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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Professor GILSON J. SIMIONI 3ª. ETAPA AULA TEMA Resposta do Réu Prazos Processuais - Disposições processuais preliminares. 4ª. ETAPA AULA TEMA Recursos. Pressupostos Recursais. Recurso Ordinário - Recurso de Revista - Agravo de Instrumento Agravo de Petição - Embargos no TST. Alunos ____________________ ______________ ____________________ ______________ ____________________ ______________ ____________________ ______________ RA 8042763890

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Este estudo foi elaborado objetivando cumprir o cronograma educacional do curso de Direito da Anhanguera Educacional de São Caetano do Sul. Nesta fase do estudo abordaremos os itens da etapa três da proposta de fixação didática aos estudantes. Serão focalizados os trâmites obrigatórios no Direito Processual do Trabalho, que é a disciplina ora analisada. Versaremos a seguir sobre os tópicos: “Resposta do réu; Prazos processuais; Disposições processuais preliminares”. E na sequência: recursos - Pressupostos Recursais - Recurso Ordinário - Recurso de Revista - Agravo de Instrumento - Agravo de Petição - Embargos no TST.

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Page 1: ATPS Anhanguera - Etapa 3 e 4 - D Proc do Trabalho - 150611 - “Resposta do réu; Prazos processuais; Disposições processuais preliminares”

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Professor

GILSON J. SIMIONI

3ª. ETAPA

AULA TEMA

Resposta do RéuPrazos Processuais - Disposições processuais preliminares.

4ª. ETAPA

AULA TEMA

Recursos. Pressupostos Recursais.

Recurso Ordinário - Recurso de Revista - Agravo de Instrumento

Agravo de Petição - Embargos no TST.

Alunos

____________________ ______________

____________________ ______________

____________________ ______________

____________________ ______________

____________________ ______________

Renato Moura RA 8042763890

LIVRO PLT 464 – LEITE, Carlos H. Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho.

12ª ed. São Paulo: LTR, 2014

São Caetano do Sul – São Paulo 11 de junho de 2015

RA 8042763890

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SUMÁRIO

ETAPA 3..................................................................................................................................03

01. INTRODUÇÃO..................................................................................................................03

02. RESPOSTA DO RÉU.........................................................................................................03

2.1 Contraditório e ampla defesa ....................................................................................03

03. PRAZOS PROCESSUAIS..................................................................................................04

3.1 Prazos processuais na CLT .......................................................................................05

04. DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS PRELIMINARES..........................................................08

4.1 Dissídios....................................................................................................................09

4.2 Procedimento no Processo do Trabalho....................................................................10

4.2.1 Procedimento Comum............................................................................................10

4.2.2 Procedimentos Especiais.........................................................................................11

05. DESAFIOS......................................................................................................................... 12

5.1 Teses do advogado da “reclamada”, empresa P Brasil............................................. 12

5.1 Teses do advogado do “reclamante” impugnando a contestação............................. 13

06. ETAPA 4 .......................................................................................................................... 15

07. RECURSOS ...................................................................................................................... 15

08. PRESSUPOSTOS RECURSAIS........................................................................................17

09. RECURSO ORDINÁRIO...................................................................................................17

10. RECURSO DE REVISTA..................................................................................................17

11. AGRAVO DE INSTRUMENTO........................................................................................18

12. AGRAVO DE PETIÇÃO...................................................................................................18

13. EMBARGOS NO TST........................................................................................................18

14. CONCLUSÃO....................................................................................................................20

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................21

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ETAPA 3

01. INTRODUÇÃO

Este estudo foi elaborado objetivando cumprir o cronograma educacional do curso de

Direito da Anhanguera Educacional de São Caetano do Sul.

Nesta fase do estudo abordaremos os itens da etapa três da proposta de fixação didática

aos estudantes. Serão focalizados os trâmites obrigatórios no Direito Processual do Trabalho,

que é a disciplina ora analisada. Versaremos a seguir sobre os tópicos: “Resposta do réu;

Prazos processuais; Disposições processuais preliminares”.

02. RESPOSTA DO RÉU

É preciso ressaltar que quando se fala em resposta do réu, há de se lembrar que, na

compreensão do eminente autor Carlos Henrique Bezerra Leite, toda reclamação trabalhista

indica uma bilateralidade.1 Isto fica claro, quando se nota as figuras do autor e do réu. O

primeiro, descontente com algo que no seu entendimento lhe é desfavorável na relação

trabalhista, provoca por meio ação a prestação jurisdicional. O segundo, diretamente

envolvido na litigância, lhe é imposta a posição de réu, muito embora a sua culpabilidade só

será definida pela sentença e, mesmo assim, quando esgotados todos os mecanismos jurídicos

possíveis; então definido ao processo a designação: “Transitado em Julgado”.

O termo referido indica a irrecorribilidade, a qual pode ocorrer desde uma sentença

monocromática, ato de um juiz de primeiro grau, quando em trâmite na Vara do Trabalho.

Ou, se couber, pelo colegiado do TRT – Tribunal Regional do Trabalho, este, segundo grau,

onde os juízes são reconhecidos pelo termo “desembargadores” (RESOLUÇÃO Nº 104/CSJT, DE

25 DE MAIO DE 2012)2 . Ou, ainda, pelo colegiado do terceiro grau de jurisdição, composto

pelos ministros do TST – Tribunal Superior do Trabalho.

É bom frisar que o art. 111 da CF/88 é o que prescreve esta organização e competência

para a Justiça do Trabalho.

2.1 Contraditório e ampla defesa 

É preciso observar que a resposta do réu, prioritariamente, obedece ao disposto na carta

magna que preceitua o princípio do devido processo legal, (art. 5º, LIV), o princípio da

inafastabilidade da jurisdição (art. 59, XXXV), e o princípio do contraditório e da ampla

1 LEITE, Carlos H. Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 8. ed. - São Paulo: LTr, 2010. p 5032 http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/24136/2012_res0104_csjt.pdf?sequence=1

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defesa (art. 5º, LV). Estes três textos inseridos em nossa Constituição preceituam que, o

Estado deve suprir a assistência Jurisdicional, a quem quer que seja como obrigação legal.

Bem como, oferecer à parte acusada a possibilidade de defender-se e até contradizer a parte

oponente.

CF/88, Art. 5º, LIV - Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

XXXV - A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 3

Também o CPC conceitua a respeito do direito do réu. Segundo o art. 297, é assegurado

que, depois da citação o réu poderá apresentar exceção, contestação ou reconvenção, como se

vê a seguir:

CPC, Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.4

Entretanto, com relação à reconvenção na Justiça do Trabalho, ensina Carlos Henrique

Bezerra Leite:

A CLT só prevê expressamente a defesa, embora no sentido de contestação, e duas modalidades de exceção: a de “foro” e a de suspeição. Não há regramento próprio da reconvenção. É sabido, porém, que em caso de lacuna do texto obreiro consolidado é permitida a aplicação subsidiária do direito processual civil, desde que não se olvidem os princípios e procedimentos que fundamentam o processo do trabalho. 5

O douto escritor no texto acima faz referência ao art. 769 da CLT. E, em seguida,

elucida também que o termo exceção aponta para aquilo que foge a regra geral e tem alcance

diverso. Na matéria aludida significa “defesa” e esta, pode ser contra o mérito ou mesmo

contra o processo, neste caso objetivando a procrastinação ou a sua extinção. Conclui-se,

portanto, que “exceção” significa “defesa”.

03. PRAZOS PROCESSUAIS

Os prazos processuais permeiam por todo o nosso ordenamento jurídico e para melhor

compreensão necessitamos de alguns enfoques.

Veremos agora a forma como o escritor Carlos Bezerra Leite descreve a distinção que

faz o CPC quanto ao “FATO JURÍDICO”. Tal nomenclatura corresponde a fato involuntário

de ordem natural que têm importância para o direito. Assim, ele exemplifica: o nascimento, a

3 http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_5_.shtm4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm5 Op. cit. p. 504

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morte, um abalo sísmico, etc. Porém, destaca que nem todos os fenômenos da natureza têm

efeitos para o direito, só mesmo aqueles que produzem efeitos jurídicos. Por sua vez, “ATOS

JURÍDICOS”, necessitam da vontade humana para provocar o efeito jurídico. Exemplo,

negócios jurídicos e atos ilícitos.

Em consonância com o declarado acima, entende-se que “FATO PROCESSUAL” tem

similaridade com o “Fato Jurídico”, pois requer as condições involuntárias, só que dentro da

esfera processual. Os exemplos podem ser os mesmos citados: a morte das partes ou dos

representantes (CPC, art. 265, I).

Por outro lado, os “ATOS PROCESSUAIS” também lembram os “Atos Jurídicos”,

pois necessitam da manifestação voluntária dos figurantes do processo. Desta forma, os “Atos

Processuais” podem ser unilaterais. Ex.: petição inicial. Ou bilateral. Ex.: a suspensão

consensual do processo (CPC, art. 265, II).

Enfatiza o já citado autor que, os prazos dos atos processuais no CPC são distintos do

art. 177 ao art.199.6

3.1 Prazos processuais na CLT

Para abordarmos os prazos processuais na CLT, é necessário que nos voltemos

primeiramente para o capítulo II da CLT que discorre sobre o “Processo em Geral”, e,

já na Seção I indica: Dos Atos, Termos e Prazos Processuais.

Sobre os Atos e Termos, já tratamos ainda que de forma abreviada no subtítulo

anterior. Para estudo dos prazos processuais na CLT, é imprescindível buscarmos os

préstimos do aludido autor, pois o mesmo ensina que: os termos e prazos processuais

constam na CLT nos arts. 770 a 782.

Vê-se que no primeiro artigo citado há determinação ao princípio da

publicidade. E que tal preceito se encontra em consonância com o art. 93, IX, CF/88.

Art. 770, CLT. Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.7

Art. 93, IX, CF/88. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,

6 Op. cit. p. 328 7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452compilado.htm

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ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. 8

Tanto na CLT, como na Constituição, quando se alude ao sigilo faz-se menção

em se houver interesse público; e também reserva de publicidade quando dizem

respeito a casamento, filiação, separação de cônjuges, conversão de separação judicial

em divórcio, bem como, ação de alimentos e guarda de menores.

Sobre os prazos é preciso que façamos vista a dois aspectos nos atos

processuais. O primeiro que trata do momento do início do prazo e este se dá no

início no dia da notificação ou intimação. O segundo aspecto refere-se à contagem do

referido prazo, esta se dá no primeiro dia posterior ao dia do início do prazo.

Este é entendimento dos seguintes artigos da CLT:

Art. 774, CLT. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. Art. 775, CLT. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.

Vemos que o reclamado, respeitando-se o que se viu nos artigos imediatamente anteriores, tem o prazo de 5 (cinco) dias para o seu comparecimento a audiência de julgamento.

Art. 841, CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.

É de relevância atentar para as súmulas do TST e Ojs que tratam sobre os prazos referidos:

Súmula 1, TST. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá do dia útil que se seguir.

Súmula 262, TST. I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.

II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho. (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais.

8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htmRA 8042763890

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Devido ao princípio da celeridade aplicado na Justiça do Trabalho, expedientes

adotados em outras normas não cabem no regramento trabalhista. Exemplo desta

afirmativa está contido no art. 191 do CPC. Tal artigo determina que, em uma ação

onde há litisconsortes com procuradores diferentes haverá prazo em dobro. Esta

prática não será adotada pela CLT, pois há inconformidade com a já referida

celeridade arguida. A OJ- Orientação Judicial a seguir elucida qualquer dúvida a

respeito.

OJ 310, SDI-I, TST. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

Entretanto, é bom se destacar que a Fazenda Pública e o Ministério Público

gozam de prazo em dobro para a aplicação de recursos e prazo quadruplicado para

apresentar contestação.

Ainda quanto aos prazos, vale destacar que a Fazenda Pública e o Ministério

Público tem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar.

Art. 188, CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

Decreto Lei nº 779/69, Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, - "in fine", da Consolidação das Leis do Trabalho;III - o prazo em dobro para recurso.

Fases/hipóteses Prazos FundamentoAudiência Primeira desimpedida

depois de 5 dias contados do recebimento da notificação

Art. 841, CLT

Defesa verbal 20 minutos Art. 847, CLTManifestação do Exceto em exceção de incompetência

24 horas Art. 800, CLT

Audiência para instrução e julgamento da exceção de suspeição e impedimento

48 horas Art. 802, CLT

Razões finais 10 minutos Art. 850, CLTRecurso Ordinário 08 dias Art. 895, CLTRecurso de Revista 08 dias Art. 896, CLTEmbargos ao TST 08 dias Art. 894, CLTAgravo de Petição 08 dias Art. 897, a, CLT

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Agravo de Instrumento 08 dias Art. 897, b, CLTEmbargos de declaração 05 dias Art. 897ª, CLTPedido de Revisão 48 horas Art. 2º, § 2º, Lei 5584/70Recurso extraordinário 15 dias Art. 102, III, CF e art. 266,

§ 1º do Regimento Interno do TST

Embargos de execução 05 dias contados da garantia do juízo

Art. 884, CLT

Embargos à execução pela Fazenda Pública

30 dias Art. 1º - B, Lei 9494/97

Ação rescisória 2 anos contados do dia subsequente ao trânsito em julgado

Art. 495, CPC e súmula 100, I, TST.

Inquérito Judicial p apuração de falta grave

30 dias contados da Art. 853, CLT

Mandado de segurança 120 dias contados da ciência do ato impugnado

Art. 23, Lei 12016/2009

Prazo para a Fazenda e Ministério Público recorrer

Prazo em dobro Art. 188, CPC e art. 1º, III Decreto Lei

Audiência para a Fazenda e Ministério Público na condição de parte

Primeira desimpedida depois de 20 dias contados do recebimento da notificação (prazo em quádruplo)

Art. 188, CPC e art. 1º, II, Decreto-Lei

Prescrição bienal 2 anos contados do término do contrato de trabalho

Art. 7º, XXIX e art. 11 CLT

Prescrição quinquenal 5 anos contados do ajuizamento da ação

Art. 7º, XXIX e art. 11 CLT e súmula 308, TST.

Litisconsortes com procuradores diferentes

Na Justiça do Trabalho não tem prazo em dobro como no CPC

Súmula 310, SDI-1, TST.

04. DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS PRELIMINARES

Ensina o mestre Carlos Henrique Bezerra Leite9 que: para que um processo trabalhista

venha à existência será necessário preenchimento de certos requisitos:

1) Petição Inicial, lembrando que na JT o pedido contido na PI pode ser verbal ou escrito;

2) O juiz deve estar apto para o julgamento, isto é, estar investido na jurisdição. Se por

qualquer motivo o mesmo estiver afastado (aposentado), tal magistrado estará sem

jurisdição.

3) A ação já existe mesmo antes do processo, este só será válido após a citação do réu.

Salvo se houver a aplicação do art. 285-A do CPC que faculta ao magistrado a

possibilidade de sentenciar dispensando a citação do réu.

9 Bezerra Leite, Op. cit. p. 313RA 8042763890

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As principais fontes do Direito do Trabalho são: “A Constituição Federal - CF/88;

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; Normas complementares; Decretos e Decretos

Lei; Leis ou normas firmadas entre as partes; Normas Internacionais aprovadas por acordo em

que o país seja signatário”.

Assim sendo, estipula o Art. 468, CLT:

Art. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

Seguindo este entendimento preceitua a própria CLT:

Art. 763. O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas estabelecidas neste Título.

Dessa forma, observamos que há legitimidade na aplicação do princípio da

“Norma mais Favorável”, isto é: sempre que houver a possibilidade de aplicação de duas

definições a um caso concreto, prevalecerá aquela que mais beneficie ao trabalhador.

Existe até permissão de adotar-se o afastamento da hierarquia das normas quando da

aplicação deste princípio.

As “Ações Trabalhistas” são regidas por regras próprias com simplicidade textual, isto

é, desde a petição inicial o ritual é simples e direto, atendendo o princípio da finalidade, por

isso, exclui a utilização de linguagem técnica. Por outro lado, vê-se também neste princípio o

cunho social, que permite à parte mais fraca (trabalhador) em detrimento da mais forte

(empregador), benefícios para que se equacione a falta de equilíbrio entre as partes. Assim, o

trabalhador não necessita fazer depósito recursal; sendo que esta exigência cabe ao

empregador.

4.1 Dissídios.

Verificam-se o dissídio quando já ocorreu insatisfação de uma das partes que

se sentiu prejudicada na relação do trabalho. As duas partes são, de um lado o

empregado e do outro lado, o empregador. Quando este conflito é levado à prestação

jurisdicional na Justiça Trabalhista, a denominação que recebem é “reclamante” e

“reclamada”. Muito embora, na maioria dos casos, o reclamante é a figura do

empregado, e a empregadora é a reclamada. Porém, pode ser invertida a denominação

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pois, pode o empregador ser o autor da ação, neste caso ele será o reclamante e o

empregado tomará o nome de reclamada.

CLT, Art. 651 – A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Os “dissídios” (conflitos) trabalhistas são dois: 

1) Os “Dissídios Individuais” – quando envolve empregados e empregadores;

Estes dissídios individuais se desdobram em dois:

a) Simples: quando a figura do autor (reclamante) é singular, ou seja, única.

b) Plúrimas: quando houver dois ou mais autores conforme prevê o art. 46 da CLT.

Esta é a formação do chamado “Litisconsórcio” (art. 46 do CPC).

2) Os “Dissídios Coletivos” – assim são denominados quando há dissídios entre

sindicatos profissionais e sindicatos econômicos. Ou quando o dissídio for entre

sindicatos profissionais e sindicatos de empregadores.

a) Dissídios Coletivos de Natureza Econômica: ocorre quando há interesse em ser

mantidas as normas reguladoras e ou condições de trabalho; ou quando uma parte

pretende criar algo novo neste sentido (Art. 114, § 2º, CF/88);

b) Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica: quando há conflito sobre a interpretação

de cláusula ou cláusulas da convenção coletiva ou de norma reguladora;

c) Dissídio Coletivo de Greve: quando o interesse é efetivar greve, ou buscar acordo

para a categoria voltar ao trabalho, pondo fim à paralisação (Art. 114, § 3º).10

4.2 Procedimento no Processo do Trabalho

4.2.1 Procedimento Comum

No processo do trabalho, o procedimento comum se subdivide em

procedimento ou rito ordinário, sumário e sumaríssimo.

a) Procedimento “Ordinário” – Considera-se valor da causa maior

que 40 salários mínimos; Sem pertinência ao rito “Especial”.

10 http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/processo_trabalho.htmRA 8042763890

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b) Procedimento “Sumário” ou de “Alçada” – Considera-se valor da

causa até dois salários mínimos (Lei 5584/70 art. 2º, §§ 3º e 4º); Sem

pertinência ao rito “Especial”.

c) Procedimento Sumaríssimo – Considera-se valor da causa acima

de 2 e até 40 salários mínimos (CLT, 852-A); Sem pertinência ao rito

“Especial”.

4.2.2 Procedimentos Especiais

No Processo do Trabalho são denominados especiais11:

I) Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave (CLT, art. 853);

II) Dissídio Coletivo (CLT, art. 856 a 871);

III) Ação de Cumprimento (CLT, art. 872; CPC, 282).

Também são admissíveis a denominação de “Procedimento Especial”

para as seguintes ações:

a) Ação Rescisória, (CPC, Art. 48, V, VII e IX; Enunciado 194, TST);

b) Mandado de Segurança trabalho,(EC 45/2004; Lei 12.016/2009)

c) Habeas Corpus, (Art. 114, IV, CF; EC 45);

d) Habeas Data, (Art. 114, IV, CF; EC 45);

e) Ações Possessórias, (Art. 114, IV, CF; Súmula Vinculante 23;

f) Ação de Consignação em Pagamento, (Art. 899, §2º, CPC; Lei nº

8.951/94);

g) Ação de Prestação de Contas (Art. 914, I, II, CPC); etc.

É bom que se frise que a CLT prevê os casos omissos em sua norma

especifica, por isso mesmo preceituou a vinculação subsidiária ao CPC:

11 http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4201&idAreaSel=8&seeArt=yes

RA 8042763890

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Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste título." (Art. 769. CLT).

5. DESAFIOS

5.1 Teses do advogado da “reclamada”, empresa P Brasil.

a) Nulidade Processual - Visto a empresa ter sido notificada dia 02 de março de 2014 e

a audiência ter sido marcada para o dia seguinte, vê-se o não cumprimento do prazo de

5 dias que preceitua o art. 841, CLT.

Artigo 841, CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.

Assim sendo e de acordo com a Súmula 16 do TST, com o registro do oportuno

protesto, a reclamada obterá a “NULIDADE DO PROCESSO” com designação de

nova audiência inaugural, por afronta aos princípios do contraditório e da ampla

defesa.

b) Incompetência da Justiça do Trabalho – Pelas controvérsias ao art. 114, CF/88 e,

mesmo depois EC 45/2004, comprovando-se a persistência das mesmas, houve a

emissão da Súmula 363 do STJ que pontua ser competente a Justiça Estadual. Tal instrumento

preceitua:

Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. Súmula 363, STJ.

Contesta, pois por: “INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO”.

3. Incompetência em Razão de Lugar – Mesmo sendo negado o entendimento sobre a

incompetência da justiça do Trabalho, conforme item anterior existe “Incompetência

em Razão do Lugar” visto que o art. 100 do CPC assim ordena:

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CPC, Art. 100 - Caput, IV, a. É competente o foro; do lugar; onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica.

Contesta pois, por: INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DE LUGAR

5.1 Teses do advogado do “reclamante” impugnando contestação.

IMPUGNAÇÃO 1 - A reclamada não apresentou documento hábil que

comprove a alegação que não houve cumprimento do prazo estipulado no art. 841,

CLT. Assim, a impugnação deve ser efetivada.12

Art. 830, CLT - O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-forma ou cópia perante o juiz ou tribunal.

IMPUGNAÇÃO 2 – Havia contrato de trabalho entre o senhor Reinaldo Silva

e a empresa P Brasil conforme se vê a seguir: Embora o serviços de Marketing e

Propaganda fora feito em casa, semanalmente enviava seus trabalhos a sede da

empresa que os recebia. Além disso, a empresa reenviava outros serviços que iam

sendo feitos de acordo com o solicitado. Também pagava seu ordenado mensalmente,

com os depósitos feitos em sua conta bancária. Assim, verifica-se a relação

empregatícia consideradas como pessoalidade, onerosidade, não eventualidade,

subordinação. Além de não distinção se o trabalho feito na residência do empregado

ou na sede da empresa. Assim estipula a CLT “in verbis”:13

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego.

IMPUGNAÇÃO 3 – Não cabe à alegação de Incompetência em Razão do Lugar,

visto não haver necessidade de recorrer-se ao CPC. Se houvesse tal lacuna na CLT,

então haveria atendimento por parte de tal Diploma, e tão somente se não houvesse

incompatibilidade:

Art. 769, CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

12 http://www.direitocom.com/clt-comentada/titulo-x-do-processo-judiciario-do-trabalho/capitulo-iii-dos-dissidios-individuais/artigo-84113 http://npa.newtonpaiva.br/direito/?p=519

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Porém, a Justiça do Trabalho é bastante competente para julgar o caso em

questão. Dessa maneira, recorremos à CF/88 e se não bastasse à CLT, “in verbis”:

Art. 651, CLT - competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Art. 5º, CF/88. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Evoca-se ainda que, as normas da Justiça do Trabalho beneficiam o

hipossuficiente em detrimento do empregador, pois este tem condições econômicas

superiores. Estas aludidas normas visam facilitar o acesso à assistência Jurisdicional,

mormente em razão de lugar como vimos nos termos legais acima.

De acordo com o citado destacamos ainda a “O Princípio da Primazia da

Realidade” que enfatiza não ser válido aquilo que está escrito, mas aquilo que de fato

acontece, fatos sobejamente provados.14

Art. 9º, CLT – Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

14 http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/hierarq_leis_trab.htmRA 8042763890

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4ª. ETAPA

AULA TEMA

RECURSOS – PRESSUPOSTOS RECURSAIS

RECURSO ORDINÁRIO – RECURSO DE REVISTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AGRAVO DE PETIÇÃO

EMBARGOS NO TST

06. RECURSOS

A aplicação do recurso, nada mais é que a tentativa, (diz-se tentativa, porque pode ser

que o recurso nem seja admitido, se não forem preenchidos os requisitos), de reanálise de

decisão, por grau superior ou, pelo próprio julgador “a quo”. O objetivo do recurso é a busca

de uma melhor decisão ou alteração integral dela.15

Trataremos a seguir dos “Recursos” com efeito na Justiça do Trabalho. Assim faremos

pela ótica da recente Lei 13.015/14, lembrando que o novo dispositivo acomodou importantes

modificações na sua aplicabilidade dentro da esfera laboral.16

07. PRESSUPOSTOS RECURSAIS

Pressupostos Recursais é o mesmo que “Requisitos de Admissibilidade”, é o que exige

o cumprimento de obrigações para que o recurso seja conhecido. Há dois grandes grupos

pressupostos de Recursos no Processo do Trabalho. (art. 895 e 799, § 2º da CLT).

1 - Pressupostos intrínsecos, também chamados subjetivos que são relacionados com a

parte: “Legitimidade da parte, Capacidade da parte, Interesse da parte”.

15 https://advocaciaemsalvador.wordpress.com/2013/02/2716 http://jus.com.br/artigos/35664/das-alteracoes-promovidas-no-sistema-recursal-da-clt-pela-lei-n-13-015-2014

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2 - Pressupostos extrínsecos, também chamados objetivos que são relacionados com os

recursos: “Tempestividade, Regularidade de Representação, Depósito e Custas Processuais”.

Tempestividade: refere-se a prazos no Processo do Trabalho que em regra são de 8

dias. Art. 6º da Lei 5584/70. Apenas os Embargos de Declaração tem prazo de 5 dias.

Assim como ocorre no CPC e na CLT, art. 897A. Outro recurso é o Pedido de Revisão que

tem prazo de 48 horas. E agora apontamos o Recurso Extraordinário que obedece a

Legislação comum e não a Legislação do Trabalho, este tem 15 dias de prazo.

Regularidade de Representação: o princípio Juz Postulandi (art. 791, CLT) preconiza

que não há necessidade de advogados para representar as partes na Justiça do Trabalho.17

Porém, esta premissa não será aplicada em quatro situações em que se exige a atuação deste

profissional legalmente habilitado. A Súmula, 425, TST, pois fim à questão dirimindo

opiniões divergentes. Assim sendo, serão requisitados os préstimos de advogados nas

seguintes situações:18

1) Para Impetrar Mandado de Segurança;

2) Para ajuizar Ação Rescisória;

3) Para ajuizar Ação Cautelar;

4) Para Recursos no TST;

Dessa forma é necessário que a representação seja regular, isto é, que o advogado que

assina o recurso tenha poderes para fazê-lo.

Depósito Recursal: é um pressuposto de admissibilidade que tem garantia do juízo. Tal

depósito é obrigação do reclamado, quando ele for o empregador ou tomador de serviços;

deverá fazer o depósito da condenação ainda não depositada, até o limite do TST.

São exigidos depósitos nos “RO, RR, Embargos ao TST, Recursos Extraordinários, RO

em Ação Rescisória” - Súmula 245 do TST.- Dentro do prazo do recurso.

Tabela com os valores praticados atualmente:19

ATA DE

DIVULGAÇÃO

DATA DE INÍCIO DA

VIGÊNCIALEGISLAÇÃO

RECURSO

ORDINÁRIO

RECURSO DE REVISTA

EMBARGOS

RECURSO

EXTRAORDINÁRIO

RECURSO

EM AÇÃO

RESCISÓRIA

DEJT-17/07/2014 01/08/2014ATO.SEGJUD.GP Nº

372/2014 R$ 7.485,83 R$ 14.971,65 R$ 14.971,65

Veja abaixo a aplicabilidade dos valores dos depósitos recursais.

08. RECURSO ORDINÁRIO

17 M a r t i n s Filho. Ives Gandra da S, Manual Esquemático D. e Proc. do Trabalho. 10ª Ed. São Paulo, Saraiva. 2002, p. 14718 Klippel. Bruno, Revisão de D Trabalho, Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=AVB7tuQbs2A>19 http://www.tst.jus.br/valores-vigentes

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As “decisões terminativas” são aquelas proferidas, mas que não resolvem o mérito;

já as “decisões definitivas” são as que resolvem o mérito. O recurso aplicável em ambas as

situações é o “RO” Recurso Ordinário (art. 895, CLT).20 Se faltar o preenchimento de

qualquer item pressuposto, o juiz denegará o recurso que findará “trancado”. Note bem,

somente o juízo "a quo" profere despacho denegatório ao seguimento do recurso. O juízo

"ad quem" (colegiado) profere: acórdão de não conhecimento. Para que o recurso possa ser

“destrancado” aplica-se o “Agravo de Instrumento”, (art. 897, §5°. CLT).21

Tanto no primeiro, RO, como para um eventual destrancamento com o Agravo de

Instrumento, o reclamado (empregador ou tomador de serviços) deve observar o prazo (8

dias) e efetuar o depósito recursal valor aposto na tabela abaixo.

Deve atender ainda, regras inerentes específicas ao deposito recursal: “Para o primeira

hipótese (RO): depositar o valor da condenação ainda não depositado, até o limite do TST.

Assim, se a condenação for de R$ 3 mil reais, a tabela do TST é R$ 7.485,83. Deposite o

valor menor, neste caso o valor total da condenação. Conforme for seguindo seus recursos, se

já foi depositado o valor da condenação, não há necessidade de novos depósitos. Agora, se o

valor da condenação for maior, deposite o valor do TST para tal recurso. Não atingindo o

valor da condenação e precisando fazer outro recurso, deve fazê-lo até esgotar o valor da

condenação. Tais depósitos recursais servirão para pagamento do reclamante, caso o valor da

condenação permaneça.

09. RECURSO DE REVISTA

Aplicado à turma do TST quando houver contradição jurisprudencial (art. 896,  a, CLT); discordância interpretativa (art. 896, b, CLT); violação da CF ou de lei complementar (art. 896, c, da CLT).

É bom enfatizar que a Lei 13.015/14 redimensionou o art. 896, alínea a, da CLT. Assim o “recurso de revista” é admissível das decisões pronunciadas em RO, por dissídio individual, dos TRTs que a um dispositivo de lei Federal pronunciou-se diferentemente de outro TRT, no seu pleno ou turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do TST, ou colidirem com súmula de jurisprudência uniforme do TST, ou súmula vinculante do STF.

Para tanto o recorrente deve especificar a decisão do outro TRT, ou a SDI – Seção de Dissídios Individuais do TST, ou a Súmula do TST, ou a Súmula Vinculante do STF. Dessa forma entende-se que a divergência que der causa ao RV não pode ser do mesmo TRT. Assim, o art. 896, § 8º, da CLT, modificado por força da Lei 13.015/2014, determina que quando a fundamentação do RV for proveniente de divergência de julgados, é de

20 http://jus.com.br/artigos/23917/breves-notas-ao-recurso-ordinario-trabalhista21 http://www.arcos.org.br/artigos/recursos-no-processo-do-trabalho-seus-pressupostos-e-efeitos/

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responsabilidade do recorrente apresentar os documentos comprobatórios. Devendo ainda indicar por confrontação documental a desarmonia especificada de acordo com o regramento em vigor. (Res. 173/2010, DEJT); ( Súmula 337, TST).22

10. AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravo de Instrumento - Fundamentação: art. 897, b da CLT.

Prazo para interposição: 8 dias (depósito recursal correspondente a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

Finalidade: impugnar decisões que denegaram seguimento a recursos ordinários, de

revista, extraordinário, adesivo, de petição e, ainda, contra as decisões que denegaram

seguimento ao próprio agravo de instrumento.

Efeitos: apenas efeito devolutivo; efeito suspensivo em casos excepcionais quando

ocorrer suspensão da execução.

11. AGRAVO DE PETIÇÃO

Agravo de Petição - Fundamentação: art. 897, a da CLT.

Prazo para interposição: 8 dias.

Finalidade: impugnar decisões proferidas no curso do processo (ou da fase) de

execução; não cabendo agravo de petição na fase de conhecimento.

Efeitos: efeito devolutivo e translativo.

12. EMBARGOS NO TST

Embargos no TST - Fundamentação: art. 894 da CLT.

Prazo para interposição: 8 dias.

**Divisão em Embargos Infringentes e Divergentes.

Embargos Infringentes

Finalidade: art. 894, I, CLT; impugnar decisão não unânime proferida em dissídio

coletivo de competência originária do TST.

Embargos Divergentes.

Finalidade: art. 894, II, CLT; impugnar decisões das Turmas que divergem entre si ou

das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais.

13. CONCLUSÃO

SUBSÍDIOS:

http://www.arcos.org.br/artigos/recursos-no-processo-do-trabalho-seus-pressupostos-e-efeitos/

22 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito Proc. do trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. p. 611.RA 8042763890

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19

CLT - http://www.trtsp.jus.br/leg-cltdin-indice

http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L5584.htm

http://jus.com.br/artigos/23917/breves-notas-ao-recurso-ordinario-trabalhista

http://hierarquiadinamica.blogspot.com.br/2011/05/pressupostos-recursais-no-processo-do.html

http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI204724,51045-Lei+1301514+e+inovacoes+no+processo+do+trabalho

14. BIBLIOGRAFIA

RECURSOS – PRESSUPOSTOS RECURSAISRECURSO ORDINÁRIO – RECURSO DE REVISTAAGRAVO DE INSTRUMENTO – AGRAVO DE PETIÇÃO – EMBARGOS NO TST

Pressupostos Recursais: objetivos e subjetivos

Para o recurso ser aceito e posteriormente ser decido o seu mérito é necessárioobservar seus pressupostos de admissibilidade, ou seja, tais requisitos previstos em lei.Pressupostos Subjetivos – intrínsecosEstão arrolados para definir quem pode se beneficiar do recurso. São eles: - legitimidade: de acordo com o art. 499 da CLT, quem fez parte do processo, o terceiroprejudicado ou interessado e, ainda, o Ministério Público do Trabalho.- capacidade: quem está apto à prática de atos da vida civil, de acordocom art. 3º, 4º e 5º do CC.- interesse: quem recorrer deve ter como objetivo anulação ou reforma da decisãoimpugnada.Pressupostos Objetivos – extrínsecos- recorribilidade do ato: somente é aceito recurso de ato que permita esse mecanismo, pois têm alguns atos como decisões interlocutórias que não aceitam o recurso.- adequação: para ser considerado adequado o recurso é necessário que o mesmo esteja em conformidade com a lei, ainda para cada ato existe recurso próprio e adequado.- tempestividade: considera-se os prazos para os recursos peremptórios, assim o recurso deve obedecer ao prazo em lei fixado, ou seja, se interposto antes ou depois do prazo é considerado intempestivo. Segundo entendimento, no recesso forense, de 20 de dezembro a 6 de janeiro, para os TRTs e Varas do Trabalho e nas férias coletivas para o TST ocorre suspensão dos prazos recursais.- regularidade de representação: quando a parte for assistida por advogado este deve estar devidamente constituído nos autos, através de mandato (procuração).- preparo: é necessário o recolhimento das custas (art. 789 da CLT) e o depósito recursal (art. 899 da CLT).

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Quadro Comparativo dos Recursos

Recurso Ordinário

Fundamentação: art. 895 e 799, § 2º da CLT.

Prazo para interposição: 8 dias (inclusive custas e depósitojudicial), exceto para pessoas jurídicas de direito público,prazo em dobro.

Finalidade: recorrer

acórdãos do TRT e decisões interlocutórias relacionadas à incompetência absoluta daJustiça do Trabalho.

Efeitos:Efeito devolutivo: art. 515 e seus parágrafos do CPC; somente serão apreciadas pelo juízo ad quem as matérias arroladas nas razões do recurso, já as demais transitarão em julgado, assim permitindo a execução provisória do julgado. Ampliação do efeito: art. 515, § 2º do CPC, para pedidos com mais de uma causa de pedir, quando a causas não for apreciadas na sentença, caso o autor recorra, o tribunal pode examinar.Efeito translativo: por este efeito o Tribunal não examina o pedido e sim os conteúdos de ordem pública, mesmo não sendo arroladas pelas partes e pelo MP. Ex.: pressupostosprocessuais, condições da ação e ainda a prescrição.Efeito expansivo: art. 515, § 3º do CPC; pode o tribunal julgar a lide nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito nas seguintes hipóteses: se a causa versar questão exclusivamente de direito; se a causa versar questão de fato,sem necessidade de produção de provas. Efeito expansivo e prescrição: matéria de discussão entre os doutrinadores.Efeito suspensivo: art. 14 da Lei n. 10192/2001; trata-se de recurso ordinário contra sentença normativa proferida em dissídio coletivo. ** Obs.: somente é admissível inovar em recurso ordinário, se o recorrente comprovar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior, ex. furto de documento de empresa necessário para sua defesa, consequentemente, somente depois da sentença foi possível juntá-lo no processo, instruindo o recurso ordinário.

Recurso de Revista - Fundamentação: art. 896 da CLT.

Prazo para interposição: 8 dias (custas e depósito recursal).

Finalidade: recorrer contra acórdão regional que julgou o Recurso Ordinário, desde que contenha determinados vícios.

**Obs.: para sua admissibilidade é necessário além dos pressupostos subjetivos

e objetivos, os pressupostos específicos.Pressupostos Específicos:- Decisão proferida em grau de Recurso Ordinário em Dissídios Individuais;- Prequestionamento;- Reexame de fatos e provas;- Transcendência;

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Efeitos: apenas efeito devolutivo.

4. CONCLUSÃO

Através do acima exposto vemos que, desde que a CLT entrou em vigor em 1943, a Justiça do Trabalho adotou importante rapidez para solução das mazelas, que não raras vezes, atribulavam, e, atualmente, ainda solapam o trabalhador. Enquanto isso, os outros ramos do direito se distinguem pelo emaranhado de Leis, pareceres, orientações, etc.

Dessa forma, é inegável a extrema morosidade aonde os processos tramitam com vagarosos passos pelos cartórios e gabinetes dos fóruns e tribunais.

Por outro lado, as normas registradas na CLT, sempre buscaram efetivar a celeridade processual, com vistas a atender a parte mais vulnerável nas relações do Trabalho e Emprego, Dessa maneira, torna-se concreta a tão necessária rapidez a que fazem juz, os trabalhadores da nação.

Seria interessante se os poderes legalmente instituídos seguissem o espírito dos legisladores originais da CLT, provindo desde a “Carta de Lavoro”. Interesse tal que, continua emanando direções à legalidade, e se interessa em levar adiante a essência do pensamento igualitário. Acreditamos que se assim fosse, o nosso país estaria muito mais direcionado a um futuro promissor que todos nós almejamos.

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BIBLIOGRAFIA

www.pt.wikipedia.org/wiki/Ação_(direito) - Acessado pelo grupo em 21 de março de 2015.

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http://jus.com.br/artigos/7813/a-nova-competencia-da-justica-do-trabalhoAcessado pelo grupo em 28 de março de 2015.

LEITE, Carlos H. Bezerra. ibidem, p 254

http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=8891Acessado pelo grupo em 30 de março de 2015.

LEITE, Carlos H. Bezerra. Ibidem, p 261

Nosso Grupo Acadêmico – Contexto no Texto da Matéria, Anhanguera, São Caetano do Sul, 2015

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htmAcessado pelo grupo em 30 de março de 2015.

Schiavi, Mauro, Manual de Direito Processual do Trabalho — 3. ed. — São Paulo. LTr, 2010. P.343

http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3320 – item 3 - Acessado pelo grupo em 01 de abril de 2015.

GONÇALVES, Emílio. Manual de Prática Procesual Trabalhista, 5ª Ed. São Paulo: LTr, 1995. P.67.

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