atps administração financeira

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP Centro de Educação à Distância Pólo Escola Nova Pedagogia – CPA III Curso: Ciências Contábeis ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Danielle Fernanda Ribeiro 354152 Fernanda Danielle Ribeiro 354153 Vanessa da Silva Arantes 357463 Wandercy Cirilo de Sousa 389994 Professor/Distância: Ivonete Melo de Carvalho Tutora/Presencial: Esp. Valentina de Fátima Dragoni

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Adm financeira

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Page 1: ATPS Administração Financeira

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Centro de Educação à Distância

Pólo Escola Nova Pedagogia – CPA III

Curso: Ciências Contábeis

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Danielle Fernanda Ribeiro 354152

Fernanda Danielle Ribeiro 354153

Vanessa da Silva Arantes 357463

Wandercy Cirilo de Sousa 389994

Professor/Distância: Ivonete Melo de Carvalho

Tutora/Presencial: Esp. Valentina de Fátima Dragoni

Cuiabá/MT

26 de Maio de 2014

Page 2: ATPS Administração Financeira

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------03

DESENVOLVIMENTO----------------------------------------------------------------------------04

CAPÍTULO 01---------------------------------------------------------------------------------------04

1.0 – Que São Finanças?----------------------------------------------------------------------------04

1.1 – Principais Áreas em Finanças---------------------------------------------------------------04

1.2 – Administração Financeira nas Empresas-------------------------------------------------04

1.3 – Atividades Empresariais----------------------------------------------------------------------05

1.4 – Função do Administrador Financeiro------------------------------------------------------06

1.5 – Relação com a Teoria Econômica e Contabilidade---------------------------------------06

CAPÍTULO 02------------------------------------------------------------------------------------------10

2.0 – Modalidades de Organizações de Empresas------------------------------------------------10

2.1 – Formas de Tributação---------------------------------------------------------------------------

10

2.2 – O Valor do Dinheiro no tempo----------------------------------------------------------------14

CAPITULO 3--------------------------------------------------------------------------------------------18

3.0 - Definição de um Orçamento de Capital------------------------------------------------------18

3. 1- A Importância da Elaboração de um Orçamento de Capital----------------------------

18

3.2 – Métodos de Orçamento de Capital: Sem Risco--------------------------------------------18

3.3 – Taxa Média de Retorno (TMR)---------------------------------------------------------------14

3.4 – Período de Recuperação de Investimento (PAYBACK)---------------------------------20

3.5 – Valor Presente Líquido (VPL)----------------------------------------------------------------21

3.6 – Índice de Lucratividade (IL)-------------------------------------------------------------------24

CONSIDERAÇÕES FINAIS-------------------------------------------------------------------------26

BIBLIOGRAFIA---------------------------------------------------------------------------------------27

Page 3: ATPS Administração Financeira

INTRODUÇÃO

Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças

que, corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados

em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há

necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica dos fundos da

empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos.

Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no

controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria

existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, contabilidade

e, principalmente na administração geral de nível estratégico, gerencial e operacional em que

se tomam dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa.

A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da

forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes,

planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para

financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando

gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução

financeira da empresa.

Tal área administrativa, pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da

empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o

“oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente,

possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos

investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros,

podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a

viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento mas o

desenvolvimento e estabilização.

É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento

financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entram em falência até o quinto

ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial,

no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser analisados

detalhadamente para a tomada de decisão.

Page 4: ATPS Administração Financeira

DESENVOLVIMENTO

CAPÍTULO 01

A área de finanças é ampla e dinâmica. Afeta diretamente a vida de todas as pessoas e

organizações. Há muitas possibilidades e oportunidades de carreira nessa área.

1.0 – Que São Finanças?

Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do dinheiro. Praticamente

todos os indivíduos e organizações recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro. A

área de finanças preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos

associados à transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas, e órgãos governamentais.

1.1 – Principais Áreas em Finanças.

As principais áreas em finanças podem ser identificadas examinando-se as

oportunidades de carreira. Podemos dividi-la em duas grandes áreas: SERVIÇOS

FINANCEIROS e ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.

- SERVIÇOS FINANCEIROS: É aquela que se preocupa com o desenvolvimento e

a entrega de serviços de assessoramento e produtos financeiros a indivíduos, empresas e

órgãos governamentais. Envolve uma gama de oportunidades interessantes de carreira nos

ramos de serviços bancários, planejamento financeiro pessoal, investimentos, imóveis e

seguros.

- ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: Preocupa-se com as tarefas do administrador

financeiro na empresa. Neste caso, os administradores financeiros devem gerir ativamente os

assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa – financeiras e não financeiras, públicas e

privadas, grandes e pequenas, com ou sem fins lucrativos. Desempenham tarefas como

planejamento, concessão de créditos a clientes, avaliação de projetos de investimentos e

captação de fundos para financiar as operações da empresa.

1.2 – Administração Financeira nas Empresas.

Page 5: ATPS Administração Financeira

O objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois

dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades

por ações ou outros sócios de outros tipos de sociedade).

Os proprietários de empresas privadas esperam que seu investimento produza um

retorno compatível com o risco assumido, por meio de resultados econômicos e financeiros

(lucro). O mesmo se aplica as empresas públicas, que esperam através de superávit o

reinvestimento dos recursos para melhorar o atendimento e expansão dos serviços prestados a

comunidade.

A empresa, representada por seus administradores (diretores e gerentes) e empregados,

em geral desenvolve atividades com os agentes econômicos (fornecedores, clientes, bancos,

governo, comunidade) do ambiente em que está inserida, gerando resultados econômicos e

financeiros.

1.3 – Atividades Empresariais.

Podemos agrupar as atividades empresariais de acordo com a natureza: OPERAÇÕES,

INVESTIMENTOS e FINANCIAMENTOS.

- ATIVIDADES DE OPERAÇÕES: São aquelas relacionadas as funções do negócio

da empresa e são executadas com a finalidade de proporcionar um retorno adequado para o

investimento feito pelos proprietários. São atividades refletidas em contas integrantes da

Demonstração do Resultado do Exercício, que geram Lucro ou Prejuízo operacional. Por

exemplo, compra de matéria prima, vendas, salários, encargos sociais, aluguel, etc.

Atividades auxiliares, que dão suporte aos negócios da empresa, como serviços jurídicos,

planejamento estratégico, publicidade, etc, também são consideradas atividades operacionais.

- ATIVIDADES DE INVESTIMENTO: Atividades referentes às decisões de

aplicação de recursos em caráter temporário ou permanente, para dar suporte às atividades

operacionais. Estão classificadas no Balanço Patrimonial em INVESTIMENTOS

TEMPORÁRIOS ou em ATIVO PERMANENTE. Por exemplo, compra de maquinas,

equipamentos, aplicações financeiras de curto ou longo prazo, etc.

- ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS: Refletem os efeitos das decisões

tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações e de investimentos. São

atividades classificadas no Balanço Patrimonial como PASSIVO FINANCEIRO ou

Page 6: ATPS Administração Financeira

PATRIMONIO LIQUIDO. Por exemplo, empréstimos bancários, integralização de capital,

etc.

1.4 – Função do Administrador Financeiro

A administração financeira de uma empresa é exercida por pessoas ou grupos de

pessoas que podem ter diferentes denominações, como: vice-presidente de finanças, diretor

financeiro, controller, gerente financeiro, tesoureiro, administrador financeiro.

O administrador financeiro deve atuar em todas as áreas de atividade da empresa.

Convém destacar que as áreas de atividades operacionais existem em função do negócio da

empresa e não é da competência do administrador financeiro determinar como elas devem ser

conduzidas. Entretanto, com seus conhecimentos técnicos, ele pode contribuir decisivamente

quanto à melhor forma de conduzir as atividades operacionais.

As funções típicas do administrador financeiro são:

- análise, planejamento e controle financeiro;

- tomadas de decisões de investimentos; e

- tomadas de decisões de financiamentos.

- ANÁLISE, PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO consiste em

coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa por meio de relatórios

financeiros, bem como participar ativamente das decisões estratégicas, para alavancar as

operações.

- DECISÕES DE INVESTIMENTOS dizem respeito à destinação dos recursos

financeiros da empresa, para aplicação em ATIVOS CORRENTES (circulante) e ATIVOS

NÃO CORRENTES (realizável a longo prazo / permanente), considerando-se a relação

adequada de risco e retorno dos capitais investidos.

- DECISÕES DE FINANCIAMENTOS são tomadas para captação de recursos

financeiros para financiamento dos ativos correntes e não correntes, considerando-se a

combinação adequada dos financiamentos a curto e a longo prazos e a estrutura do capital.

1.5 – Relação com a Teoria Econômica e Contabilidade

Teoria Econômica: O campo das finanças está intimamente relacionado ao da

economia. Os administradores financeiros precisam compreender o arcabouço econômico e

estar atentos para as consequências da variação dos níveis de atividade econômica e das

mudanças de política econômica. Também devem estar preparados para usar as teorias

Page 7: ATPS Administração Financeira

econômicas como diretrizes para o funcionamento eficiente da empresa. Exemplos disso

incluem a análise de oferta e demanda estratégias de maximização de lucro e a teoria de

formação de preços. O princípio econômico fundamental usado na administração financeira é

a ANÁLISE MARGINAL, ou seja, o princípio de que uma decisão financeira deve ser

tomada somente quando os benefícios adicionais superarem os custos adicionais.

Exemplo: Uma determinada empresa estuda a possibilidade de troca de seu maquinário. Os

novos equipamentos custariam para empresa um investimento de R$ 80.000,00, e os

equipamentos antigos poderiam ser vendidos por R$ 28.000,00. Os benefícios trazidos pela

aquisição dos novos equipamentos seriam no valor de R$ 100.000,00 , enquanto os

equipamentos antigos proporcionam um beneficio de R$ 35.000,00 pelo mesmo período.

Aplicando-se o conceito da ANALISE MARGINAL, teríamos:

- Benefícios do novo equipamento ................. R$ 100.000,00

- Benefícios do equipamento antigo ............... R$ 35.000,00 (-)

= Benefício Marginal ......................... R$ 65.000,00

- Custo do novo equipamento ........................ R$ 80.000,00 (-)

- Venda do equipamento antigo ...................... R$ 28.000,00

= Custo Marginal ................................ R$ 52.000,00 (-)

= Benefício Liquido ........................................ R$ 13.000,00

Como os benefícios marginais de R$ 65.000,00 superar os custos marginais de R$

52.000,00 , é recomendado a empresa que adquira as novas máquinas, em substituição a

maquinas velhas.

Contabilidade: As atividades financeiras e contábeis estão intimamente relacionadas

e com frequência se sobrepõe. Nem sempre é fácil distinguir entre a administração financeira

e a contabilidade. Em empresas de pequeno e médio porte é comum o contador ocupar as

funções financeiras. Entretanto existem duas diferenças básicas entre finanças e contabilidade:

uma é relacionada à ênfase em fluxos de caixa, e a outra à tomada de decisões.

-Tomada de Decisões: Os contadores têm por característica dedicar sua atenção à

coleta e à apresentação de dados financeiros. Os administradores financeiros avaliam as

Page 8: ATPS Administração Financeira

demonstrações contábeis, produzem dados adicionais e tomam decisões. Evidentemente, isso

não quer dizer que os contadores não tomem decisões ou que os administradores não coletem

dados. Ao contrário, significa apenas que os focos da atenção da contabilidade e da área de

finanças são muito distintos.

- Fluxo de Caixa : A função primordial do contador é produzir e divulgar dados para

mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o

pagamento de impostos. De acordo com os princípios da contabilidade, o contador prepara as

demonstrações financeiras que reconhecem receitas e despesas no momento em que

efetivamente ocorrem. Isso é chamado de REGIME DE COMPETÊNCIA.

Por outro lado o administrador financeiro, dá ênfase aos fluxos de caixa, na entrada e

saída de CAIXA. Procura manter a solvência da empresa planejando os fluxos de caixa

necessários para que ela cumpra suas obrigações e adquira ativos necessários para alcançar

seus objetivos. Resumidamente, o administrador financeiro considera as receitas e despesas

no momento em que são efetivamente recebidas ou pagas. A isso damos o nome de REGIME

DE CAIXA.

Por exemplo: A empresa adquiriu matéria prima de um determinado fornecedor

durante o mês de Janeiro, para pagamento em 30 dias, no valor de R$ 10.000,00. Esta mesma

mercadoria foi transformada e vendida no mesmo mês, pelo valor de R$ 12.000,00, para

recebimento em 30/60 dias. A empresa dispõe de uma linha de crédito bancária para eventuais

necessidades com juros de 2% ao mês.

Pelo Regime de Competência teríamos:

  Janeiro Fevereiro Março

Ativo      

Caixa 0,00 0,00 1.920,00

Duplicatas a Receber 12.000,00 6.000,00 0,00

Total Ativo 12.000,00 6.000,00 1.920,00

       

Passivo      

Fornecedores 10.000,00 0,00 0,00

Empréstimo Bancário 0,00 4.000,00 0,00

Lucro do Período 2.000,00 2.000,00 2.000,00

Prejuízo do Período 0,00 0,00 -80,00

Page 9: ATPS Administração Financeira

Total do Passivo 12.000,00 6.000,00 1.920,00

       

       

Resultado do Exercicio      

Vendas 12.000,00 0,00  

Custo Produtos

Vendidos -10.000,00 0,00  

Juros 0,00 0,00 -80,00

Lucro / Prejuízo 2.000,00 0,00 -80,00

Pelo Regina e Caixa, teríamos:

  Janeiro Fevereiro Março

Entradas      

Caixa 0,00 6.000,00 6.000,00

       

Total Entradas (1) 0,00 6.000,00 6.000,00

       

Saídas      

Fornecedores 0,00

-

10.000,00 0,00

Juros 0,00 0,00 -80,00

Total Saídas (2) 0,00

-

10.000,00 -80,00

       

Saldo Parcial (1-2) 0,00 -4.000,00 5.920,00

       

Emprestimo Bancário

(3) 0,00 4.000,00 -4.000,00

       

Saldo Final (1 - 2 + 3) 0,00 0,00 1.920,00

       

Page 10: ATPS Administração Financeira

CAPÍTULO 02

2.0 – Modalidades de Organizações de Empresas

  Firma Individual: Empresa de propriedade de um único indivíduo. É um tipo de

empresa de criação mais simples e sujeita a menos regulamentação.

O proprietário de uma firma individual tem direito a todo o lucro da empresa, porém

tem responsabilidade ilimitada sobre as dívidas da mesma. Não há distinção entre

rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, de modo que o lucro da empresa é tributado

como se fosse rendimento de pessoa física.

A duração da firma individual élimitada pela vida do proprietário e o capital próprio,

que pode ser reunido, é limitado à riqueza pessoal do proprietário.

Sociedade Por Quotas: é semelhante a uma firma individual, excetuando-se o fato

que tem dois ou mais proprietário (sócios).

Numa sociedade geral, todos os sócios participam dos lucros e prejuízos, e todos têm

responsabilidade ilimitada por todas as dívidas da empresa, e não apenas por uma porção

delas.

Numa sociedade limitada, um ou mais sócios gerais serão responsáveis pela gestão da

empresa e terão responsabilidade ilimitada, mas haverá um ou mais sócios limitados que não

terão participação ativa no negócio. A responsabilidade de um sócio limitado por dívidas da

empresa é restrita ao montante que tenha contribuído para o capital da sociedade.

A maneira pela qual os lucros ou prejuízos da sociedade são repartidos é descrita no

contrato social.

Sociedade por Ações: Empresa criada como entidade jurídica independente, formada

por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas. A formação de uma sociedade por ações

envolve a confecção de um documento de incorporação e um estatuto.

A sociedade por ações é a forma superior de organização de empresas, no que diz

respeito a levantar recursos e transferir a propriedade de um investidor a outro, mas apresenta

a uma grande desvantagem: a dupla tributação.

2.1 – Formas de Tributação:

LUCRO REAL

LUCRO PRESUMIDO

Page 11: ATPS Administração Financeira

SIMPLES NACIONAL

SIMEI – Empresario individual

RECEITA BRUTA SOBRE VENDAS

 - Lucro Real: São aquelas pessoas jurídicas que, por determinação legal (Lei nº 9.718, de

1998, art. 14; e RIR/1999, art. 246), estão obrigadas à apuração do lucro real, a seguir:

pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,

bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e

investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores

mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de

seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios

fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal

com base em estimativa;

pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços

de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de

contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a

prazo ou de prestação de serviços (factoring).

NOTAS:

A obrigatoriedade a que se refere o item "b" acima não se aplica à pessoa jurídica que

auferir receita de exportação de mercadorias e da prestação direta de serviços no exterior. Não

se considera direta a prestação de serviços realizada no exterior por intermédio de filiais,

sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas

da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas (ADI SRF nº 5, de 2001).

A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e que, em

relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo

lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior,

deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir,

inclusive, do trimestre da ocorrência do fato (ADI SRF nº 5, de 2001).

As empresas que estão no lucro real, devem recolher seus impostos mensalmente e ou

trimestralmente no caso do IRPJ e CSLL.

Page 12: ATPS Administração Financeira

Se, no entanto, a pessoa jurídica optar pelo lucro real, deverá recolher o PIS e a

COFINS, às alíquotas de 1,65% e 7,60%, destarte aproveitam os créditos na aquisição das

mercadorias e serviços, o chamado de PIS e COFINS não cumulativos, conforme determinam

as leis 10.637/2002 e 10.833/2003.

- Lucro Presumido: Podem optar as pessoas jurídicas: cuja receita bruta total tenha sido

igual ou inferior a R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário

anterior, ou a R$4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses

em atividade no ano-calendário anterior (Lei nº 10.637, de 2002, art. 46); e que não estejam

obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição

societária ou natureza jurídica .

O imposto de renda com base no lucro presumido é determinado por períodos de

apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de

dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 25; RIR/1999, art. 516, §

5º).

A Opção é efetuada pelo pagamento da 1ª parcela do imposto. A pessoa jurídica

tributada com base no lucro presumido deverá (RIR/1999, art. 527): manter escrituração

contábil nos termos da legislação comercial. Para efeitos fiscais, é dispensável a escrituração

quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a

movimentação financeira, inclusive bancária; manter o Livro Registro de Inventário, no qual

deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido

pela tributação simplificada; manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo

decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de

escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os

documentos e demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal

(Decreto-lei nº 486, de 1969, art. 4º); Lalur, quando tiver lucros diferidos de períodos de

apuração anteriores (saldo de lucro inflacionário a tributar na situação específica de ser

optante pelo lucro presumido no ano-calendário 1996, conforme IN SRF nº 93, de 1997, art.

36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar.

NOTAS:

Na hipótese de incorporação submetida ao regime de afetação, incumbe ao

incorporador manter escrituração contábil completa, ainda que optante pela tributação com

Page 13: ATPS Administração Financeira

base no lucro presumido (MP no 2.221, de 2001, art.1o, que altera a Lei no 4.591, de 1964,

art. 1º).

TRIBUTAÇÃO

Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados

(RIR/1999, art. 223):

Atividades Percentuais

(%)

Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0

Revenda de combustíveis 1,6

Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0

Serviços de transporte de cargas 8,0

Serviços em geral (exceto serviços

hospitalares)

32,0

Serviços hospitalares 8,0

Intermediação de negócios 32,0

Administração, locação ou cessão de bens

e direitos de qualquer natureza (inclusive

imóveis)

32,0

NOTAS:

Para as pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços, exceto as que

prestam serviços hospitalares e as sociedades civis de prestação de serviços de profissão

legalmente regulamentada, cuja receita bruta anual não ultrapassar R$120.000,00 (cento e

vinte mil reais), o percentual a ser considerado na apuração do lucro presumido será de 16%

(dezesseis por cento) sobre a receita bruta de cada trimestre (RIR/1999, art. 519, § 4º).

A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual reduzido cuja a receita bruta

acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$120.000,00 ficará

sujeita ao pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido,

Page 14: ATPS Administração Financeira

até o último dia útil do mês subsequente aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos

(RIR/1999, art. 519, §§ 6o e 7o).

O exercício de profissões legalmente regulamentadas, como as escolas, inclusive as

creches, mesmo com receita bruta anual de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), não

podem aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para fins de

determinação do lucro presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e

dois por cento) (ADN Cosit no 22, de 2000).

Sobre percentuais aplicáveis à receita para obtenção da base de cálculo do: Lucro

Real-Estimativa, v. pergunta 600; Lucro Arbitrado (receita conhecida), v. pergunta 567.

Se a pessoa jurídica optar pelo lucro presumido, permanece recolhendo os percentuais de

0,65% -PIS e 3,0% - COFINS, conforme art. 8º da lei 10.637/20002 e art. 10 da lei

10.833/2003.

Se, no entanto, a pessoa jurídica optar pelo lucro real, deverá recolher o PIS e a

COFINS, às alíquotas de 1,65% e 7,60%, destarte aproveitam os créditos na aquisição das

mercadorias e serviços, o chamado de PIS e COFINS não cumulativos, conforme determinam

as leis 10.637/2002 e 10.833/2003.

- Simples Nacional: Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas

operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em

conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

A PARTIR DE 2009, O CONTRIBUINTE DEVERA FAZER OPÇÃO EM PAGAR OS

IMPOSTOS PELO REGIME DE COMPETENCIA OU REGIME CAIXA

COMPETENCIA – QUANDO DA OCORRENCIA

CAIXA – QUANDO DO RECEBIMENTO

TRIBURAÇÃO

O calculo dos impostos cariam conforme se enquadram na tabela de apuração das

receitas e alíquotas já determinadas pela faixa de receita da atividade.

Se houver mais de uma atividade o calculo deverá ser separado.

Para apurar o imposto, é preciso entrar no site do simples nacional, com o código do

contribuinte e informar os campos obrigatórios e o sistema efetua o calculo automaticamente.

2.2 – O Valor do Dinheiro no tempo

Page 15: ATPS Administração Financeira

É o valor econômico associado a desembolsos (ou receitas) ocorridos em épocas

diferentes, geralmente têm valores econômicos diferentes, ainda que correspondam à mesma

quantia monetária e não haja inflação. A razão disso, conforme se argumentou, é que o

conjunto de oportunidades de uso do dinheiro recebido mais cedo, geralmente, é maior.

Consequentemente, se dispusermos de uma quantia de dinheiro numa data A anterior a outra

data B, podemos tirar partido de alguma oportunidade de aplicação do dinheiro entre A e B

para chegarmos a B com uma quantia maior do que o que teríamos se só recebêssemos a

quantia em B. Deixando de lado a questão do risco, também mencionada acima, vejamos

como tratar a questão do valor do dinheiro no tempo em condições de certeza. Receitas e

desembolsos constituem fluxos de caixa. Alternativas de decisão podem (sob certeza),

frequentemente, ser representadas, no seu aspecto econômico por conjunto de fluxos de caixa,

utilizando-se para isso uma convenção onde, por exemplo, receitas são fluxos positivos e

desembolsos, fluxos negativos.

Análise: Do Valor Do Dinheiro No Tempo

Normalmente, como já vimos, uma empresa trata seus problemas de decisão em

diversos níveis. Num nível (estratégico, ou de longo prazo) considera projetos de longo prazo,

financiados por capital próprio ou por empréstimos de longo prazo. Em outros níveis (tático e

operacional) trata de projetos financiados por empréstimos de curto prazo. Assim, fica fácil

estabelecer o “custo-oportunidade” do capital empatado nesses projetos de nível tático e

operacional.

  Esse custo são os juros que se paga por esses empréstimos de curto prazo. Ou seja,

quando se considera qual o uso que a empresa faria de uma quantia que a empresa dispõe para

aplicação de curto prazo, como no exemplo, geralmente a taxa de juro que se paga pelo

dinheiro tomado emprestado para financiar o capital de curto prazo (capital de giro) é uma

boa aproximação. Isso porque se essa quantia deixar de ser necessária, ela evitará a tomada de

empréstimo de curto prazo (que, normalmente são os empréstimos com juros mais elevado

dentre os que a companhia paga).

 Métodos Analíticos

Os métodos analíticos são precisos porque se baseiam no valor do dinheiro no tempo.

A precisão mencionada se refere à metodologia utilizada para analisar os dados do projeto.

 O valor do dinheiro no tempo para cada empresa é expresso por um parâmetro denominado

“Taxa Mínima de Atratividade” (“TMA”). Essa taxa é específica para cada empresa e

Page 16: ATPS Administração Financeira

representa a taxa de retorno que ela está disposta a aceitar em um investimento de risco

(projeto empresarial), para abrir mão de um retorno certo num investimento sem risco no

mercado financeiro.

 Os métodos analíticos empregados em análise de investimentos são o Valor Presente

Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR).

Valor Presente Líquido (VPL)

 O valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento é igual ao valor

presente de suas entradas de caixa menos o valor presente de suas saídas de caixa. Para

cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a Taxa Mínima de

Atratividade (TMA), como taxa de desconto. O valor presente líquido calculado para um

projeto significa o somatório do valor presente das parcelas periódicas de lucro econômico

gerado ao longo da vida útil desse projeto. O lucro econômico pode ser definido como a

diferença entre a receita periódica e o custo operacional periódico, acrescido do custo de

oportunidade periódico do investimento.

 Utilizando uma calculadora financeira e considerando-se uma TMA de 10% ao ano,

encontramos para o projeto de investimento P um Valor Presente Líquido de R$ 20.392,54.

Se considerarmos uma TMA de 15% ao ano, o Valor Presente Líquido do Projeto será zero.

Para uma TMA de 0%, o lucro econômico periódico se confunde com o lucro contábil

periódico e o valor presente líquido é igual ao somatório dos lucros contábeis periódicos.

 Podemos ter as seguintes possibilidades para o Valor Presente Líquido de um projeto de

investimento:

 - Maior do que zero: significa que o investimento é economicamente atrativo, pois o valor

presente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das saídas de caixa;

- Igual a zero: o investimento é indiferente pois o valor presente das entradas de caixa é igual

ao valor presente das saídas de caixa;

- Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente atrativo porque o valor

presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa. (Entre

vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele que tem maior Valor Presente

Líquido).

Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno é o percentual de retorno obtido sobre o saldo investido e

ainda não recuperado em um projeto de investimento. Matematicamente, a Taxa Interna de

Page 17: ATPS Administração Financeira

Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor ao

presente das saídas de caixa do projeto de investimento.

Utilizando uma calculadora financeira, encontramos para o projeto P uma Taxa Interna

de Retorno de 15% ao ano. Esse projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA menor do

que 15% ao ano.

A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser:

Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é

economicamente atrativo;

Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa

situação de indiferença;

Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente

atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco. (Entre vários

investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno.)

Page 18: ATPS Administração Financeira

CAPITULO 3

3.0 - Definição de um Orçamento de Capital

Um orçamento de capital diz respeito aos investimentos envolvendo ativos

permanentes. Pois, o termo capital, aqui, refere-se aos ativos permanentes empregados na

produção, em particular ativos imobilizados, os quais incluem imóveis (terrenos), instalações

e equipamentos. Esses ativos são muitas vezes denominados de ativos rentáveis, porque

geralmente fornecem a base para a geração de lucro e valor à empresa. Enquanto um

orçamento é um plano que detalha entradas e saídas projetadas para algum período de tempo

futuro. Sendo assim, o orçamento de capital é o processo que consiste em avaliar e selecionar

investimentos de longo prazo, que sejam coerentes com o objetivo da empresa de maximizar a

riqueza dos proprietários. A elaboração do orçamento de capital constitui todo o processo de

ordenamento das premissas e informações que visam à montagem do fluxo de caixa projetado

para a tomada de decisão de investimento de longo prazo.

3. 1- A Importância da Elaboração de um Orçamento de Capital

O gerente ou diretor financeiro terá sempre, na tomada de decisão, fatores tais como:

1º - Decisões de aquisições de capital de longo prazo: Um erro nas projeções de ativos pode

ter sérias consequências. Se a empresa investe demais em ativos incorre em custos

desnecessários em excesso de equipamento, altas taxas de financiamento, etc. Entretanto, se

investe aquém do necessário, pode perder competitividade, não atender à demanda e ser

superada pela concorrência;

2º - Decisões de aquisições de capital no tempo correto: Antecipar ou adiar o momento certo

da decisão da empresa investir trarão as mesmas consequências que as descritas acima;

3º - Planejamento antecipado: Podem negociar com o fabricante do equipamento que está

adquirindo, pode treinar melhor a mão-de-obra, obter melhores taxas de financiamento para o

projeto, entre outros.

3.2 – Métodos de Orçamento de Capital: Sem Risco

O orçamento de capital refere-se aos métodos para avaliar, comparar e selecionar

projetos que obtenham o máximo retorno ou a máxima riqueza para os acionistas. O máximo

retorno é mensurado através do lucro, e a máxima riqueza está refletida no preço das ações.

Page 19: ATPS Administração Financeira

Algumas técnicas de orçamento de capital baseiam-se no retorno (lucro), enquanto outras

enfatizam a riqueza (preço da ação). A pressuposição básica para todas as técnicas de

orçamento de capital discutidas aqui é a de que o risco, ou a incerteza, não é considerado

importante para os tomadores de decisão.

3.3 – Taxa Média de Retorno (TMR)

O cálculo da taxa média de retorno envolve uma simples técnica contábil que

determina a lucratividade de um projeto. Esse método de orçamento de capital talvez seja a

técnica mais antiga usada em negócios. A idéia básica é comparar os lucros contábeis líquidos

com os custos iniciais de um projeto pela adição de todos os lucros líquidos futuros e dividi-

los pelo investimento médio. Exemplo: Suponha que os lucros líquidos para os próximos 4

anos são estimados para ser $ 10.000, $ 15.000, $ 20.000 e $ 30.000, respectivamente. Sendo

o investimento inicial de $ 100.000, encontrar a taxa média de retorno:

1) Lucro líquido médio $ 10.000 + $ 15.000 + $ 20.000 + $ 30.000 = 18.750

4 anos

2) Investimento médio $ 100.000 = 50.000

3) Dividindo o lucro líquido médio de $ 18.750 pelo investimento médio de $ 50.000, você

obtém, aproximadamente, 38%. Por exemplo, o investimento inicial é considerado depreciado

linearmente, portanto, podemos usar o método curto de dividir o investimento inicial por dois

para chegar ao valor de investimento médio.A fórmula seguinte é usada para calcular a taxa

média de retorno.

Taxa Média de Retorno (TMR) = Lucros Líquidos anuais futuros médios

Metade do investimento inicial

Lembre-se de que, embora o conceito da TMR seja fácil de entender e de trabalhar,

esse método não é recomendado para a análise financeira, porque (1) A TMR não considera o

valor do dinheiro no tempo; (2) A TMR usa o lucro contábil em vez do fluxo de caixa; ela

ignora a depreciação como uma fonte de entrada de caixa; (3) O valor presente do valor

residual do equipamento não é computado na taxa média de retorno. Observe que o valor

residual pode reduzir o investimento inicial ou aumentar a entrada de caixa futura. Portanto, a

taxa de retorno efetiva fica subestimada quando o valor residual é ignorado no cálculo; (4) a

TMR desconsidera a sequência cronológica dos lucros líquidos. Não obstante essas quatro

Page 20: ATPS Administração Financeira

desvantagens, muitos analistas e gerentes financeiros ainda usam a TMR porque ela é simples

de calcular e fácil de entender.

3.4 – Período de Recuperação de Investimento (PAYBACK)

O número de anos necessários para recuperar o investimento inicial é chamado de

período de recuperação de investimento (payback). Se o período de payback encontrado

representa um período de tempo aceitável para a empresa, o projeto será selecionado.

Suponha que um período de recuperação de investimento máximo aceitável para uma empresa

seja de 4 anos. Considere que um projeto proporcione uma entrada anual de caixa de $ 20.000

para os próximos 6 anos e que o investimento inicial seja de $ 70.000. Um simples cálculo

mostra que, após 4 anos, o projeto contribuirá com uma entrada de caixa de $ 80.000 (4 anos

x $ 20.000 = $ 80.000). Portanto, ele deve ser aceito, porque seu investimento inicial é

recuperado em menos de 4 anos.

Quando são comparados dois ou mais projetos, aqueles com os períodos de

recuperação menores são os preferidos. Entretanto, os projetos aceitos devem atingir o

período-meta de recuperação do investimento, prazo esse estabelecido antecipadamente.

Lembre-se de que a entrada de caixa (lucro líquido + depreciação), em vez de lucros líquidos,

deve ser usada para o cálculo do período de payback. Em outras palavras, a principal

diferença entre esse método e a taxa média de retorno é que os lucros líquidos são usados para

a taxa média de retorno, enquanto as entradas de caixa são usadas no cálculo do período de

recuperação do investimento. Exemplo: A Companhia ABC planeja investir num projeto que

tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela estimou que o projeto proporcionará entradas de

caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, de $ 2.000 no ano 2, de $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no

ano 4. Se a empresa tem como meta um período de payback de 3 anos, você recomendaria que

esse projeto fosse aceito?

ANO FLUXO DE CAIXA1 R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 3 R$ 1.500,00 4 R$ 1.000,00

Você pode ver por essa informação que após 2 anos a empresa terá recuperado $ 3.000

dos seus $ 3.700 investidos. Então, calculemos a proporção do terceiro ano que a empresa

precisará para recuperar os $ 700 restantes do seu investimento inicial ($ 3.700 - $ 3.000 = $

Page 21: ATPS Administração Financeira

700). Para fazer isso, simplesmente dividimos os $ 700 pela entrada de caixa do terceiro ano:

($ 700 / $ 1.500 = 0,47).

Em termos redondos, 0,47 de um ano é aproximadamente, 24 semanas (0,47 x 52

semanas = 24 semanas), perfazendo um total de 2 anos e 24 semanas antes de o investimento

ser recuperado.

A seguir, comparar esse período de recuperação com o período-meta para ver se a

empresa deve prosseguir com o investimento. Nesse caso, o período de recuperação efetivo (2

anos e 24 semanas) é menor do que o período meta de 3 anos. Portanto o projeto é aceitável.

O método do período de recuperação do investimento tem várias vantagens e desvantagens. A

principal vantagem é que esse método é fácil de usar. Não é necessário fazer cálculos

complicados para encontrar quantos anos um projeto demora em recuperar o seu investimento

inicial. O período de recuperação do investimento também é fácil de entender. Portanto,

quando os analistas precisam de uma medida rápida do risco, eles podem usar o período de

recuperação para ver se o capital investido será recuperado em um período razoável de tempo.

O método do período de recuperação do investimento, não obstante sua simplicidade, pode ser

de valia mesmo para as maiores corporações multinacionais.

Para tais empresas, e ventos políticos – tais como a nacionalização da indústria em um

país estrangeiro – são as principais fontes de risco. Em termos de possíveis eventos políticos,

então, quanto menor o período de recuperação do investimento, menor o risco do projeto. O

método do período de recuperação do investimento, portanto, pode ajudar as empresas a

medir o risco de perder o capital em países estrangeiros.

A principal desvantagem desse método é que ele ignora completamente o valor do

dinheiro no tempo. No método do período de recuperação de investimento, não existe

diferença entre o valor de uma entrada de caixa de $ 100 no primeiro ano e o mesmo

montante de entrada de caixa um ano depois. Além do mais, o método do período de

recuperação não leva em consideração as entradas de caixa produzidas após o período em que

o investimento inicial foi recuperado. Por causa desses severos obstáculos, o método de

recuperação de investimento não deve ser considerado uma boa abordagem para o orçamento

de capital.

3.5 – Valor Presente Líquido (VPL)

Se o valor presente de um fluxo de caixa futuro de um projeto é maior que o custo

inicial, o projeto é implantado. Por outro lado, se o valor presente é menor do que o custo

inicial, o projeto deve ser rejeitado, porque os investidores perderiam dinheiro se o projeto

Page 22: ATPS Administração Financeira

fosse aceito. Por definição, o valor presente líquido de um projeto aceito é zero ou positivo, e

o valor presente líquido de um projeto rejeitado é negativo. O valor presente líquido (VPL) de

um projeto pode ser calculado da seguinte forma:

VPL = VP – I

Onde:

VP = valor presente

I = investimento inicial.

O ponto crítico desse método está na decisão de qual taxa de desconto utilizar no

cálculo do VPL. Entre dois projetos, em geral, aquele com um maior risco deve ser

descontado a uma taxa maior. Além do mais, as taxas de desconto tendem a subir

acompanhando as taxas de juros e de inflação. Quando as taxas de juros sobem, o

financiamento de projetos torna-se mais caro; entretanto, os fluxos de caixa dos projetos

devem ser descontados a uma taxa maior do que quando as taxas de juros estão caindo.

As taxas de desconto usadas no VPL são também influenciadas pela duração dos projetos.

Entre dois projetos, aquele com vida mais longa está associado com maior risco. Quanto mais

um investimento amplia sua existência no futuro, maior é a incerteza na conclusão e operação

do projeto. Portanto, projetos de longa duração devem ser, geralmente, descontadas a taxas

maiores do que os projetos de curta duração, mantendo as demais variáveis constantes.

Exemplo: A Companhia ABC está considerando um investimento que proporcionará,

anualmente, fluxos de caixa após o imposto de renda de $ 6.000, $ 4.000, $ 3.000 e $ 2.000,

respectivamente, por 4 anos. Se a taxa de desconto do projeto é de 10% e o investimento

inicial é $ 9.000, você recomendaria esse projeto?

ANO FLUXO DE CAIXA FVPA A 10% VP PARA CADA ANO1 R$ 6.000,00 0,909 R$ 5.454,00 2 R$ 4.000,00 0,826 R$ 3.304,00 3 R$ 3.000,00 0,751 R$ 2.253,00 4 R$ 2.000,00 0,683 R$ 1.366,00

VP do fluxo de caixa total do projeto = $ 12.377

Considerando que VPL = VP – I (VPL = $ 12.377 - $ 9.000 = $ 3.377), então, já que o

VPL é positivo, esse projeto é recomendado à Companhia ABC.

Page 23: ATPS Administração Financeira

O método do valor presente líquido tem três vantagens importantes. Primeira, ele usa

os fluxos de caixa em vez dos lucros líquidos. Fluxos de caixa (lucros líquidos + depreciação)

incluem depreciação como uma fonte de fundos. Isso funciona porque a depreciação não é um

desembolso de caixa no ano em que o ativo é depreciado. Em contraste com a contabilidade, a

área de finanças considera o fluxo de caixa em vez dos lucros líquidos. Portanto, a abordagem

do VPL, ao contrário do método de taxa média de retorno, é consistente com a moderna teoria

financeira.

Segunda, o método do VPL, ao contrário dos métodos da taxa média de retorno e do

período de payback, reconhece o valor do dinheiro no tempo. Quanto maior o tempo, maior o

desconto. De maneira mais simples, se os fluxos de caixa de um projeto, com risco médio, são

descontados a 10%, outro projeto com um maior grau de risco deve ser descontado a uma taxa

maior do que a de 10%. Portanto, o valor do dinheiro no tempo para um projeto está refletido

na taxa de desconto, a qual deve ser selecionada com cuidado pelo analista financeiro.

Geralmente, a taxa de desconto tende a se elevar caso o oferta de dinheiro esteja restrita e seja

esperada uma elevação da taxa de juros.

Terceira, aceitando somente projetos com VPL positivos, a companhia também

aumentará o seu valor. Um aumento no valor da companhia, na realidade, é um aumento no

preço das ações ou na riqueza dos acionistas. O método do VPL do orçamento de capital

deve, portanto, no final das contas, conduzir a uma maior riqueza dos acionistas. Desde que o

objetivo da moderna administração financeira é aumentar, continuamente, a riqueza dos

acionistas, o método do VPL deve ser visto como a técnica mais moderna de orçamento de

capital.

Existem, entretanto, algumas limitações à abordagem do VPL. O método assume que a

administração é capaz de fazer previsões dos fluxos de caixa dos anos futuros. Na realidade,

entretanto, quanto mais distante é a data, mais difícil é a estimativa dos fluxos de caixa

futuros. Os fluxos de caixa futuros são influenciados pelas vendas futuras, pelos custos da

mão de obra, dos materiais e dos custos indiretos de fabricação, pelas taxas de juro, pelos

gostos dos consumidores, pelas políticas governamentais, pelas mudanças demográficas e

assim por diante. A superestimação ou subestimação dos fluxos de caixa futuros podem levar

à aceitação de um projeto que deveria ser rejeitado, ou à rejeição de um projeto que deveria

ser aceito. Além do mais, o método do VPL assume que a taxa de desconto é a mesma durante

toda a vida do projeto. No exemplo precedente, você descontou os fluxos de caixa a 10%

durante os 4 anos, porém uma taxa de desconto de 10% pode não ser realista. A taxa de

desconto pode ser afetada por oportunidades de reinvestimento de fluxos de caixa futuros,

Page 24: ATPS Administração Financeira

pelas taxas de juro futuras e pelos custos de levantamento de novos capitais. O problema pode

ser resolvido pela predição das taxas de juro futuras e, então, pelo desconto de cada fluxo de

caixa futuro pela taxa prevista. Embora essa possa ser considerada uma sugestão inteligente,

você pode concordar que a predição de uma taxa de juro para os próximos 5 ou 10 anos é tão

incerta quanto os resultados de se lançar uma moeda 5 ou 10 vezes! Não obstante tais

limitações, o método do VPL é ainda o melhor método de orçamento de capital.

3.6 – Índice de Lucratividade (IL)

O método do índice de lucratividade, ou IL, compara o valor presente das entradas de

caixa futuras com investimento inicial numa base relativa. Portanto, o IL é a razão entre o

valor presente das entradas de caixa (VPEC) e o investimento inicial de um projeto.

IL = VPEC

Investimento inicial, nesse método, um projeto com um IL maior do que 1 é aceito,

porém um projeto é rejeitado quando seu IL é menor do que 1. Observe que o método do IL

está intimamente relacionado com a abordagem do VPL. De fato, se o valor presente líquido

de um projeto for positivo, o IOL será maior que 1. Por outro lado, se o valor presente líquido

for negativo, o projeto terá um IL menor do que 1. Portanto, a mesma conclusão é encontrada

se o valor presente líquido ou o IL for usado. Em outras palavras, se o valor presente dos

fluxos de caixa excede o investimento inicial, existe um valor presente líquido positivo e um

IL maior do que 1, indicando que o projeto é aceitável. Exemplo: A Companhia ABC está

considerando um projeto com fluxos de caixa anuais previstos de $ 5.000, $ 3.000 e $ 4.000,

respectivamente, por 3 anos. O investimento inicial é de $ 10.000. Usando o método do IL e

uma taxa de desconto de 12%, determine se o projeto é aceitável.

Ano Fluxo de Caixa FVPA a 12% VP dos fluxos de caixa

1 $ 5.000 0,893 $ 4.465

2 $ 3.000 0,797 $ 2.391

3 $ 4.000 0,712 $ 2.848

VP do Projeto = $ 9.704

Page 25: ATPS Administração Financeira

O valor presente do projeto é de $ 9.704. Dividindo esse número pelo investimento

inicial de $ 10.000 resulta num IL de 0,9704. Sendo o valor do IL menor do que 1, o projeto é

rejeitado.

O VPL do projeto pode, também, ser determinado se subtrairmos os $ 10.000 do

investimento inicial do valor presente de $ 9.704. Nesse caso, o VPL é de ($ 296). Já que o

VPL é negativo, pelo método do IL, pode-se concluir que o projeto não deve ser aceito.

Um importante comentário sobre os métodos do IL e do VPL é que, embora as duas

técnicas, geralmente, levem à mesma decisão principal – aceitar ou rejeitar um projeto -, elas

sempre classificam projetos alternativos em uma sequência diferente.

Taxa Interna de Retorno (TIR) -A taxa interna de retorno, ou TIR é uma medida popular

usada no orçamento.

Page 26: ATPS Administração Financeira

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho, podemos observar que para o administrador obter um bom

resultado, ele deve analisar com cuidado a situação da empresa, verificando o risco do

investimento para então obter um bom retorno.

Uma empresa pode ter vários objetivos, pode querer ser uma grande empresa, exportar

para diversos países, ser a líder de mercado, bater recordes em produção, produzir com

responsabilidade, valorizar os seus trabalhadores, enfim os objetivos de uma empresa são

vários. No entanto apenas um motivo faz com que uma empresa continue viva e permaneça

por muito tempo no mercado.

O principal objetivo de uma empresa é produzir com poucos custos obtendo o maior

lucro possível, ou seja, o principal objetivo da empresa é gerar lucros. Ninguém abre uma

empresa apenas para bonito, ou apenas para dizer que é um empresário. A empresa precisa ser

bem administrada para que se saiba exatamente qual é o seu resultado, se o resultado não for

positivo é preciso corrigir os erros antes que seja tarde demais, muitas vezes a empresa até

apresenta lucro, mas isso necessariamente não significa que a empresa está bem. É preciso

avaliar qual foi o investimento e se o retorno está de acordo com o esperado. Por outro lado se

a empresa está dando um retorno bastante favorável, é preciso que seja avaliada a

possibilidade de novos investimentos, não é aconselhável logo de cara já ir comprando uma

caminhonete do ano, sair gastando dinheiro à toa, é preciso lembrar ainda que a rentabilidade

de um mês pode não se repetir no mês seguinte. O dinheiro gera dinheiro, mas se não

soubermos utilizá-lo da maneira correta podemos ter uma enorme dor de cabeça.

Page 27: ATPS Administração Financeira

BIBLIOGRAFIA

*PLT – Nikbakht, A.A Groppelli Ehsan – Administração Financeira - 204

*Lima Netto, R. P. “Curso Básico de Finanças” São Paulo:Saraiva, 1978

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