atlas mercosul

Upload: robert-rodriguezz

Post on 05-Oct-2015

240 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Atlas Mercosul. Defesa do Consumidor na America Latina. Pesquisa da Internet.

TRANSCRIPT

  • DEFESA DO CONSUMIDOR NA AMRICA LATINAAtlas Geopoltico

    portugus/espaol

  • REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Presidente da Repblica

    Luiz Incio Lula da Silva

    MINISTRIO DA JUSTIA

    Ministro de Estado da Justia

    Mrcio Thomaz Bastos

    Secretrio Executivo

    Luiz Paulo Teles Barreto

    Secretrio de Direito Econmico

    Daniel Krepel Goldberg

    Diretor do Departamento de Proteo e Defesa do ConsumidorPresidncia Pro-Tempore do Brasil no Foro de Agncias Governamentais da Amrica Latina

    Ricardo Morishita Wada

    Braslia/DF - Brasil2005

  • 4Ministrio da JustiaSecretaria de Direito EconmicoDepartamento de Proteo e Defesa do Consumidor

    Esplanada dos Ministrios, Bloco T, 5 Andar, Sala 520Cep 70.064-900, Braslia DF, Brasil.Fone: 55 61 3429-3942Fax: 55 61 3322-1677Correio eletrnico: [email protected]: www.mj.gov.br/dpdc

    Trabalho desenvolvido por:Ana Paula Furtado de Mendona GalvoAnne Caroline Diesel de Oliveirarika Patrcia Tinajeros ArceFilipe Scherer OliveiraMaria Eugnia dos Santos VigasMatheus Rocha FaganelloNely Queiroz Lucas

    SupervisoAlex Christian Kamber

    Coordenao:Ricardo Morishita Wada

    Crditos:Fotos cedidas pelo Banco de imagens da Unesco e da Embratur

    Distribuio GratuitaEditado e Impresso pela Artcor Grfica e Editora Ltda.Tiragem: 2000 exemplares

    A transcrio e a traduo desta publicao so permitidas, desde que citadas a autoria e a fonte

  • 11111 5

  • 6

  • 11111 7

    Introduo

    Tendo em vista a necessidade e interesse em estabelecer uma linha de comunicao direta entre ospases latino-americanos no que diz respeito s questes de proteo e defesa do consumidor e,levando em considerao os compromissos assumidos na Carta de So Paulo por ocasio do IIIFrum de Agncias de Governo de Proteo do Consumidor, o governo brasileiro, por meio deseu Ministrio da Justia, Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor (DPDC),desenvolveu ao longo de 2005 um Atlas Geopoltico da Defesa do Consumidor na AmricaLatina.

    O Atlas consolida informaes sobre Direito do Consumidor nos diferentes Estados da AmricaLatina, com o intuito de promover a integrao dos pases e facilitar pesquisas para futuras aesconjuntas neste mbito. Vinte pases da Amrica Latina foram consultados sobre as perspectivasda proteo e defesa do consumidor em seus prprios territrios. As respostas a estas consultasresultaram numa compilao da legislao e de informaes basilares relacionadas ao tema, o quenunca antes havia sido referido em um mesmo documento. Isso j um demonstrativo do sucessodeste trabalho, que certamente ir render frutos positivos para todos os pases envolvidos.

    O trabalho comeou a apresentar avanos em agosto, quando 17 pases passaram a responder aquestionrios enviados pelo DPDC sobre os aspectos relacionados a regime legal aplicvel,sistema nacional de defesa do consumidor e questes basilares de Direito Material. Integraram apesquisa rgos oficiais e entidades civis de defesa do consumidor do seguintes pases:Argentina, Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Guiana, Belize,

  • 8Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Panam e Mxico. Foram utilizadas asrespostas de 15 rgos nacionais de defesa do consumidor, uma resposta de entidade civil(Equador) e, no caso da Bolvia, foi utilizada a resposta da agncia reguladora do setoreltrico.

    Regime Legal Aplicvel

    Quase todos os pases fazem meno defesa do consumidor em sua Constituio e contamcom um Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC). Na maioria das naes, o CDC entrou emvigor a partir da dcada de 1990. salutar registrar que, neste perodo, o modelo de Estadosofreu profundas transformaes no Brasil e em toda Amrica Latina. Encontramos tambmimplantaes da defesa do consumidor mais recentes, o que justifica a pouca experinciacom a aplicao normativa. A Bolvia s conta com normas para a defesa dos usurios deservios pblicos e no Belize, como exceo, existem, desde 1954, leis esparsas de defesado consumidor.

    Sistema Nacional de Defesa do Consumidor

    Os sistemas nacionais de defesa do consumidor reproduzem um modelo onde participam oEstado, por meio dos rgos pblicos nacionais e locais, e as entidades civis. A participaodas Defensorias Pblicas ocorre com mais freqncia do que os Ministrios Pblicos,exceo feita ao Brasil.

    Com relao ao incentivo manuteno destes rgos e entidades, verificamos que amaioria das associaes de defesa do consumidor recebe apenas apoio logstico e decapacitao do governo. As entidades civis do Uruguai tambm recebem apoio de um

  • 11111 9

    programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a defesa do consumidor e daconcorrncia. Apenas poucos pases instituram um fundo para o financiamento de projetos narea da defesa do consumidor ou incluram o apoio s ONGs de defesa do consumidor em seuoramento nacional. No Brasil, o Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de DireitosDifusos (CFDD) cumpre esse papel, revertendo sociedade os recursos obtidos por meio daaplicao de multas por violao de direitos.

    Na rea de governo constatamos que os rgos de defesa do consumidor so descentralizados,com representaes nas regies mais importantes do pas, mas que para outros a centralizaoainda bastante acentuada. Verificamos tambm que nos dois pases onde no existe um CDC(Bolvia e Belize) no h um rgo federal de defesa do consumidor.

    Questes Basilares de Direito Material

    H uma grande coincidncia entre os direitos bsicos dos consumidores e os respectivos institutosjurdicos. Alguns pases demarcaram um significativo avano na consolidao daresponsabilidade objetiva, ao lado de questes processuais como a legitimidade para propositurade aes coletivas para tutela dos interesses e direitos dos consumidores.

    Na maioria dos pases pesquisados existe regulamentao sobre publicidade enganosa, contratosde adeso e clusulas abusivas e foi adotado o princpio da responsabilidade solidria entre osmembros da cadeia produtiva. J uma regulamentao sobre comrcio eletrnico e contratos adistncia existe apenas em uma minoria de pases.

    Em grande parte dos pases existe um procedimento diferenciado para a defesa do consumidor,normalmente limitado s pequenas causas. A maioria dos pases tambm adota a conciliao ou aarbitragem como mecanismo de resoluo alternativa de conflitos.

  • 10

    A tutela penal do direito do consumidor est prevista na maior parte dos pases que possuem umCDC. Quando no h previso expressa, ou na falta de um CDC, aplica-se o Cdigo Penal. Comrespeito coleta e armazenamento de dados pessoais, o setor pblico da maioria dos pasespesquisados mantm bancos de dados com reclamaes dos consumidores.

    A edio deste Atlas cumpre com o compromisso assumido pelo Departamento de Proteo eDefesa do Consumidor na presidncia do Frum de Agncias de Governo de Defesa doConsumidor na Amrica Latina.

    Trata-se certamente de um material inaugural, que necessitar sempre de atualizao. H aexpectativa auspiciosa de que possamos formar uma srie histrica, e que os trabalhos resultantesdo Frum - e o Atlas um deles - representem um momento precioso da defesa do consumidor naAmrica Latina, no apenas nos nossos sistemas, mas, sobretudo, na construo de um necessriosistema latino-americano de defesa do consumidor.

  • 11111 11

    Sumrio

    Regime legal aplicvel

    Existe alguma previso constitucional de defesa do consumidor em seu pas? ------------------------------------------- 16

    Existe alguma legislao especial de defesa do consumidor? ---------------------------------------------------------------- 18

    Ocorrem conflitos entre o Direito do Consumidor e outras normas de Direito Pblico e Privado?Em caso afirmativo, qual tem sido a tendncia das decises dos tribunais:h prevalncia do Direito do Consumidor? ---------------------------------------------------------------------------------------- 29

    H previso de tutela penal nas relaes de consumo? ------------------------------------------------------------------------ 32

    Estrutura disponvel para a garantia de aplicao doDireito do Consumidor (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)

    Existe um rgo central governamental de defesa do consumidor? Em caso afirmativo,quais so suas atribuies? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38

    H alguma forma de descentralizao dos referidos rgos? ----------------------------------------------------------------- 45

    Quais os tipos de sanes a serem aplicadas pelos rgos de defesa do consumidor nosmbitos administrativo, civil e penal? ---------------------------------------------------------------------------------------------- 48

    Existem entidades civis ou quaisquer iniciativas no-governamentais de proteo doDireito do Consumidor? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 52

    O governo de seu pas apia de alguma forma essas entidades? Quais e de que forma? ------------------------------ 55

    Quem representa internacionalmente o pas nas questes referentes proteo e defesado consumidor? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 58

    1515151515P G I N A

    3737373737P G I N A

  • 12

    Soluo de conflitos

    Como se apresenta a defesa do consumidor no mbito judicial?H algum procedimento diferenciado para a defesa do consumidor ? ------------------------------------------------------ 62

    De quais mecanismos judiciais dispem os consumidores para a sua proteo? ---------------------------------------- 65

    Resolues alternativas de conflitos so praticadas na rea de proteo do consumidor ?Em caso afirmativo, como funcionam e quem so os responsveis? ------------------------------------------------------- 70

    Questes basilares de Direito Material

    Existe a preocupao de se aplicar o princpio da informao nas relaes contratuais ? ------------------------------ 80

    H previso de proteo contra clusulas abusivas? --------------------------------------------------------------------------- 87

    Existe regulamentao sobre os contratos de adeso? ------------------------------------------------------------------------ 93

    Existe regulamentao sobre os contratos distncia? ------------------------------------------------------------------------ 97

    Existe regulamentao sobre publicidade enganosa ou abusiva? ---------------------------------------------------------- 101

    No que concerne responsabilidade civil do fornecedor, ela objetiva ou subjetiva? -------------------------------- 107

    Existem crimes nas relaes de consumo? Em caso afirmativo, quais so os tipos penais eas respectivas sanes? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 109

    6161616161P G I N A

    7979797979P G I N A

  • 11111 13

    Existe responsabilidade pelo fato do produto e do servio? ----------------------------------------------------------------- 112

    Existe responsabilidade pelo vcio do produto e do servio? ---------------------------------------------------------------- 115

    Existe responsabilidade entre todos os integrantes da cadeia de consumo ?Em caso afirmativo, como ela se processa? ------------------------------------------------------------------------------------ 117

    O poder pblico ou privado mantm algum tipo de cadastro, ficha, registro ou dados pessoais e de consumo arquivados sobre os consumidores? ----------------------------------------------------- 120

    Os rgos pblicos de defesa do consumidor possuem algum tipo de cadastrosobre as reclamaes formuladas pelos consumidores? --------------------------------------------------------------------- 122

    Esses dados so divulgados publicamente? Em caso afirmativo, de que forma? --------------------------------------- 124

  • 14

  • 11111 15A

    mr

    ica

    do S

    ul

    1

    Regime legalRegime legalRegime legalRegime legalRegime legalaplicvelaplicvelaplicvelaplicvelaplicvel

  • 16

    Amr

    ica

    do S

    ulExiste alguma previso constitucional dedefesa do consumidor em seu pas?

    Argentina Sim.

    Bolvia No existe previso expressa sobre defesa do consumidor na constituio poltica do Esta-do boliviano.

    Brasil Sim, segundo o artigo 5 da Constituio Federal todos so iguais perante a lei, sem distin-o de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pasa inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade,nos termos seguintes: XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumi-dor. Artigo 170: a ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livreiniciativa, tem por fim assegurar a todos uma existncia digna, conforme os ditames dajustia social, observados os seguintes princpios: V defesa do consumidor. Artigo 48: OCongresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgao da Constituio, elabora-r cdigo de defesa do consumidor.

    Chile No, ainda que existam projetos de lei no Congresso Nacional que buscam introduzi-la emnvel constitucional.

    Colmbia Sim, o artigo 78 da Constituio Poltica consagra a referida proteo.

    Equador Sim, dentro dos Direitos Civis (artigo 23 num. 78) e no captulo Dos Direitos Coletivos,o artigo 92 se refere proteo dos consumidores.

    Paraguai Sim, no artigo 38 da Constituio Nacional Do direito defesa dos interesses difusos.

    Peru O artigo 65 da Constituio Poltica do Peru, de 1993, estabelece o seguinte: O Estadodefende o interesse dos consumidores e usurios. Para tal efeito, garante o direito infor-mao sobre os bens ou servios que se encontram a sua disposio no mercado. Assimmesmo, vela em particular, pela sade e segurana da populao.

    Uruguai No existe previso constitucional expressa. A Constituio regula direitos em geral.

    Guiana No.

  • 17

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Amrica CentralBelize No h previso constitucional no que concerne os Direitos do Consumidor em Belize.

    Costa Rica Sim, o artigo 46 da Constituio Poltica da Costa Rica afirma na parte que interessa ressal-tar: (...) Os consumidores e usurios tm direito proteo de sua sade, ambiente, segu-rana e interesses econmicos; a receber informao adequada e verdadeira; liberdade deeleio e a um trato eqitativo. O Estado apoiar a constituio de organismos para a defesade seus direitos. A lei regular essas matrias (...) (Adicionado mediante Lei n 7.607, de29 de maio de 1996. Publicado na: La Gaceta n 115, de 18 de junho de 1996).

    El Salvador Sim, segundo o artigo 101 inc. 2 Parte final da Constituio da Repblica: A ordemeconmica deve obedecer a princpios de justia social, que tem por fim assegurar umaexistncia digna a todos os habitantes do pas. O Estado promover o desenvolvimentoeconmico e social por intermdio do aumento da produo, da produtividade e da utiliza-o racional dos recursos. Perseguindo o mesmo objetivo, promover os diversos setoresindustriais e defender os interesses dos consumidores.

    Guatemala Sim, artigo 119, alnea i da Constituio da Repblica.

    Honduras Sim, nosso pas conta com uma legislao de proteo aos consumidores.

    Panam Atualmente no existem previses constitucionais de defesa dos direitos dos consumidorese usurios.

    Amrica do NorteMxico Sim. No Mxico, o artigo 28 da Constituio Poltica dos Estados Unidos Mexicanos

    estipula princpios enfocados na proteo dos direitos do consumidor: Nos Estados Uni-dos Mexicanos esto proibidos os monoplios, as prticas monopolistas e as isenes deimpostos nos termos e condies que fixam as leis. O mesmo tratamento ser dado sproibies a ttulo de proteo da indstria. Em conseqncia a lei punir severamente eas autoridades perseguiro, com eficcia, toda concentrao em uma ou poucas mos deartigos de consumo necessrios e que tenham por objeto obter a alta dos preos; todoacordo, procedimento ou combinao de produtores, industriais, comerciantes ou empres-rios de servios, que de qualquer maneira ocorra, para evitar a livre concorrncia ou a

  • 18

    concorrncia entre si e obrigar aos consumidores a pagar preos exagerados e, em geral,tudo que constitua uma vantagem exclusiva e indevida em favor de uma ou vrias pessoasdeterminadas e com prejuzo do pblico em geral ou de alguma classe social. As leis fixa-ro as bases para que se assinalem os preos mximos aos artigos, materiais ou produtosque se consideram necessrios para a economia ou o consumo nacional ou popular, assimcomo para impor modalidades organizao da distribuio desses artigos, materiais ouprodutos a fim de evitar que intermediaes desnecessrias ou excessivas provoqueminsuficincia no abastecimento, assim como a alta dos preos. A lei proteger os consumido-res e propiciar sua organizao para o melhor cuidado de seus interesses.

    Existe alguma legislao especial dedefesa do consumidor?

    Argentina Sim.

    Bolvia No existe legislao especial de defesa do consumidor na Bolvia, apesar disso o artigo 10da Lei do Sistema de Regulamentao Setorial (Sirese) n 1.600 estabelece que dentro dasatribuies das superintendncias setoriais est a de conhecer e processar denncias ereclamaes dos usurios, das empresas, entidades reguladas e dos rgos competentes doEstado com relao s atividades que se encontram sob a jurisdio do Sistema de Regula-mentao Setorial. A Lei dos Municpios, de 28 de outubro de 1999 (n 2.028), estabelece ajurisdio e competncia do Governo municipal em matria de Defesa do Consumidor.Institui sistemas de controle de qualidade e normas de condies higinicas e de sade naelaborao de produtos de origem animal e vegetal e tambm o confisco e a destruio, semdireito de compensao, para os que infringiram as normas bsicas de higiene estabelecidaspor esta entidade.

    Brasil Sim.

    Chile Sim.Am

    ric

    a do

    Sul

  • 19

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Colmbia Sim.

    Equador Sim, a Lei Orgnica de Defesa do Consumidor.

    Paraguai Sim, a Lei n 1.334/98 sobre Defesa do Consumidor e do Usurio.

    Peru Sim, existe uma legislao especial, o Decreto Legislativo n 716, Lei de Proteo aoConsumidor, que foi publicado no dirio oficial em 9 de novembro de 1991.

    Uruguai Sim.

    Guiana Sim.

    Amrica CentralBelize No, no h legislao especial e autnoma em relao proteo do consumidor em

    Belize, mas o Public Utilities Commission Act e o Hire Purchase Act contm algumasprovises para proteger os consumidores.

    Costa Rica Sim, a Lei n 7.472: Lei de Promoo da Concorrncia e da Defesa Efetiva do Consumi-dor, editada em 20 de dezembro de 1994 e seu Regulamento (Decreto n 25.234- MEIC,de 01 de julho de 1996).

    El Salvador Sim, a Lei de Proteo do Consumidor.

    Guatemala Sim, o Decreto 006-2003 do Congresso da Repblica, Ley de Proteccin al Consumidor yUsuario e seu Reglamento Acuerdo, Gubernativo 777-2003.

    Honduras Sim, a Lei de Proteo ao Consumidor e seu Regulamento, Decreto Legislativo n 41-1989.

    Panam Sim, a Lei n 29, de 1 de fevereiro de 1996, por intermdio da qual se estabelecem nor-mas sobre a defesa da concorrncia e se adotam outras providncias, contempla disposi-es gerais concernentes proteo dos consumidores e usurios. No caso dos serviospblicos, a lei especfica do setor de telecomunicaes, Lei n 31, de 1996, contemplaalgumas disposies a respeito do consumidor. Alm disso, o Decreto-Lei n 9, de 1998,estabelece algumas disposies especiais sobre os consumidores de servios bancrios.

  • 20

    Amrica do NorteMxico A legislao aplicvel em matria de proteo do consumidor a Lei Federal de Proteo

    do Consumidor (LFPC).

    Em caso afirmativo, qual a natureza dessalegislao?

    Argentina Lei sancionada pelo Poder Legislativo Nacional e de ordem pblica. Sem prejuzo daconcorrncia das provncias em matria legislativa.

    Bolvia A Lei do Sistema de Regulamentao Setorial (Sirese) tem por objetivo regular, controlar esupervisionar aquelas atividades dos setores de telecomunicaes, eletricidade, hidrocarbo-netos, transportes, saneamento bsico e de outros setores, que por intermdio da lei sejamincorporados ao Sistema. A Lei Sirese se aplica no mbito do direito administrativo, pois uma delegao do governo central para as superintendncias regulamentarem e supervisiona-rem o funcionamento correto do mercado de servios da Bolvia, integrando-o no mbito dodireito da concorrncia e dos direitos dos usurios de servios pblicos. A natureza da Lei dosMunicpios de carter administrativo e regulamentar do regime municipal. Define a organi-zao e atribuies dos municpios e do governo municipal, permitindo tambm o controlesocial do governo municipal.

    Brasil Trata-se de uma lei ordinria.

    Chile Trata-se de uma lei ordinria, n 19.496, de 1997, recentemente modificada pela Lei n19.955, de 14 de julho de 2004.

    Colmbia Um decreto-lei, expedido pelo presidente com fora de lei.

    Equador Sua natureza orgnica, isto , tem supremacia sobre as leis ordinrias, e de direitopblico.

    Paraguai uma lei especial de ordem pblica.Amr

    ica

    do S

    ul

  • 21

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Peru A legislao se encontra regulada num corpo normativo e tem aplicao administrativa

    Uruguai A Lei n 17.250 regula de forma especfica as relaes de consumo.

    Guiana

    Amrica CentralBelize O Public Utilities Commission Act criou a comisso de utilidades pblicas para garan-

    tir que os servios de utilidade pblica sejam satisfatrios e os impostos cobradossobre esses servios sejam justos e razoveis. O Hire Purchase Act regula os contratosde compra e aluguel e inclui provises sobre as condies e qualidade dos produtossujeitos a tais acordos.

    Costa Rica Tem base constitucional, e esse direito fundamental desenvolvido por uma lei e porum regulamento como indicado anteriormente.

    El Salvador uma lei especial.

    Guatemala um decreto legislativo, de ordem pblica, promulgado pelo Congresso Nacional.

    Honduras Visa o estabelecimento de um ordenamento jurdico para atingir e manter uma prote-o adequada dos consumidores de nosso pas, a fim de garantir um tratamento justo eeqitativo na aquisio e uso de bens ou servios.

    Panam Basicamente, so corpos normativos que indicam direitos substantivos e procedimen-tais sobre proteo do consumidor, ademais de estabelecer a autoridade competente, oprocedimento e as sanes, em caso de comprovarem-se infraes s normas legais.

    Amrica do NorteMxico A natureza da LFPC de carter administrativo, uma vez que somente o Poder Execu-

    tivo pode aplic-la. Somado ao anterior, o artigo 20 da LFPC estipula que: A Procura-doria Federal do Consumidor um organismo descentralizado de servio social com

  • 22

    personalidade jurdica e patrimnio prprio. Tem funes de autoridade administrativa eest encarregada de promover e proteger os direitos e interesses do consumidor e buscar aeqidade e segurana jurdica nas relaes entre fornecedores e consumidores. Seu funcio-namento reger-se- pelo disposto nesta lei, nos regulamentos desta e seus estatutos.

    Quais so e de quando datam as normasque colocaram em prtica a defesa doconsumidor?

    Argentina A Lei de Defesa do Consumidor (LDC) n 24.240, foi sancionada em 22 de setembro de1993 e entrou em vigncia no territrio nacional em 15 de outubro de 1993. O Poder Exe-cutivo da Nao (PEN) regulamenta a lei mediante o Decreto n 1.798/94, modificado pelasLeis ns 24.568 e 24.999.

    Bolvia Como assinalado anteriormente, no existe legislao especial sobre proteo e defesa dosconsumidores na Bolvia. Apesar disso, se vislumbrou progressos interessantes em relao proteo dos usurios de servios pblicos desde a aplicao da Lei Sirese n 1.600,datada de 28 de outubro de 1994 e em relao Lei n 2.028 (Lei dos Municpios), de 28 deoutubro de 1999, que faz referncia defesa do consumidor no mbito das atribuies dosmunicpios e do governo municipal.

    Brasil A Lei n 8.078/90 (Cdigo de Defesa do Consumidor) e o Decreto n 2.181/97.

    Chile So as contidas na Lei do Consumidor (LPC), em vigor desde 1997.

    Colmbia O Decreto n 3.466, de 1982. (Estatuto do Consumidor).

    Equador A primeira lei de defesa do consumidor foi publicada mediante o R.O. 520 no dia 12 desetembro de 1990. Essa lei foi derrogada pela Lei Orgnica de Defesa do Consumidor,publicada no R.O. 116, de 10 de julho de 2000. O Regulamento Geral da Lei Orgnica deDefesa do Consumidor foi publicado no R.O. 287, de 19 de maro de 2001.Am

    ric

    a do

    Sul

  • 23

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Paraguai A Lei de Defesa do Consumidor e do Usurio (n 1.334/98) , a Lei n 1.276, sobre o Regi-me de Faltas Municipais, e o Decreto Regulamentar 2.553/99 (hoje em dia sem eficcia)aplicam-se desde 1999 no Paraguai. Os Decretos 20.572 e 21.004, em vigor desde o ano de2003, criaram o Sistema Nacional Integrado de Proteo ao Consumidor, estabelecendo oprocesso sumrio administrativo dentro do Sistema, e modificando a Lei n 1.334/98.

    Peru O Decreto Legislativo 716, publicado no Dirio Oficial em 9 de novembro de 1991.

    Uruguai A lei de 11 de agosto de 2000. Anteriormente lei vigente, existiam apenas normasesparsas.

    Guiana Leis e ano de entrada em vigor: Occupational and Safety Act (1995); EnvironmentalProtection Act (1996); Termination of Employment and Severance Pay Act (1997); MarriedPersons (Property) Act (1984); Family and Dependants Provision Act (1990); DomesticViolence Act (1996); Motor Vehicles and Road Traffic Act Cap 51 (2002); Guyana NationalBureau of Standards Act (1984); Rice Factories Act (1998); Public Utilities CommissionAct (1991, 1997, 1999); Money Laundering (Prevention) Act (2000); Weights andMeasures Act (1981); Sale of Goods Act (1914); National Insurance and Social SecurityAct (1967); Food and Drugs Act (1971).

    Amrica CentralBelize A Public Utilities Commission Act, chapter 223 of the Laws of Belize, Revised Edition

    2000-2003, entrou em vigor em 24 de agosto de 1999. O Hire Purchase Act, chapter 292 ofthe Laws of Belize, Revised Edition 2000-2003, data de 13 de maro de 1954.

    Costa Rica A lei foi editada em 20 de dezembro de 1994 e entrou em vigor em 1995. O regulamentocomeou a vigorar a partir da publicao no Dirio Oficial La Gaceta, em 1998.

    El Salvador A lei foi aprovada pelo Decreto Legislativo n 267, de 31 de agosto de 1992 e publicado noDirio Oficial n 159, tomo 316, de 31 de agosto de 1992. Esteve vigente a partir de 8 desetembro do mesmo ano e foi posteriormente revogada. A Lei atual de Proteo ao Consu-midor foi aprovada por Decreto Legislativo n 666, datado 14 de maro de 1996, publicadono Dirio Oficial n 58, tomo 330, datado 22 de maro de 1996, e vigente a partir de 30 demaro do mesmo ano.

    Guatemala A lei est em vigor desde 26 de maro de 1999. O regulamento entrou em vigor em 18 dedezembro de 2003.

  • 24

    Honduras Decreto legislativo n 41/1989, editado pelo Congresso Nacional em 7 de abril de 1989, foipublicado no Dirio Oficial La Gaceta n 25.819, de 29 de abril de 1989, e entrou em vign-cia em 19 de maio de 1989.

    Panam A Lei n 29, de 1996 entrou em vigor 90 dias aps sua promulgao, no dia 3 de maio de1996.

    Amrica do NorteMxico Em 5 de fevereiro de 1976 entrou em vigor a primeira LFPC, que criou a Procuradoria

    Federal do Consumidor (Profeco) como um organismo especializado na aplicao da justiana esfera de consumo e estabeleceu os direitos da populao consumidora. Posteriormente,efetuaram-se diversas reformas ou adies a fim de adaptar a LFPC ao contexto scio-econmico do pas. As modificaes da LFPC ocorreram em 1982, 1985, 1988 e 1992. Areforma de 1992 foi a mais importante de todas as modificaes anteriores, uma vez queuniu o Instituto Nacional de Consumo (Inco) ao Profeco. O Inco tinha como finalidadeorientar o consumidor para uma utilizao eficiente de seu poder de compra; informando-o ecapacitando-o para o exerccio de seus direitos. Com a dita fuso, a Profeco assumiu umanova orientao preventiva. Em 2000, a Profeco adicionou um captulo concernente regu-lamentao do comrcio eletrnico com a finalidade de adaptar a LFPC nova realidade docomrcio internacional. O captulo VIII bis intitula-se Dos direitos dos consumidores nastransaes efetuadas atravs do uso de meios eletrnicos, ticos ou de qualquer outra tecno-logia. As ltimas reformas da LFPC ocorreram na seguinte ordem:6/Dez/02: Profecoapresentou iniciativa de Reformas a LFPC ao H. Congresso da Unio25/Mar/03: Foi apro-vada na Cmara de Deputados com 396 votos a favor. As reformas foram ao Senado parareviso.13/Nov/03: A cmara de Senadores aprovou por unanimidade as reformas. O proje-to retorna Cmara de origem.11/Dez/03: A Cmara de Deputados votou os artigos modifi-cados pelos senadores. Conclui-se o processo legislativo. Aprovou-se a LFPC com 480votos a favor; 6 abstenes; 0 votos contra. Se desejar conhecer mais informaes a respeitovisite: http://www.profeco.gob.mx/html/juridico/juridico.htmhttp://www.profeco.gob.mx/html/juridico/acuerdo_lfpc_dof_4feb04.pdf http://www.profeco.gob.mx/html/juridico/lfpc.htm

  • 25

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    No havendo legislao especfica,h algum projeto de lei ou de modificaodas leis existentes?

    Amrica do SulArgentina

    Bolvia O ltimo projeto de uma lei especial sobre defesa do consumidor foi a Lei Quadro para aDefesa da Concorrncia e do Consumidor, apresentado pelo Ministrio de Desenvolvimen-to Econmico e por organizaes no governamentais em setembro de 2003.

    Brasil

    Chile Foi aprovada recentemente a modificao, que entrou em vigor em julho de 2004.

    Colmbia Um projeto para a reforma do chamado Estatuto do Consumidor est tramitando no Con-gresso.

    Equador

    Paraguai

    Peru

    Uruguai

    Guiana Sim, existe a inteno de se aprovar um Cdigo de Defesa do Consumidor.

  • 26

    Amrica CentralBelize No, no h nenhum projeto para criar tal legislao, ou para modificar a atual.

    Costa Rica

    El Salvador

    Guatemala

    Honduras No.

    Panam

    Amrica do NorteMxico A LFPC foi modificada recentemente e suas reformas entraram em vigor em 4 de maio de

    2004. (detalhes na pgina 24)

  • 27

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Indique a competncia legislativa emmatria de Direito do Consumidor

    Amrica do SulArgentina A competncia nacional.

    Bolvia A competncia legislativa a nvel nacional est a cargo do Governo Central, que deveriapromulgar uma Lei Especial de Proteo do Consumidor. As propostas de projetos de leipodem ser apresentadas por qualquer pessoa fsica ou jurdica integrante ou no do gover-no. A competncia legislativa a nvel municipal est a cargo dos vrios governos munici-pais de cada departamento no marco de atribuies de seus respectivos territrios.

    Brasil Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente.

    Chile A competncia regulatria por meio de lei corresponde aos poderes co-legisladores: aopresidente da Repblica, que envia o projeto, e ao Congresso Bicameral, que o discute eaprova. O processo tambm pode ser iniciado por intermdio de moo parlamentar. OPoder Executivo tem competncia para estabelecer normas regulamentares, caso exista ummandato legal para faz-lo ou se for necessrio para a execuo de uma norma legal. Osorganismos reguladores (superintendncias) tm atribuies para estabelecer regulamentosnos mercados que supervisionam.

    Colmbia Corresponde ao Congresso Nacional.

    Equador a mesma que em outros mbitos, ou seja, o Poder Legislativo pode propor e aprovarreformas, novos projetos, etc.

    Paraguai A competncia legislativa em matria de defesa do consumidor da Comisso de Indstriae Comrcio do Parlamento Nacional.

    Peru A competncia legislativa do Congresso da Repblica, mais especificamente da Comissode Defesa do Consumidor e Organismos Reguladores dos Servios Pblicos.

    Uruguai

    Guiana Corresponde ao Parlamento.

  • 28

    Amrica CentralBelize A Assemblia Nacional de Belize tem o poder para legislar sobre direito do consumidor.

    Costa Rica As leis da Costa Rica podem ser modificadas mediante um procedimento tutelado nosartigos 123 e 124 da Constituio Poltica.

    El Salvador A Assemblia Legislativa pode reformar, derrogar e aprovar a lei, seja por iniciativaprpria, por proposta do presidente ou atravs de seus ministros. Da mesma maneira, umcidado ou entidade pode propor um anteprojeto, mas isso requer a iniciativa de lei deum deputado ou deputada.

    Guatemala uma lei nacional de aplicao em todo o territrio nacional.

    Honduras Em matria administrativa foi criada a Direo Geral de Produo e Consumo, com asatribuies para dar cumprimento Lei de Proteo ao Consumidor e seu regulamento.

    Panam As normas sobre proteo do consumidor, consagradas na Lei n 29 de 1996, estoreferidas assim: 1.Garantias 2.Vendas a Domiclio 3.Vendas a Prazo 4.Veracidade naPublicidade 5.Construes de Imveis Novos 6.Direito a Informao 7.Clusulas Abusi-vas nos Contratos de Adeso 8.Operaes financeiras de Crdito 9.Contrato de depsitode bens.

    Amrica do NorteMxico A competncia legislativa em matria de direito do consumidor de carter federal. A

    Constituio Poltica, em seu artigo 73, frao X, indica que: O Congresso tem faculda-de para (...) X .- Para legislar em toda a Repblica sobre hidrocarburantes, minerao,indstria cinematogrfica, comrcio...

  • 29

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Ocorrem conflitos entre o Direito doConsumidor e outras normas de DireitoPblico e Privado? Em caso afirmativo, qualtem sido a tendncia das decises dostribunais? H prevalncia do Direito doConsumidor?

    Amrica do SulArgentina O artigo 3 da LDC dispe que este se integra com as normas gerais e especiais aplicveis s

    relaes de consumo, em especial com a Lei de Defesa da Concorrncia e a Lei de Lealda-de Comercial. Em caso de dvida, ser feita a interpretao mais favorvel ao consumidor.Majoritariamente, entende-se que nas relaes de consumo aplica-se a LDC (integrada comoutras normas correspondentes). Porm, em certos casos, a jurisprudncia privilegia alegislao convencional ou a especial da atividade tratada sobre a legislao de consumo.

    Bolvia A inexistncia de normas especiais sobre proteo do direitos do consumidor no permiteque isso acontea. As normas administrativas sobre proteo dos Direitos dos usurios deservios no esto em conflito com as normas municipais de defesa do consumidor. Ostribunais no tm uma regra em relao a sentenas judiciais que estabelea a prevalnciados Direitos do Consumidor.

    Brasil Existem conflitos, prevalecendo na maioria dos casos o direito do consumidor em razo deseu fundamento constitucional baseado nos direitos da pessoa humana.

  • 30

    Chile A LPC subsidiria a respeito das leis especiais que regulam setores especficos, contem-plados no artigo 2 bis da Lei n 19.496. Entretanto, a LPC prevalece sobre as leis especiaisno que for relativo a matrias que estas ltimas no regulam; procedimentos sobre interessecoletivo e difuso dos consumidores e direitos a serem indenizados.

    Colmbia Sim, existem conflitos. Os direitos do consumidor tm prevalecido.

    Equador A Lei Orgnica de Defesa do Consumidor por sua natureza orgnica, tem supremacia sobreoutras leis ordinrias, regulamentos, resolues e leis municipais. Assim, no caso de confli-to prevalecer a Lei Orgnica. Somente a Constituio e os tratados internacionais podemprevalecer sobre ela. Existe, tambm o princpio in dubio pro consumidor, ou seja, em casode dvida se aplicar o sentido mais favorvel ao consumidor.

    Paraguai Sim, com a Lei de Telecomunicaes (642/95), mas at o momento no existem decises aesse respeito nos tribunais.

    Peru No existem conflitos. O que existem so controvrsias prprias da via civil, penal e admi-nistrativa que esto delimitadas pela prpria legislao ou por critrios interpretativos.Existe prevalncia pelos direitos do consumidor.

    Uruguai Como a Lei n 17.250 recente, sua aplicao em nvel judicial escassa. Aplica-se comfreqncia o Direito Civil.

    Guiana No existem muitos conflitos entre as normas de defesa do consumidor e as normas deDireito Pblico e Privado.

    Amrica CentralBelize No h conflito entre as poucas normas que protegem o consumidor em Belize e as normas

    de Direito Pblico e Privado.

    Costa Rica Em termos de conflito, entendido este como uma contraposio de interesses em aparnciasirreconciliveis, no. Entretanto, o que tem ocorrido um processo de definio de compe-tncias por parte dos diferentes rgos e entes que integram a administrao pblica. Emoutras palavras, tem havido uma delimitao no campo de ao da Comisso Nacional de

  • 31

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Consumidor segundo o contedo normativo da Lei de Promoo da Concorrncia eDefesa Efetiva do Consumidor. Na via judicial, os casos de consumidor so assumi-dos mediante um processo especial de trmite rpido ou sumrio, assim dispostopela Lei n 7.472, que dispe em seu artigo 46: Acesso via judicial: para fazervaler seus direitos, o consumidor pode utilizar-se da via administrativa ou judicial,sem que estas se excluam, exceto se optar pela via judicial. Na via judicial deve seseguir o processo sumrio, estabelecido nos artigos 432 e seguintes do CdigoProcessual Civil. (...) Os processos ajuizados para reclamar a anulao de contratosde adeso ou o ressarcimento de danos e perdas em virtude de violaes a esta lei,para os quais a comisso nacional do consumidor no tem competncia, seroconhecidos apenas pelos rgos jurisdicionais competentes, de acordo com esteartigo.... Desta forma, os consumidores podem igualmente utilizar o Tribunal deJustia atravs dos meios ordinrios (que outorga o direito civil, mercantil e penal)para fazer valer os seus direitos. A tendncia da administrao da Justia na CostaRica tem sido de aceitao dos princpios do direito do consumidor. Cada vez somais as sentenas civis que aludem a Lei n 7.472 e aplicam princpios protetorescomo o in dubio pro consumidor.

    El Salvador

    Guatemala Sim, apesar disso, no foi avaliada a prevalncia dos direitos do consumidor, poisainda no foram apresentados casos nos tribunais.

    Honduras No tm ocorrido estes tipos de situaes.

    Panam No tem existido conflito.

    Amrica do NorteMxico Sim, ocorrem conflitos entre os direitos do consumidor e outras normas do Direito,

    tais como a Lei Federal de Metrologia e Normalizao e a Lei Federal de Procedi-mento Administrativo. Em relao tendncia dos tribunais, estes se pronunciamde maneira distinta, dependendo do caso e da lei aplicvel.

  • 32

    H previso de tutela penal nas relaes deconsumo?

    Argentina No especificamente. necessrio remeter-se aos tipos gerais quando correspondentes(defraudao, estelionato e outros).

    Bolvia A parte especial do Cdigo Penal Boliviano prev delitos contra a indstria e o comrcio,entre os quais pode-se destacar alguns que esto no mbito da proteo dos consumidores.Segundo o artigo 235, a fraude comercial ocorre quando uma pessoa em lugar pblico ouaberto ao pblico enganar o comprador ao lhe entregar uma coisa ao invs de outra. Sempreque no resulte em um delito mais grave ser sancionado com privao da liberdade de seismeses a trs anos. O artigo 236 sobre Fraude com Produtos Industrializados prev para apessoa que ofertar produtos industrializados com nomes e indcios que induzam em errosobre a origem, procedncia, quantidade ou qualidade, a sano com privao de liberdadede seis meses a trs anos. O artigo 237, Afastamento da Clientela, estipula pena de 30 a100 dias de deteno para a pessoa que, valendo-se de falsas afirmaes, suspeitas, artifci-os fraudulentos ou qualquer outro meio de propaganda desleal para desviar a clientela deum estabelecimento comercial ou industrial em benefcio prprio ou de um terceiro e emdetrimento do competidor, para obter vantagem indevida.

    Brasil Sim. Est previsto no Cdigo de Defesa do Consumidor, Ttulo II: Das Infraes Penais.

    Chile As transgresses LPC so castigadas com pena de multa. A competncia para determinarestas sanes cabe aos juzes de polcia local, em caso de transgresses individuais, e aosjuzes de letras, se coletivas.

    Colmbia No.

    Equador No, pois a partir da Lei Orgnica de Defesa do Consumidor no se configura nenhum tipopenal, nem tutela penal. Caso uma relao de consumo se constitua em delito, deve-se seguir oprocedimento penal correspondente.

    Paraguai Sim, no Cdigo Penal Paraguaio.

    Peru A tutela penal consiste em determinar-se uma infrao com presuno delitiva, pe-se emconhecimento do Ministrio Pblico. A Lei Penal tambm define quais so os delitos contrao consumidor.A

    mr

    ica

    do S

    ul

  • 33

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    Uruguai No existe previso expressa. Ao configurar-se um delito, deve ser aplicada a norma penal.

    Guiana

    Amrica CentralBelize

    Costa Rica Sim. Existem delitos econmicos que se agravam quando se do por intermdio de umarelao de consumo. Tais so os casos dos delitos de usura, estelionato, agiotagem, propa-ganda enganosa e desleal. Tal situao de agravamento se disps no artigo 63 da Lei n7.472, que trata dos delitos em prejuzo do consumidor: As penas dos delitos de usura,agiotagem e propaganda desleal, indicados nos artigos 236, 268, 242 do Cdigo Penal,sero duplicadas quando se cometam, em prejuzo dos consumidores, nos termos estabele-cidos no artigo 2 desta lei. As mesmas penas se aplicaro quando o dano causado exceda omontante equivalente a cinqenta vezes o menor dos salrios mnimos mensais ou quandoo nmero de produtos ou servios dos artigos citados excedam cem. Reprimir-se- com apena prevista no artigo 216 do Cdigo Penal, tipificado como estelionato, a quem devendoentregar um bem ou prestar servio, oferecido publicamente nos termos dos artigos 31, 34 e38 desta lei, no o realize nas condies pactuadas, ou que se valha de um engano ou outraao manipuladora. A Comisso Nacional do Consumidor dever remeter, nesses casos, oexpediente aos rgos jurisdicionais penais, em conformidade com o inciso F do artigo 53da presente lei.

    El Salvador A lei vigente estabelece no artigo 35, inciso 2 que: No momento em que o Ministriotomar conhecimento do cometimento de infraes penais que atentam contra os direitos dosconsumidores, este estar obrigado a informar a Fiscalizao Geral da Repblica para queproceda legalmente, especialmente quando se tratar dos seguintes pontos: a) divulgao defatos falsos, exagerados ou tendenciosos, ou o emprego de outros meios fraudulentos paraproduzirem o desequilbrio no mercado interno de mercadorias, salrios ou ttulos devalores negociveis, tipificado como agiotagem no Cdigo Penal; b) propagao de fatosfalsos ou uso de qualquer manobra ou artifcio para conseguir a alta de preos de alimentosou artigos de primeira necessidade, o que configura delito de especulao previsto noCdigo Penal; c) venda, durante o exerccio de atividades mercantis, de produtos e materi-ais falsos, anunciados em todo ou parcialmente como legtimos, tipificado como fraudecomercial no Cdigo Penal; d) uso de pesos e medidas falsos ou alterados durante o exerc-

  • 34

    cio de atividades comerciais, ou a sua mera presena em poder de comerciantes,tipificando como uso ou posse de pesos e medidas falsos, previsto no CdigoPenal; e) envenenamento, contaminao, adulterao ou corrupo de formaperigosa para a sade, da gua ou substncias alimentcias ou medicinais ou deoutra natureza, destinadas ao uso pblico, tipificado como corrupo ou envene-namento da gua e de outras substncias, previsto no Cdigo Penal; e f) oemprego na fabricao de produtos destinados ao consumidor, de maneiraperigosa para a sade, de procedimentos e substncias proibidas por leis, oudoses teraputicas imprprias, tipificado como o emprego de procedimentoproibido ou de substncia no permitida no Cdigo Penal.

    Guatemala Sim, artigos 77 e 99 da lei.

    Honduras Sim, nosso pas conta com uma fiscalizao de proteo ao consumidor e terceira idade, dependente do Ministrio Pblico.

    Panam No existe tutela penal relacionada com as relaes de consumo.

    Amrica do NorteMxico Sim. O Cdigo Penal Federal dos Estados Unidos Mexicanos em seu artigo 253

    estabelece que so atos que afetam gravemente o consumo nacional e se sanci-onaro com priso de trs a dez anos e duzentos a mil dias de multas os seguin-tes: I. Os relacionados com artigos de consumo necessrios ou genricos ou comas matrias primas essenciais para a atividade da indstria nacional que consis-tam em: a) o monoplio, ocultao injustificada que prejudique a sua venda,com o objetivo de obter uma alta nos preos ou afetar o abastecimento dosconsumidores; b) todo ato ou procedimento que evite ou dificulte, ou se propo-nha evitar ou dificultar a livre concorrncia na produo ou no comrcio; c) alimitao da produo ou o manejo que se tenha da mesma, com o propsito demanter as mercadorias com um preo justo (...).

  • 35

    RR RRREE EEE

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    GIM

    E L

    EG

    AL

    AP

    LIC

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

    V

    EL

  • 36

  • 11111 37

    Estrutura disponvelEstrutura disponvelEstrutura disponvelEstrutura disponvelEstrutura disponvelpara a garantia depara a garantia depara a garantia depara a garantia depara a garantia deaplicao doaplicao doaplicao doaplicao doaplicao doDireito do ConsumidorDireito do ConsumidorDireito do ConsumidorDireito do ConsumidorDireito do Consumidor(Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)(Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)(Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)(Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)(Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)

    2

  • 38

    Existe um rgo central governamental dedefesa do consumidor? Em caso afirmativo,quais so suas atribuies?

    Argentina Sim, a atual Subsecretaria de Defesa da Concorrncia e Defesa do Consumidor a Autori-dade de Aplicao Nacional, referida na Lei n 24.240. Suas atribuies encontram-seenumeradas no artigo 46 do citado corpo normativo, as quais so: a) Propor a regulamenta-o desta lei, e elaborar polticas tendentes defesa do consumidor, alm de intervir na suainstrumentao mediante as resolues pertinentes; b) Manter um Registro Nacional deAssociaes de Consumidores; c) Receber e dar andamento s reclamaes e denncias dosconsumidores. d) Disponibilizar a realizao de inspees e percias vinculadas com aaplicao desta lei. e) Solicitar informaes e opinies a entidades pblicas e privadas emrelao matria desta lei. f) Possibilitar, de ofcio ou a requerimento da parte, a celebraode audincias com a participao de denunciantes que sofreram danos, rus infratores,testemunhas e peritos.

    Bolvia No existe rgo do Governo central que esteja encarregado da defesa dos consumidores eusurios.

    Brasil O Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor, da Secretaria de Direito Econmico(MJ), ou rgo federal que venha substitu-lo, organismo de coordenao da poltica doSistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: I planejar, elaborar, propor,coordenar e executar a poltica nacional de proteo ao consumidor; II - receber, analisar,avaliar e encaminhar consultas, denncias ou sugestes apresentadas por entidades repre-sentativas ou pessoas jurdicas de direito pblico ou privado; III prestar aos consumidoresorientao permanente sobre seus direitos e garantias; IV - informar, conscientizar e moti-var o consumidor atravs dos diferentes meios de comunicao; V solicitar polciajudiciria a instaurao de inqurito policial para a apreciao de delito contra os consumi-dores, nos termos da legislao vigente; VI representar ao Ministrio Pblico competentepara fins de adoo de medidas processuais no mbito de suas atribuies; VII - levar aoconhecimento dos rgos competentes as infraes de ordem administrativa que violaremAm

    ric

    a do

    Sul

  • 39

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores; VIII - solicitar o concur-so de rgos e entidades da Unio, Estados, do Distrito Federal e Municpios, bem comoauxiliar a fiscalizao de preos, abastecimento, quantidade e segurana de bens e servios;IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a forma-o de entidades de defesa do consumidor pela populao e pelos rgos pblicos estaduaise municipais; X - (Vetado). XI - (Vetado). XII - (Vetado). XIII - desenvolver outras ativida-des compatveis com suas finalidades. Pargrafo nico. Para a consecuo de seus objeti-vos, o Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor poder solicitar o concurso dergos e entidades de notria especializao tcnico-cientfica. Atribuies estabelecidaspela Lei n 8078/90 - Cdigo de Defesa do Consumidor.

    Chile O Servio Nacional do Consumidor rgo estatal encarregado de informar, educar eproteger aos consumidores. um servio pblico descentralizado com presena nas 13regies do pas, sujeito superviso do Presidente da Repblica atravs do Ministrio daEconomia.

    Colmbia Sim, a Superintendncia de Industria y Comercio que tem faculdades administrativas ejurisdicionais.

    Equador No existe. Contudo, a Defensoria do Povo conta com uma Direo de Defesa do Consu-midor. Os artigos. 81 e 82 da Lei de Defesa dos Consumidores estabelecem a competnciada Defensoria do Povo para conhecer das reclamaes dos consumidores.

    Paraguai Sim, o Ministrio de Indstria e Comrcio, atravs da Direo Geral de Defesa do Consu-midor como autoridade a nvel nacional em matria de defesa do consumidor.

    Peru Sim, e a Comisso de Proteo ao Consumidor do INDECOPI. Emite resolues sancio-nando os fornecedores com multas de at 100 Unidades Impositivas Tributrias (S/.320000) e ordena medidas corretivas a favor dos consumidores, bem como medidas comple-mentares como: (i) o fechamento de estabelecimentos, (ii) destruio de produtos, entreoutros.

    Uruguai Sim, a rea de Defesa do Consumidor o rgo de aplicao, sem, contudo interferir nacompetncia originria de outros rgos como Sade pblica, etc.

    Guiana Sim, o Ministrio do Turismo, Indstria e Comrcio.

  • 40

    Amrica CentralBelize Alm da Comisso de Utilidades Pblicas, o rgo governamental que protege os consumi-

    dores das companhias de utilidades pblicas, no h nenhum corpo governamental centralrelacionado proteo do consumidor.

    Costa Rica Por um lado temos a rea de Apoio ao Consumidor (rgo que pertence ao Ministrio deEconomia, Indstria e Comrcio MEIC) como encarregado de promover informao eeducao nos termos contemplados na Lei 7472. Para alcanar seu objetivo, realiza diver-sas atividades de educao e informao, as quais se vem complementadas com mecanis-mos e estratgias destinadas a exercer um rol mediador, naquelas situaes nas quais osconsumidores e comerciantes se vem imersos em algum conflito de interesses relacionadocom os direitos e obrigaes estabelecidos nesta lei, fomentando as vias de negociao, ourealizando os processos pertinentes quando no se alcana resultados favorveis atravs dosmecanismos alternativos para a resoluo de conflitos. O interesse primordial da rea deApoio ao Consumidor tem sido o de fomentar uma melhor cultura de consumo, atravs deum processo de formao e conscientizao dirigido tanto aos consumidores como aoscomerciantes. A rea de Apoio composta pela Unidade de Polticas e Apoio ao Consu-midor (UPAC) e Unidade Tcnica de Apoio a Comisso Nacional do Consumidor (UTA/CNC). Estas unidades, de acordo com o Regulamento Lei Orgnica do MEIC, tem asseguintes funes: artigo 13 (Funes da UPAC): a.) Formular, promover, apoiar e executarprogramas de educao e de informao para o consumidor, em conformidade com oestabelecido na Lei de Promoo da Concorrncia e Defesa Efetiva do Consumidor e dosinstrumentos internacionais que regulam a atividade do Estado nesse campo.b.) Promover eapoiar a formao de grupos e organizaes de consumidores, em conformidade com oestabelecido na Lei de Promoo da Concorrncia e Defesa Efetiva do Consumidor e seuRegulamento.c.) Propor e executar as aes necessrias para que as organizaes de consu-midores tenham a oportunidade de se manifestar e possam participar nos processos dedeciso que as afetem. d.) Apoiar as organizaes de consumidores na gesto que estasrealizem para a divulgao, tutela e defesa efetiva dos direitos e interesses legtimos doconsumidor.e.) Ter um cadastro das organizaes de consumidores existentes no pas.f.)Promover a formao de organizaes de consumidores, para o qual poder colaborar aDireo Nacional de Desenvolvimento da Comunidade ou outras organizaes pblicas ouprivadas que tenham dentro de seus fins a divulgao, tutela ou defesa dos direitos dosconsumidores.g) Administrar os instrumentos de informao e de comunicao generaliza-

  • 41

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    da ao consumidor.h.) Propor ao Ministro um Plano OperativoAnual em Coordenao com a Comisso Nacional do Consumi-dor, a Comisso para Promoo da Concorrncia, a FederaoNacional de Organizaes de Consumidores ou outras instnciasvinculadas.i.) As demais funes que a lei de Promoo daConcorrncia e Defesa Efetivado Consumidor e seu Regulamentodisponham. Artigo 14 (Funes da UTA/CNC): a) Receber todasas denncias de tipo patrimonial ou que violem a Lei de Promo-o da Concorrncia e Defesa Efetiva do Consumidor, que osconsumidores tenham a bem apresentar diante dela e orient-lospara que defendem os direitos que essa lei os outorga; b) Avaliarcada caso e determinar se as provas apresentadas sosatisfatrias. Do contrrio, fazer ou ordenar as investigaesnecessrias para comprovar os fatos denunciados; c)Realizar osprocessos de conciliao entre consumidores e fornecedores como fim de conciliar as partes; d) Manter os processos de instruoem cada um dos casos em que se infrinja a lei, de maneira que aCNC possa tomar posteriormente uma resoluo; e) Manter umregistro das cpias dos planos de venda a prazo e verificar queestes cumpram com os costumes mercantis e as necessidades dosconsumidores; f) Manter um registro dos rbitros que poderiam

    intervir quando as partes assim decidam; g) Manter listas de registros das organizaes deconsumidores que se formem no pas com o objetivo de coordenar e informar aos consumi-dores; h) Informar segundo diretrizes da Comisso diante a opinio pblica aqueles atosonde o consumidor se v amplamente prejudicado; i) Com o objetivo de recomendar CNC tomar medidas cautelares nos termos antes indicados, realizar ou ordenar os estu-dos tcnicos nos quais se determine a necessidade de manter bens congelados, suspensode servios por atos que possam prejudicar os consumidores; e todas aquelas funes que aComisso Nacional do Consumidor a outorgue em benefcio do consumidor e do usurio,ou em apoio dos previstos que indique a lei Por outro lado, temos a Comisso Nacional doConsumidor como rgo de mxima desconcentrao adstrito ao Ministrio de Economia,Indstria e Comrcio. Ao que o corresponde velar pelo cumprimento das disposies doscaptulos V e VI desta lei e as demais normas que garantissem a defesa efetiva do consumi-dor, que no se tenham atribudo, de forma expressa, a Comisso para promoo daconcorrncia.Entre as atribuies da CNC esto as seguintes:Artigo 53 - Atribuies daComisso Nacional do ConsumidorA Comisso Nacional do Consumidor tem as seguintesatribuies: a) Conhecer as infraes administrativas, os descumprimentos das obrigaes

  • 42

    estabelecidas no Captulo V e, em particular, tutelar os direitos dos consumidores, deacordo com o artigo 29 desta lei;.b) Sancionar os atos de concorrncia desleal mencionadosno artigo 17 desta lei quando, de forma reflexa causem danos ao consumidor; c) Ordenar,de acordo com a gravidade dos fatos, as medidas cautelares segundo corresponda: o conge-lamento de produtos, a suspenso de servios ou a cessao temporria dos fatos denuncia-dos que violem o que est disposto nessa lei, enquanto se edita resoluo sobre o assunto;d) Ordenar a suspenso do plano de vendas a prazo ou de prestao futura de servios,quando se viole aquilo prescrito no artigo 41 desta lei. A parte dispositiva da resoluo devese publicar para que seja de conhecimento geral. e) Ordenar, quando proceder, a devoluo dodinheiro ou do produto, podendo fixar, assim mesmo, um prazo para reparar ou substituir obem segundo corresponda.f) Trasladar, ao conhecimento da jurisdio ordinria, todas asprticas que configurem os delitos prejudiciais para o consumidor, estabelecidos no artigo 60dessa lei.A Comisso Nacional do Consumidor no tem competncia para determinar aanulao de clusulas abusivas nos contratos de adeso, conforme o artigo 39 desta lei, nemdo ressarcimento de danos e prejuzos. Estes casos devem ser conhecidos pelos rgos juris-dicionais competentes.

    El Salvador O artigo 4 da LPC estabelece que o rgo Executivo de Economia est encarregado deaplicar as disposies desta lei, por intermdio da Direo Geral de Proteo ao Consumi-dor. O artigo 5 determina as seguintes atribuies do Ministrio: a) Fixar e modificar ospreos mximos dos bens intermedirios e finais de uso ou de consumo e dos servios emcaso de emergncia nacional, sempre que se tratem de produtos essenciais; b) Estabelecermedidas para evitar o monoplio e a especulao de bens e servios; c) Vigiar e supervisio-nar o cumprimento da qualidade, pesos e medidas dos produtos bsicos e estratgicoscomercializados no mercado nacional; d) Orientar o consumidor sobre as circunstnciasvigentes no mercado nacional, para que este vele por seus prprios interesses e colaboreassim para garantir o ambiente competitivo do mercado; e) Sancionar as infraes respecti-vas a esta lei e regulamento; f) Ordenar a suspenso da publicao por intermdio de qual-quer meio, de bens e servios, que infrinjam o Artigo 17 desta lei; esta suspenso procedersob audincia prvia do interessado e do Conselho Nacional de Publicidade; g) Proibir aimportao de todo tipo de produto cuja comercializao se encontre proibida em seu pasde origem; e h) Tentar solucionar as controvrsias entre fornecedores e consumidores porintermdio da conciliao e arbitragem.

    Guatemala Sim, Ministrio de Economia, Direo de Ateno e Assistncia ao Consumidor (Diaco).Suas atribuies esto contidas no artigo 53 da lei.Am

    ric

    a Ce

    ntra

    l

  • 43

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    Honduras Sim, a Direo Geral de Produo e Consumo, vinculada Secretaria de Estados nosDespachos de Industria e Comrcio, com as atribuies seguintes: ver artigos 31 e 32 daLei de Proteo ao Consumidor.

    Panam A entidade Administrativa encarregada de conhecer as denncias e realizar investigaes emmatria de proteo ao consumidor, se denomina Comisso de Livre Concorrncia e Assuntosdo Consumidor (Clicac). Esta entidade conhece as infraes previstas nas normas de proteoao consumidor, e sanciona os agentes econmicos (fornecedores) com multas de at B/.10.000,00. Com respeito s pretenses dos consumidores, a Clicac s pode decidir naquelescasos em que a queixa referente garantia de bens de at US$ 500,00. Adicionalmente,fiscaliza de maneira contnua os agentes econmicos (fornecedores).

    Amrica do NorteMxico Sim, a Procuradoria Federal do Consumidor (Profeco).O artigo 24 da LFPC estabelece que

    a procuradoria tem as seguintes atribuies:I. Promover e proteger os direitos do consumi-dor, assim como aplicar as medidas necessrias para propiciar a equidade e seguranajurdica nas relaes entre fornecedores e consumidores; II. Procurar e representar os inte-resses dos consumidores, mediante o exerccio das aes, recursos, trmites ou gestes queprocedam; III. Representar individualmente ou em grupo os consumidores diante dasautoridades jurisdicionais e administrativas diante os fornecedores; IV. Compilar, elaborar,processar e divulgar informao objetiva para facilitar ao consumidor um melhor conheci-mento dos bens e servios que se oferecem no mercado; V. Formular e realizar programasde educao para o consumo, assim como de difuso e orientao a respeito das matrias aque se refere esta lei; VI. Orientar a indstria e o comrcio a respeito das necessidades eproblemas dos consumidores; VII. Realizar e apoiar anlises, estudos e investigaes namatria de proteo ao consumidor; VIII. Promover e realizar diretamente, conforme ocaso, programas educativos e de capacitao nas matrias a que se refere essa lei e prestaracessria a consumidores e fornecedores; IX. Promover novos ou melhores sistemas,mecanismos que facilitem aos consumidores o acesso a produtos e servios nas melhorescondies de mercado; IX bis. Promover, em coordenao com a Secretaria de Economia, aformulao, difuso e uso de cdigos de tica por parte dos fornecedores, que incorporemos princpios previstos por esta lei a respeito das transaes que celebrem consumidoresatravs do uso de meios eletrnicos, ticos ou de qualquer outra tecnologia; X. Atuar comoperito e consultor em matria de qualidade de bens e servios e elaborar estudos relativos;

  • 44

    XI. Celebrar convnios com fornecedores e consumidores e suas organi-zaes para alcanar os objetivos desta lei;XII. Celebrar convnios eacordos de colaborao com autoridades federais, estatais, municipais,do governo do Distrito Federal e entidades paraestatais em benefciosdos consumidores; assim como acordos institucionais com outros pases,em conformidade com as leis respectivas; XIII. Vigiar e verificar ocumprimento das disposies em matria de preos e tarifas estabeleci-dos ou registrados pela autoridade competente e coordenar-se comoutras autoridades legalmente autorizadas para inspecionar preos paraalcanar a eficaz proteo dos interesses do consumidor, e evitar aduplicao de funes; XIV. Vigiar e verificar o cumprimento dasdisposies contidas nessa lei e, no mbito de sua competncia, as daLei Federal sobre Metrologia e Normalizao, assim como das normasoficiais mexicanas e demais disposies aplicveis e, conforme o caso,determinar os critrios para a verificao de seu cumprimento; XIV bis.Verificar que os pesos, medidas e instrumentos de medio utilizados emtransaes comerciais, industriais ou de servios sejam adequados e,conforme o caso, realizar o ajuste dos instrumentos de medio nostermos dispostos na Lei Federal sobre Metrologia e Normalizao; XV.Registrar os contratos de adeso, quando cumpram a norma aplicvel, eorganizar o registro pblico de contratos de adeso; XVI. Procurar asoluo das controvrsias entre consumidores e fornecedores e, conformeo caso, emitir decises onde se quantifiquem as obrigaes contratuais dofornecedor, conforme os procedimentos estabelecidos nesta lei; XVII.Denunciar ao Ministrio Pblico os fatos que possam constituir delitos e

    que sejam de seu conhecimento e, ante as autoridades competentes, os atos que constituamviolaes administrativas que afetem interesses dos consumidores; XVIII. Promover e apoiara constituio de organizaes de consumidores, proporcionando-lhes capacitao e assistn-cia, procurando mecanismos para sua autogesto; XIX. Aplicar as sanes e demais medidasestabelecidas nesta lei, na Lei Federal sobre Metrologia e Normalizao e demaisordenamentos aplicveis; XX. Requerer aos fornecedores ou as autoridades competentes aque tomem medidas adequadas para combater, deter, modificar ou evitar todo o gnero deprticas que lesionem os interesses dos consumidores, quando o considere pertinente publicardita requisio; XXI. Informar aos consumidores sobre as aes ou omisses dos fornecedo-res que afetem seus interesses ou direitos, assim como a forma em que os fornecedores osretribuiro ou compensaro; XXII. As demais que dispuserem esta lei e outros ordenamentos.

  • 45

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    H alguma forma de descentralizao dosreferidos rgos?

    Amrica do SulArgentina Sim, o artigo 41 da lei que tutela os direitos dos consumidores e usurios, dispe que

    os governos das provncias e o municpio de Buenos Aires devero atuar como autori-dades locais de aplicao, exercendo o controle e vigilncia sobre o cumprimento damesma. Tambm as provncias, no exerccio de suas atribuies, podero delegar suasfunes aos organismos de sua dependncia ou dos governos municipais.

    Bolvia A proteo dos usurios de servios pblicos no mbito administrativo se realiza emvirtude do mandato da Lei SIRESE e de leis especiais para cada rgo regulador deservios pblicos, que estabelecem em todas as esferas a obrigao das empresasreguladas de instituir Oficinas do Consumidor (ODECO), que esto encarregadas dereceber reclamaes e queixas dos usurios por intermdio do que a lei de procedi-mentos administrativos denomina Reclamao Direta, posteriormente, no caso daresposta no ser suficiente para o usurio, este poder recorrer com um processo deReclamao Administrativa na Superintendncia respectiva. Na esfera municipal, competncia do Governo Municipal velar pelos direitos do Consumidor que estorelacionados com as atribuies assinaladas na pergunta (1b) do presente questionrio.Na esfera civil, a proteo dos usurios e ou consumidores est refletida no cumpri-mento das obrigaes entre comprador e vendedor ou entre fornecedor e usurio, dasquais podem deriva o descumprimento da obrigao incluindo os casos de venda demercadoria incerta, fictcia ou engano na entrega da mercadoria, aspectos dos quaisnecessariamente derivaria a responsabilidade civil para aquele que descumprir a obri-gao. Na esfera penal, como assinalado na pergunta (1-d) sobre a responsabilidadepenal respectiva e aplicvel a cada caso.

    Brasil Sim, conforme o Artigo 105, integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor(SNDC), os rgos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidadesprivadas de defesa do consumidor .

  • 46

    Chile O SERNAC tem presena em nvel comunal atravs de convnios com quase a totalidadedos municpios a nvel nacional por meio das Oficinas Comunais de Informao ao Consu-midor.

    Colmbia O decreto 3466 de 1982 facultou aos prefeitos a competncia para impor sanes porpublicidade enganosa, por descumprimento das condies de qualidade e idoneidade, pordescumprimento de normas sobre fixao pblica de preos e pelas vendas com financia-mento.

    Equador Em todas as provncias h uma Defensoria do Povo.

    Paraguai Sim, existem Municpios que so Autoridades de Aplicao a nvel local, de acordo com oDecreto 20.572/03, que cria o Sistema Nacional Integrado de Proteo ao Consumidor(SNIPC).

    Peru A descentralizao em nvel de funes da Comisso, que se delegou a quatro comissesem nvel nacional em zonas norte e sul.

    Uruguai No existe descentralizao dos referidos rgos. Assinaram-se convnios de cooperaocom Intendncias Municipais para receber denuncias, solicitao de audincias, etc., assimcomo tambm para informar e assessorar ao consumidor.

    Guiana No.

    Amrica CentralBelize No aplicvel.

    Costa Rica No so rgos descentralizados, no sentido stricto senso, pois pertencem estrutura daadministrao pblica central ou ente pblico maior (MEIC). No obstante, a ComissoNacional do Consumidor um rgo com autonomia mxima do Ministrio da Economia,isto implica que o Ministro no pode substituir, invocar ou revisar a conduta do inferior.

    El Salvador A Direo Geral de Proteo ao Consumidor, DGPC, tem sua sede central na capital SoSalvador, e duas sedes regionais, uma em Santa Ana, na zona ocidental e a outra em SoMiguel, na zona Oriental.

  • 47

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    Guatemala Ainda no, mas est previsto na legislao.

    Honduras Sim, no mbito administrativo foi criada a Direo Geral de Produo e Consumo,vinculada Secretaria dos Despachos da Industria e Comrcio, rgo encarregado deadministrar o estabelecido na Lei de Proteo ao Consumidor.No mbito civil, o titularpode obter uma reparao ou ressarcimento dos danos provocados pela prestao de umservio deficiente ou pela venda de um bem que apresente defeitos. Assim como opagamento de uma indenizao pela infrao cometida, pode-se iniciar uma ao civilindependente a ser iniciada na Direo Geral de Produo e Consumo.No mbito penal,se depois da anlise realizada na Direo Geral de Produo e Consumo se determinaque a infrao consiste em delito, a ao jurisdicional para a proteo dos direitos dosconsumidores, tal expediente ser remetido Fiscalizao Especial de Proteo aoConsumidor e Terceira Idade, vinculada ao Ministrio Pblico

    Panam A Lei n 29 de 1996 criou um organismo especial, denominado Comisso de LivreConcorrncia e Assuntos do Consumidor, como uma entidade pblica descentralizadado Estado, com personalidade jurdica prpria, autonomia em seu regime interno, eindependncia no exerccio de suas funes. A Comisso est sujeita a fiscalizao daControladoria Geral da Repblica, de acordo com a Constituio e as leis nacionais.

    Amrica do NorteMxico O artigo 20 da LFPC estabelece que a Procuradoria Federal do Consumidor um orga-

    nismo descentralizado de servio social com personalidade jurdica e patrimnio pr-prio. Tem funes de autoridade administrativa e est encarregada de promover e prote-ger os direitos e interesses do consumidor e procurar a equidade e segurana jurdicanas relaes entre fornecedores e consumidores. Seu funcionamento ser regido pelodisposto nesta lei, nos regulamentos desta lei e em seu estatuto;A Profeco conta comdelegaes. Neste sentido, o artigo 22 da LFPC estipula que A procuradoria se organi-zar de maneira descentralizada para o despacho dos assuntos a sua responsabilidade,com oficinas centrais, delegaes, subdelegaes e demais unidades administrativas queestime convenientes, nos termos que assinalem os regulamentos e seu estatuto. Final-mente, o artigo 4 da LFPC estabelece que So auxiliares na aplicao e vigilncia destalei as autoridades federais, estatais e municipais.

  • 48

    Quais os tipos de sanes a seremaplicadas pelos rgos de defesa doconsumidor nos mbitos administrativo,civil e penal?

    Argentina A autoridade nacional de aplicao da Lei n 24.240 possui a faculdade de sancionar osinfratores, no mbito administrativo. As sanes previstas so:a)Notificao; b)Multa de$500,00 a $500.000,00; at alcanar o triplo do lucro ou o benefcio ilegal obtido atravs dainfrao; c)Apreenso de mercadorias e produtos objeto da infrao. d)Interdio do esta-belecimento ou suspenso do servio afetado por at 30 dias. e)Suspenso de at 5 dias noregistro de fornecedores do Estado. f)A perda de concesses, privilgios e crditos especi-ais. Em todos os casos disponibilizar-se-, s custas do infrator, a publicao da resoluoadministrativa condenatria no dirio de maior circulao, na jurisdio na qual se cometeua infrao.

    Bolvia Na esfera administrativa as sanes aplicadas so advertncias e multas, dependendo dagravidade da infrao ou de sua competncia. Na esfera civil s aplicvel a responsabili-dade civil por descumprimento de obrigaes contratuais ou extracontratuais. Na esferapenal esto previstos: multa, recluso ou privao de liberdade dependendo da gravidadedo delito.

    Brasil As sanes administrativas esto dispostas no captulo VII, artigos. 55 a 60. As infraespenais, com suas respectivas sanes, no ttulo II, artigos. 61 a 80.

    Chile O SERNAC no aplica sanes administrativas. As sanes, consistentes em multas, soaplicadas pelos Tribunais de Justia. Em quanto responsabilidade civil dos fornecedoresse determina conjuntamente com a infrao, atravs de uma demanda civil apresentada peloconsumidor perante o Juizado respectivo.Am

    ric

    a do

    Sul

  • 49

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    Colmbia As sanes administrativas consistem em: multas e advertncias e as jurisdicionais em:efetividades de garantia, advertncia e multas.

    Equador A Defensoria do Povo no aplica sanes. As sanes s podem ser aplicadas atravs deum juzo da Intendncia Geral de Polcia e Delegacias. Os rgos de controle administrati-vo (Superintendncia de Bancos, Telecomunicaes, Conselho Nacional de Eletrificao,Conselho Nacional de Telecomunicaes) podem impor sanes administrativas que vodesde uma advertncia escrita at sanes pecunirias, conforme as normas especficas dosservios controlados (luz, gua, telefones, bancos). O artigo 70 da Lei de Defesa dos Con-sumidores prev multa, apreenso de bens e suspenso das atividades profissionais.

    Paraguai As sanes so do tipo administrativas, e so as seguintes:1-Proibio de exibio, circula-o, distribuio, transporte ou comercializao de produtos que infrinjam a lei, 2- ordenara apreenso de produtos, 3- ordenar a suspenso das atividades de pessoas ou entidades, 4-Interdio temporria de um estabelecimento, negcio ou instalao, 5- Aplicar multas, 6-Ordenar publicao de sentenas definitivas as custas do infrator,7- Intimar o infrator comvistas ao fiel cumprimento da deciso, e advertindo-o de que pode receber outras sanespor descumprimento, 8- Deixar sem efeito clusulas dispostas nos contratos.

    Peru A nvel administrativo se sanciona com advertncia ou com multa de at 100 UITs

    Uruguai As sanes so: aplicao de multa de 20 U.R (aproximadamente US$ 158) a 4.000 U.R.,confisco de mercadorias ou produtos quando possam apresentar algum risco para a sadeou segurana, interdio do estabelecimento comercial no caso de reincidncia de infraesgraves ou no caso de infrao muito grave pode ocorrer suspenso de at um ano de seuregistro no cadastro de fornecedores do Estado (as trs ltimas sanes s podem serresolvidas unicamente pelo Ministrio de Economia e Finanas, do qual depende a DireoGeral de Comrcio e que por sua vez, depende a ADECO).

    Guiana As sanes esto previstas no Direito Privado e Penal e nos Contratos.

  • 50

    Amrica CentralBelize A Comisso de Utilidades Pblicas pode impor ordens nos servios de utilidade pblica da

    maneira que considere apropriada; tais ordens podem ter a natureza de sanes administra-tivas ou civis.

    Costa Rica Em relao com este tema, temos:artigo 57 Sanes: a Comisso Nacional do Consumi-dor deve conhecer e sancionar as infraes administrativas cometidas em matria de consu-mo, estipuladas nesta lei, sem prejuzo da responsabilidade penal ou civil correspondente.Segundo a gravidade do ato, as infraes cometidas em prejuzo dos consumidores devemser sancionadas com multa do seguinte modo:a) De uma a dez vezes o menor salrio mni-mo mensal estabelecido na Lei de Pressuposto Ordinrio da Repblica, pelas infraesindicadas nos incisos d), e), f), j) e n) do artigo 31e artigo 35 desta lei.b) De dez a quarentavezes o menor salrio mnimo mensal fixado na Lei de Pressuposto Ordinrio da Repbli-ca, pelas infraes mencionadas nos incisos b), h), i), k), l) e m) do artigo 31 da presentelei.Deve ser aplicada o mximo da sano administrativa indicada no pargrafo anteriorquando, da infrao contra esta lei, ocorram danos para a sade, a segurana ou o meioambiente, que exeram um efeito adverso sobre os consumidores. (Assim reformado peloartigo 1, inciso c) da Lei n.7.854, de 14 de dezembro de 1998).As sanes em sedejudicial podem variar pois dependem do pedido e do montante da indenizao por danos eprejuzos que se espera determinar. Em sede penal os delitos contra a boa-f nos negcios:usura (artigo 236), Agiotagem (artigo 238) e Propaganda desleal (artigo 242), contam compena comutvel e se penaliza da seguinte maneira: de 06 meses a dois anos de priso ou de20 a 80 dias de multa, o primeiro; com pena de 06 meses a trs anos de priso ou de 30 a100 dias de multa a segunda; e de 30 a 100 dias de multa a terceira.No caso dos delitoscontra a propriedade, como a fraude (art 216), se penaliza com pena de priso variandosegundo o montante fraudado. Todo ato de engano ou manipulao ao oferecer um bem ouum servio uma conduta tipificada nos termos dos artigos 34, 37 e 41 da Lei 7472.

    El Salvador As sanes esto reguladas no Artigo 31 da lei:a) Quando a infrao for cometida pelaprimeira vez, o infrator ser repreendido por escrito.b) Quando a infrao for cometida pelasegunda vez, uma multa cujo montante ser de 1.000,00 at 100.000,00 ser imposta aoinfrator;c) Quando a infrao for cometida pela terceira vez, a multa ter o valor duplicadodo montante estabelecido na infrao anterior.Dependendo da natureza e gravidade do danoocasionado pelo infrator; o Ministrio dever publicar em qualquer meio de comunicao,o nome da empresa sancionada e os motivos pelos quais foi sancionada.

  • 51

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    Guatemala mbito administrativo, conforme artigo 69 da lei.

    Honduras Ver artigo 40 da Lei de Proteo ao Consumidor.

    Panam No mbito administrativo, a lei autoriza a imposio de multas de at dez mildlares (US$ 10.000,00).

    Amrica do NorteMxico No mbito administrativo: As sanes que se impem de acordo com a LFPC

    vo desde multas e interdies at a proibio de comercializar. As disposiesso as seguintes: Artigo 125: As infraes dispostas nessa lei sero sancionadaspela procuradoria. Artigo 126: As infraes dispostas nos artigos 8 bis, 11, 15, 16e demais disposies que no estejam expressamente mencionadas nos artigos127 e 128, sero sancionadas com multa de $150,00 a $480.000,00. Artigo 127:As infraes dispostas nos artigos 7 bis, 13, 17, 18 bis, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38,39, 40, 41, 42, 43, 45, 47, 48, 49, 50, 52, 53, 54, 55, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 66,67, 68, 69, 70, 72, 75, 77, 78, 79, 81, 82, 85, 86 quater, 87 bis, 90, 91, 93, 95 y113 sero sancionadas com multa de $300,00 a $960.000,00. Artigo 128: Asinfraes mencionadas nos artigos 7, 8, 10, 12, 44, 63, 63 bis, 63 ter, 63 quintus,65, 73, 73 bis, 73 ter, 74, 76 bis, 80, 86 bis, 87, 87 ter, 92, 92 ter, 98 bis y 121sero sancionadas com multa de $450,00 a $1.760.000,00. Artigo 128 bis.: Emcasos particularmente graves, a procuradoria poder sancionar com interdiototal ou parcial, que poder durar at 90 dias e aplicar multa de $90.000,00 a$2.520.000,00. No mbito civil os tribunais Judiciais Civis esto autorizadospara estabelecer a reparao de dano ao consumidor. No mbito penal os Tribu-nais Judiciais Penais impem penas de priso e multas (Cdigo Penal Federaldos Estados Unidos Mexicanos artigos 253 e 387 e correlativos dos estados).

  • 52

    Existem entidades civis ou quaisqueriniciativas no-governamentais deproteo do Direito do Consumidor ?

    Argentina Sim, a LDC no seu artigo 55 reconhece s associaes de consumidores, constitudas comopessoas jurdicas legitimadas para acionar, quando resultem objetivamente afetados ouameaados os interesses dos consumidores. Por outra parte, a mencionada normativa facul-ta s associaes de consumidores, reconhecidas como tais pela Autoridade de Aplicao, oprocessamento das reclamaes dos consumidores, sendo sua funo estritamente concilia-tria e extrajudicial. Os requisitos para obter o reconhecimento como associao de consu-midores no mbito nacional so:No participar de atividades poltico-partidrio.Ser inde-pendente de toda forma de atividade profissional, comercial e produtiva.No receberdoaes, aportes, contribuies de empresas comerciais, industriais ou fornecedoras deservios, privadas ou estatais, nacionais ou estrangeiras.Suas publicaes no poderoconter avisos publicitrios.

    Bolvia Existem Organizaes no Governamentais (ONGs) de proteo ao consumidor. Estas sopermitidas por lei sempre que no tenham fins lucrativos.

    Brasil Sim. Dentre as Associaes no Governamentais que cuidam da defesa do consumidordestacam-se a Associao Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), o Frum Nacio-nal das Entidades Civis de Defesa do Consumidor, Instituto Brasileiro de Defesa do Consu-midor (Idec) e o Instituto Brasileiro de Poltica e Direito do Consumidor (Brasilcon).

    Chile Sim, existem numerosas agrupaes de natureza funcional e territorial que possuem dentreos seus fins a proteo, a educao ou informao aos consumidores, se bem que apenasduas dentre elas constituram-se formalmente mediante o procedimento contemplado pelaLei n 19.496. Estas organizaes so Odecu e Conadecus.Am

    ric

    a do

    Sul

  • 53

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    Colmbia Sim, a Confederacin Colombiana de Consumidores, as Ligas de Consumidores e aAsociacin de Consumidores Colombia (Coco).

    Equador Sim, existem associaes de consumidores, como por exemplo a Tribuna Equatoriana deConsumidores e Usurios.

    Paraguai Sim, no Paraguai existem quatro Associaes de Consumidores e nove entidades civis nogovernamentais que atuam na rea de defesa do consumidor.

    Peru Existem quatro associaes de consumidores inscritas no Indecopi.

    Uruguai Existem organizaes de consumidores e associaes civis.

    Guiana Sim.

    Amrica CentralBelize Segundo nos consta, no existem entidades do gnero.

    Costa Rica Sim, o MEIC tem promovido a formao de organizaes de consumidores desde 1996, eatualmente esto registradas 82 entidades civis de defesa do consumidor. Assim mesmo,com o fim de lhes outorgar uma representatividade na discusso de temas nacionais, secriou a Federao Nacional de Organizaes de Consumidores e Usurios.

    El Salvador Existe somente uma: O Centro para a Defesa do Consumidor (CDC), criado em 1991, uma associao sem fins lucrativos, com personalidade jurdica concedida em 1992 quepromove a proteo e defesa dos direitos dos consumidores, particularmente aqueles debaixa renda com difcil acesso a bens e servios pblicos de qualidade.

    Guatemala Sim, as Organizaes de Consumidores e Usurios (ONGs), conforme os artigos 6 a 13 da lei.

    Honduras Sim. Em nosso pas existe unicamente uma organizao de proteo aos direitos dos consu-midores, denominada Comit para a Defesa do Consumidor Hondurenho com personalida-de jurdica n 02096.

  • 54

    Panam A Lei n 29 de 1996 promove a criao deAssociaes de Consumidores que devem seracreditadas ante a CLICAC, ademais de queeste ente Estatal regula e supervisa suasatuaes.

    Amrica do NorteMxico Sim, Mxico conta com diversas organiza-

    es de consumidores. A Profeco registracerca de 15. Cabe ressaltar que a Profeco, pormandato da LFPC, tem a atribuio defoment-las. O artigo 34 frao XVIII daLFPC estipula entre suas atribuies ...Promover e apoiar a constituio de organiza-es de consumidores, proporcionando-lhescapacitao e assistncia....

  • 55

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    LE

    ST

    RU

    TU

    RA

    DIS

    PO

    NV

    EL

    ES

    TR

    UT

    UR

    A D

    ISP

    ON

    VE

    L

    O governo de seu pas apia dealguma forma essas entidades ?Quais e de que forma?

    Amrica do SulArgentina Sim, mediante um apoio financeiro para as despesas previstas no oramento nacional. 25%

    do oramento anual destinado a essas entidades destinado ao apoio institucional emfuno das atividades desempenhadas e 75% so destinados para financiar projetos espec-ficos.

    Bolvia

    Brasil A relao que existe entre o DPDC e as entidades civis de defesa do consumidor se fazpresente nestes dois incisos do artigo 106 do CDC: II - receber, analisar, avaliar e encami-nhar consultas, denncias ou sugestes apresentadas por entidades representativas o