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1 ATPS – PRIMEIRA ETAPA ECTOPARASITAS EM CÃES INTRODUÇÃO Os ectoparasitas constituem um grande grupo de invertebrados que são encontrados em todos os grupos de animais podendo ou não provocar doença clínica, dependendo de uma variedade de fatores ambientais, ecológicos, imunológicos, fisiológicos e manejo que influenciam a relação hospedeiro-parasita. Nesta etapa serão abordados os seguintes ectoparasitas: Pulgas: Ctenocephalides canis Echidnophaga spp. Carrapatos: Dermacentor spp. Rhiphicephalus sanguineus Piolhos: Trichodectes canis Linognathus setosus Àcaros: Demodex canis

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Helmintos e protozoários que afetamm cães

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ATPS PRIMEIRA ETAPAECTOPARASITAS EM CESINTRODUO

Os ectoparasitas constituem um grande grupo de invertebrados que so encontrados em todos os grupos de animais podendo ou no provocar doena clnica, dependendo de uma variedade de fatores ambientais, ecolgicos, imunolgicos, fisiolgicos e manejo que influenciam a relao hospedeiro-parasita. Nesta etapa sero abordados os seguintes ectoparasitas:Pulgas:Ctenocephalides canisEchidnophaga spp.Carrapatos: Dermacentor spp.Rhiphicephalus sanguineusPiolhos: Trichodectes canisLinognathus setosuscaros: Demodex canisOtodectes cynotisSarcoptes scabeiMoscas: Dermatbia hominis

DESENVOLVIMENTO:ARTRPODESOrdem Diptera: MoscasDermatbia hominis (mosca da berne ou mosca varejeira)Ciclo de vida:Dptero sinantrpico, mosca com abdome de cor metlica cujo ciclo larval se desenvolve na pele de alguns animais, constituindo uma ectoparasitose: o "berne". O berne uma miase, uma parasitose causada por larvas de dpteros; infeces bacterianas secundrias podem ocorrer. A Dermatobia hominis faz sua ovipostura em um outro inseto (inseto fortico, preferencialmente hematfago), que transporta os ovos, permitindo a sada das larvas quando esto sobre a pele de animais de sangue quente (mamferos e aves), onde, na epiderme, se desenvolve uma nica larva por leso. A fase larval dura de 35 a 45 dias (pode prolongar-se por 2 a 3 meses) e provoca inflamao e tumefao na pele do hospedeiro- leso com um pequeno orifcio semelhante a um furnculo. Diagnstico: Observao de inchao na pele com um orifcio para respirao; presena de larva de terceiro estgio totalmente desenvolvida mede aproximadamente 45mm de cor castanho-escuro a preto devido aos espinhos robustos que recobrem seu corpo.Tratamento: aps retirada cuidadosa com pina prescreve-se tratamento antimicrobiano. Produtos contra pulgas e carrapatos, imidaclorpida e fipronil podem matar larvas jovens.Tratamento preventivo: ivermectina, milbemicina ou selamectina.

Ordem Phthiraptera (Piolhos)

Existem dois tipos principais de piolhos, representados pela subordem Anoplura (piolhos sugadores) e outros trs agrupados sob o ttulo de Mallophaga (piolhos mastigadores).Ambos se alimentam de secrees sebceas e passam a vida inteira entre os plos de seus hospedeiros.Os piolhos so parasitas bem adaptados e em geral representam um inconveniente mais do que uma ameaa para seus hospedeiros.

Ciclo de vida:

(Fonte: www.student.vetdoctor.ru)Esses piolhos alimentam-se de escamas epiteliais e secrees sebceas e passam a vida inteira entre os pelos de seus hospedeiros. So ovos so fixados firmemente nos pelos. Os piolhos que nascem desses ovos so rplicas dos adultos, mudam diversas vezes mas sua aparncia sofrem poucas alteraes. O ciclo do ovo requer diversas semanas e somente um ou dois ovos podem ser encontrados de cada vez em desenvolvimento no abdmen da fmea, mas mesmo assim grandes populaes podem desenvolver-se.Quanto ao processo de ecloso, o jovem piolho engole ar e injeta pelo nus para formar um bolso de ar comprimido que empurra o animal contra o oprculo da casca do ovo at que ele se abra.

Linognathus setosus (Piolho sugador)

Diagnstico: por inspeo da pelagem para deteco de adultos, ninfas e ovos (lndeas).Tratamento: Pulverizao tpica mensal com Fipronil (Frontline) e Fipronil e metopreno (Frontline Plus).

Trichodectes canis (Piolho mastigador do co)Pode agir como hospedeiro intermedirio de Dipylidium caninum, mas menos que as pulgas. Ciclo de vida: o mesmo.Diagnstico: por inspeo da pelagem para deteco de adultos, ninfas e ovos (lndeas).Tratamento: Aplicaes mensais so eficientes. A selamectina tem alta eficincia. Tambm pode-se usar Fipronil e imidaclorida e banhos com carbaril com intervalo de 7 dias.

Ordem Siphonaptera (Pulgas)As pulgas adultas so insetos desprovidos de asas que possuem longas patas para pular e um abdmen grande e alimentam-se do sangue dos animais.Principais vetores biolgicos de Dipylidium caninum

Ciclo de vida: A metamorfose completa com trs estgio larvais e um estgio pupal prolongado num casulo sedoso.

.(Fonte: cachorrosblogs.blogspot.com)

Ctenocephalides canisDepositam seus ovos no hospedeiro. Em caso de ces com plos grosso e sujos muitos desses ovos brancos e brilhantes (cerca de 0,5mm) podem permanecer tempo suficiente para eclodir. Assim, pulgas adultas, ovos e larvas podem ser encontrados em animais infestados.Ciclo de vida:Varivel. No entanto, a metamorfose das pulgas completa, e os estgios vitais so ovo, estgios larvais um, dois e trs, pupa e adulto. S abandona o hospedeiro se a populao se aproximar a 200 e, neste caso, podem buscar outro hospedeiro. Cerca de 95% de pulgas, ovos e larvas esto no ambiente e a partir do ambiente que o animal se infecta.

Diagnstico: Exame da pele para deteco de pulgas adultas, fezes de pulgas, prurido e dermatites.Tratamento: No animal; pulverizao mensal com Frontline, Revolution, Advantage Max ou via oral com Capstar e Program (muito eficaz).Ambiente: controle de pulgas do ambiente com pulverizaes e eliminando locais suscetveis sua reproduo.Echidnophaga (Pulga dos galinheiros)Tambm afeta os ces. So pulgas menores com cabeas angulosas.Ciclo de vida, diagnstico e tratamento: idem C. canis.

CLASSE ARACHNIDA

Destes, os carrapatos e os caros tm maior interesse veterinrio.

Subordem Metastigmata (Carrapatos)

Todos os carrapatos so parasitas sugadores de sangue. A maior importncia dos carrapatos diz respeito ao grande nmero e variedade de doenas microbianas que eles transmitem aos animais domsticos.

Famlia IxodidaeSos os carrapatos duros. Seus olhos so depositados numa nica postura de milhares. As larvas, as ninfas e os adultos de ixoddeos alimentam-se, cada um, uma nica vez e diversos dias so necessrios para completar a ingurgitao.Vivem ao ar livre e se fixam nos animais hospedeiros que passam. Sofrem duas mudas; a primeira de larva a ninfa e a segunda de ninfa a adulto. As espcies que completam as duas mudas sem deixar o hospedeiros so as chamadas carrapatos de um hospedeiro; as espcies cujas ninfas ingurgitadas se soltam do hospedeiro para mudar so chamadas de carrapatos de dois hospedeiros e h ainda aquelas em que larvas e ninfas de soltam do hospedeiro para mudar so os carrapatos de trs hospedeiros e so os principais a serem estudados no Brasil: Dermacentor variabilis e Rhipicephalus sanguineus.

Rhipicephalus sanguineus (carrapato marrom do co)Transmissor da Erlichia canis e Babesia canina. Preferem climas temperados. Dermacentor variabilis (Carrapato americano do co)As larvas e ninfas ingurgitam pequenos roedores, os adultos humanos, ces, eqinos, bovinos e animais selvagens. Transmite a febre maculosa (Rickettsia rickettsii) e a tularemia (F. tularensis) e causa paralisia transmitida por carrapatos.As fmeas adultas alimentam-se at a saciedade durante diversos dias, aumentando de volume a cada dia.

Ciclo de vida: As fmeas so fecundadas no co, se alimentam durante uma a trs semanas e ficam muito ingurgitadas com sangue antes de cair ao solo para depositar ninhadas de at 4 mil ovos.

Fonte: www.reidobanhoetosa.blogspot.com)

Diagnstico: Por inspeo: todos os estgios mveis do carrapato podem ser encontrados no co e no ambiente. Pelos sintomas: inflamaese infeces bacterianas secundrias e miases (picadas), irritabilidade, anemia, etc.Tratamento: Atualmente o tratamento mais fcil dos carrapatos de ces a preveno por aplicaes tpicas de fipronil.Um produto de uso bastante amplo a combinao de imidaclorida e permetrina. Outra possibilidade o uso de coleiras contendo amitraz, clorpirifs, diazinon ou tetraclorvinfs.No entanto, e muito importante tratar o ambiente tambm com pulverizaes constantes e eliminao de ambientes suscetveis reproduo dos carrapatos.

Subordem Astigmata (caros Astigmatdeos)

Sos os caros causadores das sarnas, uma dermatite caracterizada por prurido, alopecia, e hiperplasia epidermal com descamao. O fato de o hospedeiro esfregar-se e coar-se resulta em feridas mais profundas das quais escorrem sangue e soro. Estes coagulam grudando no plo, debris de epiderme e material estranho para formar crostas e escamas. Infeces bacterianas secundrias podem complicar a situao.

Famlia SarcoptidaeSarcoptesA sarna sarcptica dos animais domsticos comeam geralmente em reas de pele relativamente desprovidas de plo e pode generalizar-se a seguir. Nos ces, a face lateral do cotovelo e o pavilho da orelha constituem locais preferenciais.Diagnstico: Raspado de pele (repetido at fechar diagnstico).Tratamento: Selamectina, imidacloprida e moxidectina tpicos, ivermectina SC e acaricidas como amitraz.Otodectes cynotisInfesta o canal auditivo externo e a pele adjacente de ces causando intensa irritao. Cermen escuro e em grande quantidade a prinicpal caracterstica da otite octodcica. O prurido na orelha s vezes leva o animal a esfregar e coar suas orelhas e sacudir sua cabea com violncia suficiente para provocar um hematoma.Diagnstico: Swab ou cotonete exposto fundo escuro embaixo de uma lmpada ou no sol. Verifica-se pequenas partculas brancas afastando-se do calor.Tratamento: Selamectina, ivermectina e milbemicina oxima em suspenso, moxidectina/imidacloprida tpico e Ivermectina SC uma ou duas vezes com intervalos de trs semanas.

Famlia DemodicidaeDemodex canisSo caros pequenos parecidos com vermes com patas curtas e robustas que vivem nas glndulas sebceas e folculos pilosos dos mamferos. Vrias espcies diferentes parasitam com freqncia o mesmo hospedeiro, mas cada espcie se restringe a uma regio pertinente.Em ces normais, encontra-se com pouca freqncia, mas filhotes adquirem a infeco da me durante a amamentao manifestando a doena entre 3 e 6 meses de idade. Diagnstico: Raspado de pele (repetido at fechar diagnstico).Tratamento: Para infeces localizadas o tratamento tpico com ungento de rotenona ou loo de benzoato de benzoila. Para infeces generalizadas; banhos com amitraz e cada 7 ou 14 dias, ivermectina, milbemicina ou moxidectina VO diariamente. Deve continuar o tratamento at que nenhum caro seja encontrado nos raspados de pele em dois tratamentos sucessivos.

SEGUNDA ETAPAHELMINTOS EM CES

INTRODUO

Os populares vermes dos ces, tambm chamados de helmintos ou simplesmente parasitas internos, tm grande importncia para a sade pblica devido ao alto potencial de causar doenas em humanos, as chamadas zoonoses.Os vermes que comumente infectam o intestino dos ces so o Toxocara canis, o Ancylostoma caninum e o Dipylidium caninum. estes se encontram no intestino delgado, e no intestino grosso o Trichuris vulpis o de maior incidncia.J os que parasitam, principalmente o estmago, so o Spirocerca lupi e Physaloptera praeputialis.Em ces, a prevalncia de verminoses gastrintestinais elevada, sendo que os mais jovens so mais suscetveis e apresentam manifestaes clnicas mais graves.Ces com parasitoses gastrintestinais sofrem ao irritante e espoliativa dos helmintos causando anorexia, diarria, vmito e retardo no crescimento, alm de levarem o organismo a um quadro de imunossupresso que contribui para o aparecimento de processos de natureza infecciosa de origem bacteriana e viral.O diagnstico das parasitoses acima citadas realizado, em sua maioria, atravs de exame de fezes chamado de coproparasitolgico, alm de verificao do histrico do animal e exame fsico para deteco de sinais clnicos caractersticos.

DESENVOLVIMENTO

Spirocerca lupi

Nematdeo parasita do esfago, estmago e aorta de ces e, raramente,dos gatos. uma parasitose relativamente freqente no Brasil, tendo sido descrita em todas as regies do pas.Os adultos vivem dentro de ndulos fibrosos, de vrios centmetros de dimetro nas paredes do esfago, estmago e, mais raramente da aorta mas, em migraes errticas, podem se alojar em outros locais.Os parasitas adultos pem ovos que ganham a luz do esfago ou estmago, atravs de pequenas fstulas nos ndulos. Os ovos alcanam o meio exterior junto com as fezes. So ingeridos por colepteros coprfagos de vrios gneros, nos quais eclodem as larvas que se desenvolvem at a condio de larva infectante, em dois meses. Os colepteros podem ser ingeridos por anfbios, rpteis, aves ou pequenos roedores que desempenham papel de hospedeiros paratnicos. Os ces, e mais raramente os gatos, adquirem a infeco ao ingerirem colepteros ou os hospedeiros paratnicos infectados. As larvas migram pelas artrias gstricas, atingem a artria celaca e da chegam aorta, em sete dias. Em trs semanas, as larvas migram da aorta pelos tecidos adjacentes e atingem as paredes do esfago ou estmago, onde provocam a formao de ndulos fibrososSinais clnicos e impacto na sade do animal: O crescimento de ndulos no esfago e, principalmente prximo ao crdia podem causar obstruo parcial, levando disfagia ou discataposiae desconforto gstrico com regurgitao e vmitos. Ndulos localizados na aorta podem romper e levar morte sbita. Sinais neurolgicos foram associados ao encontro do parasito adulto na medula espinhal.Os ndulos parasitrios tm sido associados ao surgimento de sarcomas esofgicos em ces O diagnstico firmado pelo encontro de ovos nas fezes atravs dos mtodos tradicionais. O contedo dos vmitos e regurgitaes tambm pode conter ovos. O exame radiogrfico pode revelar ndulos nas regies esofgicas cervical e torcica.Controle: se baseia no recolhimento rotineiro das fezes, tratamento e combate dos hospedeiros intermedirios e paratnicos.O tratamento realizado primeiramente comas avermectinas:Ivermectina 0,2mg/kgDoramectina 0,4 mg/kg a cada duas semanas, seis doses, seguidas de aplicaes mensei at desaparecer o granulomaDisofenol sdico 10mg/kg, duas doses com intervalo de uma semana.

Physaloptera praeputialis

Adultos vivem aderidos mucosa do estmago de gatos e ces um helminto comum em nosso meio.Os adultos pem na luz do estmago seus ovos, que alcanam o meio externo junto com as fezes. Os ovos so ingeridos por vrias espcies de artrpodes, baratas e grilos, onde alcanam seu estdio infectante. Gatos e ces infectam-se aps ingerirem os hospedeiros intermedirios infectados.Sinais clnicos e impacto na sade dos animais: As larvas, ento, evoluem no estmago para adultos. So hematfagos e vivem aderidos mucosa gstrica onde podem provocar eroses, levando a gastrite catarral ou hemorrgica e anemia.Controle: se baseia no controle dos hospedeiros intermedirios. Manejo adequado das fezes e tratamento.Os anti-helmnticos mais indicados so:Fenbendazol 50mg/kg PO, uma vez ao dia por trs diasIvermectina 0,2 a 0,4 mg/kg, PO ou SC, em dose nicaMebendazol 22mg/kg,uma vez ao dia, por trs diasPamoato de Pirantel 5mg/kg, em dose nica.

Toxocara canis

O Toxocara canis, alm de sua importncia veterinria, responsvel por uma zoonose conhecida como Larva migrans visceral.Animais parasitados eliminam os ovos do verme no ambiente atravs das fezes, esses ovos em condies favorveis evoluem, surgindo a larva infectante. Os ces se infestam pela ingesto do ovo com a larva (ovo larvado).Em cadelas prenhes infectadas pode acontecer infeco pr-natal, as larvas adquirem mobilidade trs semanas antes do parto, vo para o pulmo dos fetos onde evoluem para outro estgio antes do nascimento. Nos recm-nascidos o parasita completa seu ciclo e vo para o intestino atravs da traqueia. Ces em fase de lactao podem infectar-se ao ingerirem larvas durante as trs primeiras semanas de vida, neste caso as larvas vo direto para o intestino. Outra forma dos ces se infectarem com este parasita atravs da ingesto de hospedeiros paratnicos (hospedeiros de transporte) que podem ser roedores ou aves que ingerem os ovos infectantes; nestes as larvas vo para os tecidos onde ficam at estes hospedeiros serem ingeridos pelos ces (hospedeiros definitivos).Sinais clnicos e impacto na sade do animal : Os animais parasitados com T. canis apresentam como sinais clnicos diarreia, desconforto abdominal, vocalizao (lamrias), abdmen distendido (aspecto barrigudo), pelagem sem fora, desidratao e retardo no crescimento, o bito pode acontecer em decorrncia de obstruo intestinal, intussuscepo (invaginao de uma poro do aparelho gastrointestinal sobre a luz da poro adjacente) ou perfurao intestinal. Em ces com idade inferior a seis meses tosse e taquipneia (acelerao do ritmo respiratrio) tambm so observadas.Controle: se baseia no tratamento precoce, a fim de se evitar a contaminao ambiental pelos ovos e deve ser niciar aos 14 dias de vida podendo ser repetido a intervalos de trs a quatro semanas at os trs emses de idade. A me deve ser tratada simultaneamente. Para o tratamento so indicados: Febantel 25mg/kg, PO, dose nicaFenbendazol 50mg/kg, uma vez ao dia, por trs diasIvermectina 0,2 a 0,4 mg/kg, PO ou SC, em dose nicaMilbemicina oxima 0,5 mg/kg, em dose nicaPamoato de Pirantel 5mg/kg, em dose nicaSelamectina 6mg/kg, spot on, dose nicaOutros cuidados consistem no controle de ces vadios e medidas de higiene ao contato com ambientes contaminados.

Ancylostoma caninum

A infeco por Ancylostoma caninum, outro gnero de nematdeo, comumente encontrada em ces. Quando o diagnstico e tratamento so feitos tardiamente as taxas de mortalidade tendem a ser elevadas. A extenso da agresso desses helmintos ao organismo animal determinada pela virulncia e pelo nmero de parasitas. Assim como o Toxocara canis, parasitas de diversas espcies do gnero Ancylostoma spp. causam em humanos uma zoonose conhecida como Larva migrans cutnea, popularmente chamada de bicho geogrfico.Parasitas deste gnero podem ser transmitidos atravs das vias feco-oral (contato com fezes de animais parasitados), percutnea (penetrao das larvas atravs da pele), transmamria (atravs da lactao) e transplacentria (atravs da gestao).Sinais clnicos e impacto na sade do animal: Ces parasitados por A. caninum apresentam diarria de cor escura (melena) ou sanguinolenta, palidez, fraqueza, emagrecimento extremo (emaciao) e desidratao. Em animais jovens a infeco resulta em enterite grave e perda sangunea.Controle: deve-se localizar e eliminar as fontes d einfeco atravs do tratamento dos animais infectados, higiene ambiental, manejo dos animais a fim de evitar reas onde as larvas possam sobreviver, certificar que os animais se alimentem apenas com rao evitando a infestao pelo carnivorismo de hospedeiros paratnicos que mantm a larva no terceiro estgio, infectante em seus tecidos. No solo mido e aquecido a slarvas infectantes podem sobreviver por at 15 semanas.O tratamento medicamentoso pode ser realizado com:Febantel 25mg/kg, em dose nicaFenbendazol 50mg/kg, uma vez ao dia, por trs diasIvermectina 0,2 a 0,4 mg/kg, PO ou SC, em dose nicaMilbemicina oxima 0,5 mg/kg, em dose nicaMoxidectin 0,2g/kg, SC, dose nicaPamoato de Pirantel 5mg/kg, em dose nicaO tratamento deve ser realizado a partir da segunda semana de vida, simultaneamente com a me.

Dipylidium caninumOutro importante parasita de ces o Dipylidium caninum. Estes, na maioria das vezes, no causam leses graves nos ces, mas tem importncia relacionada sade pblica por transmitirem aos homens doenas como a cisticercose e a hidatidose.A transmisso deste parasita aos ces feita atravs de pulgas e piolhos (hospedeiros intermedirios). Os ovos de Dipylidium sp. presentes em ambiente com alta infestao de pulgas so passveis de serem ingeridos pelas larvas destes vetores. Aps a ingesto do ovo, uma larva liberada no intestino da larva da pulga, a mesma penetra pela parede intestinal atingindo a cavidade oral onde se desenvolve em uma larva denominada cisticercide. A larva da pulga se desenvolve em pulga adulta, a qual abriga a cisticercide infectante. O co (hospedeiro definitivo) infecta-se ao ingerir a pulga adulta contaminada.Sinais clnicos e impacto na sade do animal: Em ces infectados o D. caninum pode causar prurido anal. Estes animais parasitados liberam, em suas vezes, estruturas que contem vrios ovos do verme, tais estruturas so denominadas progltides e as mesmas liberam os ovos do parasita no ambiente. Em ocasies raras estas estruturas podem ser visualizadas na regio perianal dos ces. As progltides possuem aspecto de gros de arroz e apresentam motilidade, muitas vezes so confundidas como parasita e causam prurido na regio perianal. Devido ao prurido os ces parasitados apresentam comportamento de andar sentado, esfregando a regio no cho principalmente aps defecao.Quando h um pequeno nmero de parasitas no animal o estado de sade do co no sofre alterao, porm se a infeco for causada por um grande nmero ocorre inflamao da mucosa intestinal, diarreia, clica, alterao do apetite e emagrecimento excessivo. Em infeces macias pode existir intussuscepo e obstruo intestinal.Um diferencial em seu diagnstico que possvel encontrar as progltides na fezes do animal.Controle: eliminao de pulgas e piolhos do ambiente. Tratamento com:Praziquantel 5mg/kg, PO, dose nicaNitroscanato 50mg/kg, dose nica

Tricuris vulpis

As formas adultas vivem no ceco e clon dos ces e gatos.Possui distribuio cosmopolita. Vivem com a extremidade anterior fixada mucosa e alimentam-se de lquidos tissulares, clulas. epiteliais e sangue. O ciclo direto. Milhares de ovos so eliminados diariamente com as fezes. No meio ambiente, no interior dos ovos evoluem larvas infectantes de terceiro estdio. Os ovos so resistentes, mas necessitam de umidade e as larvas em seu interior no resistem exposio aos raios solares. Os ces se infectam ao ingerir ovos contendo larvas infectantes. As larvas eclodem dos ovos e terminam seu desenvolvimento na mucosa intestinal.Sinais clnicos e impacto na sade do animal: Em infeces por grande nmero de parasitas podem ocorrer inflamaes do ceco e clon, pois eles dilaceram a mucosa, levando necrose, alm da ao espoliadora direta. Estes fatores desencadeiam diarria sanguinolenta, anemia, desidratao e, s vezes, morte. As leses necrticas favorecem a proliferao bacteriana e tambm de certos protozorios ciliados como Balantidium coliO diagnstico firmado pelo encontro de ovos nas fezes pelos mtodos de flutuao e de sedimentao.Controle: Tratamento pode ser feito comMebendazol 22mg/kg, PO, uma vez ao dia por cinco diasFenbendazol 50mg/kg, uma vez ao dia, por trs diasIvermectina 0,2 a 0,4 mg/kg, PO ou SC, em dose nicaMilbemicina oxima 0,5 mg/kg, em dose nicaDevido localizao do parasita adulta na poro terminal do tubo digestivo e pela presena de muco pode haver interferncia ao do anti-helmntico, devendo ser realizados duas aplicaes a cada 21 dias e novo exame coproparasitolgico oito dias aps a vermifugao.

ATPS - TERCEIRA ETAPA

MTODOS DE CONTROLE E TRATAMENTO DE HELMINTOSES EM CES

Tendo-se em vista o alto risco zoontico das doenas parasitrias e o crescente nmero de animais de companhia, potenciais transmissores, torna-se relevante o conhecimento especializado da rea do controle parasitrio. Na tentativa de controle sobre as parasitoses, os mdicos veterinrios assistiram ao desenvolvimento da resistncia dos parasitos frente aos compostos qumicos mesmo em pequenos animais, e isso se deve sobretudo maneira como estas drogas foram utilizadas. O clnico deve ter em mente que, alm da sade animal, deve ocupar-se da sade humana, esclarecendo os proprietrios quanto problemtica das zoonoses. A negligncia quase que completa acerca do conhecimento da biologia dos parasitos associada ao uso supressivo dos antiparasitrios em animais de produo e de companhia levou ao fenmeno da resistncia parasitria. A resistncia um resultado de um processo gradativo de seleo de indivduos capazes de sobreviver aps o constante emprego de um composto qumico. A resistncia no uma conseqncia inevitvel do uso de drogas, e sua seleo ser dependente da capacidade reprodutiva conferida pelos alelos de resistncia e susceptibilidade quando do uso de um medicamento.

Portanto, deve-se administrar a quantidade correto do composto, utilizar as drogas de maneira curativa, empregar bases qumicas especficas para a enfermidade de forma continuada no fazendo rotao at que se comprove o aparecimento da resistncia e, caso ocorra, deve se utilizar droga de eficcia comprovada.O maior componente para a contaminao ambiental por estes parasitas a eliminao dos ovos nas fezes dos ces, disseminando assim formas infectantes no ambiente. Por isso, medidas de controle do risco da infeco em humanos devem enfocar: 1) tratamento adequado para eliminao total dos vermes dos ces; e 2) minimizao do risco da contaminao fecal em locais pblicos, principalmente parques, playgrounds ou outros espaos de lazer infantil. Para atingir este ltimo objetivo, os proprietrios devem sempre recolher as fezes de seus animais, enquanto os veterinrios devem aconselhar sobre a medicao e a freqncia do tratamento sendo que neste item, a vermifugao trimestral d mais resultados.Outro fato importante quanto ao controle da alimentao do animal como; no oferecer carne fresca sem cozimento, evitar que o animal cace pequenos roedores, impedir o acesso a restos de comida e carne putrefada. Outro fator determinante o clima, uma vez que no Brasil, o clima tropical favorece a disseminao de doenas parasitrias, por isso, medidas educativas com manejo ambiental com controle veterinrio freqente so eficazes.Os cuidados acima citados dizem respeito conduta clnica. No que diz respeito grandes propriedades onde esses animais vivem soltos e com acesso descontrolado alimentos enfatiza- se a necessidade de serem implementados programas integrados de controle parasitrio. Uma das alternativa s controle natural, que a utilizao de agentes antagonistas disponveis no ambiente que atuam sobre hospedeiros intermedirios, paratnicos, vetores e estgios larvais de vida livre diminuindo a fonte de infeco para o hospedeiro definitivo causando menos efeitos negativos no ambiente do que os agentes qumicos.Um exemplo de controle natural ou biolgico so os fungos nematfagos.

ATPS QUARTA ETAPA

PROTOZORIOS EM CES

A maioria dos protozorios so microorganismos de vida livre, e, entre os que vivem como parasitas nos rgos dos mamferos apenas um pequeno grupo pode ser considerado patognico. Mesmo assim, muitas vezes o seu significado etiolgico no est esclarecido. Por exemplo, certos flagelados intestinais multiplicam-se quando o hospedeiro apresenta diarria. Nesses casos a presena de grande nmero de flagelados nas fezes resultado, e no a causa da diarria. presena marcante dos protozorios Giardia sp., Cryptosporidium parvum, Cystoisospora spp, Sarcocystis spp em caninos. Sendo que as trs ltimas so coccdeos.A coccidiose uma infeco parasitria por um protozorio microscpico que invade o intestino de ces, bem como gatos.. Estes protozorios infectam o trato intestinal dos ces que esto imunocomprometidos ou fracos devido a certos problemas de sade. Portanto, principalmente filhotes e ces estressados que esto infectados com a coccidiose.O filhote fica exposto ao organismo a partir de fezes da me. Isto acontece especialmente quando a me est derramando os cistos de protozorios em suas fezes. O filhote pode ingerir as fezes contendo cistos que se desenvolvem no intestino do animal. Filhotes jovens como 6 meses de idade, no tm imunidade para se proteger da infeco protozorio. Os mltiplos organismo no intestino dos cachorros que levam complicao grave co sade.Os ces mais velhos e gatos podem se infectar atravs da ingesto de solo contendo cistos coccidia. Eles podem at comer fezes ou intestinos de outros animais infectados, como roedores. Eles podem at ser infectado pela ingesto de outras operadoras, como baratas, etcO primeiro sinal da doena a diarria. A severidade da diarria depende do nvel de infeco. Coccdios pode multiplicar-se rapidamente, conduzindo a uma infeco grave. Na maioria das vezes a diarria aquosa, mas pode virar sangrenta e conter muco em infeces graves. Alm de perda de peso, perda de apetite, vmitos e letargia. Pode ocorrer convulses em caso de infeco grave, pode levar desidratao principalmente os filhotes e sensibilidade abdominal.Os sintomas podem ser vistos por at 14 dias. No entanto, estes sintomas no esto limitados a apenas coccidia. Portanto, voc deve falar com um veterinrio para ter certeza se seu animal est sofrendo de sinais da doena e diagnostic-la atravs de exame coproparasitolgico.O tratamento consiste em duas drogas que tm elevadas taxas de sucesso. Estas drogas incluem sulfadimetoxina e trimetoprim / sulfadiazina. O modo de ao destas drogas no mata a coccidia nos intestinos. Ele apenas ajuda na preveno do parasita de se reproduzir. Portanto, a velocidade a que o animal recuperar da infeco muito lenta. O co torna-se normal uma vez que o equilbrio entre o sistema imunitrio do organismo e atingido. O tempo mdio para se recuperar depois de um tratamento adequado seguido de cerca de 2 semanas.A melhor maneira de prevenir a coccidiose manter as fezes fora do alcance do co. No levar o cachorro para lugares lotados ou mant-lo em condies de vida sujas. Isso porque as fezes no s o co o modo de contaminao, mas moscas, baratas, carrapatos e pulgas tambm podem ajudar na propagao da infeco a um co saudvel. D ao seu co gua limpa e fresca para beber em todos os momentos. Isto porque a gua contaminada pode tambm conter cistos de coccidia. Um filhote de cachorro pequeno ir gradualmente desenvolver imunidade a coccidia e muito raro, para um co adulto saudvel de desenvolver uma infeco coccidia.J a Giardia e semelhantes so flagelados que pertencem ao gnero Diplomonada.Os trofozotas da Giardia esto adaptados para aderir s clulas da mucosa do intesino delgado, apresentam o formato de uma lgrima com um dos lados apresentando uma depresso, formando o disco suctorial. No interior da clula h dois ncleos grandes que do ao microorganismo a aparncia de uma raquete de tnis com olhos na microscopia.Os trofozotas passam pelo processo de encistamento antes de seguir o percurso intestinal. Os cistos maduros com potencial d formar dois trofozotas so as formas geralmente encontradas nas fezes do hospedeiro infectado, mas tambm podem ser observados em fezes diarricas, sendo esta forma incapazes de causar infeco e pouco resistente morrendo rapidamente (morrem ao atingirem a gua doce devido a sua incapacidade osmorreguladora)A transmisso pelo conato direto.Em ces, a diarria costuma ter incio antes do 5 dia de pos-infeco aparecendo cistos nas fezes em cerca de uma e duas semanas.O principal sinal clnico a diarria resultante da m absoro intestinal.Os trofozotas podem ser detectados em preparaes de fezes diarricas pelo exame direto, mas impossveis de se detectar em fezes rgidas. Cistos so detectados por mtodo de concentrao, como a flutuao fecal m sulfato de zinco (o parasita se deforma em sacarose).A microscopia de contraste de fases ajuda na identificao de trofozotas e cistos. Cistos de Giardia so frequentemente observados em fezes normais de hospedeiros assintomticos, mas em algumas casos de giardase clnica nem cistos nem trofozotas so observados nas fezes.Ces podem ser tratados com fenbendazol na mesma dosagem utilizada pela helmintos. Ou com uma combinao de febantel-pirantel-prazinquantel por trs dias.Baseando-se em todos esses dados, nosso amigo Paulo deve ater-se gerncia tcnica e sanitria de seu canil para prevenir tais infestaes em seus animais e atentar para as orientaes a seguir:rea mnima necessria para abrigar um co ou um casal.Como j vimos, os ces no necessitam de muito espao para se abrigar. Quanto menor, isto , mais prximo do tamanho dele, tanto mais feliz ele ser. por isso que as "casinhas de cachorro" fazem tanto sucesso entre os caninos. Entretanto, como ns precisamos entrar para o servio de limpeza, a altura mnima da porta dever ser de dois metros.

Para ces de grande porte(dogue alemo) um quarto de2 m x 2 mou seja 4 m2Um dogue alemo deitado ocupa uma rea que mede 1,50 m x 1,50 m e ter uma folga de 50 cm para poder se mexer e se revirar na sua cama.Para ces de mdio porte(boxer) um quarto de1,5 m x 1,5 mou seja 2,25 m2Um bxer ocupa 1 m x 1 m e ter uma folga de 50 cm, mais 0,50 cm na largura para a passagem de um humano de um cmodo para o outro.Para ces de pequeno porte(poodle toy) quarto de1 m x 1 mou seja 1 m2Um poodle toy ocupa 0,50 m x 0,50 m e ter 50 cm para poder se mexer e mais 0,50 cm na largura.No caso de ser um casal, pode-se colocar um beliche, mas a rea ocupada necessria seria a mesma. Muitos ces adoram dormir em cima.Cmodos necessrios:A rea de solrio para ces de grande porte (dogue alemo) mantendo a mesma largura do solrio e para que o co possa ensaiar uma pequena corrida de dois ou trs passos o comprimento dever ser de seis metros, para ces de mdio porte (boxer) dever ser de trs metros.para ces de pequeno porte (poodle toy) dois metros.Cozinha e dependncias dever ser projetada uma cozinha para que, eventualmente, se possa, nas horas de folga, cozinhar alguma coisa variada para que o co no perca o gosto pela rao a qual est habituado. O paladar dos ces semelhante ao nosso. O co descendente de carnvoro mas omnvoro, come de tudo, e gosta de variar o paladar como ns.Essa cozinha dever ser grande o suficiente para ter uma mesa que se possa colocar as cumbucas espalhadas e facilitar a distribuio da alimentao. O ideal ter um carrinho para transportar todas as cumbucas de uma s vez.Passeador - uma rea cercada, acimentada, spera, de fcil limpeza onde o co possa permanecer tomando sol por um tempo relativamente longo: 2 horas. Essa rea deve ser, no mnimo de 50 m2- 10 m x 5 m. para um casal de ces de mdio porte.O sol como o mais importante medicamento profiltico para a sade e preveno de doenas a posio para melhor incidncia de sol a utilizao da radiao solar como esterilizador ambiental. O melhor perodo o da manh, entre as 7 e as 10 hs. O que poucas pessoas sabem que o canil dever estar voltado de frente para a direo de onde nasce o solno invernode maneira que, nesse horrio, o sol possa penetrar at no quarto. O sol tem um poder fantstico de eliminar eventuais bactrias das fezes, alm de favorecer a osteognese (ossificao) pela induo produo, pelo organismo, das vitaminas A+D3.Mveis e utensliosA cama dever ser construda com madeira especial dura, que no se estrague facilmente com as constantes mordidas dos ces. O sistema hidrulico semelhante ao de um condomnio, conduzindo gua potvel a todos os boxes com a tubulao embutida. aconselhvel a instalao de um bebedouro automtico muito usado em suinocultura, de forma que o co ter sempre gua fresca.Automticos ou no, os bebedouros devero estar fixados num dos cantos, prximos ao dormitrio, sob teto, mas do lado de fora para que, se ele brincar com gua, no molhe seu ambiente de dormir e, se ele tentar destruir, o bebedouro estar fixo.O sistema sanitrio dever ser o mais prtico possvel, para facilitar a limpeza e no onerar os custos operacionais, mas tambm h a necessidade de que ao lavar o canil com uma mangueira de presso, todos os dejetos sejam"varridos" para fora do canil atravs de uma fresta, no cho, de 6 cm sob o pr-moldado frente da calada e que se estende ao longo de toda a largura do solrio. A vala que fica sob a grelha corre ao longo de todos os canis obedecendo uma inclinao de 10% e transporta as fezes e a urina para a fossa sptica.Proteo trmica contra o frio e o calor. Ventilao.As paredes devero ser confeccionadas com tijolos de barro, chapiscadas e revestidas com uma massa de cimento-e-areia ou azulejos, para evitar que os ces, ao arranharem as paredes, faam buracos. Os tijolos mantm um colcho de ar entre as suas superfcies, conservando a temperatura ideal. O teto deve ser de laje com um telhado confeccionado com o madeirame e as telhas amarradas, formando tambm um colcho de ar entre a telha e a laje, impedindo, dessa forma que tanto o calor do sol quanto o frio da chuva atinjam o ambiente no qual o co est acomodado.Praticidadepara um canil mais silenciosoUm canil jamais dever ser separado do outro por grade ou tela. Tecnicamente uma incoerncia permitir que dois ces separados por uma parede se vejam e impliquem um com o outro. Alm de latirem um para o outro em tempo integral, impedindo que descansem, faam suas digestes e se recuperem emocionalmente, quando soltos, fatalmente iro brigar.Esse cuidado diminui tambm o estresse que podem levar baixa imunidade dos animais deixando-os suscetveis a enfermidades.Manejo (limpeza - produtos e freqncia, etc..)O servio de limpeza do canil deve ser feita apenas com gua abundante.A desinfeco feita com cloro, retirando todos os animais at que seja abundantemente lavado e o cheiro tenha se desvanecido. A freqncia dessa desinfeo depender da populao total do canil. Um canil de criao com somente um casal de ces poder proceder essa desinfeo uma vez por ms. Com mais de vinte exemplares aconselhamos a desinfeo semanal.Carrapatos e pulgas O controle de parasitos dever ser rigoroso. Evite o uso deorganofosforados(defensivos agrcolas em desuso). O mais correto, embora mais caro, aplicar nos ces produtos que os protejam, temporariamente, das pulgas e carrapatos e elimin-los, das paredes do canil, com gua fervente (mquinas de produzir vapor a 140).

Sala de banho, tosa e cuidados veterinriosSeu canil dever ter uma sala para tratar dos ces: escovar todos os dias, dar banhos, eventualmente tosar um animal que necessite. Um lugar onde seu veterinrio possa examinar seus ces.

MaternidadeSe voc vai fazer criao, dever pensar num ambiente isolado e de fcil limpeza para servir de maternidade. Com maternidade quero dizer um ambiente, isento de influncias externas, onde a cadela parir seus filhotes e cuidar deles at o desmame.A gestante, parturiente ou lactente necessita da sensao de segurana e inviolabilidade do seu ninho.Sala de isolamento ou quarentenaCom acesso exclusivo pela sala de cuidados veterinrios. Quando um dos seus fica doente, voc vai necessitar de preservar os outros animais, ento precisar de um local seguro para mant-lo sob observao durante o tratamento.

CONCLUSES FINAIS

De acordo com este estudo pudemos compreender a gravidade de infestaes parasitrias nos ces e, subentende-se as demais espcies, sejam ecto ou endoparasitas e que, apesar de muitas serem tratveis outras apresentam gravidade e potencial zoontico perigoso.No entanto, pode-se afirmar que o seu controle que pode ser feito por vrios mtodos depende principalmente de manejo correto e condies de sanidade do ambiente onde o animal vive. Tais quesitos devem ser prontamente aplicados em grandes populaes e canis para evitar a infeco ou reinfecco dos animais com os parasitas.

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