscalizadora da construo.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoAtraso na entrega do imvel

Estipulao de um seguro imobilirio.

PL 178/2011Estipula multa de 2% pela mora, acrescida de 1% ao ms.A construtora tambm ficar sujeita 0,5% de multa administrativa.Aplicao do CDC ao Imvel em Construorea do Imvel Menor

Antiga tolerncia do Cdigo CivilArt. 500. Se, na venda de um imvel, se estipular o preo por medida de extenso, ou se determinar a respectiva rea, e esta no corresponder, em qualquer dos casos, s dimenses dadas, o comprador ter o direito de exigir o complemento da rea, e, no sendo isso possvel, o de reclamar a resoluo do contrato ou abatimento proporcional ao preo. 1o Presume-se que a referncia s dimenses foi simplesmente enunciativa, quando a diferena encontrada no exceder de um vigsimo da rea total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstncias, no teria realizado o negcio.

Aplicao do CDC ao Imvel em Construorea do Imvel Menor

Banalizao da leso ao consumidor

Deciso do Superior Tribunal de Justia em 2006: A referncia a rea nos contratos regidos pelo CDC deve ser estritamente respeitada. nula a referncia contratual tolerncia nesses casos.(vide art. 51, inciso I)Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPagamento dos custos de habite-se

O habite-se o documento expedido pela prefeitura municipal atestando que o imvel encontra-se legalmente construdo, ou seja, que observou todos os requisitos legais para ser habitado.Tambm chamado de alvar de utilizao.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPagamento dos custos de habite-se

Exigncias para a obter o habite-se:Comprovao do recolhimento ao INSS das contribuies referentes mo-de-obra empregada (de responsabilidade do dono da obra, do incorporador e da empresa construtora), do ISS (imposto sobre servios), a apresentao dos laudos das concessionrias dos servios pblicos de gua, energia, gs e telefonia indicando aptido para o recebimento de seus servios, laudo do corpo de bombeiros certificando a observncia das regras de segurana, bem como de vistoria na obra comprovando que a mesma encontra-se de acordo com o projeto arquitetnico previamente aprovado pela prefeitura e com as regras de zoneamento urbano.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPagamento dos custos de habite-se

Aps a expedio do habite-se o imvel j pode ser registrado no cartrio de registro de imveis.

Sem o habite-se: Impossibilidade de se obter financiamento, de registrar e de ver expedido o alvar para estabelecimentos comerciais.

Obs. Contas de gua e luz no comprovam a regularidade do imvel.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPagamento dos custos de habite-se

Quem paga o habite-se?

Vai depender do que estiver estipulado no contrato de promessa de compra e venda.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoATIVIDADE DE SALA

Com a crescente progresso comercial da Indstria Imobiliria vieram problemas como o atraso da entrega do imvel comprado na planta, bem como de imveis com tamanhos reduzidos em relao ao que fora contratado. Quais as consequncias jurdicas dessas leses aos consumidores? Publicidade

Publicidade

Meio de aproximao do produto e do servio ao consumidor. Por meio dela o consumidor toma conhecimento do produto ou servio.Publicidade

Publicidade ou propaganda?Publicidade

Publicidade e verdade

O anncio publicitrio no pode faltar com a verdade daquilo que anuncia de forma alguma, quer seja por afirmao, quer por omisso. Art. 220 e 221 da CRFBPublicidade

Art. 220. A manifestao do pensamento, a criao, a expresso e a informao, sob qualquer forma, processo ou veculo no sofrero qualquer restrio, observado o disposto nesta Constituio. 3: Compete lei federal:II - estabelecer os meios legais que garantam pessoa e famlia a possibilidade de se defenderem de programas ou programaes de rdio e televiso que contrariem o disposto no Art. 221, bem como da propaganda de produtos, prticas e servios que possam ser nocivos sade e ao meio ambiente. 4 - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcolicas, agrotxicos, medicamentos e terapias estar sujeita a restries legais...Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPublicidade

Art. 221. A produo e a programao das emissoras de rdio e televiso atendero aos seguintes princpios:I - preferncia a finalidades educativas, artsticas, culturais e informativas;II - promoo da cultura nacional e regional e estmulo produo independente que objetive sua divulgao;IV - respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e da famlia.Publicidade

O Cdigo Brasileiro de Autorregulamentao PublicitriaDestacaremos os principais pontos do CBAP

Publicidade

O Cdigo Brasileiro de Autorregulamentao PublicitriaFica estabelecido (art. 16) que o Poder Judicirio no exame das causas envolvendo publicidade, utilizar dos parmetros trazidos pelo CBAP.

Publicidade

AnncioQualquer espcie de publicidade, seja qual for e o meio que a vincule. So considerados anncios mesmo aquelas informaes constantes da embalagem, rtulo, folhetos e materiais dos pontos de venda.

Principais preceitos do CBAP1 O anncio deve ser honesto e verdadeiroHonestoO anncio deve ser realizado de forma a no abusar da confiana do consumidor, no explorar sua falta de experincia ou de conhecimentos, nem se beneficiar de sua credulidade

Principais preceitos do CBAP1 O anncio deve ser honesto e verdadeirob)Verdadeirob.1)Descriob.2)Preo e forma de pagamento(obs. Pagamento a prazo e comparaes com outros preos)b.3)Oferta de preo menorb.4) Entregab.5)GarantiaPrincipais preceitos do CBAP1 O anncio deve ser honesto e verdadeirob)Verdadeiro (continuao)b.6) Uso da palavra grtisb.7)Despesas alm do produto ou serviob.8)Informaes tcnicas e cientficas (ABNT)b.9)Uso de Pesquisas e estatsticas

Principais preceitos do CBAP

2 Os anncios devem ser respeitososa)Discriminaob)Atividades ilegaisc)Decnciad)Intimidade

Principais preceitos do CBAP

3 Medo, superstio e violnciaMedo s pode ser usado quando houver motivo socialmente relevante.SuperstioViolnciaPrincipais preceitos do CBAP

4 Meio ambienteProibidos anncios que estimulem direta ou indiretamente:Depredao da fauna, flora ou dos demais recursos naturaisPoluio sonora

Principais preceitos do CBAP

5 Patrimnio culturalProibido o uso desrespeitoso de msica folclrica, de folguedos e temas populares.

Principais preceitos do CBAP

5 LinguagemO anncio deve ser feito em vernculo gramaticalmente correto. O uso de grias e expresses estrangeiras s devem ser usados quando necessrios para transmitir o clima pretendido.Principais preceitos do CBAP

5 Linguagem (continuao)

O anncio deve ser feito em boa pronncia e no utilizar o calo.Principais preceitos do CBAP

6 Testemunhais

o endosso mediante o qual pessoa ou entidade diferente do anunciante exprime opinio, ou reflete observao e experincia prpria a respeito de um produto.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPrincipais preceitos do CBAP

6 .1 Testemunhais de um peritoO anncio dever nomear o depoente e ter correlao com a sua especialidade.Respeitadas as normas legais e tcnicas que disciplinam a respectiva categoria.

Principais preceitos do CBAP

6 .2 Testemunhais de pessoa famosaNo ser aceito o anncio que atribuir o sucesso ou a fama da testemunha ao uso do produto, a menos que isso possa ser comprovado.

Principais preceitos do CBAP

6 .3 Testemunhais de pessoa comum (consumidor)

Os modelos profissionais ou empregados no devem se passar por consumidores comuns.O testemunho do consumidor, identificado, dever ficar limitado a sua experincia com o produto.Principais preceitos do CBAP

7 Pea Jornalstica permitida essa espcie de publicidade, desde que haja uma distino clara das verdadeiras peas jornalsticas.

Principais preceitos do CBAP

8 MerchandisingComo o anncio deve ser ostensivo e passvel de identificao imediata, essa tcnica proibida.

Porm, h oportunidades em que notrio o carter de anncio, nesses casos permitida essa tcnica.Principais preceitos do CBAP

Consideraes finais sobre o CPABObjetivoTransparncia (em relao a quem o patrocinador)

Publicidade Enganosa

O consumidor no pode ser enganado por uma mentira, nem por uma meia verdade.Publicidade Enganosa (O chamariz)

Os primeiros dez clientes que ligarem tero 50% de desconto...

LIQUIDAO!! GRANDES DESCONTOS!!!

Uma maneira enganosa de atrair o consumidor , para que ele, uma vez estando no estabelecimento, acabe comprando algo.

Publicidade Enganosa (Informao distorcida)

Estabelecendo informaes falsas ou distorcidas sobre o produto/servio em si.

Ser enganosa, se comparando com o fornecimento do produto ou servio, verificar-se a divergncia.

Publicidade Enganosa (Ambiguidade)

Se, ao ler o texto, assistir imagem, ouvir a mensagem falada, restar possvel mais de uma interpretao e uma delas levar enganosidade, o anncio ser enganoso.

Ex: Foto de um imvel, com o preo de outro.

Publicidade Enganosa (Exagero)

A utilizao de adjetivaes exageradas pode causar enganosidade ou no.

Publicidade Enganosa (Por Omisso)

omissa a publicidade quando deixar de informar dados essenciais do produto ou servio.

Se for uma informao nova, que divergir do padro normal do produto.

Contrapropaganda (CDC)

Art. 60. A imposio de contrapropaganda ser cominada quando o fornecedor incorrer na prtica de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus pargrafos, sempre s expensas do infrator.

1 A contrapropaganda ser divulgada pelo responsvel da mesma forma, freqncia e dimenso e, preferencialmente no mesmo veculo, local, espao e horrio, de forma capaz de desfazer o malefcio da publicidade enganosa ou abusiva.

Contrapropaganda (CDC)

Funo Apesar de ser impossvel desfazer todo o mal causado pelo anncio abusivo, possvel remedi-lo, diminuir ao mximo seus efeitos nocivos.

Contrapropaganda (CDC)

AstreinteDeve o juiz, ao imp-la, fixar desde logo multa diria pelo descumprimento da obrigao.

Fiscalizao da aplicao das Normas de controle Publicitrio

CONAR Conselho Nacional de Autorregulamentao Publicitria.Ministrio PblicoPROCON Programa de Orientao e Proteo ao Consumidor.Poder JudicirioAplicao do CDC ao Imvel em ConstruoQUESTO DE SALA

Disserte sobre as principais (a partir de 4) limitaes que a atividade publicitria sofre em decorrncia do cumprimento do Cdigo Brasileiro de Autorregulamentao Publicitria.Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

No se pode confundir com a oferta do Cdigo Civil.

S obriga EFETIVAMENTE quando a coisa que est sendo oferecida tiver preo certo e for dirigida a uma pessoa determinada.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da ofertaCdigo CivilArt. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrrio no resultar dos termos dela, da natureza do negcio, ou das circunstncias do caso.

CDCArt. 30. Toda informao ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicao com relao a produtos e servios oferecidos ou apresentados, OBRIGA o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoCaractersticas necessrias da oferta

Art. 31. A oferta e apresentao de produtos ou servios devem assegurar informaes corretas, claras, precisas, ostensivas e em lngua portuguesa sobre suas caractersticas, qualidades, quantidades, composio, preo, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam sade e segurana dos consumidores.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Publicidade e Informao (EX: orientaes dos vendedores, panfletos informativos etc.)

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Toda oferta tem que ser suficientemente precisa.

E se no for?Nada comunicaComunica mal.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Qualquer meio de comunicao

A oferta integra o contrato (vinculao).Art. 35Existe erro escusvel da oferta???

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Erro na oferta.Erro grosseiroErro que poderia ter ocorrido no mundo real.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

No importa aqui tambm qual o meio de comunicao utilizado.

Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoObrigatoriedade da oferta

Recusa no cumprimento da oferta (art. 35):1 Exigir o cumprimento forado;2 Aceitar outro produto ou servio ou3 Resciso contratual: Perdas e Danos + ressarcimento.

78Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Art. 28 (Leitura)79Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

1 Origem da possibilidade de desconsiderao.Utilizao de pessoas jurdicas para prticas abusivas.

80Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

2 Dever do magistrado

Apesar de a lei falar em poder o juiz dever, verificando o caso concreto, desconsiderar a personalidade jurdica. Rizzato Nunes

81Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

3 Desconsiderao e no dissoluoO juiz no considerar a sociedade extinta.Nem necessrio verificar a forma de constituio da pessoa jurdica.82Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Pressuposto para haver essa desconsiderao

necessria a constatao do fato de que o consumidor sofreu algum dano (publicidade, vcio no produto etc).83Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

1 - Abuso de direito: Sempre que o titular de um direito fizer mau uso deste, causando prejuzo a terceiro.84Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

2 Excesso de poder: Para a doutrina, quando o CDC fala em excesso de poder, est se referindo especificamente violao dos estatutos ou do contrato social.85Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

3 Infrao da lei ou prtica de ato ilcito: Entende-se quando a p. jurdica praticou ato contra disposio legal de qualquer ordem e que por isso impede o consumidor de satisfazer seus direitos.86Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

4 Violao dos estatutos ou contrato social: Necessria a aferio de possvel irregularidade dentro do contedo dos estatutos ou contratos sociais.87Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

5 M administrao:Mesmo se houver encerramento das atividades88Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Casos previstos no CDC

6 Outras espcies de abuso:89Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDesconsiderao da personalidade jurdica

Comparao com o Cdigo CivilArt. 50. Em caso de abuso de personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.90Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

VCIO X DEFEITO91Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Vcios so caractersticas de qualidade ou quantidade que tornem os produtos ou servios imprprios ou inadequados ao consumo e lhes diminuem o valor, da mesma forma as disparidades de indicaes.

92Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Vcios se dividem em:Aparentes, que so os vcios de fcil constatao, aquele que aparece no singelo uso e consumo do produto.

93Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Vcios se dividem em:Ocultos, que so aqueles que s aparecem algum ou muito tempo aps o uso e que, por estarem inacessveis ao consumidor, no podem ser detectados na utilizao ordinria.94Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Defeito pressupe o vcio. E um problema extra. O defeito causa, alm do defeito do vcio, danos ao patrimnio jurdico material e/ou moral e/ou esttico e/ou imagem do consumidor.95Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

O vcio pertence ao prprio produto ou servio, jamais atingindo a pessoa do consumidor ou OUTROS bens seus. O defeito vai alm do produto ou do servio para atingir o consumidor em seu patrimnio jurdico mais amplo (moral, material, esttico ou da imagem).96Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Prazo para saneamento do vcio de produtos30 dias (art. 18, 1)97Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPrazo para saneamento do vcio de produtos 1 No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha:I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso;II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do preo.

98Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoProibio de oposio do fornecedor

Cabe ao consumidor escolher dentre as alternativas legais a que ele prefere, sem ter de apresentar qualquer justificativa ou fundamento.99Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Prazo para saneamento do vcio de produtosProblema: O prazo demasiadamente longo em alguns casos.Vrios consertos.100Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Prazo para saneamento do vcio de produtosComo contar os prazosProibida a recontagem do tempo30 dias: limite mximoVcio diferente101Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Vcio diferente de Desgaste

O prazo pode ser aumentado?Sim, para at 180 dias, mas s com a anuncia do consumidor.102Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Saneamento do vcio de serviosConstatado o vcio, pode o consumidor exigir de imediato as garantias oferecidas na lei.

103Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Saneamento do vcio de servios e produtosO fornecedor pode se eximir dessa responsabilizao em duas situaes:Quando provar queI - tendo prestado o servio, o defeito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro

104Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Art. 20. O fornecedor de servios responde pelos vcios de qualidade que os tornem imprprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicaes constantes da oferta ou mensagem publicitria, podendo o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha:I - a reexecuo dos servios, sem custo adicional e quando cabvel;II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do preo.

105Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Nenhuma autorizao governamental motivo da excluso da responsabilizao do fabricante106Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Uso e riscos razoveis: excluem a responsabilidade dos fornecedores107Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Art. 12 caput Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos108Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Art. 12 caput O elenco de situaes referidos pela norma meramente exemplificativo.Ex: Transporte do produto, sua guarda etc.109Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Art. 12 caput Publicidade e informao causadora de dano.110Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoDefeitos nos produtos ou servios

Art. 12 caput Solidariedade111Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

Art. 24 e art. 26 (Leitura)112Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

O direito de reclamar pelos vcios aparentes, caduca em:a)30 dias (produtos e servios no durveis) eb)90 dias (produtos e servios durveis)113Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

Vcio ocultoO prazo de garantia comea a contar a partir do momento em que ficar evidenciado o vcio. 114Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

Incio da contagem do prazo1 - Data da entrega do produto2 - Trmino da execuo do servio

115Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

Garantia ContratualArt. 50 e pargrafo nico (Leitura).116Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoGarantia do produto ou servio

Garantia ContratualGarantia Complementar tem o sentido de aquilo que excede o prazo de garantia contratual.117Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPrescrio (art. 27)Prescrevem em 5 anos a pretenso reparao pelos danos causados por fato do produto ou do servio prevista na Seo II deste captulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano ou de sua autoria.118Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPrescrio

Toda e qualquer situao relativa a relao jurdica de consumo que gerar dano por defeito est enquadrada na norma do art. 27.119Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoPrescrio

Incio do PrazoConhecimento do DanoConhecimento de sua autoria.120Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoOutras garantias:Repetio do indbito (Art. 42)O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria, juros legais, salvo hiptese de engano justificvel.121Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoOutras garantias:Repetio do indbitoPara ocorrer devem ser preenchidos dois requisitos:Cobrana indevidaPagamento pelo consumidor do valor indevidamente cobrado.122Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoOutras garantias:Repetio do indbitoEngano justificvel A prova do engano s poder ser apresentada:Se no houve cobrana extrajudicial do consumidorSe, no tendo havido cobrana extrajudicial e ao ser citado no processo, o credor deposita desde logo a quantia paga a mais, acrescida de correo monetria.123Aplicao do CDC ao Imvel em ConstruoOutras garantias:Repetio do indbito

O direito a repetio do indbito independe do meio de cobrana (judicial ou extrajudicial).124