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ANHANGUERA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERPPOLO DE PELOTASCURSO DE CINCIAS CONTBEIS

DESAFIO PROFISSIONALDISCIPLINA CONTABILIDADE TRIBUTRIAPROFESSOR HUGO DAVID SANTANA

PELOTAS / RS2014

Sumrio1.INTRODUO52.SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL, SUAS FUNES E PROPSITOS62.1.SISTEMA TRIBUTRIO BRASILEIRO62.1.1.FUNES E PROPSITOS72.2.DICAS DE ECONMIA TRIBUTRIA - PESSOA FSICA82.2.1.DEDUES PARA A FONTE PAGADORA82.2.2.DEDUO DE DESPESAS PROFISSIONAIS82.2.3.DEDUES ANUAIS82.2.4.ALIENAO DE BENS E DIREITOS DE PEQUENO VALOR92.2.5.ALIENAO DO NICO IMVEL92.2.6.SIMPLES NACIONAL DISTRIBUIO DE LUCROS92.2.6.1.LIMITES DE ISENO92.2.7.VENDA DE IMVEIS RESIDENCIAIS102.3.DICAS DE ECONMICA TRIBUTRIA PESSOA JURDICA102.3.1.LOJA VIRTUAL DISTRIBUIO VIA ESTADO COM MENOR ICMS102.3.2.BENS DE CONSUMO EVENTUAL: ECONOMIA DE IRPJ E CSLL - LUCRO REAL112.3.3.DESCONTOS FINANCEIROS X COMERCIAIS: ECONOMIAPARA FORNECEDOR E CLIENTE112.3.4.REDUZINDO O IRPJ A PAGAR COM COMPENSAES NA FONTE122.3.5.ALIMENTAO DO TRABALHADOR - DEDUO DO EXCESSO DE GASTOS122.3.6.GASTOS COM VECULOS - NO TRIBUTAO (INSS E FGTS)122.3.7.GANHO DE CAPITAL E TRIBUTAO122.3.8.IPI - APROVEITAMENTO DE TODOS OS CRDITOS132.3.9.CUSTO UNITRIO DE AQUISIO DO IMOBILIZADO142.3.10.DEPRECIAO ACELERADA CONTBIL - EM FUNO DOS TURNOS142.3.11.DECLARAO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA (DIPJ)153.INCIDNCIA TRIBUTRIA NACIONAL153.1.DEFINIO DOS TRIBUTOS: TAXAS, CONTRIBUIES, IMPOSTOS163.1.1.TRIBUTOS163.1.1.1.TAXAS163.1.1.2.CONTRIBUIES163.1.1.3.IMPOSTOS173.2.LUCRO REAL, PRESUMIDO OU SIMPLES173.2.1.LUCRO REAL - CONCEITO173.2.2.PRESUMIDO173.2.3.SIMPLES NACIONAL183.3.TABELA E RESENHA COM AS DIFERENTES ALQUOTAS E OPES DE TRIBUTAO183.4.1.TABELA DAS ESPCIES TRIBUTRIAS MAIS COMUNS193.5.RELATRIO PARCIAL DA EVOLUO HISTRICA DOS TRIBUTOS203.5.1.EVOLUO HISTRICA DOS TRIBUTOS203.5.1.1.QUADRO DO CONTEXTO HISTRICO DOS TRIBUTOS213.5.2.MOTIVO DA EXISTNCIA DOS TRIBUTOS233.5.3.PRINCIPAIS ASPECTOS E CARACTERSTICAS DA TRIBUTAES NAS PESSOASJURDICAS233.5.3.1.LUCRO REAL243.5.3.2.LUCRO PRESUMIDO253.5.3.3.SIMPLES NACIONAL26PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DO SIMPLES NACIONAL27SIMPLES NACIONAL OBRIGAES ACESSRIAS274.PRINCIPAIS OBRIGAES DO SIMPLES NACIONAL274.1.PRINCIPAIS OBRIGAES DO SIMPLES NACIONAL274.2.CLCULO DE VALORES DOS TRIBUTOS DE 2011 E CALCULAR 2012 A SEREM RECOLHIDOS274.3.TABELA COMPARATIVA SN-LUCRO REAL-LUCRO PRESUMIDO EM 2011 E 2012274.4.CONCLUSO DOS CLCULOS275.PROCESSO DE INTERNACIONALIZAO DA CONTABILIDADE BRASILEIRA E SEU IMPACTO EM RELAO AOS TRIBUTOS285.1.RESUMO DOS PRINCIPAIS ASPECTOS DO CPC 32285.2.CONFRONTO DOS RESULTADOS DO ITEM 4 COM A CPC286.CONCLUSO28BIBLIOGRAFIA29

1. INTRODUO

O objetivo do presente trabalho consiste na avaliao da melhor opo tributria de uma empresa, possibilitando uma viso clara sobre as particularidades, vantagens e desvantagens.

2. SISTEMA TRIBUTRIO NACIONAL, SUAS FUNES E PROPSITOS

1. 2. 2.1. SISTEMA TRIBUTRIO BRASILEIRO A histria dos tributos nas sociedades antigas confunde-se com a histria da criao do estado. Apesar de tambm serem usados para custear a criao de instituies como administrao pblica, fora militar e obras pblicas, a justificativa maior para a cobrana de tributos residia na concepo de que o soberano era um ser divino, e que, portanto, precisava ser sustentado com grande luxo. Os tributos tambm eram devidos pela extrao dos frutos das terras, as quais pertenciam ao soberano.A cobrana de tributos no Brasil iniciou-se antes mesmo que se tivesse uma legislao prpria. No perodo chamado de pr-colonial, que vai desde o descobrimento at 1530, como as terras pertenciam ao Rei de Portugal e este tinha interesse em mandar a posse das terras, qualquer explorao de atividade econmica era entendida como favor real, sujeita ao pagamento dos tributos e cumprimento de outras obrigaes, sendo a extrao do pau-brasil, a primeira atividade econmica iniciada nesse perodo. Como o Rei no possua recursos para arcar com os custos da explorao, esta era feita por meio de concesses a terceiros. Os concessionrios obrigavam-se a iniciar a colonizao, construir fortificaes ao longo da costa e pagar o Quinto (quinta parte do produto da venda da madeira). O Quinto foi o primeiro tributo pago no Brasil.O perodo de 1530 a 1580 foi marcado pelo incio da colonizao. Mais uma vez faltavam Coroa, os recursos para viabilizar a colonizao. Foi ento que surgiram as capitanias hereditrias e outros impostos como: o pagamento pela concesso para explorao do comrcio de pau-brasil; direitos das alfndegas reais, relativos a mercadorias importadas e exportadas; quintos dos metais e pedras preciosas; dzima do pescado e das colheitas de todos os produtos da terra, colhidos ou fabricados.Aps um perodo inicial em que o sistema de capitanias hereditrias comeou a se mostrar pouco eficiente, Portugal partiu para a centralizao da administrao colonial, criando o Governo Geral. Em 1548, em consequncia da constatao de que a arrecadao no se dava como era esperado, foi criado o Provedor-Mor, dando incio a uma estrutura centralizada de administrao tributria, onde a grande fonte de arrecadao foi a cobrana de tarifas alfandegrias, principalmente sobre os escravos, acar, couro e tabaco. O que se observa que a Coroa Portuguesa criava e cobrava taxas e impostos conforme as suas mais diversas necessidades.Em 1808 a famlia real, aporta ao Brasil criando novos tributos para sustentar a elite lusitana instalada no Brasil, como: a dcima urbana correspondente a 10% do valo locativo dos imveis a primeira modalidade de imposto predial; dcima de heranas e legados, sisa dos bens de raiz e meia-sisa dos escravos primeiros impostos sobre a transmisso de propriedades; e impostos sobre o consumo de gado e aguardente.Durante o Brasil Imperial (1822-1889), tivemos poucas mudanas na estrutura tributria, mas foi neste perodo que aconteceu a primeira reforma tributria, com a extino de alguns tributos e a definio das receitas que cabiam a cada instncia de governo (governo-geral, das provncias e dos municpios).Houve na era do Brasil Republicano (1889-1930) extrema autonomia estadual, cada Estado da federao estabelecia sua prpria poltica fiscal.Um importante imposto foi criado em 1922, o Imposto de Renda, que comeou a ser cobrado em 1924, com alquotas de 0,5% a 8% e limite de iseno.No perodo denominado a Era Vargas (1930-1945), ocorreu centralizao do poder e o foco do Governo Federal era a eliminao dos regionalismos. Tambm so importantes as mudanas nas relaes trabalhistas, no que diz repeito aos direitos dos trabalhadores urbanos. Boa parte da legislao trabalhista hoje existente foram criadas nesse perodo.O que felizmente parece diferente nos anos mais recentes uma mior participao da sociedade, a busca da proteo judicial e a criao de instituies que limitam os poderes dados ao Estado. O contribuinte parece menos indefeso do que no passado, quando sonegar ou contrabandear era talvez a nica forma de garantir sobrevivncia. 1. 2. 2.1. 2.1.1. FUNES E PROPSITOSOs propsitos de tais taxas iam desde a contratao de mercenrios para expulso de invasores, at taxas para custear casamentos da famlia real. Algumas taxas eram criadas para serem provisrias, mas perpetuavam ao longo do tempo, na medida em que as pessoas se acostumavam a pag-las.A existncia dos tributos est relacionada construo da figura do Estado, como centralizador e organizador dos padres sociais de convivncia de um povo, num determinado territrio ou at mesmo entre povos, em territrios diferentes.Diante da necessidade de organizar-se e permitir a realizao de aes direcionadas ao bem comum, o povo delega a um ente chamado governo o poder de realizar tais aes, e de criar condies para tal.Para o Estado, a cobrana de tributos um meio encontrado para manter sua estrutura de coordenao social, que em alguns momentos fora representada por organismos religiosos, imprios, monarquias, repblicas, dentre outras formas de governar e harmonizar anseios sociais.

1. 2. 2.1. 2. 2.2. DICAS DE ECONMIA TRIBUTRIA - PESSOA FSICA

2. 2.2. 2.2.1. DEDUES PARA A FONTE PAGADORA Para no sofrer reteno excessiva do imposto na fonte dever ser apresentado fonte pagadora os documentos e informaes que constituem-se dedues da base de clculo: a) Declarao de dependentes, por escrito.b) O INSS retido deduz da base de clculo, tanto para o autnomo quando para o assalariado.c) Contribuio de previdncia privada, para os assalariados e dirigentes de empresa, desde que o valor seja encargo da pessoa fsica, no limite de 12% da renda tributvel do contribuinte.d) Penso alimentcia judicial, quando a fonte pagadora tiver a obrigao de reter.

2.2.2. DEDUO DE DESPESAS PROFISSIONAIS Para os profissionais liberais admissvel a deduo, no livro caixa, das despesas decorrentes de tais atividades. Desta forma, o recolhimento do imposto mensal (carne-leo) pode ser minimizado, pois a base de clculo compreender as receitas auferidas na atividade profissional menos as despesas escrituradas em livro caixa (como gua, luz, telefone, aluguel de consultrio, salrios e encargos pagos aos empregados, etc.)

2.2.3. DEDUES ANUAIS So dedutveis na apurao anual do imposto, desde que os mesmos tenham sido nus da pessoa fsica declarante, os valores com despesas mdicas, odontolgicas e pagamentos de seguro-sade e planos mdicos.

2.2.4. ALIENAO DE BENS E DIREITOS DE PEQUENO VALORA partir de 16.06.2005, fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienao de bens e direitos de pequeno valor, cujo preo unitrio de alienao, no ms em que esta se realizar, seja igual ou inferior a:a) R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no caso de alienao de aes negociadas no mercado de balco;b) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nos demais casos.

2.2.5. ALIENAO DO NICO IMVELTambm isento o ganho de capital auferido na alienao do nico imvel que o titular possua, cujo valor de alienao seja de at R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais), desde que no tenha sido realizada qualquer outra alienao nos ltimos cinco anos (Lei 9.250/95, art. 23).

2.2.6. SIMPLES NACIONAL DISTRIBUIO DE LUCROSConsideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declarao de ajuste do beneficirio, os valores efetivamente pagos ou distribudos ao titular ou scio da microempresa ou da empresa de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pr-labore, aluguis ou servios prestados.

1. 2. 2.1. 2.2. 2.2.1. 2.2.2. 2.2.3. 2.2.4. 2.2.5. 2.2.6. 2.2.6.1. LIMITES DE ISENOA iseno fica limitada ao valor resultante da aplicao dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei n 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipao de fonte ou da receita bruta total anual, tratando-se de declarao de ajuste, subtrado do valor devido na forma do Simples Nacional no perodo, relativo ao IRPJ. Entretanto, conforme disposto no 2 do artigo 14 da Lei Complementar 123/2006, a mencionada limitao no se aplica na hiptese de a pessoa jurdica manter escriturao contbil e evidenciar lucro superior ao limite. Ou seja, provado atravs da contabilidade que o lucro apurado superior ao determinado pela regra geral de iseno, poder este lucro ser distribudo com a iseno do imposto de renda.

2.2.7. VENDA DE IMVEIS RESIDENCIAISA partir de 14.10.2005, fica isento do imposto de renda o ganho auferido por pessoa fsica residente no Pas na venda de imveis residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebrao do contrato, aplique o produto da venda na aquisio de imveis residenciais localizados no Pas.No caso de venda de mais de 1 (um) imvel, o prazo referido ser contado a partir da data de celebrao do contrato relativo 1a (primeira) operao.A aplicao parcial do produto da venda implicar tributao do ganho proporcionalmente ao valor da parcela no aplicada.No caso de aquisio de mais de um imvel, a iseno aplicar-se- ao ganho de capital correspondente apenas parcela empregada na aquisio de imveis residenciais.O contribuinte somente poder usufruir do benefcio de que trata este artigo 1 (uma) vez a cada 5 (cinco) anos.

2.3. DICAS DE ECONMICA TRIBUTRIA PESSOA JURDICADe acordo com a forma de tributao escolhida pelas empresas (Lucro Real, Presumido, Simples) e outras caractersticas especficas, podemos encontrar algumas restries quanto ao uso do planejamento e de algumas dedues presentes na Legislao.2.3. 2.3.1. LOJA VIRTUAL DISTRIBUIO VIA ESTADO COM MENOR ICMSAo lanarmos uma loja virtual, temos que verificar se no h possibilidade de operar a distribuio dos produtos atravs de operao em estado com menor alquota do ICMS para o consumidor final. Caso o produto tenha substituio tributria, devemos verificar as normas do estado para viabilizar a no cobrana do imposto, ou o ressarcimento da diferena do ICMS pago anteriormente sobre a base de clculo maior. So planejamentos deste tipo que viabilizam um preo mais competitivo.Com a publicao doProtocolo ICMS 21/2011, as vendas no presenciais para os Estados que aderiram ao Protocolo esto sendo duplamente oneradas, pois dever ser recolhido, a favor da unidade federada de destino da mercadoria ou bem, a parcela doICMS devida na operao interestadual em que o consumidor final adquire mercadoria ou bem de forma no presencial por meio de internet, telemarketing ou showroom.2.3.2. BENS DE CONSUMO EVENTUAL: ECONOMIA DE IRPJ E CSLL - LUCRO REALA aquisio de bens de consumo eventual, cujo valor no exceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no exerccio social anterior, poder ser registrada diretamente como custo (pargrafo nico do artigo 290 doRegulamento do Imposto de Renda). Como regra geral, toda a matria-prima em estoque, no final do perodo, deveria ser inventariada e mantida em conta do Ativo. Porm, com relao aos materiais de consumo espordico cujo valor no tenha sido superior a 5% do custo total dos produtos vendidos no exerccio social anterior, as eventuais sobras no necessitam ser inventariadas, podendo ser levadas integralmente para custos. Desta forma, economiza-se IRPJ e CSLL devidos sobre oLucro Real.2.3.3. DESCONTOS FINANCEIROS X COMERCIAIS: ECONOMIAPARA FORNECEDOR E CLIENTEO desconto financeiro, condicionando a sua existncia a evento definido (pagamento no prazo, fidelidade, etc.) uma prtica muito cara, em termos tributrios. Recomenda-se s empresas, que revejam seus procedimentos, adotando em princpio, sua substituio pelo desconto comercial.Desta forma, por exemplo, se desejar premiar os clientes que pagam pontualmente, bastaria conceder desconto relativo ao evento no prximo pedido de compra, como desconto comercial. A economia de tributos, para uma empresa comercial, optante peloLucro Presumido, pode chegar at 24,73% do valor do desconto concedido.O clculo o seguinte:a) At 18% a ttulo de ICMSb) 3% a ttulo de COFINS (alquota do lucro presumido)c) 0,65% a ttulo dePIS(alquota do lucro presumido)d) At 2% a ttulo de IRPJ/Lucro Presumido (8% x at 25% de alquota do IRPJ) ee) At 1,08% a ttulo de CSLL/Lucro Presumido (12% x alquota de 9% da CSLL)Interessante observar que, para o cliente, o desconto comercial tambm pode ser menos oneroso, j que, quando for tributado pelo Lucro Presumido, o custo tributrio pode chegar a 37,65 % do desconto financeiro obtido (IRPJ at 25%, CSLL at 9%, PIS eCOFINS3,65%). Como desconto comercial, este custo no existe.1. 2. 2.1. 2.2. 2.3. 2.3.1. 2.3.2. 2.3.3. 2.3.4. REDUZINDO O IRPJ A PAGAR COM COMPENSAES NA FONTEPodem ser compensados, mediante deduo do IRPJ devido pelas empresas, os valores retidos na fonte, como: a) Remunerao de servios profissionais, comisses, propaganda e publicidade, limpeza, conservao de imveis, segurana, vigilncia e locao de mo de obra; b) Rendimentos de aplicaes financeiras; c) Importncias recebidas de entidades de administrao pblica federal, pelo fornecimento de bens e servios; d) Juros do capital prprio pago ou creditado por empresa da qual tenha participao societria.

2.3.5. ALIMENTAO DO TRABALHADOR - DEDUO DO EXCESSO DE GASTOSOs valores aplicados pelas empresas optantes pelo Lucro Real noPrograma de Alimentao do Trabalhador(PAT) que excederem ao limite legal de deduo, podero ser deduzidos em at 2 (dois) exerccios subsequentes. Basta controlar estes valores na Parte "B" do Livro de Apurao do Lucro Real e deduzi-los de acordo com sua efetiva utilizao. 2.3.6. GASTOS COM VECULOS - NO TRIBUTAO (INSS E FGTS)O valor pago pelas empresas para ressarcimento dos gastos dos empregados que utilizam seus veculos a servio da empresa no sofrer incidncia de INSS ou FGTS, desde que devidamente comprovada a despesa (notas fiscais). 2.3.7. GANHO DE CAPITAL E TRIBUTAOO ganho de capital apurado na venda de bens do imobilizado dever ser apurado por qualquer empresa, independentemente de ser optante pelo SIMPLES, Lucro Presumido ou Real, para fins de tributao do Imposto de Renda.O ganho de capital a diferena positiva entre o valor de venda e o custo contbil. No caso das empresas optantes peloSIMPLES, o custo contbil o valor corrigido do bem at 31.12.1995 (utilizando-se a UFIR de 0,8287). Nas aquisies de 1996 em diante, no h mais correo do custo. Assim, a venda de um bem adquirido em 30.12.1994, por exemplo, ter uma correo de 25,219%, reduzindo assim o eventual ganho de capital e o respectivo pagamento do Imposto de Renda. Em relao as demais empresas, a determinao do ganho ou perda de capital ter por base o valor contbil do bem, assim entendido o que estiver registrado na escriturao e diminudo, se for o caso, da depreciao, amortizao ou exausto acumulada (artigo 418 do Regulamento do IR).O contribuinte poder diferir a tributao do ganho de capital obtido na desapropriao de bens, desde que:a) Transfira o ganho de capital para reserva especial de lucros;b) Aplique, no prazo mximo de dois anos do recebimento da indenizao, na aquisio de outros bens do ativo permanente, importncia igual ao ganho de capital;c) Discrimine, na reserva de lucros, os bens objeto da aplicao de que trata o inciso anterior, em condies que permitam a determinao do valor realizado em cada perodo de apurao (artigo 422 do Regulamento do Imposto de Renda).Est isento do imposto o ganho obtido nas operaes de transferncia de imveis desapropriados para fins de reforma agrria (Constituio Federal, artigo 184, 5).2.3.8. IPI - APROVEITAMENTO DE TODOS OS CRDITOSOs estabelecimentos industriais e os que lhes so equiparados podero creditar-se do IPI em diversas hipteses previstas no Regulamento do respectivo imposto, dentre as quais destacamos:a) IPI pago na aquisio de materiais, inclusive os consumidos, destinados ao processo de industrializao,inclusivedeproduto isento ou tributado alquota zero(artigo 11 daLei 9.779/1999).Nota: no confundir o crdito do IPI na aquisio de insumos (quando destacado o respectivo imposto) com os crditos de insumos comalquota zero ou naquelas no tributadas (ou seja, quando no h destaque do imposto na nota fiscal). Os primeiros so crditos admissveis, por Lei, enquanto os ltimos no se constituem crditos -conforme julgado do STF.b) Do imposto pago no desembarao aduaneiro;c) Do imposto mencionado na nota fiscal que acompanhar produtos estrangeiros, diretamente da repartio que o liberou;d) Sobre produtos adquiridos com imunidade, iseno ou suspenso, quando descumprida a condio, em operao que d direito ao crdito;e) Destacado nas notas fiscais relativas a entregas ou transferncias simblicas do produto, permitidas peloRegulamento do IPI;f) De 50% do valor dos materiais adquiridos de comerciante atacadista no contribuinte, mediante aplicao da alquota correspondente, para os estabelecimentos industriais.

2.3.9. CUSTO UNITRIO DE AQUISIO DO IMOBILIZADOO Regulamento do Imposto de Renda (artigo 301) permite que se deduza como despesa operacional, o custo unitrio de bem imobilizado no valor de at R$ 326,61 desde que para sua utilizao no se exija um conjunto desses bens.Assim, ao invs de imobilizar o bem (dbito a Ativo Imobilizado), efetua-se o lanamento a uma conta de resultado, reduzindo o montante tributvel, no caso de empresa tributada pelo Lucro Real, com reduo do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro.2.3.10. DEPRECIAO ACELERADA CONTBIL - EM FUNO DOS TURNOSEm relao aos bens mveis, podero ser adotados, em funo do nmero de horas dirias de operao, os seguintes coeficientes de depreciao acelerada (Lei 3.470/1958, artigo 69):a) Um turno de oito horas..............................1,0b) Dois turnos de oito horas............................1,5c) Trs turnos de oito horas............................2,0Portanto, a utilizao da acelerao da depreciao contbil, quando h mais de um turno dirio de operao, poder permitir uma contabilizao maior de encargos dedutveis na apurao do resultado tributvel.2.3.11. DECLARAO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA (DIPJ)Por ocasio da entrega da DIPJ, observe os seguintes procedimentos:a) No deixe atrasar a entrega, pois isto gera multa.b) Verifique se todo o Imposto de Renda Retido na Fonte (aplicaes financeiras, servios, etc.) foi compensado. Caso tenha esquecido de compensar, efetue a compensao e utilize o valor pago a maior para abater o IRPJ no prximo recolhimento deste imposto. O mesmo procedimento vlido para CSLL, PIS e COFINS retidos por rgos pblicos ou outras retenes previstas pelo artigo 30 daLei 10.833/2003. Caso haja crdito a utilizar, no esquecer de elaborar a PER/DCOMP e, se for o caso, retificarDCTF/DACON.c) Cheque se todas as aplicaes em benefcios fiscais no Lucro Real foram procedidas, como exemplo: Programa de Alimentao do Trabalhador PAT.d) Antes de entregar a declarao, faa a confrontao entre os clculos de tributos a recolher, gerados pelo programa, e os DARF efetivamente recolhidos. Verifique especialmente as excluses/dedues permitidas, que podem gerar valores recolhidos a maior e compensveis (corrigidos pela SELIC) com recolhimentos futuros de tributos federais arrecadados pela SRF.e) Cruze os valores informados na DCTF, com os informados no Imposto de Renda (PIS, COFINS, IRPJ, CSL), com o objetivo de identificar possveis divergncias.

1.1.

3. INCIDNCIA TRIBUTRIA NACIONAL

Incidem sobre o lucro das empresas dois Tributos: o Imposto sobre e a Renda e Proventos de qualquer natureza (IR) e a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL). O Imposto de Renda (IR) incide tanto sobre a renda das pessoas como das empresas pessoas jurdicas. Quando se trata do IR relativo s pessoas jurdicas costume usar a sigla IRPJ.A base de clculo dos dois tributos o lucro, na forma definida na Legislao. Uma vez que cada tributo tem a sua Legislao especfica, o valor em reais da base de clculo de cada um dos dois tributos pode ser diferente.Segundo a Legislao do IRPJ, o lucro tributvel pode ser apurado de trs formas ou regimes de tributao: Lucro Real, Lucro Presumido ou Arbitrado.Como a legislao no permite mudana de sistemtica no mesmo exerccio, a opo por uma das modalidades ser definitiva. Se a deciso for equivocada, ela ter efeito no ano todo. A opo definida no primeiro pagamento do imposto (que normalmente recolhido em fevereiro de cada ano), ou, no caso das optantes pelo Simples Nacional, por opo at o ltimo dia til de janeiro.

3.1. DEFINIO DOS TRIBUTOS: TAXAS, CONTRIBUIES, IMPOSTOS

2. 3. 3.1. 3.1.1. TRIBUTOSSo obrigaes que os contribuintes, ou seja, pessoas fsicas (consumidores, trabalhadores) ou jurdicas (empresas, empregadores) devem pagar ao Estado, representado pela Unio (nvel federal), pelos estados ou pelos municpios.

Tributo e toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa e plenamente vinculada ( CNT-art.3).

Os tributos podem ser classificados de diversas formas quanto: Espcie; funo e relao com o patrimnio e a renda das pessoas.

3.1.1.1. TAXASSo cobranas que a administrao faz em troca de algum servio pblico. Neste caso, h um destino certo para a aplicao do dinheiro. Diferentemente do imposto, a taxa no possui uma base de clculo e seu valor depende do servio prestado. Como exemplos, esto a taxa de iluminao pblica e de limpeza pblica, institudas pelos municpios.

3.1.1.2. CONTRIBUIESPode ser social ou de melhoria. A primeira possui uma destinao especfica para um determinado grupo ou atividade, como a do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A segunda se refere a algum projeto/obra de melhoria que pode resultar em algum benefcio ao cidado.

3.1.1.3. IMPOSTOS Os impostos so tributos cobrados sem a exigncia de qualquer contra prestao especfica por parte do governo. A sua cobrana decorre do acontecimento de uma situao especfica estabelecida em lei. Como exemplos de impostos podemos citar o imposto sobre produtos industrializados (IPI) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IRPJ e IRPF).

3.2. LUCRO REAL, PRESUMIDO OU SIMPLES

1. 2. 3. 3.1. 3.2. 3.2.1. LUCRO REAL A expresso lucro real significa o prprio lucro tributvel, para fins da legislao do imposto de renda, distinto do lucro lquido apurado contabilmente.De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao fiscal. A determinao do lucro real ser precedida da apurao do lucro lquido de cada perodo de apurao com observncia das leis comerciais.Lucro Real a regra geral para a apurao do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL) da pessoa jurdica.Ao mesmo tempo em que o regime geral tambm o mais complexo.Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situaes de Prejuzo Fiscal, hiptese em que no haver imposto de imposto de renda a pagar.Olhando somente pelo lado do imposto de renda, para uma empresa que opera com prejuzo, ou margem mnima de lucro, normalmente optar pelo regime de Lucro Real vantajoso. Porm, sempre prudente que a anlise seja estendida tambm para a Contribuio Social sobre o Lucro e para as contribuies ao PIS e a COFINS, pois a escolha do regime afeta todos estes tributos.

1. 2. 3. 3.1. 3.2. 3.2.1. 3.2.2. LUCRO PRESUMIDOO Lucro Presumido a forma de tributao simplificada do Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas (IRPJ) e Contribuio Social sobre o Lucro (CSLL), ou seja, de acordo com sua atividade econmica aplica-se em cima do seu faturamento a alquota correspondente a presuno do lucro.3.2.3. SIMPLES NACIONAL

Simples Nacional o nome dado ao novo tratamento tributrio para micro empresas e empresas de pequeno porte, institudo pela Lei Complementar n 123 de 14/12/2006.

3.3. TABELA E RESENHA COM AS DIFERENTES ALQUOTAS E OPES DE TRIBUTAOLUCRO REALLUCRO PRESUMIDOSIMPLES NACIONAL

CONCEITOLucro real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto Lei 1.598/77, art. 6).O lucro presumido uma forma de tributao simplificada para determinao da base de clculo do IR e da CSLL das pessoas jurdicas que no estiverem obrigadas, no ano-calendrio, apurao do lucro real.Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas MEs EPPs, institudo pela Lei Complemento n 123, de 14 de dezembro de 2006.

BASE DE CLCULOLUCRO LQUIDOFATURAMENTO X % PRESUNO CONFORME ATIVIDADE DA EMPRESA: FATURAMENTO

ALQUOTA P/BASE DA PRESUNO IR CSLL Com./Ind.= 8% 12% Servio = 32% 32% Gasolina = 1,6%

ALQUOTAS IMPOSTOSCSLL 9% IRPJ 15% + 10% ADICIONAL PIS = 1,65% COFINS = 7,6%CSLL 9% IRPJ 15% + 10% ADICIONAL PIS = 0,65% COFINS = 3%Tabela de acordo com a atividade da empresa, faturamento e enquadramento da faixa da receita bruta acumulada nos ltimos 12 meses.

OPO PARA EMPRESAS JURDICASFaturamento superior a R$ 48.000.000,00 no ano calendrio anterior.Faturamento at R$ 78.000.000,00 no ano calendrio anterior, que no estejam obrigadas ao lucro real em virtude de sua atividade ou constituio societria.Faturamento at R$ 3.600.000,00.

PERODO DE APURAOCSLL, IRPJ E ADICIONAL IR trimestrais, encerrados nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrio OU perodo anual.CSLL, IRPJ E ADICIONAL IR trimestrais, encerrados nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendrioMensal

3.4. ESPCIES TRIBUTRIAS: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIESA legislao tributria possui uma extensa gama de hipteses geradoras de tributos. Havendo a incidncia de um fato sobre umas dessas hipteses previstas, nascer a obrigao do contribuinte para com o Fisco.Os tributos tem funes prprias que pode ser fiscal, extrafiscal ou parafiscal.As trs classificaes das funes supra mencionadas so definidas pelo insigne jurista Hugo de Brito Machado, com seu peculiar saber:a) Funo Fiscal, quando seu objetivo principal a arrecadao de recursos financeiros para o Estado;b) Funo Extrafiscal, quando seu objetivo principal a interferncia no domnio econmico, buscando um efeito diverso da simples arrecadao de recursos financeiros;c) Funo Parafiscal, quando seu objetivo a arrecadao de recursos para o custeio de atividades que, em princpio, no integram funes prprias do Estado, mas que este as desenvolve atravs de entidades especficas.A ttulo de exemplo, pode-se citar o imposto de renda exercendo funo fiscal; as alteraes do IPI, como funo extrafiscal e por fim, as contribuies anuais pagas pelos profissionais rgos como OAB, CREA, CFC etc.O artigo 5 do CTN menciona como espcies de tributos: impostos taxas e contribuies de melhoria.No entanto, sob a inteligncia dos artigos 148 e 149 do Sistema Tributrio Nacional, consubstanciado na Constituio Federal, evidencia-se que h mais duas espciestributrias, a saber: o emprstimo compulsrio e as contribuies especiais.

3.4.1. TABELA DAS ESPCIES TRIBUTRIAS MAIS COMUNS

Os impostos podem ser Federais, Estaduais e Municipais, como demonstra a tabela abaixo:

SIGLA DO TRIBUTOIMPOSTOTAXACONTRIBUIES ESPECIAISFEDERALESTADUALMUNICIPAL

IRPJXX

IRPFXX

IOFXX

IEXX

IIXX

IPIXX

IGFXX

ITRXX

ICMSXX

IPVAXX

ITCMDXX

ISSQNXX

IPTUXX

ITBIX

PISXX

COFINSXX

INSSXX

CSLLXX

TX SERV PBLICOXXXX

3.5. RELATRIO PARCIAL DA EVOLUO HISTRICA DOS TRIBUTOS

3.5.1. EVOLUO HISTRICA DOS TRIBUTOSO sistema tributrio hoje vigente no pas fruto de uma lenta evoluo, que em um primeiro estgio, no Imprio e nos primeiros anos da Repblica, os impostos sobre comrcio exterior eram predominantes, coadjuvados por impostos sobre imveis e um conjunto de tributos, de pouca importncia, incidente sobre bens, alguns rendimentos e servios prestados pelo governo. No final do sculo passado estabeleceu-se um imposto de consumo que, modificando-se ao longo do tempo, transformou-se na dcada de 60 no IPI que ainda vigora. O ICMS tem origem no imposto sobre vendas mercantis criado em 1922. Somente em 1924 os impostos sobre rendimentos que foram sendo criados ao longo do tempo foram agrupados, formando o imposto de renda. A predominncia dos impostos sobre o comrcio exterior sobre os domsticos como fonte de receita perdurou at o incio da dcada de 40. A partir da foram necessrios mais 25 anos at que se tratasse o sistema tributrio como instrumento econmico.Diante da necessidade de organizar-se e permitir a realizao de aes direcionadas ao bem comum, o povo delega a um ente chamado governo o poder de realizar tais aes e de criar condies para tal, originando a obrigao de pagar tributos, consequentemente, dando surgimento ao sistema tributrio brasileiro que atribudo por fora de Lei queles que se enquadrarem em uma determinada situao.

3.5.1.1. QUADRO DO CONTEXTO HISTRICO DOS TRIBUTOSPerodoContexto Histrico

Brasil Colnia - Primeiras Expedies 1500 1822Na poca das primeiras expedies foi implantado o direito portugus. O Brasil no tinha condies de possuir seu sistema tributrio, dada a escassez de populao. Entretanto, encontramos o primeiro nus fiscal sobre a indstria extrativista.

Capitanias Hereditrias 1532 1548Os tributos pagos ao Rei foram determinados pelasCartas de Foral. Sobre o pescado, colheita, comrcio exterior e escravos, em geral, tinha-se a alquota de 10% (dzimo), sobre metais e pedras preciosas a alquota era de 20% (quinta parte). Esse sistema no permitiu que as Capitanias se desprendessem da Metrpole.

Governo Geral 1548 1763Tinha-se tributos ordinrios e extraordinrios, estes ltimos de carter urgente e transitrio. Os ordinrios eram sobre o comrcio do pau-brasil, especiarias e drogas, direito de alfndega, metais, pedras preciosas, pescado e colheitas.

Vice-Reis

1763 1808Foram criadas outras figuras fiscais como o subsdio literrio sobre o gado abatido ou aguardente destilada, subsdio de direito de plvora estrangeira, subsdio de acar e algodo, do tabaco em p, imposto sobre ouro, botequim e taberna.

Corte Portuguesa

1808 1815Dom Joo criou o Tesouro Nacional extinguindo as Juntas das Fazendas. Dos tributos institudos, os que merecem maior destaque so: o direito de importao, de guindaste, imposto sobre prdio urbano, imposto sobre transmisso imobiliria, meia sisa dos escravos, dcima da herana e do legado, de selo sobre papel, de entrada de novos escravos, imposto de industria e profisses, sobre a carne e l e de 10% sobre o vencimento dos funcionrios da Fazenda e Justia.

Perodo do Imprio1822 1889Nada se modificou em relao ao sistema de tributao. A Constituio de 1824 consignava poucas normas de tributao, visto que o inciso X do artigo 15 dispunha que competia ao Poder Legislativo "fixar anualmente as despesas pblicas, e repartir a contribuio".

Primeiro Imprio1822 1831Os tributos continuavam a ser lanados e arrecadados sem mtodos uniformes e racionais.

poca da Regncia1831 1840Foram estabelecidas algumas inovaes. A Lei de 15 de novembro de 1836 objetivou uniformizar a arrecadao e evitar a multiplicidade de taxas. Essa Lei aboliu toda a tributao sobre o comrcio entre as provncias. Assim mesmo a tributao continuava exagerada, sem levar em conta os tributos exigidos pelas provncias e municpios.

Segundo Imprio1840 1889Procurou-se simplificar a fiscalizao da receita pblica com o intuito de reduzir o dficit. Em 1842 foram expedidos novos regulamentos trazendo uma verdadeira reforma tributria que, embora o regime centralizado no permitia discriminao de rendas tributrias, houve uma melhora na arrecadao com a diminuio das espcies tributrias.

Constituio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil de 1891J estabelecia trs reas de competncia tributria, ou seja, adotou a norma da discriminao, bem como, j estabelecia imunidade entre Estados e Unio.

Constituio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil de 1934Consagra o princpio da igualdade de todos perante a Lei (art. 113). Sedimenta a competncia tributria privativa da Unio, contempla os Estados com o imposto de vendas e consignaes, contempla os municpios com imposto e vedou a bitributao.

Constituio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil de 1937Manteve a mesma base do mesmo sistema tributrio da carta anterior.

Constituio dos Estados Unidos do Brasil de 1946Pela primeira vez foi adotado o princpio da competncia remanescente (competncia extraordinria, concorrente) paralelo ao discriminativo (art. 21).O sistema tributrio aparecia totalmente discriminado, definindo o campo e isolando cada uma das pessoas jurdicas de Direito Pblico. Lembra-se que a constituio de 1946 no conceituou imposto, taxa e contribuio de melhoria.Consagrou os princpios da anualidade e capacidade contributiva.Consagrou a imunidade tributria em situaes necessrias ao exerccio de valores fundamentais.

Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1967 e Emenda n. 1 de 1969Tambm adotou competncia remanescente (5 do art. 8 da Constituio de 1967). Estipula maior unicidade da competncia tributria com ascendncia da Unio Federal. Foi praticamente institudo o Sistema Tributrio Nacional, dentro de um planejamento rigoroso, estabelecendo a unidade econmico-financeira, bem como a competncia tributria do poder de tributar. Passou a conceituar as espcies de tributos denominadas como taxa e contribuio de melhoria (incisos I e II do art. 18 da Emenda n. 1/69), entretanto, no conceituo imposto. A novidade trazida ao conceito constitucional de taxa traduz-se no fato de ampliao do conceito clssico doutrinrio, pois sua cobrana d-se pelo simples poder de polcia exercido pelo Estado. O conceito de imposto continuou a ser elaborado pela doutrina. O princpio da legalidade vinha formulado com ressalvas somente pertinentes ao aumento dos tributos. Recepcionou a Lei n. 5.172/66 que Instituiu o Cdigo Tributrio Nacional como Lei Complementar em virtude da matria.

Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988Institui explicitamente o princpio da estrita legalidade, bem como o princpio constitucional da vedao ao confisco, o qual deu ao judicirio um novo instrumento de controle de voracidade fiscal, pois o conceito de confisco ser elaborado atravs da provocao do poder jurisdicional pelo interessado. Alm dos impostos, trouxe imunidade para taxas e contribuies.

3.5.2. MOTIVO DA EXISTNCIA DOS TRIBUTOS

Alm da finalidade arrecadatria, podemos dizer que alguns tributos exercem ma funo regulatria, como um mecanismo utilizado pelos governos para executar a poltica fiscal e econmica. Ao instituir, aumentar e reduzir tributos, assim como ao conceder benefcios ficais, os governos esto influenciando a economia como um todo por meio das decises individuais dos seus diversos agentes econmicos.Podemos dizer, portanto, que os tributos influenciam as decises das empresas, investidores, cidados, enfim todas as instituies que interagem, num determinado ambiente, realizando transaes entre si ou com outras instituies em nvel internacional. Assim, os tributos exercem um papel importante na economia de qualquer pas. Se bem administrados, podem contribuir fortemente para o crescimento e desenvolvimento de uma nao. Se mal administrados, podem sufoc-la, dificultando, limitando ou mesmo reduzindo o seu potencial de crescimento.

3.5.3. PRINCIPAIS ASPECTOS E CARACTERSTICAS DAS TRIBUTAES NAS PESSOAS JURDICAS

A tributao sobre as empresas so uma forma inteligente de garantir recursos ao Estado, uma vez que se a tributao incidisse apenas ao nvel das pessoas fsicas, a pulverizao tornaria mais onerosos os custos de administrao. Nota-se, portanto, que as razes mais fortes esto baseadas em argumentos de convenincia e simplicidade administrativa.A deciso tributria deve ser efetivada, anualmente, pelos administradores empresariais, relativamente s opes: Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional.Como a legislao no permite mudana de sistemtica no mesmo exerccio, a opo por uma das modalidades ser definitiva. Se a deciso for equivocada, ela ter efeito no ano todo. A opo definida no primeiro pagamento do imposto (que normalmente recolhido em fevereiro de cada ano), ou, no caso das optantes pelo Simples Nacional, por opo at o ltimo dia til de janeiro.

1. 2. 3. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 3.5.3.1. NO LUCRO REALNo Lucro Real Anual a empresa deve antecipar os tributos mensalmente, com base no faturamento mensal, sobre o qual aplicam-se percentuais predeterminados, de acordo com o enquadramento das atividades, para obter uma margem de lucro estimada (estimativa), sobre a qual recai o IRPJ e a CSLL, de forma semelhante ao Lucro Presumido. Nesta opo, h, ainda, a possibilidade de levantar balanos ou balancetes mensais, reduzindo ou suspendendo-se o recolhimento do IRPJ e da CSLL, caso demonstre-se que o lucro real efetivo menor do que aquele estimado ou que a pessoa jurdica est operando com prejuzo fiscal.No final do ano, a pessoa jurdica levanta o balano anual e apura o lucro real do exerccio, calculando em definitivo o IRPJ e a CSLL e descontando as antecipaes realizadas mensalmente. Em alguns casos, eventualmente, as antecipaes podem ser superiores aos tributos devidos, ocasionando um crdito em favor do contribuinte.No Lucro Real trimestral, o IRPJ e a CSLL so calculados com base no resultado apurado no final de cada trimestre civil, de forma isolada. Portanto, nesta modalidade, teremos durante o ano 4 (quatro) apuraes definitivas, no havendo anteci-paes mensais como ocorre na opo de ajuste anual.Esta modalidade deve ser vista com cautela, principalmente em atividades sazonais ou que alternem lucros e prejuzos no decorrer do ano. Nesta modalidade, os lucros e prejuzos so apurados trimestralmente, de forma isolada. Assim se a pessoa jurdica tiver um prejuzo fiscal de R$ -100.000,00 (cem mil reais) no primeiro trimestre e um lucro de tambm R$ 100.000,00 (cem mil reais) no segundo trimestre ter que tributar IRPJ e CSLL sobre a base de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), pois no se pode compensar integralmente o prejuzo do trimestre anterior, ainda que dentro do mesmo ano-calendrio. O prejuzo fiscal de um trimestre s poder deduzir at o limite de 30% do lucro real dos trimestres seguintes.Essa pode ser uma boa opo para empresas com lucros lineares.Mas para as empresas com picos de faturamento, durante o exerccio, a opo pelo Lucro Real anual pode ser mais vantajosa porque poder suspender ou reduzir o pagamento do IRPJ e da CSLL, quando os balancetes apontarem lucro real menor que o estimado ou at mesmo prejuzos fiscais. Outra vantagem que o prejuzo apurado no prprio ano pode ser compensado integralmente com lucros do exerccio.

3.5.3.2. NO LUCRO PRESUMIDOO IRPJ e a CSLL pelo Lucro Presumido so apurados trimestralmente. A alquota de cada tributo (15% ou 25% de IRPJ e 9% da CSLL) incide sobre as receitas com base em percentual de presuno varivel (1,6% a 32% do faturamento, dependendo da atividade). Este percentual deriva da presuno de uma margem de lucro para cada atividade (da a expresso Lucro Presumido) e predeterminado pela legislao tributria.H alguns tipos de receita que so acrescidas integralmente ao resultado tributvel, como os ganhos de capital e as receitas de aplicaes financeiras.Destaque-se, no entanto, que nem todas empresas podem optar pelo lucro presumido, pois h restries relativas ao objeto social e o faturamento.O limite da receita bruta para poder optar pelo lucro presumido de at R$ 48 milhes da receita bruta total, no ano-calendrio anterior.Esta modalidade de tributao pode ser vantajosa para empresas com margens de lucratividade superior a presumida, podendo, inclusive, servir como instrumento de planejamento tributrio. Empresas que possuam boa margem de lucro podem, respeitadoseventuais impedimentos, utilizar-se do Lucro Presumido, por exemplo: determinada empresacomercial possui uma margem de lucro efetivo de 15%, no entanto a administrao observouque optando pelo Lucro Presumido a referida margem, para fins tributrios, estaria fixada em8%, demonstrando que este regime seria o mais interessante para este caso concreto.Outra anlise a ser feita que as empresas tributadas pelo Lucro Presumido no podem aproveitar os crditos do PIS e da Cofins, por estarem fora do sistema no cumulativo, no entanto recolhem com alquotas mais baixas.Portanto, a anlise do regime deve ser realizada considerando a repercusso no IRPJ, na CSLL, no PIS e na Cofins.

3.5.3.3. NO SIMPLES NACIONALO Simples Nacional um regime compartilhado de arrecadao, cobrana e fiscalizao de tributos aplicvel s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006.Abrange a participao de todos os entes federados (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios). administrado por um Comit Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municpios.Para o ingresso no Simples Nacional necessrio o cumprimento das seguintes condies:a) Enquadrar-se na definio de microempresa ou de empresa de pequeno porte;b) Cumprir os requisitos previstos na legislao; ec) Formalizar a opo pelo Simples Nacional.A aparente simplicidade do regime do Simples Nacional e as alquotas relativamente baixas so os grandes atrativos deste regime.Entretanto, h inmeras restries legais para opo (alm do limite de receita bruta anual, que passa a ser de R$ 3.600.000,00 a partir de 2012, retroagindo para 2011 para fins de opo).H questes que exigem anlise detalhada, como a ausncia de crditos do IPI e sublimites estaduais para recolhimento do ICMS. Outro detalhe do Simples Nacional que as alquotas so progressivas, podendo ser, nas faixas superiores de receita, especialmente para empresas de servios, mais onerosas para do que os regimes de Lucro Real ou Presumido.Observe-se, tambm, que determinadas atividades exigem o pagamento, alm do percentual sobre a receita, do INSS sobre a folha.

1. 2. 3. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 3.5.3.1. 3.5.3.2. 3.5.3.3. 3.5.3.4. OBRIGAES E CARACTERSTICAS DO SIMPLES NACIONAL

a) Ser facultativo;b) Ser irretratvel para todo o ano-calendrio;c) Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuio para a Seguridade Social destinada Previdncia Social a cargo da pessoa jurdica (CPP);d) Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento nico de arrecadao - DAS;e) Disponibilizao s ME/EPP de sistema eletrnico para a realizao do clculo do valor mensal devido, gerao do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituio do crdito tributrio;f) Apresentao de declarao nica e simplificada de informaes socioeconmicas e fiscais;g) Prazo para recolhimento do DAS at o dia 20 do ms subsequente quele em que houver sido auferida a receita bruta;h) Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em funo da respectiva participao no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite devero recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Municpio.

4. QUADRO DAS PRINCIPAIS OBRIGAES DO SIMPLES NACIONAL

1. 2. 3. 4. OBRIGAESDESCRIOPRAZO

DEFIS Declarao nica A ME e a EPP optantes do Simples Nacional apresentaro, anualmente, declarao nica e simplificada de informaes socioeconmicas e fiscais que ser entregue Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da internet, at o ltimo dia do ms de maro do ano-calendrio subsequente ao de ocorrncia dos fatos geradores dos impostos e contribuies previstos no Simples Nacional.At 31 de maro

Declarao Eletrnica de ServiosAs ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas entrega da Declarao Eletrnica de Servios, quando exigida pelo Municpio, que servir para a escriturao mensal de todos os documentos fiscais emitidos e documentos recebidos referentes aos servios prestados, tomados ou intermediados de terceiros. A declarao substitui os livros Livro Registro dos Servios Prestados e Livro Registro de Servios Tomados, e ser apresentada ao Municpio pelo prestador, pelo tomador, ou por ambos, observadas as condies previstas na legislao de sua circunscrio fiscal.Mensal

DASRecolhimento dos tributos abrangidos mediante documento nico de arrecadao IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a CPP;At dia 20 do ms subsequente apurao.

LIVROS FISCAIS E CONTBEISI - Livro Caixa, no qual dever estar escriturada toda a sua movimentao financeira e bancria; II - Livro Registro de Inventrio, no qual devero constar registrados os estoques existentes no trmino de cada ano-calendrio, quando contribuinte do ICMS; III - Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado escriturao dos documentos fiscais relativos s entradas de mercadorias ou bens e s aquisies de servios de transporte e de comunicao efetuadas a qualquer ttulo pelo estabelecimento, quando contribuinte do ICMS; IV - Livro Registro dos Servios Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos servios prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS; V - Livro Registro de Servios Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos servios tomados sujeitos ao ISS; VI - Livro de Registro de Entrada e Sada de Selo de Controle, caso exigvel pela legislao do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. DECADENCIAL

LIVROS ESPECFICOSI - Livro Registro de Impresso de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento grfico para registro dos impressos que confeccionar para terceiros ou para uso prprio; II - Livros especficos pelos contribuintes que comercializem combustveis; III - Livro Registro de Veculos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo de intermediao de veculos, inclusive como simples depositrios ou expositores.DECADENCIAL

EXPRESSES OBRIGATRIASA utilizao dos documentos fiscais fica condicionada inutilizao dos campos destinados base de clculo e ao imposto destacado, de obrigao prpria, constando, no campo destinado s informaes complementares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio grfico indelvel, as expresses: I - "DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL"; e II - "NO GERA DIREITO A CRDITO FISCAL DE IPI". A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional impedida de recolher o ICMS ou o ISS na forma desse Regime, a expresso a que se refere o item II ser a seguinte: "NO GERA DIREITO A CRDITO FISCAL DE IPI".ROTINAS DIRIAS

GUARDA DOS DOCUMENTOSOs documentos fiscais relativos a operaes ou prestaes realizadas ou recebidas, bem como os livros fiscais e contbeis, devero ser mantidos em boa guarda, ordem e conservao.DECADENCIAL

4.1. ELABORAO DOS CLCULOS DE VALORES DOS TRIBUTOS RECOLHIDOS EM 2011 E OS TRIBUTOS A RECOLHER EM 2012Atravs de dados fictcios sugeridos calcularemos os valores dos tributos recolhidos no ano de 2011 e os tributos a recolher no ano de 2012, supondo que a empresa seja optante pelo Simples Nacional, cuja atividade seja do ramo do comrcio.Para base de alquotas, utilizaremos a tabela do Anexo I Comrcio do Simples Nacional abaixo:ANEXO IPartilha do Simples NacionalCOMRCIOReceitas decorrentes da revenda de mercadoriasNO SUJEITASa substituio tributria, a tributao concentrada em uma nica etapa (monofsica) e a antecipao tributria com encerramento de tributao (exceto as receitas decorrentes de exportao);Receita Bruta em 12 meses (em R$)AlquotaIRPJCSLLCOFINSPIS/PASEPCPPICMS

At 180.000,004,00%0,00%0,00%0,00%0,00%2,75%1,25%

De 180.000,01 a 360.000,005,47%0,00%0,00%0,86%0,00%2,75%1,86%

De 360.000,01 a 540.000,006,84%0,27%0,31%0,95%0,23%2,75%2,33%

De 540.000,01 a 720.000,007,54%0,35%0,35%1,04%0,25%2,99%2,56%

De 720.000,01 a 900.000,007,60%0,35%0,35%1,05%0,25%3,02%2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,008,28%0,38%0,38%1,15%0,27%3,28%2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,008,36%0,39%0,39%1,16%0,28%3,30%2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,008,45%0,39%0,39%1,17%0,28%3,35%2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,009,03%0,42%0,42%1,25%0,30%3,57%3,07%

2011

MSFATURAMENTO MENSAL R$RECEITA BRUTA ACUMULADA R$ALQUOTA %IMPOSTOS RECOLHIDOS

JAN R$ 25.000,00 R$ 300.000,00 5,47% R$ 1.367,50

FEV R$ 32.000,00 R$ 300.000,00 5,47% R$ 1.750,40

MAR R$ 41.000,00 R$ 342.000,00 5,47% R$ 2.242,70

ABR R$ 44.000,00 R$ 392.000,00 6,84% R$ 3.009,60

MAI R$ 36.000,00 R$ 426.000,00 6,84% R$ 2.462,40

JUN R$ 52.000,00 R$ 427.200,00 6,84% R$ 3.556,80

JUL R$ 45.000,00 R$ 460.000,00 6,84% R$ 3.078,00

AGO R$ 28.000,00 R$ 471.428,57 6,84% R$ 1.915,20

SET R$ 35.000,00 R$ 454.500,00 6,84% R$ 2.394,00

OUT R$ 32.000,00 R$ 450.666,67 6,84% R$ 2.188,80

NOV R$ 44.000,00 R$ 444.000,00 6,84% R$ 3.009,60

DEZ R$ 36.000,00 R$ 451.636,36 6,84% R$ 2.462,40

TOTAL R$ 450.000,00 R$ 29.437,40

2012

MSFATURAMENTO MENSAL R$RECEITA BRUTA ACUMULADA R$ALQUOTA %IMPOSTOS A RECOLHER

JAN R$ 67.000,00 R$ 450.000,00 6,84% R$ 4.582,80

FEV R$ 85.000,00 R$ 492.000,00 6,84% R$ 5.814,00

MAR R$ 110.000,00 R$ 545.000,00 7,54% R$ 8.294,00

ABR R$ 120.000,00 R$ 614.000,00 7,54% R$ 9.048,00

MAI R$ 10.000,00 R$ 690.000,00 7,54% R$ 754,00

JUN R$ 140.000,00 R$ 664.000,00 7,54% R$ 10.556,00

JUL R$ 120.000,00 R$ 752.000,00 7,60% R$ 9.120,00

AGO R$ 85.000,00 R$ 827.000,00 7,60% R$ 6.460,00

SET R$ 101.000,00 R$ 884.000,00 7,60% R$ 7.676,00

OUT R$ 105.000,00 R$ 950.000,00 8,28% R$ 8.694,00

NOV R$ 120.000,00 R$ 1.023.000,00 8,28% R$ 9.936,00

DEZ R$ 137.000,00 R$ 1.099.000,00 8,36% R$ 11.453,20

TOTAL R$ 1.200.000,00 R$ 92.388,00

4.2. TABELA COMPARATIVA LUCRO REAL-LUCRO PRESUMIDO EM 2011 E 2012

LUCRO REALALQUOTAS20112012

FATURAMENTO100% R$ 450.000,00 R$ 1.200.000,00

(-)CMV 35% R$ 157.500,00 R$ 400.000,00

(-)DESPESAS GERAIS10% R$ 45.000,00 R$ 120.000,00

(-)DESPESAS SALRIOS15% R$ 67.500,00 R$ 250.000,00

BASE CLCULO R$ 180.000,00 R$ 430.000,00

IR15% R$ 27.000,00 R$ 64.500,00

CSLL9% R$ 16.200,00 R$ 38.700,00

IMPOSTO DEVIDO R$ 43.200,00 R$ 103.200,00

20112012

LUCRO PRESUMIDOIRCSLLIRCSLL

FATURAMENTOR$ 450.000,00R$ 450.000,00R$ 1.200.000,00R$ 1.200.000,00

ALQ.PRESUNO8%12%8%12%

BASE CLCULOR$ 36.000,00R$ 54.000,00R$ 96.000,00R$ 144.000,00

ALQUOTA15%9%15%9%

IMPOSTO DEVIDOR$ 5.400,00R$ 4.860,00R$ 14.400,00R$ 12.960,00

TOTAL IMPOSTO DEVIDOR$ 10.260,00R$ 27.360,00

4.3. CONCLUSO DOS CLCULOSOs clculos do simples nacional no primeiro ano de atividade da empresa, so elaborados, nveis de enquadramento na tabela, pela mdia aritmtica dos meses anteriores ao do faturamento, multiplicados por 12 meses. Sendo assim, pela anlise ora feita, e pelas alquotas de enquadramento da empresa, esta opo no se mostrou vantajosa no que diz respeito aos valores do impostos a serem pagos.Na anlise da tributao pelo Lucro Real, a empresa aumentou significativamente seus valores de receita bruta, seus custos e despesas ficaram entre 60% e 64% em 2011 e 2012 respectivamente o que demonstra um lucro real significativo, mas pela tica da tributao seus impostos ficariam muito elevados, o que no seria vantajoso. A melhor forma de tributao para a empresa analisada a tributao pelo Lucro Presumido, pois a forma de tributao que presumisse um lucro, onde de todas as modalidades analisadas, a que pagaria um valor menor dos impostos.

5. PROCESSO DE INTERNACIONALIZAO DA CONTABILIDADE BRASILEIRA E SEU IMPACTO EM RELAO AOS TRIBUTOS

5.1. Sumrio do Pronunciamento Tcnico CPC 32 principais aspectos

O objetivo deste Pronunciamento estabelecer o tratamento contbil para os tributos sobre o lucro. O pronunciamento tambm trata de reconhecimento de ativos fiscais diferidos decorrentes de prejuzos e crditos fiscais no usados, da apresentao dos tributos sobre o lucro nas demonstraes contbeis e da divulgao das informaes relacionadas aos tributos sobre o lucro.Algumas definies importantes: Resultado contbil: o lucro ou prejuzo para um perodo antes da deduo dos tributos sobre o lucro; Lucro tributvel: o lucro para um perodo, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributrias, sobre o qual os tributos sobre o lucro so devidos; Prejuzo fiscal: o prejuzo para um perodo, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades tributrias, sobre o qual os tributos sobre o lucro so recuperveis; Despesa tributria (receita tributria): o valor total includo na determinao do lucro ou prejuzo para o perodo relacionado com o tributo sobre o lucro corrente ou diferido; Tributo corrente: o valor do tributo devido (ou recupervel) sobre o lucro tributvel (ou prejuzo fiscal) do perodo; Passivo fiscal diferido: o valor do tributo sobre o lucro devido em perodo futuro relacionado s diferenas temporrias tributveis; Ativo fiscal diferido: o valor do tributo sobre o lucro recupervel em perodo futuro relacionado a:a) Diferenas temporrias dedutveis;b) Compensao futura de prejuzos fiscais no utilizados; e c) Compensao futura de crditos fiscais no utilizados

Diferena temporria: a diferena entre o valor contbil de ativo ou passivo do balano e sua base fiscal. As diferenas temporrias podem ser tanto:a) Diferena temporria tributvel, a qual a diferena temporria que resulta em valores tributveis para determinar o lucro tributvel (prejuzo fiscal) de perodos futuros quando o valor contbil de ativo ou passivo recuperado ou liquidado; oub) Diferena temporria dedutvel, a qual a diferena temporria que resulta em valores que so dedutveis para determinar o lucro tributvel (prejuzo fiscal) de futuros perodos quando o valor contbil do ativo ou passivo recuperado ou liquidado;

Base fiscal do ativo ou passivo o valor atribudo quele ativo ou passivo para fins fiscais.O pronunciamento torna obrigatrio o reconhecimento de passivo fiscal diferido para todas as diferenas temporrias tributveis, exceto quando o passivo fiscal diferido advenha de: Reconhecimento inicial de gio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwil); ou Reconhecimento inicial de ativo ou passivo em uma transao que: no uma combinao de negcios; e no momento da transao, no afeta nem o lucro contbil nem o lucro tributvel (prejuzo fiscal).J para o reconhecimento inicial de ativos fiscais diferidos, alm das mesmas excees relacionadas para os passivos fiscais diferidos, o CPC destaca que tais ativos s devero ser reconhecidos na medida em que seja provvel a existncia de lucro tributvel contra o qual a diferena temporria dedutvel possa ser utilizada.

5.2. CONFRONTO DOS RESULTADOS DO ITEM 4 COM A CPC

6. CONCLUSOIndependentemente da nossa vontade, nascemos e vivemos no incrvel e fascinante mundo dos tributos. O simples fato de estarmos vivos ou mesmo depois da nossa existncia implica direitos e obrigaes, ganhos e perdas tributrias para ns, nossos entes queridos ou mesmo para as organizaes para as quais trabalhamos.

BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Marcelo Cardoso de. Estrutura e Anlise de Demonstraes Financeiras. 1. Ed. So Paulo: Alnea, 2012.Demonstraes Financeiras. Indstrias Romi SA. Disponvel em: Acesso em: 09 Mar. 2012.

http://www.tributario.adv.br/3/textos.asp?assunto=1&texto=1572