atlas minas gerais

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VOLUME MINAS GERAIS

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desastres naturais

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PRESIDENTE DA REPÚBLICAExcelentíssima Senhora Dilma Vana Rousseff

MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONALExcelentíssimo Senhor Fernando Bezerra de Souza Coelho

SECRETÁRIO NACIONAL DE DEFESA CIVILExcelentíssimo Senhor Humberto de Azevedo Viana Filho

DIRETOR DO DEPARTAMENTO DEMINIMIZAÇÃO DE DESASTRESExcelentíssimo Senhor Rafael Schadeck

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAMagnífco Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina 

Professor Álvaro Toubes Prata, Dr.

Diretor do Centro Tecnológico da Universidade Federal

de Santa Catarina 

Professor Edson da Rosa, Dr.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS EPESQUISAS SOBRE DESASTRESDiretor Geral

Professor Antônio Edésio Jungles, Dr.

Diretor Técnico e de Ensino

Professor Marcos Baptista Lopez Dalmau, Dr.

Diretor de Articulação Institucional

Professor Irapuan Paulino Leite, Msc.

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E EXTENSÃOUNIVERSITÁRIA 

Superintendente Geral 

Professor Pedro da Costa Araújo, Dr.

Esta obra é distribuída por meio da Licença Creative Commons 3.0

Atribuição/Uso Não-Comercial/Vedada a Criação de Obras Derivadas / 3.0 / Brasil .

Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191.

Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Estudos e

Pesquisas sobre Desastres.

Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Minas Gerais /Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis:

CEPED UFSC, 2011.

95 p. : il. color. ; 30 cm.

Volume Minas Gerais.

ISBN 978-85-64695-15-3

1. Desastres naturais. 2. Estado de Minas Gerais - atlas. I. Universidade

Federal de Santa Catarina. II. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas

sobre Desastres. III. Secretaria Nacional de Defesa Civil. IV. Título.

CDU 912(815.1)

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A construção de uma nova realidade para a Defesa Civil no Brasil, principal-

mente no que se refere à política de redução de riscos, requer conhecer os

fenômenos e os desastres que nosso território está sujeito. Para nos prepa-rarmos, precisamos saber os perigos que enfrentamos.

O levantamento de informações e a caracterização do cenário nacional de

desastres é uma necessidade antiga, compartilhada por todos que traba-

lham com Defesa Civil. A concretização do referido levantamento contou

com a participação de todos os estados e da academia. A cada dia ca mais

evidente que a colaboração entre os atores envolvidos (Distrito Federal, es-

tados e municípios) é essencial para o alcance de objetivos comuns.

A ampla pesquisa realizada e materializada pela publicação deste Atlas teve

como objetivo corrigir essa falta de informações. O conhecimento gerado

poderá beneciar os interessados no assunto, a partir dos mais diversos

propósitos, e estará em constante desenvolvimento e melhoria.

Finalmente, deixo aqui expresso meu sincero agradecimento a todos aque-

les que de alguma forma contribuíram para a construção deste trabalho

que a Secretaria Nacional de Defesa Civil, em cooperação com a Universi-

dade Federal de Santa Catarina, apresenta para a sociedade brasileira.

Secretário Humberto Viana

Secretário da Secretaria Nacional de Defesa Civil

Nas últimas décadas os Desastres Naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano das populações.Há um aumento considerável não só na frequência e intensidade, mas também nos impactos gerados, com danos e

prejuízos cada vez mais intensos.O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais é um produto de pesquisa resultado do acordo de cooperação entre a SecretariaNacional de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal deSanta Catarina.A pesquisa teve por objetivo compilar e disponibilizar informações sobre os registros de desastres ocorridos em todoo território nacional nos últimos 20 anos (1991 a 2010), por meio da publicação de 26 Volumes Estaduais e um VolumeBrasil.O levantamento dos registros históricos, derivando na elaboração dos mapas temáticos e na produção do Atlas, é re-levante na medida em que viabiliza construir um panorama geral das ocorrências e recorrências de desastres no país esuas especicidades por Estado. Possibilita, assim, subsidiar o planejamento adequado em gestão de risco e redução dedesastres, a partir da análise ampliada abrangendo o território nacional, dos padrões de frequência observados, dos pe-ríodos de maior ocorrência, das relações destes eventos com outros fenômenos globais e da análise sobre os processosrelacionados aos desastres no país.

O Brasil não possuía, até o momento, bancos de dados sistematizados e integrados sobre as ocorrências de desastrese, portanto, não disponibilizava aos prossionais e aos pesquisadores informações processadas acerca destes eventos,em séries históricas.Este Atlas é o primeiro trabalho em âmbito nacional realizado com a participação de 14 pesquisadores para recolherdados ociais nos 26 Estados e no Distrito Federal do Brasil e envolveu um total de 53 pessoas para a sua produção. Asinformações apresentadas foram retiradas de documentos ociais nos órgãos estaduais de Defesa Civil, Ministério daIntegração Nacional, Secretaria Nacional de Defesa Civil, Arquivo Nacional e Imprensa Nacional.A proposta de desenvolver um trabalho desta amplitude mostra a necessidade premente de informações que ofereçamsuporte às ações de proteção civil. O foco do trabalho consiste na caracterização dos vários desastres enfrentados pelopaís nas duas últimas décadas.Este volume apresenta os mapas temáticos de ocorrências de desastres naturais do Estado de Minas Gerais, referente a4.137 documentos compulsados, que mostram, anualmente, os riscos relacionados a vendavais, inundações bruscas eoutros eventos naturais adversos.

Nele, o leitor encontrará informações relativas aos totais de registros dos desastres naturais recorrentes no Estado, es-pacializados nos mapas temáticos dos eventos adversos, que, juntamente com a análise de infográcos com registrosanuais, grácos de danos humanos, frequências mensais das ocorrências e de médias de precipitação, permitem umavisão global dos desastres em Minas Gerais, de forma a subsidiar o planejamento e a gestão das ações de minimizaçãono Estado.

Prof. Antônio Edésio Jungles, Dr.Coordenador Geral CEPED UFSC

APRESENTAÇÃO

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EXECUÇÃO DO ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES

GeoprocessamentoProfessor Carlos Antonio Oliveira Vieira, Dr.

Renato Zetehaku Araujo

Revisão bibliográfca e ortográfca

Graziela BoninPedro Paulo de Souza

Revisão do conteúdoGerly Mattos SánchezMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsSarah Marcela Chinchilla Cartagena

Equipe de campo, coleta e tratamento de dados

Carolinna Vieira de CisneDaniel Lopes GonçalvesDaniela Prá S. de SouzaDrielly Rosa NauBruno Neves MeiraÉrica ZenFabiane Andressa TascaFernanda Claas RonchiFilipi Assunção CurcioGabriel MunizGerly Mattos SánchezKaren Barbosa AmaranteLarissa Dalpaz de AzevedoLarissa MazzoliLaura Cecilia MüllerLorran Adão Cesarino da RosaLucas Soares MondadoriLucas Zanotelli dos SantosMichely Marcia MartinsMonique Nunes de FreitasNathalie Vieira FozPatricia Carvalho do Prado Nogueira

Coordenação do projetoProfessor Antônio Edésio Jungles, Dr.

Supervisão do projetoProfessor Rafael Schadeck, Ms. - GeralJairo Ernesto Bastos Krüger - Adjunto

Equipe de elaboração do atlasBruna Alinne ClasenDaniela Prá S. de SouzaDiane GuziDrielly Rosa NauEvandro RibeiroFrederico de Moraes Rudorff Gerly Mattos Sánchez

Lucas dos SantosMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsPatricia de CastilhosRegiane Mara SbrogliaRita de Cassia DutraSarah Marcela Chinchilla Cartagena

Projeto Gráfco

Alex-Sandro de SouzaDouglas Araújo VieiraEduardo Manuel de SouzaMarcelo Bezzi Mancio

Diagramação Alex-Sandro de SouzaAnnye Cristiny Tessaro (Lagoa Editora)Douglas Araújo VieiraEduardo Manuel de SouzaJosé Antônio Pires NetoMarcelo Bezzi Mancio

Priscila Stahlschmidt MouraRenato Zetehaku Araujo

Thiago Hülse CarpesThiago Linhares BilckVinícius Neto TruccoVlade Dalbosco

Equipe de apoioEliane Alves BarretoJuliana Frandalozo Alves dos SantosLucas MartinsPaulo Roberto dos SantosValter Almerindo dos Santos

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LISTA DE FIGURASFigura 1 - Esquema do registro de desastres ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................11Figura 2 – Hierarquização de Documentos ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 11Figura 3 - Codicação dos documentos ociais digitalizados ........................................................................................................................................................................................................................................................................... 12Figura 4 - Ouro Preto, Minas Gerais ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 22Figura 5 - Rio completamente seco, Campo Azul .................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 30Figura 6– Busca de água durante o período seco em Jequitinhonha .............................................................................................................................................................................................................................................................31Figura 7 – Inundação brusca do rio Arrudas, Contagem .....................................................................................................................................................................................................................................................................................46Figura 8 – Consequências das enxurradas em Governador Valadares ...........................................................................................................................................................................................................................................................46Figura 9 – Inundação gradual em Machacalis ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................47Figura 10 – Inundação gradual em Muriaé ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................52Figura 11 – Granizos nos municípios de Oratórios ................................................................................................................................................................................................................................................................................................63Figura 12 – Deslizamentos de terra em Juiz de Fora ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 67Figura 13 – Incêndios orestais no município de Grão Mogol .........................................................................................................................................................................................................................................................................74

LISTA DE GRÁFICOS

Gráco 1 - Frequência mensal das estiagens e secas em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ...............................................................................................................................................................................................32Gráco 2 - Médias pluviométricas em 2001, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Santa Catarina ...............................................................33Gráco 3 – Danos humanos ocasionados por estiagens e secas, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................................34Gráco 4 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .................................................................. 45Gráco 5 – Médias pluviométricas do período de 1991 a 2010, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .............................45Gráco 6 - Frequência mensal de inundações bruscas em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................45

Gráco 7 - Danos humanos ocasionados por inundações bruscas, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................46Gráco 8 - Frequência mensal de inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................................ 52Gráco 9 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de Minas Gerais .................................................................. 52Gráco 10 - Danos humanos ocasionados por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ...................................................................................................................................................................... 56Gráco 11 - Frequência mensal de vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................................57Gráco 12 – Danos humanos causados por vendavais e/ou ciclones no período de 1991 a 2010....................................................................................................................................................................................................61Gráco 13 - Frequência mensal de queda de granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010............................................................................................................................................................................................63Gráco 14 – Danos humanos causados por granizos no período de 1991 a 2010................................................................................................................................................................................................................................... 65Gráco 15 - Frequência mensal de movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 .......................................................................................................................................................................................... 69Gráco 16 - Danos humanos ocasionados por movimentos de massa, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................69Gráco 17 - Frequência mensal de incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................................................................74Gráco 18 - Danos humanos ocasionados por incêndios, em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................................................75Gráco 19 - Frequência mensal de erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................................................... 77Gráco 20 - Frequência mensal de erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ......................................................................................................................................................................................................78Gráco 21 - Danos humanos ocasionados por erosão linear, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................................................................78Gráco 22 - Danos humanos ocasionados por erosão uvial, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................................................................................78Gráco 23 – Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estado de Minas Gerais, durante o período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................... 87Gráco 24 - Frequência mensal dos desastres mais recorrentes em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................88Gráco 25 - Municípios mais atingidos de Minas Gerais, classicados pelo total de registros, no período de 1991 a 2010 ..................................................................................................................................................88Gráco 26 – Total de danos humanos em Minas Gerais, período de 1991 a 2010................................................................................................................................................................................................................................... 89Gráco 27 - Comparativo de registros de ocorrência de desast res entre as décadas de 1990 e 2000 ............................................................................................................................................................................................95Gráco 28 - Total de registros coletados entre 1991 e 2010 .............................................................................................................................................................................................................................................................................95

LISTA DE INFOGRÁFICOSInfográco 1 – Municípios atingidos por estiagens e secas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................................................33Infográco 2 – Municípios atingidos por inundações bruscas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010. .............................................................................................................................................................. 44

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Infográco 3 – Municípios at ingidos por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................................................................. 55Infográco 4 – Municípios atingidos por vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................... 62Infográco 5 – Municípios at ingidos por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ...................................................................................................................................................................................................67Infográco 6 – Municípios at ingidos por movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ..............................................................................................................................................................................72Infográco 7 – Municípios atingidos por incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 ........................................................................................................................................................................................................75Infográco 8 – Municípios at ingidos por erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................................76Infográco 9 – Municípios atingidos por erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ..........................................................................................................................................................................................77

LISTA DE MAPASMapa 1 - Político do Estado de Minas Gerais ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................16

Mapa 2 - Político das Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce .................................................................................................................................................................................................................17Mapa 3 - Político das Mesorregiões Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo de Mineiro/Alto Parnaíba .......................................................................................................................................................................18Mapa 4 - Político das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri ......................................................................................................................................................................................................................... 19Mapa 5 - Político das Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas ...........................................................................................................................................................................................................................................20Mapa 6 - Político das Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata ...............................................................................................................................................................................................................................................21Mapa 7 - Desastres Naturais causados por estiagem e seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ...............................................................................................................................................28Mapa 8 - Desastres Naturais causados por estiagem e seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................... 29Mapa 9 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ................................................................ 36Mapa 10 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Central Mineira, Noroeste Mineiro e Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010 .............................37Mapa 11 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010 ......................................................................38Mapa 12 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a 2010 ........................................................................................ 39Mapa 13 - Desastres Naturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 ............................................................................................ 40Mapa 14 - Desast res Naturais causados por inundação gradual em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ....................................................................................................................................... 48

Mapa 15 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ............................................................ 49Mapa 16 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a 2010 ...................................................................................... 50Mapa 17 - Desastres Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 .......................................................................................... 51Mapa 18 - Desast res Naturais causados por vendaval e/ou ciclone em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................ 58Mapa 19 - Desastres Naturais causados por vendaval e/ou ciclone nas Mesorregiões Central Mineira, Jequitinhonha, Norte de Minas, Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba e Valedo Mucuri no período de 1991 a 2010 ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................59Mapa 20 - Desastres Naturais causados por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .............................................................................................................................................................................................. 64Mapa 21 - Desastres Naturais causados por movimentos de massa em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................................................68Mapa 22 - Desastres Naturais causados por incêndio, erosão uvial e erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 .................................................................................................................................72Mapa 23 - Desastres Naturais causados por Incêndio, Erosão Linear e Erosão Fluvial em Minas Gerais no período de 1991 a 2010 ................................................................................................................................73Mapa 24 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a 2010 ....................................82Mapa 25 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010 83Mapa 26 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010 ............................................84Mapa 27 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudoeste de Minas no período de 1991 a 2010 ........................................................... 85

Mapa 28 - Total de registros de desastres naturais causados por município das Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a 2010 ..................................................................86

LISTA DE TABELASTabela 1 - Classicação dos desastres naturais quanto à origem ....................................................................................................................................................................................................................................................................12Tabela 2 - População, taxa de crescimento e taxa de população urbana e rural, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2000/2010 ...............................................................................................24Tabela 3 - População, taxa de crescimento, densidade demográca e taxa de urbanização, segundo as Grandes Regiões do Brasil – 2000/2010..................................................................................................... 24Tabela 4 - Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2004/2008.....................................................................................................................................................................25Tabela 5 - Décit Habitacional Urbano em Relação aos Domicílios Particulares Permanentes, Segundo Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação - 2008 ...................................................................25Tabela 6 - Distribuição percentual do Décit Habitacional Urbano por Faixas de Renda Média Familiar Mensal, Segundo Região Sudeste e Estado de Minas Gerais - FJP/2008 ....................................... 25Tabela 7 - Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distribuição percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Região Sudeste e Estado de Minas Gerais – 2009  ........................... 26Tabela 8 - Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo - Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação – 2009 ..... 26Tabela 9 – Regist ros de desastres naturais por evento, nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 ............................................................................................................................................................89

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SUMÁRIO

15

29

30

38

49

65

59

INTRODUÇÃO

O ESTADO DE MINAS GERAIS

DESASTRES NATURAIS EM MINAS GERAIS DE 1991 A 2010

GRANIZO

ESTIAGEM E SECA

INUNDAÇÃO BRUSCA

INUNDAÇÃO GRADUAL

VENDAVAL E/OU CICLONE

MOVIMENTOS DE MASSA 69

DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

81

95

11

INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL 74

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Serra do CipóFoto: Fabiane Tasca

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11Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INTRODUÇÃO

No Brasil, as informações ociais sobre um desastre

podem ocorrer pela emissão de dois documentos distintos, não

obrigatoriamente dependentes: o Formulário de Noticação

Preliminar de Desastre (NOPRED) e/ou o Formulário de Avaliação

de Danos (AVADAN). Quando um município encontra-se emsituação de emergência ou calamidade pública, um representante

da Defesa Civil do município preenche o documento e o envia

simultaneamente para a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

e para a Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Após a emissão de um dos dois documentos, ocorre a

ocialização da ocorrência do desastre por meio de um Decreto

Municipal exarado pelo Prefeito. Quando não é possível preencher

um dos dois documentos, o Prefeito Municipal pode ocializar a

ocorrência de um desastre diretamente pela emissão do Decreto.

Em seguida, ocorre a homologação do Decreto pela

divulgação de uma Portaria no Diário Ocial da União, emitida

pelo Secretário Nacional de Defesa Civil ou Ministro da Integração

Nacional, como forma de tornar pública e reconhecida uma

situação de emergência ou um estado de calamidade pública. A

Figura 1 ilustra o processo de informações para a ocialização de

um registro de um desastre.

Figura 1 - Esquema do registro de desastres

O Relatório de Danos foi um documento para registro

ocial utilizado pela Defesa Civil até meados de 1990, sendo

substituído, posteriormente, pelo AVADAN. Os documentos são

armazenados em meio físico, sendo o arquivamento dos mesmos

responsabilidade das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil.

A relevância da pesquisa refere-se à importância que

deve ser dada ao ato de registrar e armazenar, de forma precisa,integrada e sistemática, os eventos adversos ocorridos no país.

Até o momento da pesquisa não foram evidenciados bancos de

dados ou informações sistematizadas sobre o contexto brasileiro

de ocorrências e controle de desastres no Brasil.

Assim, a pesquisa justica-se pela construção pioneira

do resgate histórico e ressalta a importância dos registros pelos

órgãos federais, distrital, estaduais e municipais de Defesa Civil,

para que estudos abrangentes e discussões sobre as causas e

intensidade dos desastres possam contribuir para a construção

de uma cultura de proteção civil.

Levantamento de Dados

Entre outubro de 2010 a maio de 2011, pesquisadores

do CEPED UFSC visitaram as 26 capitais brasileiras para obter os

documentos ociais de registros de desastres disponibilizados

pelas Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil. Os

pesquisadores também foram à Secretaria Nacional de Defesa

Civil para coletar os registros arquivados. Primeiramente, todas

as Coordenadorias Estaduais receberam um ofício da Secretaria

Nacional de Defesa Civil comunicando o início da pesquisa e

solicitando a cooperação no levantamento dos dados.

Como na maioria dos Estados os registros são realizadosem meio físico e arquivados, os pesquisadores utilizaram como

equipamento de apoio um scanner portátil para transformar em

meio digital os documentos disponibilizados. Foram digitalizados

os documentos datados entre 1991 e 2010, possibilitando o

resgate histórico dos últimos 20 anos de registros de desastres

no Brasil. Os documentos ociais encontrados consistem em

relatório de danos, AVADANs, NOPREDs, decretos e portarias.

Como forma de minimizar as lacunas de informações

foram coletados documentos em arquivos e banco de dados

do Ministério da Integração Nacional e Secretaria Nacional de

Defesa Civil, por meio de consulta de palavras-chave “desastre”,

“situação de emergência” e “calamidade”.

Tratamento dos Dados

Para compor a base de dados do Atlas Brasileiro de Desastrese a m de evitar a duplicidade de registros, os documentos foram

selecionados de acordo com a escala de prioridade da Figura 2.

Figura 2 – Hierarquização de Documentos

INTRODUÇÃO

Fonte: Própria pesquisa, 2011.

Fonte: Própria pesquisa, 2011.

Os documentos selecionados foram nomeados com

base em um código formado por 5 campos (Figura 3), que

permitem a identicação da:

1 – Unidade Federativa

2 – Tipo do documento:

A – AVADANN – NOPRED

R – Relatório de danos

P – Portaria

D – Decreto municipal ou estadual

O – Outros documentos (tabelas, ofícios, etc.)3 – Código do município estabelecido pelo IBGE4 – Codicação de desastres, ameaças e riscos (CODAR)5 - Data de ocorrência do desastre (ano/mês/dia).

Quando não possível identicar refere-se a data de homologaçãodo decreto ou elaboração do relatório.

Ã

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12Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Figura 3 - Codicação dos documentos ociais digitalizados

Fonte: Própria pesquisa, 2011.

O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais considera como

fonte de informações os documentos ociais relativos aos

dezenove tipos de desastres naturais mencionados na Tabela

1, considerados os principais eventos incidentes no país. Esses

Tabela 1 - Classicação dos desastres naturais quanto à origem

A m de identicar discrepâncias nas informações, erros

de digitação e demais falhas no processo de transferência de

dados, foram criados ltros de controle para vericação dos

mesmos:

1 - De acordo com a ordem de prioridade apresentada

na Figura 2, os documentos referentes ao mesmo evento,

emitidos com poucos dias de diferença, foram excluídos paraevitar a duplicidade de registros;

2 – Os danos humanos foram comparados com a

população do município registrada no documento (AVADAN)

para identicar discrepâncias ou incoerências de informações.

Quando identicada uma situação discrepante, adotou-se como

critério não considerar a informação na amostra, informando os

dados não considerados na análise dos documentos. A pesquisa

não modicou os valores julgados como discrepantes.

O levantamento de dados para o Estado de Minas

Gerais identicou 5.907 documentos, sendo:

Quadro 1 – Total de documentos levantados do Estado de Minas Gerais

desastres foram classicados em treze grupos, e, ao agrupar

alguns deles, os registros foram somados. Foi considerada para

este agrupamento a classicação quanto à origem dos desastres

determinada pela Codicação de Desastres, Ameaças e Riscos

(CODAR), desenvolvida pela Defesa Civil Nacional.

As informações presentes nos documentos do banco de

dados foram manualmente tabuladas em planilhas para permitira análise e interpretação de forma integrada.

O processo de validação dos documentos ociais foi realizado

 juntamente com as Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil, por

intermédio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o objetivo de

garantir a representatividade dos registros de cada Estado.

1 2 3 4 5

INTRODUÇÃO

Fonte: Defesa Civil Nacional. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Após o processo de vericação de duplicidades, recorte

histórico dos últimos 20 anos (1991-2010) e seleção dos tipos de

desastres considerados (Tabela 1) os documentos totalizaram

4.137 registros de desastres, sendo:

Quadro 2 – Total de documentos considerados do Estado de Minas Gerais

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Não foram identicadas informações discrepantes para

o Estado de Minas Gerais, assim não houve a necessidade de

desconsiderar dados.

A VA DA N NO PRED Rel at ór io Dec reto P or ta ri a O ut ro s T ot al

2432 219 16 340 2855 45 5907

A VA DA N NO PRED Rel at ór io Decr eto P or ta r ia O ut ro s T ot al

2335 254 1 195 1352 0 4137

INTRODUÇÃO

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13Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Produção de Mapas Temáticos

Com o objetivo de possibilitar a análise dos dados,

foram desenvolvidos mapas temáticos para espacializar e

representar a ocorrência dos eventos. Utilizou-se a base de

dados georreferenciada do Instituto Brasileiro de Geograa e

Estatística (IBGE, 2005), como referência para a produção dosmapas. Assim, os mapas que compõem a análise dos dados por

Estado, são:

• Mapa Político do Estado;

• Mapas temáticos para cada tipo de desastre;

• Mapa temático com o total de registros no Estado.

Análise dos Dados

A partir dos dados coletados para cada Estado, foram

desenvolvidos mapas, grácos e tabelas que possibilitaram

construir um panorama espaço-temporal sobre a ocorrência de

desastres. Quando encontradas fontes teóricas que permitissem

caracterizar os aspectos geográcos do Estado, como clima,

vegetação e relevo, as análises puderam ser complementadas.

Os aspectos socioeconômicos do Estado também compuseram

uma fonte de informações sobre as características locais.

A análise consiste na breve caracterização dos aspectos

geográcos do Estado, avaliação dos registros de desastres e

avaliação dos danos humanos relativos às ocorrências, com a

utilização de mapas e grácos para elucidar a informação. Assim,

as informações do Atlas são apresentadas em três capítulos:

Capítulo 1 – Apresentação do Estado, mapa político,

aspectos geográcos e demográcos;Capítulo 2 – Análise dos desastres naturais do Estado

entre 1991-2010, mapas temáticos e análise de cada desastre

ocorrido, grácos relacionados aos registros de desastres e

danos humanos;

Capítulo 3 – Diagnóstico dos desastres naturais no

Estado, mapa temático contendo todos os registros desastres

ocorridos entre 1991-2010 e grácos de todos os desastres

recorrentes.

A análise apresenta uma descrição do contexto onde os

eventos ocorreram e permitem subsidiar os órgãos competentes

para ações de prevenção e reconstrução. Assim, o Atlas

Brasileiro de Desastres Naturais consiste em uma fonte para

pesquisas e consultas, pois reúne informações sobre os eventos

adversos registrados no território nacional o que contribui para

a construção de conhecimento.

Limitações da pesquisa

As principais diculdades encontradas na pesquisa,

foram: as condições de acesso, as lacunas de informações por

mau preenchimento, banco de imagens e referencial teórico

para a caracterização geográca de cada Estado, além da

armazenagem inadequada dos formulários, muitos guardados

em locais sujeitos a fungos e à umidade.

Por meio da realização da pesquisa, evidenciaram-se

algumas fragilidades quanto ao processo de gerenciamento das

informações sobre os desastres brasileiros, como:

• A ausência de unidades e campos

padronizados para as informações declaradas

pelos documentos;

• Ausência de sistema de coleta sistêmica e

armazenamento dos dados;

• Cuidado quanto ao registro e integridade

histórica;

• Diculdades na interpretação do tipo de

desastre pelos responsáveis pela emissão dos

documentos;

• Diculdades de consolidação, transparência eacesso aos dados.

Cabe ressaltar que o aumento do número de registros a

cada ano pode estar relacionado à evolução dos órgãos de Defesa

Civil quanto ao registro de desastres nos documentos ociais.

Assim, acredita-se que pode haver carência de informações sobre

os desastres ocorridos no território nacional, principalmente entre

1991 e 2001, período anterior ao formulário AVADAN.

INTRODUÇÃO

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Page 15: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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O Estado de Minas Gerais

Fonte: Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 16: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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16Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

G o i á sG o i á s

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

d o S u ld o S u l

B a h i aB a h i a

G o i a sG o i a s

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

R i o d eR i o d e

J a n e i r oJ a n e i r o

D i s t r i t oD i s t r i t o

F e d e r a lF e d e r a l

NORTE DE MINAS

JEQUITINHONHANOROESTE DE MINAS

ZONA DAMATA

TRIANGULO MINEIRO/ALTO PARANAIBA

VALE DO RIO DOCE

SUL/SUDOESTE DE MINAS

CENTRAL MINEIRA

OESTE DE MINAS

VALE DO MUCURI

CAMPO DAS VERTENTES

METROPOLITANA DEBELO HORIZONTE

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W14°S14°S

18°S   18°S

22°S  22°S

MAPA 1 - POLÍTICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

40°W70°W

30°S

MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE MINAS GERAIS NO BRASIL

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

1:75000000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

O C E A N OO C E A N O

 A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O

µ0 45 90 135 180 225 km

1:4500000

O ESTADO DE MINAS GERAIS

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7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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17Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

JEQUITINHONHANORTE DE MINAS

CAMPO DAS VERTENTES

NOROESTEDE MINAS

Serro

Itabira

Mutum

Ferros

Aimorés

Mariana

Itambacuri

ÁguaBoa

Caratinga

Ouro Preto

Peçanha

Inhapim

Governador Valadares

Guanhães

Galiléia

Resplendor 

Açucena

Caeté

ConselheiroPena

Pocrane

Itueta

Baldim

Jaboticatubas

Sabinópolis

Mantena

Iapu

Esmeraldas

Coroaci

Tarumirim

Itabirito

Rio Vermelho

Pitangui

Cordisburgo

Marliéria

ConceiçãodoMato Dentro

AntônioDias

Betim

Paraopeba

Itanhomi

SantanadePirapama

Alvinópolis

Brumadinho

Jampruca

Ipanema

Papagaios

Itaguara

Jequitibá

Coluna

SantaBárbara

Braúnas Tumiritinga

Bonfim

Sete Lagoas

Dionísio

Sabará

NovaLima

NovaEra

BeloVale

Virginópolis

Pará de Minas

Campanário

Pequi

Santana

do Riacho Morrodo Pilar 

Pescador 

Frei Inocêncio

Itatiaiuçu

São Domingosdo Prata

Itaverava

Mesquita

Dom Joaquim

Alvarenga

NovaMódica

Araçaí

Inhaúma

Jeceaba

Bugre

Carmésia

BeloOriente

Congonhas

Joanésia

Periquito

Rio Piracicaba

Virgolândia

Sobrália

Paulistas

Maravilhas

Gonzaga

Entre RiosdeMinas

Rio Acima

Marilac

Florestal

Moeda

Rio Manso

CatasAltas

Ipatinga

Cuparaque

Taparuba

Ipaba

Alvoradade Minas Sardoá

Naque

Funilândia

Contagem

Timóteo

Capitão Andrade

Queluzito

UbaporangaJaguaraçu

NovaBelém

Bom Jesusdo Galho

SantaMariado Suaçuí

SantaMariadeItabira

SantaRitadoItueto

Materlândia

Congonhasdo Norte

Belo

Horizonte

MateusLeme

São JoãoEvangelista

Matozinhos

Senhorado Porto

BarãodeCocais

Ouro Branco

SantaLuzia

DoresdeGuanhães

PedroLeopoldo

São Sebastiãodo Maranhão

São Josédo Jacuri

LagoaSanta

ConselheiroLafaiete

Alpercata

MendesPimentel

São Josédo Divino

Itambédo Mato Dentro

Taquaraçude Minas

NacipRaydan

Desterro deEntre Rios

Divino dasLaranjeiras

Crucilândia

NovaUnião

São Pedrodo Suaçuí

Igarapé

Onça dePitangui

Córrego Novo

Santanado Paraíso

José Raydan

Cantagalo

Imbé deMinas

Ibirité

São Gonçalodo Rio Abaixo

PiedadedosGerais

São Geraldodo Baixio

SantoAntôniodo Itambé

Juatuba

Centralde Minas

Caetanópolis

CasaGrande

Coronel Fabriciano

Goiabeira

Fortunade Minas

São Joséda Safira

Mathias Lobato

Serra Azulde Minas

FreiLagonegro

Conceiçãode Ipanema

Engenheiro

Caldas

Itabirinha deMantena

SantanadosMontes

São Joséda Varginha

CristianoOtoni

Passabém

São Josédo Goiabal

São Félixde Minas

Bom Jesusdo Amparo

Raposos

VargemAlegre

RibeirãodasNeves

FernandesTourinho

DiogodeVasconcelos

Sarzedo

EntreFolhas

CapimBranco

Prudentede Morais

São Geraldoda Piedade

CatasAltasda Noruega

Divinolândiade Minas

Vespasiano

João Monlevade

Dom Cavati

São Joãodo Oriente

São Joãodo Manteninha

São Brásdo Suaçuí

Confins

BelaVistade Minas

SantaE figêniade Minas

PiedadedeCaratinga

Pingo-D'Água

SantaB árbarado Leste

São Sebastião do Rio Preto

SantoAntônio do Rio Abaixo

São Sebastiãodo Anta

SantaRitade Minas

São Joaquimde Bicas

Cachoeirada Prata

São Joséda Lapa

São DomingosdasDores

MárioCampos

ZONA DA MATA

CENTRAL MINEIRA

OESTE DE MINAS

VALE DO MUCURI

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o41°W

41°W

43°W

43°W

45°W

45°W

18°S   18°S

20°S   20°S

MAPA 2 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 16 32 48 64 80 km

1:1600000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

18 O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 18: Atlas Minas Gerais

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18Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

SUL/SUDOESTE

DE MINAS

V  ALE DO RIO DOCE

NORTE DE MINAS

JEQUITINHONH A

OESTE DE MINAS

METROPOLIT ANA DEBELO HORIZONTE

Unaí

Paracatu

Prata

Buritis

 Ar inos

João Pinheiro

Ibiá

Uber aba

Tir os

Curvelo

Frutal

Formoso

Uberlândia

Corinto

Luz

 Araguari

Pompéu

ItuiutabaPatrocínio

Per dizes

Cor omandel

 Abaeté

Sacramento

Campina Verde

V azante

Santa V itór ia

Tr ês Marias

Patos de Minas

 Araxá

Itapagipe

Tapira

Gurinhatã

IturamaCar neirinho

PresidenteOlegário

Guarda-Mor 

Lagamar 

Tupaciguar a

Buenópolis

Felixlândia

Br asilândia de Minas

Monte Alegrede Minas

Veríssimo

Rio Paranaíba

Campo Florido

Canápolis

Ser ra do Salitr e

Ipiaçu

BomDespacho

 Augustode Lima

Pr atinha

Monjolos

Dom Bosco

Indianópolis

Lagoa FormosaCapinópolis

Comendador Gomes

Biquinhas

Planura

Pira juba

São Gonçalodo Abaeté

Nova Ponte

MoradaNo vade Minas

MonteCar melo

LagoaGrande

Bonfinópolisde Minas

Limeira

do Oeste

União de

Minas Dores doIndaiá

Paineiras

São Gotardo

Carmo doParanaíba

Conquista

MartinhoCampos

Estrelado Sul

Conceiçãodas Alagoas

Cabeceira Grande

SantaJ uliana

Inimutaba

CamposAltos

JoaquimFelício

São Franciscode Sales

Romar ia

Natalândia

Abadia dosDourados

Quar tel Geral

Varjãode Minas

Estrela doIndaiá

 Ar aporã

Ur uana deMi nas

Pr esidenteJuscelino

 Ar aújos

Guimarânia

Centralina

ÁguaComprida

SantoHipólito

MatutinaPedrinópolis

Lagoa da Prata

Iraí deMinas

Moema

Mor ro da Garça

CascalhoRico

 Ar apuá

Fr onteir a

GrupiaraDour adoquar a

LeandroFerreira

Delta

Serra da

Saudade

Japaraíba

Cedrod o Abaeté

SantaRosada Serra

CachoeiraDourada

Cruzeiro da For taleza

G o i a sG o i a s

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

B a h i aB a h i a

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l

D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l

44°W

44°W

47°W

47°W

50°W

50°W

16°S   16°S

19°S   19°S

MAPA 3 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,NOROESTE MINEIRO E TRIÂNGULO DE MINAS

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3000000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

19O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 19: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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19Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

CENTRAL MINEIRA

METROPOLITANADE BELO HORIZONTE

NOROESTE DE MINAS

VALE DO RIO DOCE

TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO DO PARNAÍBA

Januária

Buritizeiro

Jaíba

Bocaiúva

Diamantina

Lassance

Grão Mogol

Itinga

Araçuaí

Manga

Urucuia

Ataléia

Teófilo Otoni

Salinas

Janaúba

Jequitinhonha

MontesC laros

Bonito de Minas

Almenara

São Francisco

Joaíma

Caraí

CarlosC hagas

FranciscoSá

Itamarandiba

São Romão

Ibiaí

Espinosa

Jacinto

Medina

ChapadaG aúcha

Riachinho

Ubaí

Itacambira

Nanuque

Porteirinha

Jequitaí

Rio Pardo de Minas

Botumirim

SantaFéde Minas

Gameleiras

Olhos-D'Água Carbonita

Rubim

PedraAzul

MinasNovas

Poté

Rubelita

Ninheira

Várzea da Palma

Pintópolis

Montalvânia

Coração de Jesus

MatiasC ardoso

Verdelândia

Crisólita

Itacarambi

Juvenília

NovoCruzeiro

Taiobeiras

Turmalina

Cristália

Gouveia

Indaiabira

Berilo

São João da Ponte

Montezuma

Capelinha

Pavão

Ladainha

Itaobim

São João do ParaísoMonte Azul

Patis

Itaipé

FranciscoDumont

Mirabela

Pai Pedro

Catuji

Berizal

Águas Vermelhas

Varzelândia

Pirapora

Jordânia

SaltodaDivisa

Pontodos Volantes

Veredinha

Miravânia

Riacho dosMachados

Coronel Murta

Felisburgo

Malacacheta

Comercinho

Bandeira

Setubinha

Divisópolis

Franciscópolis

Águas Formosas

Campo Azul

Ibiracatu

Japonvar 

Lontra

CônegoMarinho

Brasília

de Minas

Capitão Enéas

Pedras deMaria da Cruz

Virgem daLapa

FrutadeLeite

Frei Gaspar 

Datas

São Joãoda Lagoa

Catuti

Josenópolis

Chapadado Norte

PontoChique

Bertópolis

Luislândia

Mato Verde

Juramento

Icaraí de

Minas

Palmópolis

Claro dosPoções

PadreP araíso

Rio do Prado

Lagoa dosPatos

Umburatiba

Curralde Dentro

Cachoeirade Pajeú

SantoAntôniodo Retiro

NovoOrientede Minas

Guaraciama

EngenheiroNavarro

Senador ModestinoGonçalves

São JoãodasMissões

Mamonas

Machacalis

PadreCarvalho

FranciscoBadaró

SantaCruzde Salinas

Serranópolisde Minas

Monte Formoso

São Joãodo Pacuí

Novorizonte

Aricanduva

SantaMariado Salto

MataVerde

SantoAntôniodo Jacinto

Felício dosSantos

Leme doPrado

Vargem Grandedo Rio Pardo

FronteiradosVales

Angelândia

CoutodeMagalhãesde Minas

Jenipapode Minas

José Gonçalvesde Minas

São Gonçalo

do Rio Preto

SantaHelenade Minas

Glaucilândia

Serra dosAimorés

DivisaAlegre

PresidenteKubitschek

Ouro Verdede Minas

NovaPorteirinha

B a h i aB a h i aG o i a sG o i a s

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

40°W

40°W

43°W

43°W

46°W

46°W

15°S   15°S

18°S   18°S

MAPA 4 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES NORTE DE MINAS,JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 25 50 75 100 125 km

1:2500000

20 O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 20: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 20/95

20Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

CENTRAL DE MINAS

TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

Bambuí

Formiga

Passos

Guapé

Piumhi

Delfinópolis

Oliveira

Alfenas

Caldas

Medeiros

São RoquedeMinas

Ibiraci

Itapecerica

Cássia

Arcos

Cristais

Andrelândia

Cláudio

Itaúna

Baependi

Jacuí

Candeias

Pains

Aiuruoca

Cruzília

Iguatama Divinópolis

Machado

Tapiraí

Capitólio

Três Pontas

Boa Esperança

Três CoraçõEs

CarmodoRio Claro

Ouro Fino

Ilicínea

Campestre

Bom Sucesso

Pimenta

Campos Gerais

Itamonte

Andradas

Varginha

Alterosa

Córrego Danta

Virgínia

Itajubá

Campo Belo

Alpinópolis

Cristina

Pouso Alegre

Ipuiúna

ElóiMendes

Liberdade

Estiva

PoçoFundo

Paraguaçu

Areado

Botelhos

Camanducaia

Monte Belo

Jacutinga

Itamogi

Muzambinho

Passa Tempo

São Sebastiãodo Paraíso

Aguanil

Guaxupé

PerdõEs

Cabo Verde

Cambuí

Coqueiral

Minduri

Juruaia

Piracema

Extrema

Carvalhos

Perdigão

Paraisópolis

Lambari

NovaResende

Monte Sião

Silvianópolis

Serrania

Pedralva

CarmodaCachoeira

Pouso Alto

Itapeva

Munhoz

Serranos

Camacho

Alagoa

CarmodaMata

Natércia

PedradoIndaiá

Pratápolis

Careaçu

Toledo

PassaQuatro

Cambuquira

Sapucaí-Mirim

Ibituruna

Campo do Meio

Heliodora

SantoAntônio do Monte

Brasópolis

Poços de Caldas

Campanha

Capetinga

Bocaina deMinas

Delfim Moreira

VargemBonita

CarmodoCajuru

Monte Santode Minas

Claraval

Guaranésia

SantaRitade Caldas

BuenoBrandão

Igaratinga

São Gonçalodo Sapucaí

São JoãoBatistado Glória

NovaSerrana

Piranguçu

Bordada Mata

Passa-Vinte

Carmode Minas

SantoAntôniodo Amparo

Carmópolisde Minas

Turvolândia

Congonhal

Bom Jardimde Minas

DivisaNova

São Vicentede Minas

Cana Verde

Gonçalves

Jesuânia

Maria da Fé

São Joséda Barra

São Sebastiãodo Oeste

São Thomédas Letras

Bom Repouso

Arceburgo

SantaRitadoSapucaí

Cachoeirade Minas

ConceiçãodoRio Verde

Fama

Itanhandu

Cordislândia

Conceição

da Aparecida

São Franciscode Paula

Conceiçãodo Pará

Seritinga

Doresópolis

São PedrodaUnião

São Tomásde Aquino

São Gonçalodo Pará

Monsenhor Paulo

Fortalezade Minas

ItaúdeMinas

InconfidentesPiranguinho

Arantina

CaxambuSoledadede Minas

EspíritoSantodo Dourado

Bom Jesusda Penha

Senador Amaral

DomViçoso

SantanadaVargem

Conceiçãodos Ouros

Tocos doMoji

Marmelópolis

Consolação

Córrego Fundo

São Joãoda Mata

Albertina

Wenceslau Braz

Carvalhópolis

São Sebastiãoda BelaVista

SantanadoJacaré

Córrego doBom Jesus

Senador José Bento

São BentoAbade

São Josédo Alegre

Conceiçãodas Pedras

Ibitiúrade Minas

SãoLourenço

São Sebastiãodo Rio Verde

OlímpioNoronha

BandeiradoSul

ZONA DAMATA

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

CAMPO DAS VERTENTES

44°W

44°W

46°W

46°W

48°W

48°W

20°S 20°S

22°S22°S

MAPA 5 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES OESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km

1:1750000

21O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 21: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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21Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

OESTE DE MINAS

METROPOLITANADE BELO HORIZONTE

VALE DO RIO DOCE

SUL/SUDOESTE DE MINAS

 

Muriaé

Juiz de Fora

Ubá

Leopoldina

Piranga

Lavras São João Del Rei

Jequeri

Carrancas

Barbacena

Lima Duarte

Miraí

Raul Soares

Ingaí

Manhuaçu

Lajinha

São Tiago

Divino

Carandaí

Ervália

Itutinga

Palma

Mercês

Simonésia

Ritápolis

Luminárias

Viçosa

Nepomuceno

Piau

Santos Dumont

Matipó

ResendeCosta

Ibertioga

Cataguases

PonteNova

Alto Rio Doce

Além Paraíba

Abre Campo

Rio Casca

Rio Preto

Prados

Chalé

Tombos

AntônioCarlos

Carangola

Nazareno

Guarani

Chiador 

Araponga

Barra Longa

Fervedouro

Lagoa Dourada

Recreio

Guaraciaba

Miradouro

Olaria

Itumirim

Guiricema

BelmiroBraga

Canaã

Ijaci

Espera Feliz

Laranjal

Bicas

Durandé

Eugenópolis

Bias Fortes

Porto Firme

Tabuleiro

Rio Pomba

Mar de Espanha

Rio Novo

Argirita

Sericita

Caputira

Rio Espera Brás Pires

Goianá

Reduto

Teixeiras

Piraúba

Descoberto

Tocantins

Paula Cândido

Chácara

Guidoval

Lamim

São João Nepomuceno

Pirapetinga

Vieiras

Sem-Peixe

Volta Grande

Urucânia

SantaMa rgarida

Dom Silvério

Caranaíba

Silveirânia

Caparaó

Dores doTurvo

Cipotânea

Caiana

Manhumirim

São Geraldo

Luisburgo

Orizânia

Ressaquinha

SantaRitadeIbitipoca

Cajuri FariaLemos

Divinésia

Acaiaca

Coimbra

Rio Doce

Presidente Bernardes

Guarará

Barroso

Paiva

Capela Nova

OliveiraF ortes

Madre de Deusde Minas

SantaRitadeJacutinga

São Pedrodos Ferros Santanado

Manhuaçu

PiedadedoRio Grande

SantaBárbarado Monte Verde

PedraBonita

AstolfoDutra

Pequeri

PedradoAnta

Alto Jequitibá

Aracitaba

SantaCruz doEscalvado

Senhora dosRemédios

ViscondedoRio Branco

Matias Barbosa

Senador Firmino

EstrelaDalva

BarãodeMonteAlto

Oratórios

Simão Pereira

ConceiçãodaBarra de Minas

Rodeiro

SantanadoDeserto

SantanadoGarambéu

Senhorade Oliveira

Amparo do Serra

Desterro do Melo

Alto Caparaó

PedroTeixeira

Tiradentes

São Migueldo Anta

Coronel Pacheco

Martins Soares

Vermelho Novo

SantaBárbarado Tugúrio

Dores deCampos

SantoAntôniodo Aventureiro

São Franciscodo Glória

SantanadeCataguases

Itamaratide Minas

Senador 

Cortes

Alfredo Vasconcelos

Coronel Xavier Chaves

São João do Manhuaçu

Rosário da Limeira

SantoA ntôniodo Grama

Ewbank daCâmara

Patrocínio do Muriaé

Maripáde Minas

PedraDourada

Rochedode Minas

DonaEusébia

AntônioPrado deMinas

PiedadedePonteNova

RibeirãoVermelho

São Sebastião daVargem Alegre

São José do

Mantimento

SantaCruzde Minas

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

42°W

42°W

43°30'W

43°30'W

45°W

45°W

20°30'S   20°30'S

22°S   22°S

MAPA 6 - POLÍTICO DAS MESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km

1:1250000

22 O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 22: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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22Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

O ESTADO DE MINAS GERAIS

Caracterização Geográca

O Estado de Minas Gerais localiza-se no sudeste

brasileiro, entre os paralelos 14º13'58” e 22º54'00” de latitude

sul e os meridianos 39º51'32'' e 51º02'35'' de longitude a oeste.Com uma área territorial de 588.384 km², é o maior Estado do

sudeste brasileiro em dimensões territoriais, e o 4º maior estado

brasileiro correspondente a 6,91% do tamanho do Brasil, e 63%

da região sudeste.

Com capital em Belo Horizonte, limita-se ao norte com

os Estados da Bahia, Goiás e Distrito Federal; ao sul, com o

Estado de São Paulo; a leste, com o Estado do Espírito Santo e

Rio de Janeiro e a oeste, com o Estado do Mato Grosso do Sul,

conforme o Mapa 1 (Político do Estado de Minas Gerais).

Minas Gerais se divide em doze mesorregiões: Norte

de Minas, Noroeste de Minas, Triangulo/Alto Parnaíba, Central

Mineira, Metropolitana Belo Horizonte, Vale do Rio Doce,Jequitinhonha, Oeste de Minas, Campo das Vertentes, Zona

da Mata, Sul/Sudeste de Minas e Vale do Mucuri, conforme

apresenta o Mapas 2, 3, 4, 5 e 6 (Político das Mesorregiões do

Estado).

Quanto às características climáticas as massas de

ar provenientes do extremo sul do continente e da região

equatorial freqüentemente atingem o Estado. O extremo

norte do Estado é parte integrante do Polígono das Secas,

quente e seco, que diverge do sul do Estado, com topograa

acidentada e maiores índices pluviométricos. A porção leste

está sujeita a inuência da umidade oceânica que contrasta comcontinentalidade do Triângulo Mineiro e Noroeste do Estado

(TONIETTO et al. 2006). De acordo com os mesmos autores,

o clima no Estado se distingue em tropical úmido (Aw) com

inverno seco e verão chuvoso, temperatura média do mês mais

frio é 18ºC, precipitação inferior a 60 mm no mês mais seco.

Este tipo climático é predominante nas áreas de altitude baixas,

como a porção oeste do Triangulo Mineiro. O clima tropical seco

(BSw) predomina em pequenas áreas do norte do Estado com

precipitações entre 1.000mm a 750mm anuais. Por m, o clima

temperado chuvoso (Cwb) ou subtropical de alt itude, que possui

temperaturas médias de 22ºC, predominantes nas regiões mais

elevadas da Serra da Canastra, Espinhaço e Mantiqueira.

Minas Gerais, portanto, é afetado por precipitações de

origem orográca e ciclônica, com frentes frias de origem polar

- com chuvas de longa duração e de baixa a média intensidade,caracterizado por um sistema atmosférico frontal -, e frentes

quentes e úmidas oriundas da região equatorial (Amazônia), que

caracteriza um sistema atmosférico não f rontal. Durante o verão,

também é comum a ocorrência do fenômeno conhecido como

zonas de convergência do Atlântico Sul, gerado por zonas de

baixa pressão atmosférica no Oceano Atlântico, com acúmulo de

grande quantidade de nuvens. Este fenômeno, combinado com

os sistemas ciclônicos, gera grandes volumes de precipitações

(MELLO, 2008).

O relevo é fortemente acidentado, com destaque para

as Serras da Mantiqueira e do Espinhaço. As altitudes variam

de 79 metros, no município de Aimorés, a 2.890 metros, noPico da Bandeira, na divisa com o Estado do Espírito Santo.

Entre os grandes domínios morfoestruturais do Estado estão:

Serra da Mantiqueira, Planalto do sul de Minas, Planaltos

Cristalinos Rebaixados, Altas Superfícies Modeladas em Rochas

Proterozóicas, Depressão Periférica e Região do São Francisco

(COURA, 2007).

A Serra da Mantiqueira em Minas Gerais engloba uma

área que vai do planalto de Caldas até Caparaó e caracteriza-

se por uma imponente escarpa voltada para o Vale do Paraíba,

cujos desníveis excedem a 2.000 metros. Ao transpor a Serra

da Mantiqueria, encontra-se o Planalto do Sul de Minas ou asuperfície do alto Rio Grande, que se alonga para o norte até

as cabeceiras do rio São Francisco e continua na direção oeste,

onde é recoberto pelos sedimentos da Bacia do Paraná. Na área

de Poços de Caldas ergue-se o maciço alcalino de 1.500 a 2.000

metros (COURA, 2007).

Os planaltos cristalinos rebaixados estão localizados

entre a alta superfície do Itatiaia e o maciço do Caparaó. Esta área

é denida, geomorfologicamente, como região deprimida das

dobras de fundo, de direção aproximada leste-oeste. O trecho

mais rebaixado desta área é a “Zona da Mata” de Minas Gerais,

onde o relevo apresenta-se ondulado, aparecendo com frequênciao nível de 350-400 m ao sul desta área, enquanto alguns níveis

elevados chegam a 800-900 m de altitude (COURA, 2007).

As Altas Superfícies Modeladas em Rochas Proterozóicas

se constitui de uma superfície elevada que se alonga para o

norte, com altitudes que chegam a ultrapassar 1.200 metros,

compreendendo uma faixa que varia entre 50 a 100 km de largura

por 1.000 km de extensão, servindo como divisor de águas entre

as Bacias do São Francisco e os rios que drenam diretamente

para o Atlântico. Os limites do Espinhaço, propriamente ditos,

abrangem a área montanhosa que vai do sul de Belo Horizonte,

seguindo em direção norte, até Diamantina (COURA, 2007).Por m destaca-se a Região do São Francisco que

compreende dois aspectos distintos: a área do alto São F rancisco,

que se estende até as serras da Canastra, Babilônia e Vertentes,

e, a depressão longa e estreita. O Rio São Francisco no seu alto

curso atravessa regiões relativamente planas e baixas, com 500

m de altitude média, ligeiramente inclinadas para o norte e

formadas por arenitos, ardósias e calcários (COURA, 2007).

De acordo com o Governo de Minas Gerais (2011),

Figura 4 – Ouro Preto, Minas Gerais

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

O ESTADO DE MINAS GERAIS

23O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 23: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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23Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

a cobertura vegetal do Estado pode ser resumida em quatro

tipos principais: Mata Atlântica, Cerrado, Campos de Altitude

ou Rupestres e Mata Seca. Diversos fatores, entre eles, o

clima, o relevo e as bacias hidrográcas, são predominantes na

constituição da variada vegetação regional.

O cerrado em Minas Gerais é predominante em cerca de

50% do Estado, especialmente nas bacias dos rios São Franciscoe Jequitinhonha. A vegetação compõe-se de gramíneas, arbustos

e árvores. Abriga importantes espécies da fauna: tamanduá,

tatu, anta, jibóia, cascavel e o cachorro-do-mato, entre outras.

Algumas delas estão ameaçadas de extinção, como é o caso

do lobo-guará, do veado-campeiro e do pato-mergulhão

(GOVERNO DE MINAS GERAIS, 2011).

Posteriormente advêm a Mata Atlântica ou Floresta

Ombróla Densa ocupando o segundo lugar no Estado.

Encontram-se neste ecossistema muitas bromélias, cipós,

samambaias, orquídeas e liquens. A biodiversidade animal

também é muito grande na Mata Atlântica, com imensa

variedade de mamíferos como macacos, preguiças, capivaras,onças, e também de aves como araras, papagaios, beija-ores,

além de répteis, anfíbios e diversos invertebrados (GOVERNO

DE MINAS GERAIS, 2011).

A vegetação de campos de altitude ou rupestre é

caracterizada por uma cobertura vegetal de menor porte

com uma grande variedade de espécies, com predomínio da

vegetação herbácea, na qual os arbustos são escassos e as

árvores raras e isoladas. É encontrado nos pontos ma is elevados

das serras da Mantiqueira, Espinhaço e Canastra (GOVERNO DE

MINAS GERAIS, 2011).

Por m a vegetação de mata seca aparece no norte doEstado, no vale do rio São Francisco. As formações vegetais deste

bioma se caracterizam pela presença de plantas espinhosas,

galhos secos e poucas folhas na estação seca (caducifólia). No

período de chuvas, a mata oresce intensamente, apresentando

grandes folhagens. As imponentes barrigudas ou embarés, são

as principais espécies de árvores. Também se destacam pau-

ferro, ipês e angicos (GOVERNO DE MINAS GERAIS, 2011).

Dados Demográcos

A região Sudeste do Brasil possui uma densidade

demográca de 86,92 hab/km², a maior do Brasil. E possui uma

a taxa de crescimento de 10,97% no período de 2000/2010. Já

o Estado de Minas Gerais apresenta população de 19.595.309

habitantes e tem uma elevada densidade demográca de 33,41

¹ PIB - Produto Interno Bruto: Total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtorasresidentes destinados ao consumo nal sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adi -cionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios,sobre produtos.

2000 2010

BRASIL 169,799,170 190,732,694 12.33% 84.30% 15.70%

Região Sudeste 72,412,411 80,835,724 10.97% 86.92% 92.95%Minas Gerais 17,891,494 19,595,309 9.52% 83.38% 16.62%

Espírito Santo 3,097,232 3,512,672 13.41% 85.29% 14.51%

Rio de Janeiro 14,391,282 15,993,583 11.12% 96.71% 3.29%

São Paulo 37,032,403 41,252,160 11.39% 95.88% 4.12%

Taxa de População

Urbana (2010)

Taxa de População

Rural (2010)Abrangência Geográfica

População Crescimento

(2000-2010)

Grandes Regiões População em 2000 População em 2010

Taxa de

Crescimento2000 a 2010

Densidade

Demográfica(2010) (hab/km²)

Taxa de Pop.

Urbana - 2010

BRASIL 169,799,170 190,732,694 12.33% 22.43 84.36%

Região Norte 12,900,704 15,865,678   22.98% 4.13 73.53%

Região Nordeste 47,741,711 53,078,137   11.18% 34.15 73.13%

Região Sudeste 72,412,411 80,353,724 10.97% 86.92 92.95%

Região Sul 25,107,616 27,384,815 9.07% 48.58 84.93%

Região Centro-Oeste 11,636,728 14,050,340 20.74% 8.75 88.81%

Tabela 2 - População, taxa de crescimento e taxa de população urbana e rural, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2000/2010

Fonte: Censo Demográco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

Tabela 3 - População, taxa de crescimento, densidade demográca e taxa de urbanização, segundo as Grandes Regiões do Brasil – 2000/2010

Fonte: Censo Demográco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

hab/Km² e uma taxa de crescimento 9,52% no período de

2000/2010 (Tabelas 2 e 3).

A população mineira é predominantemente urbana

com uma taxa de 83,38% de população urbana, característica

encontrada também na Região Sudeste com 86,92% e Brasil,

com 84,3% (Tabela 2).

Produto Interno Bruto1

O PIB per capita do Estado de Minas Gerais, segundo

dados da Tabela 4, cresceu em média 52% entre 2004 a 2008,

24 O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 24: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 24/95

24Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

cando levemente acima da média da Região Sudeste 51% e da

média do Brasil, em torno de 50%.

O PIB per capita do Estado foi o menor entre os estados

da região Sudeste, no período de 2004 a 2008. No ano de 2008,

o PIB per capita era de – R$ 14.232,81 – valor muito abaixo da

média regional – R$ 21.182,68 – e abaixo da média nacional –

R$ 15.989,75. No mesmo período a variação foi de 52%, abaixoapenas da taxa do Espírito Santo, com 69% (Tabela 4).

Indicadores Sociais Básicos

Décit Habitacional no Brasil2

No Brasil, em 2008, o décit habitacional urbano, que

engloba as moradias sem condições de serem habitadas, em

razão da precariedade das construções ou do desgaste da

estrutura física, correspondeu a 5.546.310 de domicílios, dos

quais 4.629.832 estão localizados nas áreas urbanas. Em relaçãoao estoque de domicílios particulares permanentes do país, o

décit corresponde a 9,6%. No Estado de Minas Gerais, o décit

habitacional, em 2008, era de 474.427 domicílios, dos quais

437.401 ocalizados nas áreas urbanas e 37.06 em áreas rurais

(Tabela 5).

Em relação ao estoque de domicílios particulares

permanente do Estado, o décit corresponde a 7,8%. Se

comparados aos percentuais de domicílios particulares dosdemais Estados da região, é o menor e está abaixo da média

nacional, 9,6%, conforme a Tabela 5.

2 Décit Habitacional: o conceito de décit habitacional utilizado está ligado diretamente àsdeciências do estoque de moradias. Inclui ainda a necessidade de incremento do estoque, emfunção da coabitação familiar forçada (famílias que pretendem constituir um domicilio unifami-liar), dos moradores de baixa renda com diculdade de pagar aluguel e dos que vivem em casase apartamentos alugados com grande densidade. Inclui-se ainda nessa rubrica a moradia emimóveis e locais com ns não residenciais. O décit habitacional pode ser entendido, portanto,como décit por reposição de estoque e décit por incremento de estoque. O conceito de do-micílios improvisados engloba todos os locais e imóveis sem ns residenciais e lugares queservem como moradia alternativa (imóveis comerciais, embaixo de pontes e viadutos, carcaçasde carros abandonados e barcos e cavernas, entre outros), o que indica claramente a carência denovas unidades domiciliares. Fonte: Fundação João Pinheiro/ Décit Habitacional no Brasil/2008.

2004 2005 2006 2007 2008

Taxa de

Variação

2004/2008

BRASIL 10,692.19 11,658.10 12,686.60 14,464.73 15,989.75 49.55%

Sudeste 14,009.42 15,468.74 16,911.70 19,277.26 21,182.68 51.00%

Minas Gerais 9,335.97 10,013.76 11,024.70 12,519.40 14,232.81 52.00%Espír ito Santo 11,997.94 13,854.91 15,234.76 18,002.92 20,230.85 69.00%

Rio de Janeiro 14,663.82 16,057.40 17,692.59 19,245.08 21,621.36 47.00%

São Paulo 16,157.79 17,975.61 19,550.37 22,667.25 24,456.86 51.00%

PIB PER CAPITA EM R$

Abrangência Geográfica

Brasil 5,546,310 4,629,832 916,478 9.6%

Centro-Oeste 417,240 387,628 29,612 9.80%

Minas Gerais 474,427 437,401 37,026 7.80%

Espírito Santo 84,868 77,717 7,151 8.00%

Rio de Janeiro 426,518 420,853 5,665 8.10%

São Paulo 1,060,499 1,033,453 27,046 8.20%

Abrangência

Geográfica

Déficit Habitacional - Valores Absolutos – 2008

Total Urbano Rural

Percentual em

Relação aos

Domicílios

Particulares

Permanentes Até 3 3 a 5 5 a 10Mais de

10Total

Brasil 89.6% 7.0% 2.8% 0.6% 100%

Sudeste 87.5% 8.7% 3.2% 0.6% 100%

Minas Gerais 92.5% 5.2% 1.9% 0.3% 100%

Espírito Santo 90.1% 7.4% 1.9% 0.3% 100%

Rio de Janeiro 88.9% 6.6% 3.6% 0.8% 100%

São Paulo 84.5% 11.1% 3.7% 0.6% 100%

Abrangência

Geográfica

Faixas de Renda Média Familiar Mensal

(Em Salário Mínimo)

Tabela 4 - Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Região Sudeste e Unidades da Federação – 2004/2008

Fonte: IBGE, 2004/2008.

Décit Habitacional Urbano em 2008, segundo faixas de

renda familiar em salários mínimos

A análise dos dados refere-se à faixa de renda média

familiar mensal em termos de salários mínimos sobre o décit

habitacional. O objetivo é destacar os domicílios urbanos

precários e sua faixa de renda, alvo preferencial de políticaspúblicas que visem à melhoria das condições de vida da

população mais vulnerável.

O Estado de Minas Gerais, embora apresente bons

indicadores econômicos, as desigualdades sociais são expressas

pelos indicadores do décit habitacional, segundo faixa de

renda. Os dados mostram que a renda familiar mensal das

famílias é muito baixa, onde 92,5% recebem uma renda mensal

de até 3 salários mínimos. Na região Sudeste representa 87,5%,

enquanto a média no Brasil é de 89,6% da famílias (Tabela 6).

 

Escolaridade

A média de anos de estudo do segmento etário que

compreende as pessoas acima de 25 anos ou mais de idade

revela a escolaridade de uma sociedade, segundo IBGE (2010).

O indicador de escolaridade do Estado de Minas Gerais

pode ser visto pelo percentual de analfabetos (11,3%), de

analfabetos funcionais (12,7%), ou seja, pessoas com até 3 anosTabela 5 - Décit Habitacional Urbano em Relação aos Domicílios Particula-res Permanentes, Segundo Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação- 2008

Fonte: Décit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008, p. 31).

Tabela 6 - Distribuição percentual do Décit Habitacional Urbano por Faixasde Renda Média Familiar Mensal, Segundo Região Sudeste e Estado de Mi-nas Gerais - FJP/2008

Fonte: Décit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008).

25O ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 25: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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25Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

3 No Brasil, o aumento de esperança de vida ao nascer, em combinação com a queda do nívelgeral de fecundidade, resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa. A taxa defecundidade total corresponde ao número médio de lhos que uma mulher teria no nal do seuperíodo fértil. Essa taxa, no Brasil, vem diminuindo nas últimas décadas, e sua redução reete amudança que vem ocorrendo no processo de urbanização e na entrada da mulher no mercadode trabalho.

de estudos, e os de baixa escolaridade (29,6%) compondo um

indicador formado pelos sem escolaridade, com muito baixa

e baixa escolaridade, que na soma corresponde a 53,6% da

população acima de 25 anos (Tabela 7).

Tabela 7 - Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distri -buição percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Região Sudeste eEstado de Minas Gerais – 2009

Brasil 111,952 12.90% 11.80% 24.80%

Sudeste 49. 920 8.50% 9.90% 25.20%

Minas Gerais 12,086 11.30% 12.70% 29.60%

Espírito Santo 2 .056 12.40% 12.00% 25.40%

Rio de Janeiro 10. 231 7.10% 9.20% 23.10%

São Paulo 25. 549 7.50% 8.70% 23.90%

Total(1000

pessoas)

Sem

Instrução e

Menos de

1 ano de

Estudo

1 a 3 anos 4 a 7 anos

AbrangênciaGeográfica

Pessoas de 25 anos ou mais de idade

Distribuição percentual, por grupos de

anos de estudo

Total Homens Mulheres

BRASIL 1.94% 15.77% 6.27% 22.50% 73.10 69.40 77.00

Sudeste 1.75% 13.65% 6.44% 16.60% 74.60 70.70 78.70

Minas Gerais 1.67% 15.12% 6.13% 19.10% 75.10 71.80 78.60

Espírito Santo 1.88% 16.53% 5.97% 17.70% 74.30 70.70 78.00

Rio de Janeiro 1.63% 11.97% 7.37% 18.30% 73.70 69.40 78.10

São Paulo 1.78% 13.32% 6.28% 14.50% 74.80 70.70 79.00

Taxa Bruta

deMortalidade

Taxa de

MortalidadeInfantil

Abrangência Geográfica

Esperança de Vida ao NascerTaxa de

FecundidadeTotal

Taxa Bruta

deNatalidade

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 2009a).

Tabela 8 - Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo - Brasil,Região Sudeste e Unidades da Federação – 2009

Fonte: Síntese dos Indicadores Sociais (IBGE, 2009b).

Esperança de Vida ao Nascer3

 

Em Minas Gerais, os indicadores: taxa de fecundidade,

taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade e taxa de

mortalidade infantil estão sensivelmente abaixo da média

nacional. A taxa de mortalidade infantil (19,1%) e a taxa bruta

de natalidade (15,1%) apresentam médias elevadas com relaçãoaos demais estados do Sudeste (Tabela 8).

De maneira geral, o Estado de Minas Gerais apresenta

um quadro de indicadores sociais com melhores condições de

desenvolvimento, se comparado aos indicadores do Brasil.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação.Décit habitacional no Brasil 2008. Brasília: Fundação JoãoPinheiro, Centro de Estatística e Informações. 2008. 129p. (ProjetoPNUD-BRA-00/019 – Habitar Brasil – BID). Disponível em:<http://www.fjp.gov.br/index.php/servicos/81-servicos-cei/70-decit-habitacional-no-brasil>. Acesso em: 19 de set. 2011.

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contasregionais/2003_2007/tabela04.pdf>. Acesso em 19 de set.2011.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2009 . 2009a.Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/trabalhoerendimento/pnad2009/>. Acesso em: 05 set.2011.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Sinopse do Censo Demográco 2010. 2010. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/ sinopse.pdf>. Acesso em: 05 set. 2011.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições

de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2009b.(Estudos e Pesquisas: Informação Demográca e Socioeconômica,26). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/ sinteseindicsociais2009/indic_sociais2009.pdf>. Acesso em: 10 set.2011.

TONIETTO, Jorge. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vitícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234, p.32-55, set/out 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>. Acessoem: 2 dez. 2011.

MELLO, Carlos R. de. Modelagem estatística da precipitação mensale anual e no período seco para o estado de Minas Gerais. Revista

Brasileira de Eng. Agrícola e Ambiental, v.13, n.1, p.68–74, 2009.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v13n1/v13n01a10.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2011.

Page 26: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 26/95

Page 27: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 27/95

Desastres Naturaisem Alagoas de 1991 a 2010

Desastres Naturais emMinas Gerais de 1991 a 2010

Fonte: Acervos das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil dos Estados de Alagoas e Pernambuco.

28 ESTIAGEM E SECA

Page 28: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 28/95

28Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Unaí

Paracatu

Buritis

Arinos

João Pinheiro

Januária

Buritizeiro

Jaíba

Formoso

Bocaiúva

Diamantin a

Lassance

Grão Mogol

Itinga

Araçua í

Manga

Ataléia

Urucuia

Teóf ilo Otoni

Salinas

Janaúba

Jequitinhonha

MontesClaros

Bonito de Minas

Almenara

Vazante

São Francisco

Joaíma

Caraí

Carlos Chagas

FranciscoSá

Itama randiba

Ibiaí

São Romão

Espinosa

Jacinto

Medina

ChapadaGaúcha

Riachin ho

Ubaí

Guarda-Mor 

Itacambira

Nanuque

Lagamar 

Porteirinha

Jequitaí

Rio Pardo de Minas

Botumirim

SantaFéde Minas

Gameleiras

Olhos-D'Água

Rubim

Carbonita

Pedr aAz ul

MinasNovas

Poté

Rubelita

Ninheir a

Várzea da Palma

Pintópolis

Montalvânia

Coraçãode Jesus

MatiasCardoso

Verdelândia

Brasilândiade Minas

Crisólita

Itacarambi

Juvenília

Novo Cruzeiro

Taiobeiras

Turmalina

Cristália

Gouveia

Indaiabira

Berilo

São João da Ponte

Montezuma

Capelinha

Pavão

Ladainha

Itaobim

Monte Azul

Patis

Itaipé

Mir abela

Pai Pedro

Berizal

Dom Bosco

Jordânia

Veredinha

Comercinho

Setubinha

Divisópolis

São Gonçalodo Abaeté

CônegoMar inho

São Joãodo Paraíso

Francis coDumont

LagoaGrande

Brasíliade Minas

Bonfinópolisde Minas

Catuji

ÁguasVermelhasVarzelândia

Pirapora

CapitãoEnéas

SaltodaDivisa

Ponto dos Volantes

Miravânia

Pedras deMaria da Cruz

Riacho dosMachados

Coronel MurtaFelisburgo

Malacach eta

CabeceiraGrande

Virgemda Lapa

Frutade Leite

Bandeira

Fr ei Gaspar 

Datas

São Joãoda Lagoa

Franciscópolis

Catuti

Águas Formosas

Josenópolis

Chapadado Norte

PontoChiqueNatalândia

Bertópolis

Luislândia

CampoAzul

Ibiracatu

Mato Ver de

Japonvar 

Juramento

VarjãodeMina s

Lontra

Icaraí de Minas

Palmópolis

Claro dosPoções

PadreParaíso

Rio doPrado

LagoadosPatos

Umburatiba

Uruana deMinas

Curralde Dentro

Cachoeirade Pa jeú

SantoAntôniodo Retiro

NovoOrientede Minas

Guaraciama

EngenheiroNavarro

Sen ador ModestinoGonçalve s

São JoãodasMissões

Mamonas

Machacalis

PadreCarvalho

FranciscoBadaró

SantaCruzde Salinas

Serranópolisde Minas

Monte Formoso

São Joãodo Pacuí

Novorizonte

Aricanduva

SantaMariado Salto

MataVerde

SantoAntôniodo Jacinto

Felíciodos Santos

Leme doPrado

Vargem Gr andedo Rio Pardo

Fronte iradosVales

Angelândia

CoutodeMagalhãesde M inas

Jenipapode Minas

José Gonçalvesde Minas

São Gonçalodo Rio Preto

SantaHelenade Minas

Glaucilândia

Serra dosAimorés

DivisaAlegre

PresidenteKubitschek

Ouro Verdede Minas

NovaPorteirinha

B a h i aB a h i a

G o i a sG o i a s

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l

T o c a n t i n sT o c a n t i n s

41°W

41°W

44°W

44°W

47°W

47°W

16°S 16°S

19°S 19°S

MAPA 7 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR ESTIAGEM E SECAEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3000000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 44° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

    O    C     E     A     N

    O

    O    C     E     A     N

    O

     A     T     L      Â

     N     T     I

    C    O

     A     T     L      Â

     N     T     I

    C    O

Número deregistros

1 - 3

4 - 7

8 - 11

12 - 14

15 - 18

Legenda das mesorregiões

1 - Jequitinhonha2 - Norte de Minas3 - Noroeste de Minas4 - Vale do Mucuri

1

2

3

4

29ESTIAGEM E SECA

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7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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29Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Uberlândia

Serro

Ferros

Aimorés

Buenópolis

Água Boa

Resplendor 

Açucena

Augus to deLima

Itambacuri

ConselheiroPena

Rio Vermelho

Divinópolis

AntônioDias

Conceiçãodas Alagoas

Lagoa FormosaInimutaba

Jampruca

Joaquim Felício

Coluna

Estrela doIndaiá

CampanárioPescador Santo Hipólito

DomJoaquim

NovaMódica

Carmésia

Morro da Gar ça

Durandé

Materlândia

Maravilhas

GonzagaSenhorado Porto

Goianá

Cambuquira

São Josédo Jacur i

Alper cata

São Josédo Divino

Urucânia

Divino dasLaranjeiras

Central deMinas

Goiabeira

São Joséda SafiraSer ra Azul

de Minas

Rodeiro

Prudentede Morais

Divinolândiade Minas

Confins

AntônioPrado deMinas

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

G o i a sG o i a s

P a r a n áP a r a n á

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l

B a h i aB a h i a

43°W

43°W

46°W

46°W

49°W

49°W

19°S   19°S

22°S   22°S

MAPA 8 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR ESTIAGEM E SECAEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

    O

    C     E     A     N

    O

    O

    C     E     A     N

    O

     A     T     L      Â

     N     T     I

    C

    O

     A     T     L      Â

     N     T     I

    C    O

Número deregistros

1

2

3

4 - 5

6 - 11

Legenda das mesorregiões

1 - Campo das Vertentes2 - Central Mineira3 - Metropolitana de Belo Horizonte

4 - Oeste de Minas5 - Sul/Sudeste de Minas6 - Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba

7 - Vale do Rio Doce8 - Zona da Mata

1

3

2

4

5

76

8

30 ESTIAGEM E SECA

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

DESASTRES NATURAIS EM MINAS GERAIS DE 1991A 2010

ESTIAGEM E SECA

Os desastres relativos aos fenômenos de estiagens e

secas compõem o grupo de desastres naturais relacionadosà intensa redução das precipitações hídricas.

O conceito de estiagem está diretamente relacionad o

à redução das precipitações pluviométricas, ao atraso dos

períodos chuvosos ou à ausência de chuvas previstas para

uma determinada temporada, em que a perda de umidade

do solo é superior a sua reposiçã o (CASTRO, 2003). A redução

das precipitações pluviométricas relaciona-s e com a dinâmica

atmosférica global, que comanda as variáveis climatológicas

relativas aos índices de precipitação pluviométrica.

O fenômeno estiagem é considerado existente

quando há um atraso superior a quinze dias do início da

temporada chuvosa e quando as médias de precipitaçãopluviométricas mensais dos meses chuvosos permanecem

inferiores a 60% das médias mensais de longo período, da

região considerada (CASTRO, 2003).

A estiagem é um dos desastres de maior ocorrência

e impacto no mundo, devido, principalmente, ao longo

período em que ocorre e a abrangência de grandes áreas

atingidas (GONÇALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2006). Assim,

a estiagem, enquanto desastre, produz reflexos sobre as

reservas hidrológicas locais, causando prejuízos à agricult ura

e à pecuária. Dependendo do tamanho da cultura realizada,

da necessidade de irrigação e da importância desta na

economia no município, os danos podem apresentar

magnitudes economicamente catastróficas. Seus impactos

na sociedade, portanto, resultam da relação entre eventos

naturais e as atividades socioeconômicas desenvolvidas

na região, por isso a intensidade dos danos gerados é

proporcional à magnitude do evento adverso e ao grau

de vulnerabilidade da economia local ao evento (CASTRO,

2003).

As estiagens, se comparadas às secas, são menos

intensas e caracterizam-se pela menor intensidade e por

menores períodos de tempo. Assim, a forma crônica deste

fenômeno é denominada como seca (KOBIYA MA et al., 2006).

A seca, do ponto de vista meteorológico, é uma estiagem

prolongada, caracterizada por provocar uma redução

sustentada das reservas hídricas existentes (CASTRO, 2003).Na seca, para que se configure o desastre, é

necessária uma interrupção do sistema hidrológico de forma

que o fenômeno adverso atue sobre um sistema ecológico,

econômico, social e cultural, vulnerável à redução das

precipitações pluviométricas. O desastre seca é considerado,

também, um fenômeno social, pois caracteriza uma situação

de pobreza e estagnação econômica, advinda do impacto

desse fenômeno meteorológico adverso. Desta forma, a

economia local, sem a menor capacidade de gerar reservas

financeiras ou de armazenar alimentos e demais insumos, é

completamente bloqueada (CASTRO, 2003).

Além de fatores climáticos de escala global, como La

Niña , as características geoambientais podem ser elementos

condicionantes na frequência, duração e intensidade dos

danos e prejuízos desses desastres. As formas de relevo

e a altitude da área, por exemplo, podem condicionar o

deslocamento de massas de ar, interferindo na formação de

nuvens e, consequentemente, na precipitação (KOBIYAMA et

al., 2006). O padrão estrutural da rede hidrográfica pode ser

também um condicionante físico que interfere na propensão

para a construção de reservatórios e captação de água. O

porte da cobertura vegetal pode ser caracterizado, ainda,

como outro condicionante, pois retém umidade, reduz a

evapotranspiração do solo e bloqueia a insolação direta no

solo, diminuindo também a atuação do processo erosivo

(GONÇALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2004).

Desta forma, situações de secas e estiagens não

são necessariamente consequências somente de índices

pluviais abaixo do normal ou de teores de umidade de solos

e ar deficitários. Pode-se citar como outro condicionante o

manejo inadequado de corpos hídricos e de toda uma bacia

hidrográfica, resultados de uma ação antrópica desordenadano ambiente. As consequências, nestes casos, podem

assumir características muito particulares, e a ocorrência

de desastres, portanto, pode ser condicionada pelo efetivo

manejo dos recursos naturais realizado na área (GONÇAL VES;

MOLLERI; RUDORFF, 2004).

Estas duas tipologias de desastres naturais, adotadas

em uma mesma classificação no Atlas, são intensamente

recorrentes nas duas décadas analisadas, totalizando 1.933

registros oficiais no Estado de Minas Gerais.

Todos esses registros estão espacializados em dois

mapas: Mapa 7 (Desastres naturais causados por estiagem e

seca em Mesorregiões de Minas Gerais no período de 1991

a 2010) e Mapa 8 (Desastres naturais causados por estiagem

e seca nas em Mesorregiões de Minas Gerais no período de

1991 a 2010), que apresentam um total de 230 municípios

afetados, representando 27% do total de municípios do

Estado.

Estes municípios pertencem a diferentes mesorregiões

mineiras, entretanto, o número de registros é crescente do

Figura 5 – Rio completamente seco, Campo Azul

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

31ESTIAGEM E SECA

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7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

 

Municípios Atingidospor Estiagem e Seca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalRio Pardo de Minas 18

Francisco Sá 17Indaiabira 17

Ubaí 17Araçuaí 16

Bocaiúva 16Brasília de Minas 16

Catuti 16Chapada Gaúcha 16

Gameleiras 16Grão Mogol 16Guaraciama 16

Ibiracatu 16Itaobim 16

Josenópolis 16Mamonas 16

Porteirinha 16

São Francisco 16Vargem Grande do Rio Pardo 16

Campo Azul 15Comercinho 15

Cristália 15Curral de Dentro 15

Engenheiro Navarro 15Espinosa 15

Francisco Dumont 15Glaucilândia 15

Ibiaí 15Luislândia 15

Matias Cardoso 15Monte Azul 15Pai Pedro 15

Pedras de Maria da Cruz 15Salinas 15

São João da Ponte 15Taiobeiras 15

Capitão Enéas 14

Chapada do Norte 14Coração de Jesus 14

Itacarambi 14Jaíba 14

Janaúba 14Jenipapo de Minas 14

José Gonçalves de Minas 14Lagoa dos Patos 14

Manga 14

Mato Verde 14Ninheira 14

Novorizonte 14Pedra Azul 14

Riacho dos Machados 14Serranópolis de Minas 14

Virgem da Lapa 14Berilo 13

Coronel Murta 13Francisco Badaró 13

Fruta de Leite 13Icaraí de Minas 13

4013 26

183

362

179207

101 109137 137

177

78

184

0

200

400

centro para norte do território, com um número maior de

registros nas mesorregiões Vale do Mucuri, Jequitinhonha,

Norte de Minas e Noroeste de Minas (Mapa 7). Dessas,

destaca-se a Mesorregião Norte de Minas, por ter a maioria

dos municípios com mais de 10 registros entre os anos

analisados, e por todos os seus 89 municípios terem sidoafetados.

Estas mesorregiões situam-se em área, classificada

por Köppen, com clima tropical seco (BSw), com chuvas

no verão e precipitações anuais sempre inferiores a 1.000

mm e normalmente inferiores a 750 mm (EMBRAPA, 2011).

O extremo norte do Estado ainda é parte integrante do

Polígono das Secas, quente e seco, que diverge do sul do

Estado, com topografia acidentada, possui em maior parte

clima mesotérmico com verão chuvoso e maiores índices

pluviométricos (TONIETTO et. al, 2006).

Deste modo, as mesorregiões situadas ao sul doEstado apresentaram poucos municípios com registros do

evento, sendo: 5 municípios na Zona da Mat a, 3 no Triângulo

Mineiro, 1 no Sul/Sudeste de Minas, 1 no Oeste de Minas e

nenhum em Campo das Vertentes (Mapa 8).

Dos 230 municípios afetados, os mais atingidos,

de acordo com o Infográco 1 (Municípios atingidos por

estiagens e secas) foram Rio Pardo de Minas, com 18 registros,

e Ubaí, Indaiabira e Francisco Sá, com 17 registros de desastres.

Infográco 1 – Municípios atingidos por estiagens e secas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010Figura 6 – Busca de água durante o período seco em Jequitinhonha

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

32  

ESTIAGEM E SECA

Page 32: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Berilo 13Coronel Murta 13

Francisco Badaró 13Fruta de Leite 13

Icaraí de Minas 13Itacambira 13Januária 13

Juramento 13

Medina 13Mirabela 13Pintópolis 13

Rubelita 13São João do Paraíso 13

Várzea da Palma 13Verdelândia 13

Berizal 12Bonito de Minas 12

Carbonita 12Claro dos Poções 12Cônego Marinho 12

Itinga 12

Japonvar 12Jequitaí 12

Minas Novas 12Montezuma 12

Olhos-d'Água 12Padre Carvalho 12

São Romão 12Urucuia 12

Varzelândia 12Divisa Alegre 11

Joaquim Felício 11Lassance 11Lontra 11

Montes Claros 11Padre Paraíso 11

Patis 11Ponto Chique 11

Rubim 11Santo Antônio do Retiro 11

Veredinha 11Arinos 10

Botumirim 10Itamarandiba 10

Jacinto 10Nanuque 10

Novo Cruzeiro 10Pirapora 10

Santa Cruz de Salinas 10

São João da Lagoa 10Serro 10

Turmalina 10Águas Vermelhas 9

Campanário 9Capelinha 9

Caraí 9Juvenília 9

Leme do Prado 9Miravânia 9

Nova Porteirinha 9Santa Fé de Minas 9

Santo Antônio do Jacinto 9São João do Pacuí 9

 

Municípios Atingidospor Estiagem e Seca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

4013 26

183

362

179207

101 109137 137

177

78

184

0

200

400

Todos se localizam na Mesorregião Norte de Minas, onde a

umidade relativa mensal chega a 52%, a temperatura mensal

em torno de 24ºC e as médias pluviométricas cam em 180mm anuais (TONIETTO et al., 2006).

Como visto, o Estado de Minas Gerais apresenta

distribuição espacial no volume de chuvas, diminuindo de

sul para o norte, mas também, tem característica sazonal,

apresentando duas estações bem definidas, uma seca e uma

chuvosa.

Dessa maneira, apesar de ter registros em todos os

meses do ano, Minas Gerais apresentou distribuição desigual

dos registros de estiagens e secas durante os meses, de

acordo com o Gráfico 1 (Frequência mensal de estiagens e

secas 1991-2010). Os meses mais afetados corres pondem aosmenos chuvosos, de maio a setembro conforme ANA/SGH

(2010). Destacando-se o mês de maio, com 196 registros,

 julho , co m 186 regis tros, e agosto, com 5 12 regist ros.

Com base nos totais de registros distribuídos ao longo

dos meses, deve-se considerar que, para a caracterização

de um desastre natural por estiagem ou seca em Minas

Gerais, é necessário, no mínimo, algumas semanas com

déficit hídrico. Portanto, os registros do trimestre outubro,

Gráco 1 - Frequência mensal das estiagens e secas em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010

512500

600

Frequência mensal de estiagem e seca

(1991 a 2010)

144 115   79   88

196

69

186

131 90   79

244

0

100

200

300

400

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Continuação...

33l il i d i | 1991 2010 | l i G i

 

ESTIAGEM E SECA

Page 33: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

rav n aNova Porteirinha 9Santa Fé de Minas 9

Santo Antônio do Jacinto 9São João do Pacuí 9

Almenara 8Cachoeira de Pajeú 8

Aricanduva 8Buritizeiro 8

Carlos Chagas 8Diamantina 8Divisópolis 8

Joaíma 8

Malacacheta 8Monte Formoso 8

Ponto dos Volantes 8Salto da Divisa 8

São João das Missões 8Águas Formosas 7

Angelândia 7Felisburgo 7Frei Gaspar 7

Jequitinhonha 7

Montalvânia 7Rio do Prado 7

Setubinha 7Crisólita 6

Franciscópolis 6Itaipé 6

Novo Oriente de Minas 6Palmópolis 6Poté 6

Riachinho 6Santa Helena de Minas 6Santa Maria do Salto 6

Senador Modestino Gonçalves 6Ataléia 5

Bandeira 5Bertópolis 5

Bonfinópolis de Minas 5Buritis 5Catuji 5

Couto de Magalhães de Minas 5Datas 5

Felício dos Santos 5São Gonçalo do Rio Preto 5

Fronteira dos Vales 5Itambacuri 5Jordânia 5

Machacalis 5Mata Verde 5

Ouro Verde de Minas 5

Pavão 5Rio Vermelho 5Santo Hipólito 5

Serra dos Aimorés 5Umburatiba 5Goiabeira 4Ladainha 4Pescador 4

Teófilo Otoni 4

Açucena 3Aimorés 3

Augusto de Lima 3 

Municípios Atingidospor Estiagem e Seca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

4013 26

183

362

179207

101 109137 137

177

78

184

0

200

400

novembro e dezembro possivelmente refletem as situações

de emergência após o período menos chuvoso no Estado.

Destaca-se o mês de dezembro, por ser considerado ummês chuvoso, no entanto teve 244 registros entre os anos

de 1991 e 2010.

Durante a estação chuvosa, na qual dezembro

se insere, pode ocorrer um período de estiagem também

conhecido como veranico. Este fenômeno apresenta como

possível causa os mecanismos de larga-escala, que atuam no

regime das chuvas em Minas Gerais, denominados Alta da

Bolívia e o Cavado Compensador Leste (CUPOLILLO, 2002).

Os primeiros registros de estiagens e secas ocorrer am

em 1993, quando 40 municípios decretaram estado de

calamidade pública ou situação de emergência. No anomais atingido, 2001, foi decretada situação de emergência

em 157 municípios diferentes. O município mais atingido

foi Campanário, com 4 registros nos meses de abril, julho,

agosto e dezembro.

Segundo os documentos oficiais, a maior parte das

ocorrências de 2001 esteve concentrada nos meses de maio

e dezembro, sendo 139 e 153 registros respectivamente.

Em maio, as chuvas observadas em grande parte da Região

Gráco 2 - Médias pluviométricas em 2001, com base nos dados das Esta-ções Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado de SantaCatarina

100,49

  111,57

176,87186,69

150

200

Médias pluviométricas em 2001

60,9140,55

20,1431,38

7,04   5,20   8,32  11,87

5   5   11 4   5   2   2   2   3   12   14   120

50

100

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

média mensal média dias de ch uva

Fonte: ANA/SGH, 2001. Adaptado por CEPED UFSC (2011).

Continuação...

34Atl B il i d D t N t i | 1991 2010 | V l Mi G i

 

ESTIAGEM E SECA

Page 34: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Pescador 4Teófilo Otoni 4

Açucena 3Aimorés 3

Augusto de Lima 3Brasilândia de Minas 3

Divinópolis 3Formoso 3

Alpercata 2Cabeceira Grande 2Coluna 2

Conselheiro Pena 2Gouveia 2

Guarda-Mor 2Lagamar 2

Lagoa Grande 2Natalândia 2

Presidente Kubitschek 2Resplendor 2

São Gonçalo do Abaeté 2Serra Azul de Minas 2

Urucânia 2Vazante 2

Água Boa 1Antônio Dias 1

Antônio Prado de Minas 1Buenópolis 1Cambuquira 1

Carmésia 1Central de Minas 1

Conceição das Alagoas 1

Confins 1Divino das Laranjeiras 1Divinolândia de Minas 1

Dom Bosco 1Dom Joaquim 1

Durandé 1Estrela do Indaiá 1

Ferros 1Goianá 1

Gonzaga 1Inimutaba 1Jampruca 1

João Pinheiro 1Lagoa Formosa 1

Maravilhas 1Materlândia 1

Morro da Garça 1Nova Módica 1

Paracatu 1Prudente de Morais 1

Rodeiro 1São José da Safira 1São José do Divino 1São José do Jacuri 1Senhora do Porto 1

Uberlândia 1Unaí 1

Uruana de Minas 1Varjão de Minas 1

1933Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro2 Registros

 

Municípios Atingidospor Estiagem e Seca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

4013 26

183

362

179207

101 109137 137

177

78

184

0

200

400

Sudeste foram inferiores a 50 mm, após dois meses com

chuvas abaixo da média, como pode ser observado no

Gráfico 2 (Médias pluviométricas em 2001)

Embora a precipitação tenha sido ligeiramente

acima da média no Sudeste, as vazões das grandes bacias

ainda permaneceram baixas, destacando-se os postos

Emborcação, Itumbiara, São Simão e Furnas em Minas

Gerais, da bacia do rio Paranaíba. A barragem de Três

Marias registrou uma vazão menor do que a esperada.

Dessa forma, o governo adotou o racionamento do

consumo de energia para todos os segmentos da sociedade,

objetivando economizar o “volume útil” armazenado nas

hidrelétricas que viabilizam geração de energia elétrica no

país (CLIMANÁLISE, 2001).

Os eventos de estiagem e seca estão entre osfenômenos que causam desastres naturais com os maiores

períodos de duração, se, por exemplo, comparados com o

tempo de duração de inundações graduais e bruscas, granizo,

vendavais, erosões e movimentos de massa (GONÇALVES et al.,

2004), podendo, assim, atingir um número maior de pessoas.

Entre os anos de 1991 a 2010 foi registrado um total de mais

de 3 milhões de mineiros afetados pelas estiagens, conforme

3.291.778

2500000

3000000

3500000

    n     t    e    s

Danos humanos por estiagem e seca

(1991 a 2010)

1.768   1.781

137.031

5   82 2911.002

750

500000

1000000

1500000

      H    a      b

      i     t    a

Gráco 3 – Danos humanos ocasionados por estiagens e secas, no período de1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Continuação...

35Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

ESTIAGEM E SECA

Page 35: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

vida humana. Atinge ainda, de modo negativo, a dinâmica

ambiental e a conservação ambiental.REFERÊNCIAS

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da IntegraçãoNacional, 2003. 182 p.

CLIMANÁLISE - Boletim de Monitoramento e AnáliseClimática. Cachoeira Paulista, v. 16, n. 05, mai. 2001. Disponívelem: < http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/pdf/ pdf01/mai01.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2011.

CUPOLILLO, F. et. al. Espacialização de veranico em minasgerais: período de 1968 - 1988. In: CONGRESSO BRASILEIRODE METEOROLOGIA, 12., 2002, Foz de Iguaçu-PR. Anais... Fozde Iguaçu-PR: cbmet, 2002. Disponível em: <http://www.cbmet.com/cbm-files/11-645732dc527e483527f6dfd5679147c3.pdf>.Acesso em: 8 dez. 2011.EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.

Clima. 2011. Disponível em: <http://www.cnpf.embrapa.br/ pesquisa/efb/clima.htm>. Acesso em: 21 dez. 2011.

GONÇALVES, E. F.; MOLLERI, G. S . F.; RUDORFF, F. M. Distribuiçãodos desastres naturais no Estado de Santa Catarina: estiagem(1980-2003). In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE DESASTRESNATURAIS, 1., 2004, Florianópolis. Anais... Florianópolis: GEDN/ UFSC, 2004. p. 773-786. 1 CD-ROM.

KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais:conceitos básicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.

TONIETTO, J. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vitícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234,p. 32-55, set./out. 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/ 

scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>.Acesso em: 2 dez. 2011.

apresenta o Gráco 3 (Danos humanos por estiagens e

secas 1991-2010), deixando ainda 1.768 desalojados, 1.781

desabrigados, 137.031 deslocados, 5 desaparecidos, 82

levemente feridos, 29 gravemente feridos, 11.002 enfermos

e 75 mortos. Em episódios de extrema estiagem e seca é

comum um elevado número pessoas contrair algum tipo

de doença de veiculação hídrica, geralmente relacionada àingestão de águas contaminadas ou poluídas, ou mesmo pela

falta de água, causando desidratação.

O número de vítimas fatais relacionadas à ocorrência

de estiagens e secas foram registradas em apenas 5

municípios, sendo eles: Capitão Enéas, Curral de Dentro,

Icaraí de Minas, Rubim e Ubaí. O município de Curral de

Dentro, localizado na Mesorregião Norte de Minas, teve 48

óbitos relacionados com as 14 ocorrências que atingiram

sua área rural, deixando praticamente 100% das suas fontes

d'água secas em algumas ocorrências.

O município de São Francisco apresentou dezesseis

registros desastres por estiagens e secas no períodoanalisado, e em todos estes episódios decretou situação de

emergência. Embora não tenha ocorrido nenhum óbito, foi

o município que apresentou o maior número de afetados,

com 112.407 habitantes.

As estiagens e secas são recorrentes no Estado

de Minas Gerais. Devido ao elevado número de pessoas

afetadas e mortas, esses fenômenos devem ser monitoradas,

principalmente nos meses da estação seca, onde há uma

significativa diminuição das precipitações. Outro problema

relacionado às estiagens e secas, associadas à influência

antrópica, são os focos de incêndios florestais.Esses fenômenos naturais favorecem ainda a uma

considerável redução nos níveis de água dos cursos d’água

e provocam o ressecamento dos leitos em rios de menor

porte. Afeta as áreas produtivas, provocando perdas nas

lavouras e causa prejuízo aos agricultores, compromete

os reservatórios de água, resultando em sede, fome, e na

perda de rebanho, bem como em problemas de risco à

36Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 36: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Serro

Itabira

Mutum

Ferros

Aimorés

Mariana

Itambacuri

ÁguaBoa

Caratinga

Ouro Preto

Inhapim

Governador Valadares

Guanhães

Galiléia

Resplendor 

Açucena

Caeté

ConselheiroPena

Pocrane

Itueta

Baldim

Jaboticatubas

Sabinópolis

Mantena

Esmeraldas

Coroaci

Tarumirim

Itabirito

Pitangui

Cordisburgo

Marliéria

ConceiçãodoMato Dentro

AntônioDias

Betim

Paraopeba

Itanhomi

SantanadePirapama

Alvinópolis

Brumadinho

Jampruca

Ipanema

Itaguara

Jequitibá

Coluna

SantaB árbara

Tumiritinga

Bonfim

Sete Lagoas

Dionísio

Sabará

NovaLima

NovaEra

BeloVale

Virginópolis

Campanário

Pequi

Morrodo Pilar 

Frei Inocêncio

Itatiaiuçu

São Domingosdo Prata

Dom Joaquim

Alvarenga

Inhaúma

Jeceaba

Carmésia

Congonhas

Joanésia

Periquito

Rio Piracicaba

Sobrália

Paulistas

Maravilhas

Gonzaga

Entre Rios deMinas

Rio Acima

Moeda

Rio Manso

Ipatinga

Cuparaque

Taparuba

Ipaba

Sardoá

Naque

Funilândia

Contagem

Timóteo

Queluzito

UbaporangaJaguaraçu

NovaBelém

Bom Jesusdo Galho

SantaMariadeItabira

SantaRitadoItueto

Materlândia

Congonhasdo Norte

Belo

Horizonte

São JoãoEvangelista

Matozinhos

Senhorado Porto

BarãodeCocais

SantaLuzia

Dores deGuanhães

PedroLeopoldo

São Sebastião

do Maranhão

São Josédo Jacuri

LagoaSanta

ConselheiroLafaiete

Taquaraçude Minas

NacipRaydan

Divino dasLaranjeiras

Crucilândia

São Pedrodo Suaçuí

Igarapé

Santanado Paraíso

José Raydan

Cantagalo

Imbé deMinas

Ibirité

São Gonçalodo Rio Abaixo

São Geraldodo Baixio

Juatuba

Centralde Minas

Coronel Fabriciano

Goiabeira

São Joséda Safira

Conceiçãode Ipanema

EngenheiroCaldas

Santanados Montes

Passabém

São Josédo Goiabal

São Félixde Minas

Raposos

VargemAlegre

Ribeirãodas Neves

FernandesTourinho

Sarzedo

EntreFolhas

CapimBranco

São Geraldoda Piedade

Divinolândiade Minas

Vespasiano

João Monlevade

Dom Cavati

São Joãodo Oriente

São Joãodo Manteninha

BelaVistade Minas

SantaEfigêniade Minas

PiedadedeCaratinga

Pingo-D'Água

SantaB árbarado Leste

São Sebastião do Rio Preto

São Sebastiãodo Anta

São Joaquimde Bicas

Cachoeirada Prata

São Joséda Lapa

MárioCampos

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

41°W

41°W

43°W

43°W

45°W

45°W

18°S   18°S

20°S   20°S

MAPA 9 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESMETROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 16 32 48 64 80 km

1:1600000

Número deregistros

1

2

3 - 4

5 - 6

7 - 12

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

37Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 37: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

Unaí

Bur itis

 Ar inos

Ibiá

Uberaba

Tiros

Curvelo

For moso

Uber lândia

 Ar aguar i

Pompéu

Patrocínio

Coromandel

Sac ramen to

Santa V itór ia

Três Marias

Patos de Minas

 Ar axá

ItapagipeIturama

Pr esidenteOlegár io

Guar da-Mor 

Brasilândia de Minas

Capinópolis

São Gotardo

Conqu ista

MartinhoCampos

Conceiçãodas Alagoas

Inimutaba

JoaquimFelício

Natalândia

PresidenteJuscelino

Guimarânia

ÁguaComprida

SantoHipólito

Matutina

Moema

Morr oda Garça

G o i a sG o i a s

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

B a h i aB a h i a

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l

D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l

44°W

44°W

47°W

47°W

50°W

50°W

16°S   16°S

19°S   19°S

MAPA 10 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,NOROESTE MINEIRO E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3000000

Número deregistros

1

2

3

4

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

38Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 38: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

G o i a sG o i a s

Januária

Buritizeiro

Jaíba

Bocaiúva

Lassance

Grão Mogol

Araçuaí

Manga

Ataléia

Teófilo Otoni

Salinas

Janaúba

Bonito de Minas

Almenara

Joaíma

Caraí

Carlos Chagas

Itamarandiba

São Romão

Ibiaí

Espinosa

Jacinto

MedinaRiachinho

Ubaí

Itacambira

Nanuque

Porteirinha

Jequitaí

Botumirim

SantaFéde Minas

Carbonita

Rubim

PedraAzul

Minas Novas

Poté

Rubelita

Pintópolis

Montalvânia

Coração de Jesus

Matias Cardoso

Verdelândia

Crisólita

Juvenília

NovoCruzeiro

Taiobeiras

Turmalina

Cristália

Indaiabira

São João da Ponte

Montezuma

Capelinha

Pavão

Itaobim

São João do ParaísoMonte Azul

Mirabela

Pirapora

Jordânia

Riacho dos Machados

Felisburgo

Malacacheta

Comercinho

Bandeira

Franciscópolis

Águas Formosas

Campo Azul

Ibiracatu

Brasíliade Minas

Capitão EnéasFrutadeLeite

Frei Gaspar 

São Joãoda Lagoa

Catuti

Josenópolis

Chapadado Norte

PontoChique

Luislândia

Mato Verde

Juramento

Icaraí deMinas

Palmópolis

Claro dosPoções

PadreParaíso

Umburatiba

Cachoeirade Pajeú

SantoAntôniodo Retiro

NovoOrientede Minas

Machacalis

PadreCa rvalho

FranciscoBadaró

Aricanduva

MataVerde

SantoAntôniodo Jacinto

Vargem Grandedo Rio Pardo

Fronteirados Vales

Angelândia

CoutodeMagalhãesde Minas

Jenipapode Minas

São Gonçalodo Rio Preto

Glaucilândia

Ouro Verdede Minas

B a h i aB a h i a

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

40°W

40°W

43°W

43°W

46°W

46°W

15°S   15°S

18°S   18°S

MAPA 11 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESNORTE DE MINAS, JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 25 50 75 100 125 km

1:2500000

Número deregistros

1

2

3

4

6

39Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 39: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

Formiga

Passos

Delfinópolis

Oliveira

Alfenas

Cássia

Andrelândia

Cláudio

Itaúna

Jacuí

Candeias

Pains

Aiuruoca

Cruzília

Iguatama Divinópolis

Tapiraí

Capitólio

Boa Esperança

Três CoraçõEs

Ouro Fino

Pimenta

CamposGerais

Itamonte

Virgínia

Campo Belo

Alpinópolis

Pouso Alegre

Ipuiúna

ElóiMendes

PoçoFundo

Aguanil

PerdõEs

Cabo Verde

Cambuí

Piracema

Lambari

Monte Sião

Pouso Alto

Itapeva

Munhoz

Alagoa

CarmodaMata

Natércia

Pratápolis

Sapucaí-Mirim

Ibituruna

Heliodora

Capetinga

Bocaina deMinas

CarmodoCajuru

Guaranésia

BuenoBrandão

Igaratinga

São Gonçalodo Sapucaí

NovaSerrana

Piranguçu

Passa-Vinte

Carmode Minas

SantoAntôniodo Amparo

Carmópolisde Minas

Maria da Fé

São ThomédasLetras

Bom Repouso

ConceiçãodoRio Verde

Cordislândia

São Franciscode Paula

Conceiçãodo Pará

Seritinga

São Tomásde Aquino

São Gonçalodo Pará

Fortalezade Minas

Caxambu

Marmelópolis

SantanadoJacaré

SãoLourenço

44°W

44°W

46°W

46°W

48°W

48°W

20°S 20°S

22°S 22°S

MAPA 12 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km

1:1750000

Número deregistros

1

2

3

4

40Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

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7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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t as as e o de esast es atu a s | 99 a 0 0 | o u e as Ge a s

 

Muriaé

Juiz de Fora

Ubá

Leopoldina

Piranga

Lavras São João Del Rei

Jequeri

Barbacena

Lima Duarte

Miraí

Raul Soares

Lajinha

Divino

Ervália

Itutinga

Palma

Mercês

Simonésia

Viçosa

Nepomuceno

Santos Dumont

Matipó

Cataguases

PonteNova

Alto Rio Doce

Além Paraíba

Rio Casca

Rio Preto

Prados

Chalé

Tombos

Carangola

Nazareno

Guarani

Araponga

Barra Longa

Fervedouro

Lagoa Dourada

Recreio

Guaraciaba

Miradouro

Guiricema

Canaã

Espera Feliz

Laranjal

Bicas

Durandé

Eugenópolis

Rio Pomba

Mar de Espanha

Rio Novo

Sericita

Caputira

Brás Pires

Reduto

Piraúba

Descoberto

TocantinsGuidoval

Lamim

Pirapetinga

Sem-Peixe

Urucânia

SantaMargarida

Dom Silvério

Silveirânia

Caparaó

DoresdoTurvo

Caiana

Manhumirim

São Geraldo

Luisburgo

FariaLemos

Acaiaca

Coimbra

Rio Doce

Presidente Bernardes

Guarará

Barroso

Paiva

Madre de Deusde Minas

SantaRitadeJacutinga

Santanado

Manhuaçu

AstolfoDutra

PedradoAnta

Alto Jequitibá

SantaCruz doEscalvado

Senhora dosRemédios

ViscondedoRio Branco

MatiasB arbosa

Senador Firmino

Oratórios

Simão Pereira

SantanadoDeserto

Amparo do Serra

Alto Caparaó

Tiradentes

Coronel Pacheco

SantanadeCataguases

Itamaratide Minas

SantoAntôniodo Grama

Ewbank daCâmara

Patrocínio do Muriaé

DonaEusébia

AntônioPrado deMinas

PiedadedePonteNova

RibeirãoVermelho

SantaCruzde Minas

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

42°W

42°W

43°30'W

43°30'W

45°W

45°W

20°30'S   20°30'S

22°S   22°S

MAPA 13 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO BRUSCA NASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km

1:1250000

Número deregistros

1

2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

41Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 41: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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INUNDAÇÃO BRUSCA

Inundações bruscas e alagamentos compõem o grupo

de desastres naturais relacionados com o incremento das

precipitações hídricas e com as inundações.

As inundações bruscas (enxurradas) são aquelas

provocadas por chuvas intensas e concentradas em locais derelevo acidentado ou mesmo em áreas planas, caracterizando-se

por rápidas e violentas elevações dos níveis das águas, as quais

escoam de forma rápida e intensa. Nessas condições, ocorre

um desequilíbrio entre o continente (leito do rio) e o conteúdo

(volume caudal), provocando transbordamento (CASTRO, 2003).

Por ocorrer em um período de tempo curto, este fenômeno

costuma surpreender por sua violência e menor previsibilidade,

provocando danos materiais e humanos mais intensos do que

as inundações graduais (GOERL; KOBIYAMA, 2005).

Os alagamentos, também incluídos nesta classicação

do Atlas, caracterizam-se pelas águas acumuladas no leito

das ruas e nos perímetros urbanos decorrentes de fortesprecipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de

drenagem decientes, podendo ter ou não relação com processos

de natureza uvial (MIN. CIDADES/IPT, 2007). Canholi (2005)

explica que a drenagem urbana das grandes metrópoles foi,

durante muitos anos, abordada de maneira acessória, e somente

em algumas metrópoles a drenagem urbana foi considerado

fator preponderante no planejamento da sua expansão. Desta

forma, assiste-se atualmente a um conjunto de eventos trágicos

a cada período de chuvas, que se reproduzem em acidentes de

características semelhantes em áreas urbanas de risco em todo

país - vales inundáveis e encostas erodíveis - inexistindo, na quase

totalidade de municípios brasileiros, qualquer política pública

para equacionamento prévio do problema (BRASIL, 2003).

Há certa diculdade na distinção dos t ipos de inundação.

Isto se deve à diculdade de identicação do fenômeno em

campo e à ambiguidade das denições existentes. Além dos

problemas tipicamente conceituais e etimológicos, algumas

características comportamentais são similares para ambas às

inundações, ou seja, ocorrem tanto nas inundações bruscas

como nas graduais (KOBIYAMA et al., 2006).

Conforme Castro (2003), é comum a combinação dos

fenômenos de inundação brusca (enxurrada) e alagamento em áreas

urbanas acidentadas, como ocorre no Rio de Janeiro, Belo Horizonte

e em cidades serranas, causando danos ainda mais severos.

Esses tipos de fenômenos são bastante recorrentes em

várias regiões do país, principalmente nas estações chuvosas.

Enquanto desastre natural, as inundações bruscas somam no

Estado de Minas Gerais 935 registros ociais entre os anos de

1991 a 2010.

Esses registros foram espacializados, para melhor

visualização, em cinco mapas: Mapa 9  (Desastres Naturais

causados por inundação brusca nas Mesorregiões Metropolitana

de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no período de 1991 a

2010), Mapa 10 (Desastres Naturais causados por inundação

brusca nas Mesorregiões Central Mineira, Noroeste Mineiro e

Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010),

Mapa 11  (Desastres Naturais causados por inundação brusca

nas Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale

do Mucuri no período de 1991 a 2010), Mapa 12 (DesastresNaturais causados por inundação brusca nas Mesorregiões

Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a

2010) e Mapa 13 (Desastres Naturais causados por inundação

brusca nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da Mata

no período de 1991 a 2010).

Observa-se que dos 853 municípios pertencentes

ao Estado, 481 municípios (56,38%), localizados em todas as

mesorregiões, apresentam registros de inundações bruscas

entre os anos de 1991 e 2010. Entretanto, as mesorregiões que

apresentaram o maior número de ocorrências foram a Zona

da Mata com 234, Vale do Rio Doce com 173 e Metropolitana

de Belo Horizonte com 167, que estão inseridas nas baciashidrográcas do rio Paraíba do Sul, rio Doce e rio das Velhas,

respectivamente.

Este fato pode estar associado às localizações das

mesorregiões mais afetadas no centro-leste do Estado, em

regiões de vales, próximas as serras da Mantiqueira, serras do

Quadrilátero Ferrífero e serra do Caparaó. E também às suas

maiores concentração populacional e densidade demográca,

em relação às outras mesorregiões de Minas Gerais.

O município que se destaca por ter a maior recorrência

do evento adverso é Contagem, localizado na Mesorregião

Metropolitana de Belo Horizonte, com 12 ocorrências, na classe

7-12 conforme Mapa 9. Na mesma classe do Mapa 9, com 9

ocorrências registradas, estão os municípios com a segunda

maior recorrência registrada entre 1991 a 2010, Congonhas e

Periquito, localizados nas mesorregiões Metropolitana de Belo

Horizonte e Vale do Rio Doce, respectivamente. Os demais

municípios e seus totais de registros de inundações bruscas, além

dos mapas, podem ser vericados no Infográco 2 (Municípios

atingidos por inundações bruscas), que apresenta os municípios

atingidos e respectivos anos de ocorrência.

Os primeiros registros por enxurradas ou inundação

brusca ocorreram em 1992, em fevereiro no município de Monte

Azul e em março no município de Espinosa, ambos localizados

na Mesorregião Norte de Minas.

Os próximos registros só foram ocorrer em 1995,

quando 3 municípios decretaram situação de emergência ou

calamidade pública, em janeiro o município de Água Comprida eem dezembro os municípios de Lajinha e Padre Paraíso. A partir

daquele ano, todos os anos da pesquisa obtiveram registros

de desastres por inundações bruscas em municípios de Minas

Gerais. Os anos de maior destaque, com total de regist ros acima

de 100, foram em 1997, com 215, e 2004, com 131. Em 1997,

o mês com quase todas as ocorrências de inundações bruscas

registradas foi janeiro, com 205 registros.

Já em 2004, os meses com as maiores ocorrências de

inundações bruscas registradas foram: janeiro (com 52 registros) e

fevereiro (com 30 registros). Estes números elevados de registros

em alguns meses são explicados pelos índices pluviométricos

acima do normal, particularmente no trimestre de janeiro,fevereiro e março, concentradas em poucas horas ou dias. O

Gráco 4 (Médias pluviométricas em 2004) mostra que no mês

de janeiro, precipitou quase 260 mm, em 16 dias de chuvas, e em

fevereiro, cerca de 240 mm, em 15 dias. No ano inteiro, o total

pluviométrico médio acumulado no Estado de Minas Gerais foi

de 1.192,3mm, distribuídos em média de 90 dias com chuva.

De acordo com o Boletim de Informações Climáticas

do CPTEC/INPE, o mês de janeiro de 2004 foi marcado pela

42Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA  

Page 42: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

Contagem 12Congonhas 9Periquito 9

Ibirité 8Ponte Nova 8

Muriaé 7Açucena 6

Cataguases 6Chalé 6

Conselheiro Lafaiete 6Coronel Fabriciano 6

Sabinópolis 6Salinas 6

Belo Horizonte 5Carangola 5

Espera Feliz 5Inhapim 5

Mar de Espanha 5Visconde do Rio Branco 5

Aimorés 4Alto Rio Doce 4

Alvinópolis 4Buritizeiro 4

Campo Belo 4Candeias 4

Cássia 4Coroaci 4Divino 4

Durandé 4Faria Lemos 4

Guarani 4Itueta 4

Jaboticatubas 4Janaúba 4Jeceaba 4

Jequeri 4Lajinha 4

Padre Paraíso 4Raul Soares 4

São José do Goiabal 4Ubá 4

Uberaba 4Vespasiano 4

Prados 4Águas Formosas 4

Aiuruoca 3Além Paraíba 3

Antônio Prado de Minas 3Ataléia 3

Bela Vista de Minas 3Betim 3

Bom Jesus do Galho 3Caeté 3

Campanário 3Canaã 3

Caxambu 3Claro dos Poções 3

Conceição de Ipanema 3Crucilândia 3

Divinolândia de Minas 3Dom Cavati 3

Ewbank da Câmara 3Formiga 3Galiléia 3

Guaraciaba 3Guidoval 3

Icaraí de Minas 3Igarapé 3Ipanema 3

Itambacuri 3Jequitaí  3Laranjal 3Lassance 3

Lima Duarte 3Maria da Fé 3

Marmelópolis 3Matozinhos 3

Mercês 3Miraí  3

Nova Era 3Novo Oriente de Minas 3

Padre Carvalho 3

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Miraí  3Nova Era 3

Novo Oriente de Minas 3Padre Carvalho 3

Passos 3Patos de Minas 3

Patrocínio do Muriaé 3Recreio 3

Resplendor 3Rio Preto 3Rubelita 3

Santa Bárbara do Leste 3Santa Efigênia de Minas 3Santa Maria de Itabira 3Santana dos Montes 3

Santos Dumont 3São Geraldo 3

São João del Rei 3São João do Oriente 3São José da Safira 3

São Lourenço 3Sardoá 3Serro 3

Simonésia 3Sobrália 3

Taparuba 3Teófilo Otoni 3

Timóteo 3Tocantins 3

Uberlândia 3Urucânia 3

Santa Cruz do Escalvado 3Alpinópolis 2Alvarenga 2

Andrelândia 2Angelândia 2

Antônio Dias 2Astolfo Dutra 2

Baldim 2

Barroso 2Bocaina de Minas 2

Bonfim 2Bonito de Minas 2Bueno Brandão 2

Buritis 2Campo Azul 2

Caparaó 2Caputira 2

Caratinga 2Carlos Chagas 2

Carmésia 2Carmópolis de Minas 2

Cláudio 2Coimbra 2Coluna 2

Comercinho 2Conceição do Mato Dentro 2

Conquista 2Coração de Jesus 2

Cruzília 2Dionísio 2

Divinópolis 2Dom Silvério 2Dona Eusébia 2

Engenheiro Caldas 2Entre Folhas 2

Entre Rios de Minas 2

Ervália 2Espinosa 2

Eugenópolis 2Ferros 2

Fortaleza de Minas 2Franciscópolis 2

Frei Gaspar 2Frei Inocêncio 2

Goiabeira 2Governador Valadares 2

Grão Mogol 2Guaranésia 2Heliodora 2

Ibiaí  2Ibiracatu 2

Igaratinga 2Ipatinga 2Ipuiúna 2Itabira 2

 

Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Infográco 2 – Municípios atingidos por inundações bruscas no Estado de Minas Gerais, período de 1991 a 2010 Continuação...

43Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

   

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 43: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 43/95

Ibiaí  2Ibiracatu 2

Igaratinga 2Ipatinga 2Ipuiúna 2Itabira 2

Itamarandiba 2Itamarati de Minas 2

Itamonte 2Itaobim 2

Itapagipe 2Itapeva 2Itaúna 2Jacuí  2

Jaguaraçu 2Jampruca 2Januária 2Jequitibá 2

João Monlevade 2Joaquim Felício 2

Josenópolis 2Juiz de Fora 2

Juvenília 2Lambari 2

Leopoldina 2Luisburgo 2Luislândia 2Machacalis 2

Manhumirim 2Mantena 2Mariana 2

Mata Verde 2Matias Barbosa 2Matias Cardoso 2

Matipó 2Mato Verde 2

Mirabela 2Miradouro 2

Morro do Pilar 2Munhoz 2Nanuque 2Natércia 2Oratórios 2Ouro Fino 2

Ouro Preto 2Palma 2

Paulistas 2Pedro Leopoldo 2

Perdões 2Piedade de Ponte Nova 2

Piracema 2Pitangui 2Pompéu 2

Porteirinha 2Presidente Bernardes 2Presidente Juscelino 2

Raposos 2Reduto 2

Ribeirão das Neves 2Ribeirão Vermelho 2

Rio Casca 2Rio Pomba 2

Sabará 2Santa Luzia 2

Santa Margarida 2Santana de Cataguases 2Santana de Pirapama 2Santana do Deserto 2

Santana do Manhuaçu 2

Santana do Paraíso 2Santo Antônio do Grama 2Santo Antônio do Retiro 2São Domingos do Prata 2

São Gotardo 2São José da Lapa 2

São José do Jacuri 2São Pedro do Suaçuí  2

São Sebastião do Anta 2Sarzedo 2

Sem-Peixe 2Senador Firmino 2

Sericita 2Simão Pereira 2

Tombos 2Tumiritinga 2

Unaí  2Viçosa 2

Virgínia 2Ouro Verde de Minas 2

 

Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Unaí  2Viçosa 2

Virgínia 2Ouro Verde de Minas 2

Pavão 2Piraúba 2

Ubaporanga 2Mesquita 1Itaverava 1Acaiaca 1

Água Boa 1Água Comprida 1

Aguanil 1Alagoa 1Alfenas 1

Almenara 1Alto Caparaó 1

Amparo do Serra 1Cachoeira de Pajeú 1

Araçuaí  1Araguari 1

Araponga 1Araxá 1

Aricanduva 1Arinos 1

Bandeira 1Barão de Cocais 1

Barbacena 1Barra Longa 1

Belo Vale 1Bicas 1

Boa Esperança 1Bocaiúva 1

Bom Repouso 1Botumirim 1

Brasilândia de Minas 1Brasília de Minas 1

Brás Pires 1Brumadinho 1Cabo Verde 1

Cachoeira da Prata 1Caiana 1Cambuí  1

Campos Gerais 1Cantagalo 1Capelinha 1Capetinga 1

Capim Branco 1Capinópolis 1

Capitão Enéas 1Capitólio 1

Caraí  1Carbonita 1

Carmo da Mata 1Carmo de Minas 1Carmo do Cajuru 1

Catuti 1Central de Minas 1

Chapada do Norte 1Conceição das Alagoas 1

Conceição do Pará 1Conceição do Rio Verde 1

Congonhas do Norte 1Conselheiro Pena 1

Cordisburgo 1Cordislândia 1Coromandel 1

Coronel Pacheco 1Couto de Magalhães de Minas 1

Crisólita 1Cristália 1

Cuparaque 1Curvelo 1

Delfinópolis 1Descoberto 1

Divino das Laranjeiras 1Dores de Guanhães 1

Dores do Turvo 1Elói Mendes 1Esmeraldas 1

São Gonçalo do Rio Preto 1Felisburgo 1

Fernandes Tourinho 1Fervedouro 1

Formoso 1Francisco Badaró 1

Fronteira dos Vales 1 

-

Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Continuação... Continuação...

44Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA   

Page 44: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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-

Pedra Azul 1Pedra do Anta 1

Pequi 1Piedade de Caratinga 1

Pingo-d'Água 1Pintópolis 1

Piranga 1Piranguçu 1

Pirapetinga 1Pirapora 1

Poço Fundo 1Pocrane 1

Ponto Chique 1Poté 1

Pouso Alegre 1Pouso Alto 1Pratápolis 1

Presidente Olegário 1Alto Jequitibá 1

Queluzito 1Riachinho 1

Riacho dos Machados 1Rio Acima 1Rio Doce 1

Rio Manso 1Rio Novo 1

Rio Piracicaba 1Rubim 1

Sacramento 1Santa Bárbara 1

Santa Cruz de Minas 1Santa Fé de Minas 1Santana do Jacaré 1

Santa Rita de Jacutinga 1Santa Rita do Itueto 1

Santa Vitória 1Santo Antônio do Amparo 1Santo Antônio do Jacinto 1

Santo Hipólito 1

São Félix de Minas 1São Francisco de Paula 1São Geraldo da Piedade 1São Geraldo do Baixio 1São Gonçalo do Pará 1

São Gonçalo do Rio Abaixo 1São Gonçalo do Sapucaí  1

São João da Lagoa 1São João da Ponte 1

São João do Manteninha 1São João do Paraíso 1São João Evangelista 1São Joaquim de Bicas 1

São Romão 1São Sebastião do Maranhão 1São Sebastião do Rio Preto 1

São Tomás de Aquino 1São Thomé das Letras 1

Sapucaí-Mirim 1Senhora do Porto 1

Senhora dos Remédios 1Seritinga 1

Sete Lagoas 1Silveirânia 1Taiobeiras 1

Tapiraí  1Taquaraçu de Minas 1

Tarumirim 1

Tiradentes 1Tiros 1

Três Corações 1Três Marias 1Turmalina 1

Ubaí  1Umburatiba 1

Vargem Alegre 1Vargem Grande do Rio Pardo 1

Verdelândia 1Virginópolis 1

Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 9353 Registros 2 Registros 1 Registro

Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Continuação...

Formoso 1Francisco Badaró 1

Fronteira dos Vales 1Fruta de Leite 1

Funilândia 1Glaucilândia 1

Gonzaga 1Guanhães 1Guarará 1

Guarda-Mor 1Guimarânia 1Guiricema 1

Ibiá 1Ibituruna 1Iguatama 1

Imbé de Minas 1Indaiabira 1Inhaúma 1

Inimutaba 1Ipaba 1

Itabirito 1Itacambira 1

Itaguara 1Itanhomi 1Itatiaiuçu 1Iturama 1Itutinga 1Jacinto 1Jaíba 1

Jenipapo de Minas 1Joaíma 1

Joanésia 1Jordânia 1

José Raydan 1Juatuba 1

Juramento 1Lagoa Dourada 1

Lagoa Santa 1Lamim 1

Lavras 1Madre de Deus de Minas 1Malacacheta 1

Manga 1Maravilhas 1

Mário Campos 1Marliéria 1

Martinho Campos 1Materlândia 1

Matutina 1Medina 1

Minas Novas 1Moeda 1Moema 1

Montalvânia 1Monte Azul 1Monte Sião 1Montezuma 1

Morro da Garça 1Mutum 1

Nacip Raydan 1Naque 1

Natalândia 1Nazareno 1

Nepomuceno 1Nova Belém 1Nova Lima 1

Nova Serrana 1

Novo Cruzeiro 1Oliveira 1

Pains 1Paiva 1

Palmópolis 1Paraopeba 1Passabém 1

Passa-Vinte 1Patrocínio 1Pedra Azul 1

Pedra do Anta 1Pequi 1

 -

 

Municipios Atingidos por Inundação Brusca

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010   Total

 

2 3 17

215

1 6 3 9

5289

131

89

50

99

4779

43

0

100

200

300

Continuação...

45Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 45: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 45/95

ocorrência de chuvas intensas em grande parte do Brasil que

causaram sérios prejuízos humanos e materiais, sendo que

o número de desabrigados ultrapassou 120 mil, segundo

informações do Ministério da Integração Nacional. O excesso dechuvas foi causado, entre outros fatores, pela intensicação da

oscilação intra-sazonal, resultando numa excepcional atuação

de sistemas frontais que permaneceram semiestacionários nas

Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Na primeira quinzena de

 janeiro, a atuação dos sistemas frontais, a conguração de três

episódios de ZCAS e o desenvolvimento de áreas de instabilidade

favoreceu a ocorrência de chuvas em toda a Região Sudeste. As

chuvas intensas no Espírito Santo, no centro e norte de Minas

Gerais e em São Paulo superaram a média do mês e ocasionaram

inundações e deslizamentos de terra (PREVISÃO..., 2004).

O mesmo Boletim arma ainda que as chuvas continuaram

acima da média histórica durante o mês de fevereiro em grandeparte do país. E na Região Sudeste, as chuvas aumentaram no

norte de São Paulo e sul de Minas Gerais, em relação ao mês

anterior. Uma das causas desse aumento registrado das chuvas

no mês de fevereiro foi a propagação, para leste, de oscilações

atmosféricas intra-sazonais, provenientes da região dos oceanos

Índico e Pacíco para leste. Ao atingir a América do Sul, no início

de fevereiro e a exemplo do mês anterior, a fase favorável destas

oscilações intensicou a atuação de sistemas meteorológicos

sobre as Regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, contribuindo

para a alta pluviosidade registrada (AS CHUVAS..., 2004).

A complexidade de fatores que inuenciam no regime

de precipitações na Região Sudeste reete na variabilidadeespecial, sazonal e interanual de chuvas, fazendo com que a

região sofra consequências severas tanto por estiagens e secas

quanto por precipitações intensas.

O Estado de Minas Gerais, por sua localização geográca,

sofre a inuência de fenômenos meteorológicos de latitudes

médias e tropicais que imprimem à região características de

um clima de transição. Duas estações bem denidas podem

ser identicadas: uma seca e uma chuvosa. Esta situação é

percebida quando se analisa o Gráco 5 (Médias pluviométricas

do Estado 1991-2010). Verica-se que a precipitação esteve mais

concentrada entre os meses de novembro e março, sendo os

meses de outubro (no início) e abril (no nal) meses de transição.Os meses que se destacam por seus altos índices pluviométricos

são os de novembro, dezembro e de janeiro, apresentando

181,4mm, 204,8mm e 153,1mm, respectivamente.

Analisando os índices pluviométricos médios mensais

entre os anos de 1991 e 2010, pode-se perceber ainda que os

menores índices ocorreram entre os meses de maio e setembro,

apresentando-se abaixo dos 20 mm e chegando a menos de 5 mm

nos meses de julho e agosto, com 4,3mm e 4,6mm, respectivamente.

258,2237,8 234,7

182,4200

250

300

Médias pluviométricas em 2004

85,1

6,4   11,5   7,1   0,4   0,2

79,888,6

16   15   16 9   2   3   3   0   0   6   8   120

50

100150

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

média mensal média dias de chuva

Gráco 4 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Es-tações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado deMinas Gerais

Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.

Gráco 5 – Médias pluviométricas do período de 1991 a 2010, com base nosdados das Estações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), noEstado de Minas Gerais

181,40

204,84200

250

Médias pluviométricas do Estado

(1991 a 2010)

153,09

110,93

136,28

50,33

14,406,25   4,28   4,58   15,90

62,87

0

50

100

150

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.

Neste sentido, os meses da estação chuvosa foram os

que apresentaram a maior frequência de inundação brusca

no Estado de 1991 a 2010 - Gráco 6 (Frequência mensal de

inundação brusca 1991-2010), destacando-se o trimestre dedezembro, janeiro e fevereiro. O mês mais afetado foi janeiro,

com 508 registros. Já os meses com pouquíssimas ocorrências

correspondem aos meses da estação seca, principalmente o

trimestre de junho, julho e agosto.

Os desastres trazem prejuízos e alterações ao

ecossistema local, como também à população afetada direta ou

indiretamente. As perdas e danos humanos são, muitas vezes,

irreparáveis e percebidas tempos depois da ocorrência do

evento adverso.

O Gráco 7 (Danos humanos por inundações bruscas

1991-2010), revela que cerca de 1 milhão e 600 mil mineiros

foram atingidos por desastres por inundações bruscas ao longodos vinte anos analisados. Quanto aos graves danos humanos

ocasionados pelas inundações bruscas, constatou-se 124.430

habitantes desalojados, 28.642 desabrigados, 14.535 deslocados,

38 desaparecidos, 1.026 levemente feridos, 206 gravemente

feridos, 786 enfermos e 530 mortos.

As vítimas fatais relacionadas à ocorrência de inundações

bruscas foram registradas em 34 municípios. O município de

Munhoz foi o que apresentou maior número de óbitos relacionados

Gráco 6 - Frequência mensal de inundações bruscas em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010

508

400

500

Frequência mensal de inundação brusca

(1991 a 2010)

13086

33   4   1   2 2   3   15

52   99

0

100

200

300

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

46Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO BRUSCA

Page 46: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Figura 7 – Inundação brusca do rio Arrudas, Contagem Figura 8 – Consequências das enxurradas em Governador Valadares

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais. Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

à inundação brusca, com 441 pessoas. Localizado na Mesorregião

Sul/Sudoeste de Minas, o município foi atingido 2 vezes pelo

evento adverso. Em outubro de 2009, suas áreas urbana e rural

foram atingidas por grande intensidade de chuva, em um período

de 60 minutos, que provocaram o aumento brusco do nível deágua, excedendo 4 metros acima do nível normal dos córregos

Estreito, Guatambu e da Pedra Vermelha, que cortam o município,

provocando a destruição de pontes. E em fevereiro de 2010, apenas

a área urbana foi afetada por uma grande intensidade de chuva,

ocorrida por um período de 35 minutos, provocando o aumento

brusco do nível das águas dos córregos Estreito, Bom Jardim e

Pedra Vermelha em aproximadamente 5 metros.

Com 7 vítimas fatais, a capita l do Estado, Belo Horizonte,

foi o município que apresentou o maior número de afetados

por inundações bruscas – 299.200 habitantes, nas cinco vezes

em que decretou situação de emergência por desastres deinundações bruscas e alagamentos registradas em bairros do

perímetro urbano.

A grande quantidade de afetados na capital do Estado

pode estar relacionada com uma drenagem ineciente das

águas precipitadas em algumas áreas e um constante aumento

da impermeabilização do solo, devido ao alto índice de

ocupação humana, transformando o cenário de alagamentos e

de inundações bruscas ainda mais severo e constante.

Inundação brusca é um evento natural e recorrente no

Gráco 7 - Danos humanos ocasionados por inundações bruscas, em MinasGerais, período de 1991 a 2010

1.602.128

1500000

2000000

    n     t    e    s

Danos humanos por inundação brusca

(1991 a 2010)

124.430

28.64214.535   38   989   206   786   525

0

500000

1000000

      H    a      b      i     t    a

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Estado de Minas Gerais, particularmente em função do volume

das chuvas de verão. Todavia, a ação antrópica, a morfologia e

as características regionais são fatores que podem inuenciar na

extensão e intensidade do desastre. O aumento da população,

por exemplo, aumenta a vulnerabilidade da região a este tipo

de ocorrência. Outros fatores, como local e intensidade da

precipitação – quantidade de água caída por unidade de tempo

-, características da rede uvial passante no local, ocupação

de encostas, de margens dos rios, podem também inuir

negativamente no resultado.

REFERÊNCIAS

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricos de1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.

AS CHUVAS devem continuar acima da média histórica no norte donordeste do Brasil. Infoclima: Boletim de Informações Climáticas,Brasília, ano 11, n. 3, mar. 2004. Disponível em: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200403.pdf>. Acesso em: 21 dez.2011.

BRASIL. A questão da drenagem urbana no Brasil: elementos paraformulação de uma política nacional de drenagem urbana. Brasília:Ministério das Cidades, 2003.

CANHOLI, Aluisio Prado. Drenagem urbana e controle deenchentes. São Paulo: Ocina de Textos, 2005.

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.

GOERL, Roberto Fabris ; KOBIYAMA, Masato. Consideração sobreas inundações no Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOSHIDRICOS, 2005, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRH, 2005. 1CD-ROM.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. BeloHorizonte. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 21 dez. 2011.

KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitos

básicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.MINISTÉRIO DAS CIDADES. Instituto de Pesquisas Tecnológicas– IPT. Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios.Brasília: Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas –IPT, 2007. 176 p.

PREVISÃO de chuvas com distribuição irregular no período marçoa maio de 2004 para o nordeste do Brasil. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 11, n. 2, fev. 2004. Disponívelem: < http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200402.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2011.

47Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 47: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 47/95

INUNDAÇÃO GRADUAL

Inundações graduais compõem o grupo de

desastres naturais relacionados com o incremento das

precipitações hídricas e com as inundações. Representam o

transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo

a planície de inundação, também conhecida como área de

várzea. Quando estas águas extravasam a cota máxima do

canal, as enchentes passam a ser chamadas de inundações

e podem atingir moradias construídas sobre as margens

do rio, transformando-se em um desastre natural. Desta

forma, segundo Castro (2003), as inundações graduais são

caracterizadas pela elevação das águas de forma paulatina e

previsível, mantendo-se em situação de cheia durante algum

tempo, para após, escoarem-se gradualmente.

As enchentes e as inundações são eventos naturais

que ocorrem com periodicidade nos cursos d’água, sendo

características das grandes bacias hidrográcas e dos rios

de planície, como o Amazonas. O fenômeno evolui deforma facilmente previsível e a onda de cheia desenvolve-

se de montante para jusante, guardando intervalos regulares

(CASTRO, 2003).

O fenômeno é intensicado por variáveis

climatológicas de médio e longo prazo e pouco inuenciáveis

por variações diárias de tempo. Relacionam-se muito mais

com períodos demorados de chuvas contínuas do que com

chuvas intensas e concentradas. Caracteriza-se por sua

abrangência e grande extensão. Em condições naturais,

as planícies e fundos de vales estreitos apresentam lento

escoamento supercial das águas das chuvas, e nas áreas

urbanas estes fenômenos são intensicados por alteraçõesantrópicas, como a impermeabilização do solo, reticação e

assoreamento de cursos d’água. Este modelo de urbanização,

do uso do espaço com a ocupação das planícies de inundação

e impermeabilização ao longo das vertentes, é uma afronta à

natureza (TAVARES; SILVA, 2008).

Não há unanimidade na distinção dos tipos de

inundação. Diversas vezes as inundações graduais são

registradas como inundações bruscas e vice-versa. Isto nem

sempre é devido à falta de conhecimento, mas à diculdade

de identicação do fenômeno em campo e à ambiguidade

das denições existentes. Além dos problemas tipicamente

conceituais e etimológicos, algumas características

comportamentais são similares para ambas às inundações,

ou seja, ocorrem tanto nas inundações bruscas como nasgraduais (KOBIYAMA et al., 2006).

De um modo geral, a previsibilidade das cheias

periódicas e graduais facilita a convivência harmoniosa com o

fenômeno, de tal forma que possíveis danos ocorrem apenas

nas inundações excepcionais, em função de vulnerabilidades

culturais, características de mentalidades imediatistas e sem

o mínimo de previsibilidade (CASTRO, 2003).

Os desastres por inundação gradual no Estado de

Minas Gerais somam 786 registros ociais, homologados ao

longo dos vinte anos de análise. Para melhor visualização,

esses registros foram espacializados em quatro mapas: Mapa

14 (Desastres Naturais causados por inundação gradual emMesorregiões de Minas Gerais no período de 1991 a 2010),

Mapa 15 (Desastres Naturais causados por inundação gradual

nas Mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do

Rio Doce no período de 1991 a 2010), Mapa 16 (Desastres

Naturais causados por inundação gradual nas Mesorregiões

Oeste de Minas e Sul/Sudeste de Minas no período de 1991 a

2010) e Mapa 17 (Desastres Naturais causados por inundação

gradual nas Mesorregiões Campo das Vertentes e Zona da

Mata no período de 1991 a 2010).

No total, 446 municípios do Estado apresentam

registros de inundações graduais entre os anos de 1991 e

2010, localizados em todas as mesorregiões. As mesorregiões

que apresentaram o maior número de municípios atingidos

foram a Zona da Mata com 84, Sul/Sudeste de Minas com 79

e Vale do Rio Doce com 75.

As mesorregiões mais afetadas localizam-se a leste

do Estado. Seus municípios estão situados em local com

extensa rede hidrográca, como é o caso dos rios Paraíba do

Sul e Pomba na Mesorregião Zona da Mata, do rio Grande

na Mesorregião Sul/Sudeste e do rio Doce na MesorregiãoVale do Rio Doce. Este fato, somado aos elevados índices

pluviométricos do Estado, contribuem para a ocorrência das

inundações graduais (enchentes), quando ocorre a cheia e o

extravasamento dos rios nas planícies de inundação.

Os municípios com maior recorrência do evento

adverso são Governador Valadares e Mutum, localizados

na Mesorregião Vale do Rio Doce, com 8 e 7 ocorrências,

respectivamente, registradas entre 1991 a 2010 ( Mapa

15). Os demais municípios e seus totais de registros de

inundações graduais, além dos mapas, podem ser vericados

no Infográco 3 (Municípios atingidos por inundações

graduais), que apresenta os municípios atingidos e respectivos

anos de ocorrência.

Os primeiros registros de inundação gradual

ocorreram em fevereiro do ano de 1992 em 10 municípios,

sendo 7 deles localizados na Mesorregião Norte de Minas. O

único registro do ano seguinte, 1993, foi em Ipatinga, também

no mês de fevereiro.

Os próximos registros só foram ocorrer em 2000,

Figura 9 – Inundação gradual em Machacalis

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

48Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 48: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 48/95

B a h i aB a h i a

S ã oS ã oP a u l oP a u l o

G o i a sG o i a s

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l

Unaí

Buritis

Arinos

Januária

Buritizeiro

Jaíba

Frutal

Corinto

Diamantina

Araçuaí

Ataléia

Urucuia

Teófilo Otoni

Salinas

Janaúba

Jequitinhonha

Montes Claros

Almenara

São Francisco

Três Marias

Caraí

CarlosC hagas

FranciscoSá

Itamarandiba

PatosdeMinas

Ibiaí

São Romão

Espinosa

JacintoMedina

Gurinhatã

Carneirinho

Riachinho

Ubaí

Itacambira

Nanuque

Porteirinha

Jequitaí

Rio Pardo de Minas

SantaFéde Minas

Rubim

Carbonita

Felixlândia

Ninheira

Várzea da Palma

Pintópolis

Matias Cardoso

Verdelândia

Crisólita

Itacarambi

Taiobeiras

Cristália

Gouveia

Indaiabira

Pavão

Ladainha

Monte Azul

Patis

Mirabela

Berizal

Coraçãode Jesus

Juvenília

NovoCruzeiro

Capelinha

São Joãodo Paraíso

ItaipéFranciscoDum ont

Lagoa Grande

Brasíliade Minas

Bonfinópolisde Minas

PaiPedro

Bom Despacho

Limeirado Oeste

UniãodeMinas

Catuji

Dom Bosco

Pirapora

Capitão Enéas

PontodosVolantes

Veredinha

Miravânia

Pedras deMaria da Cruz

CoronelMurta

Malacacheta

Cabeceira Grande

Virgemda Lapa

FrutadeLeite

Bandeira

LagoaFormosa

FreiGaspar 

Setubinha

Inimutaba

São Joãoda Lagoa

Joaquim Felício

Comendador Gomes

Franciscópolis

Águas FormosasChapadado Norte

PontoChique

Bertópolis

CampoAzul

Ibiracatu

MatoVerde

Juramento

Lontra

Palmópolis

PadreParaíso

Estrela doIndaiá

Rio doPrado

Lagoa dosPatos

Umburatiba

CurraldeDentro

Cachoeirade Pajeú

NovoOrientede MinasEngenheiro Navarro

Senador ModestinoGonçalves

SantoHi pólito

Mamonas

Machacalis

FranciscoBadaró

MorrodaGarça

SantaCruzde Salinas

Serranópolisde Minas

São Joãodo Pacuí

Novorizonte

Aricanduva

Mata Verde

Vargem Grandedo Rio Pardo

FronteiradosVales

Angelândia

Jenipapode Minas

José Gonçalvesde Minas

SantaHelenade Minas

Glaucilândia

Serra dosAimorés

Cruzeiro daFortaleza

Ouro Verdede Minas

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W

18°S   18°S

MAPA 14 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUALEM MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS NO PÉRÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 35 70 105 140 175 km

1:3500000

    O    C    E    A    N    O

    O    C    E    A    N    O

    A    T

 L     Â

    N    T

 I    C    O

    A    T

 L     Â

    N    T

 I    C    O

Número deregistros

1

2

3

4

6 - 8

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

Legenda das mesorregiões1 - Central Mineira

2 - Jequitinhonha

3 - Norte de Minas

4 - Noroeste de Minas

5 - Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba

6 - Vale do Mucuri

1

2

3

4

5

6

49Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 49: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Serro

Itabira

Mutum

Ferros

Aimorés

Mariana

Itambacuri

ÁguaBoa

Caratinga

Peçanha

Inhapim

Governador Valadares

Guanhães

Galiléia

Resplendor 

Açucena

ConselheiroPe na

Pocrane

Itueta

Jaboticatubas

Mantena

Iapu Tarumirim

Itabirito

Marliéria

ConceiçãodoMato Dentro

AntônioDias

Itanhomi

Alvinópolis

Brumadinho

Jampruca

Ipanema

Itaguara

Coluna

Tumiritinga

Sete Lagoas

Dionísio

Sabará

NovaEra

BeloVale

Virginópolis

Pescador 

Frei Inocêncio

São Domingosdo Prata

Itaverava

Dom Joaquim

Alvarenga

Jeceaba

Bugre

Congonhas

Joanésia

Periquito

Rio Piracicaba

Gonzaga

Entre RiosdeMinas

Florestal

Ipatinga

Cuparaque

Taparuba

Ipaba

Alvoradade Minas

Contagem

Timóteo

UbaporangaJaguaraçu

NovaBelém

Bom Jesusdo Galho

SantaMariado Suaçuí

SantaRitadoItueto

Materlândia

Belo

Horizonte

MateusLeme

São JoãoEvangelista

BarãodeCocais

Ouro Branco

PedroLeopoldo

São Sebastiãodo Maranhão

São Josédo Jacuri

ConselheiroLafaiete

São Josédo Divino

Taquaraçude Minas

Crucilândia

NovaUnião

São Pedrodo Suaçuí

Igarapé

Córrego Novo

Santanado Paraíso

José Raydan

Imbé deMinas

Ibirité

PiedadedosGerais

São Geraldodo Baixio

Centralde Minas

Coronel Fabriciano

Goiabeira

São Joséda Safira

Mathias Lobato

Conceiçãode Ipanema

EngenheiroCaldas

Itabirinha deMantena

São Joséda Varginha

São Félixde Minas

Raposos

VargemAlegre

RibeirãodasNeves

FernandesTourinho

Sarzedo

EntreFolhas

Catas Altasda Noruega

Divinolândiade Minas

Vespasiano

João Monlevade

Dom Cavati

São Joãodo Oriente

São Joãodo Manteninha

SantaE figêniade Minas

Pingo-D'Água

São Sebastiãodo Anta

SantaRitade Minas

São Joaquimde Bicas Mário

Campos

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

41°W

41°W

43°W

43°W

45°W

45°W

18°S   18°S

20°S   20°S

MAPA 15 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NAS MESORREGIÕESMETROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E VALE DO RIO DOCE NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 16 32 48 64 80 km

1:1600000

Número deregistros

1

2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

50Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 50: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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S ã o P a u l oS ã o P a u l o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

Formiga

Passos

Caldas

São RoquedeMinas

Itapecerica

Cássia

 Arcos

Cristais

 Andrelândia

Cláudio

Baependi

Pains

Machado

Capitólio

Três Pontas

Três CoraçõEs

Ouro Fino

Ilicínea

Campestre

Itamonte

Virgínia

Itajubá

 Alpinópolis

Cristina

Pouso Alegre

Ipuiúna

PoçoFundo

Camanducaia

Monte Belo

 Aguanil

Guaxupé

PerdõEs

Cambuí

Coqueiral

Minduri

Carvalhos

Paraisópolis

Lambari

Pedralva

Pouso Alto

Itapeva

Serranos

Camacho

 Alagoa

Pratápolis

Careaçu

PassaQuatro

Cambuquira

Campo do Meio

SantoAntônio do Monte

Brasópolis

Poços de Caldas

Delfim Moreira

Claraval

Guaranésia

SantaRitade Caldas

BuenoBrandão

Piranguçu

Carmode Minas

SantoAntôniodo Amparo

Congonhal

Cana Verde

Jesuânia

Maria da Fé

São Thomédas Letras

Bom Repouso

 Arceburgo

SantaRitadoSapucaí

Cachoeirade Minas

ConceiçãodoRio Verde

Itanhandu

Cordislândia

Seritinga

São Gonçalodo Pará

Inconfidentes

Piranguinho

 Arantina

CaxambuSoledadede Minas

SantanadaVargem

Conceiçãodos Ouros

TocosdoMoji

Marmelópolis

Consolação

 Albertina

Wenceslau Braz

Carvalhópolis

São Sebastiãoda BelaVista

SantanadoJacaré

Senador José Bento

São Josédo Alegre

Ibitiúrade Minas

SãoLourenço

São Sebastiãodo Rio Verde

BandeiradoSul

44°W

44°W

46°W

46°W

48°W

48°W

20°S 20°S

22°S22°S

MAPA 16 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km

1:1750000

Número deregistros

1

2

3

4

51Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 51: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 51/95

 

Juiz de Fora

Ubá

Leopoldina

Piranga

São João Del Rei

Jequeri

Carrancas

Barbacena

Lima Duarte

Raul Soares

Manhuaçu

Ervália

Itutinga

Simonésia

Ritápolis

Luminárias

Viçosa

Matipó

Cataguases

PonteNova

Alto Rio Doce

Abre Campo

Rio Casca

Chalé

Tombos

AntônioCarlos

Carangola

Guarani

Fervedouro

Recreio

Guaraciaba

Miradouro

Guiricema

BelmiroBraga

Canaã

Laranjal

Bicas

Durandé

Eugenópolis

Porto Firme

Tabuleiro

Mar de Espanha

Rio Novo

Argirita

Caputira

Brás Pires

Goianá

Reduto

Teixeiras

Piraúba

Paula Cândido

Guidoval

São João Nepomuceno

Vieiras

Sem-Peixe

Volta Grande

Urucânia

Caranaíba

Caiana

Manhumirim

São Geraldo

Luisburgo

Cajuri FariaLemos

Divinésia

Presidente Bernardes

Guarará

Paiva

Capela Nova

SantaRitadeJacutinga

São PedrodosFerros Santanado

Manhuaçu

SantaBárbarado Monte Verde

PedraBonita

PedradoAnta

Alto Jequitibá

SantaCruzdoEscalvado

MatiasBarbosa

Senador Firmino

EstrelaDalva

Simão Pereira

Senhorade Oliveira

Amparo do Serra

Tiradentes

São Migueldo Anta

Coronel Pacheco

MartinsSoares

Vermelho Novo

São Franciscodo Glória

Rosário da Limeira

SantoAntôniodo Grama

Patrocínio do Muriaé

DonaEusébia

PiedadedePonteNova

SantaCruzde Minas

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

42°W

42°W

43°30'W

43°30'W

45°W

45°W

20°30'S   20°30'S

22°S   22°S

MAPA 17 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INUNDAÇÃO GRADUAL NASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km

1:1250000

Número deregistros

1

2

3

4

5

52Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 52: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 52/95

quando 54 municípios decretaram situação de emergência ou

calamidade pública. A partir do ano de 2000, todos os anos

da pesquisa obtiveram registros de desastres por inundações

graduais em municípios de Minas Gerais. Os anos que sedestacaram, com total de registros acima de 100, foram: 2004,

com 134, 2005, com 107, e 2009, com 112.

O ano de 2004, mais afetado da escala temporal,

apresentou um total pluviométrico acumulado de 1.192,3

mm, distribuídos em 90 dias com chuva (ANA/SGH, 2010).

Nesse ano foi decretada situação de emergência em 127

municípios diferentes. O município de Santana do Paraíso

decretou 3 vezes, nos meses de janeiro, março e dezembro,

respectivamente, em função de chuvas intermitentes em

vários dias.

A previsão das maiores concentrações de precipitação

no Estado de Minas Gerais pode ser esperada para os meses

de primavera e verão, tendo característica sazonal. Segundo

os dados de precipitação da ANA/SGH (2010), entre os anos

de 1991 e 2010, atestou-se que as médias de precipitação

estiveram mais concentradas nos meses de nal da primavera

e nos meses de verão (de novembro a março), em especial nos

meses de novembro, dezembro e janeiro (os mais chuvosos),

com 181,4 mm, 204,8 mm e 153,1 mm, respectivamente.

315

300

350

Frequência mensal de inundação gradual

(1991 a 2010)

11586

30

5   9   3   3   3  5

54

158

0

50

100

150

200

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Gráco 8 - Frequência mensal de inundações graduais em Minas Gerais,período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Nesse sentido, os meses que apresentaram maior

frequência de desastres no Estado, são aqueles da estação

chuvosa, devido ao aumento dos acumulados pluviométricos.

O Gráco 8 (Frequência mensal de inundações graduais1991-2010) apresenta a frequência mensal dos registros,

durante os vinte anos analisados. Verica-se que os meses

mais afetados foram dezembro, com 158 ocorrências, e

 janeiro, com 315 ocorrências. Além disso, o número de

registros cresce a partir de novembro, até o pico máximo em

 janeiro, quando inicia um decréscimo no total até ab ril, iní cio

do período menos chuvoso. No entanto, mesmo com poucos

registros de inundações relativos aos meses de menores

acumulados pluviométricos no Estado, todos os meses do

ano apresentaram registro do evento.

Esta característica pode ser percebida no Gráco 9

(Médias pluviométricas em 2004) que demonstra as médias

pluviométricas mensais e a média dos dias de chuva no ano

mais afetado de Minas Gerais. O trimestre de janeiro, fevereiro

e março, que tiveram os maiores registros de desastres

daquele ano (com 51, 34 e 26 registros, respectivamente)

apresentaram as maiores médias de precipitação, com 258,2

mm, 237,8 mm e 234,7 mm, respectivamente. O mês de abril

teve sua média reduzida para menos de 100 mm, no entanto,

258,2237,8 234,7

182,4200

250

300

Médias pluviométricas em 2004

85,1

6,4   11,5   7,1   0,4   0,2

79,888,6

16   15   16 9   2   3   3   0   0   6   8   120

50

100150

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

média mensal média dias de chuva

Gráco 9 – Médias pluviométricas em 2004, com base nos dados das Es-tações Pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), no Estado deMinas Gerais

Fonte: ANA/SGH, 2010. Adaptado por CEPED UFSC, 2011.

apresenta 12 registros de inundação, devido à acumulação de

chuvas dos meses anteriores. As inundações graduais nestemês são explicadas pelas cheias e transbordamento dos rios

acontecerem de forma gradual, pois, como dito anteriormente,

relacionam-se mais com períodos demorados de chuvas

contínuas do que com chuvas intensas e concentradas.

Esses índices acima do normal se devem à inuência

de fenômenos climáticos nos meses de verão do nal de 2003

e início de 2004. Segundo o Boletim de Informações Climáticas

do CPTEC/INPE, o mês de dezembro de 2003 teve a atuação de

9 sistemas frontais, que foram mais intensos no nal do mês,

causando chuvas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e no sul

da Região Norte. Já o início de janeiro de 2004 foi marcado

pela conguração de episódio da Zona de Convergência do

Atlântico Sul (ZCAS), que é um sistema meteorológico típico

de verão, caracterizado por uma banda de nuvens que produz

chuva intensa, geralmente se estendendo do Brasil Central

(Região Sudeste e/ou Centro-Oeste) até o Oceano Atlântico.

Este sistema provocou chuvas contínuas em todo o Estado do

Espírito Santo, no centro-norte de Minas Gerais e no extremo

sul da Bahia (A PREVISÃO..., 2004). No mês de fevereiro, as

Figura 10 – Inundação gradual em Muriaé

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

53Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

 

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 53: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 53/95

 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalGovernador Valadares 8

Mutum 7Frei Inocêncio 6

Itabirinha 6Congonhas 5

Gonzaga 5Malacacheta 5

Mantena 5

Montes Claros 5Rio Casca 5

Santana do Paraíso 5

Teófilo Otoni 5Timóteo 5Água Boa 4Baependi 4

Bandeira 4Caldas 4

Carlos Chagas 4Conceição do Mato Dentro 4

Crisólita 4Francisco Badaró 4

Frei Gaspar 4Ibirité 4

Manhuaçu 4Miradouro 4Ouro Fino 4

Pavão 4

Pedra do Anta 4Pedras de Maria da Cruz 4

Pouso Alegre 4Urucuia 4

Águas Formosas 3Alagoa 3

Almenara 3Alvarenga 3

Arinos 3

Brás Pires 3Capitão Enéas 3

Carangola 3

Careaçu 3Central de Minas 3

Conceição do Rio Verde 3Delfim Moreira 3

Dona Eusébia 3Durandé 3

Engenheiro Caldas 3Franciscópolis 3

Fronteira dos Vales 3Goiabeira 3

Guaraciaba 3

Guidoval 3Gurinhatã 3

Igarapé 3Janaúba 3

Jequitaí 3João Monlevade 3

Juiz de Fora 3Machacalis 3

Manhumirim 3Materlândia 3Miravânia 3

Novo Cruzeiro 3

Palmópolis 3Raul Soares 3

Reduto 3Rio Novo 3

Rio Pardo de Minas 3Santa Bárbara do Monte Verde 3

Santana do Manhuaçu 3Santa Rita de Caldas 3

Santa Rita do Sapucaí 3São Domingos do Prata 3

São Francisco 3São Romão 3

São Sebastião do Maranhão 3Setubinha 3Tabuleiro 3

Três Corações 3

Tumiritinga 3União de Minas 3

Verdelândia 3Vieiras 3

Abre Campo 2Alto Rio Doce 2

 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

Infográco 3 – Municípios atingidos por inundações graduais em Minas Gerais, período de 1991 a 2010

Verdelândia 3Vieiras 3

Abre Campo 2Alto Rio Doce 2

Alvinópolis 2Angelândia 2

Araçuaí 2Arceburgo 2

Bandeira do Sul 2Barbacena 2

Bertópolis 2Berizal 2

Bicas 2Bom Jesus do Galho 2

Cabeceira Grande 2Camanducaia 2

Cambuí 2Campestre 2

Campo Azul 2Canaã 2

Capelinha 2Caputira 2

Caraí 2Caranaíba 2Caratinga 2

Carmo de Minas 2

Carneirinho 2Cássia 2

Cataguases 2Catuji 2

Cláudio 2Conceição de Ipanema 2Conceição dos Ouros 2Conselheiro Lafaiete 2

Contagem 2Coração de Jesus 2

Córrego Novo 2

Cristália 2Crucilândia 2Cuparaque 2

Curral de Dentro 2Dionísio 2

Divinolândia de Minas 2Dom Joaquim 2Entre Folhas 2

Ervália 2Ferros 2

Fervedouro 2Formiga 2

Francisco Dumont 2Francisco Sá 2

Goianá 2Guarani 2

Guarará 2Guiricema 2Ibiracatu 2

Imbé de Minas 2

Inhapim 2Ipatinga 2

Itacambira 2Itaipé 2

Itajubá 2Itamarandiba 2

Itamonte 2Itanhandu 2

Itanhomi 2Itapecerica 2Jampruca 2

Jeceaba 2Jenipapo de Minas 2

Joanésia 2Joaquim Felício 2

Juramento 2

Lagoa dos Patos 2Lima Duarte 2

Luisburgo 2Maria da Fé 2

Marliéria 2Matias Cardoso 2

Monte Azul 2Novorizonte 2

Ouro Verde de Minas 2Padre Paraíso 2

Passos 2Peçanha 2

Perdões 2Periquito 2

Piedade de Ponte Nova 2 

Continuação... 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

54Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL 

 

Page 54: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 54/95

Peçanha 2Perdões 2

Periquito 2Piedade de Ponte Nova 2

Piedade dos Gerais 2Pintópolis 2

Piranguçu 2Pirapora 2Piraúba 2

Pocrane 2Ponto Chique 2

Pouso Alto 2

Pratápolis 2Presidente Bernardes 2

Alto Jequitibá 2Rio do Prado 2Rio Piracicaba 2

Ritápolis 2Santa Efigênia de Minas 2

Santa Fé de Minas 2Santo Antônio do Grama 2

Santo Antônio do Monte 2São Félix de Minas 2

São Geraldo 2São Geraldo do Baixio 2

São João do Manteninha 2São João do Oriente 2São João Evangelista 2

São João Nepomuceno 2

São Lourenço 2São Pedro dos Ferros 2São Pedro do Suaçuí 2

São Sebastião da Bela Vista 2

Senador Firmino 2Serra dos Aimorés 2

Serro 2Tarumirim 2

Teixeiras 2Tombos 2

Ubaporanga 2

Umburatiba 2Vargem Alegre 2

Várzea da Palma 2Açucena 1Aguanil 1

Aimorés 1Albertina 1

Alpinópolis 1Alvorada de Minas 1

Amparo do Serra 1Cachoeira de Pajeú 1

Andrelândia 1Antônio Carlos 1

Antônio Dias 1Arantina 1

Arcos 1Argirita 1

Aricanduva 1Ataléia 1

Barão de Cocais 1Belmiro Braga 1

Belo Horizonte 1Belo Vale 1

Bom Despacho 1Bom Repouso 1

Bonfinópolis de Minas 1Brasília de Minas 1

Brasópolis 1

Brumadinho 1Bueno Brandão 1

Bugre 1Buritis 1

Buritizeiro 1

Cachoeira de Minas 1Caiana 1Cajuri 1

Camacho 1Cambuquira 1

Campo do Meio 1Cana Verde 1

Capela Nova 1Capitólio 1Carbonita 1Carrancas 1

Carvalhos 1Catas Altas da Noruega 1

Caxambu 1Chalé 1

 

Continuação... 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

Catas Altas da Noruega 1

Caxambu 1Chalé 1

Chapada do Norte 1Claraval 1

Coluna 1Comendador Gomes 1

Congonhal 1Conselheiro Pena 1

Consolação 1Coqueiral 1

Cordislândia 1Corinto 1

Coronel Fabriciano 1Coronel Murta 1

Coronel Pacheco 1Cristais 1

Cristina 1Cruzeiro da Fortaleza 1

Diamantina 1Divinésia 1

Dom Bosco 1Dom Cavati 1

Engenheiro Navarro 1Entre Rios de Minas 1

Espinosa 1Estrela Dalva 1

Estrela do Indaiá 1Eugenópolis 1

Faria Lemos 1Felixlândia 1

Fernandes Tourinho 1Florestal 1

Fruta de Leite 1Frutal 1

Galiléia 1Glaucilândia 1

Gouveia 1Guanhães 1

Guaranésia 1Guaxupé 1

Iapu 1Ibiaí 1

Ibitiúra de Minas 1

Ilicínea 1Inconfidentes 1

Indaiabira 1Inimutaba 1

Ipaba 1Ipanema 1Ipuiúna 1Itabira 1

Itabirito 1Itacarambi 1Itaguara 1

Itambacuri 1

Itapeva 1Itaverava 1

Itueta 1Itutinga 1

Jaboticatubas 1Jacinto 1

Jaguaraçu 1Jaíba 1

Januária 1Jequeri 1

Jequitinhonha 1

Jesuânia 1José Gonçalves de Minas 1

José Raydan 1Nova União 1

Juvenília 1

Ladainha 1Lagoa Formosa 1Lagoa Grande 1

Lambari 1

Laranjal 1Leopoldina 1

Limeira do Oeste 1Lontra 1

Luminárias 1Machado 1Mamonas 1

Mar de Espanha 1

Mariana 1Mário Campos 1Marmelópolis 1

 

Continuação... 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

55Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL 

Page 55: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 55/95

Mariana 1

Mário Campos 1Marmelópolis 1Martins Soares 1

Mata Verde 1

Mateus Leme 1Matias Barbosa 1

Matipó 1Mato Verde 1

Medina 1Minduri 1

Mirabela 1Monte Belo 1

Morro da Garça 1Nanuque 1Ninheira 1

Nova Belém 1

Nova Era 1Novo Oriente de Minas 1

Ouro Branco 1Pains 1

Pai Pedro 1Paiva 1

Paraisópolis 1Passa Quatro 1

Patis 1Patos de Minas 1

Patrocínio do Muriaé 1Paula Cândido 1

Pedra Bonita 1Pedralva 1

Pedro Leopoldo 1Pescador 1

Pingo-d'Água 1Piranga 1

Piranguinho 1Poço Fundo 1

Poços de Caldas 1Ponte Nova 1

Ponto dos Volantes 1Porteirinha 1

Porto Firme 1Raposos 1Recreio 1

Resplendor 1

Riachinho 1Ribeirão das Neves 1Rosário da Limeira 1

Rubim 1Sabará 1Salinas 1

Santa Cruz de Salinas 1

Santa Cruz do Escalvado 1Santa Helena de Minas 1Santa Maria do Suaçuí 1

Santana da Vargem 1

Santana do Jacaré 1Santa Rita de Jacutinga 1

Santa Rita de Minas 1Santa Rita do Itueto 1

Santo Antônio do Amparo 1Santo Hipólito 1

São Francisco do Glória 1São Gonçalo do Pará 1

São João da Lagoa 1São João del Rei 1

São João do Pacuí 1

São João do Paraíso 1São Joaquim de Bicas 1

São José da Safira 1São José da Varginha 1São José do Alegre 1

São José do Divino 1São José do Jacuri 1

São Miguel do Anta 1São Roque de Minas 1

São Sebastião do Anta 1São Sebastião do Rio Verde 1

São Thomé das Letras 1Sarzedo 1

Sem-Peixe 1Senador José Bento 1

Senador Modestino Gonçalves 1Senhora de Oliveira 1

Seritinga 1Serranópolis de Minas 1

Serranos 1 

Continuação... 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

Senador Modestino Gonçalves 1

Senhora de Oliveira 1Seritinga 1

Serranópolis de Minas 1Serranos 1

Sete Lagoas 1Simão Pereira 1

Simonésia 1Soledade de Minas 1

Taiobeiras 1Taparuba 1

Taquaraçu de Minas 1Tiradentes 1

Tocos do Moji 1Três Marias 1Três Pontas 1

Ubá 1

Ubaí 1Unaí 1

Urucânia 1Vargem Grande do Rio Pardo 1

Veredinha 1Vermelho Novo 1

Vespasiano 1Viçosa 1

Mathias Lobato 1Virgem da Lapa 1

Virgínia 1Virginópolis 1

Volta Grande 1Wenceslau Braz 1

Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro 7862 Registros

Continuação... 

Municípios Atingidospor Inundação Gradual

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total 

101

54

4

32

75

134106

76

95

56

112

31

0

50

100

150

56Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INUNDAÇÃO GRADUAL

Page 56: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 56/95

chuvas continuaram acima da média histórica em quase toda

a Região Sudeste, exceto no Triângulo Mineiro e no sudoeste

de São Paulo. No norte de São Paulo e em grande parte de

Minas Gerais, os totais acumulados superaram os 300 mm. Oavanço das frentes frias e a conguração dos dois episódios

de ZCAS colaboraram para a ocorrência de chuvas na Região

(AS CHUVAS..., 2004).

Mesmo de forma previsível e paulatinamente, quando

as águas extravasam a cota máxima do canal, ocorrem as

inundações que podem atingir moradias construídas sobre

as margens do rio, causando danos materiais e humanos aos

habitantes das áreas atingidas.

Com relação aos danos humanos causados durante o

intervalo temporal da pesquisa (1991-2010), foram registrados,

aproximadamente, 1 milhão e 700 mil mineiros atingidos

por desastre de inundações graduais em todo o Estado.Além destas, 166.100 pessoas foram desalojadas, 42.260

desabrigadas, 14.847 deslocadas, 2 estão desaparecidas, 1.542

levemente feridas, 37 gravemente feridas, 2.017 enfermas e

59 mortas, conforme apresenta o Gráco 10 (Danos humanos

por inundações graduais 1991-2010).

As vítimas fatais relacionadas à ocorrência de

inundações graduais foram registradas em 28 municípios. O

1.696.409

1500000

2000000

    n     t    e    s

Danos humanos por inundação gradual

(1991 a 2010)

166.10042.260

14.8472   1.542

37

2.01759

0

500000

1000000

      H    a

      b      i     t    a

Gráco 10 - Danos humanos ocasionados por inundações graduais em Mi-nas Gerais, período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

município de Novo Cruzeiro foi atingido 3 vezes entre os anos

de 2006 e 2009 e apresentou registro de 12 óbitos, t odos no

ano de 2006.

O município de Montes Claros, localizado na

Mesorregião Norte de Minas, foi o município que apresentou

o maior número de afetados – 135.600 habitantes,

correspondendo a 8% do total, nas cinco vezes em que

decretou situação de emergência por desastres de inundações

graduais. O primeiro registro do município foi em fevereiro

de 1992 e o segundo foi após dez anos, em dezembro de

2003. O próximo registro ocorreu em março de 2006, devido

ao aumento do nível de água dos córregos nos bairros Vida

Campos, Chuquinha Guimarães e Vargem, em função do

aumento da precipitação pluviométrica. Os últimos registros

foram em janeiro e novembro de 2009, devido ao aumento

das precipitações pluviométricas acima da média histórica

por vários dias, acarretando em inundações e enchentes nas

áreas urbana e rural.

Em geral, as inundações graduais são recorrentesnas áreas urbanas, principalmente quando as planícies de

inundação são ocupadas, tornando as pessoas alvo dos

desastres relacionados com o aumento do nível dos rios.

Os danos humanos e materiais causados por

inundações podem ser minimizados através de permanente

monitoramento do nível dos rios e do acompanhamento da

evolução diária das condições meteorológicas, permitindo,

assim, antecipar as variáveis climatológicas responsáveis

pela ocorrência de inundações. Além disso, é necessário um

planejamento urbano adequado, que impeça a construção de

novas moradias às margens dos rios.

REFERÊNCIAS

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.

AS CHUVAS devem continuar acima da média histórica nonorte do nordeste do Brasil. Infoclima: Boletim de InformaçõesClimáticas, Brasília, ano 11, n. 3, mar. 2004. Disponível em: <

http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200403.pdf>.Acesso em: 20 dez. 2011.

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional,2003. 182 p.

KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitosbásicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.

A PREVISÃO para o nordeste do Brasil é de chuvas em torno danormal climatológica no início da estação, com possibilidadede variar de normal a abaixo da média histórica no m daestação, com alta variabilidade espacial. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 11, n. 1, jan. 2004. Disponívelem: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200401.pdf >. Acesso em: 20 dez. 2011.

TAVARES, A.C; SILVA, A.C.F. Urbanização, chuvas de verão einundações: uma análise episódica. Climatologia e Estudos daPaisagem , Rio Claro, v. 3, n.1, p. 4-15, jan./jun. 2008. Disponívelem: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ climatologia/article/view/1223>. Acesso em: 15 ago. 2011.

57Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE

Page 57: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 57/95

VENDAVAL E/OU CICLONE

Os eventos naturais adversos vendavais e ciclones

compõem a mesma categoria neste atlas. Nos registros

referentes aos ciclones incluem-se os extratropicais e os

tropicais. No caso dos vendavais, os registros referem-se

a vendavais ou tempestades, aos vendavais muito intensos

e vendavais extremamente intensos, furacões, tufões.

Portanto, esta categoria, vendaval e/ou ciclone apresenta os

registros dos desastres das duas tipologias.

Quanto a sua origem, todos os dois eventos se

enquadram como desastres naturais de causa eólica,

relacionados com a intensificação do regime dos ventos ou

com a forte redução da circulação atmosférica. Dependendo

do Estado, os registros são relativos a uma ou outra tipologia,

ou até mesmo às duas. No caso de Mato Grosso, os registros

referem-se aos desastres causados por vendavais associados

a tempestades e muito intensos.

Os vendavais são caracterizados como o deslocament oviolento de uma massa de ar, de uma ár ea de alta pressão para

outra de baixa pressão, ou seja, perturbações acentuadas no

estado normal da atmosfera, normalmente causados pelo

intenso gradiente de pressão e um incremento do efeito de

atrito e das forças centrífuga, gravitacional e de Coriolis.

Na Escala de Beaufort correspondem a ventos muito duros

de número 10, com ventos de velocidades que variam

entre 88 a 102 km/h. Normalmente são acompanhados de

tempestades, precipitações hídricas intensas e concentradas,

bem como de granizo ou de neve, quando são denominados

de nevascas (CASTRO, 2003).

O superaquecimento local gera correntes dedeslocamentos horizontal e vertical de grande violência e

com elevado poder destruidor, ao provocar a formação de

cumulonimbus isolados. Estes tipos de nuvens são acompanhados

normalmente de raios e trovões (CASTRO, 2003).

Dentre os principais sistemas meteorológicos

que afetam o tempo e suas relações com a ocorrência de

eventos adversos na Região Sudeste do Brasil, se destacam

os Ciclones Extratropicais, que são perturbações que se

originam na baixa troposfera e podem causar ressaca s, chuvas

intensas e ventos fortes; os Sistemas Convectivos Isolados,

que ocorrem geralmente no verão e podem se associar

aos Sistemas Frontais gerando muita chuva, vendavais e

granizo; os Complexos Convectivos de Mesoescala, sistemas

com intensidade suficiente para gerar chuvas fortes,

ventos, tornados, granizo, etc., ou seja, também capazes dedesencadear desastres naturais; a Zona de Convergência do

Atlântico Sul (ZCAS), bem caracterizada nos meses de verão;

e, por fim, os Sistemas Frontais, que geram tempo instável.

Esses sistemas podem ocor rer o ano inteiro, mas é no inverno

que a sua atuação é mais frequente e intensa (TOMINAGA;

SANTORO; AMARAL, 2009). As instabilidades associadas às

passagens de Sistemas Frontais podem provocar vendavais

intensos e até tornados. Durante o verão, podem interagir

com o ar tropical quente e úmido, gerando convecção

profunda com precipitação intensa, causando inundações,

escorregamentos, alguma s vezes com ventos fortes e granizo(CAVALCANTI; KOUSKY, 2009).

No Estado de Minas Gerais, os vendavais e/ou

ciclones tiveram 244 registros oficiais entre os anos de

1991 e 2010. Para melhor visualização, esses registros foram

espacializados em dois mapas: Mapa 18 (Desastres Naturais

causados por vendaval e/ou ciclone em Mesorregiões

de Minas Gerais no período de 1991 a 2010) e Mapa 19

(Desastres Naturais causados por vendaval e/ou ciclone

nas Mesorregiões Central Mineira, Jequitinhonha, Norte de

Minas, Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba

e Vale do Mucuri no período de 1991 a 2010).

Verifica-se que dos 853 municípios pertencentes aoEstado, 166 foram atingidos por vendavais e/ou ciclones,

representando 19,5% dos municípios. Pode-se perceber

que esses desastres naturais atingem municípios por todo o

Estado e em todas as mesorregiões . Os municípios que foram

mais vezes atingidos são Além Paraíba, com 5 registros, e

Ouro Preto, Central de Minas, Betim e Santos Dumont, com

4 registros cada, todos eles localizados no Mapa 18.

Os eventos de vendavais e/ou ciclones foram

registrados em todos os meses do ano, conforme pode

ser visto no Gráfico 11 (Frequência mensal de vendavais

e/ou ciclones 1991-2010). No entanto, os meses de verãosão os mais propícios à ocorrência de vendavais e ciclones,

pois são fenômenos característicos da estação chuvosa e

foi o período que mais apresentou ocorrências. Foram 34

episódios em novembro, 34 em dezembro, 53 ocorrências

no mês de janeiro e 38 em fevereiro.

As ocorrências de desastres causados por vendavais

e/ou ciclones ocorrentes nos municípios de Minas Gerais,

foram registrados em quase todos os anos entre 1991 a

2010, conforme Infográfico 4 (Municípios atingidos por

vendavais e/ou ciclones). Percebe-se que a segunda década

de análise (2001-2010) apresentou a grande maioria das

ocorrências registradas, 230 (representando 94,3% do total),com destaque para os anos de 2005 a 2008, que tiveram

mais de 30 registros por ano, e em especial 2005, com 37

registros em 34 municípios. Destacam-se os municípios de

Araxá, Congonhas do Norte e Itambacuri, com 2 ocorrências

naquele ano.

No total, conforme mencionado, os vendavais e/ 

ou ciclones foram registrados 244 vezes entre 1991 a 2010

53

50

60

Frequência mensal de vendaval e/ou ciclone

(1991 a 2010)

16

11

3   2   3   4

18

28

34 34

0

10

20

30

40

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Gráco 11 - Frequência mensal de vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais,no período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

58Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE

Page 58: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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Itabira

Itambacuri

Caratinga

Oliveira

Ouro Preto

Alfenas

Peçanha

Governador ValadaresGuanhães

Cássia

Resplendor 

Caeté

Lavras São João Del Rei

Cláudio

Jaboticatubas

Iapu

Esmeraldas

Divinópolis

Marliéria

Machado

Betim

Lajinha

Três Pontas

Boa Esperança

Alvinópolis

Ervália

Palma

CamposGerais

Itamonte

Piau

Santos Dumont

Pará de Minas

Guarani

Recreio

ConceiçãodoMato Dentro

Jampruca

Ipanema

Pimenta

Tumiritinga

Sabará

Além Paraíba

Rio Casca

Rio Preto

Campanário

Carangola

MorrodoPilar 

Nazareno

São Sebastiãodo Paraíso

Barra Longa

Fervedouro

Jeceaba

SantaMariado Suaçuí

Congonhas

Lambari

Espera Feliz

Periquito

Rio Piracicaba

Bicas

Durandé

BiasFortes

Congonhasdo Norte

Gonzaga

Entre Riosde Minas

Mar deEspanha

MateusLeme

Matozinhos

Senhorado Porto

Brás Pires

Careaçu

Goianá

SantaLuzia

CarmodeMinas

Naque

Funilândia

Carmópolisde Minas

São Vicentede Minas

ConselheiroLafaiete

Guidoval

Cana Verde

Gonçalves

São JoãoNepomuceno

Capitão Andrade

São ThomédasLetras

Taquaraçude Minas

SantaRitadoSapucaí

SantaMargarida

SantanadoManhuaçu

ConceiçãodoRio Verde

Luisburgo

São Pedrodo Suaçuí

Igarapé

Imbé de Minas

Ibirité

Divinésia

Coimbra

Centralde Minas

CoronelFabriciano

PedradoAnta

Fortalezade Minas

Serra Azulde Minas

Conceiçãode Ipanema

Guarará

Arantina

Caxambu

Oratórios

São Joséda Varginha

Marmelópolis

RibeirãodasNeves

Diogode Vasconcelos

Sarzedo

SantoAntôniodo Aventureiro

CapimBranco

Albertina

Itamaratide Minas

Divinolândiade Minas

Vespasiano

São Joãodo Oriente

SantanadoJacaré

São Joãodo Manteninha

SantaEfigêniade Minas

SantaBárbarado Leste

DonaEusébia

SantaRitade Minas

São Joaquimde Bicas

RibeirãoVermelho

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

G o i a sG o i a s

B a h i aB a h i a

41°W

41°W

44°W

44°W

47°W

47°W

19°S   19°S

22°S   22°S

MAPA 18 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR VENDAVAL E/OU CICLONESNAS MESORREGIÕES 1, 2, 3, 4, 5 E 6 NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 25 50 75 100 125 km

1:2500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 44° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

  O  C   E

 A   N

 O

  O  C   E

 A   N

 O

  A   T   L   Â

 N   T

 I  C O

  A   T   L   Â

 N   T

 I  C O

Número deregistros

1

2

3

4

5

Legenda das mesorregiões

1 - Campo das Vertentes

2 - Metropolitana de Belo Horizonte

3 - Oeste de Minas

4 - Sul/Sudeste de Minas5 - Vale do Rio Doce

6 - Zona da Mata

59Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE

Page 59: Atlas Minas Gerais

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B a h i aB a h i a

S ã oS ã oP a u l oP a u l o

G o i a sG o i a s

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l

Lagoa Grande

Arinos

Uberlândia

Bocaiúva

Diamantina

Lassance

Luz

Araguari

Urucuia

Montes Claros

Joaíma

Caraí

Araxá

Iturama

Ubaí

Gameleiras

Tupaciguara

Poté

Rubelita

Várzea da Palma

Taiobeiras

Monte Azul

Patis

Monte Carmelo

Catuji

São Gotardo

Pedras de Maria da Cruz

Comercinho

Bandeira

Setubinha

Inimutaba

PadreParaíso

Estrela do Indaiá

Curralde Dentro

Presidente Juscelino

SantoHipólito

SantoAntônio do Jacinto

Felício dos Santos

Jenipapode Minas

Serra dos Aimorés

NovaPorteirinha

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W

18°S   18°S

MAPA 19 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR VENDAVAL E/OU CICLONE NAS MESORREGIÕES CENTRAL MINEIRA,JEQUITINHONHA, NORTE DE MINAS, NOROESTE DE MINAS, TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA E VALE DO MUCURI

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 35 70 105 140 175 km

1:3500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

    O    C    E    A    N    O

    O    C    E    A    N    O

    A    T

 L     Â

    N    T

 I    C    O

    A    T

 L     Â

    N    T

 I    C    O

Número deregistros

1

2

3

60Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE

Page 60: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 60/95

no Estado de Minas Gerais. Destes, 238 registros foram

caracterizados como vendavais ou tempestades e 6 registros

como vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais,

não ocorrendo registros de eventos caracterizados como

vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou

ciclones tropicais.

Os 6 registros de vendavais muito intensos ou

ciclones extratropicais no Estado ocorreram nos anosde 2003 a 2007. Em 2003 fortes ventos que atingiram a

velocidade de 100 km/h, acompanhados com intensas

chuvas atingiram o município de São José da Varginha.

Em 2005 os municípios de Araxá e Guidoval sofreram com

vendavais intensos atingindo mais de 100 km/h. No ano de

2006 o município de Sarzedo foi atingido por fortes ventos

seguidos de tempestade. No ano de 2007 os municípios de

Santo Hipólito e Machado apresentaram registro do evento,

com ventos apresentaram velocidade entre 90 e 120 km/h,

acompanhados por pancadas de chuva.

Esse tipo de desastre natural está mais associadoa danos materiais que humanos. Os danos possíveis

ocasionadas por vendavais e/ou ciclones são a queda de

árvores; de fiações, podendo provocar interrupções no

fornecimento de energia elétrica e nas comunicações

telefônicas; danos às plantações; enxurradas e alagamentos;

danos em habitações mal construídas e/ou mal situadas;

destelhamento em edificações e; danos humanos,

através traumatismos provocados pelo impacto de

objetos transportados pelo vento, por afogamento e por

deslizamentos ou desmoronamentos.

Segundo Tominaga et al. (2009), danos humanos

podem ser causados por ventos aci ma dos 75 km/hora. Logo,no caso dos danos humanos causados por desastres naturais

associados a eventos adversos de causa eólica, contatou-se

um total de 103.960 pessoas afetadas no Estado de Minas

Gerais.

Durante as ocorrências de vendavais registrados no

Gráfico 12 (Danos humanos causados por vendavais e/ou

ciclones 1991-2010), verifica-se que 103.960 pessoas foram

Infográco 4 – Municípios atingidos por vendavais e/ou ciclones em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 

Municípios Atingidos

por Vendaval e/ou Ciclone

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Além Paraíba 5

Betim 4

Central de Minas 4

Ouro Preto 4

Santos Dumont 4

Alvinópolis 3

Boa Esperança 3

Congonhas do Norte 3

Diogo de Vasconcelos 3

Fervedouro 3

Governador Valadares 3

Jaboticatubas 3

Montes Claros 3

Rio Preto 3

Santana do Jacaré 3

São Vicente de Minas 3

Serra dos Aimorés 3

Araguari 2

Araxá 2

Bias Fortes 2

Bicas 2

Cana Verde 2

Capim Branco 2

Catuji 2

Congonhas 2

Conselheiro Lafaiete 2

Diamantina 2

Dona Eusébia 2

Fortaleza de Minas 2

Guidoval 2

Ibirité 2

Inimutaba 2

Itabira 2

Itambacuri 2

Lajinha 2

Lassance 2

Lavras 2

Luz 2

Marliéria 2

Peçanha 2

Pedra do Anta 2

Pedras de Maria da Cruz 2

Periquito 2

Piau 2

Ribeirão das Neves 2

Santa Luzia 2

Santana do Manhuaçu 2

São Gotardo 2

São João del Rei 2

São João Nepomuceno 2

Sarzedo 2

Setubinha 2

Senhora do Porto 2

Tupaciguara 2

Uberlândia 2

Albertina 1

Alfenas 1

 

57

2 3

13

2326

37 3530 31

13

19

0

20

40

61Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE 

Page 61: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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afetadas, 14.217 foram desalojadas, 3.122 desabrigadas, 979

deslocadas, 271 levemente feridas, 9 gravemente feridas, 69

enfermas e 5 mortas, ao longo dos vinte anos analisados.Os municípios que tiveram vítimas fatais relacionadas à

ocorrência de vendavais e/ou ciclones foram Montes Claros,

Sabará, São Joaquim de Bicas, Uberlândia e Vespasiano.

Entre os municípios atingidos, Tupaciguara,

localizado na Mesorregião Triangulo Mineiro/Alto

Paranaiba, foi o que apresentou o maior número de

afetados – 12.000 tupaciguarenses. Em 2009 parte da área

urbana do município, bairros Andorinhas, Cynthia, Boa Vista,

Centro, Jardim do Lago, Morada Nova, Nova Esperança,

Paineiras, Primavera e Tiradentes, e parte da área rural,

bairros Povoado Bálsamo, Usina Aroeira, Brilhante, Córrego

Piedade e Córrego Escondido foram atingidas por uma fortechuva com tempestade, acompanhada de ventos fortes e

granizo. Esses fenômenos causaram o transbordamento dos

córregos Piedade e Escondido, o destelhamento de diversas

casas, danificação de rede de energia, queda de árvores e

destruição de canaviais.

Setubinha 2

Senhora do Porto 2

Tupaciguara 2

Uberlândia 2

Albertina 1

Alfenas 1

Arantina 1

Arinos 1

Bandeira 1

Barra Longa 1

Bocaiúva 1

Brás Pires 1

Caeté 1

Campanário 1

Campos Gerais 1

Capitão Andrade 1

Caraí 1

Carangola 1

Caratinga 1

Careaçu 1

Carmo de Minas 1

Carmópolis de Minas 1

Cássia 1

Caxambu 1

Cláudio 1

Coimbra 1

Comercinho 1

Conceição de Ipanema 1

Conceição do Mato Dentro 1

Conceição do Rio Verde 1

Coronel Fabriciano 1

Curral de Dentro 1

Divinésia 1

Divinolândia de Minas 1

Divinópolis 1

Durandé 1

Entre Rios de Minas 1

Ervália 1

Esmeraldas 1

Espera Feliz 1

Estrela do Indaiá 1

Felício dos Santos 1

Funilândia 1

Gameleiras 1

Goianá 1

Gonçalves 1

Gonzaga 1

Guanhães 1

Guarani 1

Guarará 1

Iapu 1

Igarapé 1

Imbé de Minas 1

Ipanema 1

Itamarati de Minas 1

Itamonte 1

Iturama 1

Jampruca 1

Jeceaba 1

Jenipapo de Minas 1

Joaíma 1

Lambari 1

Luisburgo 1

 

Continuação... 

Municípios Atingidos

por Vendaval e/ou Ciclone

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

 

57

2 3

13

2326

37 3530 31

13

19

0

20

40 Gráco 12 – Danos humanos causados por vendavais e/ou ciclones no pe-ríodo de 1991 a 2010

103.960

80000

100000

120000

    n     t    e    s

Danos humanos por vendaval e/ou ciclone

(1991 a 2010)

14.217 3.122

979   271   9   69   50

20000

4000060000

      H    a      b      i     t

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

62Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

VENDAVAL E/OU CICLONE

Page 62: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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REFERÊNCIAS

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres:desastres naturais. Brasília (DF): Ministério da IntegraçãoNacional, 2003. 182 p.

CAVALCANTI, I. F. A.; KOUSKY, V. E. Frentes frias sobre o Brasil.In: CAVALCANTI, Iracema F. A. et al. (Org.). Tempo e clima noBrasil. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. p. 135-147.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Tupaciguara. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http:// www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 19 dez. 2011.

TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastresnaturais: conhecer para prevenir. 1. ed. Sã o Paulo: InstitutoGeológico, 2009. Disponível em: <http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/livros/DesastresNaturais.pdf>.Acesso em: 27 out.2011.

 

Jampruca 1

Jeceaba 1

Jenipapo de Minas 1

Joaíma 1

Lambari 1

Luisburgo 1

Machado 1

Mar de Espanha 1

Marmelópolis 1

Mateus Leme 1

Matozinhos 1Monte Azul 1

Monte Carmelo 1

Morro do Pilar 1

Naque 1

Nazareno 1

Nova Porteirinha 1

Oliveira 1

Oratórios 1

Padre Paraíso 1

Palma 1

Pará de Minas 1

Patis 1

Pimenta 1

Poté 1

Presidente Juscelino 1

Recreio 1

Resplendor 1

Ribeirão Vermelho 1

Rio Casca 1

Rio Piracicaba 1Rubelita 1

Sabará 1

Santa Bárbara do Leste 1

Santa Efigênia de Minas 1

Santa Margarida 1

Santa Maria do Suaçuí 1

Santa Rita de Minas 1

Santa Rita do Sapucaí 1

Santo Antônio do Aventureiro 1

Santo Antônio do Jacinto 1

Santo Hipólito 1

São João do Manteninha 1

São João do Oriente 1

São Joaquim de Bicas 1

São José da Varginha 1

São Pedro do Suaçuí 1

São Sebastião do Paraíso 1

São Thomé das Letras 1

Serra Azul de Minas 1

Taiobeiras 1Taquaraçu de Minas 1

Três Pontas 1

Tumiritinga 1

Ubaí 1

Urucuia 1

Várzea da Palma 1

Vespasiano 1

244Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro2 Registros3 Registros

Continuação... 

Municípios Atingidos

por Vendaval e/ou Ciclone

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

 

57

2 3

13

2326

37 3530 31

13

19

0

20

40

63Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

GRANIZO

Page 63: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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GRANIZO

Os granizos compõem o grupo de desastres naturais

relacionados com temperaturas extremas. São caracterizados

por precipitação sólida de pedras de gelo, transparentes ou

translúcidas, de forma esférica ou irregular, de diâmetro

igual ou superior a 5 mm, que se formam na parte superior

das nuvens convectivas, do tipo cumulonimbus. Estasnuvens apresentam temperaturas extremamente baixas

no seu topo e elevado desenvolvimento vertical, podendo

alcançar alturas de até 1.600 m, condições propicias para

a transformação das gotículas de água em gelo. As gotas

congeladas ao crescerem, pelo processo de coalescência

(agrupamento com outras gotas menores), movimentam-se

com as correntes subsidentes. Nessa movimentação, ao se

chocarem com gotas mais frias, crescem rapidamente até

alcançarem um peso máximo, ao ponto de não serem mais

suportadas pelas correntes ascendentes, quando ocorre

a precipitação. O tempo de duração de uma precipitaçãode granizo está relacionado à extensão vertical da zona de

água no interior da nuvem, que normalmente supera 3 km e

é formada por gotas assimétricas (KULICOV; RUDNEV, 1980;

KNIGHT; KNIGHT, 2001).

O granizo, também conhecido por saraivada, pode

ser subdividido em gotas de chuvas congeladas ou flocos

de neve fundidos e recongelados e em grânulos de neve

envolvidos por gelo (CASTRO, 2003).

No Estado de Minas Gerais, as precipitações de

granizos foram responsáveis por 92 registros oficiais de

desastres, entre os anos de 1991 e 2010.

A distribuição espacial desses registros está no Mapa20 (Desastres Naturais causados por granizos em Minas Gerais,

no período de 1991 a 2010), onde se verica que a maioria dos

municípios atingidos localiza-se na porção sudeste do Estado.

Dos 853 municípios mineiros, 81 registraram a ocorrência do

evento durante a escala temporal adotada.

O município com a maior recorrência do desastre

foi Recreio, localizado na Mesorregião da Zona da Mata.

Esta mesorregião apresentou 16 municípios afetados,

sendo a segunda mais afetada. A mesorregião que teve

mais municípios atingidos por granizos, com 18, foi a

Metropolitana de Belo Horizonte.Ao analisar o Infográfico 5 (Municípios atingidos

por granizos), percebe-se que os primeiros registros de

desastres por granizos foram feitos em dezembro de

1995, em Alvinópolis, Betim, Padre Paraíso e Santa Luzia.

Além disso, a partir de 2002 todos os anos da pesquisa

apresentaram registro do evento adverso.

O ano que teve a maior recorrência do desastre

foi 2008, com 25 registros em 24 municípios. Destaca-se

João Monlevade, localizado na Mesorregião Metropolitana

de Belo Horizonte, que registrou duas vezes desastre por

granizo. Os registros foram em agosto e setembro, devido à

intensa precipitação de granizo e ventos com velocidade emtorno de 70 km/h em um curto período de tempo, nas duas

ocasiões, causando destelhamento, enchentes e inundações

em vários bairros do município.

A maioria dos registros do ano de 2008 ocorreu no

mês de setembro, totalizando 17 ocorrências. Segundo o

Boletim CEPTEC/INPE, na segunda quinzena de setembro,

a atuação de dois sistemas frontais e o deslocamento de

cavados na média e alta troposfera causou temporais seguidos

por intensos episódios de precipitação de granizo no leste

da Região Sudeste. No leste de Minas Gerais, em particular,

destacaram-se as cidades de Carandaí, Betim, Belo Horizonte,Santana da Vargem e Uberaba, onde as precipitações de

granizo, registradas no período de 15 a 17 de setembro e no

dia 26, causaram prejuízos à população (MELO, 2008).

Essa tipologia de desastre natural é considerada comum

na época das chuvas que ocorre nos meses de primavera e

verão em Minas Gerais e que, além da queda de granizos,

podem acarretar inundações, vendavais, raios e trovões.

Chuvas severas são frequentes durante a estação chuvosa no

Brasil, todavia, temporais com rajadas de vento, trovoadas e

ocorrência de granizo na estação fria, sobretudo na Região

Sudeste brasileira, são mais raros (PEREIRA, 2006).

No Estado, ao longo dos vinte anos de análise, oseventos adversos foram registrados em todos os meses

do ano, conforme o Gráfico 13 (Frequência mensal de

granizos 1991-2010). No entanto, destacam-se o trimestre

de agosto, setembro e outubro, com 15, 31 e 12 registros,

respectivamente.

Dos 15 registros ocorridos mês de agosto, 6

correspondem aos episódios do ano de 2006 em Bom Jesus

Gráco 13 - Frequência mensal de queda de granizos em Minas Gerais, noperíodo de 1991 a 2010

31

30

35

Frequência mensal de granizo

(1991 a 2010)

2

4 4

1

4 4

1

15

12

6  8

0

5

10

1520

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Figura 11 – Granizos nos municípios de Oratórios

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

64Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

GRANIZO

Page 64: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 64/95

G o i á sG o i á s

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l

B a h i aB a h i a

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o

D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l

Unaí

Salinas

Caraí

Ibiaí

São Romão

Bambuí

Iturama

Rubim

Lavras

Caratinga

Juiz de Fora

Capelinha

Itapecerica

São JoãoDel Rei

Cláudio

Mantena

Itabirito

Carrancas

Lima Duarte

Varzelândia

Iguatama

PontodosVolantes

Betim

Alvinópolis

Jampruca

Carandaí

Itaguara

Campos Gerais

Ritápolis

Varginha

Campo Belo

SantosDumont

Matipó

PousoAlegre

PonteNova

Botelhos

PadreParaíso

Monte Belo

Fervedouro

PerdõesCoqueiral

Recreio

Bom Jesusdo Galho

Jeceaba

SantaMariade Itabira

Congonhas

Eugenópolis

MonteFormoso

Pouso Alto

Entre Riosde Minas

Mar deEspanha

MateusLeme

Caputira

São JoãoEvangelista

Ipatinga

SantaLuzia

CarmodeMinas

Carmópolisde Minas

Contagem

São JoãoNepomuceno

São Joséda Barra

Taquaraçude Minas

Sem-Peixe

ConceiçãodoRio Verde

Crucilândia

São Pedro

do Suaçuí

Cantagalo

PresidenteBernardes

ViscondedoRio Branco

São Joséda Varginha

São Josédo Goiabal

Senhorade Oliveira

Tocosdo Moji

Raposos

Wenceslau Braz

Divinolândiade Minas

JoãoMonlevade

BelaVistade Minas

SantaEfigêniade Minas

Ewbankda Câmara

SantaBárbarado Leste

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W14°S14°S

18°S   18°S

22°S  22°S

MAPA 20 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR GRANIZO EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 45 90 135 180 225 km

1:4500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.

Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

O C E A N OO C E A N O

 A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O

Número deregistros

1

2

3

65Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

GRANIZO

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7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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do Galho, Caraí, Monte Formoso, Padre Paraíso, Ponto dos

Volantes e Rubim. Em 19 de ag osto de 2006, data próxima as

ocorrências do dia 21 registradas em 5 municípios do Estado,

a aproximação de uma frente fria pelo oceano, próximo

ao litoral do Estado de São Paulo, gerou instabilidadeatmosférica. Essa instabilidade se deslocou do sul de Minas

Gerais e ocasionou pancadas de chuva e quedas de granizo

no Estado de Minas Gerais, assim como em São Paulo e no

Rio de Janeiro. A elevada umidade relativa do ar e a forte

instabilidade em altos níveis, indicados nos modelos de

previsão são as possíveis causas da ocorrência de granizo

na região (PEREIRA, 2006).

Durante o período de análise, as quedas de granizos

registradas em Minas Gerais atingiram 191.460 habitantes

mineiros. O Gráfico 14 (Danos humanos causados por

granizos 1991-2010) apresenta ainda 28.105 pessoas

desalojadas, 4.758 desabrigadas, 1.345 deslocadas, 378

levemente feridas, 42 gravemente feridas e 10 enfermas.

Dentre os 81 municípios atingidos por gran izos entre

os anos de 1991 a 2010, o mais afetado foi Juiz de Fora,

localizado na Mesorregião da Zona da Mata, com 60.000

pessoas diretamente afetadas (31,3% do total) durante o

evento adverso ocorrido em fevereiro de 2004. Nos dias

28 de fevereiro e 01 de março, o município registrou a

191.460

150000

200000

250000

    n     t    e    s

Danos humanos por granizo

(1991 a 2010)

28.1054.758

1.345   378 42 100

50000

100000

      H    a      b      i     t

Gráco 14 – Danos humanos causados por granizos no período de 1991 a2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Infográco 5 – Municípios atingidos por granizos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010 

Municípios Atingidos

por Granizo

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Recreio 3

Alvinópolis 2

Botelhos 2

Carmo de Minas 2Cláudio 2

João Monlevade 2

Padre Paraíso 2

São João del Rei 2

Taquaraçu de Minas 2

Visconde do Rio Branco 2

Bambuí 1

Bela Vista de Minas 1

Betim 1

Bom Jesus do Galho 1

Campo Belo 1

Campos Gerais 1

Cantagalo 1

Capelinha 1

Caputira 1

Caraí 1

Carandaí 1

Caratinga 1

Carmópolis de Minas 1

Carrancas 1Conceição do Rio Verde 1

Congonhas 1

Contagem 1

Coqueiral 1

Crucilândia 1

Divinolândia de Minas 1

Entre Rios de Minas 1

Eugenópolis 1

Ewbank da Câmara 1

Fervedouro 1

Ibiaí 1

Iguatama 1

Ipatinga 1

Itabirito 1

Itaguara 1

Itapecerica 1

Iturama 1

Jampruca 1

Jeceaba 1

Juiz de Fora 1Lavras 1

Lima Duarte 1

Mantena 1

Mar de Espanha 1

Mateus Leme 1

Matipó 1

Monte Belo 1

Monte Formoso 1

Perdões 1

Ponte Nova 1

Ponto dos Volantes 1

Pouso Alegre 1

Pouso Alto 1

 

41

35

8 8

13 14

1

25

5 5

0

10

20

30

66Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

GRANIZO 

Page 66: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 66/95

registrados pelas quedas de granizo no Estado de Minas

Gerais estavam associados às fortes chuvas e ventos intensos,

que contribuíram para intensificar os danos.

Enquanto desastre, o granizo, de maneira geral, causa

grandes danos e prejuízos econômicos à agricultura. No Brasil, as

regiões de clima temperado são mais atingidas por este evento,

prejudicando as culturas de frutas e de fumo, mais vulneráveis

ao granizo. Dos danos materiais provocados pelo fenômeno,a destruição de telhados é o mais relevante, especialmente

quando construídos com telhas de amianto ou de barro. Outra

relevância, é que estes episódios geralmente são acompanhados

por vendavais e tempestades, o que diculta denir isoladamente

as consequências para se decretar uma situação de emergência

(CASTRO, 2003).

Ponte Nova 1

Ponto dos Volantes 1

Pouso Alegre 1

Pouso Alto 1

Presidente Bernardes 1

Raposos 1

Ritápolis 1

Rubim 1Salinas 1

Santa Bárbara do Leste 1

Santa Efigênia de Minas 1

Santa Luzia 1

Santa Maria de Itabira 1

Santos Dumont 1

São João Evangelista 1

São João Nepomuceno 1

São José da Barra 1

São José da Varginha 1

São José do Goiabal 1

São Pedro do Suaçuí 1

São Romão 1

Sem-Peixe 1

Senhora de Oliveira 1

Tocos do Moji 1

Unaí 1

Varginha 1

Varzelândia 1

Wenceslau Braz 192Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 2 Registros 1 Registro

 

Municípios Atingidos

por Granizo

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

 

41

35

8 8

13 14

1

25

5 5

0

10

20

30

Continuação...

REFERÊNCIAS

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Juiz deFora. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 20 dez. 2011.

KNIGHT, C. A.; KNIGHT, N. C. Hailstorms. In: DOSWELL III, C. A. Severeconvective storms. Boston: American Meteorological Society, 2001.(Meteorological Monographs, v. 28, n. 50, 2001. p. 223-249).

KULICOV, V. A.; RUDNEV, G. V. Agrometeorologia tropical. Havana:Cientíco-Técnica, 1980.

MELO, A. B. C. de. Previsão de chuvas abaixo da média parao trimestre NDJ/2009 no sul do Brasil. Infoclima: Boletim deInformações Climáticas, Brasília, ano 15, n. 10, out. 2008. Disponívelem: <http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/pdf_infoclima/200810.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2011.

PEREIRA, Roberto Carlos Gomes. Chuva de granizo em São Paulo, umestudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA,

14, 2006, Florianópolis. Anais... Florianópolis: CBMET, 2006.Disponível em: <http://www.cbmet.com/cbm-les/14-1949d7d6eed6591cdfa3d99fed4d19ab.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2011.

ocorrência de precipitação intensa precedida de granizo por

cerca de 30 a 40 minutos que provocou danos significativos

em centenas de edificações. A região mais atingida foi a

leste, mais especificamente os bairros de Santa Rita, Linhares,

Alto Grajaú, Três Moinhos e Nossa Senhora Aparecida,

caracterizados por edificaçõe s de baixo padrão, cobertas por

telhas de amianto. Registraram-se ainda, casos pontuais em

bairros da região centro-norte, como Marumbi e Progresso.Situação semelhante ocorreu no bairro Figueiras, afastado

da região central de Juiz de Fora, próximo ao município de

Chácara. Foram registradas na Defesa Civil em torno de 300

ocorrências, entretanto estima-se que outras 300 edificações

tenham sido avariadas.

Segundo os documentos oficiais, os desastres

67Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

MOVIMENTO DE MASSA

Page 67: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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MOVIMENTOS DE MASSA

Os movimentos de massa compõem o grupo de desastres

naturais relacionados com a geomorfologia, o intemperismo,

a erosão e a acomodação do solo. Na classicação adotada no

Atlas foram agrupados os seguintes eventos naturais no grupo:

escorregamentos ou deslizamentos; corridas de massa; rastejos e

quedas, tombamentos e/ou rolamentos de matacões e/ou rochas.Dentre as formas de movimentos de massa, os

escorregamentos, também denominados deslizamentos, são os

mais importantes desta classicação, haja vista ser o mais recorrente

dentre todos os tipos aqui apresentados. São provocados pelo

escorregamento de materiais sólidos (solo, vegetação, etc.) ao

longo de terrenos inclinados, tais como encostas, pendentes

ou escarpas. Caracterizam-se por movimentos gravitacionais

rápidos de massa, cuja superfície de ruptura é bem denida

por limites laterais e profundos. No momento em que a força

gravitacional vence o atrito interno das partículas, responsável

pela estabilidade, a massa de solo movimenta-se encosta abaixo.Esses movimentos gravitacionais de massa relacionam-se com

a inltração de água e a saturação do solo das encostas, o que

provoca a diminuição ou perda total do atrito entre as partículas.

Por esse motivo, no Brasil, os escorregamentos são nitidamente

sazonais e guardam efetiva relação com os períodos de chuvas

intensas e concentradas (CASTRO, 2003).

As corridas de massa, embora mais lentas que os

escorregamentos, desenvolvem-se de forma implacável, atingindo

grandes áreas e provocando danos extremamente intensos. Esses

movimentos têm grande capacidade de transporte, mesmo em

áreas planas, pois são gerados a partir de um grande aporte

de material de drenagem, sobre terrenos pouco consolidados,que, ao ser misturado com grandes volumes de água inltrada,

formam uma massa semiuida, que adquire um alto poder de

destruição (CASTRO, 2003). Conforme Kobiyama et al., (2006),

dependendo da viscosidade e do tipo de material, podem receber

outros nomes como uxos de terra (earthows), uxos de lama

(mudows) e uxos de detrito (debrisows).

Os rastejos são caracterizados como movimentos de

massa lentos, porém contínuos ou pulsantes. O processo não

apresenta superfície de ruptura bem denida e os limites entre

a massa em movimento e o terreno estável são transicionais

(CASTRO, 2003). Podem preceder movimentos mais rápidos,

como os escorregamentos. Embora lentos, os rastejos podem

ser facilmente identicados pela mudança na verticalidade das

árvores, postes, etc. (AUGUSTO FILHO, 1994).

As quedas e os tombamentos de rochas caracterizam-sepor movimentos extremamente rápidos de blocos ou fragmentos

em queda livre, em planos de cisalhamento ou clivagem,

enquanto que os rolamentos de matacões são provocados por

processos erosivos que removem os apoios das bases (CASTRO,

2003). Nestes fenômenos, a maior preocupação é com a trajetória

dos blocos, ou seja, durante a queda e o rolamento (AUGUSTO

FILHO, 1994).

A identicação da tipologia é de fundamental importância

para o entendimento das causas dos fenômenos ocorridos

(CEPED UFSC, 2009). Assim, conhecendo-se as causas, procura-se

alcançar, por meio do entendimento dos processos envolvidos,respostas às questões: por que ocorrem os escorregamentos,

quando, onde e quais são seus mecanismos, permitindo a

predição da suscetibilidade (VARNES, 1978).

Todos esses eventos são tratados como movimentos

de massa, que envolvem fenômenos diretamente relacionados

com o processo natural de evolução das vertentes. Além disso,

pertencem a um grande grupo classicado com base na atuação

dos processos geológicos que regem a dinâmica da crosta

terrestre e promovem as mudanças sobre o relevo terrestre. Em

sua maioria, esses desastres relacionam-se com a dinâmica das

encostas e são regidos por movimentos gravitacionais de massa

e processos de transporte de massas (CASTRO, 2003).No Estado de Minas Gerais, os desastres relacionados

a movimentos de massa somam 135 registros ociais,

espacializados em 100 municípios no Mapa 21 (Desastres

naturais causados por movimentos de massa em Minas Gerais,

no período de 1991 a 2010), localizados a maior parte a leste

do Estado, principalmente nas Mesorregiões da Zona da Mata e

Metropolitana de Belo Horizonte.

O município mais vezes afetado por movimentos demassa durante os anos de 1991 a 2010, foi Ibirité, localizado na

Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, com 8 registros.

Quase todo o território do município caracteriza-se por terrenos

bastante acidentados, a maior altitude é de 1.438 m e a menor é

de 797 m. Analisando o mapa de declividade de Ibiraté, percebe-

se que as maiores declividades (acima de 30%) ocorrem a leste do

município. Um dos destaques do relevo é a Serra do Rola Moça,

que atravessa a região sul do município (PREFEITURA DE IBIRTÉ,

2010).

De acordo com Reis e Simões (2007, apud PARIZZI et al.,

2010) historicamente o período chuvoso na Região Metropolitana

de Belo Horizonte começa em outubro e termina em abril. Emfunção do calor, no mês de outubro ocorrem as primeiras pancadas

de chuvas de nal de tarde e é quando chegam as primeiras frentes

frias. No mês de abril, as chuvas normalmente ocorrem na forma

intermitente, proveniente de frentes frias. Entretanto, nos últimos

anos tem sido observada a ocorrência de chuvas provenientes

de temperaturas elevadas, chuvas convectivas, que ocorrem com

forte intensidade em algumas regiões. As chuvas estão associadas

Figura 12 – Deslizamentos de terra em Juiz de Fora

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

68Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

MOVIMENTO DE MASSA

Page 68: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 68/95

G o i á sG o i á s

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l

B a h i aB a h i a

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o

D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l

Serro

Itabira

Jequitaí

Mariana

Lavras

PresidenteOlegário

Itambacuri

Muriaé

Juiz deFora

Ouro Preto

 Alfenas

Governador Valadares

Caldas

CapelinhaLadainha

Caeté

Cláudio

Iapu

Jequeri

Itabirito

BarbacenaMiraí

 AntônioDias

Capitólio

Malacacheta

Divino

Jampruca

Ervália

Palma

Itaguara

Mercês

Piau

Matipó

Liberdade

NovaEra

PadreParaíso

RioCasca

Morrodo Pilar 

SantoAntôniodo Retiro

Poçosde Caldas

 Araponga

BarraLonga

Guiricema

Jeceaba

BelmiroBraga

BeloOriente

Carmodo Cajuru

Congonhas

FranciscoBadaró

Lambari

Espera Feliz

Bicas

Eugenópolis

Monte Formoso

Natércia

Marilac

BeloHorizonte

 Argirita

Sericita

Caputira

Rio Espera

Ipatinga

NovaSerrana

Passa-Vinte

Carmode Minas

Sardoá

Naque

SantoAntôniodo Amparo

Contagem

São Pedrodos Ferros

PaulaCândido

Chácara

ConselheiroLafaiete

Lamim

São JoãoNepomuceno

Desterro deEntre Rios

SantaMargarida

DomSilvério

Cipotânea

Caiana

Manhumirim

Cantagalo

Ibirité

FariaLemos

SantoAntônio

do Itambé

 AstolfoDutra

FreiLagonegro

Oratórios

SimãoPereira

Rodeiro

CristianoOtoni

São Josédo Goiabal

Senhorade Oliveira

Coronel Xavier Chaves

Santanado Jacaré

BelaVistade Minas

São Sebastiãodo Rio Preto

 AntônioPradode Minas

SantaRitade Minas

CoronelPacheco

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W14°S14°S

18°S   18°S

22°S  22°S

MAPA 21 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR MOVIMENTOSDE MASSA EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 45 90 135 180 225 km

1:4500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

O C E A N OO C E A N O

 A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O

Número deregistros

1

2

3

4

8

69Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA

Page 69: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 69/95

ao aquecimento continental, à atuação de sistemas frontais, e à

Zona de Convergência do Atlântico Sul – ZCAS.

A frequência dos fenômenos de movimentos de

massa em Minas Gerais, de maneira geral se deve à geologia

e à geomorfologia associadas às altas encostas com elevada

declividade. Esses fatores propiciam maior intensidade dos

processos morfodinâmicos e mais suscetibilidade à erosão

e aos movimentos de massa. Dentre os tipos de movimentosde massa, os mais frequentes na Região Sudeste do Brasil e

no Estado de Minas Gerais, são os escorregamentos, com 127

registros. Os movimentos de massa caracterizados como corridas

de massa tiveram 4 registros, como rastejos 1 registro e como

quedas, tombamentos e/ou rolamentos de matacões e/ou rochas

3 registros.

Na região tropical úmida brasileira,a ocorrência

dos escorregamentos está associada à estação das chuvas,

principalmente às chuvas intensas durante a estação chuvosa,

que em Minas Gerais corresponde aos meses de primavera

e verão (entre setembro e março). As frentes frias originadas

no Círculo Polar Antártico encontram as massas de ar quente

tropicais ao longo da costa sudeste brasileira, provocando fortes

chuvas e tempestades. Estas chuvas, muitas vezes, deagram

escorregamentos que, não raro, podem se tornar catastrócos

(TOMINAGA et al., 2009).

Desse modo, os meses de primavera e de verão,

principalmente, foram os que apresentaram maior frequência de

movimentos de massa no Estado, entre 1991 e 2010. O Gráco

15 (Frequência mensal de movimentos de massa 1991-2010)

demonstra que o mês de janeiro teve o maior total de registros -

56 ocorrências, seguido do mês de dezembro, com 28 ocorrências.

No Infográco 6 (Municípios atingidos por movimentosde massa) todos os registros ociais levantados são relativos

aos anos da segunda década de análise (2000-2010). Verica-

se que a primeira ocorrência é de 2001, registrada no município

de Ouro Preto, localizado na Mesorregião Metropolitana de

Belo Horizonte, em novembro, devido ao rolamento de rocha

na encosta norte do campus da Escola Técnica Federal de Ouro

Preto, no bairro Vila Aparecida.

Os anos com os maiores picos de registros foram: 2005,

com 21 registros, e 2009, com 22 registros. No ano de 2005, o

município de São João Nepomuceno, apresentou um número

expressivo de recorrências do evento adverso. Foram 3 episódios

nos meses de janeiro, agosto e dezembro, respectivamente. Em

agosto o evento adverso esteve acompanhado por vendaval e

precipitação de granizos.

Os fatores condicionantes dos movimentos de massa

correspondem, principalmente, aos elementos do meio físico e,

secundariamente, do meio biótico. Entre os fatores diretamente

responsáveis pelo desencadeamento de movimentos de massa,

podemos citar a elevada pluviosidade, erosão pela água ou vento,

oscilação de nível dos lagos e marés e do lençol freático, ação de

animais e a ação humana (TOMINAGA et al., 2009).

A ação humana exerce importante inuência favorecendoa ocorrência dos movimentos de massa ou minimizando seus

efeitos. Entre as causas antrópicas, estão: a retirada de vegetação,

o acúmulo de lixo, a construção de edicações nas encostas, o

vazamentos de água e esgoto e cortes de taludes e/ou aterros.

No que diz respeito às ocorrências de desastres naturais

por movimentos de massa e os respectivos danos humanos,

constatou-se um número expressivo de habitantes afetados,

Gráco 15 - Frequência mensal de movimentos de massa em Minas Gerais,período de 1991 a 2010

56

50

60

Frequência mensal de movimentos

de massa (1991 a 2010)

19

9

2   1 1   2   3

14

28

0

10

20

30

40

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

299.638 pessoas, de acordo com o Gráco 16 (Danos humanos

por movimentos de massa 1991-2010). Além disso, 9.980 pessoas

foram desalojadas, 3.608 desabrigadas, 792 deslocadas, 88

caram levemente feridas, 86 gravemente feridas, 58 enfermos e

ocorreram 34 mortes.

O município que apresentou o maior número de

afetados foi Belo Horizonte, com 200.000 pessoas, 66,7% do total

de afetados. Belo Horizonte registrou escorregamentos em área

urbana em janeiro de 2003 e em janeiro e outubro de 2010.

Os movimentos de massa ocorrem na área urbanizada

de Belo Horizonte, tanto em áreas com edicações de alto como

baixo padrão, o que reforça a importância dos condicionantes

físicos no desencadeamento dos mesmos. Todavia, nas áreas de

vilas e favelas, a erosão é intensa e o padrão de ocupação irregular,

somados às características geomorfológicas e lito-estruturais,como altas declividades, vales encaixados e superfícies côncavas,

rochas muito alteradas e xistosas, solos e depósitos superciais

inconsistentes expostos nas faces dos taludes, torna o risco de

escorregamento alto. Os fatores mais agravantes relacionados às

edicações são a fundação, na maioria das vezes inexistente ou

mal projetada, e o tipo de corte feito nos taludes (PARIZZI et al.,

2010).

Gráco 16 - Danos humanos ocasionados por movimentos de massa, emMinas Gerais, período de 1991 a 2010

299.638

250000300000

350000

    n     t    e    s

Danos humanos por movimentos de massa

(1991 a 2010)

9.9803.608 792 88 8   58   34

0

50000

100000

150000

      H    a      b      i     t    a

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

70 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA

Page 70: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 70/95

Infográco 6 – Municípios atingidos por movimentos de massa em Minas Gerais, período de 1991 a 2010

 

Municípios Atingidos

por Movimento de Massa

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Ibirité 8

Congonhas 4

Belo Horizonte 3

Contagem 3

Espera Feliz 3

Piau 3

São João Nepomuceno 3

Antônio Dias 2

Caeté 2

Caputira 2

Conselheiro Lafaiete 2

Ervália 2

Iapu 2

Ipatinga 2

Malacacheta 2

Matipó 2

Miraí 2

Monte Formoso 2

Muriaé 2

Passa-Vinte 2

Rio Casca 2

São Pedro dos Ferros 2

Alfenas 1

Antônio Prado de Minas 1

Araponga 1

Argirita 1

Astolfo Dutra 1

Barbacena 1

Barra Longa 1

Bela Vista de Minas 1

Belmiro Braga 1

Belo Oriente 1

Bicas 1

Caiana 1

Caldas 1

Cantagalo 1

Capelinha 1

Capitólio 1

Carmo de Minas 1

Carmo do Cajuru 1

Chácara 1

Cipotânea 1

Cláudio 1

Coronel Pacheco 1

Coronel Xavier Chaves 1

Cristiano Otoni 1

Desterro de Entre Rios 1

Divino 1

Dom Silvério 1

Eugenópolis 1

Faria Lemos 1

Francisco Badaró 1

Frei Lagonegro 1

Governador Valadares 1

Guiricema 1

Itabira 1

1

6

18

11

21

10

1815

22

13

0

10

20

30

No Brasil, tomando por base o número de vítimas fatais,

os movimentos de massa são um dos principais processos

associados a desastres naturais (BAPTISTA et al., 2005). Isto é

percebido quando se analisa o número de 34 mortes associadas

ao desastre no Estado de Minas Gerais (Gráco 16).

Os municípios que apresentaram vítimas fatais, no

período de 1991 a 2010, foram: Belo Horizonte, Belo Oriente,

Cantagalo, Ervália, Iapu, Itabira, Juiz de Fora, Padre Paraíso, SantaRita do Sapucaí, São João Nepomuceno. Destaca-se o município

de Belo Horizonte, que além de apresentar o maior número de

afetados, também tem o maior número de mortos – 17.

Além dos aspectos siográcos, as áreas atingidas sofrem

também grande inuência das alterações do homem no meio,

principalmente nas áreas urbanas. Nessas áreas, os movimentos

gravitacionais de massa ocorrem com relativa frequência

em áreas de encostas desestabilizadas por ações antrópicas,

provocando graves desastres súbitos. Assim, os desastres

relativos a movimentos de massa têm componentes mistos

(naturais e antrópicos) e assumem características de evolução

aguda (CASTRO, 2003).

Os principais fatores que contribuem para a ocorrência

dos escorregamentos são os relacionados com a geologia,

geomorfologia, aspectos climáticos e hidrológicos, vegetação e

ação do homem relativa às formas de uso e ocupação do solo

(TOMINAGA, 2007).

Apesar dos danos causados pelos movimentos de

massa, estes fenômenos são um processo natural que faz parte

da evolução da paisagem, sendo o mais importante processo

geomorfológico modelador da superfície terrestre (BIGARELLA et

al., 1996).

71Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisMOVIMENTO DE MASSA

 

Page 71: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 71/95

BIGARELLA, J. J. et al. Estrutura e origem das paisagens tropicais esubtropicais. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996, v.2.

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.

CEPED - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBREDESASTRES. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Resposta

ao desastre em Santa Catarina no ano de 2008 : avaliação das aerasatingidas por movimentos de massa e dos danos em edicaçõesdurante o desastre. Florianópolis: CEPED UFSC, 2009.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. BeloHorizonte. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 19 dez. 2011.

KOBIYAMA, M. et al. Prevenção de desastres naturais: conceitosbásicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.

PARIZZI. et al. Correlações entre chuvas e movimentos de massa nomunicípio de Belo Horizonte, MG. Geograas, Belo Horizonte v. 06,n. 2, p. 49-68, jul./dez. 2010. Disponível em: <http://www.cantacantos.com.br/revista/index.php/geograas/article/viewFile/356/302>.Acesso em: 19 dez. 2011.

PREFEITURA DE IBIRATÉ. Mapa de Declividade. Ibiraté: Prefeiturade Ibiraté, 2010. Disponível em: <http://www.ibirite.mg.gov.br/ attachments/227_geo_ibirite_declividade.pdf>. Acesso em: 19 dez.2011.

TOMINAGA, L. K. Avaliação de metodologias de análise de risco aescorregamentos: aplicação de um ensaio em Ubatuba, SP. 2007. 220f. Tese (Doutorado) - Departamento de Geograa da Faculdade deFilosoa, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, SãoPaulo. 2007.

TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastresnaturais: conhecer para prevenir. 1. ed. São Paulo: Instituto Geológico,2009. Disponível em: <http://www.igeologico.sp.gov.br/downloads/ 

livros/DesastresNaturais.pdf>.Acesso em: 27 out. 2011.VARNES, D. J. Slope movement types and processes. In: SCHUSTER;KRIZEK . (eds.). Landslides: analysis and control. (TransportationResearch Board Special Report, Washington, n. 176, p. 11-33).

Frei Lagonegro 1

Governador Valadares 1

Guiricema 1

Itabira 1

Itabirito 1

Itaguara 1

Itambacuri 1

Jampruca 1

Jeceaba 1Jequeri 1

Jequitaí 1

Juiz de Fora 1

Ladainha 1

Lambari 1

Lamim 1

Lavras 1

Liberdade 1

Manhumirim 1

Mariana 1

Marilac 1

Mercês 1

Morro do Pilar 1

Naque 1

Natércia 1

Nova Era 1

Nova Serrana 1

Oratórios 1

Ouro Preto 1

Padre Paraíso 1Palma 1

Paula Cândido 1

Poços de Caldas 1

Presidente Olegário 1

Rio Espera 1

Rodeiro 1

Santa Margarida 1

Santana do Jacaré 1

Santa Rita de Minas 1

Santo Antônio do Amparo 1

Santo Antônio do Itambé 1

Santo Antônio do Retiro 1

São José do Goiabal 1

São Sebastião do Rio Preto 1

Sardoá 1

Senhora de Oliveira 1

Sericita 1

Serro 1

Simão Pereira 1

135Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 2 Registros 1 Registro

Continuação... 

Municípios Atingidos

por Movimento de Massa

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

 

1

6

18

11

21

10

1815

22

13

0

10

20

30

REFERÊNCIAS

AUGUSTO FILHO, O. Cartas de risco de escorregamentos: umaproposta metodológica e sua aplicação no município de Ilhabela, SP.1994. 162p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica- Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.

BAPTISTA, A. C. et al. Suscetibilidade das áreas de risco amovimentos de massa na APA Petrópolis-RJ. Revista Natureza& Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 51-58, 2005. Disponível em: <http://www.cbcn.org.br/arquivos/p_suscetibilidade_petropolis-rj_1285218608.pdf>. Acesso em: 27 out. 2011.

72 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 72: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 72/95

G o i á sG o i á s

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

d o S u ld o S u l

B a h i aB a h i a

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

R i o d eR i o d e

J a n e i r oJ a n e i r o

D i s t r i t oD i s t r i t o

F e d e r a lF e d e r a l

Caeté

Cruzília

Boa Esperança

Campo Belo

PadreCarvalho

Simonésia

Piau

Joanésia

Conceiçãode Ipanema

Carmésia

São João Nepomuceno

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W14°S14°S

18°S   18°S

22°S  22°S

MAPA 22 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INCÊNDIO, EROSÃO FLUVIALE EROSÃO LINEAR EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 45 90 135 180 225 km

1:4500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

O C E A N OO C E A N O

 A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O

Número deregistros

Incêndio

1

Erosão Fluvial

1

2

Erosão Linear 

1

73Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 73: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 73/95

G o i á sG o i á s

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s od o S u ld o S u l

B a h i aB a h i a

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

E s p i r i t oE s p i r i t oS a n t oS a n t o

R i o d eR i o d eJ a n e i r oJ a n e i r o

D i s t r i t oD i s t r i t oF e d e r a lF e d e r a l

Caeté

Cruzília

Boa Esperança

Campo Belo

PadreC arvalho

Simonésia

Piau

Joanésia

ConceiçãodeIpanema

Carmésia

São João Nepomuceno

41°W

41°W

45°W

45°W

49°W

49°W14°S14°S

18°S   18°S

22°S  22°S

MAPA 23 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR INCÊNDIO, EROSÃO FLUVIALEROSÃO LINEAR EM MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 45 90 135 180 225 km

1:4500000

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 45° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

O C E A N OO C E A N O

 A T L Â N T I C O A T L Â N T I C O

Número deregistros

Incêndio1

Erosão Fluvial1

2

Erosão Linear 1

74 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 74: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 74/95

INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃOFLUVIAL

Incêndio Florestal

Os incêndios orestais correspondem à classicação

dos desastres naturais relacionados com a intensa redução das

precipitações hídricas. É um fenômeno que compõe esse grupo,pois a propagação do fogo está intrinsecamente relacionada

com a redução da umidade ambiental, e ocorre com maior

frequência e intensidade nos períodos de estiagem e seca.

A classicação dos incêndios orestais está relacionada:

ao estrato orestal, que contribui dominantemente para a

manutenção da combustão; ao regime de combustão; e ao

substrato combustível (CASTRO, 2003).

Os incêndios orestais podem ser provocados

por: causas naturais, como raios, reações fermentativas

exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de

quartzo ou cacos de vidro em forma de lente e outras causas;

imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores,

através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em seus

acampamentos; fagulhas provenientes de locomotivas ou

de outras máquinas automotoras, consumidoras de carvão

ou lenha; perda de controle de queimadas, realizadas para

limpeza de campos ou de sub-bosques; além de incendiários

e/ou piromaníacos. Podem iniciar-se de forma espontânea ou

em consequência de ações e/ou omissões humanas. Mesmo

neste último caso, os fatores climatológicos e ambientais são

decisivos para incrementá-los, pois facilitam a sua propagação

e dicultam o seu controle (CASTRO, 2003).

Para que um incêndio se inicie e se propague, énecessária a conjunção dos seguintes elementos condicionantes:

combustíveis, comburente, calor e reação exotérmica em cadeia.

A propagação é inuenciada por fatores, como: quantidade e

qualidade do material combustível; condições climáticas, como

umidade relativa do ar, temperatura e regime dos ventos; tipo

de vegetação e maior ou menor umidade da carga combustível

e a topograa da área (CASTRO, 2003).

Os incêndios atingem áreas orestadas e de savanas,

como os cerrados e caatingas. De uma maneira geral, queimam

mais facilmente: os restos vegetais; as gramíneas, os liquens

e os pequenos ramos e arbustos ressecados. A combustão de

galhos grossos, troncos caídos, húmus e de raízes é mais lenta

(CASTRO, 2003).

  O Estado de Minas Gerais apresenta regiões com

cobertura vegetal de Floresta Ombróla Densa (Mata Atlântica),

Cerrado, Campos de Altitude ou Rupestres, Mata Seca e

ambientes transformados (como capoeiras, pastagens e áreas

desmatadas). De acordo com Silva, Argento e Fernandes (2007)

os campos e os ambientes antropizados são mais sujeitos à

ocorrência e propagação de incêndios.

Durante os vinte anos de análise, somam-se um total de

apenas 2 registros ociais de incêndios no Estado. Com base

no Mapa 22 (Desastres naturais causados por incêndio, erosão

uvial e erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a

2010), que apresenta o número de ocorrências de incêndios esua distribuição pelo Estado, verica-se que os municípios de

Carmésia, localizado na Mesorregião do Vale do Rio Doce, e

de São João Nepomuceno, localizado na Mesorregião da Zona

da Mata, decretaram situação de emergência por incêndios

orestais.

Em Carmésia, o episódio de incêndio ocorreu em

outubro do ano de 2003, de acordo com o Gráco 17

(Frequência mensal de incêndios 1991 - 2010) e o Infográco 7

(Municípios atingidos por incêndios orestais), que apresenta o

número total de registros por ano, entre 1991 e 2010. Naquele

ano, um incêndio orestal de causa desconhecida atingiu

aproximadamente 2.000 ha de Mata Atlântica e 3.000 hectares

de matas e pastos, 20 nascentes e várias espécies da fauna e

ora silvestre.

Em agosto de 2006, de acordo com o Gráco 17 e

o Infográco 1, o município de São João Nepomuceno foi

atingido por um incêndio orestal na área particular do povoado

de Vargem Grande, que queimou aproximadamente 726 ha de

pastagem.

Com relação aos meses de ocorrência de incêndios, os

períodos de seca e estiagem são mais suscetíveis aos episódios e

ao aumento da frequência de incêndios. No registro de incêndiodo mês de agosto, o número de ocorrências de estiagens e secas

no Estado foi o maior da escala temporal adotado.

Os incêndios, quando atingem áreas orestais e outros

ecossistemas, como o cerrado, provocam danos à ora e à

fauna com a falta de hábitat e alimentos, ao solo, com a perda

de nutrientes e organismos decompositores, e liberam grande

quantidade de gás carbônico que, segundo Barbosa e Fearnside

2

Frequência mensal de incêndios

(1991 a 2010)

1 1

0

1

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Gráco 17 - Frequência mensal de incêndios em Minas Gerais, período de1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Figura 13 – Incêndios orestais no município de Grão Mogol

Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais.

75Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 75: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 75/95

(1999), pode ser emitida instantaneamente para a atmosfera e/ 

ou estocado na forma de carvão sobre o solo ou no material

vegetal morto pelo fogo em processo de decomposição.

Com relação aos danos causados diretamente à

população, no Estado de Minas Gerais, referente ao período deanálise (1991-2010), verica-se o total de 229 pessoas afetadas

e 4 levemente feridas, conforme apresenta o Gráco 18 (Danos

humanos por incêndios 1991-2010).

O município de São João Nepomuceno que apresentou

o número de afetados durante o registro no ano de 2006. No

entanto, não foi registrada nenhuma morte no Estado associada

aos incêndios.

Com o objetivo de prevenir e melhor combater os

incêndios orestais mitigando os danos causados, a nível

nacional, dentro da estrutura do IBAMA há o Centro Nacional

229

150

200

250

    n     t    e    s

Danos humanos por incêndio

(1991 a 2010)

40

50

100

      H    a      b      i     t

Gráco 18 - Danos humanos ocasionados por incêndios, em Minas Gerais,período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Infográco 7 – Municípios atingidos por incêndios em Minas Gerais, período de 1991 a 2010 

Municípios Atingidos

por Incêndio Florestal

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Carmésia 1

São João Nepomuceno 1

2Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 1 Registro

1

0

3

6

de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - PREVFOGO,

responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios

orestais em todo o território nacional, incluindo atividades

relacionadas a campanhas educativas, treinamento e capacitação

de produtores rurais e brigadistas, monitoramento, pesquisa e

manejo de fogo nas Unidades de Conservação (BRASIL, 2011).

No Estado de Minas Gerais, há o Programa de Prevenção

e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) que é responsávelpelas ações de prevenção, controle e combate aos incêndios

orestais, atividades pelas quais o Instituto Estadual de Florestas

(IEF) é a instituição responsável pela coordenação prevenção e

do combate a incêndios orestais de acordo com a Lei Estadual

nº 10.312/90, com o Decreto nº 39.792/98 e com a Lei Delegada

nº 79/03. O Previncêndio possui diversas ações efetivas para

prevenção e combate a incêndios orestais, principalmente no

entorno das Unidades de Conservação, das Áreas de Preservação

Permanente e dos remanescentes nativos de relevante interesse

ecológico no Estado. O trabalho é executado pelo IEF em parceira

com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais através de um

convênio rmado entre as duas instituições em 1993, que permitiu

a realização de cursos de combate e prevenção de incêndios

orestais durante todo o ano e em todo o Estado (IEF, 2005a).

Quanto às brigadas voluntárias, o trabalho de

treinamento de brigadistas pelo IEF começou em 1993. As

brigadas são compostas por voluntários que querem ser

parceiros na proteção dos recursos naturais do Estado. Elas

atuam como complemento importante ao trabalho executado

pelos funcionários das Unidades de Conservação e do Corpo de

Bombeiros. O curso apresenta técnicas essenciais de combate

aos incêndios e noções das formas de propagação do fogo. Os

brigadistas aprendem como denir a coordenação do combate

ao fogo, como reconhecer o local do incêndio e técnicas para o

combate direto e indireto, formas de utilização de ferramentas e

técnicas como as de construção de aceiros (IEF, 2005b).

EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

O fenômeno da erosão linear apresenta os estágios desulcos, ravinas e voçorocas e, assim como o da erosão uvial, que

corresponde ao processo erosivo na calha dos rios, enquadram-

se na classicação de desastres naturais relacionados com a

geomorfologia, o intemperismo, a erosão e a acomodação do

solo.

A erosão linear é aquela causada pelo contínuo

escoamento da água na superfície que ao arrastar partículas de

solo cria pequenos canais. Eles formam-se no terreno ao longo

do tempo, tornando-se caminhos preferenciais da água da

chuva e de acordo com a intensidade das chuvas, esses canais

vão gradualmente se aprofundando (AMARAL; GUTJAHR, 2011).

Sua evolução é denominada de acordo com seu

estágio: os sulcos são pequenas incisões na superfície na forma

de canais muito rasos. As ravinas ocorrem quando a água do

escoamento supercial escava o solo, formando canais mais

largos e profundos. Possuem forma retilínea, alongada e estreita

e apresentam perl transversal em "V" e geralmente ocorrem

entre eixos de drenagens, muitas vezes associadas a estradas,

trilhas de gado e carreadores. E as boçorocas são formas

mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo da erosão

linear. Devem-se à ação combinada das águas do escoamento

supercial e subterrâneo. Em geral são ramicadas, de grande

profundidade, apresentando paredes irregulares e perltransversal em "U" (PROIN/CAPES; UNESP/IGCE, 1999).

A ocorrência da erosão linear, enquanto desastre, está

relacionada a alguns fatores, que intensicam os danos causados

à população afetada.

Um deles é o balanço hídrico, onde os processos erosivos

intensicam-se em função da oposição entre períodos de

intensas e concentradas chuvas tropicais e períodos de deciência

76 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 76: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 76/95

hídrica. Quanto ao tipo de solo, ocorrem preferencialmente em

solos de padrão arenoso, semiconsolidados ou inconsolidados.

Os solos arenosos profundos e permeáveis, como os solos

aluviais pouco desenvolvidos, e as areias quartzosas são os

mais propícios à erosão linear, especialmente quando apresenta

pouca cobertura vegetal. Outro fator é o geomorfológico que

exerce uma importante inuência indireta no desenvolvimento

de voçorocas, quando combinados com os fatores relativosao solo e à geologia. E por último, fatores de intervenções

antrópicas, onde a erosão linear é intensicada pelas atividades

humanas inadequadas, em áreas de urbanização, construção de

vias de transporte e manejo agropecuário (CASTRO, 2003).

No caso do processo erosivo uvial, resultante da

ação dos rios sobre a superfície, inicia com a erosão laminar e

em sulcos ou ravinas, prosseguindo através da erosão uvial.

Depende da interação de quatro diferentes mecanismos gerais.

Um deles é a ação hidráulica da água, que ocorre quando

a corrente hídrica é sucientemente forte, levando pelo curso

do rio areia e detritos de rochas, depositados no leito do rio,

prosseguindo assim até uma nova sedimentação e de uma nova

intensicação da corrente hídrica. A ação corrosiva das partículas

em suspensão na água ocorre quando fragmentos de rochas ou

areia, em suspensão no uxo, atritam sobre camadas rochosas

das margens e dos fundos dos rios, provocando a escavação

das mesmas. Já a ação abrasiva é o processo onde o material

em trânsito nos rios é erodido, formando partículas cada vez

menores ao atritar com superfícies rochosas, formando seixos

rolados, cascalhos, areia grossa e areia na pela suspensão e

transporte das partículas na água. E por último, a corrosão ou

diluição química, processo segundo o qual a água, na condição

de solvente universal, dilui os sais solúveis, liberados das rochas,em conseqüência da ação mecânica, e os transporta sob a forma

de soluções (CASTRO, 2003).

O desbarrancamento dos rios pode ocorrer de duas

formas genéricas: lateral, quando o desgaste é efetuado nas

margens, contribuindo para o gradual alargamento dos vales,

ou vertical quando a erosão atua no aprofundamento gradual

do leito dos rios (CASTRO, 2003).

O fenômeno denominado terras caídas ocorre quando

a água atua sobre uma das margens e provoca um processo de

erosão subterrânea e minagem. Esta ação erosiva abre extensas

cavernas subterrâneas até que uma súbita ruptura provoca a

queda do solo da margem, que é tragado pelas águas. Acontece,

normalmente, em terrenos sedimentares, de natureza arenosa

(CASTRO, 2003).

No Estado de Minas Gerais há 10 registros ociais dedesastres relativos à erosão durante os anos de 1991 a 2010,

sendo 5 registros ociais por erosão linear e 5 registros

ociais por erosão uvial.

Os desastres naturais por erosões linear e uvial

ocorridos no Estado estão espacializados no Mapa 23 (Desastres

Naturais causados por Incêndio, Erosão Linear e Erosão Fluvial

em Minas Gerais no período de 1991 a 2010). É possível vericar

que, dentre os 853 municípios do Estado, 5 foram atingidos por

erosão linear e 4 por erosão uvial.

Os municípios afetados por erosão linear foram: Boa

Esperança, Campo Belo, Cruzília, Caeté e Padre Carvalho,

localizados em diferentes mesorregiões, com 1 registro cada. Já

os municípios de Conceição de Ipanema, Joanésia, localizados na

Mesorregião Vale do Rio Doce, com 1 registro cada, e Simonésia

e Piau, localizados na Mesorregião Zona da Mata, com 2 e 1

registros, respectivamente, foram afetados por erosão uvial.

Com relação à erosão linear, a maioria das ocorrências

foi em janeiro do ano de 2003, conforme Infográco 8

(Municípios atingidos por Erosão Linear). Em Boa Esperança, uma

fortíssima erosão foi iniciada no bairro Santa Rita, provocada

por concentração e elevação das águas pluviais canalizadas

devido ao aumento da precipitação pluviométrica, intensidade e

tempo de duração do fenômeno. No município de Campo Belo

21 residências de famílias carentes localizadas nos bairros Vila

São Jorge, São Benedito, Vieiras, Jardim América e Vila Amauri

foram atingidas parcialmente e outras 2 residências caramtotalmente destruídas por escorregamento de terra e inundação,

que ocorreram devido as fortes e constantes chuvas ocorridas

do dia 17 a 23 de janeiro. No município de Cruzília a erosão

se deu próximo a ponte sobre o córrego Olaria, localizada no

bairro Vila Maria.

Após 2 anos, em outubro de 2005, foi registrado erosão

linear com 10 m de profundidade por 8 de largura, com formação

de um talude vertical com desnível de aproximadamente 5 m, e

mais 5 m em inclinação de 45°, atingindo as casas a montante,

que correram risco de desabamento junto ao restante da rua no

município de Caeté. O último registro foi em agosto de 2006 no

município de Padre Carvalho. As chuvas torrenciais ocorridas ao

longo dos anos, agravada com as chuvas do mês de março de

2006, impactaram o solo desprotegido, causando o escoamento

de terra, ocorrendo assim, erosão na área urbana e assoreamento

do Rio Marianópolis.

Com relação à erosão uvial, em janeiro de 2005,

segundo Avadan (Avaliação de Danos), o município de

Municípios Atingidos

por Erosão Linear

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Boa Esperança 1

Caeté 1

Campo Belo 1

Cruzília 1

Padre Carvalho 1

Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 51 Registro

3

1 1

0

2

4

Infográco 8 – Municípios atingidos por erosão linear em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010

77Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

INCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 77: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 77/95

Conceição de Ipanema foi afetado por fortes e constantes

chuvas, seguidas de fortes enchentes que ocasionaram erosão

uvial na ponte sobre o córrego Conceição, situada na avenida

Geraldo de Barros com acesso a Ipanema e Mutum, tendo

parte destruída, trazendo perigo aos moradores ribeirinhos,

pedestres e trafego de veículos. No mesmo ano, em dezembro,

o município de Joanésia registrou o evento devido às fortes

chuvas, que causaram a elevação do nível do ribeirão Joanésia.Houve deslizamento de barranco causando erosão no subsolo

da Estação de Tratamento de Água (ETA), destruindo a rede de

distribuição de água e colocando em risco de desabamento os

ltros, casa de máquinas e casa de química.

De acordo com o Infográco 9 (Municípios atingidos

por erosão uvial) ainda, em fevereiro de 2009, o município

de Piau registrou o evento devido ao desbarrancamento do

riacho que provocou a queda da ponte que dá acesso a diversas

fazendas, sítios e usina hidroelétrica. Esse fato ocorreu após

grande incidência de chuvas aliada a um solo arenoso.

Em 2010 o município de Simonésia foi atingido duas

vezes, nos meses de agosto e dezembro. Neste último evento a

erosão afetou ruas, travessas e praças, e ocorreu após temporais

e chuvas fortes que assolaram a região.

Segundo Mello et al (2007), o Estado de Minas Gerais

pode ser dividido em três zonas, com erosividade anual variando

de 5.000 a 12.000 MJ mm ha-1 ano-1: erosividade média-alta,

nas regiões central, nordeste e parte da Zona da Mata; alta, no

Triângulo Mineiro (extremo da região), e parte do nordeste e sul

do Estado; e muito alta, na maior parte do Triângulo Mineiro,

Alto Paranaíba, noroeste e leste.

Nos meses de maior concentração das chuvas, novembro

a janeiro, observa-se distribuição espacial muito semelhante da

erosividade, com valores mais altos para uma faixa que corta

o Estado de leste a noroeste. A distribuição das chuvas mostra

valores mensais para o leste (Rio Doce), sul, Triângulo e noroeste

consideravelmente mais elevados e, na região sul, esta situaçãonão implica em áreas com maiores erosividades, sendo reexo

de uma melhor distribuição da chuva ao longo do período

chuvoso (MELLO et al., 2007).

Com relação à frequência mensal, o mês que apresentou

mais registros de erosão linear foi janeiro com 3 ocorrências,

conforme mostra o Gráco 19 (Frequência mensal de erosão

linear 1991 a 2010). Os outros meses afetados foram agosto e

outubro.

Já a erosão uvial, que também de certa maneira está

atrelada ao elevado índice das precipitações e aumento da

velocidade do escoamento dos rios, apresentou os registros nos

meses de dezembro, janeiro, fevereiro e agosto, como apresenta

o Gráco 20  (Frequência mensal de erosão uvial 1991- 2010).

Ambos os tipos de erosão, uvial e linear, são processos

de erosão hídrica que atuam como modeladores da paisagem e

podem, ou não, ocasionar danos econômicos e sociais. A erosão

uvial (desbarrancamentos e terras caídas), enquanto desastre,

afeta principalmente as habitações e as estruturas edicadas às

margens dos rios. Inclusive, o processo pode ser acelerado pela

intervenção humana, devido à ocupação desordenada.

Com relação aos danos humanos causados pelos dois

tipos de erosões, durante o intervalo temporal da pesquisa

(1991 a 2010) foi registrado um total de 4.797 mineiros atingidos

direta ou indiretamente.

Por desastre natural associado à erosão linear somam-

se 1.247 atingidos, além destes, 21 foram desalojadas e 10

deslocadas, conforme apresenta o Gráco 21 (Danos humanos

causados por erosão linear 1991-2010). O município que

apresentou o maior número de afetados por erosão linear

durante o período analisado foi Padre Carvalho, com 1.200,

durante o evento adverso ocorrido em agosto de 2006. Este

município atualmente tem 5.834 habitantes, signicando que

20,6% de sua população foi atingida por erosão linear durante

a única ocorrência registrada (IBGE, 2010a). Naquele ano, o

desastre ocorreu em parte da área urbana de Padre Carvalho, narua Grão Mogol, avenida Manoel José dos Santos e rua Evaristo

Bispo.

Por erosão uvial soma-se um total de 3.550

habitantes afetados, conforme apresenta o Gráco 22 (Danos

humanos causados por erosão uvial 1991-2010). Além

destes, 64 foram desalojados e 13 desabrigados no município

de Simonésia. O município que apresentou o maior número

Municípios Atingidos

por Erosão Fluvial

Município 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

Simonésia 2

Conceição de Ipanema 1

Joanésia 1

Piau 1

Fonte: Documentos oficiais do Estado de Minas Gerais, 2011. 52 Registros 1 Registro

0 0 0 0 0 0

1

0 0

1

2 2

3

2 2

4

1 1 1

3

0

2

4

63

1 1

0

2

4Infográco 9 – Municípios atingidos por erosão uvial em Minas Gerais, no período de 1991 a 2010

Gráco 19 - Frequência mensal de erosão linear em Minas Gerais, no perío-do de 1991 a 2010

3

4

Frequência mensal de erosão linear

(1991 a 2010)

1 1

0

1

2

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

78 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisINCÊNDIO FLORESTAL, EROSÃO LINEAR E EROSÃO FLUVIAL

Page 78: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 78/95

de afetados durante o período analisado foi Joanésia, com

2.600, durante o evento adverso ocorrido em dezembro de

2005. Este município atualmente está com 5.425 habitantes,

signicando que 47,9% de sua população foi atingida porerosão linear durante a única ocorrência registrada (IBGE,

2010b), que ao atingir a ETA, provocou o desabastecimento

de água na sede do município.

Os processos relacionados à erosão, seja uvial ou linear,

constituem fatores importantes que modicam a morfodinâmica

de uma determinada área. Enquanto desastres, a erosão linear

provoca aprofundamento de ravinas até o nível do lençol freático,

principalmente nos meses mais chuvosos, e a erosão uvial, com

a retirada da cobertura vegetal e dependendo do tipo de solo,

causa o desbarrancamento dos rios. São conseqüências que

podem provocar danos ambientais, mas também caracterizar

uma situação de emergência, quando ocasiona danos humanos,dependendo das proporções que os eventos alcançarem.

REFERÊNCIAS

AMARAL, Rosangela do; GUTJAHR, Mirian Ramos. Desastresnaturais. São Paulo: IG / SMA, 2011. 100 p. (Série Cadernos de

Educação Ambiental, 8).BARBOSA, R. I.; FEARNSIDE, P. M. Incêndios na Amazônia Brasileira:estimativa da emissão de gases do efeito estufa pela queima dediferentes ecossistemas de Roraima na passagem do evento “ElNiño” (1997/98). Acta Amazonica, Manaus, v. 29, n. 4, p. 513-534, 1999. Disponível em: <http://agroeco.inpa.gov.br/reinaldo/ RIBarbosa_ProdCient_Usu_Visitantes/1999IncAmazBras_AA.pdf>.Acesso em: 26 set. 2011.

BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis – IBAMA. Centro Nacional de Prevenção eCombate aos Incêndios Florestais – PREVFOGO. 2011. Disponívelem: <http://www.ibama.gov.br/prevfogo>. Acesso em: 26 set. 2011.

CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastres

naturais. Brasília (DF): Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Joanésia. In: IBGE Cidades. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 16 dez. 2011.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PadreCarvalho. In: IBGE Cidades. 2010b. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 16 dez. 2011.

2

3

Frequência mensal de erosão fluvial

(1991 a 2010)

1 1 1

0

1

2

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Gráco 20 - Frequência mensal de erosão uvial em Minas Gerais, no perí -odo de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

IEF - INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. Programa dePrevenção e Combate a Incêndios Florestais – Previncêndio.2005a. Disponível em: <http://servicos.meioambiente.mg.gov.br/ previncendio/previncendio.asp>. Acesso em: 19 dez. 2011.

IEF - INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS. Brigadas voluntárias deprevenção e combate a incêndios orestais. 2005b. Disponível em:<http://servicos.meioambiente.mg.gov.br/previncendio/brigadas.asp>. Acesso em: 19 dez. 2011.

MELLO, C. R. de. et al. Erosividade mensal e anual da chuva noEstado de Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, n. 4, p. 537-545, abr. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/pab/v42n4/12.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2011.

SILVA, L. de C. V. da; ARGENTO, M. S. F.; FERNANDES, M. doC. Modelagem ambiental de cenários de potencialidade aocorrência de incêndios no Parque Nacional do Itatiaia/RJ. In:SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 13.,2007, Florianópolis. Anais... Florianópolis: INPE, 2007. p. 3117-

3124. Disponível em: <http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/ sbsr@80/2006/11.16.02.01.04/doc/3117-3124.pdf>. Acesso em: 25out. 2011.

PROIN/CAPES. UNESP/IGCE. Material Didático: arquivos detransparências. Rio Claro: Departamento de Geologia Aplicada,1999. 1 CD.

Gráco 21 - Danos humanos ocasionados por erosão linear, no período de1991 a 2010

Gráco 22 - Danos humanos ocasionados por erosão uvial, no período de1991 a 2010

1.247

1000

1200

1400

    n     t    e    s

Danos humanos por erosão linear

(1991 a 2010)

21   100

200400

600

      H    a      b      i     t

3.550

3000

4000

    n     t    e    s

Danos humanos por erosão fluvial

(1991 a 2010)

64   130

1000

2000

      H    a      b      i     t

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011. Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Page 79: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 79/95

Page 80: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 80/95

Diagnóstico dos Desastres Naturais

Page 81: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 81/95

 

Fonte: Acervos das Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil dos Estados de Alagoas e Pernambuco.

Diagnóstico dos Desastres Naturaisno Estado de Minas Gerais

82 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 82: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 82/95

Unaí

Paracatu

Buritis

 Arinos

João P inhei ro

Ibiá

Uber aba

Tir os

Curvelo

Frutal

For moso

Uber lândia

Corinto

Luz

 Ar aguar i

Pompéu

Patrocínio

Coromandel

Sacramento

V azante

Santa V itória

Três Mar ias

Patos de Minas

 Araxá

Itapag ipe

Gur inhatã

IturamaCarneirinho

PresidenteOlegár io

Guarda-Mor 

Laga mar 

Tupaciguara

Buenópolis

Felixlândia

Br asilândia de Minas

Bom

Despacho

 Augustod e Lima

Dom Bosco

Lagoa For mosaCapinópolis

ComendadorGo mes

São  Gonç alodo Abaeté

MonteCarmelo

LagoaGrande

Bonfinópolisde Minas

Limeirado Oeste

União deMinas

São Gotar do

Conquista

MartinhoCampos

Conceiçãodas Alagoas

Cabeceira Grande

Inimutaba

Joaquim

Felíc io

Natalândia

V ar  jãode Minas

Estrela do

Indaiá

Uruana de Minas

PresidenteJusc elino

Guimarâ nia

ÁguaComprida

Santo

Hipólito

Matutina

Moema

Morr od a Garça

Delta

Cruzeiro daFortaleza

G o i a sG o i a s

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

B a h i aB a h i a

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l

D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l

44°W

44°W

47°W

47°W

50°W

50°W

16°S   16°S

19°S   19°S

MAPA 24 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESCENTRAL MINEIRA, NOROESTE DE MINAS E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3000000

Número deregistros

1

2 - 3

4 - 56 - 8

15

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

83Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 83: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 83/95

Unaí

Paracatu

Buritis

 Arinos

João P inhei ro

Ibiá

Uber aba

Tir os

Curvelo

Frutal

For moso

Uber lândia

Corinto

Luz

 Ar aguar i

Pompéu

Patrocínio

Coromandel

Sacramento

V azante

Santa V itória

Três Mar ias

Patos de Minas

 Araxá

Itapag ipe

Gur inhatã

IturamaCarneirinho

PresidenteOlegár io

Guarda-Mor 

Laga mar 

Tupaciguara

Buenópolis

Felixlândia

Br asilândia de Minas

BomDespacho

 Augustod e Lima

Dom Bosco

Lagoa For mosaCapinópolis

ComendadorGo mes

São  Gonç alodo Abaeté

MonteCarmelo

LagoaGrande

Bonfinópolisde Minas

Limeirado Oeste

União deMinas

São Gotar do

Conquista

MartinhoCampos

Conceiçãodas Alagoas

Cabeceira Grande

Inimutaba

Joaquim

Felíc io

Natalândia

V ar  jãode Minas

Estrela do

Indaiá

Uruana de Minas

PresidenteJusc elino

Guimarâ nia

ÁguaComprida

Santo

Hipólito

Matutina

Moema

Morr od a Garça

Delta

Cruzeiro daFortaleza

G o i a sG o i a s

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

B a h i aB a h i a

M a t o G r o s s oM a t o G r o s s o

M a t o G r o s s o d o S u lM a t o G r o s s o d o S u l

D i s t r i t o F e d e r a lD i s t r i t o F e d e r a l

44°W

44°W

47°W

47°W

50°W

50°W

16°S   16°S

19°S   19°S

MAPA 25 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESCENTRAL MINEIRA, NOROESTE DE MINAS E TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARNAÍBA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

µ0 30 60 90 120 150 km

1:3000000

Número deregistros

1

2 - 3

4 - 56 - 8

15

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 47° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

84 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 84: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 84/95

Januária

Buritizeiro

Jaíba

Bocaiúva

Diamantina

Lassance

Grão Mogol

Itinga

Araçuaí

Manga

Urucuia

Ataléia

Teófilo Otoni

Salinas

Janaúba

Jequitinhonha

MontesClaros

Bonito de Minas

Almenara

São Francisco

Joaíma

Caraí

CarlosChagas

FranciscoSá

Itamarandiba

São Romão

Ibiaí

Espinosa

Jacinto

Medina

ChapadaGaúcha

Riachinho

Ubaí

Itacambira

Nanuque

Porteirinha

Jequitaí

Rio Pardo de Minas

Botumirim

SantaFédeMinas

Gameleiras

Olhos-D'Água Carbonita

Rubim

PedraAzul

MinasNovas

Poté

Rubelita

Ninheira

Várzea da Palma

Pintópolis

Montalvânia

Coração de Jesus

MatiasCardoso

Verdelândia

Crisólita

Itacarambi

Juvenília

NovoCruzeiro

Taiobeiras

Turmalina

Cristália

Gouveia

Indaiabira

Berilo

São João da Ponte

Montezuma

Capelinha

Pavão

Ladainha

Itaobim

São João do ParaísoMonte Azul

Patis

Itaipé

FranciscoDumont

Mirabela

Pai Pedro

Catuji

Berizal

Águas Vermelhas

Varzelândia

Pirapora

Jordânia

SaltodaDivisa

Pontodos Volantes

Veredinha

Miravânia

Riacho dosMachados

Coronel Murta

Felisburgo

Malacacheta

Comercinho

Bandeira

Setubinha

Divisópolis

Franciscópolis

Águas Formosas

Campo Azul

Ibiracatu

Japonvar 

Lontra

CônegoMarinho

Brasíliade Minas

Capitão Enéas

Pedras deMaria da Cruz

Virgem daLapa

FrutadeLeite

Frei Gaspar 

Datas

São Joãoda Lagoa

Catuti

Josenópolis

Chapadado Norte

PontoChique

Bertópolis

Luislândia

Mato Verde

Juramento

Icaraí deMinas

Palmópolis

Claro dosPoções

PadreParaíso

Rio do Prado

Lagoa dosPatos

Umburatiba

Curralde Dentro

Cachoeirade Pajeú

SantoAntôniodo Retiro

NovoOrientede Minas

Guaraciama

EngenheiroNavarro

Senador ModestinoGonçalves

São JoãodasMissões

Mamonas

Machacalis

PadreCarvalho

FranciscoBadaró

SantaCruzde Salinas

Serranópolisde Minas

Monte Formoso

São Joãodo Pacuí

Novorizonte

Aricanduva

SantaMariado Salto

MataVerde

SantoAntôniodo Jacinto

Felício dosSantos

Leme doPrado

Vargem Grandedo Rio Pardo

FronteiradosVales

Angelândia

CoutodeMagalhãesde Minas

Jenipapode Minas

José Gonçalvesde Minas

São Gonçalodo Rio Preto

SantaHelenade Minas

Glaucilândia

Serra dosAimorés

DivisaAlegre

PresidenteKubitschek

Ouro Verdede Minas

NovaPorteirinha

B a h i aB a h i aG o i a sG o i a s

E s p i r i t o S a n t oE s p i r i t o S a n t o

40°W

40°W

43°W

43°W

46°W

46°W

15°S   15°S

18°S   18°S

MAPA 26 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESNORTE DE MINAS, JEQUITINHONHA E VALE DO MUCURI NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 25 50 75 100 125 km

1:2500000

Número deregistros

2 - 8

9 -11

12 - 14

15 - 17

18 - 23

85Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 85: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 85/95

S ã o P a u l oS ã o P a u l o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

Bambuí

Formiga

Passos

Delfinópolis

Oliveira

 Alfenas

Caldas

São RoquedeMinas

Itapecerica

Cássia

 Arcos

Cristais

 Andrelândia

Cláudio

Itaúna

Baependi

Jacuí

Candeias

Pains

 Aiuruoca

Cruzília

Iguatama Divinópolis

Machado

Tapiraí

Capitólio

Três Pontas

Boa Esperança

Três CoraçõEs

Ouro Fino

Ilicínea

Campestre

Pimenta

Campos Gerais

Itamonte

Varginha

Virgínia

Itajubá

Campo Belo

 Alpinópolis

Cristina

Pouso Alegre

Ipuiúna

ElóiMendes

Liberdade

PoçoFundo

Botelhos

Camanducaia

Monte Belo

São Sebastiãodo Paraíso

 Aguanil

Guaxupé

PerdõEs

Cabo Verde

Cambuí

Coqueiral

Minduri

Piracema

Carvalhos

Paraisópolis

Lambari

Monte Sião

Pedralva

Pouso Alto

Itapeva

Munhoz

Serranos

Camacho

 Alagoa

CarmodaMata

Natércia

Pratápolis

Careaçu

PassaQuatro

Cambuquira

Sapucaí-Mirim

Ibituruna

Campo do Meio

Heliodora

SantoAntônio do Monte

Brasópolis

Poços de Caldas

Capetinga

Bocaina deMinas

Delfim Moreira

CarmodoCajuru

Claraval

Guaranésia

SantaRitade Caldas

BuenoBrandão

Igaratinga

São Gonçalodo Sapucaí

NovaSerrana

Piranguçu

Passa-Vinte

Carmode Minas

SantoAntôniodo Amparo

Carmópolisde Minas

Congonhal

São Vicentede Minas

Cana Verde

Gonçalves

Jesuânia

Maria da Fé

São Joséda Barra

São Thomédas Letras

Bom Repouso

 Arceburgo

SantaRitadoSapucaí

Cachoeirade Minas

ConceiçãodoRio Verde

Itanhandu

Cordislândia

São Franciscode Paula

Conceiçãodo Pará

Seritinga

São Tomásde Aquino

São Gonçalodo Pará

Fortalezade Minas

Inconfidentes

Piranguinho

 Arantina

CaxambuSoledadede Minas

SantanadaVargem

Conceição

dos Ouros

Tocos doMoji

Marmelópolis

Consolação

 Albertina

Wenceslau Braz

São Sebastiãoda BelaVista

SantanadoJacaré

Senador José Bento

São Josédo Alegre

Ibitiúrade Minas

SãoLourenço

São Sebastiãodo Rio Verde

BandeiradoSul

44°W

44°W

46°W

46°W

48°W

48°W

20°S 20°S

22°S22°S

MAPA 27 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DAS MESORREGIÕESOESTE DE MINAS E SUL/SUDESTE DE MINAS NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 46° W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 17,5 35 52,5 70 87,5 km

1:1750000

Número deregistros

1 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

86 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 86: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 86/95

 

Muriaé

Juiz de Fora

Ubá

Leopoldina

Piranga

Lavras São João Del Rei

Jequeri

Carrancas

Barbacena

Lima Duarte

Miraí

Raul Soares

Manhuaçu

Lajinha

Divino

Carandaí

Ervália

Itutinga

Palma

Mercês

Simonésia

Ritápolis

Luminárias

Viçosa

Nepomuceno

Piau

Santos Dumont

Matipó

Cataguases

PonteNova

Alto Rio Doce

Além Paraíba

Abre Campo

Rio Casca

Rio Preto

Prados

Chalé

Tombos

AntônioCarlos

Carangola

Nazareno

Guarani

Araponga

Barra Longa

Fervedouro

Lagoa Dourada

Recreio

Guaraciaba

Miradouro

Guiricema

BelmiroBraga

Canaã

Espera Feliz

Laranjal

Bicas

Durandé

Eugenópolis

BiasFortes

Porto Firme

Tabuleiro

Rio Pomba

Mar de Espanha

Rio Novo

Argirita

Sericita

Caputira

Rio Espera Brás Pires

Goianá

Reduto

Teixeiras

Piraúba

Descoberto

Tocantins

Paula Cândido

Chácara

Guidoval

Lamim

São João Nepomuceno

Pirapetinga

Vieiras

Sem-Peixe

Volta Grande

Urucânia

SantaMargarida

Dom Silvério

Caranaíba

Silveirânia

Caparaó

Dores doTurvo

Cipotânea

Caiana

Manhumirim

São Geraldo

Luisburgo

Cajuri FariaLemos

Divinésia

Acaiaca

Coimbra

Rio Doce

Presidente Bernardes

Guarará

Barroso

Paiva

Capela Nova

Madre de Deusde Minas

SantaRitadeJacutinga

São PedrodosFerros Santanado

Manhuaçu

SantaBárbarado Monte Verde

PedraBonita

AstolfoDutra

PedradoAnta

Alto Jequitibá

SantaCruzdoEscalvado

Senhora dosRemédios

Viscondedo

Rio Branco

MatiasBarbosa

Senador Firmino

EstrelaDalva

Oratórios

Simão Pereira

Rodeiro

SantanadoDeserto

Senhorade Oliveira

Amparo do Serra

Alto Caparaó

Tiradentes

São Migueldo Anta

Coronel Pacheco

MartinsSoares

Vermelho Novo

SantoAntôniodo Aventureiro

São Franciscodo Glória

SantanadeCataguases

Itamaratide Minas

Coronel Xavier Chaves

Rosário da Limeira

SantoAntôniodo Grama

Ewbank daCâmara

Patrocínio do Muriaé

DonaEusébia

AntônioPrado deMinas

PiedadedePonteNova

RibeirãoVermelho

São José doMantimento

SantaCruzde Minas

E s p i r i t oE s p i r i t o

S a n t oS a n t o

R i o d e J a n e i r oR i o d e J a n e i r o

42°W

42°W

43°30'W

43°30'W

45°W

45°W

20°30'S   20°30'S

22°S   22°S

MAPA 28 - TOTAL DE REGISTROS DE DESASTRES NATURAIS POR MUNICÍPIO DASMESORREGIÕES CAMPO DAS VERTENTES E ZONA DA MATA NO PERÍODO DE 1991 A 2010

Convenções

Mesorregião

Divisão Municipal

Curso d´água

Projeção PolicônicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 43°30' W. Gr.Paralelo de Referência: 0°

Base cartográfica digital: IBGE 2005.

Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gestão do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

µ0 12,5 25 37,5 50 62,5 km

1:1250000

Número deregistros

1 - 2

3 - 4

5 - 6

7 - 8

9 - 10

87Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 87: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 87/95

DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NOESTADO DE MINAS GERAIS

Ao analisar os desastres naturais que afetaram o

Estado de Minas Gerais ao longo do intervalo temporal

analisado, de 1991 a 2010, nota-se a ocorrência dos

seguintes eventos naturais adversos: estiagens e secas,

inundações graduais e bruscas, vendavais e/ou ciclones,tornados, granizos, incêndios florestais, erosões linear e

fluvial e movimentos de massa. No total, foram analisados

os registros computados em 4.137 documentos oficiais.

Estiagens e secas, diretamente relacionadas à redução

das precipitações pluviométricas, estão entre os desastres

naturais mais frequentes em Minas Gerais. Esse fenômeno

corresponde a 1.933 registros, equivalente a 47% dos

desastres naturais do Estado, conforme apresenta o Gráfico

23  (Desastres naturais mais recorrentes em Minas Gerais

1991-2010). Esse evento adverso afeta grande extensão

territorial e um elevado número de pessoas, devido a sua

duração que pode ser de meses, e produz efeitos negativosna economia e na sociedade.

O Estado sofre anualmente com a escassez das

chuvas, mas, por outro lado, também com o seu excesso, em

virtude das precipitações concentradas em períodos curtos

de tempo, em diversos municípios. Os desastres relativos às

inundações bruscas e alagamentos apresentam-se como o

segundo desastre natural de maior ocorrência no Estado, com

924 registros, equivalentes a 22% dos desastres ocorridos

desde 1991. Além dos efeitos adversos relacionados a este

fenômeno, as inundações muitas vezes ocorrem associadas

a tempestades e vendavais, podendo desencadear outroseventos, que potencializam o efeito destruidor, aumentando

assim os danos causados.

Os desastres por inundações graduais também foram

expressivos em Minas Gerais, apresentando um total de 786

registros. Eles estão relacionados à cheia e extravasamento

dos rios, que ocorrem com certa periodicidade e de forma

paulatina e previsível. Ao contrário das inundações bruscas,

que ocorrem quando há chuvas intensas e concentradas,

as inundações graduais relacionam-se mais com períodos

demorados de chuvas contínuas.

Os demais desastres naturais ocorridos no Estado:

vendavais e/ou ciclones, tornados, granizos, incêndios

florestais, erosões linear e fluvial e movimentos de

massa, foram menos expressivos no intervalo temporal

analisado. Estão classificados, portanto, na categoria Outrosrepresentados no Gráfico 23 com 12% do total, referente a

494 registros, sendo 244 de vendavais e/ou ciclones, 135 de

movimentos de massa, 92 de granizos, 11 de tornados, 5 de

erosão linear, 5 de erosão fluvial e 2 de incêndios florestais.

O Estado de Minas Gerais, por sua localização

geográfica, sofre a influência de fenômenos meteorológicos

de latitudes médias e tropicais que imprimem à região

características de um clima de Transição. Segundo a

classificação de Köppen, o Estado é composto pelo clima

tropical úmido (Aw) com inverno seco e verão chuvoso,

temperatura média do mês mais frio é 18ºC, precipitação

inferior a 60 mm no mês mais seco, predominante nasáreas de altitude baixas, como a porção oeste do Triangulo

Mineiro; clima tropical seco (BSw) com precipitações entre

1.000mm a 750mm anuais, que predomina em pequenas

áreas do norte do Estado; e clima temperado chuvoso (Cwb)

ou subtropical de altitude, que possui temperaturas médias

de 22ºC, predominantes nas regiões mais elevadas da serra

da Canastra, Espinhaço e Mantiqueira (TONIETTO et al.

2006).

É afetado por precipitações de origem orográfica e

ciclônica. Essa devido a frentes frias de origem polar (com

chuvas de longa duração e de baixa a média intensidade,

caracterizado por um sistema atmosférico frontal) e frentes

quentes e úmidas oriundas da região equatorial (Amazônia),

que caracteriza um sistema atmosférico não frontal (MELLO,

2008). Durante o verão, também é comum a ocorrência

do fenômeno conhecido como zonas de convergência do

Atlântico Sul, gerado por zonas de baixa pressão atmosférica

no Oceano Atlântico, com acúmulo de grande quantidade

de nuvens. Este fenômeno, combinado com os sistemasciclônicos, gera grandes volumes de precipitações (MELLO,

2008).

Minas Gerais apresenta duas estações bem definidas,

uma chuvosa – nos meses da primavera e verão, e uma

seca - entre os meses de outono e inverno. Esta situação

é percebida quando se analisa as médias mensais de

precipitação disponibilizadas pela ANA/SGH (2010), entre

os anos de 1991 e 2010. Verifica-se que a precipitação

esteve mais concentrada entre os meses de novembro e

março, sendo outubro, no início, e abril, no final, meses de

transição. Os meses que se destacam por ser mais chuvosossão novembro, dezembro e janeiro. Já, os menores índices

ocorrem entre os meses de maio e setembro, apresentando-

se abaixo dos 20 mm e chegando a menos de 5 mm nos

meses de julho e agosto.

Logo, os desastres naturais associados a estiagens e

secas e incêndios florestais tem maior propensão de ocorrer

de modo mais severo nos meses de inverno, principalmente

Gráco 23 – Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estadode Minas Gerais, durante o período de 1991 a 2010

12%

Desastres mais recorrentes em

Minas Gerais (1991 a 2010)

47%

22%

19%

est iagem e seca inundação brusca

inundação gradual outros

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

88 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 88: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 88/95

entre junho e agosto. Enquanto os associados às inundações

bruscas e graduais, vendavais e/ou ciclones, tornados,

queda de granizos, erosões e movimentos de massa, têm

maior probabilidade de ocorrência nos meses de verão, denovembro a março.

Os registros dos desastres naturais mais recorrentes

foram distribuídos em uma frequência mensal ao longo dos

anos de 1991 a 2010 e, portanto, no Gráfico 24 (Frequência

mensal dos desastres mais recorrent es 1991-2010) é possível

identificar essa característica das ocorrências dos eventos

em Minas Gerais.

No estado mineiro, o relevo, a latitude, a altitude

e a continentalidade são os fatores que apresentam maior

interação com os sistemas atmosféricos tornando-os

estáveis ou instáveis. A influência desses fatores determinaas variações climáticas locais e a suscetibilidade aos riscos e

desastres climáticos.

Para melhor visualização, todos os registros de

desastres naturais ocorridos no Estado foram espacializados

em cinco mapas, sendo eles: Mapa 24 (Total de registros de

desastres naturais causados por município das Mesorregiões

Metropolitana de Belo Horizonte e Vale do Rio Doce no

período de 1991 a 2010), Mapa 25 (Total de registros de

desastres naturais causados por município das Mesorregiões

Central Mineira, Noroeste de Minas e Triângulo Mineiro/ 

Alto Parnaíba no período de 1991 a 2010), Mapa 26  (Total

de registros de desastres naturais causados por município

das Mesorregiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Vale

do Mucuri no período de 1991 a 2010), Mapa 27  (Total de

registros de desastres naturais causados por município dasMesorregiões Oeste de Minas e Sul/Sudoeste de Minas no

período de 1991 a 2010) e Mapa 28  (Total de registros de

desastres naturais causados por município das Mesorregiões

Campo das Vertentes e Zona da Mata no período de 1991 a

2010).

Analisando os mapas, verifica-se que dos 853

municípios pertencentes ao Estado, 707 foram afetados

por alguma tipologia de desastre, representando 82,9% do

total de municípios mineiros. Desses, os mais afetados, com

23 e 22 registros, respectivamente, foram: Salinas e Ibirité.

Salinas, localizado na Mesorregião Norte de Minas tem seu

total de eventos incluído na classe 18-23 registros do Mapa26, e Ibirité, localizado na Mesorregião Metropolitana de

Belo Horizonte, está incluído na classe 17-22 do Mapa 24.

As mesorregiões que foram totalmente afetadas por

desastres naturais são: Norte de Minas, Noroeste de Minas,

Jequitinhonha e Vale do Mucuri, localizadas a norte do

Estado.

Em Minas Gerais, 146 municípios não decretaram

situação de emergência por qualquer tipo de evento adver so

no decorrer da escala temporal adotada. As Mesorregiões

que apresentaram menos municípios afetados foram a

Sul/Sudoeste de Minas, com 40 municípios ( Mapa 27), eTriângulo Mineiro, com 36 municípios (Mapa 25).

O clima em Minas Gerais varia desde o quente

semiárido, em alguns locais na região norte do Estado

e nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha, até o

mesotérmico úmido, da região sul, na região da serra da

Mantiqueira, passando por diversas categorias climáticas

intermediárias ao redor do território estadual. De uma

maneira geral, a distribuição das chuvas no em Minas

Gerais é desigual, com o norte apresentando características

típicas do clima semiárido do sertão nordestino, com longos

períodos de estiagem; e nas áreas de maior altitude do sul

do Estado, o regime pluviométrico é mais intens o, com totais

anuais de precipitação superiores aos 1200 mm (AMARANTE

et al., 2010).

O extremo norte do Estado ainda é parte integrantedo Polígono das Secas, quente e seco, que diverge do sul,

com topografia acidentada e maiores índices pluviométricos,

e a porção leste está sujeita a inf luência da umidade oceânica

que contrasta com continentalidade das mesorregiões

Triângulo Mineiro e Noroeste do Estado (TONIETTO et al.,

2006).

A Tabela 9 (Registros de desastres naturais por evento,

400

600

Frequência mensal dos desastres mais

recorrentes (1991 a 2010)

0

200

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

inundação gradual inundação brusca outros estiagem e seca

Gráco 24 - Frequência mensal dos desastres mais recorrentes em MinasGerais, período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Padre Paraíso

Pedras de Maria da Cruz

Rio Pardo de Minas

Ibiracatu

Ubaí 

Municípios mais atingidos em

Minas Gerais (1991 a 2010)

0 5 10 15 20 25

Salinas

Ibirité

Congonhas

Janaúba

Número de registros

inundação gradual inundação brusca

estiagem e seca outros

Gráco 25 - Municípios mais atingidos de Minas Gerais, classicados pelototal de registros, no período de 1991 a 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

89Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 89: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 89/95

nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010)

apresenta todos os municípios de Minas Gerais afetados e

especica o número de ocorrências ociais que possuem

para cada tipologia de desastre natural abordada neste Atlas.

A partir dela, verica-se que os municípios que apresentaramo maior número de registros foram Salinas e Ibirité.

Os registros de inundações bruscas e movimentos

de massa espacializam-se em municípios de áreas com

relevo mais acidentado, próximos as serras. Enquanto que as

inundações graduais em áreas a leste, situadas às margens

de rios. As estiagens e secas estiveram concentradas nos

municípios localizados a norte do Estado de Minas Gerais,

cujo clima é classificado por Köppen como clima tropical

seco (BSw), com precipitações anuais sempre inferiores a

1.000 mm e normalmente inferiores a 750 mm.

Ao considerar o total de 4.137 registros oficiaisde desastres naturais ocorridos em Minas Gerais, foram

selecionados os nove municípios mais atingidos pelas

tipologias mais recorrentes, apresentados no Gráfico 25 

(Municípios mais atingidos em Minas Gerais 1991-2010).

Conforme mencionado anteriormente, os municípios

de Salinas e Ibirité lideram o ranking  dos municípios com o

maior número de registros, apresentando 4 tipos diferentes de

Gráco 26 – Total de danos humanos em Minas Gerais, período de 1991 a2010

7.195.360

6000000

8000000

    n     t    e    s

Total de danos humanos

(1991 a 2010)

345.646

84.474

169.615

45

3.391

331

13.942

7030

2000000

4000000

      H    a      b      i     t    a

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Tabela 9 – Registros de desastres naturais por evento, nos municípios de Minas Gerais, no período de 1991 a 2010

município mesorregiãovendaval

e/ou ciclonegranizo

incêndio

florestal

inundação

gradual

inundação

brusca

estiagem e

seca

movimentos

de massa

erosão

linear

erosão

fluvialTotal

Simonésia 1 3 2 6

Piau 2 3 1 6

Espera Feliz 1 5 3 9

São João Nepomuceno 2   1 1 2 3 9

Muriaé 7 2 9

Miraí 3 2 5

Rio Casca 1 5 2 2 10

Caputira   1 2 2 2 7

Ervália 1 2 2 2 7Matipó   1 1 2 2 6

São Pedro dos Ferros 2 2 4

Antônio Prado de Minas 3 1 1 5

Rodeiro 1 1 2

Faria Lemos 1 4 1 6

Jequeri 1 4 1 6

Divino 4 1 5

Mercês 3 1 4

Juiz de Fora   1 3 2 1 7

Manhumirim 3 2 1 6

Eugenópolis   1 1 2 1 5

Simão Pereira 1 2 1 4

Oratórios 1 2 1 4

Palma 1 2 1 4

Santa Margarida 1 2 1 4

Astolfo Dutra 2 1 3

Dom Silvério 2 1 3Sericita 2 1 3

Bicas 2 2 1 1 6

Guiricema 2 1 1 4

Caiana 1 1 1 3

Coronel Pacheco 1 1 1 3

Barra Longa 1 1 1 3

Araponga 1 1 2

Lamim 1 1 2

Senhora de Oliveira   1 1 1 3

Argirita 1 1 2

Belmiro Braga 1 1 2

Paula Cândido 1 1 2

Chácara 1 1

Cipotânea 1 1

Rio Espera 1 1

Urucânia 1 3 2 6

Durandé 1 3 4 1 9Goianá 1 2 1 4

Ponte Nova   1 1 8 10

Cataguases 2 6 8

Chalé 1 6 7

Carangola 1 3 5 9

Mar de Espanha 1   1 1 5 8

Visconde do Rio Branco   2 5 7

Raul Soares 3 4 7

Guarani 1 2 4 7

Alto Rio Doce 2 4 6

 

90 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Page 90: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 90/95

desastres naturais: em Salinas, são 15 desastres por estiagens

e secas, 6 por inundações bruscas, 1 por inundação gradual e

1 por granizo, este último na categoria Outros; já em Ibirité,

foram 8 desastres por inundações bruscas, 8 por movimentos

de massa (categorizado como Outros), 4 por inundação

gradual e 2 por vendavais e/ou ciclones (categorizado como

Outros). Os municípios de Congonhas, Janaúba, Padre Paraíso,

Pedras de Maria da Cruz e Rio Pardo de Minas aparecem em

segundo lugar, com 21 ocorrências e com os mesmos tipos de

eventos de Salinas e Ibirité. Os demais municípios, Ibiracatu

e Ubaí, apresentaram 20 ocorrências cada, e com os mesmos

tipos de eventos que os primeiros municípios.

Esses eventos naturais, comuns ao Estado, causam

danos à população recorrentemente, de forma direta ou

indireta. Ao longo dos vintes anos analisados, foram afeta dos

mais de 7 milhões de mineiros, representando 36,7%

do total de 19.597.330 habitantes de Minas Gerais (IBGE,

2010). Além disso, foram registradas 703 mortes, 13.942

enfermos, 331 gravemente feridos, 3.391 levemente feridos,45 desaparecidos, 169.615 deslocados, 84.474 desabrigados

e 345.646 desalojados, de acordo com o Gráfico 26 (Total

de danos humanos em Minas Gerais 1991-2010).

Os desastres naturais que ocasionaram as 703

vítimas fatais foram as inundações bruscas com 525 mortes,

estiagens e secas com 75, inundações graduais com 59,

movimentos de massa com 34, vendavais e/ou ciclones

com 5 e tornados com 5. O município que apresentou o

maior número dessas mortes foi Munhoz, localizado na

Mesorregião Sul/Sudoeste de Minas, com 441 mortes por

inundações bruscas. O município registrou o evento em

outubro de 2009 e em fevereiro de 2010, devido às intensasprecipitações, que provocaram aumento do nível da água e

inundação dos córregos que cortam o município.

No entanto, o município com o maior número de

pessoas afetadas entre os anos analisados (1991 a 2010),

foi a capital do Estado, Belo Horizonte, com 500.150, por

desastres naturais associados a inundações e movimentos

de massa.

Guarani 1 2 4 7

Alto Rio Doce 2 4 6

Ubá 1 4 5

Lajinha 2 4 6

Guidoval 2 3 3 8

Guaraciaba 3 3 6

Lima Duarte   1 2 3 6

Canaã 2 3 5

São Geraldo 2 3 5

Recreio 1   3 1 3 8

Laranjal 1 3 4

Patrocínio do Muriaé 1 3 4

Santos Dumont 4   1 3 8

Ewbank da Câmara   1 3 4

Além Paraíba 5 3 8

Rio Preto 3 3 6

Tocantins 3 3

Miradouro 4 2 6

Dona Eusébia 2 3 2 7

Santana do Manhuaçu 2 3 2 7

Reduto 3 2 5

Presidente Bernardes   1 2 2 5

Luisburgo 1 2 2 5

Piedade de Ponte Nova 2 2 4

Santo Antônio do Grama 2 2 4

Senador Firmino 2 2 4

Tombos 2 2 4

Sem-Peixe   1 1 2 4

Leopoldina 1 2 3

Matias Barbosa 1 2 3

Viçosa 1 2 3

Coimbra 1 2 3

Itamarati de Minas 1 2 3

Caparaó 2 2

Rio Pomba 2 2

Santana de Cataguases 2 2

Santana do Deserto 2 2

Pedra do Anta 2 4 1 7

Brás Pires 1 3 1 5

Rio Novo 3 1 4

Fervedouro 3   1 2 1 7

Piraúba 2 2 4

Guarará 1 2 1 4

Alto Jequitibá 2 1 3

Santa Cruz do Escalvado 1 3 4

Amparo do Serra 1 1 2

Paiva 1 1 2

Piranga 1 1 2

Santa Rita de Jacutinga 1 1 2

Acaiaca 1 1

Alto Caparaó 1 1

Descoberto 1 1

Dores do Turvo 1 1

Pirapetinga 1 1

Rio Doce 1 1

 

Z

O

NA

 

D

A

 

M

A

T

A

município mesorregiãovendaval

e/ou ciclonegranizo

incêndio

florestal

inundação

gradual

inundação

brusca

estiagem e

seca

movimentos

de massa

erosão

linear

erosão

fluvialTotal

 

Continuação...

91Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais DIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

 

Page 91: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 91/95

Pirapetinga 1 1

Rio Doce 1 1

Silveirânia 1 1

Manhuaçu 4 4

Santa Bárbara do Monte Verde 3 3

Tabuleiro 3 3

Vieiras 3 3

Abre Campo 2 2

Teixeiras 2 2

Divinésia 1 1 2

Cajuri 1 1

Estrela Dalva 1 1

Martins Soares 1 1

Pedra Bonita 1 1

Porto Firme 1 1

Rosário da Limeira 1 1

São Francisco do Glória 1 1

São Miguel do Anta 1 1

Vermelho Novo 1 1

Volta Grande 1 1

Bias Fortes 2 2

Santo Antônio do Aventureiro 1 1

Conceição de Ipanema 1 2 3 1 7

Joanésia 2 1 1 4

Antônio Dias 1 2 1 2 6

Ipatinga   1 2 2 2 7

Iapu 1 1 2 4

Itambacuri 2 1 3 5 1 12

Jampruca 1   1 2 2 1 1 8

Sardoá 3 1 4

Governador Valadares 3 8 2 1 14

Cantagalo   1 1 1 3

Naque 1 1 1 3

Santa Rita de Minas 1 1 1 3

Belo Oriente 1 1

Frei Lagonegro 1 1

Marilac 1 1

Campanário 1 3 9 13

Goiabeira 3 2 4 9

Pescador 1 4 5

Açucena 1 6 3 10

Aimorés 1 4 3 8

Resplendor 1 1 3 2 7

Coluna 1 2 2 5

Conselheiro Pena 1 1 2 4

Alpercata 2 2

Divinolândia de Minas 1   1 2 3 1 8

São José da Safira 1 3 1 5

São José do Jacuri 1 2 1 4

Carmésia 1 2 1 4

Gonzaga 1 5 1 1 8

Água Boa 4 1 1 6

Central de Minas 4 3 1 1 9

 

município mesorregiãovendaval

e/ou ciclonegranizo

incêndio

florestal

inundação

gradual

inundação

brusca

estiagem e

seca

movimentos

de massa

erosão

linear

erosão

fluvialTotal

 

Continuação... A estação chuvosa de Belo Horizonte ocorre entre

os meses de outubro a março e concentra em torno de 80%

dos casos de chuva que ocorrem ao longo do ano, sendo o

trimestre novembro, dezembro e janeiro o mais chuvoso.

De acordo com Lucas e Abreu (2004), os eventos de chuvas

fortes a extremamente fortes em Belo Horizonte tendem a

apresentar um percentual maior associado aos ventos do

quadrante norte/oeste, o que sugere que fenômenos delarga escala, como a zona de convergência do Atlântico Sul

(ZCAS), que têm esta direção preferencial, atuam no sentido

de aumentar a quantidade pluviométrica da chuva. Essas

chuvas ocorrem preponderantemente durante o verão,

principalmente no trimestre mais chuvoso.

Logo, durante a estação chuvosa são comuns

no município os desmoronamentos de casas e barracos

situados em locais impróprios para moradia, alagamentos

de ruas e avenidas, principalmente, pela saturação do solo,

impermeabilização das vias urbanas e pela alteração nas

bacias de drenagem, entre outros (LUCAS; ABREU, 2004).

Com base no total de registros levantados, verifica-se que o Estado de Minas Gerais é recorrentemente afetado

por estiagens e secas, e, em segundo lugar, por inundações

bruscas, responsáveis em grande parte pela decretação dos

estados de emergência e de calamidade pública. Catástrofes

recentes, relativas aos últimos anos, revelam que esses

eventos naturais, comuns ao Estado, passaram a causar

danos à população, na medida em que quase todos os anos

há registros confirmados e caracterizados como desastre.

Isso porque qualquer desequilíbrio mais acentuado no

regime hídrico local gera impactos significativos sobre a

dinâmica econômica e social.

O modelo de planejamento da ocupação nas áreas

urbanas, com a impermeabilização dos solos e ocupação

das margens de rios, bem como a estruturação da rede

de drenagem das águas precipitadas e das formas de

armazenamento e distribuição de água no município ou

região atingida, pode agravar o impacto gerado pelo

aumento e acúmulo de chuvas ou por sua escassez. É

92 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas GeraisDIAGNÓSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS 

Page 92: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

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necessário compreender que a recorrência das estiagens e

secas e inundações, não são provenientes apenas de fatores

climáticos e meteorológicos, mas sim do resultado de um

conjunto de elementos, naturais e antrópicos.

REFERÊNCIAS

AMARANTE, O. A. C. do et al. Atlás eólico: Minas Gerais. BeloHorizonte, MG: Cemig, 2010. 84p. Disponível em: <http://ww w.matrizlimpa.com.br/index.php/2010/11/atlas-eolico-de-minas-gerais/1603>. Acesso em: 22 dez. 2011.

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. SGH – Superintendênciade Gestão da Rede Hidrometeorológica. Dados pluviométricosde 1991 a 2010. Brasília: ANA, 2010.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Minas Gerais. In: IBGE Estados. 2010. Disponível em: < http:// www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=mg>. Acesso em: 22dez. 2011.

LUCAS, T. P. B.; ABREU, M. L. de. Caracterização climáticados padrões de ventos associados a eventos extremos de

precipitação em Belo Horizonte – MG. Caderno de Geografia,Belo Horizonte, v. 14, n. 23, p. 135-152, 2004. Disponível em:<http://www.pucminas.br/documentos/geografia_23_art09.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2011.

TONIETTO, J. et. al. Caracterização macroclimática e potencialenológico de diferentes regiões com vocação vi tícola de MinasGerais. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 234,p. 32-55, set./out. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S1415-43662003000100020&script=sci_arttext>.Acesso em: 2 dez 2011.

Água Boa 4 1 1 6

Central de Minas 4 3 1 1 9

Materlândia 3 1 1 5

Senhora do Porto 2 1 1 4

Divino das Laranjeiras 1 1 2

São José do Divino 1 1 2

Nova Módica 1 1

Periquito 2 2 9 13

Coronel Fabriciano 1 1 6 8

Sabinópolis 6 6Inhapim 2 5 7

Itueta 1 4 5

Coroaci 4 4

Timóteo 5 3 8

Santa Efigênia de Minas 1   1 2 3 7

Bom Jesus do Galho   1 2 3 6

São João do Oriente 1 2 3 6

Ipanema 1 1 3 5

Dom Cavati 1 3 4

Galiléia 1 3 4

Taparuba 1 3 4

Santa Bárbara do Leste 1   1 3 5

Sobrália 3 3

Frei Inocêncio 6 2 8

Mantena   1 5 2 8

Santana do Paraíso 5 2 7

Tumiritinga 1 3 2 6Alvarenga 3 2 5

Engenheiro Caldas 3 2 5

Caratinga 1   1 2 2 6

São Pedro do Suaçuí 1   1 2 2 6

Entre Folhas 2 2 4

Jaguaraçu 1 2 3

São Sebastião do Anta 1 2 3

Paulistas 2 2

Mutum 7 1 8

São Sebastião do Maranhão 3 1 4

São João Evangelista   1 2 1 4

Ubaporanga 2 2 4

Marliéria 2 2 1 5

Imbé de Minas 1 2 1 4

São João do Manteninha 1 2 1 4

Cuparaque 2 1 3

Itanhomi 2 1 3Pocrane 2 1 3

São Félix de Minas 2 1 3

São Geraldo do Baixio 2 1 3

Tarumirim 2 1 3

Vargem Alegre 2 1 3

V

A

L

E

 

D

O

 

I

O

 

D

O

C

E

município mesorregiãovendaval

e/ou ciclonegranizo

incêndio

florestal

inundação

gradual

inundação

brusca

estiagem e

seca

movimentos

de massa

erosão

linear

erosão

fluvialTotal

 

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

Continuação...

Page 93: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 93/95

94 Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais94CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 94: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 94/95

Fonte: Acervo da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

95Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Minas Gerais

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Õ

Page 95: Atlas Minas Gerais

7/18/2019 Atlas Minas Gerais

http://slidepdf.com/reader/full/atlas-minas-gerais 95/95

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O acordo de cooperação entre a Secretaria Nacional

de Defesa Civil e o Centro Universitário de Estudos e

Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de

Santa Catarina destaca-se pela sua capacidade de produzir

conhecimento referente aos desastres naturais dos últimos

vintes anos, e marca o momento histórico que vivemosdiante da recorrência de desastres e de iminentes esforços

para minimizar perdas em todo território nacional.

Neste contexto, o Atlas Brasileiro de Desastres

Naturais torna-se capaz de suprir a necessidade latente

dos gestores públicos de olhar com mais clareza para o

passado, compreender as ocorrências atuais, e então pensar

em estratégias de redução de risco de desastres adequadas

à sua realidade local. Além disto, deve fundamentar análises

e direcionar as decisões políticas e técnicas da gestão de

risco.

O Atlas é também matéria-prima para estudos e

pesquisas científicos mais aprofundados, e fonte para acompreensão das séries históricas de desastres naturais no

Brasil, e análise criteriosa de causas e consequências.

Há que se registrar, contudo, que durante a análise

dos dados coletados foram identificadas algumas limitações

da pesquisa. Limitações que menos comprometem o

trabalho, mas muito contribuem para ampliar o olhar dos

gestores públicos às lacunas presentes no registro e cuidado

da informação sobre desastres.

Destacou-se entre as limitações a clara observação

de variações e inconsistências no preenchimento de danos

humanos, materiais e econômicos. Diante de tal variação,a opção para garantir a credibilidade dos dados foi de não

publicar os danos materiais e econômicos, e posteriormente

aplicar um instrumento de análise mais preciso para

validação dos dados.

As inconsistências retratam certa fragilidade histórica

e consequente ausência de unidade e padronização das

informações declaradas pelos documentos de registros de

desastres.

É, portanto, por meio da capacitação e

profissionalização dos agentes de defesa civil que se busca

sanar as principais limitações no registro e produção das

informações de desastres. É a valorização da história e seus

registros que irá contribuir para que o país consolide suapolítica nacional de defesa civil e suas ações de redução de

riscos de desastres.

Os dados coletados sobre o Estado de Minas Gerais

e publicados neste volume, por exemplo, demonstram que

o registro de ocorrência de desastres cresceu 494,12% nos

últimos dez anos, mas não permite, sem uma análise mais

detalhada, afirmar que houve um aumento de ocorrências

na mesma proporção. É o que ilustram os Gráficos 27 e 28.

Apesar de não poder assegurar a relação direta entre

registros e ocorrências, o presente documento permite uma

série de importantes análises, ao oferecer informações –

nunca antes sistematizadas – que ampliam as discussõessobre as causas das ocorrências e intensidade dos desastres.

Com esse levantamento, podem-se fundamentar novos

estudos, tanto de âmbito nacional, quanto local, com

análises de informações da área afetada, danos humanos,

materiais e ambientais, bem como prejuízos sociais e

econômicos. Também é possível estabelecer relações entre

as informações sobre desastres e sua contextualização com

as variáveis geográficas regionais e locais.

No Estado de Minas Gerais, por exemplo, percebe-

se a incidência de tipologias fundamentais de desastres,

estiagens e secas, inundações bruscas e graduais, que

possibilitam verificar a sazonalidade e recorrência, e assim

subsidiar os processos decisórios para direcionar recursos e

reduzir danos e prejuízos, assim como perdas humanas.

A partir das análises que se derivem deste Atlas,

se pode afirmar que este estudo é mais um passo na

14%

Comparativo de registros entre as décadas de

1990 e 2000

86%

1991-2000 2001-2010

Gráco 27 - Comparativo de registros de ocorrência de desastres entre asdécadas de 1990 e 2000

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais marca o

início do processo de avaliação e análise das séries históricas

de desastres naturais no Brasil. Espera-se que o presente

Gráco 28 - Total de registros coletados entre 1991 e 2010

Fonte: Documentos ociais do Estado de Minas Gerais, 2011.

379

287

424411 378

324

380

351

310   297300

350

400

450

Total de registros por ano em Minas Gerais

1241

13   12

25

215

27

194

57

0

50

100

150

200

250