atps-contabilidade avancada i.doc

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FACULDADE ANHANGUERA – UNIDERP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – 7º. PERÍODO CARMEM CÉLIA M. LIMA RA 1299303036 CEILANE SILVA DE OLIVEIRA RA 395574 DÉBORA CRISTINA OLIVEIRA DA SILVA RA 358590 NANACHARA ALMEIDA DA SILVA RA 361889 ROGERIO DE ALMEIDA FILHO RA 362194 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA CONTÁBILIDADE AVANÇADA I

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FACULDADE ANHANGUERA UNIDERP

CURSO DE CINCIAS CONTBEIS 7. PERODO

CARMEM CLIA M. LIMA RA 1299303036

CEILANE SILVA DE OLIVEIRA RA 395574

DBORA CRISTINA OLIVEIRA DA SILVA RA 358590

NANACHARA ALMEIDA DA SILVA RA 361889

ROGERIO DE ALMEIDA FILHO RA 362194

ATIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA

CONTBILIDADE AVANADA I

PALMAS

2015

CARMEM CLIA M. LIMA RA 1299303036

CEILANE SILVA DE OLIVEIRA RA 39557

DBORA CRISTINA OLIVEIRA DA SILVA RA 358590

NANACHARA ALMEIDA DA SILVA RA 361889

ROGERIO DE ALMEIDA FILHO RA 362194

ATIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA

CONTABILIDADE AVANADA I

Referente Atividade Prtica Supervisionada (ATPS), apresentada Faculdade Anhanguera Uniderp, como requisito parcial para a obteno de mdia semestral na disciplina de Contabilidade Avanada I, sob a orientao do professor-tutor presencial Milton Ferreira Castro.

PALMAS

2015 FOLHA DE APROVAO CARMEM CLIA M. LIMA RA 1299303036

CEILANE SILVA DE OLIVEIRA RA 395574

DBORA CRISTINA OLIVEIRA DA SILVA RA 358590

NANACHARA ALMEIDA DA SILVA RA 361889

ROGERIO DE ALMEIDA FILHO RA 362194

ATIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA

CONTBILIDADE AVANADA IReferente Atividade Prtica Supervisionada (ATPS), apresentada Faculdade Anhanguera Uniderp, como requisito parcial para a obteno de mdia bimestral na disciplina de Contabilidade Avanada I, sob a orientao do professor-tutor presencial Milton Ferreira Castro.

Aprovado em:

Banca Examinadora

____________________________________

Professor

_____________________________________

Professor

PALMAS

2015

SUMRIO

INTRODUO 4ETAPA 1 5ETAPA 2 11ETAPA 3 16ETAPA 4 20CONCLUSO 24REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 25

INTRODUO

Atravs da Contabilidade a empresa sabe o valor de seus ativos, passivos, receitas, custos e despesas, a rentabilidade e lucratividade do negcio, produtividade da mo de obra e atravs disso, pode realizar um bom planejamento tributrio.Ainda responsvel pelo departamento fiscal e contbil. A partir de informaes contbeis corretas, coletadas por essas reas, atravs de notas fiscais, extratos bancrios e relatrios financeiros so possvel gerar relatrios ou demonstrativos que possibilitem a tomada de deciso por parte dos gestores, que analisa onde h mais gastos, podendo diminuir alguma despesa ou fazer novos investimentos. Aqui tambm, importante o papel da contabilidade, pois a maior parte de seus relatrios so tcnicos, o que dificulta o entendimento dos gestores, nesse caso a contabilidade tem papel fundamental, o de auxiliar a alta direo no entendimento e no rumo do processo decisrio.A Contabilidade o grande instrumento que auxilia a administrao a tomar decises. Na verdade, ela coleta todos os dados econmicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatrios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decises.

Conceituao.So ttulos de crdito, quaisquer valores mobilirios e outros direitos aqueles aqui denominados como Ttulos e Valores Mobilirios ou Aplicaes em Instrumentos Financeiros incluindo Duplicatas Mercantis e as Duplicatas de Prestao de Servios a Receber.

Ttulos de Renda Fixa

Os papeis e demais ttulos de rendas fixa negociados no Brasil devem ser emitidos custodiados de conformidade com as normas publicadas pelo Banco Central do Brasil.Os ttulos de renda fixa quando pblicos, ou seja, quando emitidos pelo Tesouro Nacional, pelo Banco Central do Brasil, pelos Estados ou Municpios devem ficar obrigatoriamente custodiados no Selic-Sistema Especial de Liquidao e Custodia.Os ttulos de Renda Fixa quando privados (Ttulos Privados),ou seja quando emitidos pelas instituies do Sistema Financeiro Nacional devidamente autorizados a funcionar pelo Banco Central do Brasil, devem ficar obrigatoriamente custodiados na CETIP-CENTRAL DE LIQUIDAO E CUSTODIA DE TITULOS PRIVADOS, incluindo os emitidos por Banco governamentais.

Os ttulos que no esto obrigados custdia no SELIC e na CETIP geralmente so emitidos em moedas estrangeiras, tais como os Commercial Paper (Notas Promissoras)Export Notes (Notas de Exportao),entre outros papis negociados no mercado internacional.Ttulos de Renda VarivelEntre os ttulos de Renda Varivel esto as aes sociedade de Capital aberto registrada na Comisso de Valores Mobilirios, que podem ser negociadas nos mercados a vista, a termo de opo, a termos e de opes das Bolsas de Valores.

Clientes-Contas a Receber

As duplicatas de vendas mercantis e as notas promissrias e os cheques a receber tambm vinculados as operaes mercantis devem ser guardadas em local apropriado com requisito de segurana e devem ser endossadas apenas quando negociadas com outras empresas, com outras instituies financeiras, ou com empresas de factoring.

Ttulos e Aplicaes Vinculados

Vinculados so os ttulos e valores mobilirios dados em garantia de operaes nos mercado a termo, futuro e de opes realizadas nas Bolsas de Valores ou Mercantis e de futuros.

1. O que so ttulos de crdito? E qual a classificao Contbil?

R: Papis emitidos por entidades financeiras (letras de cmbio, Certificados de Depsitos Bancrios etc.) ou por entidades no financeiras (debntures) com o objetivo de captao de recursos no mercado financeiro. Esses papis tm prazo de vencimento e rendem juros pr ou ps-fixados.

2. O que so valores mobilirios? E qual a classificao contbil?

R: Papis emitidos por entidades financeiras ou no, representativos de fraes de um patrimnio (aes ou quotas) ou de direitos sobre a participao num patrimnio (bnus de subscrio ou partes beneficirias).

3. O que so aplicaes financeiras? E qual a classificao contbil?

R: aplicaes de recursos em papis de natureza monetria representados por direitos ou ttulos de crdito, com prazo de vencimento e taxas de rendimentos pr ou ps-fixadas. O rendimento dessas aplicaes est diretamente relacionado s taxas contratadas.

Depsitos a prazo fixo;

Certificado de depsito bancrio;

Caderneta de poupana;

Debntures conversveis ou no em aes.

4. O que so os investimentos? E qual a classificao contbil?

R: Aplicaes de recursos em bens de natureza no monetria representados por valores mobilirios sem prazo de vencimento ou taxa de rendimento predeterminada. O rendimento desses investimentos est diretamente relacionado s oscilaes de cotaes de preos de compra e venda.

Aes adquiridas ou cotadas em bolsa de valores;

Investimento em ouro;

Fundo de aes

Classificao Contbil dos Itens: Ttulo de Crdito, Valores Mobilirios, Aplicaes Financeiras e Investimentos.Tipo

Liquidez ou inteno de realizao.

Grupo

Critrio de avaliao

Aplicaes Financeiras Imediatas

Ativo Circulante Equivalentes de CaixaFundo de renda fixa

Custo mais rendimentos incorridos ou valor justo quando classificado como Destinado negociao ou Disponvel para Venda

Aplicaes Financeiras

At o final do prximo exerccio

Ativo Circulante e Aplicaes Temporrias aps grupo de estoques

Certificados de Depsitos Bancrios, Debntures.

Custo mais rendimentos incorridos ou valor justo quando classificado como Destinado negociao ou Disponvel para Venda.

Aplicaes Financeiras

Aps o final do prprio exerccio

Ativo Realizvel a Longo Prazo - Aplicaes Temporrias

Certificados de Depsitos Bancrios Debntures

Custo mais rendimentos incorridos ajustados por proviso para desvalorizao quando o valor mercado for menor.

Estoque de Ouro

Imediata ou no

Ativo Circulante - Investimentos Temporrios

Operaes de compra e venda de ouro

Custo ajustado por proviso para desvalorizao quando o valor de mercado for menor ou justo quando classificado como destinado Negociao ou Disponvel para Venda

Participaes Societrias

Inteno de realizao at o final do prximo exerccio social

Ativo Circulante - Investimentos Temporrios

Aes ou quotas de outras empresas

Custo ajustado por proviso para desvalorizao quando o valor de mercado for menor ou valor justo quando classificado como Destinado Negociao ou Disponvel para Venda

Participaes Societrias

Inteno de realizao aps o final do prximo exerccio social

Ativo Realizvel a Longo Prazo Investimentos temporrios

Aes ou quotas de outras empresas

Custo ajustado por proviso para desvalorizao quando o valor de mercado for menor ou valor justo quando classificado como Destinado negociao ou Disponvel para Venda.

Participaes societrias em empresas no controladas nem coligadas

Com inteno de permanncia

Ativo No Circulante Investimentos

Aes ou quotas de outras empresasCusto ajustado por proviso para desvalorizao permanente

Participaes societrias em empresas controladas ou coligadas. Com inteno de permanncia

Ativo No Circulante Investimentos

Aes ou quotas de outras empresas

Mtodo de equivalncia patrimonial

Outros Ativos

Com inteno de permanncia

Ativo No Circulante Investimentos

Obras de arte Terrenos para futura expanso

Custo ajustado por proviso para desvalorizao permanente

Podemos observar a importncia dos investimentos para a empresa em ttulos de crditos em valores mobilirios em aplicaes financeiras e em outros ttulos e papeis rendveis, ou seja, tudo isso beneficia a empresa em seu fortalecimento financeiro e econmico. importante o administrador ficar de olho nos recursos que esto sobrando em caixa e em conta corrente em seus bancos para fazer as devidas aplicaes e com isso capitalizar mais a empresa no seu crescimento operacional tornando-a mais competitiva entre os seus concorrentes.Uma administrao empresarial eficiente envolve, entre outros aspectos, o gerenciamento dos recursos financeiros de modo a otimizar. Isto se faz necessrio pelo fato de os recursos financeiros representarem, geralmente, o fator de produo mais escasso e em consequncia o mais caro, principalmente em nosso Pas onde se praticam taxas de juros elevadssimas.Se, porm, a entidade apresentar riqueza prpria em excesso de disponibilidade, mesmo que temporrios, dever aplic-los em investimentos que, dependendo da natureza e frequncia dessas sobras, podem ser temporrias ou permanentes, pois deixar esses recursos ociosos, sem nada produzir seria desperdio inadmissvel e indicativo de administrao deficiente.Por estes aspectos apresentados que as empresas, mesmo que no seja seu objeto social principal, aplicam os excessos de recursos, temporrios ou permanentes.

Esta atividade importante para que voc entenda o tratamento quanto a reestruturao societria na conta na contabilidade.

Para realiz-la, devem ser seguidos os passos descritos.

INCORPORAO, FUSO E CISO

A incorporao de uma empresa ocorre quando outra assume o seu controle societrio, passando a incorporada a ser parte integrante de incorporadora, tanto do ponto de vista contbil como jurdico. A empresa incorporada perde a sua condio de pessoa jurdica, deixa de existir. Assim haveria uma empresa incorporada (a empresa que desaparece) e outra incorporadora (a que assume os direitos e as responsabilidades da incorporada). Esse processo pode acontecer por duas modalidades: 1) a incorporadora compra da maioria ou a totalidade do capital social da empresa incorporada; 2) ou a incorporadora entrega aos acionistas da incorporada uma quantidade de aes que corresponda ao valor do patrimnio da sociedade que desaparece.

Quando h o processo de incorporao, a empresa incorporada desaparece juridicamente, mesmo que adicione o seu nome razo social da incorporadora. No Brasil temos o exemplo do Banco Banespa, incorporado pelo Santander e que adotou a marca Santander Banespa e no exterior a aquisio da Crysler, dos Estados Unidos, que foi incorporada pela Daimler Benz, da Alemanha, que passou a se denominar Daimler Crysler

A fuso acontece quando duas ou mais empresas se unificam, criando uma nova empresa, o que caracteriza a fuso que todas as empresas fusionadas deixam juridicamente de existir, cedendo lugar nova sociedade, que assume os direitos e as responsabilidades de todas as organizaes envolvidas no processo de fuso. O instrumento jurdico e contbil da fuso de empresa no prtica usual no mundo dos negcios, isso por que muito mais complexo do que o processo de incorporao. Um dos empecilhos que, quando os respectivos valores das empresas so bastante diferentes. Ocorrem dificuldades processuais, legais e fiscais, quase intransponveis. Ento o mercado chama de fuso o que na realidade uma incorporando.Exemplo:

A Cia. D e a Cia G decidem fundir-se, formando uma nova Cia. M, conforme a seguir demonstrado:

Saldos das Contas Contbeis:

Cia. D

Cia. G

Cia. M Disponibilidades

88.000,0065.000,00153.000,00

Duplicatas a Receber

277.000,00127.000,00404.000,00

Estoques196.000,0055.000,00251.000,00

Investimentos54.000,0061.000,00115.000,00

Imobilizado187.000,00143.000,00330.000,00

SOMA DO ATIVO802.000,00451.000,001.253.000,00

Fornecedores166.000,0042.000,00208.000,00

Salrios a pagar42.000,0068.000,00110.000,00

Tributos a pagar98.000,0077.000,00175.000,00

Capital Social276.000,00141.000,00417.000,00

Reservas de Lucros220.000,00123.000,00343.000,00

SOMA DO PASSIVO802.000,00451.000,001.253.000,00

A ciso o instrumento jurdico adotado quando os scios/acionistas de uma empresa no tm mais interesse em continuar a trabalhar juntos ou quando existem situaes operacionais que recomendam uma separao de atividades para determinar um melhor foco nos negcios.

Geralmente numa empresa com poucos scios a ciso vem sendo utilizada para resolver os problemas de conflitos entre os scios ou problemas de sucesso.

Existem dois tipos de ciso:

a) A ciso parcial, quando parte do patrimnio da empresa segregado (cindido) e entregue aos scios que se retiram da sociedade, permanecendo a empresa funcionando com o restante;

b) A ciso total, quando todo patrimnio cindido entre os scios, deixando a empresa de existir.

Exemplo:

A empresa C apresenta o seguinte balano em 30.09, sendo que, nesta data, por deliberao dos seus scios, verter parte do seu patrimnio para uma nova Cia. D, conforme a seguir demonstrado:

Discriminao Saldo das Contas Cia. A:

Valor Original

Transf. Cia. D

Saldo Cia. C

Disponibilidades288.000,0068.000,00220.000,00Duplicatas a Receber

450.000,00170.000,00280.000,00Estoque250.000,00180.000,0070.000,00Investimentos92.000,0092.000,00Imobilizado195.000,0068.000,00127.000,00SOMA DO ATIVO1.275.000,00578.000,00697.000,00Fornecedores340.000,00Salrios a pagar85.000,00Tributos a pagar144.000,00Capital Social420.000,00390.000,0030.000,00Reservas de Lucros286.000,00188.000,0098.000,00SOMA DO PASSIVO1.275.000,00578.000,00697.000,00

Atualmente, nesses tempos de economia globalizada, temos assistido uma forte tendncia mundial no sentido da concentrao das atividades produtivas em torno de um nmero cada vez mais reduzido de grupos econmicos.Esta tendncia explica-se, fundamentalmente, pela concorrncia cada vez mais acirrada existente entre as empresas e pelo fato desta concorrncia impor uma otimizao na produo e no funcionamento destes entes econmicos a fim de enxugar os custos de produo e, por conseguinte, possibilitar colocar no mercado produtos mais competitivos e que possam, unitariamente, agregar o mximo possvel de valor.Dentro deste quadro, isto , um cenrio de competio bastante intrincada, com uma necessidade paulatina das empresas se tornarem cada vez mais competitiva, seja para poder abarcar uma fatia mais significativa do mercado, seja para no ser engolida pela concorrncia, a realidade nos coloca diante de fatos que representam sadas estratgias criadas pelos entes econmicos, de aumentar sua competitividade.

Dentre estas estratgias econmicas, avultam-se a fuso, a ciso e a incorporao de empresas, principalmente daquelas de maior poderio econmico.

Em termos gerais, pode-se dizer que estas formas de reorganizao societria (fuso, incorporao e ciso) ainda se do, majoritariamente, com o intuito eminentemente econmico, isto , visam atender aos interesses mercadolgicos especficos dos entes. Econmicos que almejam se fundir, incorporar-se ou cindir-se. Nesta toada, pode-se afirmar que o que leva uma empresa a reorganizar-se solitariamente , por exemplo, a perspectiva de a empresa incorporada ingressar em um determinado nicho do mercado que est sob o domnio da empresa incorporada, ou ainda, o caso de duas ou mais empresas se unirem em uma s a fim de se tornarem mais fortes frente concorrncia ou para trocarem tecnologias teis s duas empresas.

Esta atividade importante para que voc entenda a contabilizao do Imposto de Renda e da Contribuio Social

Para realiz-la, devem ser seguidos os passos descritos.

Objetivo da contabilizao dos tributos diferidos

O objetivo principal do pronunciamento disciplinar e normatizar o tratamento contbil das diferenas entre o montante dos tributos calculados sobre o lucro contbil e o montante dos tributos calculados sobre o lucro tributvel ou real.

A contabilizao de um ativo ou passivo enseja que a recuperao ou liquidao de seus valores possa produzir alteraes nas futuras apuraes de Imposto de Renda e Contribuio social, atravs de sua dedutibilidade ou tributao. Assim sendo, o pronunciamento determina que a entidade reconhea, com certas excees, esse impacto fiscal atravs da contabilizao de um passivo ou de um ativo fiscal diferido, no perodo em que tais diferenas surgirem.

O ativo fiscal diferido decorrente de prejuzos fiscais de Imposto de Renda e base negativa de contribuio social deve ser reconhecido, total ou parcialmente, desde que a entidade tenha histrico de rentabilidade, acompanhada da expectativa fundamentada dessa rentabilidade por prazo que considere o limite mximo de compensao permitido pela legislao.

O imposto de renda compreende tanto o imposto prprio do pas como os impostos de outros pases a que a entidade estiver sujeita, sempre que baseveis em resultados tributveis. O Imposto de Renda compreende tambm os impostos que, tal como o imposto retido na fonte, o recolhido por uma controlada, coligada ou joint venture sobre as distribuies feitas para a entidade.

Diferenas temporais so as diferenas que impactam ou podem impactar a apurao do Imposto de Renda e da contribuio social decorrente de diferenas temporrias entre base fiscal de um ativo ou passivo e seu valor contbil no balano patrimonial elas podem ser:

a) tributveis, ou seja, que resultaro em valores a serem adicionados no clculo do resultado tributvel de perodos futuros, quando o valor contbil do ativo ou passivo for recuperado ou liquidado.

b) dedutveis, ou seja, que resultaro em valores a serem deduzidos no clculo do resultado tributvel de perodos futuros, quando o valor contbil do ativo ou passivo for recuperado ou liquidado.

Existem tambm as diferenas permanentes, que so aquelas que no impactam e no podem impactar, futuramente, a apurao do Imposto de Renda e da contribuio social.Por exemplo, a empresa pode contabilizar uma despesa efetuada no exerccio contbil, para a qual no h comprovante fiscal para a devida deduo, ou seja, mesmo que o gasto tenha sido necessrio para a atividade empresarial, no ser aceito pelo fisco como dedutvel.Outro exemplo de gasto no dedutvel a multa paga pelas empresas em decorrncia de infrao fiscal.

O ajuste do lucro contbil para apurao do lucro tributvel, nessas circunstncias, no impacta a apurao dos tributos, portanto, tais diferenas no so objetos de normatizao do pronunciamento CPC 32.

Base fiscal de um ativo ou passivo o valor atribudo a um ativo ou passivo para fins tributrios.A base contbil do ativo ou passivo o valor atribudo quele ativo ou passivo de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil (PCAB). Por exemplo, para estoques, a regra geral contbil : custo ou valor realizvel lquido, dos dois o menor, enquanto que a base fiscal de ativo ou passivo o valor atribudo quele ativo ou passivo para fins fiscais de acordo com o regulamento do Imposto de Renda (RIR). Por exemplo, para estoques, a regra geral fiscal : custo de aquisio ou produo.Essas diferenas podem ser para mais ou para menos e geram diferenas temporrias tributveis ou dedutveis.

Algumas diferenas temporrias surgem quando se inclui receita ou despesa no resultado contbil em um perodo, e no resultado tributvel em perodo diferente. A seguir, apresentam-se exemplos de diferenas desse tipo que so diferenas temporrias tributveis e, portanto, resultam em obrigaes fiscais diferidas:a) a depreciao considerada na determinao do resultado tributvel pode ser diferente daquela que considerada na determinao do resultado contbil.

Surge, ento, uma diferena entre o valor lquido contbil do ativo e sua base fiscal, que o custo do ativo menos as correspondentes depreciaes acumuladas, permitidas pela legislao fiscal. Se essa diferena reverte-se ao longo do tempo, teremos uma diferena temporria. Uma acelerao da depreciao para fins fiscais resulta em uma obrigao fiscal diferida. Por outro lado, uma acelerao da depreciao para fins contbeis resulta em um ativo fiscal diferido;

b) receita contabilizada, mas ainda no recebida, relativa a contratos de longo prazo de construo por empreiteira ou de fornecimento de bens ou servios, quando celebrados com o governo ou entidades do governo;

c) ganhos de capital registrado contabilmente e decorrentes de vendas de bens do ativo imobilizado, cujo recebimento e tributao dar-se-o em longo prazo.

Diferir significa postergar, deixar para depois. Portanto, IR Diferido quer dizer: deixar para pagar o IR depois.

Isto acontece porque algumas diferenas temporrias surgem quando se inclui receitas ou despesas no resultado contbil em um perodo e, no resultado tributvel, estas receitas ou despesas so includas em perodo diferente. Ou seja, existem diferenas entre o lucro contbil e o lucro fiscal que utilizado para calcular o IR. Estas diferenas so lanadas no LALUR (livro de apurao do lucro real).Se na contabilidade j reconhecemos uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve estar tambm reconhecida no prprio perodo, mesmo que seja pagvel no futuro.

Temos, portanto, um passivo postergado de Imposto de Renda, cujo valor deve ser contabilizado na despesa do Imposto de Renda no prprio perodo em que contabilizamos a receita, e a crdito no passivo circulante ou exigvel em longo prazo.Esta forma decorre de situaes previstas na legislao tributria, que permite a postergao do Imposto, uma vez que na tributao fiscal no vale simplesmente a incidncia sobre o lucro disponvel financeiramente, ou seja, o lucro j realizado em termos de recursos.

Esta atividade importante para que voc entenda sobre Juros sobre o Capital Prprio.Para realiz-la, devem ser seguidos os passos descritos.

1 Debater em equipe a leitura indicada no passo 1.2 Elaborar, aps o debate, um exemplo de contabilizao dos Juros sobre o Capital.Clculo e contabilizao na empresa pagadora.

Supondo que no exerccio de 20X1 a taxa anual dos juros de longo prazo foi de 15% e que o valor do Patrimnio Lquido do ano, em mdia, do Comrcio e Indstria Rio Sapuca S.A. foi o seguinte:Capital social integralizado3.400Reservas de Capital400Reservas de Reavaliao (Ajustes de Avaliao Patrimonial)800Lucros Acumulados1.200Total do Patrimnio Lquido5.800

Supondo ainda que a empresa obteve um lucro contbil, antes da proviso para o Imposto de Renda e da deduo dos referidos juros, de R$ 900 no exerccio de 20X1, e que as Reservas de Reavaliao (Ajustes de Avaliao Patrimonial) no foram adicionadas na determinao da base de clculo do lucro tributvel pelo Imposto de Renda e contribuio social sobre o lucro lquido.

A base de clculo seria ento, de R$ 5.000, aps a excluso do saldo das Reservas de Reavaliao (Ajustes de Avaliao Patrimonial), o que multiplicado por 15% resultaria no montante de R$ 750.

H necessidade, no entanto, de verificar o limite estabelecido pela legislao tributria, como segue:A)50% dos lucros acumulados = R$ 1.200 x 50% = R$ 600;B) 50% do lucro contbil, antes da proviso para o Imposto de Renda e da deduo dos referidos juros no exerccio de 20X1 = R$ 900 x 50% = R$ 450.Como o contribuinte tem a opo pela a escolha do maior dos limites, poder contabilizar como despesas financeiras o valor de R$ 600, em 31-12-20X1, como segue:Dbito

Despesas operacionais

Despesas Financeiras

600

Crditos

Passivo Circulante

Juros sobre o capital prprio a pagar510Imposto de Renda Retido na Fonte a Recolher 90

Os Juros sobre o Capital Prprio (JCP) so uma maneira de remunerar os acionistas/quotistas de uma sociedade e ao mesmo tempo se aproveitar de alguns benefcios, principalmente fiscais.

Os JCP somente so permitidos para as empresas tributadas com base no regime do Lucro Real. Em segundo lugar, eles s podem ser pagos caso a empresa tenha lucro no exerccio ou lucros (e reservas) acumulados.

Com esses requisitos, a empresa pode pagar JCP aos seus scios e deduzir o valor pago do lucro tributado pelo IRPJ e pela CSLL. O pagamento dos JCP estar sujeito reteno do imposto de renda na fonte alquota de 15%.E aqui est a vantagem: como a tributao na pessoa jurdica pelo lucro real ocorre na faixa entre 24% (sem adicional de IR) e 34% (com adicional), o benefcio fiscal obtido est exatamente na diferena entre esta faixa de percentuais e os 15% de reteno na fonte mencionada acima, ou seja, o benefcio ir variar entre 9% a 19% do valor pago. A ttulo de exemplo, caso uma empresa pague R$ 10 mil de JCP, ela, empresa, poder deduzir este pagamento do lucro tributvel, reduzindo o imposto em at R$ 3.400,00 (34% de R$ 10 mil), enquanto que seu scio est recebendo este valor pagando imposto de apenas 1.500,00 (15% de R$ 10 mil). Dependendo da estrutura adotada, os scios podero receber muito mais atravs de uma combinao entre JCP e dividendos do que simplesmente receber dividendos.

Adicionalmente, o valor lquido (de imposto) dos JCP poder ser imputado ao valor dos dividendos obrigatrios a que tm direito os scios de uma S.A.

Entretanto, os JCP tm limites para o seu pagamento e deduo, o que faz variar bastante o benefcio obtido por cada empresa e seus scios. O primeiro limite que o valor dos JCP deve ser obtidos pela aplicao da TJLP pr-rata dia (do incio do perodo de apurao at o pagamento) sobre as contas do patrimnio lquido (PL) da empresa. O segundo limite que a deduo est limitada a 50% de: 1) o lucro do exerccio ou; 2) os lucros acumulados e reservas de lucros. Por conta destes limites, a melhor situao ir depender da conjuno desses diversos fatores para obter estabelecer qual a melhor estrutura fiscal a ser adotada pela empresa.CONCLUSO

At em passado recente, a Contabilidade como prtica, disciplina e cincia era conceituada como um instrumento metodolgico de mero registro dos atos e fatos que compunham ou alteram os direitos, bens, obrigaes ou o patrimnio das sociedades empresrias e outras instituies particulares ou pblicas. Essa concepo era compartilhada por um pblico amplo, pois assim pensavam, inclusive, empresrios, executivos, autoridades governamentais e at uma parcela pondervel dos prprios profissionais contbeis. Todavia era uma viso distorcida, carente de um olhar mais amplo e profundo.

Hoje a Contabilidade reconhecida como a cincia que registra, estuda e analisa a dinmica, as causas e tendncias das variaes quantitativas e qualitativas do patrimnio das entidades, submetendo-as a criticas de natureza econmico-financeira.Qualquer que seja a prtica contbil exercida pelo contabilista, sempre ser uma funo que espelha ou se reflete em um universo mais amplo, o mundo dos negcios. Assim, h outro fenmeno a considerar: a economia e o mercado globalizados. Nessa equao, nenhuma nao, nenhuma empresa um fator isolado, todas so elementos de um mesmo problema. Por isso que a contabilidade h que se expressar em uma mesma linguagem, tem que ser uma cincia que usa os mesmos paradigmas e apresenta uma mesma resposta para situaes similares.

nesse contexto que se insere a Contabilidade Avanada, quer como disciplina terica integrante do currculo dos cursos de Cincias Contbeis, que como elemento de prtica do exerccio profissional dos contabilistas, seguindo os preceitos da Diretiva para a elaborao de um programa mundial de estudos de contabilidade e outras normas e requisitos de qualificao.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

PEREZ JUNIOR, Jos Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade Avanada: texto e testes com as respostas. 7 ed. So Paulo: Atlas, 2010.ABUJANRA, Mrcia Lcia Mauad ET AL. Juros sobre o capital prprio. Revista de Contabilidade do CRC SP, So Paulo, ano I, p.32-37, dez 1997.ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Consolidao de demonstraes financeiras, So Paulo: Atlas, 1997.LIMA, Luiz Murilo Strube. IFRS: entendendo e aplicando as normas internacionais de contabilidade. So Paulo: Atlas, 2010.