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ATPS Máquinas Hidráulicas

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  • 1. ETAPA 01

    1.1. Bombas Hidrulicas

    As bombas so usadas nos circuitos hidrulicos, para transformar energia mecnica em energia hidrulica. Segundo Agostini (2013), a ao mecnica gera um vcuo parcial na entrada da bomba, admitindo assim que a presso atmosfrica force o fluido do tanque, por meio da linha de suco que penetra na bomba. A bomba passar o fluido para a abertura de descarga, forando-o por meio do sistema hidrulico. As bombas so classificadas, em dois tipos: hidrodinmicas e hidrostticas.

    Fonte: Agostini (2013)

    As bombas hidrulicas so classificadas como positivas (fluxo pulsante) e no positivas (fluxo contnuo).

    1.1.1. Bombas Hidrodinmicas So bombas de deslocamento no positivo, utilizadas para transferir fluidos e a nica resistncia a criada pelo peso do fluido e pelo atrito. Para Agostini (2013), essas bombas raramente so utilizadas em sistemas hidrulicos, porque seu poder de deslocamento de fluido diminui quando aumenta a resistncia e tambm porque possvel bloquear-se totalmente sua porta de sada em pleno regime de funcionamento da bomba.

  • Fonte: Agostini (2013)

    1.1.2. Bombas Hidrostticas So bombas de deslocamento positivo, que fornecem quantidade estabelecida de fluido a cada rotao/ciclo, produzem fluxos de forma pulsativa, contudo sem variao de presso no sistema.

    Como nas bombas hidrostticas a sada do fluido no depende da presso, com exceo de perdas e vazamentos, praticamente todas as bombas necessrias para transmitir fora hidrulica em equipamento industrial, em maquinaria de construo e em aviao so do tipo hidrosttico.

  • 1.2. Especificao de bombas As bombas so, especificadas pela capacidade de presso mxima de operao e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada rotao por minuto.

    1.2.1. Relaes de presso A faixa de presso de uma bomba definida pelo fabricante, com base na vida til da bomba. Se uma bomba for operada com presses superiores s definidas pelo fabricante, sua vida til ser menor.

    1.2.2. Deslocamento De acordo com Agostini (2013), deslocamento o volume de lquido transferido durante uma rotao e equivalente ao volume de uma cmara multiplicado pelo nmero de cmaras que passam pela porta de sada da bomba, durante uma rotao da mesma. O deslocamento apresentado em centmetros cbicos por rotao e a bomba caracterizada pela sua capacidade nominal, em litros por minuto.

    1.2.3. Capacidade de fluxo A capacidade de fluxo pode ser representada pelo deslocamento ou pela sada, em litros por minuto.

    1.2.4. Eficincia volumtrica Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu deslocamento em cada ciclo. Na prtica, o deslocamento menor, devido a vazamentos internos. Quanto maior a presso, maior ser o vazamento da sada para a entrada da bomba ou para o dreno, diminuindo assim a eficincia volumtrica.

    !!" Se, por exemplo, uma bomba a 70kgf/cm2 de presso deve deslocar, teoricamente, 40 litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua eficincia volumtrica, nessa presso, de 90%, como se observa aplicando os valores na frmula:

    #$%&!% !!" '!" Segundo Agostini (2013), as bombas hidrulicas em uso nos dias de hoje so, em sua maioria, do tipo rotativo, ou seja, um conjunto rotativo transporta o fluido da abertura de entrada para a

  • sada. De acordo com o tipo de elemento que produz a transferncia do fluido, as bombas rotativas podem ser de engrenagens, de palhetas ou de pistes.

    1.2.5. Localizao da bomba Usualmente num sistema hidrulico industrial, a bomba est situada sobre a tampa do reservatrio que contm o fluido hidrulico desse sistema. A linha ou duto de suco conecta a bomba com o lquido no reservatrio. O lquido, fluindo do reservatrio para a bomba, pode ser considerado um sistema hidrulico separado. Mas, neste sistema, a presso menor que a atmosfrica gerada pela resistncia do fluxo.

    A energia para deslocar o lquido aplicada pela atmosfera. A atmosfera e o fluido no reservatrio operam juntos, como no caso de um acumulador.

    1.2.6. Medio da presso atmosfrica Torricelli, o inventor do barmetro, mostrou que a presso atmosfrica pode ser medida por uma coluna de mercrio. Enchendo-se um tubo com mercrio e invertendo-o em uma cuba cheia com mercrio, ele descobriu que a atmosfera padro, ao nvel do mar, suporta uma coluna de mercrio de 760 mm de altura. Qualquer elevao acima desse nvel deve medir evidentemente menos do que isso. Num sistema hidrulico, as presses acima da presso atmosfrica so medidas em kgf/cm2. As presses abaixo da presso atmosfrica so medidas em unidade de milmetros de mercrio.

    Altitude acima do nvel do mar Leitura do barmetro em cm de Hg Presso atmosfrica kgf/cm2 0 76,0 1,034

    305 73,0 0,999

    610 70,0 0,957

    914 67,8 0,922

    1219 65,3 0,887

    1524 62,7 0,851

    1829 60,5 0,823

    2134 58,2 0,788

    2438 56,1 0,760

    2743 53,8 0,732

    3048 51,8 0,704 Fonte: Agostini (2013)

  • 1.2.7. Operao no lado de suco da bomba Segundo Agostini (2013), quando uma bomba no est em operao, o lado de suco do sistema est estabilizado. A condio de sem fluxo existe e indicada pelo diferencial de presso zero entre a bomba e a atmosfera. Para receber o suprimento de lquido at o rotor, a bomba gera uma presso menor do que a presso atmosfrica. O sistema fica desestabilizado e o fluxo ocorre.

    1.2.8. O uso da presso atmosfrica A presso aplicada ao lquido pela atmosfera usada em duas fases, primeira suprir o lquido entrada da bomba e segunda acelerar o lquido e encher o rotor que est operando a alta velocidade.

    Fonte: Agostini (2013)

    1.2.9. Cavitao De acordo com Agostini (2013), cavitao a evaporao de leo a baixa presso na linha de suco. Deste modo, interfere na lubrificao e destri a superfcie dos metais. No lado de suco da bomba, as bolhas se formam por todo o lquido. O que acaba resultando num grau reduzido de lubrificao e num consequente aumento de desgaste.

    Fonte: Agostini (2013)

  • Conforme essas cavidades so expostas alta presso na sada da bomba, as paredes das cavidades se quebram e geram toneladas de fora por centmetro quadrado. O desprendimento da energia originada pelo colapso das cavidades desgasta as superfcies do metal. Se a cavitao persistir, a vida da bomba ser bastante encurtada e os cavacos desta migraro para as outras reas do sistema, danificando outros componentes.

    1.2.9.1. Indicao de cavitao O melhor indcio de que a cavitao est acontecendo o rudo. O colapso simultneo das cavidades enseja vibraes de alta amplitude, que so transmitidas por todo o sistema e geram rudos estridentes na bomba. Durante a cavitao, acontece tambm uma diminuio na taxa de fluxo da bomba, devido s cmaras da bomba no ficarem completamente cheias de lquido e a presso do sistema se desequilibrar.

    1.2.9.2. Causa da formao da cavitao As cavidades formam-se no interior do lquido, pois o lquido evapora. A evaporao, nesse caso, no causada por aquecimento, mas acontece porque o lquido alcanou uma presso atmosfrica absoluta muito baixa.

    1.2.10. Presso de vapor afetada pela temperatura Segundo Agostini (2013), a presso de vapor de um lquido afetada pela temperatura. Com o aumento da temperatura, mais energia acrescentada s molculas do lquido. As molculas se movem mais velozmente e a presso de vapor aumenta. Quando a presso de vapor se iguala presso atmosfrica, as molculas do lquido entram livremente na atmosfera, conhecido tambm como ebulio.

    1.2.11. Ar em suspenso O fluido hidrulico, ao nvel do mar, composto de 10% de ar, j que o ar est em suspenso no lquido. Ele no pode ser visto e, aparentemente, no adiciona volume ao lquido. A capacidade de qualquer fluido hidrulico ou lquido de conter ar dissolvido diminui quando a presso agindo sobre o mesmo baixa.

  • 1.2.12. Aerao De acordo com Agostini (2013), aerao entrada de ar no sistema por meio da suco da bomba. O ar retido aquele que est presente no lquido, sem estar dissolvido, pois o ar est em forma de bolhas. Ainda conforme o autor, se acontecer de a bomba arrastar fluido com ar retido, as bolhas de ar tero, mais ou menos, a mesma consequncia da cavitao sobre a bomba. Contudo, como isso no est associado com a presso de vapor, vamos nos referir a esta ao como sendo uma pseudocavitao.

    Fonte: Agostini (2013)

    Muitas vezes, o ar retido est presente no sistema devido a um vazamento na linha de suco. Uma vez que a presso do lado da suco da bomba menor que a presso atmosfrica. Qualquer fissura nesta regio ocasiona na suco do ar externo para o fluido e, por conseguinte para a bomba. Qualquer bolha de ar retida que no puder escapar enquanto o fluido est no tanque ir certamente para a bomba.

    1.2.13. Especificao de cavitao A cavitao muito danosa, tanto para a bomba como para o sistema. Por essa razo os fabricantes explicitam as limitaes dos seus produtos. Os fabricantes de bombas de deslocamento positivo geralmente especificam a presso menor que a atmosfrica, que deve ocorrer entrada da bomba para encher o mecanismo de bombeamento. Entretanto, as especificaes para essas presses no so apresentadas em termos da escala de presso absoluta, mas em termos da escala de presso do vcuo.

  • 1.2.14. Escala de presso do vcuo Segundo o referido autor, o vcuo qualquer presso menor que a atmosfrica. A presso de vcuo origina certa confuso, uma vez que a escala inicia-se presso atmosfrica, mas opera

    de cima para baixo em unidade de milmetros de mercrio (Hg).

    Fonte: Agostini (2013)

    1.2.15. Como determinado o vcuo Na ilustrao abaixo, um recipiente com mercrio aberto atmosfera interligado por meio de um tubo a um frasco, que tem a mesma presso que a atmosfrica. Uma vez que a presso no frasco a mesma presso agindo sobre o mercrio do recipiente, uma coluna de mercrio no pode ser suportada no tubo. Zero centmetro de mercrio indica uma condio de nenhum vcuo no frasco.

    Fonte: Agostini (2013)

    Se o frasco fosse esvaziado de modo que a presso dentro dele fosse reduzida a 250 milmetros de mercrio (Hg), a presso atmosfrica atuando sobre o recipiente com mercrio suportaria uma coluna de mercrio de 250 milmetros de altura. O vcuo nesse caso mede 250 mmHg.

  • Fonte: Agostini (2013)

    Se o frasco fosse esvaziado de modo que nenhuma presso restasse e o vcuo completo existisse, a atmosfera agindo sobre o mercrio suportaria uma coluna de mercrio de 760 mm de altura. O vcuo mediria 760 mmHg.

    Fonte: Agostini (2013)

    1.2.16. Especificaes de suco dadas em termos de vcuo De acordo com Agostini (2013), os melhores fabricantes de bombas do suas especificaes de suco em termos de valores de vcuo em relao ao nvel do mar. Quando a bomba deve ser utilizada a uma elevao acima do nvel do mar, a presso baromtrica naquele nvel deve ser levada em considerao. Se um fabricante especifica no mais do que um vcuo de 178 mmHg na entrada da bomba, significa que o fabricante almeja ter uma presso absoluta ou baromtrica na entrada da bomba, de pelo menos 582 mmHg para que se possa acelerar o lquido para o mecanismo de bombeamento. Se a presso absoluta na entrada da bomba for um pouco menor que 582 mmHg, a bomba pode ser danificada. Isso depender do fator de segurana do projeto na faixa admitida para operao no vcuo.

  • 1.3. Vantagens Segundo Silva (2010), as vantagens dos sistemas hidrulicos so:

    Baixa relao peso/potncia (aplicaes aeronuticas); Resposta rpida (inverso de movimentos); Variao contnua de fora e velocidade nos atuadores (sistema analgico); Controle de sistemas rpidos;

    Movimento preciso em sistemas lentos;

    Segurana sobrecarga;

    Componentes lubrificados pelo prprio fluido;

    Capacidade de armazenar energia (acumuladores);

    1.4. Desvantagens Segundo Silva (2010), as desvantagens dos sistemas hidrulicos so:

    Custo elevado em relao a sistemas mecnicos e eltricos;

    Perdas por vazamentos internos e externos;

    Compressibilidade, embora pequena, pode afetar;

    Presena de ar (bolhas-cavitao) provoca movimento pulsante nos atuadores; Cuidados com cavitao;

    Baixo rendimento devido perda de carga nas canalizaes e nos componentes;

  • 2. Etapa 02

    Bombas Centrfugas Monoestgio, Srie BCR-2000

    2.1. Aplicaes Residncias, chcaras, abastecimento predial, indstrias, agricultura.

    2.2. Curva caracterstica de bombas centrfugas Conforme informaes tcnicas do manual de instrues, curva caracterstica de uma bomba a expresso cartesiana de suas caractersticas de funcionamento, expressas por vazo, em m3/h na abcissa e na ordenada altura, em mca; rendimento (), em %; perdas internas (NPSHr), em mca; e potncia absorvida (BHP), em cv. Ainda segundo o referido manual, a curva caracterstica funo particular do projeto e da aplicao requerida de cada bomba, dependendo do tipo e quantidade de rotores utilizados, tipo de caracol, sentido do fluxo, velocidade especfica da bomba, potncia fornecida, etc. Toda curva possui um ponto de trabalho caracterstico, chamado de ponto timo, onde a bomba apresenta o seu melhor rendimento (), sendo que, sempre que deslocar-se, tanto a direita como a esquerda deste ponto, o rendimento tende a cair. Este ponto a interseco da curva caracterstica da bomba com a curva caracterstica do sistema (curvas 3 e 4 CCB x CCS).

    Fonte: Manual de instrues das bombas e motobombas

    importante levantar-se a curva caracterstica do sistema, para confront-la com uma curva caracterstica de bomba que se aproxime ao mximo do seu ponto timo de trabalho (meio da curva, melhor rendimento). Evita-se sempre optar-se por um determinado modelo de bomba cujo ponto de trabalho encontra-se prximo aos limites extremos da curva caracterstica do equipamento (curva 2), pois, alm do baixo rendimento, h a possibilidade de operao fora dos pontos limites da mesma que, sendo esquerda poder no alcanar o ponto final de uso

  • pois estar operando no limite mximo de sua presso e mnimo de vazo. Aps este ponto a vazo se extingue, restando apenas a presso mxima do equipamento denominada schut-off.

    Fonte: Manual de instrues das bombas e motobombas

    Conforme o supracitado manual, ao passo que, operando-se direita da curva, poder causar sobrecarga no motor. Neste ponto a bomba estar operando com mximo de vazo e mnimo de presso aumentando o BHP da mesma. Esta ltima posio a responsvel direta pela sobrecarga e queima de inmeros motores eltricos em situaes no previstas pelos usurios sem funo do aumento da vazo, com consequente aumento de corrente do motor. A curva caracterstica do sistema obtida fixando-se a altura geomtrica total do sistema (suco e recalque) na coordenada Y (altura mca), e, a partir deste ponto, calcula-se as perdas de carga com valores intermedirios de vazo, at a vazo total requerida, considerando-se o comprimento da tubulao, dimetro e tipo de tubo, tempo de uso, acessrios e conexes (curvas 3 e 4).

    Curva caracterstica da bombas centrfugas sries BCR-2000 Suco: ; Recalque: , Potncia [kW(cv)]: 0,18(1/4) Linha preta, 0,25(1/3) Linha laranja, 0,37(1/2) Linha verde; Rotor: 106 (Linha preta), 113 (Linha laranja), 115 (Linha verde).

  • Fonte: Manual de instrues das bombas e motobombas

    2.3. Tipos de associaes Segundo o site Associao de bombas centrfugas, as bombas centrfugas podem ser associadas em srie ou em paralelo. Podem ainda, em determinada situao, terem associao mista, isto , em srie e em paralelo simultaneamente. A necessidade de tais associaes deriva de causas de naturezas diversas, dentre elas podemos citar: a) inexistncia no mercado de bombas que possam, isoladamente, atender vazo de projeto; b) aumento da demanda com o correr do tempo; c) inexistncia no mercado de bombas capazes de vencer a altura manomtrica do projeto. Para resolver os casos previstos nas razes (a) e (b) se faz necessrio associar as bombas em paralelo. Essa associao consiste em fazer duas ou mais bombas recalcarem em uma linha comum, de modo que a vazo total ser a soma das vazes de cada uma das bombas. J no caso (c) necessria a associao em srie. Nessa associao, as bombas so instaladas uma

  • aps a outra em uma mesma linha. Recalcam a mesma vazo, de tal modo que a bomba anterior bombeia para a suco da posterior, recebendo o fluido maior de quantidade de energia de presso.

    Arranjo tpico de associao de bombas em srie Fonte: site associao de bombas centrfugas.

    Associao de bombas em paralelo Fonte: site associao de bombas centrfugas.

    Conforme manual de instrues, nas instalaes onde existem duas ou mais bombas operando, necessria associao em paralelo.

    2.4. Operao e manuteno Conforme referido manual de instrues, a bomba centrfuga tem como base de funcionamento a criao de duas zonas de presso diferenciadas, uma de baixa presso (suco) e outra de alta presso (recalque). Para que ocorra a formao destas duas zonas distintas de presso, necessrio existir no interior da bomba a transformao da energia mecnica (de potncia), que fornecida pela mquina motriz (motor ou turbina), primeiramente em energia cintica, a qual ir deslocar o

  • fludo, e posteriormente, em maior escala, em energia de presso, a qual ir adicionar carga ao fludo para que ele vena as alturas de deslocamento. Para expressar este funcionamento, existem trs partes fundamentais na bomba (figura 1): corpo (carcaa), que envolve o rotor, acondiciona o fludo, e direciona o mesmo para a tubulao de recalque (figuras 1, 2 e 3); rotor (impelidor), constitui-se de um disco provido de ps (palhetas) que impulsionam o fludo (figuras 4, 5 e 6); eixo de acionamento (Figura 1), que transmite a fora motriz ao qual est acoplado o rotor, causando o movimento rotativo do mesmo.

    Fonte: Manual de instrues das bombas e motobombas

    Figura 1: Vista lateral do caracol e rotor em corte de uma bomba centrfuga; Figura 2: Vista frontal do caracol e rotor em corte de uma bomba centrfuga; Figura 3: Caracol de descarga centralizada com difusor fixo; Antes do funcionamento, necessrio que a carcaa da bomba e a tubulao de suco, estejam totalmente preenchidas com o fludo a ser bombeado. Ao iniciar-se o processo de rotao, o rotor cede energia cintica massa do fludo, deslocando suas partculas para a extremidade perifrica do rotor. Isto ocorre pela ao da fora centrfuga.

    Com isso, inicia-se a formao das duas zonas de presso (baixa e alta) necessrias para desenvolver o processo: A. Com o deslocamento da massa inicial do fludo do centro do rotor (figura 1) para sua extremidade, formar-se- um vazio (vcuo), sendo este, o ponto de menor presso da bomba.

  • Obviamente, novas e sucessivas massas do fludo provenientes da captao ocuparo este espao, pela ao da presso atmosfrica ou outra fora qualquer; B. Paralelamente, a massa do fludo que arrastada para a periferia do rotor, agora comprimida entre as ps e as faces internas do mesmo, recebe uma crescente energia de presso, derivada da energia potencial e da energia cintica, anteriormente fornecidas ao sistema. O crescente alargamento da rea de escoamento (Teorema de Bernoulli), assim como as caractersticas construtivas do interior da carcaa da bomba (voluta ou difusores) (figuras 2 e 3) ocasionam a alta presso na descarga da bomba, e levando o fludo a altura desejada. Manuteno dos Mancais: os mancais das bombas j saem da fbrica lubrificados com leo ou graxa. Os leos mais indicados para mancais de rolamentos so os da linha industrial do tipo SAE 30 ou 40. Nas trocas e relubrificaes use somente leos novos e isentos de impurezas. Nunca misture lubrificantes de marcas diferentes.

    2.5. Questionrio: 1. Principais segmentos consumidores desse equipamento. Resposta: Construo civil (abastecimento residencial).

    2. Participao no mercado nacional e regional. Resposta: A histria da empresa no Brasil comea com a Schneider Motobombas, Indstrias Schneider S.A., fundada em 29 de maio de 1946, na cidade de Joinville, Santa Catarina. A empresa foi pioneira na fabricao de motobombas centrfugas e motores eltricos no Estado. Em 1988, com o crescimento dos negcios em todo o territrio nacional, a empresa j possui fundio prpria, localizada em Araquari/SC e abre a primeira filial em Recife/PE. Ao longo dos anos subsequentes, novas filiais foram institudas nas cidades de Contagem/MG; Ananindeua/ PA, Aparecida de Goinia/GO, e mais recentemente em 2013, Cotia/SP. Em 2008, a empresa foi comprada pelo grupo americano Franklin Electric e tornou-se uma multinacional. No Brasil, a marca Schneider Motobombas est entre as mais importantes do mercado de sistemas de bombeamento de gua, com produtos voltados para a Construo Civil, Indstria, Agricultura, Pressurizao e Poos Profundos.

    3. Atuao do departamento tcnico como apoio ao consumidor. Resposta: A rede de Assistncia Tcnica abrange todo o territrio nacional. Caso seja necessrio, o cliente ser atendido por tcnicos especializados treinados na fbrica e encontrar sempre peas originais.

  • 4. Testes de performance e garantia da qualidade do produto. Resposta: Os produtos possuem certificao do Inmetro e PROCEL (Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica).

    5. Principais problemas com relao operao e manuteno do produto. Resposta: Motor eltrico para de funcionar aps alguns minutos, o problema geralmente deriva da queda de tenso, falta de ventilao, temperatura ambiente elevada, bomba operando fora da faixa de funcionamento, subtenso e sobretenso, tenso da rede incompatvel com a do motor.

  • 3. Etapa 03

    Seleo de bomba centrfuga para o bombeamento de gua de um reservatrio inferior a um superior do edifcio.

    a) Quanto trajetria do fluido Bombas centrfugas: sua caracterstica bsica trabalhar com pequenas vazes a grandes alturas, com predominncia de fora centrfuga; so as mais utilizadas atualmente. b) Quanto posio do eixo da bomba em relao ao nvel da gua Bomba de suco positiva: quando o eixo da bomba situa-se acima do nvel do reservatrio. O sistema de recalque de um edifcio residencial com 6 pavimentos. Deseja-se especificar um conjunto motobomba centrfugo de recalque para gua. Para isso, necessrio calcular: a) o dimetro comercial de suco e o de recalque; b) a altura manomtrica total. Informaes tcnicas:

    Consumo mdio dirio = 18000 litros;

    Horas de funcionamento dirio do conjunto motobomba = 5 horas; Tubulao de PVC;

    Na suco h uma vlvula de p e uma curva de 90, cuja soma de comprimentos virtuais resulta em 19,5 m;

    No recalque h uma vlvula de reteno, um registro de gaveta, trs joelhos de 90 e uma sada de canalizao, cuja soma de comprimentos virtuais resulta em 15,2 m;

    Dimetros comerciais de tubos de PVC: DN 20; DN 25; DN 32; DN 40; DN 50; DN 60; DN 75; DN 100;

    Para o clculo da perda de carga, apresente os resultados com dois dgitos aps a vrgula;

    No clculo da altura manomtrica total, despreze a coluna dgua acima da vlvula de p.

    Frmula de Fair - Whipple Hsiao: Q = 55,934 x J0,571 x D2,714; Frmula de Forchheimer: ( )#*+-. Onde: Q = vazo (m/s); J = perda de carga unitria (m/m); D = dimetro (m);

  • X = relao entre o nmero de horas de funcionamento dirio do conjunto elevatrio e 24 horas.

    Clculo da vazo Q = 18 / (5 x 3600) = 0,001 m3/s

    Clculo do dimetro de recalque

    DR 1,3 x ( )#*+-. = )#!)!! / 01&.

    DR 0,028 m 28 mm

    Adotado para recalque DN 32

    Clculo do dimetro de suco (DS) Como dimetro de suco (DS) adotado como sendo uma unidade comercial acima do dimetro de recalque (DR): adotado para suco DN 40.

    Clculo da altura manomtrica de suco (HMS) = 2,00 m

    Clculo do comprimento total de suco (LS) LS = LVS + LRS = 19,50 + 4,50 = 24,00 mm

    Clculo da perda de carga na suco (JS) Q = 55,934 x J0,571 x D2,714

    0,001 = 55,934 x JS0,571 x 0,042,714 = 0,02 m/m

    Clculo da altura devido s perdas na suco (HPS) HPS = LS x JS = 24,00 x 0,02 = 0,48 m

    Clculo da altura manomtrica de recalque (HMR) = 19,80 m

    Clculo do comprimento total de recalque (LR) LR = LVR + LRR = 15,20 + 24,80 = 40,00 mm

    Clculo da altura devido s perdas no recalque (HPR) HPR = LRS x JR = 40,00 x 0,06 = 2,40 m

  • Clculo da altura manomtrica total (HM) HM = HMS + HPS + HMR + HPR = 2,00 + 0,48 + 19,80 + 2,40 = 24,68 m

  • 4. Etapa 04

    Plano de manuteno em sistemas de recalques

    Servios a serem executados em 12 meses:

    Manuteno preventiva Vistoria mensal para limpeza, regulagens, alinhamentos, ajustes, medies eltricas, lubrificao, verificao de rudos, vibraes e vazamentos, testes e pequenos reparos nos equipamentos, com fornecimento de materiais auxiliares e de lubrificantes; Teste semestral das bombas do sistema de incndio.

    Manuteno corretiva Servios relacionados s intervenes corretivas que se fizerem necessrias quando da avaria do equipamento, desgaste de peas, queima de equipamentos eltricos, vazamentos ou mau funcionamento do sistema. A empresa dever substituir todas as peas e equipamentos, bem como a mo de obra necessria para a reparao do sistema.

  • REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    AGOSTINI, N. Sistemas hidrulicos industriais. 2013. Disponvel em: Acesso em: 02/04/2015. LANA, E. D. Avaliao do rendimento de bombas hidrulicas de engrenagens externas atravs de medio de temperatura. Dez/2005. Disponvel em: Acesso em: 02/04/2015. RODRIGUES, L. E. M. J. Mecnica dos fluidos. Disponvel em: Acesso em: 02/04/2015. SILVA, E. C. N. Atuadores e sistemas hidrulicos. Disponvel em: < http://sites.poli.usp.br/d/pmr2481/Hid01.pdf> Acesso em: 04/04/2015. YANAGI JR, T. MELLO, C. R. Escolha de bombas centrfugas. Disponvel em: Acesso em: 08/06/2015. Associao de bombas centrfugas. Disponvel em: Acesso em: 08/04/2015. Dimensionamento simplificado de bomba centrfuga. Disponvel em: Acesso em: 08/06/2015. Manual de instrues das bombas e motobombas. Disponvel em: Acesso em: 08/04/2015.