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AURÉLIA SARAIVA PROTISTA, PORIFERA, CNIDARIA MYXOZOA E HELMINTHES FACULDADE DE CIÊNCIAS – UNIVERSIDADE DO PORTO PORTO - 2008

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Page 1: Atlas Ppcmh

AURÉLIA SARAIVA

PROTISTA, PORIFERA,

CNIDARIA

MYXOZOA E HELMINTHES

FACULDADE DE CIÊNCIAS – UNIVERSIDADE DO PORTO

PORTO - 2008

Page 2: Atlas Ppcmh

1

As fotografias utilizadas ao longo de todo o trabalho foram realizadas pela autora

Aos meus alunos

Page 3: Atlas Ppcmh

ÍNDICE PROTISTA............................................................................................................1

CHLOROPHYTA ........................................................................................................ 2 DINOFLAGELLATA .................................................................................................. 2 KINETOPLASTIDA.................................................................................................... 2 RHIZOPODA ............................................................................................................... 4 GRANULORETICULOSA.......................................................................................... 4 ACTINOPODA ............................................................................................................ 6 APICOMPLEXA.......................................................................................................... 6 CILIOPHORA.............................................................................................................. 6

PORIFERA ...........................................................................................................8

CNIDARIA ..........................................................................................................12

MYXOZOA..........................................................................................................18

PLATYHELMINTHES.........................................................................................19

MONOGENEA .......................................................................................................... 19 TURBELLARIA ........................................................................................................ 21 TREMATODA........................................................................................................... 24 CESTODA.................................................................................................................. 32

BLASTOCELOMADOS E OUTROS FILA .........................................................35

Page 4: Atlas Ppcmh

1

PROTISTA No passado os protozoários eram considerados como um único Filo do reino

animal. Actualmente é considerado um conjunto de vários Fila constituído por

organismos unicelulares com características muito diversas e, juntamente com

vários Fila de algas, constituem o Reino PROTISTA.

CLASSIFICAÇÃO DOS PROTISTA

O rápido desenvolvimento e aplicação de técnicas moleculares têm vindo a

provocar continuas alterações na classificação e filogenia dos protistas. A

classificação seguida neste trabalho foi a adoptada por Brusca e Brusca

(2003). Segundo estes autores existem 17 Fila de Protista e um género

considerado como incertae sedis que passamos a referir:

EUGLENIDA DIPLOMONADIDA

KINETOPLASTIDA PARABASILIDA

CILIOPHORA CRYPTOMONADA

APICOMPLEXA MICROSPORA

DINOFLAGELLATA ASCETOSPORA

STRAMENOPILA CHOANOFLAGELLATA

RHIZOPODA CHLOROPHYTA

ACTINOPODA OPALINIDA

GRANULORETICULOSA Género Stephanopogon incertae sedis

Apenas serão apresentados exemplos de alguns Fila de Protista

Page 5: Atlas Ppcmh

2

CHLOROPHYTA (fig. 1A)

Designadas vulgarmente por algas verdes. Considerado por alguns como

protistas e por outros como plantas. Possuem 2 a 4 flagelos e a maioria da

célula é ocupada por um grande cloroplasto.

DINOFLAGELLATA (fig. 1B)

Mais de 90% das espécies descritas ocorrem no plâncton marinho tendo

grande importância ecológica devido à sua actividade fotossintética. Os

dinoflagelados típicos possuem 2 flagelos; um localizado numa depressão

longitudinal denominada de sulco e o outro localizado numa depressão em

forma de anel que envolve o corpo denominada de cíngulo.

KINETOPLASTIDA (fig. 1C e 1D)

Alguns são livres (ex. Bodo) a maioria parasitas (ex. Trypanosoma). Possuem 1

ou 2 flagelos localizados numa depressão. Todos possuem cinetoplasto,

mitocôndria de grandes dimensões associada ao corpo basal do flagelo.

Page 6: Atlas Ppcmh

3

Fig. 1.Protista. A. Colónias de Volvox sp. com colónias filhas B. Exemplar do

dinoflagelado Gonyaulax sp, onde se observa o núcleo (n), e o sulco

equatorial (c) onde se localiza um dos flagelos C. Trypanosoma granulosum

parasita do sangue da enguia (f – flagelo; m – membrana ondulante; K –

cinetoplasto;) D. Trypanosoma brucei , agente etiológico da doença do sono,

em sangue humano (f – flagelo; m – membrana ondulante; n – núcleo; K –

cinetoplasto).

A B

C D

n k f

m

f

m k

n

c

Page 7: Atlas Ppcmh

4

RHIZOPODA (fig. 2A, 2B e 2C) Conhecidas vulgarmente com o nome de amibas. A maioria tem vida livre

sendo algumas parasitas. Possuem pseudópodes (lobópodes ou filópodes) que

utilizam na alimentação e locomoção. Alguns são nus (ex. Amoeba) outros

possuem uma teca externa (ex. Difflugia).

GRANULORETICULOSA (FIG. 2D, 2E, 2F, 2G)

Conhecidos vulgarmente por foraminíferos. A maioria das espécies conhecidas

são formas fósseis. São organismos essencialmente marinhos que possuem

pseudópodes do tipo reticulópodes. Possuem tecas com uma ou várias

câmaras.

Page 8: Atlas Ppcmh

5

Fig. 2 Exemplares de Protista. A e B. Amoeba proteus onde se observa o

núcleo (n) e os pseudópodes do tipo lobópodes (p) C. Difflugia sp. com os

pseudópodes contraídos e teca (t) D, E, F, G. Diferentes tipos de tecas de

foraminíferos (Granuloreticulosa)

A B

C D

E F G

t

p

p n

n

Page 9: Atlas Ppcmh

6

ACTINOPODA (fig. 3A e 3B)

Com pseudópodes finos do tipo axópodes com disposição radial. Apenas se

encontram representados exemplares da Classe Polycistina, vulgarmente

conhecidos por radiolários. Estes são organismos de grande beleza

exclusivamente marinhos e essencialmente planctónicos que possuem

axópodes delicados que irradiam em todas as direcções e tecas siliciosas com

vários tipos de arranjos.

APICOMPLEXA (fig. 3C, 3D e 3E)

Parasitas obrigatórios. Vivem entre ou dentro das células de hospedeiros

vertebrados ou invertebrados. Plasmodium falciparum, agente etiológico da

malária, atinge cerca de 500 milhões de pessoas na sua maioria africanas e

causa cerca de 1 a 3 milhões de mortes anuais.

CILIOPHORA (fig. 3F, 3G e 3H)

Filo com mais de 12.000 espécies descritas. Possuem cílios ou estruturas

ciliares pelo menos numa fase do seu ciclo de vida. Alguns solitários e livres,

alguns sésseis e coloniais, alguns parasitas.

Page 10: Atlas Ppcmh

7

Fig. 3. Exemplares de Protista. A e B. Diferentes tipos de tecas de radiolários.

C, D e E. Babesiosoma bettencourti parasita intracelular de eritrócitos de

enguia. Em C merozóito, em D meronte em divisão e em E gamonte. F e G.

Paramecium caudatum onde se observam cílios (c) macronúcleo (mn), vacúolo

digestivo (vd) e vacúolos contrácteis (vc). H. Trichodina jadranica onde se

observa o característico anel denticular.

C D E

F

G H

c

mn

mn

vd

vc

vc

10 μm

10 μm 10 μm

Page 11: Atlas Ppcmh

8

PORIFERA

Os Porifera, designados vulgarmente por esponjas, são animais pluricelulares

que se caracterizam por ter um corpo perfurado por um conjunto de canais, por

onde passa uma corrente de água, designado de SISTEMA AQUÍFERO.

Estes organismos não possuem verdadeiros tecidos.

A parede do corpo é revestida externamente por células achatadas

denominadas de pinacócitos que no seu conjunto formam uma camada

denominada de pinacoderme. Por baixo desta camada existe uma camada

denominada de mesogleia constituída por uma matriz gelatinosa proteica e

diferentes tipos de células ameboides (arqueócitos, colenócitos, esclerócitos,

espongiócitos) e geralmente material esquelético (espículas calcárias ou

siliciosas) e/ou fibras de espongina. Os coanócitos, células ovóides que

possuem um flagelo envolvido por um colar com microvilosidades, constituem a

camada mais interna da parede e são responsáveis pelo movimento da água e

captação do alimento (Brusca e Brusca, 2003).

Estrutural e histologicamente podem distinguir-se 3 tipos de esponjas:

asconóides, siconóides e leuconóides. As figuras 4,5 e 6 representam cortes de

uma esponja do tipo siconóide do género Grantia.

São conhecidas 3 Classes de esponjas:

CALCAREA (= CALCISPONGIAE)

HEXACTINELLIDA (= HYALOSPONGIAE)

DEMOSPONGIAE

Page 12: Atlas Ppcmh

9

Fig. 4 A e B Corte transversal de uma esponja com estrutura siconóide do

género Grantia onde se pode observar a pinacoderme (p), os canais

incorrentes (ci), os canais radiais com os coanócitos (cr), o apópila (ap), o átrio

ou espongiocelo (at), e larvas (l).

A

B

at

at

cr

cr

cr

ci

ci

l

l

p

ap

ap

Page 13: Atlas Ppcmh

10

Fig. 5 A. Pormenor de um canal radial (cr) revestido externamente por uma

pinacoderme (p) e internamente por coanócitos (c). Entre estas duas camadas

ocorre uma fina mesogleia onde se encontra localizada uma larva (l). B.

Ampliação de A onde se observa com maior pormenor os coanócitos (c), as

larvas (l) e a mesogleia (m).

cr p

l

l

l

l

c

c

c

m

A

B

Page 14: Atlas Ppcmh

11

Fig. 6 A. Corte oblíquo de uma esponja do género Grantia onde se observa o

átrio (at) ou espongiocelo e o corte transversal dos diferentes canais que

constituem o corpo da esponja B. Ampliação de A onde se observa os canais

incurrentes (ci) e os canais radiais (cr) em corte transversal C. Fibras de

espongina.

A

B

C

cr

cr

cr

ci

at

1000 μm

Page 15: Atlas Ppcmh

12

CNIDARIA Filo onde se encontram as hidras (aspecto de planta), medusas (aspecto de

campânula), anémonas (aspecto de flor) e corais (forma ramosa cujas

construções calcárias de milhões de anos formam os recifes e ilhas de corais).

Estes organismos possuem basicamente duas formas: a forma de pólipo,

geralmente séssil, e a forma de medusa, geralmente nadadora. Alguns

Cnidaria possuem apenas a forma polipóide, outros a forma medusóide e

outros possuem ambas ao longo do seu ciclo de vida.

São animais diplobásticos cuja parede do corpo é constituída por um epitélio

externo (epiderme), um epitélio interno (gastroderme) e, entre os dois uma

camada segregada pela epiderme denominada de mesogleia que é fina e

acelular nos Hidrozoa e espessa, fibrosa e com ou sem células nos outros

Cnidaria.

A cavidade digestiva, revestida pela gastroderme, é denominada de celêntero

ou cavidade gastrovascular (função de digestão e circulação) e abre para o

exterior por uma boca. Esta é rodeada por tentáculos que auxiliam a captação

e ingestão dos alimentos.

Segundo Brusca e Brusca (2003) existem quatro classes de Cnidaria:

HYDROZOA

SCYPHOZOA

CUBOZOA

ANTHOZOA

Outros autores consideram existir apenas três Classes de Cnidaria incluindo

todos os CUBOZOA nos SCYPHOZOA.

Page 16: Atlas Ppcmh

13

Fig. 7 A Exemplar de uma hidra de água doce do género Hydra onde se

observa a coluna (c) o hipóstoma (h) e os tentáculos (t) B. Pormenor de um

tentáculo onde se observa uma grande quantidade de cnidócitos (cn)

AB

c

cn h

t

2 mm

Page 17: Atlas Ppcmh

14

Fig. 8 A e B cortes transversais realizados a nível da coluna de uma hidra onde se

observa a epiderme (e), a mesogleia (m), a gastroderme (g) e a cavidade

gastrovascular (gv) C. Ampliação de B onde se pode distinguir na epiderme as células

epitélio-musculares (em) e alguns cnidócitos com cnida (cn) e na gastroderme células

epitélio-digestivas (ed) ou mio-digestivas e células glandulares-enzimáticas (ge).

A

B

C

e g

m

e g

m

gv

gv cn

em

ed

ge

Page 18: Atlas Ppcmh

15

Fig. 9 Colónia de Obelia geniculata onde se observam hidrantes (hd) com

hidroteca (ht) e tentáculos (t) a rodear a boca e gonângios (g) com o seu

característico blastóstilo (bl) central em forma de dedo onde se localizam os

gonóforos (gn) e que é envolvido por uma gonoteca (gt). Estes elementos da

colónia encontram-se ligados por hidrocaules constituídos por uma parte

interna denominada de cenossarco (cn) e uma externa denominada perissarco

(ps).

hd ht

g

t

gt

gn

bl

cn

ps

1 mm

Page 19: Atlas Ppcmh

16

Fig. 10 Diferentes tipos de colónias de Hydrozoa. A. Colónia de Sertularella

ellisi B. colónia de Sertullaria gracillis C. Colónia de Tubularia larynx.

C

B A

2 mm

1 mm

1 mm

Page 20: Atlas Ppcmh

17

Fig. 11 A. Medusas da Classe Hydrozoa frequentemente denominadas de

hidromedusas onde se observa o manúbrio (mn) na extremidade do qual se

localiza a boca, os tentáculos (t), ricos em cnidócitos, os canais radiais (cr), o

canal circular (cc) e os órgãos sensoriais (os) B. Éfira (medusa imatura) de

Aurelia aurita (Classe: Schyphozoa) com os seus típicos 8 braços onde se

observam os órgãos sensoriais (estatocistos e ocelos) (os).

A

B

mn cr cc

t

os

os

Page 21: Atlas Ppcmh

18

MYXOZOA São Parasitas de vertebrados e invertebrados caracterizados por esporos

constituídos por várias células transformadas em 2 a 7 valvas, 1 a muitos

germes amebóides infectantes (esporoplasmas) e uma a várias cápsulas

polares. As cápsulas possuem um filamento com funções de ancoragem.

Considerados no passado como protozoários Os Myxozoa estão actualmente

localizados filogeneticamente nos Bilateria

fig. 12 A. Esporos de Myxidium giardi observados em microscopia óptica onde

se observam as cápsulas polares (cp) B. Esporos de Myxidium giardi

observados em microscopia electrónica de varrimento onde se observam as

valvas (va) estriadas C. Esporos de Myxobolus portucalensis onde se

observam os filamentos polares das cápsulas polares (cp) e o esporoplasma

(es) D. Esquema de um esporo de Myxobolus portucalensis.

A B

C D

cp va

cp

es

es

cp

10 μm

10 μm

Page 22: Atlas Ppcmh

19

PLATYHELMINTHES Este Filo caracteriza-se por ser constituído por organismos triploblásticos

acelomados de tamanho muito variável, desde alguns milímetros a vários

metros, possuírem um corpo mais ou menos achatado dorso – ventralmente e

serem geralmente hermafroditas.

Este Filo inclui 4 Classes de vermes dos quais 3 são parasitas (Monogenea,

Trematoda e Cestoda) e uma de vida livre (Turbellaria)

MONOGENEA (fig. 13)

Os Monogenea são, na sua maioria, ectoparasitas de vertebrados aquáticos

que possuem um característico aparelho de fixação ao hospedeiro localizado

na parte posterior do corpo (haptor) constituído por ganchos, barras, ventosas

ou pinças. Geralmente medem entre 1 a 5 mm.

Page 23: Atlas Ppcmh

20

Fig. 13 A. Pseudodactylogyrus anguillae, Monogenea parasita das brânquias

da enguia, onde se observa 2 pares de ocelos (oc), 2 ramos intestinais (ri) e o

haptor (ha) B. Pormenor do haptor onde se observa a barra de ligação (ba), os

ganchos marginais (gm) e um par de ganchos centrais (gc).

A

B

oc

ha

ri

ba

gc

gm

ri

Page 24: Atlas Ppcmh

21

TURBELLARIA (fig. 14 e 15)

Os turbelários são organismos de tamanho variável, predominantemente

aquáticos e maioritariamente marinhos. Geralmente são organismos

bentónicos embora muitos sejam intersticiais e alguns pelágicos. A boca

localiza-se frequentemente na superfície médio ventral. Possuem uma faringe

muscular geralmente desenvaginável, ausente em algumas espécies,

localizada na cavidade da faringe. Possuem um sistema reprodutor complexo.

Page 25: Atlas Ppcmh

22

Fig. 14 A Exemplar de Turbellaria, vulgarmente conhecido como planaria, onde

se observam dois ocelos (oc), um ramo intestinal anterior (ra),dois ramos

intestinais posteriores (rp), os cecos intestinais (ci) e a proeminente faringe (f).

B. Corte transversal de uma planaria ao nível da faringe onde se observa a

epiderme (ep), o parênquima (p), cortes transversais de cecos intestinais (ci) e

o corte transversal da musculosa faringe (f) localizada na cavidade da faringe

(cf).

A

B

oc

f

ci

f

cf

ra

rp

rp

ci

ci

ep

p

1 mm

Page 26: Atlas Ppcmh

23

Fig. 15. A e B Cortes transversais de uma planaria onde se observa a epiderme

(ep) à qual se segue uma fina lâmina reticular (lr) e as camadas musculares

(cm), a mais externa circular (cmc) e a mais interna longitudinal (cml), o

parênquima (p), um ceco intestinal (ci) e o testículo (t).

ep

cmc cml

p

A

B

lr

t t

ci

p

Page 27: Atlas Ppcmh

24

TREMATODA

Nesta classe encontram-se incluídas a Subclasse Digenea, constituído por

espécies de grande importância económica e médica, e a Subclasse

Aspidogastrea.

Apenas serão apresentados exemplares pertencentes aos Digenea.

Os Digenea (fig.16, 17, 18, 19, 20,21 e 22) são endoparasitas, na sua grande

maioria hermafroditas, com um ciclo de vida complexo que envolve geralmente

2 ou 3 hospedeiros. Possuem geralmente duas ventosas, uma oral e outra

ventral sendo esta última frequentemente designada de acetábulo

.

Page 28: Atlas Ppcmh

25

Fig. 16 Região anterior de Fasciola hepatica onde se observa a ventosa oral

(vo) e ventral (vv), a boca (b) a faringe (f), o esófago (es), os ramos intestinais

(ri), o ovário ramificado (ov), a vitelária (vi), um ducto da vitelária (dv), o oótipo

rodeado pela glândula de Mehlis (oo), o útero (ut), o cirro (c), a bolsa do cirro

(bc), os vasos eferentes (ve) e o testículo (t).

b

vo

vv

c bc

f

ri

vi

ov

ut

ve

oo dv

t

ri

es

1 mm

Page 29: Atlas Ppcmh

26

Fig. 17 Fasciola hepatica A. Detalhe da ventosa ventral (vv) B. Detalhe do

ovário (ov), do oótipo com a glândula de Mehlis (oo), do ducto da vitelária (dv) e

do útero com ovos (ut)

A

B

vv

ov

oo

dv

ut 1000 μm

Page 30: Atlas Ppcmh

27

Fig. 18 Cortes transversais de Fasciola hepatica A. Corte realizado na região

do útero (ut) onde se observa o ovário (ov), a vitelária (vi), as ramificações dos

ramos intestinais (ri), o parênquima (p) e a cutícula com escamas (c) B. Corte

realizado numa região mais posterior onde se observa o testículo (t), as

ramificações dos ramos intestinais (ri) e o parênquima (p).

A

ut

ri

ov

t

t

p

c

p

B

vi

1 mm 1 mm

Page 31: Atlas Ppcmh

28

Fig. 19 A Ampliação da figura 18 A onde se observa mais detalhadamente a

cutícula com escamas (c), as camadas musculares (cm), o parênquima (p), o

ovário (ov) e alguns ovos no útero (ut) B. Ampliação de figura 18 B onde se

observa com maior detalhe a cutícula (c) com escamas (e), a epiderme (ep) as

camadas musculares (cm), o parênquima (p) e o testículo (t).

A

B

ut

p

p

t t

e c

cm

cm

ov

c

ep

Page 32: Atlas Ppcmh

29

Fig. 20 Exemplar de Helicometra fasciata onde se observa a ventosa oral (vo) e

ventral (VV) a boca (b), a faringe (f), o esófago (es), os ramos intestinais (ri), o

útero (ut), o ovário (ov), a vitelária (vi), a bolsa do cirro (bc) e os testículos (t).

b

vo

f

es

ri

vv

ut

ov

t

vi

bc

Page 33: Atlas Ppcmh

30

Fig. 21 Exemplar de Dicrocoelum dendriticum onde se observa a ventosa oral

(vo) e ventral (VV) a boca (b), a faringe (f), o esófago (es), um ramo intestinal

(ri), o ovário (ov), o óotipo com a glândula de Mehlis (oo), a vitelária (vi), o útero

(ut), o cirro (c), a bolsa do cirro (bc), o vaso deferente (vd) e os testículos (t).

vo

vv

f es

c bc vd

t

ov oo

ut vi

b

ri

1 mm

Page 34: Atlas Ppcmh

31

Fig. 22 Fases larvares de Digenea. A. Esporocisto com rédias (r) B Cercaria

onde se observam os ramos intestinais (ri) e a cauda bifurcada (cb)

r

ri

cb

Page 35: Atlas Ppcmh

32

CESTODA

Os Cestoda são um importante grupo de endoparasitas com corpo geralmente

alongado e em forma de fita, sem boca e sem tubo digestivo e que possuem

um órgão de fixação localizado na extremidade anterior designado de escólex.

O corpo propriamente dito pode ser constituído por um ou vários segmento ou

proglótes sendo neste último caso o seu conjunto denominado de estróbilo.

Nesta classe encontram-se incluídas a Subclasse Cestodaria e a Subclasse

Eucestoda.

Apenas serão apresentados exemplares pertencentes à Subclasse Eucestoda

(fig. 23 e 24)

Page 36: Atlas Ppcmh

33

Fig. 23 Taenia pisiformis. A. Escólex onde se observam as ventosas (v) e o

rostelo armado com ganchos (r) B. Proglóte maduro onde se observa o canal

excretor (ce), a vitelária (vi), o oótipo com a glândula de Mehlis (oo), o ovário

(ov), a vagina (v), o útero (ut), os testículos (t), o vaso deferente (vd) o cirro (c)

dentro do saco do cirro (sc) e o poro genital (pg)

B

A

v

r

ce pg

ut c sc

v

vd

vi oo

ov t

1 mm

Page 37: Atlas Ppcmh

34

Fig. 24 Echinococcus granulosus A. Forma adulta onde se observa um útero

(ut) bem desenvolvido B. Escólex com ventosas e rostelo com ganchos C.

Região do poro genital (pg) onde se observam os testículos (t), o saco do cirro

(sc) e a vagina (v)

A

B C

ut

pg

t

sc v

1 mm

Page 38: Atlas Ppcmh

35

BLASTOCELOMADOS E OUTROS FILA Os 11 Fila de Metazoários aqui incluídos (ROTIFERA, GASTROTRICHA,

KINORHYNCHA, NEMATODA, NEMATOMORPHA, ACANTHOCEPHALA,

ENTOPROCTA, PRIAPULA, GNATHOSTOMULIDA, LORICIFERA,

CYCLIOPHORA) não constituem um Clado monofilético. São um conjunto de

animais heterogéneo com relações filogenéticas duvidosas.

Este grupo heterogéneo é constituído por animais pequenos geralmente

marinhos ou de água doce.

Apenas serão apresentados exemplares de NEMATODA, ACANTHOCEPHALA

e ROTIFERA

Os NEMATODA (fig. 25 e 26) são organismos com o corpo alongado,

vermiforme, cilíndrico e coberto por uma cutícula, com sistema digestivo

completo ou incompleto, dióicos, com uma ou duas gónadas de forma tubular e

que abrem no recto nos machos e separado deste nas fêmeas. As fêmeas são

normalmente maiores do que os machos. A maioria destes organismos têm

vida livre sendo alguns parasitas de plantas ou animais.

Os ACANTHOCEPHALA (fig. 27 e 28) são um pequeno grupo de organismos

endoparasitas, cilíndricos, dióicos, que não possui tubo digestivo, e que

possuem na região anterior do corpo uma característica probóscide armado

com ganchos.

Os ROTIFERA (fig. 29) são um grupo de organismos com o corpo geralmente

transparente, constituído por cerca de 1000 células, alongado, em forma de

saco ou globoso que apresentam na região anterior uma corona que é um

órgão ciliado que utilizam na natação e alimentação. Estes organismos têm

vida livre ocorrendo em meio dulciaquícola ou marinho.

Page 39: Atlas Ppcmh

36

Fig. 25 Exemplares de Nematoda. A. Fêmea de Enterobius vermicularis onde

se observa a cauda (c) e as asas cefálicas (ac) B. Larvas de Trichinella spiralis

(l) enquistadas na musculatura C. Corte transversal de um macho de Ascaris

lumbricoides onde se observa o intestino (i) e o testículo (t)

A

ac

c 2 mm

B

C i

t

t

t

t

500 μm

l

Page 40: Atlas Ppcmh

37

Fig. 26 Cortes transversais de Ascaris lumbricoides A. Fêmea onde se observa

o ovário (ov), o oviducto (ovd) o útero (ut), o intestino (i) o blastoceloma (bc) B.

e C. Pormenor da parede do corpo na região de um cordão hipodérmico (ch)

lateral (B) e ventral/dorsal (C) onde se podem observar a cutícula (c), a

hipoderme (hd), os músculos somáticos (ms), o blastoceloma (bc) e o cordão

nervoso (cn)

C B

A

ut

ut

ut

ovd

ovd

ov

ov

ov bc

bc bc

c c hd

ms

hd ms

cn

i

ch

Page 41: Atlas Ppcmh

38

Fig. 27 Acanthocephalus clavula A. Macho onde se observa a probóscide (p), o

receptáculo do probóscide (rp), os lemniscos (l), os dois testículos, as

glândulas do cimento (gc) e o aparelho copulador (ac) B. probóscide armado

com ganchos

A

B

p

ac

gc

l

rp

t

250 μm

500 μm

Page 42: Atlas Ppcmh

39

Fig. 28 Exemplar de um Acanthocephala fêmea A. Região anterior onde se

observa a probóscide (p), o receptáculo da probóscide (rp) os lemniscos (l) e as

bolas ováricas (bov) B. Região posterior onde se observam as bolas ováricas

(bov), o sino uterino (su), o útero (u) e a vagina (v).

A

B

p

su

bov

rp

l

bov

u

v

Page 43: Atlas Ppcmh

40

Fig. 29 Exemplar de um rotífero onde se observa a coroa (c), a faringe

modificada e denominada de mástax (f), o estômago (e), a germovitelária (gv) e

o ânus (a).

c

f

e

gv

a 50 μm