atos, prazos, termos prazos e nulidades processuais

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RESUMO O presente trabalho faz uma abordagem perfunctória no cotidiano do órgão ministerial trabalhista, na elucidação do seu mister, bem como da atuação do mesmo como interveniente, fiscalizando o real cumprimento da Lei em instância superiores – Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho -, e como agente, apresentando-se como parte nos processos em que busca a defesa dos direitos difusos, coletivos e indisponíveis dos trabalhadores. Deveras, afigura-se apresentar a evolução histórica do Ministério Público do Trabalho para entendermos, de forma clara, todo o processo que em que foi submetido o órgão ministerial, desde a sua criação aos dias modernos. Ressalta, por oportuno, toda a fundamentação jurídica – baseada na Lei Constitucional e disposições legais extravagantes – do exercício das funções e das limitações do órgão em comento. Frisa também sobre as atribuições atinente aos procuradores do trabalho e também da competência para a regular atuação dos mesmos, mencionando, outrossim, as peculiaridades envolvendo o órgão ministerial, sua atuação nos processos judiciais e no campo extrajudicial, atuando, destarte, não só atuando de forma a fiscalizar e punir aqueles que infringirem mandamentos legais, mas também para prevenir que o mal se alastre perante o ambiente trabalhista. Por fim, Menciona sobre a incidência e os reflexos, após a edição da Emenda Constitucional nº 45/2004, na atuação do Parquet laboral. Palavras-chaves: Ministério Público do Trabalho. Interveniente. Agente. Evolução histórica. Emenda Constitucional nº45/2004. INTRODUÇÃO O Ministério Público do Trabalho apresenta-se, atualmente, como um órgão de grande relevância para o ambiente laboral, pois atuará, conforme analisado posteriormente, sempre no

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RESUMO O presente trabalho faz uma abordagem perfunctria no cotidiano do rgo ministerial trabalhista, na elucidao do seu mister, bem como da atuao do mesmo como interveniente, fiscalizando o real cumprimento da Lei em instncia superiores Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho -, e como agente, apresentando-se como parte nos processos em que busca a defesa dos direitos difusos, coletivos e indisponveis dos trabalhadores. Deveras, afigura-se apresentar a evoluo histrica do Ministrio Pblico do Trabalho para entendermos, de forma clara, todo o processo que em que foi submetido o rgo ministerial, desde a sua criao aos dias modernos. Ressalta, por oportuno, toda a fundamentao jurdica baseada na Lei Constitucional e disposies legais extravagantes do exerccio das funes e das limitaes do rgo em comento. Frisa tambm sobre as atribuies atinente aos procuradores do trabalho e tambm da competncia para a regular atuao dos mesmos, mencionando, outrossim, as peculiaridades envolvendo o rgo ministerial, sua atuao nos processos judiciais e no campo extrajudicial, atuando, destarte, no s atuando de forma a fiscalizar e punir aqueles que infringirem mandamentos legais, mas tambm para prevenir que o mal se alastre perante o ambiente trabalhista. Por fim, Menciona sobre a incidncia e os reflexos, aps a edio da Emenda Constitucional n 45/2004, na atuao doParquetlaboral.Palavras-chaves: Ministrio Pblico do Trabalho. Interveniente. Agente. Evoluo histrica. Emenda Constitucional n45/2004.INTRODUOO Ministrio Pblico do Trabalho apresenta-se, atualmente, como um rgo de grande relevncia para o ambiente laboral, pois atuar, conforme analisado posteriormente, sempre no resguardo do interesse do trabalhador, e de forma mais ampla, do interesse pblico.O Ministrio Pblico do Trabalho o ramo do Ministrio Pblico da Unio que tem como funo atuar na defesa dos direitos individuais e coletivos na seara trabalhista.A origem do Ministrio Pblico do Trabalho se confunde com a da Justia do Trabalho, consoante publicao do Ministro Ives Gandra Mantins Filho, tendo surgimento com o Conselho Nacional do Trabalho por via do Decreto n 16.027/23.Inicialmente, atuavam os procuradores juntos ao Conselho, emitindo pareceres nos processos em trmite. Data-se por volta de 1937, donde a Procuradoria do Trabalho j apresentava caractersticas de Ministrio Pblico, pois tinha como principal objetivo o interesse pblico. Ademais, a procuradoria do Trabalho teve uma participao efetiva na elaborao da CLT (Consolidao das Leis Trabalhistas).At o advento da Constituio Federal de 1988 a Ministrio Pblico do Trabalho atuava nico e to somente como fiscal da lei, emitindo pareceres acerca dos processos judiciais, quando de competncia dos Tribunais superiores trabalhistas, isto , Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho. aps a promulgao da Lei Maior vigente passou a atuar, o Ministrio Pblico do Trabalho, tambm como rgo agente, na defesa dos direito difusos, coletivos e individuais indisponveis dos trabalhadores.Insta frisar que aps 1999 foram estipuladas metas ao MPT prioritrias para a atuao do mesmo, que so: a erradicao do trabalho infantil e a regularizao do trabalho adolescente; o combate ao trabalho escravo; regularizao do trabalho indgena; o combate a todas as formas de discriminao no trabalho; a preservao da sade e segurana do trabalhador; e a regularizao dos contratos de trabalho.Hodiernamente o Ministrio Pblico do Trabalho possui independncia funcional, consoante se destoa do art. 127,caput,da CRFB 1988,in verbis:Art. 127: O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico de direito e dos interesses sociais e individuais indisponveis.Importante ressaltar que o Ministrio Pblico do Trabalho pode atuar de duas formas: como rgo interveniente, fiscalizando o cumprimento da lei nos processos provenientes dos Tribunais Regionais do Trabalho ou do Tribunal Superior do Trabalho, submetido a apreciao e fiscalizao dos procuradores doparquet,e como rgo agente, isto , como parte nos processos em que se busca o os interesses dos grupos difusos, coletivos e indisponveis trabalhistas.1 Noes geraisO Ministrio Pblico do Trabalho constitudo de uma Procuradoria da Justia do Trabalho, compreendendo a Procuradoria Geral, composta de um procurador-geral e procuradores, que funciona junto ao TST, e as Procuradorias Regionais, compostas de um procurador regional e procuradores adjuntos e substitutos de procurador adjunto, que funciona junto aos TRTs. Sua atuao nos dissdios trabalhistas instaurados perante a Justia do Trabalho independente, no subordinada aos magistrados, velando pela defesa do interesse pblico. A manifestao do Ministrio Pblico no mais obrigatria em todos os processos trabalhistas, prevendo a lei a sua interveno quando solicitada pelo magistrado trabalhista, ou mesmo por sua iniciativa, quando entender existente o interesse pblico que justifique, revelando, pois, toda a sua independncia funcional. O Ministrio Pblico do Trabalho apresenta, hodiernamente, um papel imprescindvel para a sociedade, pois este resguarda e luta pelos direitos imanentes aos seres humanos, principalmente no Brasil, a ttulo exemplificativo, que por oportuno se apresenta, que foi (e ainda , mas em nmero significativamente inferior) vtima de uma banalizao do ser humano, do trabalho humano, por meio da escravatura. Fiscaliza ento todo o tipo de trabalho a que est submetido o trabalhador, tais como condies insalubres do ambiente laboral, trabalhos forados, condio de menores trabalhando, etc. A atividade do rgo ministerial na busca da defesa dos direitos dos trabalhadores pode dar-se atravs de palestras educacionais, audincias pblicas, instaurao de procedimentos investigatrios e inquritos civis pblicos em rbita administrativa -, ou mesmo por meio de ao civil pblica e ao anulatria trabalhista, em se tratando de demandas judiciais, sempre que necessrio. A Constituio Federal de 1988 elencou, nos seu art. 127, par. 1, como princpios institucionais do Ministrio Pblico o da unidade, que assevera que determina que os rgos de cada ramo do Ministrio Pblico integram um nico rgo; o da indivisibilidade, que assevera que os membros do MP e a independncia funcional, conforme se apregoa da dico do artigo,in verbis:Art. 127, par.1: So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional.2 Da atuao do Ministrio Pblico do Trabalho2.1 JudicialAtualmente, o principal instrumento de atuao, como agente, judicial do Ministrio Pblico do Trabalho, indubitavelmente, a ao civil pblica, utilizada para a proteo dos interesses metaindividuais no campo das relaes trabalhistas. Pode-se aferir como exemplo de situaes que ensejam o manejo, peloParquet,da supramencionada ao o combate ao trabalho escravo e em condies degradantes, o combate ao trabalho infantil, o combate discriminao, a proteo ao meio ambiente de trabalhoet cetera.H tambm outros meios de atuao doParquetlaboral como parte no processo, tais como a ao rescisria, o dissdio coletivo de greve, a ao anulatria de clusula convencional, o mandado de segurana, entre outros.Impende, por oportuno, ressaltar que consoante os termos do art. 793 da CLT, o MPT atuar tambm como parte, na qualidade de substituto processual, quando figurar no plo ativo ou passivo (por interpretao extensiva do artigo em anlise) menor de 18 anos,in verbis:Art. 793 da CLT: A reclamao trabalhista do menor de 18 anos ser feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justia do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministrio Pblico Estadual ou curador nomeado em juzo.Ainda se tratando de atuao judicial, o Ministrio Pblico do Trabalho ainda poder atuar como rgo interveniente, ou seja, atuar o mesmo na qualidade decustos legis,participando e manifestando-se nas sesses realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, e elaborando pareceres, sempre que o interesse pblico restar evidenciado. Poder ainda, todavia, atuar como fiscal da lei nas varas do trabalho, por solicitao do juiz do trabalho, ou por sua prpria iniciativa, sempre que entender interesse pblico que justifique a atuao.Importante frisar que a Orientao Jurisprudencial 237 da SDI-I/TST estabelece que o Ministrio Pblico do Trabalho no tem legitimidade para recorrer, como fiscal da lei, na defesa do interesse patrimonial privado, inclusive de empresas pblicas e sociedade de economia mista.2.2 ExtrajudicialA atuao do Ministrio Pblico do Trabalho na esfera extrajudicial ocorre com procedimentos de cunho administrativo, principalmente na instaurao e conduo de procedimentos administrativos, tais como representaes, procedimentos preparatrios, investigatrios ou inquritos civis, sendo estes iniciados de ofcio ou at mesmo por denncia por parte da sociedade. Tal atuao doParquetlaboral de suma importncia para o desenrolar dos trmites processuais, pois este ir perquirir provas e investigar todos os fatos delatados ou descobertos por si mesmo, produzindo, consequentemente, uma propositura eficaz da ao judicial cabvel ao caso concreto. Vale ressaltar que a atuao do Ministrio Pblico do Trabalho como rbitro, quando solicitada pela parte, constitui tambm uma atuao administrativa, portanto judicial, doParquet.3 Da incidncia e dos reflexos da EC 45/2004 na atuao doParquetlaboral cedio que com a vigncia da EC n 45/2004 o cenrio do poder judicirio mudou consideravelmente, trazendo, tambm, reflexos na atuao do Ministrio Pblico do Trabalho. Passou ento, ps emenda, a Justia do Trabalho a ser competente para processar e julgar no s aquelas demandas advindas da relao de emprego, mas tambm as envolvendo as relaes de trabalho, tornando ampla a competncia do mesmo. Como resultado lgico do exposto, h um incremente tambm na competncia do Ministrio Pblico do Trabalho, o qual encontra limites na prpria atuao da jurisdio atinente justia laboral. A Emenda Constitucional supra alterou o disposto no art. 114, dando uma nova redao ao pargrafo 3 do mesmo, atribuindo competncia ao Ministrio Pblico do Trabalho ajuizar, em caso de greve em atividade considerada essencial (dispostas na no art. 10 da Lei 7.783/1989) com possibilidade de leso ao interesse pblico, dissdio coletivo, competindo justia do Trabalho decidir o conflito. Em relao s atividades no consideradas essenciais, mas que prejudicam os interesses difusos da coletividade, entende o Nobel jurista Renato Saraiva:no h espao para a atuao do Parquet laboral, uma vez que a greve um direito assegurado constitucionalmente aos trabalhadores (art. 9, da CF/1988), no sendo possvel a interferncia ministerial neste direito, salvo se, exercido de forma abusiva, comprometer o atendimento das necessidades inadiveis da comunidade (art. 11 da Lei 7.783/1989). Com relao aos reflexos da EC 45/2004, h, entretanto, doutrinadores que entendem que o Ministrio Pblico do Trabalho j vinha atuando, antes mesmo da referida Emenda, de forma ampla, em toda e qualquer relao de trabalho e no somente nas relaes de emprego. Nesse sentido a lio de Sandra Lia Simon, procuradora-geral do trabalho, que aduz:A atuao do Ministrio do Trabalho, no entanto, j vinha apontando nesse sentido, qual seja o de abranger toda e qualquer relao laboral, independentemente da existncia da clssica noo de trabalho subordinado, protegida pela Consolidao das Leis do Trabalho. Os exemplos dessa atuao ampliada so muitos e dos mais variados e vo alm dos limitados contornos do direito do trabalho, pois envolvem a defesa dos Direitos Humanos decorrentes das relaes laborais, em hipteses como o combate ao trabalho das crianas nos lixes e o combate ao trabalho infantil domsticos, entre outros.4 ConclusoDesta feita, mostra-se toda a importncia do Ministrio Pblico do Trabalho perante todo o enredo frente s relaes laborais, mesmo atuando como rgo interveniente ou como agente, conforme exposto acima. Feita todas as digresses, importante mostrar que a atuao doParquetlaboralno se resume apenas e to somente ao seu mister junto ao setor judicirio propriamente dito, deveras este tambm trabalha como orientador da sociedade revelando tal mister por meio de audincias pblicas, oficinas, reunies setoriais e outros eventos semelhantes. Apresenta, dessa forma, um papel salutar perante a sociedade. Outrossim, faz-se oportuno apresentar o ensinamento do clebre Promotor de Justia de So Paulo, Dr. Joo Benedito de Azevedo Marques, que diz:No existir sociedade realmente democrtica, sem um Ministrio Pblico fortee independente, incumbido de zelar pela efetiva observncia da lei e da Constituio, condio indispensvel para que tambm o Poder Judicirio seja efetivamente soberano.Verdadeiramente, o Ministrio Pblico do Trabalho que atuar na defesa dos direitos individuais e coletivos no mbito laboral, resguardando assim, o trabalhador, de todas as eventuais mazelas que j atingiram os trabalhadores humanos, principalmente no Brasil.Em suma, percebe-se a notria funo social que h o Ministrio Pblico do Trabalho no exerccio de sua funo, incrementando as suas atribuies a partir da EC 45/2004, conforme aponta a maioria, delegando poderes aoParquet laboralpara uma atuao efetiva e contundente na rbita trabalhista.

Atos, Termos, Nulidades e Prazos no Processo do Trabalho Como no Processo Civil, os atos no dependem de forma especfica, salvo quando a lei o exigir, reputando-se vlidos os que cumprirem a sua finalidade. Atendem, sempre, ao princpio da publicidade. Cumprimento dos atos processuais na CLT - artigo 770.Segredo de justia - aplica-se ao Proc. Trabalho na forma do art. 155 do CPC (previso de sua utilizao - art. 781, Pargrafo nico, da CLT).Os atos das partes devem atender ao expediente forense, que pode se encerrar antes das 20 horas, conforme estabelecer o Regimento Interno de cada Tribunal.Feriados forenses - declarados por lei federal art. 175 do CPC.OS ATOS PROCESSUAIS DAS PARTES Peties e declaraes - apresentados em Secretaria, ou ao Servio de Distribuio, onde houver (art. 777 da CLT).Carga dos autos: somente por advogado constitudo nos autos (art. 778); a consulta em Secretaria, contudo, livre (art. 779).OBS: Vedao parte e ao procurador de lanar cotas marginais ou interlineares (grifos, sublinhados, e anotaes) nos autos - art. 161 do CPC.PRECLUSO DOS ATOSArt. 183 do CPC. Formas de precluso: temporal, lgica e consumativa.A PRECLUSO TEMPORAL a extino da faculdade de praticar um determinado ato processual em virtude de haver decorrido o prazo fixado na lei. Por exemplo: a no apresentao da Contestao no prazo de quinze dias (ou sessenta dias para pessoas determinadas). Assim, a pea contestatria no poder ser apresentada no dcimo sexto dia, visto que j ocorreu a precluso. A PRECLUSO TEMPORALO art. 183 do CPC menciona os efeitos da precluso temporal, evitando que a parte pratique um ato processual aps aquele prazo fixado na lei, respeitando o Princpio da Celeridade Processual. Parte da doutrina diz que esse tipo de precluso no se opera para o juiz, j que os prazos para o magistrado so imprprios e no-preclusivos. Devido a quantidade de processos existentes no Poder Judicirio e seria praticamente impossvel exercer os atos no momento oportuno. PRECLUSO LGICA a extino da faculdade de praticar um determinado ato processual em virtude da no compatibilidade de um ato com outro j realizado. Por exemplo: a sentena julgada totalmente procedente e o autor, logicamente, aceita aquela deciso. Em seguida, o mesmo interpe recurso de apelao. PRECLUSO CONSUMATIVA a extino da faculdade de praticar um determinado ato processual em virtude de j haver ocorrido a oportunidade para tanto. Por exemplo: o ru apresenta a contestao no dcimo dia. No dia seguinte, viu que se esqueceu de mencionar um fato e tenta apresentar novamente a contestao. Logicamente, tal ato no poder ser praticado em virtude da j apresentada contestao anterior. PRECLUSO PRO IUDICATO a extino de um poder do prprio juiz. Apesar de boa parte da doutrina dizer que a precluso temporal no se aplica ao magistrado, visto que seus prazos so considerados imprprios e no-preclusivos. Porm, o juiz pode, em tese, estar sujeito precluso consumativa, desde que no se trate de questes de ordem pblica. Ex: Quando o juiz, depois de ter saneado o feito, entender ser inepta a inicial por falta de causa de pedir e, em conseqncia, extinguir o processo sem resoluo do mrito. EFEITOS Como vimos, precluso pode ser conceituada como a perda da faculdade de praticar determinado ato processual. Pois bem. Diante desse conceito, podemos dizer que um dos efeitos desse instituto ser justamente a extino do direito de praticar o ato processual. A precluso funciona como fora movimentadora, impulsionando o processo ao seu destino final, que o provimento jurisdicional. Chegando o processo at o seu fim, deparemos com a precluso mxima, onde h a ocorrncia da irrecorribilidade da deciso final, chamada pela doutrina de coisa julgada formal. COISA JULGADA FORMAL = TRNSITO EM JULGADO A coisa julgada formal a imutabilidade da deciso judicial dentro do processo em que foi proferida, porquanto no possa mais ser impugnada por recurso seja pelo esgotamento das vias recursais, seja pelo decurso do prazo do recurso cabvel... (Didier) A precluso no nosso ordenamento jurdico importante, pois, evita: que os atos processuais sejam feitos fora dos prazos previstos na lei; que sejam incompatveis com outros atos j existentes; que sejam repetidos de forma indevida. OS ATOS DO JUIZ Despachos - atos que no realizam qualquer deciso; so os de mero expediente; Decises interlocutrias - atos em que o Juiz resolve questo incidente, no curso do feito; Sentenas - atos pelos quais o Juiz pe termo ao processo, decidindo ou no o mrito da causa (sentenas definitivas e terminativas, respectivamente) OS ATOS DA SECRETARIA Recebimento da inicial e demais peties; Numerao dos autos; Ao diretor de secretaria cabe rubricar os termos constantes dos autos, bem como certificar decursos de prazos, alm de encaminhar a notificao (citao inicial) e expedir outras certides e documentos da secretaria: Distribuio e encaminhamento ao Juzo - art. 787 e 788 da CLT. PRAZOS PROCESSUAIS QUANTO A ORIGEM Legais: estabelecido em lei. Ex. 880 CLT. Execuo 48h, recurso 8 dias Judicial: estabelecido pelo juiz Convencional acordados entre os litigantes. Art. 265, II CPC QUANTO A NATUREZA Dilatrios: admite prorrogao pelo juiz pedido pela parte, para que a mesma possa apresentar determinado documento por exemplo. Esse prazo pode ser reduzido desde que requerido antes do vencimento do prazo para que no configure a precluso. Art. 181 CPC Peremptrio: so os prazos fatais, no passveis de prorrogao. Porm o art. 182 CPC admite tal prorrogao em caso de difcil transporte, mas nunca superior a 60 dias, exceto em caso de calamidade pblica QUANTO AO DESTINATRIO Prprios: so os destinados as partes, previsto por lei ou pelo juiz e sujeitos precluso; Imprprios: fixados pelo ordenamento jurdico e destinados aos juzes e servidores do poder judicirio, no sujeito a precluso DOS PRAZOS NO PROC. TRABALHO CLT, art. 774. O prazo se inicia a partir do recebimento da notificao ou intimao, ou da data de publicao do edital, se for o caso. O incio da contagem do prazo: exclui-se o dia do recebimento ou publicao e inclui-se o dia do vencimento do prazo; Prorrogao para o dia til subseqente, caso o ltimo dia seja sbado, domingo ou feriado; Enunciados 1 e 262 do TST sobre notificao entregue sexta-feira ou sbado. DOS PRAZOS NO PROC. TRABALHO Pode ocorrer tambm a critrio do Juiz, ou em virtude de fora maior, comprovada (art. 775 da CLT). A suspenso do prazo por falecimento da parte - aplica-se o art. 265 do CPC. Na falta de prazo legalmente previsto, ou estipulado pelo Juiz, entende-se como sendo de 5 dias art. 185 do CPC. Fazenda Pblica - aplica-se a regra do art. 188 do CPC. DAS COMUNICAES DOS ATOS A notificao (ou citao) - convocao do ru ou interessado a juzo, para que possa produzir defesa regular, querendo - CPC, art. 213; Na CLT, art. 841. Regra geral: encaminhamento por via postal, registrada. Pode ser feita a citao por Oficial de Justia, na forma do art. 224 e SS do CPC. No encontrado o ru, poder ser citado por edital, tambm aplicadas as regras dos artigos 231 e SS do CPC. DAS COMUNICAES DOS ATOS A intimao - cientificao das partes sobre atos praticados no processo pelo Juiz, pela parte adversa, ou por terceiro interessado, e termos contidos no mesmo, para que o intimado faa ou deixe de fazer alguma coisa - CPC, art. 234. Processa-se da mesma forma que a citao, no caso do Processo do Trabalho. Presunes em matria de prazos: Enunciados 16 e 197 do TST. DAS NULIDADES - ART. 794 CLT S se considera nulo o ato processual se causar prejuzo manifesto a algum dos litigantes; Deve ser arguda pela parte na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, mas dever do Juzo decret-la de ofcio, quando se tratar de incompetncia absoluta; vedado parte arguir nulidade por ela prpria produzida; Ao declarar a nulidade de um ato, o Juiz ou Tribunal dever mencionar quais atos a que se estende tal declarao - art. 248 do CPC.

1. Tal como no Processo Civil, os atos no dependem de forma especfica, salvo quando a lei o exigir, reputando-se vlidos os que cumprirem a sua finalidade. Atendem, sempre, ao princpio da publicidade. Cumprimento dos atos processuais na CLT - artigo 770.2. Segredo de justia - aplica-se ao Proc. Trabalho na forma do art. 155 do CPC (previso de sua utilizao - art. 781, Pargrafo nico, da CLT).Os atos das partes devem atender ao expediente forense, que pode se encerrar antes das 20 horas, conforme estabelecer o Regimento Interno de cada Tribunal.Feriados forenses - declarados por lei federal - art 175 do CPC.3. Os atos processuais das partes:peties e declaraes - apresentados em Secretaria, ou ao Servio de Distribuio, onde houver (art. 777 da CLT).-Carga dos autos:somente por advogado constitudo nos autos (art. 778); a consulta em Secretaria, contudo, livre (art. 779).- Vedao parte e ao procurador de lanar cotas marginais ou interlineares (grifos, sublinhados, e anotaes) nos autos - art. 161 do CPC.- Precluso dos atos: art 183 do CPC. Formas de precluso: temporal, lgica e consumativa.4. Os atos do Juiz:a) despachos - atos que no realizam qualquer deciso; so os de mero expediente; b) decises interlocutrias - atos em que o Juiz resolve questo incidente, no curso do feito; c) sentenas - atos pelos quais o Juiz pe termo ao processo, decidindo ou no o mrito da causa (sentenas definitivas e terminativas, respectivamente)5. Os atos da Secretaria:recebimento da inicial e demais peties; numerao dos autos; ao diretor de secretaria cabe rubricar os termos constantes dos autos, bem como certificar decursos de prazos, alm de encaminhar a notificao (citao inicial) e expedir outras certides e documentos da secretaria Distribuio e encaminhamento ao Juzo - art. 787 e 788 da CLT.6. - Dos prazos no Proc. Trabalho- CLT, art. 774- prazo se inicia a partir do recebimento da notificao ou intimao, ou da data de publicao do edital, se for o caso.- incio da contagem do prazo: exclui-se o dia do recebimento ou publicao e inclui-se o dia do vencimento do prazo; prorrogao para o dia til subseqente, caso o ltimo dia seja sbado, domingo ou feriado; pode ocorrer tambm a critrio do Juiz, ou em virtude de fora maior, comprovada (art. 775 da CLT).- suspenso do prazo por falecimento da parte - aplica-se o art. 265 do CPC.- vide Enunciados 1 e 262 do TST sobre notificao entregue sexta-feira ou sbado.- na falta de prazo legalmente previsto, ou estipulado pelo Juiz, entende-se como sendo de 5 dias - art 185 do CPC. Fazenda Pblica - aplica-se a regra do art. 188 do CPC.7. - Das Comunicaes dos Atos- A notificao (ou citao) - convocao do ru ou interessado a juzo, para que possa produzir defesa regular, querendo - CPC, art. 213; CLT, art. 841. Regra geral: encaminhamento por via postal, registrada. Pode ser feita a citao por Oficial de Justia, na forma do art. 224 e seguintes do CPC. No encontrado o ru, poder ser citado por edital, tambm aplicadas as regras dos artigos 231 e seguintes do CPC.- A intimao - cientificao das partes sobre atos praticados no processo pelo Juiz, pela parte adversa, ou por terceiro interessado, e termos contidos no mesmo, para que o intimado faa ou deixe de fazer alguma coisa - CPC, art. 234. Processa-se da mesma forma que a citao, no caso do Processo do Trabalho.- Presunes em matria de prazos: Enunciados 16 e 197 do TST8. - Das nulidades-art. 794 da CLT- s se considera nulo o ato processual se causar prejuzo manifesto a algum dos litigantes; deve ser arguda pela parte na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, mas dever do Juzo decret-la de ofcio, quando se tratar de incompetncia absoluta; vedado parte arguir nulidade por ela prpria produzida; ao declarar a nulidade de um ato, o Juiz ou Tribunal dever mencionar quais atos a que se estende tal declarao - art. 248 do CPC.