atividade enzimática da invertase

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Experimento feito para determinar atividade enzimática

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UNIVERSIDADE DE SO PAULOFaculdade de Zootecnia e Engenharia de AlimentosDepartamento de Cincias Bsicas

BIOQUMICA FUNDAMENTALPROF. DR. MARCELO DE CERQUEIRA CESARENGENHARIA DE ALIMENTOS XIV - DIURNO

ESTUDO DA AO ENZIMTICA DA INVERTASE

CAROLINE OLIVEIRA AGOSTINI 9006913

Pirassununga 2015

SUMRIO

RESUMO31.INTRODUO42.OBJETIVO73.MTODO84.RESULTADOS E DISCUSSO105.CONCLUSO126.BIBLIOGRAFIA13

RESUMO

Enzimas catalisam inmeras reaes em diversos organismos, um exemplo quebra ou hidrlise da sacarose, formando um xarope composto de -glicose, -frutose e sacarose, mais conhecido como acar invertido. No experimento desse relatrio, 5 tubos contendo sacarose, gua destilada, tampo acetato e diferentes concentraes da enzima invertase (obtida em leveduras), foram submetidos incubao a 25C por 15 minutos, aps esse tempo a ao da enzima foi interrompida e aps a realizao do mtodo Somogyi Nelson, a absorbncia dos tubos foi medida em espectrofotmetro 535nm. A absorbncia foi mensurada a partir da quantidade de acares redutores no tubo, sendo assim, quanto maior a concentrao de invertase, mais acares redutores foram formados, maior a absorbncia e maior a ao enzimtica. Palavras chave: enzima, invertase, acar invertido, Somogyi Nelson, absorbncia, espectrofotmetro

1. INTRODUOH duas condies fundamentais para a vida. Primeiro, a entidade viva deve ser capaz de se autorreplicar; segundo, o organismo deve ser capaz de catalisar as reaes qumicas eficiente e seletivamente (LEHNINGER, 2006). Sendo assim, as enzimas, catalisadoras das reaes dos sistemas biolgicos, so essenciais para a vida.As enzimas so extremamente especficas, tanto que, para cada reao existe uma enzima especfica para ela e tambm um substrato (reagente) especfico. Elas podem ser classificadas de acordo com as reaes que catalisam como mostra a tabela abaixo:

Tabela 1 Classificao enzimticaClassificaoTipo de reao catalisada

OxidorrredutasesTransferncia de eltrons (ons hidreto ou tomos de H)

TransferasesReaes de transferncia de grupos

HidrolasesReaes de hidrlise (transferncia de grupos funcionais da gua)

LiasesAdio de grupos a ligaes duplas, ou formao de duplas ligaes pela remoo de grupos

IsomerasesTransferncia de grupos dentro de molculas para produzir formas isomricas

LigasesFormao de ligaes C-C, C-S, C-O e C-N pelas reaes de condensao acopladas clivagem do ATP

Alguns fatores influenciam a atividade enzimtica como, por exemplo, a temperatura, pH e tempo. Conforme temperatura aumenta, a atividade enzimtica tambm, porm somente at certa temperatura, em temperaturas muito altas as enzimas se desnaturam, ou seja, a sua estrutura se rompe e, portanto impossibilita a formao do complexo enzima-substrato. A relao entre pH e atividade enzimtica a mesma da temperatura. E, quanto maior o tempo que a enzima fica em contato com o substrato mais produtos sero produzidos, enquanto houver substrato.Algumas enzimas so usadas na indstria alimentcia, por exemplo, na produo de bombons com recheios lquidos, que s so possveis devido produo de acar invertido (Figura 1) pela enzima invertase (experimento deste relatrio). Esse processo consiste na hidrlise, inverso ou simplesmente quebra da sacarose em -glicose e -frutose, formando um xarope composto de glicose, frutose e sacarose. A sacarose no possui propriedades redutoras, por esse motivo pode-se medir a ao da invertase determinando a formao de acar redutor (VILLELA, 1973).

Figura 1 Formao de acar invertidoFonte: http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina_vestibular/0,6414,POR-525,00.html

A enzima invertase pode ser encontrada em leveduras, fungos, bactrias, insetos, mamferos e vegetais, mas a principal fonte de invertase industrial so as leveduras. A invertase de leveduras apresenta-se em duas formas, pode estar localizada entre a membrana plasmtica e a parede celular (80%) ou desprovidas de carboidratos e localizadas no protoplasma (20%) (CABRAL, 1982; ISIK et al., 2003).Para quantificar o teor de acares redutores em diversas amostras, usa-se o mtodo Somogyi Nelson. Os acares redutores da amostra em questo, aquecidos em meio alcalino, transformam-se em Enodiis que reduzem o on Cprico presente no reativo de Somogyi, a on Cuproso. O xido Cuproso (Cu2O), assim formado, reduz o composto Arsnio-Molibdico para xido de Molibdnio de colorao azul cuja intensidade de cor proporcional quantidade de acares redutores existentes na amostra, podendo ser mensurado colorimetricamente em espectrofotmetros (NELSON, 1944; SOMOGYI, 1945).

2. OBJETIVOEste experimento teve como objetivo medir o efeito da concentrao enzimtica de levedura temperatura fixa de incubao

3. MTODOPrimeiramente, adicionou-se 100L da levedura em um tubo Falcon de 50mL e completou-se o tubo at o volume de 20mL com gua destilada.Foram numerados 7 tubos Falcon de 1 a 7 e foram realizadas diluies, utilizando pipetador automtico, nas quantidades mostradas na tabela abaixo:

TuboTampo Acetato 0,05M pH 4,6 (L)gua Destilada (L)Enzima Diluda 1/200 (L)Sacarose 0,3M (L)

11000990101000

21000975251000

31000950501000

410009001001000

510008002001000

610001000-1000

710001800200-

Em seguida, os tubos foram fechados e agitados vagarosamente na horizontal e incubados 25C durante 15 minutos. A atividade enzimtica foi interrompida ao adicionar 500L de Sulfato de Zinco 5% em todos os tubos. Ento adicionou-se 500L de Hidrxido de Brio 0,3N em todos os tubos. Eles foram fechados, agitados vagarosamente na horizontal e centrifugados a 3000 rpm durante 10 minutos.Aps a centrifugao, retirou-se 1 mL do sobrenadante de cada tubo e transferiu-se para outros respectivos tubos, que foram enumerados tambm de 1 a 7. Adicionou-se 1 mL de gua destilada e 1 mL do reativo de Somogyi em todos os tubos. Fecharam-se os tubos, agitou-se vagarosamente na horizontal e incubou-os em banho maria 95C durante 10 minutos. Aps o banho, os tubos foram resfriados em gua corrente para poder adicionar 1 mL do reativo de Nelson em todos eles. A seguir, completou-se o volume dos tubos at a marcao de 10 mL com gua destilada, fechou-se os tubos, agitou-os vagarosamente na horizontal, misturando bem. Por fim, fez-se as leituras dos tubos no espectrofotmetro 535nm.

4. RESULTADOS E DISCUSSOAps a leitura dos tubos foram obtidas as seguintes absorbncias:TuboEnzima diluda (mL)ABS

10,010,054

20,0250,058

30,050,069

40,10,111

50,20,211

6*-0,049

7*0,20,051

*Os tubos 6 e 7 so controlesAs absorbncias indicam a quantidade de acares redutores formados (-glicose e -frutose). A partir desses dados, foi possvel construir um grfico relacionando a concentrao de enzimas no tubo com suas respectivas absorbncias:

Figura 2 Ao enzimtica da invertase

A partir do grfico pode-se observar que medida que a concentrao de enzimas aumenta, aumenta tambm a absorbncias dos tubos, ou seja, aumenta a quantidade de acares redutores, mostrando que a atividade enzimtica aumenta conforme a concentrao de enzimas aumenta.

5. CONCLUSOPode-se concluir que a atividade da enzima invertase proporcional sua concentrao em soluo, ou seja, quanto maior a concentrao, maior a atividade.

6. BIBLIOGRAFIA

Berg, J. M., Tymoczko, J. L., & Stryer, L. (2008). Bioqumica (6 ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.Lehninger, D., & Cox, M. (2006). Princpios de Bioqumica (4 ed.). So Paulo: Sarvier.Marquez, L. D. (2007). Produo de acar invertido pelo uso de invertase imobilizada em resinas. Uberlndia.Nelson, N. (3 de fevereiro de 1944). A fotometric adaptaion of Somogyi method for the determination of glucose. The Journal of Biological Chemistry, 375-380.Somogyi, M. (28 de maio de 1945). A New Reagent for Determination of Sugars. The Journal of Biological Chemistry, 61-68.Villela, G. G., Bacila, M., & Tastaldi, H. (1973). Tcnicas e Experimentos de Bioqumica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

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