atividades 6° ano - contos e tirinhas

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LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

Coordenadoria de Educao

EDUARDO PAES PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CLAUDIA COSTIN SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO REGINA HELENA DINIZ BOMENY SUBSECRETARIA DE ENSINO MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS COORDENADORIA DE EDUCAO MARIA DE FTIMA CUNHA MARIA SOCORRO RAMOS DE SOUZA COORDENADORIA TCNICA MARIA TERESA TEDESCO CONSULTORIA RENATA RAMOS SADER ELABORAO LEILA CUNHA DE OLIVEIRA MARIA ALICE OLIVEIRA DA SILVA SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA REVISO CARLA DA ROCHA FARIA LETICIA CARVALHO MONTEIRO MARIA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA DIAGRAMAO BEATRIZ ALVES DOS SANTOS MARIA DE FTIMA CUNHA DESIGN GRFICO

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Prezado/a Estudante, Voc est recebendo o seu II Material Pedaggico para o estudo em Lngua Portuguesa, neste ano de 2011.

Vamos continuar a identificar as caractersticas de uma narrativa, com uma novidade: teremos ao, suspense e uma dose de humor. Este material pedaggico inicia-se com um conto de fadas, gnero que voc j conhece bem, e introduz a aventura, vivida num cenrio similar ao da protagonista, mas com desafios bastante diferentes. A partir da, voc conhecer um pouco de alguns clssicos da literatura: As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain; Robinson Cruso, de Daniel Defoe; Viagem ao centro da Terra, de Jlio Verne. Voc poder procurar o livro que preferir na sala de leitura de sua escola e viver, com os personagens, as mais diversas experincias. Todos estes livros tambm esto disponveis em filmes. mais uma opo! Mas, ateno! Alguns filmes recriam a obra original do autor, como Viagens de Gulliver, sugerido neste material. Por isso, sempre bom reservar um tempo para a leitura. Voc ter opes de leitura para este e os prximos bimestres de 2011. Aventure-se! No I Material Pedaggico deste ano, voc iniciou o estudo das classes gramaticais substantivo e adjetivo. Agora, voc reconhecer a funo do pronome em nossa lngua. Vamos estudar, tambm, a importncia da pontuao para o entendimento de uma mensagem. Leia, atentamente, os textos, responda s questes propostas, consulte seu/sua Professor/a para esclarecer suas dvidas e... ESCOLHA UM LIVRO PARA A SUA LEITURA! BOM PERCURSO... NA TRILHA DA AVENTURA! Renata Ramos Sader E/SUBE/CED As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift;

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NA TRILHA DA AVENTURA, voc ser conduzido a experimentar o universo vivido por personagens humanos como ns, que se lanaram a viagens desafiadoras sem temer abandonar a rotina em que viviam.

No 1 bimestre, voc embarcou no universo das fbulas e contos de fadas. Vamos iniciar, ento, com a leitura de Rapunzel, conto de fadas que foi inspirao para o filme Enrolados, uma trama repleta de aventuras.

Agora, voc far uma leitura silenciosa de uma verso de Rapunzel entre as muitas que existem contida no livro Contos de Andersen, Grimm e Perrault, de Maurcio de Sousa.

Glossrio: compilado reunido (compilar: reunir textos sobre determinado assunto)

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Fonte: http://pt.wikipedia.org

No livro Contos de fadas: de Perrault, Grimm, Andersen & outros, apresentao de Ana Maria Machado e traduo de Maria Luiza X. de A. Borges, sugerido para leitura no I Material Pedaggico, voc encontrar uma verso mais completa do conto. Compare com a verso que ser apresentada a seguir.

Rapunzel um conto de fadas compilado no livro Contos para a infncia e para o lar, dos Irmos Grimm. Nascidos na Alemanha, os Irmos Grimm dedicaram a sua vida ao registro de histrias infantis e, assim, alcanaram fama e notoriedade. Alm das histrias que at hoje fazem parte do imaginrio dos pequenos e adultos, os Irmos Grimm contriburam para a lngua alem com um dicionrio, desenvolvendo um estudo aprofundado da lngua e do folclore popular local.

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TEXTO 1

fundos da sua casa, podia avistar um magnfico jardim com as mais lindas flores e as mais viosas hortalias. O jardim era cercado por um muro bem alto, que ningum se atrevia a escalar. Aquela propriedade pertencia a uma bruxa muito temida e poderosa. Um dia, espiando pela janelinha, a mulher avistou um canteiro com belos rabanetes de folhas verdes e fresquinhas e sentiu um enorme desejo de prov-

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Era uma vez uma mulher que estava grvida e, por uma janelinha, nos

los. Como a cada dia seu desejo aumentava, ela foi ficando triste, abatida e adoentada. A mulher, ento, comentou com o marido: Se eu no comer um rabanete do jardim da bruxa, vou morrer de tanta vontade! O marido, que a amava muito, comeou a pensar numa maneira de conseguir pegar alguns daqueles rabanetes, a qualquer custo. Ao anoitecer, ele pulou para o quintal vizinho, arrancou um punhado de rabanetes e levou para a mulher, que preparou uma bela salada. Ela achou os rabanetes to gostosos, que, no dia seguinte, seu desejo ficou ainda mais forte. Para sosseg-la, o marido prometeu que iria buscar mais um pouco. Quando a noite chegou, o homem pulou novamente o muro, mas levou um tremendo susto, porque em p, diante dele, estava a bruxa. Ele tentou se explicar: Desculpe, minha senhora. S fiz isso porque minha mulher est grvida e com uma enorme vontade de provar os seus rabanetes.

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nascer. Cuidarei dele como se fosse meu e nada lhe faltar concluiu a bruxa. O homem estava to apavorado, que concordou com a bruxa. Pouco tempo depois, a mulher deu luz uma menina. Ento, a bruxa apareceu, deu criana o nome de Rapunzel e a levou embora. Rapunzel cresceu e se tornou uma linda garotinha. Quando fez doze anos, a bruxa a trancou no alto de uma torre, no meio de uma floresta. Na torre no havia escada nem porta, apenas uma janelinha. Quando a velha bruxa desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava: Rapunzel! Rapunzel! Jogue suas tranas! Ento, Rapunzel abria a janela, desenrolava as tranas e jogava-as para fora. As tranas caam e, por elas, a bruxa subia como se fossem cordas. Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e, passando perto da torre, ouviu um canto maravilhoso. Era Rapunzel, que cantava para espantar a solido. O prncipe procurou uma porta para subir ao alto da torre, mas no encontrou e acabou desistindo. S que o prncipe no conseguia esquecer aquele canto, e todos os dias voltava floresta para ouvi-lo. Certa vez, quando o prncipe estava ali, escondido atrs de uma rvore, viu a bruxa se aproximar da torre e gritar: Rapunzel! Rapunzel! Jogue suas tranas!

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Se assim, deixo voc levar quantos rabanetes quiser, mas com uma condio: ir me dar seu filho quando

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Vendo a bruxa subir pelas tranas, ele pensou: Ento essa a escada que me levar dona de to encantadora voz... No dia seguinte, quando escureceu, o prncipe se aproximou da torre e parou embaixo da janela. Rapunzel! Rapunzel! Jogue suas tranas! gritou ele. As tranas caram pela janela e ele subiu. Rapunzel ficou assustada ao v-lo entrar, mas o prncipe contou como ela havia tocado o corao dele com a sua voz. A bela garota percebeu que o amor do prncipe era sincero. E, quando perguntou se queria casar com ele, ela respondeu: Sim, quero ir com voc! S que, para eu descer, vou precisar que voc traga um pouco de seda sempre que vier me ver. Com ela tranarei uma escada. E assim foi, at que, um dia, sem querer, Rapunzel perguntou velha bruxa: LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Por que ser que mais difcil sustentar a senhora em meus cabelos do que o prncipe? Coordenadoria de Educao

Furiosa, a bruxa agarrou as belas tranas de Rapunzel e as cortou. Depois, a malvada levou a jovem para um deserto para que sofresse mais ainda com a solido. Na tarde do mesmo dia, a bruxa prendeu as longas tranas na janela e ficou aguardando a chegada do prncipe. Quando o jovem chamou por Rapunzel, a bruxa deixou as tranas carem e ficou esperando. Ao entrar, o pobre rapaz no encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrvel bruxa. Ah! Voc veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha no est mais no ninho, nem canta mais! E agora vou acertar as contas com voc, atrevido! Ao ouvir isso, o prncipe, desesperado, atirou-se pela janela. O jovem no morreu, mas machucou os olhos e no pde enxergar mais. Ele vagou perdido pela floresta,abckids.com.br

lamentando e chorando a perda de sua amada.

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SOUSA, Maurcio de. Contos de Andersen, Grimm e Perrault. So Paulo: Girassol, 2008.

I COMPREENSO DO TEXTO Responda s questes abaixo sobre o conto de fadas Rapunzel. 1. Por que o marido da mulher grvida arrancou um punhado de rabanetes do quintal vizinho? ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 2. Em troca da permisso concedida ao homem para levar os rabanetes, a bruxa fez uma exigncia. Qual? ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 3. O que aconteceu mulher assim que deu luz? ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 4. O que chamou a ateno do prncipe, quando estava cavalgando pela floresta? ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________

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Depois de alguns anos percorrendo o mundo em busca de sua amada Rapunzel, ele chegou ao deserto onde ela vivia. Ouvindo um canto que lhe pareceu familiar, o prncipe caminhou na direo de Rapunzel, que logo o reconheceu e se atirou nos braos dele, chorando. Duas lgrimas de Rapunzel caram nos olhos dele e, de repente, o jovem recuperou a viso. Muito feliz, o prncipe levou Rapunzel para o seu reino, onde foram recebidos com grande alegria e, finalmente, puderam se casar.

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5. Qual foi a estratgia usada pelo prncipe para conhecer a moradora da torre? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

6. Qual foi a reao de Rapunzel, ao descobrir que um prncipe subira por suas tranas? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

7. Retire do texto o trecho que revela o momento em que a bruxa descobriu que Rapunzel recebia a visita do prncipe. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

8. O que a bruxa fez com Rapunzel para impedi-la de reencontrar o prncipe? ________________________________________________________________________________________________ 9. Releia o seguinte trecho, retirado do conto de fadas Rapunzel. Na tarde do mesmo dia, a bruxa prendeu as longas tranas na janela e ficou aguardando a chegada do prncipe. Quando a jovem chamou por Rapunzel, a bruxa deixou as tranas carem e ficou esperando. Ao entrar, o pobre rapaz no encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrvel bruxa. Ah! Voc veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha no est mais no ninho, nem canta mais! E agora vou acertar as contas com voc, atrevido! Indique o propsito comunicativo dos seguintes trechos da fala da bruxa ao encontrar o prncipe: a) Ah! Voc veio buscar sua amada? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

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b) Pois a avezinha no est mais no ninho, nem canta mais! _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 11. O prncipe ficou to desesperado com a ameaa da bruxa que se atirou pela janela? Qual foi a consequncia desta atitude? _______________________________________________________________________________________________ Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

Narrativa o relato de um episdio, real ou fictcio, ocorrido num determinado tempo e espao, com personagens especficos.afugadocaracol.com

O texto narrativo apresenta uma estrutura: situao Inicial, complicao, clmax e desfecho. So elementos do texto narrativo: narrador, enredo, personagens, espao e tempo.

Consulte o material pedaggico do 1 Bimestre.

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II ESTRUTURA DA NARRATIVA 1. Identifique os quatro grandes estgios do conto Rapunzel: Coordenadoria de Educaoabckids.com.br

ESTRUTURA DA NARRATIVA

TRECHOS DE RAPUNZEL

Situao Inicial o narrador explica algumas circunstncias da histria. Apresenta a poca, o local e os personagens narrativa. que participam da

Complicao fase em que se inicia o conflito entre personagens. Clmax momento de maior tenso, estgio em que o conflito entre os personagens centrais chegam a um ponto tal que no mais possvel adiar o desfecho. Desfecho soluo de um ou mais conflitos apresentados na narrativa.

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2. Identifique os ELEMENTOS DA NARRATIVA:

Personagens especficos. Tempo narrativa.

seres

que

atuam no enredo com traos

poca

em

que

aconteceram os episdios da LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

Espao local onde o enredo acontece. Enredo conjunto de episdios queportalsaofrancisco.com.br

se

encadeiam,

num

determinado tempo e ambiente, motivados por conflitos. Foco Narrativo posio

tomada pelo narrador ao contar uma histria.

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ELEMENTOS DA NARRATIVA

CONTO DE FADAS RAPUNZEL

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O cinema estreou, recentemente, o filme Enrolados. A narrativa inspirada em Rapunzel, o conto de fadas que voc acabou de ler e analisar. No entanto, o enredo outro. Mantendo alguns dos elementos principais do conto dos irmos Grimm, "Enrolados" insere mais ao e aventura trama. Rapunzel uma princesa recm-nascida que, por conta de sua me ter comido uma planta mgica, adquiriu poderes em seus cabelos. raptada e mantida numa torre sem acesso, at o dia em que um ladro que foge de seus comparsas com a coroa do reino acaba encontrando a garota. Flynn Ryder, ladro e galanteador, figura masculina que no apresenta os requisitos do clssico prncipe encantado, vai ganhando espao, at se tornar o dono do corao da jovem encantadora. Um filme onde podemos encontrar aventura, emoo, romantismo, humor e... cabelos! As canes complementam o desenrolar dos fatos, encantando e divertindo.

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Oua esta msica em seu laboratrio de informtica, acessando a internet. Acompanhe a letra e... solte sua voz! TEXTO 2http://www.vagalume.com.br/disney/enrolados-quando-minha-vida-vai-comecar-reprise.html

QUANDO MINHA VIDA VAI COMEAR? At que enfim chegou a minha hora O mundo est to perto Eu preciso ousar Mas se tiver de ser Tem que ser agora Ser? No! L vou eu Tocar a grama, a terra Do jeito que pensei Sentir o sopro da brisa Tal como imaginei Completamente livre Como sempre sonhei Sair andando, correndo Danando, em frente Pulando, cabelos voando Soltando, alisando e enrolando E enfim declarando Minha vida comea aqui

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A cano Quando minha vida vai comear? registra o incio do ciclo de aventuras que a protagonista ir vivenciar. E, neste momento, ela oscila entre a vida na torre e um mundo novo. Afinal, a bruxa sempre a convenceu de que o mundo egosta, cruel e sombrio.

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Agora, responda s questes propostas. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

2. Qual o sentido da expresso at que enfim, no primeiro verso? ___________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

3. Que verso expressa a deciso tomada pelo eu potico? __________________________________________________________________________________________

4. Como se estruturam as duas ltimas estrofes? ___________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 5. Por que voc acha que a princesa declara no ltimo verso Minha vida comea aqui.? ___________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

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1. Retire, da msica, os versos que comprovam que o eu potico exita em ousar ser livre. ___________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________

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TEXTO 3 VEJO ENFIM A LUZ BRILHAR Rapunzel: Tantos dias olhando da janela Tantos anos presa sem saber Tanto tempo nunca percebendo Como tentei no ver? Mas aqui, a luz das estrelas Bem aqui, vejo o meu lugar Sim, aqui consigo sentir Estou onde devo estar Vejo enfim a luz brilhar J passou o nevoeiro Vejo enfim a luz brilhar Para o alto me conduz E ela pode transformar de uma vez o mundo inteiro Tudo novo pois agora eu vejo voc a luz

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http://www.vagalume.com.br/disney/enrolados-quando-minha-vida-vai-comecar-reprise.html

Rapunzel e Flynn: Vejo enfim a luz brilhar Flynn: J passou o nevoeiro Rapunzel e Flynn: Vejo enfim a luz brilhar Rapunzel: Para o alto me conduz Rapunzel e Flynn: E ela pode transformar de uma vez o mundo inteiro Tudo novo pois agora eu vejo voc a luz voc a luz

LEITURA Com a turma dividida em dois grupos, meninas e meninos, vamos acompanhar a cano. Quando estiver indicado Rapunzel, todas as meninas da turma cantam e, quando estiver indicado Flynn, a vez dos meninos. Ateno: h alguns momentos em que meninos e meninas devero cantar juntos. Vamos l! Vamos ver se vocs conseguem manter o ritmo. Ensaiem, primeiro, ao som da cano.

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Flynn: Tantos dias, sonhando acordado Tantos anos, vivendo a vida em vo Tanto tempo nunca enxergando as coisas do jeito que so Ela, aqui, luz das estrelas Com ela aqui, vejo quem eu sou Ela que me faz sentir que eu sei pra onde vou

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No filme Enrolados, produzido por Walt Disney, h uma cena em que Rapunzel e Flynn assistem, em um barco, ao lanamento de centenas de lanternas luminosas. a realizao do sonho de Rapunzel. E quando um sonho se realiza... o momento de sonhar outro. Muitas aventuras antecedem a cena final do filme. Leia a msica cantada num cenrio mgico por dois personagens que descobrem, juntos, sua identidade. Oua em seu laboratrio de informtica, acessando a internet.

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Voc lembra que, em um conto de fadas, h sempre um elemento de transformao da situao inicial para a situao final do conto? Em Rapunzel, o elemento de transformao a lgrima da princesa que salva o prncipe da cegueira. E em Enrolados? Qual(is) (so) o(s) elemento(s) de transformao? ________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ A msica abaixo o Encanto da cura. Ela vai ajudar voc a responder questo proposta. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

http://www.vagalume.com.br/disney/enrolados-quando-minha-vida-vai-comecar-reprise.html

TEXTO 4 ENCANTO DA CURADisney

Brilha, linda flor Teu poder venceu Trs de volta j o que uma vez foi meu Cura o que se feriu Salva o que se perdeu Trs de volta j o que uma vez foi meu Uma vez foi meu

O desfecho de Enrolados surpreendente e mantm a plateia atenta, em clima de suspense. Flynn resistir aos ferimentos? Como salv-lo?

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____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

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Assista ao filme sugerido e compare o clssico da Disney e Rapunzel, o conto dos irmos Grimm. Escolha um conto de fadas trabalhado no I Material Pedaggico ou outro que voc j tenha lido e faa o mesmo que Enrolados. Use a sua criatividade e construa, aqui, uma histria de aventura para os personagens do conto escolhido.

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Voc sabia que tambm podemos narrar por meio de uma HISTRIA EM QUADRINHOS? As famosas HQs, que tanto nos divertem em jornais, revistas ou gibis, caracterizam-se, principalmente, pela articulao entre elementos das linguagens verbal (lngua escrita, nos bales) e no verbal (imagens, cores), apresentados numa sequncia de quadrinhos. O texto 5 faz uma pardia de uma cena do conto Rapunzel. Pardia a recriao de um texto j existente. Vamos leitura e, a seguir, responda s questes propostas. TEXTO 5

______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 2. Qual o sentido da expresso Pronto, meu amor!? ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 3. Qual o efeito de sentido das reticncias no ltimo quadrinho? ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________

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1. Compare a expresso de Rapunzel no segundo e ltimo quadrinho. Por que h alterao?

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A histria em quadrinhos abaixo apresenta uma sequncia de imagens, mas no h texto escrito.

a) quanto inteno do prncipe: _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ b) quanto estrutura; _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ 2. No primeiro quadrinho, a fala do prncipe representada por uma trana. Com base no conto de fadas, o que ele estaria falando? _____________________________________________ _____________________________________________

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TEXTO 6

1. Compare esta histria em quadrinhos com o conto de fadas Rapunzel

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Voltando ao texto da pgina anterior: o que aconteceu com a princesa aps o ltimo quadrinho? Use sua criatividade e capriche nas ilustraes! Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Continue, aqui, esta histria em quadrinhos.

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No I Material Pedaggico, voc aprendeu que as palavras em Lngua Portuguesa so classificadas de acordo com as funes exercidas dentro de um contexto. Voc estudou duas importantes classes de palavras: o SUBSTANTIVO e o ADJETIVO. SUBSTANTIVO palavra com que designamos ou nomeamos: a) seres em geral, animados ou inanimados, visveis ou no; b) aes, estados, sentimentos, desejos. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

ADJETIVO essencialmente um qualificador do substantivo. O adjetivo utilizado para caracterizar os seres, os objetos ou as noes substantivas.

Vamos conhecer a funo de outra classe de palavras: os PRONOMES. Assim como os substantivos, os PRONOMES fazem referncia aos seres, aes, estados, sentimentos que nos rodeiam. PRONOME a palavra que substitui ou acompanha um substantivo. Voltemos ao conto de fadas Rapunzel. Um dia, espiando pela janelinha, a mulher avistou um canteiro com belos rabanetes de folhas verdes e fresquinhas e sentiu um enorme desejo de prov-los. Como a cada dia seu desejo aumentava, ela foi ficando triste, abatida e adoentada. A mulher, ento, comentou com o marido: Se eu no comer um rabanete do jardim da bruxa, vou morrer de tanta vontade! (2 a 4 pargrafos) O substantivo mulher, neste trecho, aparece repetido duas vezes. No entanto, as palavras ela e eu substituem mulher. A palavra seu, que acompanha outro substantivo, desejo, refere-se mulher. Eles so chamados PRONOMES. Leia como seria escrito o mesmo trecho, se os pronomes no existissem.

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Os pronomes nos ajudam a evitar repeties tanto na fala quanto na escrita. Existem trs pessoas gramaticais ou pessoas do discurso: 1 pessoa: a pessoa que fala; 2 pessoa: a pessoa com quem se fala; 3 pessoa: a pessoa de quem se fala.

Visite o site da Educopdia. Selecione a aula de n 16: Variantes Lngusticas Sociais Uso de Pronomes.

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Um dia, espiando pela janelinha, a mulher avistou um canteiro com belos rabanetes de folhas verdes e fresquinhas e sentiu um enorme desejo de prov-los. Como a cada dia o desejo da mulher aumentava, a mulher foi ficando triste, abatida e adoentada. A mulher, ento, comentou com o marido: Se a mulher no comer um rabanete do jardim da bruxa, morre de tanta vontade!

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O pronome pode assumir algumas funes nas frases. Veja, abaixo, essas funes.

Se eu no comer um rabanete do jardim da bruxa, vou morrer de tanta vontade! (4 pargrafo) mulher Um dia, espiando pela janelinha, a mulher avistou um canteiro com belos rabanetes de folhas verdes e fresquinhas e sentiu um enorme desejo de prov-los. (2 pargrafo) rabanetes

Como a cada dia seu desejo aumentava, ela foi ficando triste, abatida e adoentada. (3 pargrafo) Indicar

posio de algo em relao s pessoas do discurso: Ento essa a escada que me levar dona de to encantadora voz... (19 pargrafo) Retomar um termo expresso anteriormente: Era uma vez uma mulher que estava grvida e, ... (1 pargrafo) Referir-se 3 pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genrico, representando pessoas, coisas e lugares: O jardim era cercado por um muro bem alto, que ningum se atrevia a escalar. (1 pargrafo) Formular

perguntas direta ou indireta: Quem ousaria invadir a propriedade da bruxa?

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Fazer referncia s pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo:

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Indicar uma das trs pessoas do discurso, substituindo um substantivo:

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Agora, a sua vez! Volte ao conto de fadas Rapunzel, numere os pargrafos e identifique a que termo os pronomes destacados fazem referncia. a) Ela achou os rabanetes to gostosos, que no dia seguinte seu desejo ficou ainda mais forte. (6 pargrafo) ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ b) S fiz isso porque minha mulher est grvida e com uma enorme vontade de provar os seus rabanetes. (8 pargrafo) LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ c) Sim, quero ir com voc! (23 pargrafo) ________________________________________________________________________________________________ d) Furiosa, a bruxa agarrou as belas tranas de Rapunzel e as cortou. (26 pargrafo) ________________________________________________________________________________________________ e) Ouvindo um canto que lhe pareceu familiar, o prncipe caminhou na direo de Rapunzel, que logo o reconheceu e se atirou nos braos dele, chorando. (33 pargrafo) ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Coordenadoria de Educao

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Como voc j aprendeu, a funo de um pronome em nossa lngua, vamos leitura de um poema, cujo ttulo bastante sugestivo Sinfonia dos pronomes, publicado numa campanha destinada divulgao de poesias.

SINFONIA DOS PRONOMES s vezes estou eu. Outras com ele ou elas. Ficamos ns. O tempo passa... Canso-me! Quero retornar a ser s. Aprendi a ser s. Canso-me de ns. Enfim, outros se cansam de mim. crculo, roda, mstico, realstico. Canso de ns. Outros se cansam de mim. E a roda vai girando, circulando, cansando, Alegrando, alterando, dando canseira, cansao! Ao rever as amizades, a felicidade me invade! ELAS! NS! VS! ELA! ELES! ELE! VOC E EU! Encontros, desencontros, reencontros... At a voltar a estar s. Querer ser s! Querer ser s Para me inspirar, pintar, poetizar, descansar E com Deus sintonizar. Querer ser s, Para fazer minhas coisas e deixar voc fazer as suas! a sinfonia dos nomes sem nomes. OS PRONOMES. Por fim quero fugir de ns. No posso fugir de mim. No posso ser voc ou ela! Olho pelas janelas dos olhos, vejo vocs e me isolo. Meu corpo a cela que me trancafia. Minha alma mista de tortura e alegria. Sendo eu, sou s comigo e com minha poesia!Enviada por Salva Sado, de Campinas.http://www.itu.com.br/conteudo/detalhe.asp?cod_conteudo=20528&adm=1. Em 20/03/2011

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TEXTO 7

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1. Acompanhe a definio de sinfonia e associe-a ao poema. Sinfonia uma composio musical longa para ser tocada por orquestras, geralmente dividida em vrios "movimentos". ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ 2. Qual o efeito de sentido a das reticncias no terceiro verso O tempo passa... __________________________________________________________________________________________________ b do ponto de exclamao no quarto verso Canso-me! __________________________________________________________________________________________________ 3. Retire do poema os versos em que o eu potico revela o porqu de querer ser s . ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ 4. Explique o sentido dos versos: a - Meu corpo a cela que me trancafia. __________________________________________________________________________________________________ b - Minha alma mista de tortura e alegria. __________________________________________________________________________________________________ 5. Por que o eu potico afirma que os pronomes so nomes sem nomes? __________________________________________________________________________________________________ LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Coordenadoria de Educaohttp://lazer.hsw.uol.com.br/sinfonia.htm

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Voc observou que Rapunzel e Flynn, em Enrolados, viveram algumas aventuras. Mas, em que consiste uma NARRATIVA DE AVENTURA? O protagonista de uma narrativa de aventura, normalmente, um valente heri que vive as mais surpreendentes situaes. O aventureiro no se abate diante dos sucessivos desafios e envolve-se numa sequncia de peripcias para escapar do perigo. A ao um elemento fundamental da narrativa de aventura.

VOC J OUVIU FALAR EM PEDRO MALASARTES? LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Malasartes um personagem tradicional nos contos populares, exemplo de trapaceiro invencvel e astucioso. Vamos ler um texto, retirado do livro As Aventuras de Pedro Malasartes, de Jlio Emlio Brs.americanas.com.br

TEXTO 8 A PANELA MGICA

Malasartes no perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar custa da ingenuidade ou da esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rpido. Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixo, comprou uma panelinha (e de vez em quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida. Pouco depois, acampado no meio do mato, l estava ele cozinhando seu almoo, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada. Um deles acenou para ele. O cheiro est muito bom, moo comentou o tropeiro. Tem pra mais um a? Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu: Como no? Chegue mais perto, viajante!

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Visite o site da Educopdia. Selecione a aula de n 12: Narrativas de suspense e aventura caractersticas e temticas.

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Mas como que voc consegue? espantou-se um deles. Ningum consegue cozinhar sem fogo... Malasartes, muito cndida, mas falsamente, explicou que aquela panela era mgica. Claro, de incio ningum acreditou, mas, como o ensopado continuava a ferver dentro da panela, as dvidas comearam a aparecer. Ser que mesmo? Voc no quer vend-la? perguntou um deles. Ns pagamos mais! ajuntou um dos tropeiros. No sei, no. Eu a comprei faz tempo e numa cidade longe daqui. Nem sei se poderei comprar outra. A gente vai lhe dar dinheiro suficiente para comprar outra... garantiu um terceiro. Malasartes encarou-os. Mesmo? Com certeza e os tropeiros se consultaram e, mais do que depressa, o dinheiro foi rapidamente retirado dos bolsos e amontoado na mo de um deles. Isto o bastante? Eu acho... Antes que Malasartes dissesse qualquer coisa, os tropeiros ofereceram um de seus cavalos. Est bem Malasartes finalmente concordou, acrescentando: Acho que, com o cavalo, minha viagem ser mais curta e eu consigo comprar outra panelinha. E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que s mais tarde descobriram que haviam sido enganados.BRS, Jlio Emlio. As aventuras de Pedro Malasartes. So Paulo: Cortez, 2004.

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Ah, no respondeu Malasartes. Eu paguei bem caro por ela e ...

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Enquanto os tropeiros desmontavam e se aproximavam, apressou-se em cavar um buraco e empurrou para dentro todas as brasas e ties, cobrindo tudo com a terra. Em seguida, colocou por cima a panela que servia, o cheiro do ensopado espalhando-se convidativamente em todas as direes. Os tropeiros ficaram espantados ao ver a panela fervendo sem fogo algum.

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Responda s questes abaixo, a partir da leitura do texto A panela mgica. 1. Qual o plano arquitetado por Malasartes ao avistar um grupo de tropeiros passando pela estrada? Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 2. Por que os tropeiros acreditaram que aquela verdadeiramente era uma panela mgica? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 3. No trecho Isto o bastante?, o pronome isto substitui que termo no texto? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 4. Identifique os elementos da narrativa A panela mgica.

Personagem Tempo Espaoalessandraerafael.blogspot.com

Enredo

Foco narrativo

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VOC LEMBRA? Narrador aquele que conta a histria.

Para que o leitor conhea os pensamentos e as palavras ditas pelos personagens, o narrador dispe do:

a) DISCURSO DIRETO reproduz a fala dos personagens, tal como foi dito. No discurso direto, conhecemos os personagens por meio de suas prprias palavras. Ns pagamos mais! ajuntou um dos tropeiros. No sei no. Eu a comprei faz tempo e numa cidade longe daqui. Nem sei se poderei comprar outra. (13 e 14 pargrafos) b) DISCURSO INDIRETO o narrador funciona como testemunha dos fatos e transmite ao leitor o que foi dito pelos personagens, sem a preocupao com as palavras e estrutura lingustica utilizadas. O trecho destacado acima, utilizando o discurso indireto, poderia ser escrito assim: Um dos tropeiros disse que poderiam pagar mais. Malasartes, no entanto, ficou em dvida. Revelou que havia comprado aquela panela numa cidade distante e que no sabia se poderia comprar outra. A lngua oral apresenta um conjunto de caractersticas entonao, pausas, melodia, silncios que so representados por meio de recursos visuais especficos os SINAIS DE PONTUAO. Os sinais de pontuao servem para estruturar as frases e dar-lhes sentido. Conferem ritmo e sentido ao que se deseja transmitir. LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

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Vamos sistematizar algumas noes sobre pontuao, exemplificando com trechos do texto A Panela Mgica! Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

PONTO ( . ) Usado para indicar o final de uma frase declarativa. Malasartes no perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar custa da ingenuidade ou da esperteza dos outros. (1 pargrafo)

DOIS PONTOS ( : ) e TRAVESSO () So utilizados na reproduo de dilogos. Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu: Como no? Chegue mais perto, viajante! (4 e 5 pargrafos) Neste trecho, os dois pontos foram utilizados para indicar que ser iniciada a fala de um personagem e o travesso () para dar incio a fala do personagem. J no trecho: Ser que mesmo? Voc no quer vend-la? perguntou um deles. (10 e 11 pargrafos) O uso de travesso no incio do pargrafo indica a mudana de interlocutor no dilogo.

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PONTO DE EXCLAMAO ( ! ) Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Um sinal de pontuao que enfatiza as seguintes emoes: surpresa, espanto, arrebatamento, entusiasmo, clera, dor. Ns pagamos mais! ajuntou um dos tropeiros. (13 pargrafo) Neste caso, sugere convico.

PONTO DE INTERROGAO ( ? ) usado para fazer perguntas. Ser que mesmo?(10 pargrafo)

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PARNTESES ( ( ) ) Os parnteses se interpem num texto para adicionar informao, normalmente explicativa. Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixo, comprou uma panelinha (e de vez em quando ele adquiria as coisas da maneira mais convencional) para fazer comida. (2 pargrafo)

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VRGULA ( , ) a) usada para marcar uma pausa do enunciado. O cheiro est muito bom, moo comentou o tropeiro. (3 pargrafo) b) Para isolar o interlocutor com o qual falamos. Pouco depois, acampado no meio do mato, l estava ele cozinhando seu almoo, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada. Um deles acenou para ele. c) Para isolar a expresso que indica lugar e tempo. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

RETICNCIAS ( ... ) Promovem a suspenso da melodia da frase. No trecho: Ah, no respondeu Malasartes. Eu paguei bem caro por ela e ... Ns pagamos mais! ajuntou um dos tropeiros. (12 e 13 pargrafos) a) indica a interrupo da fala de um personagem pela de outro. J no trecho: Eu acho...

Visite o site da Educopdia. Selecione a aula de n 11: Emprego de Sinais de Pontuao e Recursos Prosdicos.

Antes que Malasartes dissesse qualquer coisa, os tropeiros ofereceram um de seus cavalos.(19 pargrafo), b) as reticncias, alm de indicar a interrupo da frase, podem estar reproduzindo a dvida, hesitao do falante.

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Na comemorao do centenrio da ABI (Associao Brasileira de Imprensa), foi lanada a seguinte campanha para divulgar o trabalho desenvolvido pela instituio ao longo de seus 100 anos. TEXTO 9 A vrgula! Nos 100 anos da ABI Campanha dos 100 anos da ABI Associao Brasileira de Imprensa E viles. A vrgula pode ser uma pausa... ou no. Esse, juiz, corrupto. No, espere. Esse juiz corrupto. No espere. Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34. Pode ser autoritria. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heris. Isso s, ele resolve. Isso s ele resolve. Ela pode ser a soluo. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. A vrgula muda uma opinio. No queremos saber. No, queremos saber. Uma vrgula muda tudo. ABI: 100 anos lutando para que ningum mude uma vrgula da sua informao.http://joaoanele.spaceblog.com.br/171279/Campanha-dos-100-anos-da-ABI-Associacao-Brasileira-de-Imprensa/

Voc observou que o sentido de um mesmo enunciado muda de acordo com a posio da vrgula? Com base no texto, o que significa lutar para que ningum mude uma vrgula de posio? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

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Assista campanha, acessando o site http://vimeo.com/1020 3432.

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Voc j aprendeu que ponto final um sinal de pontuao que indica o final de uma frase. Vamos ler a msica Ponto Final, de Rodriguinho. Responda s questes propostas sobre a musica Ponto Final. 1. Qual a inteno comunicativa do eu potico no trecho No sof da sala j tem travesseiro e cobertor / E j no importa se faz frio ou faz calor. ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 2. Qual o sentido da palavra ponto final no 17 verso, Pois voc o meu ponto final? ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ 3. Retire do texto um trecho que apresenta uma marca de oralidade. ________________________________________________________ ________________________________________________________ 4. Justifique o ttulo da msica. ________________________________________________________ ________________________________________________________ Eu gosto de voc E voc gosta de mim A gente no pode continuar assim Se no ponto final ________________________________________________________ ________________________________________________________blogdajuhdcv.blogspot.com

TEXTO 10 PONTO FINALRodriguinho

Tudo motivo Pra gente sentar e conversar Nosso jeito de fazer as pazes j no d Tua pacincia no a mesma De quando a gente se conheceu Tudo mudou Voc e eu No sof da sala j tem travesseiro e cobertor E j no importa se faz frio ou faz calor Toda noite assim Madrugada no tem fim E voc cada vez t mais longe de mim Eu s quero o seu bem Nunca mais brigar Te fazer a pessoa mais feliz da vida E com mais ningum me relacionar Pois voc o meu ponto final

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AS AVENTURAS DE TOM SAWYER Esta uma narrativa divertida, que conta as aventuras de um garoto traquina que sabe ser solidrio. As aventuras no so poucas: caas a tesouros, visitas noturnas a cemitrios, perseguies de bandidos, e at uma enrascada em uma caverna. A grande marca desse personagem a astcia e esperteza empregada spara se livrar das situaes perigosas em que se envolve. Mesmo considerado rebelde por infringir algumas regras, ele sempre procura uma sada que no prejudique ningum. Por esta e outras caractersticas, que cabe a voc descobrir, Tom Sawyer considerado um heri entre os leitores. Mark Twain, autor de As aventuras de Tom Sawyer, nasceu em 1835 e morreu em 1910. Coincidentemente, o planeta Halley, que passa pela Terra a cada 76 anos, estava no interior de nosso sistema solar nessas duas datas. O escritor, segundo alguns, chegou a dizer que gostaria de, assim como foi trazido, ser levado pelo cometa. Foi o que aconteceu!Suplemento do professor. TWAIN, Mark. As aventuras de Tom Sawyer = The adventures of Tom Sawyer. Adaptao e traduo Telma Guimares. So

Paulo, Editora do Brasil, 2009

Visite o site da Educopdia. Selecione em Extras: Grandes Obras, a aula de n 4: Tom Sawyer.

Vamos leitura de um trecho retirado da obra o momento em que o tesouro descoberto.

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TEXTO 11 AS AVENTURAS DE TOM SAWYER Coordenadoria de Educaocurvadosgrilos.blogspot.com

[...] No dia seguinte, Tom e Huck marcaram um encontro, pois tinham muito para conversar. Atravs do sr. Jones e da viva Douglas, Huck inteirouse de todas as aventuras vividas por Tom e Becky. Tom, no encontrei o tesouro no quarto nmero dois... S garrafas de usque. E nem poderia encontrar, Huck, pois este tesouro nunca esteve no quarto... Est na caverna! Como? Hucky levou um susto. Voc me ajuda a tir-lo de l? claro que ajudo! Mas no quero me perder na caverna... Ainda estou bem fraco, como pode ver... Sei de outra entrada, Hucky... Foi por l que eu e Becky samos. Ningum a conhece, posso garantir. Vamos precisar de po, duas sacolas, velas, fsforos, linha de pipa. To logo arrumaram as provises, os meninos saram em busca de um bote. Tom e Hucky colocaram tudo dentro e desceram o rio. Nas proximidades da caverna, Tom apontou o local onde deviam atracar. Por sorte, havia feito uma marca junto a um deslizamento de terra. Atrs da moita! ele entrou no buraco e Hucky seguiu atrs. O primeiro teve o cuidado de amarrar a ponta da linha numa pedra, entrada do buraco, para garantir retorno. Passaram silenciosamente por galerias, pela nascente onde ele e Becky ficaram at alcanarem o corredor que levava ao declive. Foi l que avistei ndio Joe! Tom ergueu a vela para iluminar melhor o local. Consegue ver a cruz com cera de vela na parede da caverna?

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Sim, consigo! Veja agora onde est o nmero dois... Embaixo da cruz, Hucky. Exatamente onde vi ndio Joe com a vela! Vamos embora daqui! Huckleberry exclamou, com medo de que o fantasma do ndio viesse assombr-los. E deixar o tesouro? Nunca! A cruz tem o poder de espantar fantasmas... ndio Joe no voltaria aqui Tom convenceu o amigo que deviam ficar para procurar o dinheiro. Depois de descer e examinar mais de perto, viram pegadas no barro e alguns tocos de vela. Decidiram ento cavar bem ali, embaixo da fenda da rocha. Aps alguns minutos, encontraram uma tbua. Ao remov-la, descobriram A caixa do tesouro! os dois exclamaram ao mesmo tempo. Estamos ricos! Ns conseguimos! Tom e Huck descobriram tambm duas pistolas, trs sapatos e um cinto de couro. Mas nada disso os interessou. Tiraram as moedas da pesada caixa, distribuindo-as nas duas sacolas. Deixaram a caverna e olharam em volta para ver se algum os tinha visto. S ento entraram no barco e remaram de volta ao vilarejo, ao anoitecer. L chegando, Tom pegou emprestada uma carriola para transportar as sacolas. Para que ningum percebesse, cobriram-nas com sacos velhos. LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 uma pequena entrada, que os conduziu a um esconderijo... Coordenadoria de Educao

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O melhor lugar para esconder o dinheiro o depsito de madeira da viva Douglas! Tom decidiu, com apoio de Hucky. Mas, ao passarem nas proximidades da casa do Sr. Jones, a caminho da casa da viva, ele os avistou. Meninos! Est cheio de gente querendo ver vocs l na casa da viva Douglas! Puxa, esto carregando algo bem pesado! Tijolos? ele aproximou-se, curioso. [...] Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

TWAIN, Mark. As aventuras de Tom Sawyer = The adventures of Tom Sawyer. Adaptao e traduo Telma Guimares. So Paulo, Editora do Brasil, 2009.

A histria de Tom Sawyer foi adaptada para o cinema diversas vezes. Veja algumas: Tom e Hucky: em busca do grande tesouro. Direo: Peter Hewitt. EUA, 1995. Tom Sawyer. Direo: Don Taylor. EUA, 1973, 104 min. As aventuras de Tom Sawyer: Direo: Norman Taurog. EUA: 1938, 119 min.curvadosgrilos.blogspot.com

Divirta-se e compare com a verso encontrada no livro!

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1. Identifique, neste pequeno trecho da narrativa, os elementos de uma narrao

Personagem Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

Tempo

Espao

Enredo

Foco narrativo 2. Retire do texto o trecho em que Tom revela onde est o tesouro. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 3. O que Tom declara que vo precisar para a investida rumo ao tesouro? _________________________________________________________________________________________________ 4. Qual foi a estratgia utilizada por um dos meninos para no se perder na caverna? _________________________________________________________________________________________________ 5. No trecho do 9 pargrafo Ele entrou no buraco e Hucky seguiu atrs. O primeiro teve o cuidado de amarrar a ponta da linha numa pedra, entrada do buraco, para garantir retorno., identifique quais so os personagens que os termos destacados substituem. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________

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6. Por que Huckleberry decide ir embora antes de encontrar o tesouro? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 7. Como Tom consegue convenc-lo a continuar a caa ao tesouro? Retire do texto o trecho que comprova a sua resposta. ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 8. Explique o efeito de sentido do uso do ponto de exclamao nos trechos abaixo apresentados. A caixa do tesouro! os dois exclamaram ao mesmo tempo. Estamos ricos! Ns conseguimos! ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 9. O que Tom e Hucky descobriram junto com o tesouro? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 10. Qual foi o lugar escolhido para esconder o tesouro? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Coordenadoria de Educao

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E no se esquea de buscar o livro na Sala de Leitura da sua escola, para comparar o seu texto ao que o autor escreveu. ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________aapbio.com.br

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O que voc acha que aconteceu quando o Sr. Jones se aproximou dos meninos? D um fim para esta parte da histria. Torne o seu texto o mais criativo possvel!

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Vamos leitura de um trecho da segunda parte do trabalho mais conhecido do autor Swift As viagens de Gulliver. Uma recriao desta narrativa de aventura foi lanada, recentemente, no cinema. TEXTO 12 SEGUNDA PARTE Viagem a Brobdingnag 1. Pequeno demais para ser visto Minha mulher Mary no gostou nem um pouco quando eu, dois meses aps meu retorno Inglaterra, comuniquei a ela que dali a alguns dias embarcaria em direo frica, num navio cujo nome era irresistvel para mim: Aventura. Ela continuou cozinhando, sem querer levantar os olhos do fogo. Ainda tentei tranquiliz-la, dizendo que, depois de Lilliput, nada de surpreendente ou mais perigoso poderia acontecer... Mary fez apenas um muxoxo e eu percebi que o seu sexto sentido a fazia desconfiar de minhas palavras... Os primeiros 20 dias de viagem no foram muito calmos, pois os ventos fortes dificultavam as operaes de bordo e a manuteno da rota. Na madrugada do 21 dia, o Aventura foi atingido por uma violenta tempestade que, embora tenha durado horas, foi suficiente para fazer com que perdssemos nossa localizao no mapa. O dia seguinte amanheceu claro e bonito. Logo avistamos, ao sul, alguns rochedos, que poderiam pertencer a uma ilha ou mesmo a um continente. Como j se esgotava nossa gua potvel, o comandante ordenou a 12 homens que tomassem um bote e procurassem fontes ou rios; talvez at achassem algum que nos informasse sobre nossa localizao. Parti com eles. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

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Foi um pouco custoso alcanar a praia, por causa dos recifes enormes e pontiagudos. Quando, finalmente, chegamos, resolvemos nos separar. Eu, com minha experincia, iria por um lado e os outros homens pelo outro, at nos encontrarmos no ponto de partida, duas horas depois. melhor sorte. Quase prximo ao lugar combinado, olhei para o mar e vi meus companheiros no bote, afastando-se rapidamente da praia em direo ao navio. Eles haviam me esquecido em terra! Comecei a cham-los: Esperem! Estou aqui! Porm, meu ltimo grito ficou preso na garganta e meu olhar fixo na figura de um homem de mais ou menos 20 metros de altura, que ia no encalo do bote e do Aventura. ps. Apavorado com aquilo, meu nico pensamento foi sumir dali o mais rpido possvel. Dei meia-volta e sa em disparada pelo mesmo caminho que acabara de percorrer. Subi pela encosta de uma colina e, medida que corria, fui notando que o tamanho das plantas era muito estranho: o capim tinha pelo menos seis metros de altura e os ps de milho, uns 12 metros. Por mais de uma hora, andei por uma estrada que cortava o milharal, at que no consegui ir mais adiante: entre o campo de milho e a outra plantao, havia uma cerca intransponvel. E a escada de acesso pois havia uma diferena de nvel possua quatro degraus de pedra, cada um mais alto do que eu, mesmo com os braos esticados. Fiquei ali parado, sem saber o que fazer. De repente, um habitante do lugar veio em minha direo. Parecia uma torre ambulante. O terror paralisou-me por alguns minutos. [...] SWIFT, Jonathan. Viagens de Gulliver. Adaptao em portugus de Claudia Lopes. So Paulo: Scipione, 2001. LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 A enorme criatura encontrava alguma dificuldade para andar no mar: os recifes, com certeza, machucavam seus Coordenadoria de Educao Andei bastante tempo sem encontrar vestgio de gua. Decidi voltar para ver se os marinheiros tinham tido

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Responda s questes abaixo, com base na leitura de um trecho da obra de Swift.

1. Releia o primeiro pargrafo e explique o que o narrador quis dizer com ... dali a alguns dias embarcaria em direo frica, num navio cujo nome era irresistvel para mim: Aventura. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2. Qual o sentido da ltima frase do segundo pargrafo Mary fez apenas um muxoxo e eu percebi que o seu sexto sentido a fazia desconfiar de minhas palavras.... Explique, tambm, o significado dos termos destacados. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 3. Que episdio da narrativa impediu Gulliver de continuar chamando os companheiros que o haviam esquecido em terra e afastavam-se rapidamente da praia? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

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5. O que impediu Gulliver de ir mais adiante pela estrada que cortava o milharal? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

Verso cmica do clssico As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, em que o escritor Lemuel Gulliver sai em misso s Bermudas e acaba na ilha de Lilliput, habitada por uma raa de seres minsculos.http://www.zevariedades.com/filmes/filme-as-viagens-de-gulliver-sinopse-e-trailer/

Visite o site da Educopdia. Selecione em Extras: Grandes Obras, a aula de n 11: Viagens de Gulliver.

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4.O que havia de inusitado com a vegetao daquele lugar? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

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O que aconteceu aps o ltimo pargrafo? Agora a sua vez! Imagine como Gulliver vai se livrar da criatura gigantesca! Escreva um texto criativo com aventura e muita ao.

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Robinson Cruso um livro que trata das aventuras de um rapaz que, aos dezoito anos, decide abandonar o lar para ser marinheiro. Veja o captulo inicial de uma verso de Robinson Cruso momento em que o protagonista deve tomar uma deciso que determinar o seu destino. ROBINSON CRUSODaniel Defoe

1 Parte Aventura no sangue Apelo irresistvel

Tive dois irmos mais velhos. Um deles era tenente-coronel da infantaria inglesa e foi morto numa batalha contra os espanhis, perto de Dunquerque, no norte da Frana. Nunca soubemos, meus pais e eu, o que aconteceu com meu outro irmo. Simplesmente evaporou-se, sem deixar rastro, sem enviar notcias. Filho caula, haviam-me reservado um futuro exemplar: a carreira de advogado, o casamento com uma moa de famlia tradicional, filhos, prosperidade a ponto de levar uma vida sem sobressaltos ou apertos financeiros, velhice pacata... Enfim, uma vida sem grandes glrias, mas igualmente a salvo de sofrimentos e desgraas... Meus sonhos, porm, eram outros: queria viajar, conhecer o mundo, viver emoes e aventuras... Minha me tentou dissuadir-me usando seus melhores argumentos: alternava momentos de carinho com outros de saudade antecipada, os olhos ameaando avermelhar-se de choro contido. Ingredientes que, ao lado da preocupao maternal, sempre fizeram parte do seu jogo emocional.

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Nasci na cidade de Iorque, Inglaterra, no ano de 1632. Meus pais eram tpicos representantes da classe mdia. Alis, orgulhavam-se disso. Estrangeiro de Bremen, Alemanha, meu pai instalou-se inicialmente em Hull, uma pequena cidade a leste da Inglaterra. Tornou-se um prspero comerciante para depois abandonar seu negcio e ir viver descansando em Iorque. Foi a que conheceu e casou com minha me, de sobrenome Robinson, nascida numa das famlias mais conhecidas da regio. Quando me dei por gente, j carregava o sobrenome de Robinson Kreutznaer, os dois nomes lembrando as origens familiares. Demorou pouco para ser chamado de Robison Cruso: talvez pela natural tendncia dos povos para nacionalizarem nomes, ou ento pela caracterstica da minha regio natal de abreviar e simplificar as palavras.

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TEXTO 13

jaunted.com

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A atitude de meu pai foi a esperada: assim que pressentiu o perigo de ter um aventureiro na famlia, chamou-me para uma conversa reservada: Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 Que razes tem voc para buscar a aventura, um futuro incerto? Esta sua atitude caracterstica de quem est em srias dificuldades ou ento de quem quer enriquecer rapidamente... melhor contentar-se com um padro de vida de classe mdia, com garantia de paz e satisfao... Sei que pode no ser muito romntico, mas saiba que as desgraas sempre acabam por atingir os mais ricos e os mais pobres. Nunca a classe mdia!... Como nada respondi, meu pai continuou: Isso para no falar dos aventureiros irresponsveis. Olhe o exemplo do seu irmo: morreu numa guerra estpida, em troca de uns poucos momentos de glria... Ao lembrar o filho morto, meu pai permitiu que a emoo abrisse uma brecha na defesa montada em torno dos seus argumentos sempre lgicos e racionais: foi a primeira e nica vez que o vi chorar. Depois concluiu: No, meu filho, no vou impedi-lo de sair de casa, de buscar seu prprio caminho. Se quiser ficar, ter todo o meu apoio. Mas, se resolver correr o mundo, no espere pela minha compreenso... melhor que fique preparado para enfrentar problemas de toda espcie... Sensibilizado por suas palavras, procurei, sinceramente, seguir sua orientao. Mas durou muito pouco tempo. Menos de uma semana depois, j me empolgava com novos sonhos de viagens e aventuras. Passei a evitar conversas com meu pai: no desejava ouvir outras reprimendas. Tentei ainda uma vez valer-me de mame para ganhar o consentimento paterno. Disse-lhe que a vontade de ver o mundo era to grande que se tornava impossvel contentar-me com o pequeno universo de Iorque. E mais: que j tinha dezoito anos, no aprendera ofcio algum, era muito tarde para iniciar-me numa banca de advogado e que era melhor papai dar seu consentimento, assim eu sairia de casa sem ressentimentos e com sua bno. De nada adiantou esta conversa: alm de deixar mame aflita, sua intercesso junto a meu pai resultou nula. No, era intil esperar pelo seu consentimento... A escolha teria de ser minha: podia viver feliz em casa, ou ser infeliz, perambulando sem destino pelo mundo...DEFOE, Daniel. Robinson Cruso: a conquista do mundo numa ilha. Adaptao em portugus de Werner Zotz. So Paulo: Scipione, 2001.

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A partir da leitura deste trecho inicial da narrativa Robinson Cruso, responda s questes propostas. 1. Quais eram as expectativas dos pais de Robinson com relao ao seu futuro? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 2. Estas expectativas coincidiam com os sonhos de Robinson? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 3. Como a me tentou fazer Robinson desistir de viver emoes e aventuras pelo mundo? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 4. Como o pai reagiu assim que pressentiu o perigo de ter um aventureiro na famlia? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 5. Qual foi a primeira vez que Robinson viu seu pai chorar? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 6. Que argumentos foram utilizados pelo pai de Robinson para convencer o filho a no buscar a aventura? _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________

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6. Retire, do texto, o trecho em que Robinson apresenta argumentos a sua me com o objetivo de obter o consentimento do pai para uma vida de aventura. ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

Um dia, Robinson decide aventurar-se pelo mundo. Sem avisar ningum, embarca num navio e ... Quer continuar a ler esta histria? Leia a narrao completa no livro Robinson Cruso, uma das vrias publicaes que trazem a obra de Daniel Defoe.

Visite o site da Educopdia. Selecione em Extras: Grandes Obras, a aula de n 12: Robinson Cruso.

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Visite o site da Educopdia. Selecione em Extras: Grandes Obras, a aula de n 13: A Ilha do Tesouro.

http://pt.wikipedia.org/

E tambm foi neste livro que o conhecido esteretipo de pirata aquele com perna de pau e um papagaio no ombro apareceu e se tornou popular.

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A Ilha do Tesouro um clssico da literatura infanto-juvenil, com piratas e tesouros enterrados que tem, como narrador, um heri adolescente que conta a sua prpria histria um garoto chamado Jim Hawkins, filho de proprietrios de uma pequena penso numa cidade litornea da Inglaterra. Aps a chegada de um velho lobo do mar, acaba embarcando em busca de um tesouro e vive muita ao e aventura.

Foi nesse livro que, pela primeira vez, apareceu um mapa do tesouro, onde a arca cheia de ouro enterrada estava marcada com um grande X, hoje to comum nesse tipo de histria.

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Em Viagem ao centro da Terra, de Julio Verne, narrada uma grandiosa viagem s profundezas subterrneas do planeta Terra. Quem conta a histria Axel, sobrinho de um ilustre gelogo alemo, Dr. Otto Lidenbrock. O cientista alemo Lidenbrock encontra dentro de um livro antigo. Aps decifrar alquimista islands do sculo XVI viajou ao sobrinho Axel, inicia uma aventura delirante planeta. um manuscrito escrito em cdigo, a mensagem, descobre que um centro da Terra. Acompanhado do ao ainda desconhecido interior do

Voc poder associar os conhecimentos cientficos apresentados na leitura deste livro ao contedo de Cincias apresentado no I e II Material Pedaggico, que aborda os Ambientes da Terra, as Camadas da Terra, entre outros.

Visite o site da Educopdia. Selecione em Extras: Grandes Obras, a aula de n 16: Viagem ao centro da terra.

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CARRASCO, Walcyr. Viagem ao centro da terra. So Paulo: FTD, 2007.

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Nas narrativas de aventura, o leitor conduzido por aes encadeadas a partir do desenvolvimento de temas fascinantes como viagem, por exemplo. A viagem, na aventura, repleta de obstculos e perigos que desafiam a coragem do aventureiro.

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Leia, abaixo, uma das verses resumidas de Viagem ao centro da terra, o momento em que Axel se perde do grupo. TEXTO 14 VIAGEM AO CENTRO DA TERRA Julio Verne Desespero e escurido [...] Tudo corria bem, at que algo muito grave aconteceu comigo. Foi assim: no dia 7 de agosto, atingimos um trecho do tnel que era um pouco mais inclinado. Eu ia na frente, seguido por meu tio. De repente, ao me virar, estava sozinho. Talvez tivesse andado muito depressa e resolvi voltar para alcanar meus companheiros. Andei durante quinze minutos e no os encontrei. Chamei por eles e no obtive resposta. Andei mais meia hora. Um silncio medonho reinava na galeria. Lembrei-me do riacho. Bastaria voltar, acompanhando seu curso, e certamente encontraria a pista de meus companheiros. Abaixei-me para tocar a gua e descobri que estava tudo seco. O crrego havia sumido! Entrei em desespero. Morreria de sede e de fome! O crrego devia ter seguido outro caminho. No havia uma nica pista para poder voltar. Eu estava perdido nas entranhas da Terra. Tentei pensar em outras coisas, como a nossa casa em Hamburgo, minha querida Grauben, meu tio, que a essa altura devia estar desesperado minha procura. Rezei para encontrar uma sada. Eu ainda tinha alimento e gua para trs dias. Precisava fazer alguma coisa, mas no sabia se devia subir ou descer. Resolvi subir. Precisava encontrar o crrego. Subi, mas no reconheci o caminho. Tive certeza de que aquela galeria no me levaria a lugar nenhum. Desesperado, sem enxergar direito e muito nervoso, bati contra a parede e ca. Algum tempo depois, acordei perdido num labirinto de curvas. Minha lanterna estava amassada, com luz fraca. A qualquer momento, poderia se apagar. Meu desespero aumentou. Comecei a correr naquele labirinto sem sada, chamando, gritando, uivando, batendo contra as rochas. Depois de algumas horas, ca novamente e perdi a conscincia. Quando recobrei os sentidos, percebi que estava machucado. Nunca senti uma solido to grande em toda a minha vida. Ia desmaiar novamente, quando ouvi um rudo forte em algum lugar daquele abismo. Talvez fosse a exploso de algum gs ou uma pedra caindo. Depois, o silncio voltou a reinar. Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

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Encostei o ouvido na muralha e escutei palavras incompreensveis ao longe. Seria uma alucinao? Prestei ateno e ouvi novamente um murmrio. Eram vozes humanas! Aqui! Aqui! gritei, com todas as minhas foras. No tive resposta. Encostei meu ouvido na pedra de novo e, dessa vez, ouvi meu nome bem claro! Era meu tio quem pronunciava. Eu no tinha tempo a perder. Se eles se afastassem, talvez no me ouvissem mais. Cheguei bem perto da muralha e gritei da forma mais clara possvel: Tio Lidenbrock! Passaram-se alguns segundos, que pareciam sculos, e ento ouvi: Axel!, Axel! voc? Sim, sou eu respondi. Onde voc est? Perdido na mais completa escurido! Minha lanterna quebrou e o crrego desapareceu. Tenha coragem! No se desespere, Axel! Calculando o tempo que o som levava para ser ouvido, descobrimos a distncia que nos separava. Segundo meu tio, que estava numa enorme caverna, da qual partiam diversas galerias, eu deveria descer para encontr-los. Ande, se for preciso, arraste-se, escorregue pelas rampas e voc vai nos encontrar no fim do caminho. Venha, meu filho, venha! Essas palavras me reanimaram. Parti ao encontro deles cheio de esperana. Minhas foras estavam no fim. Eu s conseguia me arrastar. A galeria inclinada me conduziu a uma velocidade assustadora. Escorreguei pelas pedras, sem poder me segurar em parte alguma, at bater a cabea em uma rocha e perder os sentidos mais uma vez. [...]VERNE, Julio. (Trecho selecionado). Viagem ao centro da Terra. So Paulo: Scipione, 2004.

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S podiam ser de meu tio e Hans. Se eu os ouvia, certamente eles me ouviriam tambm.

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Responda s questes abaixo, sobre um trecho retirado do livro Viagem ao centro da terra. 1. Voc identificou o narrador desta histria? Retire do texto a frase que comprova sua resposta. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 2. Voc lembra? O narrador-personagem - conta na 1 pessoa a histria da qual participa tambm como personagem. O narrador-observador - conta a histria na 3 pessoa, sem participar das aes. Neste trecho da narrativa, como voc classifica o narrador? _________________________________________________ LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 3. Axel cai e perde os sentidos trs vezes. Identifique as causas destas trs quedas. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ 4. Com base na narrativa, justifique o ttulo dado. _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________

Em Viagem ao centro da Terra, de Jlio Verne, Lidenbrock e Axel viajaram da Alemanha para a Islndia. Na Islndia, os personagens desceram por um vulco e, no final da aventura, saram por outro vulco na Itlia. Procure, no mapa-mndi, em que continentes estes pases esto localizados, e escreva, aqui, seus respectivos continentes: ________________________________________________________________________________________________

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O HUMOR tambm um ingrediente de muitas narrativas. TEXTO 15 PESCADORES Domingo pede cachimbo, todo domingo aquele esquema: praia, bar, soneca, futebol, jantar em restaurante. Acaba em chatura. Os quatro jovens executivos sonhavam com um programa diferente. Se a gente desse uma de pescador? Falou. Muniram-se do necessrio, desde o canio at o sanduche incrementado e saram rumo praia deserta, mais piscosa, mais sensacional. LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 L estavam felizes da vida, espera de peixe. Mas os peixes, talvez por ser domingo, e todos os domingos serem iguais , tambm tinham variado de programa e no se deixavam fisgar. Tem importncia no. Daqui a pouco aparecem. De qualquer modo, estamos curtindo. . Peixe no vinha. Veio pela estrada foi a Kombi, lentamente. Parou, saltaram uns barbudos: Pescando, hem? Beleza de lugar. Fazem muito bem aproveitando a folga num programa legal. Sade. Esporte. Alegria. Estamos s arejando a cuca, n? Semana inteira no escritrio, lidando com problemas. timo. Assim que todos deviam fazer. Trocar a poluio pela natureza, a vida ao ar livre. Somos da televiso, estamos filmando aspectos do domingo carioca. Podem colaborar? Que programa esse? Aprenda a viver no Rio. Programa novo, cheio de bossas. Vai ser lanado semana que vem. Gostaramos que vocs fossem filmados como exemplo do que se pode curtir num dia de lazer, em benefcio do corpo e da mente. Pois no. O grilo que no pescamos nada ainda. No seja por isso. Tem peixe na Kombi, que a gente comprou para uma caldeirada logo mais. Esta a histria de quatro amigos que quiseram dar uma de pescador... No pescaram nada, morderam a isca e foram fisgados! Coordenadoria de Educao

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Desceram os aparelhos e os peixes, e tudo foi feito com tcnica e verossimilhana, na manh cristalina. Os quatro retiravam do mar, em ritual de pescadores experientes, os peixes j pescados. O pessoal da TV ficou radiante: Um barato! Vocs esto timos. Quando que passa o programa? Quinta-feira, horrio nobre. J est sendo anunciado. Quinta-feira, os quatro e suas jovens mulheres e seus encantadores filhos reuniram-se no apartamento de um deles o que tivera a ideia da pescaria. Vocs vo ver os maiores pescadores da parquia em plena ao. O programa, badaladssimo, comeou. Eram cenas do despertar e da manh carioca, trens superlotados da Linha Auxiliar, filas no elevador, escritrios em atividade, balconistas, telefonistas, enfermeiras, bancrios, tudo no batente ou correndo para. O apresentador fez uma pausa, mudou de tom: Agora, o contraste. Em pleno dia de trabalho, com a cidade funcionando a mil por cento para produzir riqueza e desenvolvimento, os inocentes do Leblon dedicam-se pescaria sem finalidade. A esto esses quatro folgados, esquecidos de que a Guanabara enfrenta problemas serissimos e cada hora desperdiada reduz o produto nacional bruto... Canalhas! Pai, voc um barato! E eu que no sabia que voc, em vez de ir para o escritrio, sai para pescar com a patota, Roberto! Se eu pego aqueles safados, mato eles. E o peixe, pai, voc no trouxe o peixe pra casa! No admito gozao! Que que vo dizer amanh no escritrio! Desliga! Desliga logo essa porcaria! Para aliviar a tenso, serviu-se usque aos adultos, refrigerante aos garotos.ANDRADE, Carlos Drummond de Andrade. Rick e a girafa. So Paulo: tica, 2007.

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Aps a leitura deste texto, responda s questes propostas. 1. Quando acontece a pescaria? _______________________________________________________________________________________________ 2. Qual o sentido das expresses destacadas nos trechos do texto: a) Falou. (3 pargrafo) _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ b) Estamos s arejando a cuca, n? (10 pargrafo) _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ c) Um barato. Vocs esto timos. (17 pargrafo) _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ d) Pois no. O grilo que no pescamos nada ainda. (14 pargrafo) Grilo o mesmo que problema. e) E eu que no sabia que voc, em vez de ir para o escritrio, para pescar com a patota, Roberto! _______________________________________________________________________________________________ 3. O que os barbudos da kombi propuseram aos quatro jovens? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011

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4. D a sua opinio sobre a atitude da equipe de TV com relao ao que foi dito aos jovens executivos para a Coordenadoria de Educao LNGUA PORTUGUESA 6 ANO 2 BIMESTRE / 2011 gravao da pescaria. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________

5. Qual o efeito de sentido das reticncias na ltima frase do trecho Agora, o contraste. Em pleno dia de trabalho, com a cidade funcionando a mil por cento para produzir riqueza e desenvolvimento, os inocentes do Leblon dedicamse pescaria sem finalidade. A esto esses quatro folgados, esquecidos de que a Guanabara enfrenta problemas serissimos e cada hora desperdiada reduz o produto nacional bruto...? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________

Visite o site da Educopdia. Selecione a aula de n 13: Narrativas de Humor Caractersticas e Temticas.

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Vamos nos divertir um pouco com a narrativa a seguir! DIFERENCIANDO UMA VACA DA OUTRA

TEXTO 16

Z, como vamos fazer pra saber qual a tua vaca e qual a minha? Olha, Tunico, tive uma ideia. Eu corto a orelha da minha vaca. A vaca com orelha fica sendo sua, a sem orelha fica sendo minha. E assim fizeram. Mas eles tinham um vizinho que adorava enganar os outros e de noite foi l e cortou a orelha da outra vaca. De manh os irmos entraram em pnico: E agora, Z, como fazemos pra saber qual a sua vaca e qual a minha? Cortamos a outra orelha da sua vaca. A vaca que tem ainda uma orelha fica sendo minha, a sem orelhas fica sendo sua. Concordaram. Mas, de noite, o