Sábado, 7 de abril de 2018 7

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Tribunal condena ex-presidente sul-coreana a 24 anos de prisão

O Tribunal Distrital Central de Seul, da Coreia do Sul, condenou ontem, a presidente afastada do país, Park Geun-hye, a 24 anos de prisão por envolvimento em um escândalo de corrupção. Ela foi condenada por crimes como suborno, abuso de poder e extorsão. A decisão, abaixo do esperado pelos procuradores, define também multa de cerca de US$ 16,8 milhões. (E.C.)

Após missa, Lula pretende seentregar hoje em São Paulo

Ato deve acontecer depois de homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, que completaria 68 anos de idadePrisão

Os advogados do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva informaram à cúpula da Segurança Pública que o petista pretende se en-tregar em São Paulo, após a missa em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia marcada para hoje. Ela faria 68 anos nesta data. As informações foram dadas por fontes que acompanham de perto as negociações para a entrega de Lula à Polícia Federal.

Mais cedo, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que dois emissários de Lula negociavam com a PF os termos de rendição para que o petista seja preso. Até o fe-chamento desta edição, ainda não havia uma decisão sobre como será o procedimento

Lula acena para seus correligionários de uma janela na sede do sindicato, no ABC

a ser adotado. O canal de comunicação

entre a defesa de Lula e a PF, uma das exigências do despacho do juiz Sérgio Moro, foi aberto no final da tarde de quinta-feira. Pela PF, quem negocia é o delegado Igor Romário de Paulo, chefe da Lava Jato em Curitiba.

O ex-presidente tinha até as 17h de ontem para se entregar após a expedição do mandado de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro no pro-cesso do triplex, que rendeu ao petista uma condenação de 12 anos e um mês de reclusão.

A PF não realiza prisão após as 18h, mas policiais ouvidos disseram ao Estado que caso o ex-presidente resolva se entregar é possível recebê-lo em São Paulo para depois fazer sua remoção

para Curitiba. O avião da PF já se encontra

no Aeroporto Internacional

de São Paulo, em Congonhas. Na tarde de ontem, as

duas partes se falaram sobre

a entrega de Lula após o término do prazo dado pelo juiz Moro.

Em um primeiro mo-mento, os interlocutores de Lula afirmaram que o petista estava à disposição da PF, mas que ele não iria se entregar. “Que venham me pegar”, disse a um aliado.

A posição do petista era de que a PF teria de buscá-

-lo no lendário Sindicato dos Metalúrgicos, onde fez carreira.

Entretanto, uma fonte da PF afirmou ao Estado que a sinalização dos interlocutores do petista era de que Lula se entrega, mas dentro do

“tempo” dele. Um petista que está no

Sindicato dos Metalúrgicos com o ex-presidente disse que ele irá se entregar e que os últimos detalhes estão sendo ajustados com os aliados mais próximos de Lula.

Estadão Conteúdo Amanda Perobelli/Estadão Conteúdo

Os vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) da região foram ontem para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em Mogi das Cruzes, os vereadores Rodrigo Valverde (PT) e Iduigues Martins (PT) par-tiram durante a manhã para o Sindicato.

Conforme informou Martins, a orientação dada pelo PT nacional foi para que todos se deslocassem até o ABC. No período da manhã, o vereador informou que estava indo para São Bernardo do Campo. “Foi o pedido do Partido”, falou.

Já Valverde contou, também no período da manhã, que o diretório do partido de Mogi ainda não havia realizado nenhuma reunião sobre o assunto. “Não sabemos se será

Vereadores petistas foram paraSão Bernardo do Campo apoiar Lula

Solidários

Rinaldo Junior*

feita alguma manifestação na região. Também vou para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, seguindo a indicação feita”, disse.

O ex-presidente Lula fez uma reunião ontem com as lideranças do PT, ex-ministros e com seus advogados na sede do Sindicato dos Metalúrgi-cos. Nesta assembleia foram discutidas novas estratégias para sua defesa e os detalhes da entrega.

*Texto sob a supervisão do editor.

Iduigues Martins, do PT

Mogi News

Em vídeo apresentado durante sua coletiva de des-pedida da Prefeitura de São Paulo na tarde de ontem, o prefeito João Doria (PSDB) disse ser “fundamental que a Prefeitura e o governo de São Paulo estejam alinhados, trabalhando juntos, de forma integrada e colaborativa”. Após ter enviado sua renúncia à Câmara Municipal para disputar o governo do Estado, Doria terminou a mensagem, de 8 minutos, fazendo com os dedos da mão o gesto de

“acelera”. O evento também serviu para a transmissão do cargo para o vice, Bruno Covas, do PSDB.

Na coletiva, Doria ainda falou sobre o apoio do go-vernador Geraldo Alckmin (PSDB) à sua candidatura.

“O candidato do governador é o candidato do PSDB. E nós somos o candidato do PSDB, eleito por prévias. Eu disputei as prévias com vários outros candidatos

Doria passa cargo para Bruno CovasDespedida

alvo de injustiça. “É bom que pelo menos uma parte da imprensa faça um pouco de sua reavaliação e tenha consciência de que também pode errar.” (E.C.)

Doria foi questionado sobre o tratamento que teve ao longo dos 15 meses de governo e fez críticas à im-prensa, ao se queixar de que

“em alguns momentos” foi

democraticamente e ganhei com 80,26% dos votos”, disse.

“Com todo o respeito ao governador Alckmin, a aquilo que ele pensa e opina, nós vamos fazer uma campanha para ganhar as eleições. E vamos ganhar do atual governador, Marcio França. Seremos vencedores e vamos trabalhar para vencer essa eleição, conquistar e preservar o legado do PSDB de Geraldo Alckmin, de José Serra, Mario Covas e Franco Montoro em São Paulo.”

Doria disse também que “entende” e “respeita” as pes-soas que não gostaram de sua saída da Prefeitura.

O vídeo é um balanço dos 15 meses de sua gestão, em que ele apresenta números de sua realizações, e que será publicado nas redes sociais de Doria. Ele fala sobre a inauguração do Hospital de Parelheiros, da instalação de câmeras de segurança, da criação de vagas em creches. Doria e Bruno Covas durante cerimônia de posse

Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo