atps história da educação e da pedagogia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA Ana Laura Mendes de Lima 4708897217 Alessandra Silva 4925921693 Bárbara Mello Moser 4311805482 Diva Ribeiro Dias dos Santos 4322789587 Kátia da C. Neves Cassimiro 4304770892 Maria Alice Momberg de Oliveira 1299930169

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Page 1: Atps História Da Educação e Da Pedagogia

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIACURSO DE PEDAGOGIA

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA

Ana Laura Mendes de Lima 4708897217

Alessandra Silva 4925921693

Bárbara Mello Moser 4311805482

Diva Ribeiro Dias dos Santos 4322789587

Kátia da C. Neves Cassimiro 4304770892

Maria Alice Momberg de Oliveira 1299930169

Atividade Prática Supervisionada (ATPS)

entregue como requisito para conclusão

da disciplina “História da Educação e da

Pedagogia”, sob orientação do professor-

tutor a distância Luís Gustavo Martins

de Souza

CIDADE2013

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Somos Feitos de Tempo? Dizer que somos feitos de tempo, significa afirmar que estamos em

constante mutação, que não somos seres estáticos, pois tudo ao nosso redor transforma as

nossas ideias, ações e pensamentos. Tudo o que somos hoje é conseqüência dos

acontecimentos passados. Então a cada relação social travada, a cada nova cultural que nos é

apresentada, vamos adquirindo novos comportamentos.

E assim com essas novas atitudes vamos fazendo a nossa história. Como dizia Paulo Freire

“(...) todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...). Temos de saber o que fomos

para saber o que seremos.”

A preservação da memória histórica, a contribuição do passado e o relato dos

acontecimentos não é sempre idêntico em todos os tempos e lugares. Em se tratando de

tempos e lugares distintos nada é idêntico. Cada povo possui um modo de relatar a sua

história, e essa é sempre diferente, já que a cada dia surge um novo acontecimento para

compor a história.

Nas antigas civilizações os acontecimentos relatados estavam sempre baseados em suas

mitologias, acreditava – se que nada iria mudar; Mas com o tempo alguns historiadores

começaram a registrar alterações, o homem evoluía e deixou de crer que as mudanças

aconteciam pela intervenção dos deuses, elas ocorriam através de atitudes. Esse é um exemplo

claro de mudança de atitude do ser humano, e é através dessas alterações nos fatos que os

relatos dos acontecimentos, a contribuição do passado e a memória histórica estão em

constante mutação.

A origem da educação escolar no Brasil, a ação dos jesuítas como parte do movimento

da contra reforma católica.

As reformas religiosas tiveram inicio no século XVI, nessa época a igreja católica ainda

dominava e condenava “os lucros” da burguesia, porem muitos padres não respeitavam as

próprias regras. Com isso, a burguesia ficava cada vez mais inconformada com a religião

dominante. Até que o monge alemão Martinho Lutero contestou a igreja e deu inicio a

reforma da igreja católica. Preocupados com a perda de fieis, os membros fizeram um

encontro, que foi nomeado de Concilio de Trento, onde, entre outras coisas, ficou definido

que: faria – se a catequização dos habitantes das terras descobertas, através dos jesuítas, a fim

de expandir o catolicismo, conquistando assim mais fieis; essa ação não eliminou o

protestantismo, mas limitou a sua expansão.

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No Brasil a companhia de Jesus foi criada em 1543 por Inácio Loyola; e nesse momento

acontece a primeira grande ruptura da educação brasileira, pois os índios já possuíam o seu

sistema de ensino, que era bem diferente do sistema trazido pelos portugueses, já que não

possuía suas marcas repressivas.

Os primeiros jesuítas chegaram em março de 1549, o mais conhecido deles e talvez o mais

participativo tenha sido o noviço Jose de Anchieta. O trabalho dos jesuítas, como já

mencionado, era a propagação da fé católica, contudo isso só foi possível após a alfabetização

dos índios.

E de qualquer forma, os jesuítas não ficaram limitados apenas ao ensino das primeiras letras;

além do curso elementar, eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerado

secundário, e o curso de teologia e ciências sagradas, de nível superior, para formar

sacerdotes.

Assim o sistema educacional brasileiro foi mantido pelos jesuítas por mais de dois séculos, até

que em 1759 a educação brasileira sofre nova ruptura quando o marques de pombal, primeiro

ministro de Portugal, entra em conflito com os jesuítas e os expulsa do Brasil(com o objetivo

de substituir a educação pela fé, pela educação em favor dos interesses do estado).

No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e

seminários, alem de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as

cidades onde havia casas da companhia de Jesus. Dessa forma, o ensino brasileiro no começo

do século XIX, se reduz a quase nada, em parte porque com a expulsão dos jesuítas (que

dominavam o sistema educacional), pouco foi feito para se instaurar um novo sistema.

Principais Estabelecimentos Escolares do Brasil e suas características: do Período

Colonial até a Segunda República.

Período Principais Escolas Características

1550 - Fundado o 1º Colégio dos

Meninos de Jesus, na Bahia

Os colégios seguiam as normas da

moral cristã. Os responsáveis pela

Educação eram os jesuítas, porém

estes não tinham o intuito de

educar, mas sim de catequizar os

indígenas, mas para converter os

nativos à sua fé, seria necessário

primeiramente alfabetizá-los.

Toda ação pedagógica dos jesuítas

1552 - Abertura dos colégios dos

meninos órfãos do Brasil.

1553 - Inauguração do Colégio

dos Meninos de Jesus em São

Vicente.

1554 - Criação do 3º Colégio

dos Meninos de Jesus em São

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Colonial (1500 - 1822)

Paulo de Piratininga. foi marcada pelas formas

dogmáticas de pensamento, contra

o pensamento crítico. Nessa época

havia dois modelos de instrução:

um para os indígenas, centrado na

leitura, escrita e algumas

operações, e outro para os filhos

dos colonos, consistindo num

ensino mais intelectualizado. A

partir de 1760 a educação sofre

uma grande ruptura com a

expulsão dos jesuítas e nesse

momento a maior preocupação é

basicamente a formação

profissional.

Locais de estudos eram

improvisados em casas, igrejas,

lojas etc.

1555 à 1683 - Fundação dos

colégios jesuíticos.

|1760 - Os jesuítas foram

expulsos das colônias, pelo

Marquês de Pombal, 1º ministro

do rei.

1798. Seminário de Olinda em

Pernambuco. Sob a inspiração

das ideias iluministas

1808 – Criação de novos cursos

preparatórios e escolas de ensino

superior: Academia Real da

Marinha,

1809 - Academia Médico-

Cirúrgica da Bahia, Academia

Médico-Cirúrgica do Rio de

Janeiro

1810 - Academia Real Militar.

Império (1822 - 1889)

1837 - Criação do Colégio Pedro

II (curso secundário) no Rio de

Janeiro. Só ele fornecia o

diploma de bacharel que

permitia cursar o nível superior.

Criados alguns colégios

religiosos e cursos de

magistério em nível

secundários, exclusivamente

masculinos.

Com a proclamação da

independência D. Pedro I

promulga, em 1824, a 1ª

Constituição Brasileira. O

Art. 179 desta Lei Magna dizia

que “a instrução primária é

gratuita para todos os cidadãos”, o

que não foi cumprido.

O colégio D. Pedro II era

responsável de educar a elite e era

o único autorizado a realizar

exames de grau de bacharel

Em 1854 o ensino foi dividido em

elementar e ensino superior.

1927 - Cursos jurídicos em

Recife e São Paulo.

1867 - colégio São Luiz, na

cidade de Itu; fundado por

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Jesuítas, ou seja, era também

uma escola religiosa

Em 1889 a escola era elitista,

autoritária e centralizada, bem

contrária ao que a Lei pregava

“educação para todos”. Apenas

12% dos em idade escolar estavam

matriculados na época.

|

1870 - Colégio Mackenzie, em

São Paulo.

1885 - Colégio Americano em

Porto Alegre.

1873 - Colégio Internacional em

Campinas.

1835 - Criada a primeira escola

normal do Brasil em Niterói

Primeira Republica (1889 - 1930)

1909 - 1ª escola moderna do

Brasil, a Escola Nova, em São

Paulo.

Nesse ano o Governo Federal

também criou dezenove escolas

de aprendizagem e artífices, uma

em cada estado.

Em 1900 aconteceu a Reforma

Benjamin Constant que visava a

liberdade, a laicidade e a

gratuidade do ensino primário.

Em 1920 - O índice de analfabetos

em todas as idades é de 75%.

Os ensinos profissionais criados

em 1909, ensinavam apenas

ofícios artesanais, como

marcenaria, alfaiataria e sapataria

e não atendia as exigências da

produção fabril.

O centro de Estudos criticava aos

escolanovistas.

As escolas operárias defendiam a

instrução cientifica e racional e a

educação integral e combatiam

toda forma de religiosidade.

1912 - Fundada a 1ª

Universidade Federal do país –

UFPR, no Paraná.

Em 1922 é criado o “Centro de

Estudos D. Vital”.

Criada em 1924 a Associação

Brasileira de Educação (ABE).

1927 - Universidade de Minas.

1893 - O Instituto Adolfo Lutz e

a escola Politécnica.

Em 1895 é fundada a Academia

de Letras Por Machado de Assis.

Segunda República (1930 -

1930 - Criada a Biblioteca

Pedagógica Brasileira.

1930 - Criado o Ministério da

Educação e Saúde Pública.

Apenas 30% da população em

idade escolar está

1934 - Criada a Universidade de

São Paulo por iniciativa do

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1936) governador Armando Salles

Oliveira.

matriculada.

1931 - “Reforma Francisco de

Campos” – Sanção, pelo governo,

de decretos para organizar o

ensino secundário e

as universidades.

1932 - Manifesto dos Pioneiros da

Educação Nova regido por

Fernando de Azevedo, em defesa

do ensino gratuito, laico e

obrigatório.

1934 - Nova Constituição Federal

dispõe que a Educação é direito de

todos, devendo ser ministrada pela

família e pelos poderes públicos.

A universidade de São Paulo foi a

primeira a ser criada e organizada

segundo as normas do Estatuto das

Universidades Brasileiras de 1931.

Embora muitas dessas faculdades

já existissem, resultaram de

simples agregação de faculdades,

permanecendo cada uma delas de

fato isoladas e autônomas nas

questões de ensino.

1935 - Leis orgânicas trataram

parcialmente as questões

educacionais, porém o dualismo

escolar continuou existindo.

1935 - Criada a Universidade do

Distrito Federal (Rio de Janeiro),

com uma Faculdade de

Educação.

Em 1936, o Governo Federal

reconheceu a Faculdade de

Filosofia S. Bento, em São

Paulo.

Memória da educação escolar no Brasil contemporâneo

Colégio Bela Alvorada – VotorantimHistória do colégio, narrada pelo mantenedor Laurence Lai:

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O contexto histórico do Colégio Bela Alvorada surgiu através da história de vida do Sr

Laurence Lai. Em uma entrevista com o mesmo, ele nos passou toda sua trajetória de vida,

contando como surgiu a idéia de construir o Colégio. Durante a entrevista ele nós contou que

nunca estudou pedagogia e nunca se interessou pela profissão. Sr Laurence nasceu em

Taiwan, lá se formou em Direito, e exerceu a profissão por alguns anos, durante os quais

presenciou muito sofrimento.. Então ele resolveu plantar uma semente, decidiu construir uma

escola, para poder passar para novas gerações o bem desde cedo, através da educação. O Sr.

Laurence veio morar no Brasil e em 2000 começou a construir e em 2001 nasce o Colégio

Bela Alvorada. Nascer, Crescer e Transcender, esse é o grande significado do nome do

Colégio, como se fosse o Sol que nasce em um Belo Alvorecer, cresce e transcende todos os

dias. De inicio contendo apenas um prédio da Educação infantil com uma sala de aula (Jardim

III) e contendo apenas cinco alunos sendo dois seus filhos. Depois de um ano de dedicação

surgi em 2002 4 turmas na Educação Infantil. Jardim I, II e III, consecutivamente à cada ano a

escola foi ampliando suas instalações, chegando hoje no 2º ano do Ensino Médio.

O prédio da Escola tem as cores da bandeira do Brasil: a área da Educação Infantil é

da cor Amarela; a parte dos anos Iniciais (1º à 5ª ano) esta localizada no prédio Verde; e a dos

anos Finais (6º à 9º) e Ensino Médio no Prédio Azul.

Faz parte da rotina do colégio todas as sextas-feiras cantar o Hino Nacional e o Hino

da Cidade de Votorantim. Pensando em trazer uma vida mais saudável aos alunos o colégio

oferece comidas a base de soja e queijo nas refeições tanto oferecidas aos alunos e

funcionários. Em suas últimas palavras durante a entrevista ele relata: “Não me sinto o dono

do Colégio mais sim um funcionário, valorizo muito as famílias e os alunos, eles sim são os

donos do Colégio Bela Alvorada.”

Proposta Pedagógica: o objetivo principal do colégio é a formação do aluno em seus

aspectos cognitivo, afetivo, social e ético. Sendo assim, a proposta pedagógica do colégio se

baseia no sóciointeracionismo de Vygotscky. Tendo, portanto as interações um papel crucial

no desenvolvimento do aluno, quanto mais ricas elas forem maior será o seu

desenvolvimento. O material didático utilizado é o do Sistema de ensino Integral

Estrutura da Escola; O colégio possui 22 salas de aula sendo cinco salas nos Ano inicias (1°

ao 5°ano), oito salas na Educação Infantil (Maternal, Jd I, II e III), seis salas nos Anos Finais

(6° ao 9°ano), duas salas nos Ensino Médio (1° e 2°ano), 1 sala para Alvorada (Integral), 1

sala para Educação musical (utilizada por Anos Inicias e Educação Infantil) e a sala de

multímeios (vídeo) utilizada por todos os estudantes do colégio.

Hoje o colégio tem 513 estudantes, e conta com 85 colaboradores sendo 44 professores.

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

A vida fora da sala de aula:

O colégio conta com: uma Biblioteca, uma Cantina, um Ginásio Poliesportivo, Jardim dos

Sentidos, Laboratório de Informática, Laboratório de Meio Ambiente, Parque (Educação

Infantil), Pátios (Anos Inicias e Anos Finais) e Pátio azul destinado aos Anos Finais (6° ao

9°ano).

Noticias jornalísticas:

Fonte: http://namochila.com/colegiobelaalvorada.html (Figura 1)

Revista Alvoreler (Figura 2 – Fonte: Site do Colégio)

Modelos de Uniformes (Antigos e Atuais): O Uniforme do colégio representa também as

cores da Bandeira do Brasil verde e branco. Não teve muitas alterações, o tom de verde foi

alterado para um mais claro e uma faixa lateral na calça e na jaqueta foi acrescentado.

Uniforme Atual

Uniforme Antigo

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Uniformes (Figura 3 – Fonte: Site do Colégio)

Fotos de alunos:

Turma Atual (fig.5 – Fonte Acervo Pessoal)

Primeira Turma (fig.4 – Fonte Acervo Pessoal)

Page 10: Atps História Da Educação e Da Pedagogia

Bibliografia:

GALZERANI, M. C Bovério. Memória, História e Tempo: perspectivas teórico metodológicas para a pesquisa em Ensino de História.Cadernos do CEOM, ano 21, n.28. Disponível em: <http://apps.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/viewFile/152/60>. Acesso em: 24 set. 2012.

NASCIMENTO, Maria Isabel Moura et al. Instituições Escolares no Brasil Colonial e Imperial. 2009. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid =explorer&chrome=true&srcid=0B7Ut1sEOUW3UYjQ2NTUxYzctZTllZC00YmJiLTk2NWYt Mzk0M2ZkNGY0MTlm&hl=en Acesso em: 24 set. 2012.

Texto: Companhia de Jesus. Disponível em: http://pedagogia06.w ebnode.com.br/news/companhia-de-jesus/. Acesso em 22 de março de 2013.

XAVIER,Maria Elizabeth, et.al. Historia da Educação: a escola no Brasil . São Paulo: FTD, 1994. (Coleção Aprender e Ensinar)

Wikipédia. Cronologia da educação. Disponivel em: HTTP://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/CRONOLOGIA_da_educa¢c3¢a7¢c3¢ac3o_no_brasil. Acesso em 12 de maio de 2008.

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