atitude ed11final

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Que país é este? Nascido em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, Jorge Amado começou cedo nas le- tras - aos 15 anos já trabalha- va no extinto Diário da Bahia. Por uma decisão do Escritor Supremo, deixou uma enorme lacuna na Literatura Brasilei- ra, dias antes de completar 89 anos, em 6 agosto de 2001. Conheça um pouco mais sobre esta trajetória brilhan- te do autor de um dos livros mais lidos no mundo: Gabrie- la, Cravo e Canela, visitando a Casa de Cultura Jorge Amado, em Ilhéus - Salve Jorge! Comunidade de Serra Grande x Plano Diretor Sob os olhares de Jorge Amado 9 anos sem o Amado Jorge Sem Comentários... VOCÊ SABIA que o plástico demora mais de 400 anos para ser “consumidopela natureza? Leia detalhes da campanha Du-PET que está sendo lançada por este jornal na pág. 08 e participe! Os agricultores e o meio ambiente agradecem! Moradores dos quatro cantos do Distrito de Serra Grande, município de Uru- çuca, estão mobilizando- se para discutir e propor novos encaminhamentos ao Plano Diretor Urbano Territorial , por conside- rarem que alguns de seus pontos são conflitantes e não atenderão aos anseios das comunidades. Maiores informações e agenda das reuniões para o mês de agosto na página 04. Pense nisto: Por que os homens estão desviando-se da missão para a qual foram criados? Foto: Nice Vidal Enquanto o resto do mundo está tentando preservar o pouco que lhe resta de vegetação nativa, tratando como verdadeiros tesouros os rema- nescentes que têm de floresta (isto é, quando têm), o nosso se dá ao luxo de propor mudanças no Código Flores- tal, que, dentre outras, pretende: esti- mular a impunidade, devido à ampla anistia proposta àqueles que come- teram crimes ambientais até julho de 2008; acelerar, ainda mais, a ocupação de áreas de risco em inúmeras cidades brasileiras, reduzindo a área de prote- ção às margens dos rios de 30, para 15 metros de largura... Várias manifestações contra esta aprovação ocorreram pelo Brasil, mas a Comissão Especial de Reforma do Código aprovou, por 13 votos favoráveis e cinco contrá- rios, o parecer do relator Aldo Re- belo para uma nova lei das matas brasileiras. Agora, o novo Código segue para votação na Câmara dos Deputados, que só deve acontecer após as elei- ções de outubro. Será que as últimas catástrofes ocasionadas pela ocupação desor- denada às margens dos rios não serviram de aviso? Será que, neste caso, também irão sugerir que se monte um zoo- lógico com as espécies da fauna que serão expulsas de seus habitats, ou um museu com as árvores que serão derrubadas? Parafraseando Cazuza, deseja- mos que, nas próximas decisões dos nossos governantes, o Brasil mostre a sua cara e que ela seja menos triste do que as imagens es- tampadas nas fotos ao lado! Feira Orgânica - compre esta ideia Desde novembro de 2007, pequenos agri- cultores da Associação Embaúba (Itacaré/Serra Grande) estão venden- do seus produtos na Feira Orgânica (Praça dos Cachorros/Itaca- ré - todo sábado), com o objetivo de buscar novos mercados para a produção de hortali- ças, frutas, ovos, gali- nhas, que, a cada ano, vem crescendo mais. Compre essa ideia, melhorando a qualida- de de sua alimentação, privilegiando os agri- cultores locais! Ano I – número 11 Agosto de 2010

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Page 1: Atitude Ed11final

Que país é este?

Nascido em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, Jorge Amado começou cedo nas le-tras - aos 15 anos já trabalha-va no extinto Diário da Bahia. Por uma decisão do Escritor Supremo, deixou uma enorme lacuna na Literatura Brasilei-ra, dias antes de completar 89 anos, em 6 agosto de 2001.

Conheça um pouco mais sobre esta trajetória brilhan-te do autor de um dos livros mais lidos no mundo: Gabrie-la, Cravo e Canela, visitando a Casa de Cultura Jorge Amado, em Ilhéus - Salve Jorge!

Comunidade de Serra Grande x Plano Diretor

Sob os olhares de Jorge Amado

9 anos sem o Amado Jorge

Sem Comentários...VOCÊ SABIA que o plástico demora mais de 400 anos para ser “consumido” pela natureza?Leia detalhes da campanha Du-PET que está sendo lançada por este jornal na pág. 08 e participe!Os agricultores e o meio ambiente agradecem!

Moradores dos quatro cantos do Distrito de Serra Grande, município de Uru-çuca, estão mobilizando-se para discutir e propor novos encaminhamentos ao Plano Diretor Urbano Territorial, por conside-rarem que alguns de seus pontos são conflitantes e não atenderão aos anseios das comunidades.

Maiores informações e agenda das reuniões para o mês de agosto na página 04.

Pense nisto: Por que os homens estão desviando-se da missão para a qual foram criados?

Foto

: Nic

e Vi

dal

Enquanto o resto do mundo está tentando preservar o pouco que lhe resta de vegetação nativa, tratando como verdadeiros tesouros os rema-nescentes que têm de floresta (isto é, quando têm), o nosso se dá ao luxo de propor mudanças no Código Flores-tal, que, dentre outras, pretende: esti-mular a impunidade, devido à ampla anistia proposta àqueles que come-teram crimes ambientais até julho de 2008; acelerar, ainda mais, a ocupação de áreas de risco em inúmeras cidades brasileiras, reduzindo a área de prote-ção às margens dos rios de 30, para 15 metros de largura...

Várias manifestações contra esta aprovação ocorreram pelo Brasil, mas a Comissão Especial de Reforma do Código aprovou, por 13 votos favoráveis e cinco contrá-rios, o parecer do relator Aldo Re-

belo para uma nova lei das matas brasileiras.

Agora, o novo Código segue para votação na Câmara dos Deputados, que só deve acontecer após as elei-ções de outubro.

Será que as últimas catástrofes ocasionadas pela ocupação desor-denada às margens dos rios não serviram de aviso?

Será que, neste caso, também irão sugerir que se monte um zoo-lógico com as espécies da fauna que serão expulsas de seus habitats, ou um museu com as árvores que serão derrubadas?

Parafraseando Cazuza, deseja-mos que, nas próximas decisões dos nossos governantes, o Brasil mostre a sua cara e que ela seja menos triste do que as imagens es-tampadas nas fotos ao lado!

Feira Orgânica - compre esta ideiaDesde novembro de

2007, pequenos agri-cultores da Associação Embaúba (Itacaré/Serra Grande) estão venden-do seus produtos na Feira Orgânica (Praça dos Cachorros/Itaca-ré - todo sábado), com o objetivo de buscar novos mercados para a produção de hortali-ças, frutas, ovos, gali-nhas, que, a cada ano, vem crescendo mais.

Compre essa ideia, melhorando a qualida-de de sua alimentação, privilegiando os agri-

cultores locais!

Ano I – número 11Agosto de 2010

Page 2: Atitude Ed11final

Por Paulo Sérgio Paiva O país que cresce e oferece

novas oportunidades de desen-volvimento regional, redescobre regiões esquecidas e mergulhadas em crises de identidade. Chegou a vez do sul da Bahia também rece-ber tais investimentos, através do desenvolvimento de projetos mui-to reivindicados como a duplica-ção da Rodovia Ilhéus-Itabuna e um novo aeroporto. Mas esses proje-tos vêm acompanhados de outros, que nunca pensamos e isto tem nos provocado uma crise ainda mais profunda, a crise de valores.

Um dia desses, entrevistei o jornalista Vilmar Berna, uma au-toridade e referência quando o assunto é a democratização da in-formação e, pelos seus serviços à causa, foi contemplado com diver-sos prêmios internacionais, como o Prêmio Global 500 da ONU.

Vilmar me dizia que Ilhéus ainda não definiu qual é a sua vocação, qual é a sua identida-de. Segundo ele, a informação é fundamental nesse processo e ela precisa vir aliada a valores, va-lores esses que são construídos através da educação. Assim, cada um toma as suas decisões em fun-ção dos valores que possui, sejam eles positivos para a coletividade, como os valores da solidariedade e da democracia; ou negativos, como os valores associados ao egoísmo e à ganância. .

Ele esteve em Ilhéus durante o lançamento da Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável com uma men-sagem muito clara: “ninguém é dono da informação e ela precisa fluir com a menor dificuldade pos-sível.” Destacou que cabe a nós

decidir o que queremos ser e com-preender a nossa vocação.

Mas o que temos visto em Ilhéus, de um ano para cá, desme-rece suas palavras. O anúncio da construção de um Complexo In-dustrial em uma área protegida e planejada como produto turístico, desuniu a região e recriou a guerra de informações de mão-única.

É um momento sério e perigoso para a imprensa regional. Desde que o anúncio do projeto foi feito, entramos em uma verdadeira guer-ra de valores, onde vale de tudo para convencer que o outro é o ini-migo, onde crucificamos a ética e transformamos os meios de comu-nicação em arma da violência.

Atordoados com esse estado de coisas, implodimos e ficamos cegos, passando a menosprezar as opiniões, principalmente, os que argumentam a contrariedade da localização do Complexo Por-to Sul. Numa verdadeira chuva de informações marcadas pelo preconceito imaturo, sobraram espinhos pra todo mundo. Para os empresários de turismo, am-bientalistas e cientistas, para os grandes jornais e televisões do país e nem mesmo a família real europeia e o jornalista Roberto Marinho, já falecido, foram pou-pados. Optou-se pela polariza-ção, e pior, organizamos o terror do radicalismo, obscurecedor e antagônico ao direito de infor-mação. Criou-se o ambiente dos ruídos e, nesse baú de angústias, esquecemos o inerente rumo co-mum. Passamos a atacar até mes-mo os investidores do turismo, que tanto reivindicamos apoio e que, há um ano, eram alvo de elogios em nosso noticiário.

O clima anti-reflexão ganhou tan-to espaço que, defender ou criticar o Porto Sul, tornou-se algo compro-metedor. Ser a favor ou contra virou rótulo e sinônimo de associação a grupos de interesse econômico.

O que já estava feio, ficou pior, quando resolvemos manipular a in-formação para tentar prejudicar a imagem de Guilherme Leal, um dos maiores empresários brasileiros e parceiro empolgado do Sul da Bahia, pela sua posição contrária ao projeto.

Mas a informação que hoje nos coloca às escuras, com certeza vai ser o meio legítimo de fazer raiar o sol da liberdade, onde a verdade da conservação ambiental reapa-rece cristalina em nossa reflexão. Confesso que me sinto constran-gido por ser contra a localização do Porto Sul, se não compreendem que meu posicionamento é resul-tado de um conjunto de valores que construí ao longo de toda a minha educação e exercício profis-sional... Não nasceu por acaso, não faz parte de uma guerra política ou pessoal; faz parte sim, de mim e de meu trabalho de beija-flor nes-sa grande caminhada em direção a um mundo melhor...

Minhas crenças não me cegam, a ponto de deixar de refletir os problemas do turismo, ou os be-nefícios que o Porto Sul poderia trazer, se fosse planejado em um local adequado. Essa história tem que tomar um novo rumo, chega de deuses e diabos e de condena-ções; precisamos voltar a pensar e a agir como donos autênticos de nossas opiniões, enxergando esse exercício como uma testificação da liberdade e direito essencial de todos os cidadãos! (blog Acorda meu Povo)

Página 02

Lançamos este jornal de ATITUDE no mês de outubro de 2009, tendo como principais objetivos:

a) Divulgar ações de associações locais que também lu-tam por esta causa: sustentabilidade, conservação e preser-vação do sul da Bahia;

b) Fornecer material didático para as escolas, publican-do artigos sobre a história e estórias do sul da Bahia;

c) Tornar acessível o que vem ocorrendo na região (em especial - Ilhéus, Itacaré, Maraú e Serra Grande), principal-mente para as comunidades que não têm acesso à Internet.

Desde seu lançamento, estamos contando com a parceria e apoio financeiro de comerciantes e prestadores de serviços da região (ver relação no Guia Encontre Aqui - página 07).

Como pretendemos ampliar a área de atuação e aumen-tar o número de exemplares para atingir mais comunidades, estamos convidando-o (a) a juntar-se a nós, contribuindo para que possamos continuar divulgando estes projetos que temos apoiado ao longo destas onze edições.

Sabemos que parte das notícias e ações veiculadas por este jornal já circula na internet, mas também sabemos que boa parte destas comunidades nem sabe o que é isto e não tem acesso ao que acontece por aqui e, desinformadas, aca-bam ficando alijadas do processo.

Seja você também um parceiro de ATITUDE e “ADOTE” uma quantidade de exemplares

(o custo da unidade é de R$ 1,50). Você escolhe a quantidade que quer “adotar”.

Na certeza de poder contar com o seu apoio, ficaremos no aguardo de um contato através do e-mail [email protected], para que possamos acertar detalhes desta parceria. Seja muito bem-vindo (a)!

Boa leitura - A redação

Atílio CamargoEx-Gerente Geral do TXAI Resort/Itacaré

“Obrigado por enviar-me o ‘AtiTude’. Viajo ao lê-lo. Por mo-mentos, transporto-me à região e dá uma saudade ‘danada’ de Serra Grande, Itacaré, Ilhéus, Canavieiras, lugares onde vivi momentos inesquecíveis cerca-do por pessoas simples, como a Dona Neuza que limpava meu bangalô; o Sr. Walter do bilhar que fechava minhas janelas diante da ameaça de chuva; as professoras às quais eu dava carona; a Ana do refeitório que cuidou do meu poodle; o Antônio e a esposa farmacêutica que me levavam medicamentos às 3:00 h da manhã; a missa na Cate-dral de São Sebastião onde eu pedia perdão dos pecados que cometia, em geral, depois de umas cachaças no Vesúvio e sob uma lua inigualável... Que Deus abençoe a todos.”

Maria do Socorro MendonçaAssociação Ação Ilhéus

“A cada nascimento (número novo), a certeza de que este é o caminho. Fico na expectativa de como será o novo ATITUDE, com tantas informações e me questio-no: Que milagre farão para todas as informações estarem organiza-das e sendo levadas para todos? E lá vem eles com ATITUDE, tra-zendo e fazendo como ninguém notícias de ATITUDES e ATITU-DES de vida de fazer e acontecer, para todos conhecerem. Assim, nascendo a cada novo número, fazendo e acontecendo, trazen-do notícias sérias e propostas de fazer diferente, ou seja, precisa-mos, antes de tudo, ATITUDE para acontecer mudanças verda-deiras para que o nosso mundo seja verdadeiramente JUSTO e SUSTENTÁVEL. A cada um dos

leitores que podem compartilhar com todas as ATITUDES Justas e Sustentáveis no nosso SUL DA BAHIA, nas suas instituições, en-viem notícias para que possamos divulgar neste jornal que é o úni-co com essa proposta na Bahia. Para aqueles que quiserem aces-sar e ler os primeiros números, acessem: www.acaoilheus.org. Parabéns! Vamos que vamos...”

Mário FeldmanSão Paulo

Este leitor esteve em Itacaré no ano de 2009 e, admirando o pôr-do-sol da Ponta do Xaréu, teve uma grande inspiração e escreveu o conto: Noite de Lua Crescente que publicamos abai-xo as duas últimas partes (edi-ção 09 - 1ª., edição 10 - 2ª.):

“III - Uma onda empurrou a pequena embarcação para dentro da baía, com seu timoneiro desa-cordado. Foi um sopro de Deus que recompensou a sua luta. A luta de um sofrido trabalhador, entre os explorados, injustiça-dos, honestos e valentes traba-lhadores desse país. Esta gente boa e lutadora que conta apenas com as luzes divinas para ilumi-nar as profundas cisternas onde os podres políticos e poderosos ambiciosos, depois de sugarem suas forças, a atiram./

O velho motor diesel do pe-queno pesqueiro que respondeu nos piores momentos da luta noturna apagou. O modesto barquinho balançava docemen-te ao sabor das marolas, na se-gurança da baía./

O dia amanheceu ensolarado. As brancas e raras nuvens no céu anunciavam a calmaria na baía. O pescador acordou de um sonho. Emergira daquele mundo que qua-se o tragara para o fundo do mar./

Seus olhos mareados de lá-grimas olhavam para a praia.

Como que num milagre de Deus, o pescador conseguira retornar. Estava vivo. O barco estava parado no meio da baía há pouca distância de seu can-to de felicidade, tão latente na sua visão quando estava na luta contra o mar. Um sorriso doce-mente salgado tomou conta do seu rosto, apesar de ainda estar atordoado pela pancada./

Ele pegou a última bombona de óleo. Abasteceu e ligou o mo-tor e aproou rumo a sua doce ta-pera à beira mar, onde a morena e os guris, aflitos com a demora do seu retorno, o esperavam./

IV - Tião jogou o ferro. O barco lentamente encalhou na praia. Ele saltou e caiu de joelhos na areia branca com as mãos es-tendidas para o céu. Seu rosto encharcado de suor e lágrimas, voltado para o azul infinito, era um humilde e grandioso gesto de agradecimento./

A mulher e os pequenos guris correram em sua direção para abraçar o fadigado e querido homem do mar. Choravam jun-tos pela volta do pai, do marido, que antes de provedor de seu alimento, era uma pequena alma que ali estava salva. Mas era o grande amor de suas vidas./

Ele abraçou a família com for-ça, as lágrimas escorriam-lhe pelo rosto. Não se queixou da vida, nem do mar. Olhou para aquela imensidão que o esperava para continuar seguindo seu destino.”

MaritaPousada Fazenda Rainha do Sul - Camacã

“Parabéns pelo trabalho, mui-to boa apresentação e conteúdo. Imagino o trabalho que dá para se chegar a esse nivel de quali-dade. Sucesso e força para dar continuidade a essa grande con-tribuição à nossa região.”

Diálogos entre professores e alunos “inteligentes”?!Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas? Aluno: Purê de batata! (Faz sentido!)

Professor: Diga o presente do indicativo do verbo caminhar. Aluno: Eu caminho ... tu caminhas ... ele caminha... Professor: Mais depressa! Aluno: Nós corremos, vós correis, eles correm ! (E não é verdade?)

Professor: “Chovia” que tempo é? Aluno: É tempo muito ruim, senhor professor. (Alguma dúvida?)

Contribuição da leitora de AtiTude Tatiane Botelho/Ilhéus

Jornal AtiTude – pela sustenTabilidade do Sul da BahiaEscreva para: [email protected] Acesse para acompanhar edições anteriores:www.redesuldabahia.org/atitude; www.acaoilheus.org/atitude www.itacare.com/atitude; www.sulbahia.net/atitudeprolagoaencantada.blogspot.com

Edição, revisão e diagramação: Nice VidalImpressão: Gráfica AgoraOS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORESCirculação: mensal - Sul da Bahia

Ano I – número 11Agosto de 2010

Convite: - Quer ser um parceiro de AtiTude?

Oração: Bom Jesus da Lapa - 06 de agosto

O Rio Tijuípe é uma inspiração por uma terra sem males

Livrai-nos de toda maldade, fraqueza e dureza

de coração.Transforme-nos, ó

Senhor Bom Jesus, em mensageiros do Seu Reino e faça de nós testemunhas do Seu amor e construtores da

paz e da união.Amém!

Um furo em um mineroduto provocou o vazamento de minério de ferro no rio São Sebastião, que abastece a cidade mi-neira de Espera Feliz, no dia 25 de Julho.

A operação do mineroduto, que trans-porta o minério das cidades de Ouro Pre-to e Mariana - MG, até o porto de Ubu, em Anchieta - ES, foi suspensa.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) interrompeu a captação de água do rio São Sebastião.

A Secretaria do Meio Ambiente de Es-pera Feliz disse que muitos peixes morre-ram e a Prefeitura decretou situação de emergência e estima que, pelo menos, 10 mil pessoas estejam sofrendo as consequ-ências do acidente ambiental.

O município pede que os moradores economizem água e que os produtores ru-rais não deixem os animais beberem dos rios São Sebastião, São João e Caparaó.

Os órgãos de defesa civil de Minas Ge-rais e do Rio de Janeiro estão em alerta.

A mancha de polpa de minério de ferro pode atingir 13 cidades dos dois estados. (Fonte: Globo Minas e MegaMinas)

Qualquer semelhança, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA com o

que pode acontecer com a implantação do PORTO SUL.

Como diz o sábio ditado: QUEM AVISA, AMIGO É...

TMI opções culturais no mês de Agosto

Semana de Jorge Amado 2010:Dia 09, 18h: Exposição com obras de artistas que ilustraram livros de Jorge AmadoDia 10, 20h: Dia de Jorge Amado com apresentação gratuita do espetáculo “Jorge Amado, santo de casa” da Cia. de Dança Sôanne Marry

Temas diversos:Dia 13, 20h: Show Musical com Bebeto & ConvidadosDias 14/15, 20h: Peça Teatral “O diário de Débora”

Dia 20, 20h: Show Homenagem a Raul SeixasDias 21/22, 17h: Espetáculo Infantil, baseado no fil-me “A Revolta dos Brinquedos(Toys)”Dias 26/27, 20h: Espetáculo “Jorge Amado, santo de casa”Cia de Dança Sôanne Marry (pago)Dia 26, 19h: Gravação em DVD do Grupo Space Dance.

Maiores informações no TMI (Teatro Municipal de Ilhéus) ou [email protected]

Quem avisa, amigo é...

Por Rui Rocha

Meus caros leitores, com a se-quência de noticias ruins que se ouve diariamente, a impressão que fica é que o mundo mergu-lhou no abismo. Daqui pra frente, a única esperança que temos é o fim. O mal, devastador, insiste em roubar-nos a consciência, tirar-nos a vida e nos fragmentar por com-pleto. Por outro lado, teimamos em acreditar no bem.

Amanhã, será um lindo dia, afir-mou o poeta. Quem sabe, hoje mesmo? Com sensibilidade, pode-mos constatar que, na verdade, o planeta nos espera ansiosamente e depende de nós simplesmente aquietarmos, assistindo o movi-mento do universo para, nova-mente, estar sob a graça da vida, como foi no princípio.

Sábado em Serra Grande, verão de 2005. Um amigo avisa que Gui-lherme Leal, da Natura, queria me conhecer. No dia seguinte, fomos à Barra do Tijuípe, conhecer a área que ele acabara de adquirir – cerca de 80 hectares, entre o rio e o mar, no limite dos municípios de Uruçuca e Itacaré. Havia ali uma família, uma casa muito simples e uma trilha com áreas degradadas, mangues, restin-gas e matas, dando acesso a pesca-dores da vila, todos os dias.

Quando chegamos ao local, uma das coisas que disse, como

quem pede conselho, foi: “quero sua ajuda para não cometer erros. Quais são as regras da APA, neste local?”. Após um exaustivo plane-jamento de todo o imóvel e uma apresentação ao Conselho Gestor da APA, somente em 2008 começa-ram as construções residenciais.

O começo de tudo foi uma oca, feita com piaçava e madeira plan-tada. Depois, casas para a família, daquelas que envolve, pelo cora-ção, muita gente. Hoje, a Barra em-prega trinta pessoas da Vila, além dos operários que edificam as ca-sas e estruturas de apoio. Os pes-cadores continuam frequentando a barra do rio, sempre generoso.

Mas, o mais importante: a che-gada de Guilherme Leal a Serra Gran-de não se resumiu a edificações na fazendinha. Apoiou, em 2008, a constituição de uma nova institui-ção brasileira, o Arapyaú, contando com pensadores como Kaká Werá, Cláudio Pádua, Eduardo Gianetti da Fonseca e Oded Grajew, este último idealizador do Fórum Social Mun-dial. Aqui, em Serra Grande, nas margens do Rio Tijuípe, sonhos fo-ram feitos para que um outro Brasil pudesse se desenvolver.

De lá para cá, mais do que um dos presidentes da Natura, a famosa empresa de cosméticos brasileira, Guilherme tornou-se um cidadão da APA de Itacaré/Serra Grande, no Sul da Bahia. Junto a

educadores locais, idealizamos a Vila Aprendiz, programa que en-volve o poder público, crianças, artistas e professores para uma nova forma de lidar a educação – aonde todos aprendem. Um Plano Diretor Urbano e Rural está sendo concebido com a população, para se pensar o futuro da Vila.

Guilherme cedeu também uma área ao lado da futura estação de tratamento de esgotos para mon-tarmos, com a Fundação SOS Mata Atlântica, um viveiro que produz, por ano, quase duzentas mil mudas de espécies nativas, como a ames-cla, juçara, pequi, ingá, pau-de-jan-gada, entre tantas outras árvores tí-picas da APA. Vinte hectares estão sendo recuperados em uma área próxima ao Rio Tijuípe, somente em 2010, em parceria com o Institu-to de Pesquisas Ecológicas - Ipê.

Quando a imprensa contou, se-manas atrás, que o ‘vice de Marina’ desmatou área no Sul da Bahia e o Presidente do IBAMA negou, dias depois, eu pensei o quanto a vida prega peças, talvez para que a gen-te possa anunciar aos quatro ven-tos que, além do mal, o bem existe e habita em cada um, em nós.

Uma terra sem males, o so-nho dos povos originais ameri-canos, ainda é o sonho de mui-ta gente, em todos os cantos do Planeta. Que tal realizarmos isso por aqui?

Crise de valores

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Page 3: Atitude Ed11final

Por Paulo Sérgio Paiva O país que cresce e oferece

novas oportunidades de desen-volvimento regional, redescobre regiões esquecidas e mergulhadas em crises de identidade. Chegou a vez do sul da Bahia também rece-ber tais investimentos, através do desenvolvimento de projetos mui-to reivindicados como a duplica-ção da Rodovia Ilhéus-Itabuna e um novo aeroporto. Mas esses proje-tos vêm acompanhados de outros, que nunca pensamos e isto tem nos provocado uma crise ainda mais profunda, a crise de valores.

Um dia desses, entrevistei o jornalista Vilmar Berna, uma au-toridade e referência quando o assunto é a democratização da in-formação e, pelos seus serviços à causa, foi contemplado com diver-sos prêmios internacionais, como o Prêmio Global 500 da ONU.

Vilmar me dizia que Ilhéus ainda não definiu qual é a sua vocação, qual é a sua identida-de. Segundo ele, a informação é fundamental nesse processo e ela precisa vir aliada a valores, va-lores esses que são construídos através da educação. Assim, cada um toma as suas decisões em fun-ção dos valores que possui, sejam eles positivos para a coletividade, como os valores da solidariedade e da democracia; ou negativos, como os valores associados ao egoísmo e à ganância. .

Ele esteve em Ilhéus durante o lançamento da Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável com uma men-sagem muito clara: “ninguém é dono da informação e ela precisa fluir com a menor dificuldade pos-sível.” Destacou que cabe a nós

decidir o que queremos ser e com-preender a nossa vocação.

Mas o que temos visto em Ilhéus, de um ano para cá, desme-rece suas palavras. O anúncio da construção de um Complexo In-dustrial em uma área protegida e planejada como produto turístico, desuniu a região e recriou a guerra de informações de mão-única.

É um momento sério e perigoso para a imprensa regional. Desde que o anúncio do projeto foi feito, entramos em uma verdadeira guer-ra de valores, onde vale de tudo para convencer que o outro é o ini-migo, onde crucificamos a ética e transformamos os meios de comu-nicação em arma da violência.

Atordoados com esse estado de coisas, implodimos e ficamos cegos, passando a menosprezar as opiniões, principalmente, os que argumentam a contrariedade da localização do Complexo Por-to Sul. Numa verdadeira chuva de informações marcadas pelo preconceito imaturo, sobraram espinhos pra todo mundo. Para os empresários de turismo, am-bientalistas e cientistas, para os grandes jornais e televisões do país e nem mesmo a família real europeia e o jornalista Roberto Marinho, já falecido, foram pou-pados. Optou-se pela polariza-ção, e pior, organizamos o terror do radicalismo, obscurecedor e antagônico ao direito de infor-mação. Criou-se o ambiente dos ruídos e, nesse baú de angústias, esquecemos o inerente rumo co-mum. Passamos a atacar até mes-mo os investidores do turismo, que tanto reivindicamos apoio e que, há um ano, eram alvo de elogios em nosso noticiário.

O clima anti-reflexão ganhou tan-to espaço que, defender ou criticar o Porto Sul, tornou-se algo compro-metedor. Ser a favor ou contra virou rótulo e sinônimo de associação a grupos de interesse econômico.

O que já estava feio, ficou pior, quando resolvemos manipular a in-formação para tentar prejudicar a imagem de Guilherme Leal, um dos maiores empresários brasileiros e parceiro empolgado do Sul da Bahia, pela sua posição contrária ao projeto.

Mas a informação que hoje nos coloca às escuras, com certeza vai ser o meio legítimo de fazer raiar o sol da liberdade, onde a verdade da conservação ambiental reapa-rece cristalina em nossa reflexão. Confesso que me sinto constran-gido por ser contra a localização do Porto Sul, se não compreendem que meu posicionamento é resul-tado de um conjunto de valores que construí ao longo de toda a minha educação e exercício profis-sional... Não nasceu por acaso, não faz parte de uma guerra política ou pessoal; faz parte sim, de mim e de meu trabalho de beija-flor nes-sa grande caminhada em direção a um mundo melhor...

Minhas crenças não me cegam, a ponto de deixar de refletir os problemas do turismo, ou os be-nefícios que o Porto Sul poderia trazer, se fosse planejado em um local adequado. Essa história tem que tomar um novo rumo, chega de deuses e diabos e de condena-ções; precisamos voltar a pensar e a agir como donos autênticos de nossas opiniões, enxergando esse exercício como uma testificação da liberdade e direito essencial de todos os cidadãos! (blog Acorda meu Povo)

Atílio CamargoEx-Gerente Geral do TXAI Resort/Itacaré

“Obrigado por enviar-me o ‘AtiTude’. Viajo ao lê-lo. Por mo-mentos, transporto-me à região e dá uma saudade ‘danada’ de Serra Grande, Itacaré, Ilhéus, Canavieiras, lugares onde vivi momentos inesquecíveis cerca-do por pessoas simples, como a Dona Neuza que limpava meu bangalô; o Sr. Walter do bilhar que fechava minhas janelas diante da ameaça de chuva; as professoras às quais eu dava carona; a Ana do refeitório que cuidou do meu poodle; o Antônio e a esposa farmacêutica que me levavam medicamentos às 3:00 h da manhã; a missa na Cate-dral de São Sebastião onde eu pedia perdão dos pecados que cometia, em geral, depois de umas cachaças no Vesúvio e sob uma lua inigualável... Que Deus abençoe a todos.”

Maria do Socorro MendonçaAssociação Ação Ilhéus

“A cada nascimento (número novo), a certeza de que este é o caminho. Fico na expectativa de como será o novo ATITUDE, com tantas informações e me questio-no: Que milagre farão para todas as informações estarem organiza-das e sendo levadas para todos? E lá vem eles com ATITUDE, tra-zendo e fazendo como ninguém notícias de ATITUDES e ATITU-DES de vida de fazer e acontecer, para todos conhecerem. Assim, nascendo a cada novo número, fazendo e acontecendo, trazen-do notícias sérias e propostas de fazer diferente, ou seja, precisa-mos, antes de tudo, ATITUDE para acontecer mudanças verda-deiras para que o nosso mundo seja verdadeiramente JUSTO e SUSTENTÁVEL. A cada um dos

leitores que podem compartilhar com todas as ATITUDES Justas e Sustentáveis no nosso SUL DA BAHIA, nas suas instituições, en-viem notícias para que possamos divulgar neste jornal que é o úni-co com essa proposta na Bahia. Para aqueles que quiserem aces-sar e ler os primeiros números, acessem: www.acaoilheus.org. Parabéns! Vamos que vamos...”

Mário FeldmanSão Paulo

Este leitor esteve em Itacaré no ano de 2009 e, admirando o pôr-do-sol da Ponta do Xaréu, teve uma grande inspiração e escreveu o conto: Noite de Lua Crescente que publicamos abai-xo as duas últimas partes (edi-ção 09 - 1ª., edição 10 - 2ª.):

“III - Uma onda empurrou a pequena embarcação para dentro da baía, com seu timoneiro desa-cordado. Foi um sopro de Deus que recompensou a sua luta. A luta de um sofrido trabalhador, entre os explorados, injustiça-dos, honestos e valentes traba-lhadores desse país. Esta gente boa e lutadora que conta apenas com as luzes divinas para ilumi-nar as profundas cisternas onde os podres políticos e poderosos ambiciosos, depois de sugarem suas forças, a atiram./

O velho motor diesel do pe-queno pesqueiro que respondeu nos piores momentos da luta noturna apagou. O modesto barquinho balançava docemen-te ao sabor das marolas, na se-gurança da baía./

O dia amanheceu ensolarado. As brancas e raras nuvens no céu anunciavam a calmaria na baía. O pescador acordou de um sonho. Emergira daquele mundo que qua-se o tragara para o fundo do mar./

Seus olhos mareados de lá-grimas olhavam para a praia.

Como que num milagre de Deus, o pescador conseguira retornar. Estava vivo. O barco estava parado no meio da baía há pouca distância de seu can-to de felicidade, tão latente na sua visão quando estava na luta contra o mar. Um sorriso doce-mente salgado tomou conta do seu rosto, apesar de ainda estar atordoado pela pancada./

Ele pegou a última bombona de óleo. Abasteceu e ligou o mo-tor e aproou rumo a sua doce ta-pera à beira mar, onde a morena e os guris, aflitos com a demora do seu retorno, o esperavam./

IV - Tião jogou o ferro. O barco lentamente encalhou na praia. Ele saltou e caiu de joelhos na areia branca com as mãos es-tendidas para o céu. Seu rosto encharcado de suor e lágrimas, voltado para o azul infinito, era um humilde e grandioso gesto de agradecimento./

A mulher e os pequenos guris correram em sua direção para abraçar o fadigado e querido homem do mar. Choravam jun-tos pela volta do pai, do marido, que antes de provedor de seu alimento, era uma pequena alma que ali estava salva. Mas era o grande amor de suas vidas./

Ele abraçou a família com for-ça, as lágrimas escorriam-lhe pelo rosto. Não se queixou da vida, nem do mar. Olhou para aquela imensidão que o esperava para continuar seguindo seu destino.”

MaritaPousada Fazenda Rainha do Sul - Camacã

“Parabéns pelo trabalho, mui-to boa apresentação e conteúdo. Imagino o trabalho que dá para se chegar a esse nivel de quali-dade. Sucesso e força para dar continuidade a essa grande con-tribuição à nossa região.”

Página 03Ano I – número 11

Agosto de 2010

O Rio Tijuípe é uma inspiração por uma terra sem males

Por Rui Rocha

Meus caros leitores, com a se-quência de noticias ruins que se ouve diariamente, a impressão que fica é que o mundo mergu-lhou no abismo. Daqui pra frente, a única esperança que temos é o fim. O mal, devastador, insiste em roubar-nos a consciência, tirar-nos a vida e nos fragmentar por com-pleto. Por outro lado, teimamos em acreditar no bem.

Amanhã, será um lindo dia, afir-mou o poeta. Quem sabe, hoje mesmo? Com sensibilidade, pode-mos constatar que, na verdade, o planeta nos espera ansiosamente e depende de nós simplesmente aquietarmos, assistindo o movi-mento do universo para, nova-mente, estar sob a graça da vida, como foi no princípio.

Sábado em Serra Grande, verão de 2005. Um amigo avisa que Gui-lherme Leal, da Natura, queria me conhecer. No dia seguinte, fomos à Barra do Tijuípe, conhecer a área que ele acabara de adquirir – cerca de 80 hectares, entre o rio e o mar, no limite dos municípios de Uruçuca e Itacaré. Havia ali uma família, uma casa muito simples e uma trilha com áreas degradadas, mangues, restin-gas e matas, dando acesso a pesca-dores da vila, todos os dias.

Quando chegamos ao local, uma das coisas que disse, como

quem pede conselho, foi: “quero sua ajuda para não cometer erros. Quais são as regras da APA, neste local?”. Após um exaustivo plane-jamento de todo o imóvel e uma apresentação ao Conselho Gestor da APA, somente em 2008 começa-ram as construções residenciais.

O começo de tudo foi uma oca, feita com piaçava e madeira plan-tada. Depois, casas para a família, daquelas que envolve, pelo cora-ção, muita gente. Hoje, a Barra em-prega trinta pessoas da Vila, além dos operários que edificam as ca-sas e estruturas de apoio. Os pes-cadores continuam frequentando a barra do rio, sempre generoso.

Mas, o mais importante: a che-gada de Guilherme Leal a Serra Gran-de não se resumiu a edificações na fazendinha. Apoiou, em 2008, a constituição de uma nova institui-ção brasileira, o Arapyaú, contando com pensadores como Kaká Werá, Cláudio Pádua, Eduardo Gianetti da Fonseca e Oded Grajew, este último idealizador do Fórum Social Mun-dial. Aqui, em Serra Grande, nas margens do Rio Tijuípe, sonhos fo-ram feitos para que um outro Brasil pudesse se desenvolver.

De lá para cá, mais do que um dos presidentes da Natura, a famosa empresa de cosméticos brasileira, Guilherme tornou-se um cidadão da APA de Itacaré/Serra Grande, no Sul da Bahia. Junto a

educadores locais, idealizamos a Vila Aprendiz, programa que en-volve o poder público, crianças, artistas e professores para uma nova forma de lidar a educação – aonde todos aprendem. Um Plano Diretor Urbano e Rural está sendo concebido com a população, para se pensar o futuro da Vila.

Guilherme cedeu também uma área ao lado da futura estação de tratamento de esgotos para mon-tarmos, com a Fundação SOS Mata Atlântica, um viveiro que produz, por ano, quase duzentas mil mudas de espécies nativas, como a ames-cla, juçara, pequi, ingá, pau-de-jan-gada, entre tantas outras árvores tí-picas da APA. Vinte hectares estão sendo recuperados em uma área próxima ao Rio Tijuípe, somente em 2010, em parceria com o Institu-to de Pesquisas Ecológicas - Ipê.

Quando a imprensa contou, se-manas atrás, que o ‘vice de Marina’ desmatou área no Sul da Bahia e o Presidente do IBAMA negou, dias depois, eu pensei o quanto a vida prega peças, talvez para que a gen-te possa anunciar aos quatro ven-tos que, além do mal, o bem existe e habita em cada um, em nós.

Uma terra sem males, o so-nho dos povos originais ameri-canos, ainda é o sonho de mui-ta gente, em todos os cantos do Planeta. Que tal realizarmos isso por aqui?

Crise de valores

O Cristo Redentorde Ilhéus

Por Maria Luiza Heine “Em novembro de 1942, o Pre-

feito Mário Pessoa inaugurou, na avenida Dois de Julho, o monumen-to ao Cristo Redentor. A estátua que se ergue sobre os rochedos situados à entrada da barra foi projetada pelo escultor italiano Paschoal de Chirico e executada pelos arquitetos Valde-mar Tavares e Salomão da Silveira, com as seguintes características: 8 m de altura; 3 m de pedestal; 7,5 m de envergadura” (BRANDÃO; RO-SÁRIO, 1970, p. 99, in NAZAL, 2005, p. 67).

Precisamos conhecer nossa história, o que venho dizendo há exatos 16 anos, quando publi-quei meu primeiro livro sobre a história de Ilhéus.

O Cristo de Ilhéus foi coloca-do na Dois de Julho para abençoar e proteger os navegantes que en-travam e saíam de uma barra cada vez mais rasa e traiçoeira, por cau-sa do material trazido pelo rio. E é lá que deverá ficar.

Se são poucos os que brigam pelo patrimônio de Ilhéus, com certeza estou incluída neste grupo. Acredito que devemos preservar nossa histó-ria para reforçar nossa identidade, acho que devemos discutir estes as-suntos, mas nunca diminuir quem pensa diferente de mim.

São Luis do Paraitinga/SP vai re-construir a igreja derrubada pela

enchente do rio, está reconstruin-do a cidade. Aqui, a gente manda derrubar nossa história…

Precisamos ensinar nossas crianças a valorizarem nossa his-tória e nosso patrimônio. Ensinar a pensar a democracia: “não concor-do com uma palavra do que dizeis, mas, defenderei até a morte, vosso direito de dizê-la” - Voltaire.

Quem sabe, num embate de-mocrático, onde prevalece não só a vontade da maioria, mas a de quem tem maior poder de convencimen-to, possamos sair da discussão que não leva a lugar nenhum, para cedermos um pouco e sairmos do mesmo lugar em que nos encon-tramos, desde a crise do cacau. É o que ardentemente espero. (Íntegra www.acaoilheus.org)

Por (*) Marcos Pennha

A hora é agora. Novas elei-ções para presidente, governa-dores, senadores, deputados federais e estaduais. Os elei-tores terão a oportunidade de escolher os reais “fichas limpas”, visto que alguns dos ‘sujas’ con-seguirão concorrer no pleito, graças a brechas oferecidas pela lei. Agora é o momento de de-cidir, sem essa de festa da de-mocracia. O negócio é sério.

As eleições são apenas o começo do processo de demo-cratização. O trabalho não aca-ba com o término das eleições. Nós, brasileiros, temos que nos manter vigilantes duran-te o mandato dos eleitos. Não devemos deixar de fiscalizar aqueles que gerenciam, tem-porariamente, nosso suado dinheiro gerado pela arreca-dação de impostos. Para tal, faz-se necessário que saibamos como proceder.

Os membros da sociedade civil organizada precisam as-similar a importância de suas participações maciças nas de-cisões de governantes e parla-mentares, através de conselhos, fóruns e conferências.

É imperioso que as organi-zações diversas da sociedade estejam desatreladas de agre-miações político-partidárias. É preciso que se separe a sim-patia pessoal ao político de sua ação profissional. Amigos, ami-gos, negócios à parte. O detentor de mandato é um serviçal do cidadão (pagador de impos-tos) e exerce suas funções por tempo determinado.

Cada vez mais nota-se a ne-cessidade de cobrança, aos gover-nantes e parlamentares, relaciona-da à lisura nas ações administrati-vas. Os males sociais grassam por causa da falta de cumprimento dos deveres de cada um de nós cidadãos, que temos a obrigação de ser o exemplo.

Faltam escolas, espaços culturais, ginásios de espor-tes, postos médicos e hospitais públicos, além de saneamento básico (o qual contribui com a proliferação de doenças) e segurança. Os equipamentos existentes estão mal apare-lhados, e os profissionais re-munerados indignamente. O dinheiro subtraído do erário, indevidamente, seria para re-tornar ao cidadão em forma de serviços essenciais. Tá mais do que na hora dos atores so-ciais mobilizarem-se em prol do objetivo comum, que é o de diminuir as desigualdades na distribuição de renda.

Quem fecha os olhos para a corrupção dos políticos, não fiscalizando, nem exigindo pu-nição a quem comete atos de improbidade administrativa, torna-se cúmplice e, por isso, também, culpado pelas ma-zelas ocorridas na sociedade. Quando o bandido sequestra ou mete o revólver na cabeça do cidadão para lhe tomar o di-nheiro, é como se o delinquen-te agressor estivesse dizendo: “Passa aí um pouco da grana que você me tirou, malandro”.

(*) Bacharel em Ciências Econô-micas e atua como jornalista e

assessor de imprensa. Contatos: [email protected]

Mobiliza Povo

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Page 4: Atitude Ed11final

Moradores de Serra Gran-de reuniram-se no dia 21 de Julho, na Pousada Sargimar - Vila do Sargi, com o objetivo de discutir pontos conflitantes no Plano Diretor Urbano Ter-ritorial do Distrito de Serra Grande. Também estiveram presentes representantes da Prefeitura, do Instituto Floresta Viva e da Rede de Associações de Serra Grande.

O principal objetivo foi o de adiar a Audiência Públi-ca que estava marcada para o dia 24 de Julho, pois mui-tos aspectos ainda precisam ser melhor esclarecidos e outros alterados, já que vão de encontro ao anseio da população local.

Na oportunidade, a comu-nidade da Vila do Sargi en-caminhou um documento ao Prefeito de Uruçuca - Moacyr Leite Júnior, contendo as prin-cipais reivindicações, bem como sugestões de melhorias na Vila, alegando que “caso estas propostas sejam aprova-das, poderão gerar sérios danos ao meio ambiente, aos moradores e comerciantes, além de gastos desnecessários aos cofres do Mu-nicípio, que poderiam ser empre-gados em obras mais concretas e necessárias.”

São contra:- construção de um Portal em outro local que não seja na entrada atual;- construção de uma Avenida

de Integração. “Necessitamos de recuperação e urbanização de nossa atual malha viária.”- redução de tamanho dos no-vos lotes dos atuais 1000, para 400 m², bem como o aumento da área de construção de 0,40 para 0,60.

Ao mesmo tempo, concor-dam com outras propostas sugeridas no Plano Diretor, no que diz respeito a:- drenagem das ruas que fi-cam alagadas no período das chuvas;- melhoramento das condi-ções viárias;- criação do sistema de abaste-cimento de água - EMBASA;- serviço de telefonia fixa;- segurança pública.

“Somos conscientes das ne-cessidades de capacitação dos nossos serviços e do incremento urbanístico de nossa Vila que, conforme descrito no Plano Di-retor, tem uma vocação natural para o turismo. Porém, não pode-mos esquecer que, para atender e crescer, precisamos ter condições básicas de infraestrutura e, aci-ma de tudo, ter respeitado o di-reito de cada cidadão.” Conclui o referido documento.

Aproveitaram para criar uma agenda de reuniões iti-nerantes (quadro ao lado), convidando todas as comu-nidades envolvidas, para que participem deste processo que é de interesse comum aos moradores de Serra Grande.

Página 04Ano I – número 11

Agosto de 2010

Serra Grande reivindicamudanças no Plano Diretor

Rede de Coalizão Sul da Bahia

Justo e SustentávelUma organização da

Sociedade Civil, sem fins lucrativos, comprometida

com comportamentos éticos e dedicada à democratização

da informação. A proposta é a de cooperar com

a criação e mobilização da cidadania do Sul da Bahia,

através da força conjunta de seus membros, tendo como valor essencial a justiça e a

sustentabilidade, através da democracia participativa.

Inscreva-se e participe! www.redecoalizaosulba.ning.com

Conecte-se ao site: www.redesuldabahia.org

A Fundação Palmares emi-tiu, no mês de julho, uma certidão reconhecendo a identidade e legitimidade da Comunidade Quilombo-la Serra de Água – Itacaré (a mais distante da zona urbana, localizada próximo à divisa com os municípios de Ubaitaba e Uruçuca).

Formada por cerca de 150 famílias, tem seu cotidiano marcado pela economia do cacau, da mandio-ca, de frutas e hor-tas. Sua cultura está muito relacionada a novenas que mis-turam catolicismo e samba-de-roda, cantigas diversas, receitas tradicionais e uma história de migração que o Griô João Nascimento (na foto tocando pandeiro), relatava quando em

vida: “depois da alforria, seu bisavô migrou da região que se chamava Formiga - próximo à Ponte da BA 001 - território João Rodrigues - subindo o rio, buscando um lugar melhor de se viver, chegou no Serra de Água e fez famílias”.

Contribuíram também para esta regulamentação os apoios da mobilização

do Instituto Floresta Viva, SE-BRAE, Rede Mocambos, Con-selho Quilombola de Itacaré e Casa do Boneco.

“Esta certidão é semelhante a uma ‘carteira de identidade coletiva’. É um documento que reconhece Serra de Água no Cadastro Nacional de Comu-nidades Quilombolas, possi-bilitando o acesso às políticas públicas. Por exemplo, para um jovem concorrer à cota de quilombola em uma universi-dade (como a Dani da Casa do Boneco acessou na UESC), ou uma família quilombola poder participar do programa ‘Mi-nha Casa, Minha Vida’, precisa apresentar esta certidão, para ter seus direitos garantidos.” Esclareceu Sayonara Malta.

Acompanhem esta e ou-tras conquistas para as co-munidades quilombolas da região, acessando casado-boneco.blogspot.com

Esta página destaca atividades realizadas por organizações

associadas à Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável.

Recorte-a e fixe-a no mural de sua instituição e/ou nos pontos

comerciais e de grande circulação de sua comunidade.

Assim, mais pessoas poderão acompanhar e participar dessas

atividades que são do interesse de todos.

Participe! Envie sugestões de pauta à

Assessoria de Comunicação da Rede

[email protected] ""

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Parabéns aos leitores que apagam velinhas em Agosto e a todos os painhos pelo dia 8! Vivam a vida e sejam muito felizes!

Serra de Água conquista seu reconhecimento

- Dia 04 - 16:00 hAssunto: Almir CarapiáOsmar Simões/LagoaLocal: João Veloso

- Dia 05 - 19:00 hAssunto: Manoel FerreiraLocal: Casa de Mara

- Dia 07 - 16:00 hAssunto: Ponte Pancadinha/Casa de FarinhaLocal: Zé Lito

- Dia 09 - 09:00 hAssunto: Beira RioLocal: Zé Lito

- Dia 11 - 19:00 hAssunto: SargiLocal: Pousada Sargimar

- Dia 12 - 19:00 hAssunto: RepresaLocal: Cabana Tropical

- Dia 17 - 19:00 hReunião antes do diálogo com o Ministério PúblicoLocal: Salão Igreja Católica

- Dia 18 - 08:00 hReunião Ministério PúblicoLocal: Fórum Uruçuca

Compareça - sua participa-ção é muito importante!

Plano Diretor Serra Grande

reuniões itinerantesmês de Agosto

Voluntários de mãos dadas contra a AIDS

O NEPSI - Núcleo de Educação e Promoção à Saúde de Ilhéus foi criado através do GAPA – Bahia (Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS), para dar continuidade às ações de prevenção às DST (do-enças sexualmente transmissíveis)/AIDS, tendo como apoio um gru-po de voluntários: professores, técnicos em enfermagem, agen-tes comunitários de saúde, alu-nos de escolas públicas e pessoas

da comunidade.Local de atendimento: Eixo

Principal, nº 104 - Bairro Her-nani Sá, de segunda a sexta, das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 17:00 h, salientando que estes serviços são prestados gratuitamente.

A Diretoria (foto) convida a todos para se juntarem a esta nobre causa.

Seja também um voluntário! Detalhes: [email protected]

Page 5: Atitude Ed11final

Página 05Ano I – número 11Agosto de 2010

Parabéns aos leitores que apagam velinhas em Agosto e a todos os painhos pelo dia 8! Vivam a vida e sejam muito felizes!

Mês de festa na Capital Baiana da Fé

Lió, na foto com o neto Raonir que aniversaria no dia 04 de agosto.

Plano Diretor Serra Grande

reuniões itinerantesmês de Agosto

Taboquinhas sob as bençãos de Bom JesusTABOQUINHAS - charmoso Distrito da cidade de Itacaré -, também tem Bom Jesus como seu padroeiro.Às margens do Rio de Contas, atrai muitos turistas em busca de esportes de aventura, tendo o rafting como seu carro-chefe.

Dia 4 - Adiler

Naty Dry Modas - Itacaré

Dia 27 é a vez deste lindo pescador da Praia do Rosa/SC - Rubinho (Tivó 1)Amamos você!

Casa Sapucaianovidades que dão água na boca

O Restaurante Casa Sa-pucaia - Rua Lodônio Almei-da – Itacaré, realizou um Fes-tival nos dias 22 a 24 de Julho, mostrando a seus clientes e amigos as novas sugestões de cardápio, bem como os clássicos que já fazem suces-so desde sua inauguração.

Os novos pratos utili-zam, essencialmente, ingre-dientes locais e orgânicos, vindos de pequenos produ-tores da comunidade, em uma cozinha contemporâ-nea saudável, saborosa e

exclusiva, como sempre foi a proposta da casa.

Dentre as novidades: riso-to de queijo de cabra com horte-lã, charutinhos de taioba, salada de grãos germinados, carpaccio de pupunha fresca, tempero com vinagre de mel de cacau e outras delícias da terra, cola-borando com a sustentabili-dade do turismo da região.

Mathieu - proprietário e o Consultor-Chef Paulinho (foto) convidam a todos para conferir estes pratos de sabor inigualável!

BOM JESUS DA LAPA – conhecida como a “Capital Baiana da Fé” -, é banhada pelo Rio São Francisco e fica a 600 km de Ilhéus. Concentra a segunda maior festa religiosa católica do Brasil, conhecida como a Romaria do Bom Jesus, que acontece no dia 6 de agosto, recebendo milhares de fiéis de todas as partes da Bahia e do Brasil.

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Santuário do Bom Jesusgruta de pedra descoberta

há mais de 350 anos

Mainha Aureolina - Lió (vestido verde ao centro), ladeada por filhos, netos e amigos, em comemoração aos 75 anos, no último dia 18 de Julho. Muita saúde e paz!

Dia 20 - Matheus Couto Instituto Floresta Viva - Serra Grande

Page 6: Atitude Ed11final

caprichada essa parte, mais efi-ciente será sua CM).

5) “Vista” o isopor com o teci-do que ficou para fora, dando o acabamento.

6) Teste se a panela cabe ain-da na caixa menor e se ambas as caixas fecham direito (o ideal é que, entre as tampas da caixa menor e da caixa maior, caiba uma camada de espuma, de for-ma a isolar a caixa ainda mais).

Agora, é só fazer os testes. O truque é colocar menos água que o de costume na preparação dos alimentos e depois acertar nos tempos.

Arroz Integral - Refogue os tem-peros como de costume. Cubra o arroz com água (um dedo a mais que a altura do arroz). Espere a água levantar fervura. Deixe fer-ver por 5 minutos e coloque na CM, sem abrir a panela. Isso deve ser feito de 5 a 3 horas antes da refeição (quando sair para traba-lhar, pode colocar seu arroz na caixa e deixá-lo a manhã ou o dia todo, sem se preocupar).

Aipim - Coloque o aipim na água e, depois de ferver, espe-re mais 5 minutos e coloque na CM. O tempo que vai ficar na caixa, depende de como você gosta - é parecido com o tem-po do arroz integral. Se retirar a panela e resolver colocar de volta para cozinhar mais, volte ao fogo apenas para levantar fervura.

Escreva-me para falar dos re-sultados, para aprender outras receitas ou para tirar dúvidas.

Bom apetite e boa economia para você e para o meio ambiente!

As secretarias de Espor-te, Juventude e Cultura e de Desenvolvimento Social de Itacaré ofereceram, nos dias 15 e 16 de Julho, o I Curso de Capacitação em Projetos Sócio-Culturais.

Visando atender à neces-sidade de profissionalização de gestores de organizações, cooperativas, secretarias e artistas locais; o curso foi

desenvolvido em dois mó-dulos: Elaboração de Projetos Sócio-Culturais e Captação de Recursos.

Segundo Juliana Machado, Técnica em Cultura Muni-cipal, Gestora Cultural pela UESC e também professora do Módulo 1: “Estas sessen-ta pessoas que participaram do curso comprovam que a comu-nidade está mobilizada e interes-

sada em se capacitar. É papel das instituições públicas viabilizar mais oportunidades”.

Outro colaborador foi Ed-son Francisco de Oliveira, Gestor Social pela UNEB e professor do Módulo 2. Mineiro, criado na Guatemala, mostrou como vencer “o caminho das pedras” para quem quer buscar finan-ciamento nacional e interna-cional para projetos.

JÚNIOR TRASLADOSIlhéus, Itacaré, Salvador!(73) 9961.1937

TRASLADOS/PASSEIOS 4 X 4 Barra Grande, Taipu de Fora, Aeroporto e outros!(73) [email protected]

TRILHA BOA PAZ Trilha interpretativa em reserva particular! Estrada-Parque Itacaré/Ilhéus, km 7 + 1.500 m do ramal Boa Paz - Itacaré(73) [email protected]

ACERTI – Associação dos Comerciantes e Empresários do Ramo Turístico de Itacaré [email protected]

Associação AÇÃO ILHÉUSwww.acaoilheus.org

AMBRR - Associação de Moradores e Moradoras da Beira Rio da RepresaO desenvolvimento socioambiental é a nossa meta!Av. Beira Rio, s/n - Serra Grande(73) 3239.6187/9995.5029serragrandecidadania.blogspot.commarcel@portosulnao.org.br

ATIL - Associação Turismo Ilhé[email protected]

CARE BRASILSomando forças, até o fim da pobreza! www.care.org

CASA DO BONECO de Itacaré Nada para nós, tudo para todos! (73) 8138.0927/9979.0675www.casadoboneco.blogspot.com

ESCOLA JOÃO GOMES DE SÁ Preços especiais para mais de uma criança por família! R. 31 de Março, 166 - Itacaré (73) 3251.2350 [email protected]

Instituto FLORESTA VIVA Aliando a conservação da natureza ao desenvolvimento humano! Ilhéus - (73) 3634.3526Serra Grande - (73) 3239.6115www.florestaviva.org.br [email protected]

LIBÉLULAProjeto Cultural-Educativo, de adolescentes femininas e Ponto de Cultura!Bairro Santo Antônio – Itacaré(73) 3251.2330www.libelula.org.br [email protected]

REDE SUL DA BAHIA JUSTO E SUSTENTÁVELwww.redecoalizaosulba.ning.comwww.redesuldabahia.org

TMI - Teatro Municipal Ilhéus (73) 3231.7264/[email protected]

ESTÁCIO LUIZ FIALHO FERRER Homeopatia, nutrição, acupuntura, ecologia médica, fitoterapia! Clínica Sant´Ana de Homeopatia e Medicina Natural - CRM 11786R. Cel. José Félix, 148 - Ilhéus(73) [email protected]

THADEU GONÇALVES Perio-Protese, Implantes PATRÍCIA RIOS - Estética, Endodontia, Clareamento LaserReabilitação oral com harmonia do sorriso!Ed. Cidade de Ilhéus, 104 - Ilhéus Pça. José Marcelino 14 - Ilhéus

(73) 3634.8884/3231.7661 [email protected]

VETERINÁRIA - hotel e atendimentos em geral Banho, tosa, vacinas, cirurgias!(73) 9975.1033/[email protected]

CABANA DA EMPADA RESTAURANTE Cardápio especial, empadas recheadas com os mais diversos sabores – é de dar água na boca! Rod. Ilhéus/Itacaré, km 28 - Ilhéus(73) 9981.6750

CAFÉ CACAU - LOJA 2O mais novo ponto de encontro em Itacaré - deliciosos pratos típicos; além de chocolates e trufas com o mais puro cacau!Estrada-Parque Ilhéus/Itacarékm 58 (antes do Posto Rodoviário)Diariamente, das 8:00 às 17:00

CAFÉ CARAMELOTortas Doces e Salgadas, Expresso, Chás, Sorvetes, Coquetéis! R. Pedro Longo, 43 – Pituba - Itacaré(73) 3251.3364Diariamente, das 9:00 às 24:00

CASA SAPUCAIA Uma casa aconchegante, com aromas e sabores daqui e de lá...!R. Lodônio Almeida, 84 – Itacaré(73) [email protected]

ENCANTO NATURALTortas, sanduíches, sucos, chás, cafezinho, produtos naturais, hortaliças, artesanato (4ª.a Domingo)e pizza nos finais de semana! Serra Grande - ao lado da CasAzul(73) 9945.3290

PADARIA E LANCHONETE SERRANA O pão nosso de cada dia agora está em frente à Casazul, além de lanches e sucos feitos na hora!R.Osvaldo Ribeiro,314–Serra Grande(73) 9925.5747 PANIFICADORA SERRA GRANDE Pães mais crocantes do que nunca; além de variedades deliciosas!R. da Mangueira, 3 – Serra Grande(73) 3239.6059/[email protected]

PIZZARIA BOCA DE FORNO – BECO DAS FLORES 12 anos de tradição com cardápio de pizzas e a la carte. Um ponto turístico em Itacaré!R. Lodônio Almeida, 108 - Itacaré(73) [email protected]

RESTAURANTE SABOR DA TERRA Comida caseira, bolos e tortas sob encomenda, padaria, mini-mercado e venda de cestas-básicas!Av. ACM, 119-A - Serra Grande(anexo ao Posto D. Eduardo)(73) [email protected]

AÇOUGUE H. D.A melhor carne da cidade – inspecionada!R. Joaquim Vieira, 119 - Itacaré(73) 3251.2878

CERVGÁS - Cervejas & Gás de Cozinha Distribuidora de bebidas, gás, água mineral e rações - rapidez e qualidade na entrega!R. Osvaldo Ribeiro, 500Serra Grande(73) 3239.6020/0800-284.2396

CONDURU MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO O cerne da construção!R. Tancredo Neves – Serra Grande(ao lado do Posto D. Eduardo)

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POUSADA DA PAZAr, frigobar, TV a cabo, varanda privativa–200 m da Praia da Concha!Av. Castro Alves, 519 (subida Praia da Concha) - Itacaré(73) [email protected]

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Página 06Ano I – número 11

Agosto de 2010

“ “Jardim do Cajueiro um sonho por uma educação melhor

Por Fabiana Diaz

A Escola Comunitária Jar-dim do Cajueiro foi criada no Povoado de Barra Grande (Maraú/BA) e está no quinto ano de funcionamento, aten-dendo crianças de 3 a 6 anos. Tudo começou com um gran-de amor por Barra Grande e a convicção de que, através da educação e da Pedagogia Waldorf, se poderia oferecer a este lugar e às pessoas da-qui algo mais: a esperança da construção de uma vida melhor e de um futuro mais digno; através da arte, da música, do convívio social e da consciência tão necessária para preservação deste para-íso ecológico.

Nossos alunos vêm, prio-ritariamente, de famílias sem condições de proporcionar educação de qualidade para os filhos. 50% das crianças têm os estudos custeados por padrinhos e 25% têm bolsa de estudo (que varia de 90% a 20%), conforme disponi-bilidade do fundo de bolsas (também mantido com doa-

ções e apadrinhamento). Atualmente, mais de 30 fa-

mílias são beneficiadas pelo projeto.

O currículo incentiva a criatividade e nutre a ima-ginação das crianças, esti-mulando o entusiasmo pelo aprendizado e um desenvol-vimento saudável. As famí-lias são convocadas a partici-par ativamente na gestão da escola, o que encoraja uma atitude cidadã e implica na maior participação dos pais na educação dos filhos.

Apesar das dificuldades,

graças ao esforço coletivo e apoio de padrinhos, co-laboradores e da equipe do projeto, temos conseguido manter o sonho do Jardim do Cajueiro. No futuro, o desejo é expandir a atua-ção e oferecer, além do jar-dim-de-infância, o ensino fundamental.

Visite nosso site: www.jardimdocajueiro.com.br

Para colaborar, entre em contato:

[email protected]

Curso de capacitação emprojetos sócio-culturais

Ecologia doméstica:economia para o bolsoe para o meio ambiente

0 Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste.

É 85º. em educação e não há tristeza…Cristóvam Buarque

Por Deborah Pizzatto- Bióloga/Ilhé[email protected]

Como prometido no AtiTude 09, segue uma tecnologia simples que pode reduzir muito o gasto com gás, ou lenha, além de contribuir para a preservação dos recursos naturais. Estamos falando da CM - Caixa Mágica (batizada assim, pois finaliza o cozimento dos ali-mentos, sem utilizar nenhuma fonte de calor externa).

Utilizando este método, você só utiliza o fogão até erguer fer-vura (deixar ferver por alguns minutos). Após, coloque a pane-la na CM que manterá a tempe-ratura ideal para o cozimento, até que o alimento fique pronto.

No caso do arroz, logo após o café-da-manhã, coloque-o para co-zinhar. Outra vantagem é que não precisa ficar “vigiando”, na certeza que não vai queimar. No horário do almoço, ele estará prontinho - é só tirar da caixa e servir.

Como fazer a CM da forma mais simples? (Existem versões em madeira que podem ser fei-tas seguindo as mesmas instru-ções, mas esta é mais barata.)

Material necessário:

a) duas caixas de papelão (uma menor que a outra), sendo que, na menor, a panela que escolheu para usar na CM, caiba com tampa bem cer-tinho, com o menor espaço livre possível e a maior te-nha dimensões grandes para que, quando colocar uma dentro da outra, fique um vão de, mais ou menos, 5 cm em todos os lados;

b) pedaços de isopor; c) tecido (opcional); d) cola; e) um pedaço de papelão solto; f) um pedaço fino de espuma; e g) caixas de leite, tipo longa-

vida.

Passo a passo:1) cubra a caixa menor com

as embalagens de leite, de for-ma que a parte prateada fique virada para dentro da caixa (co-loque o pedaço de papelão no fundo - isso evita que a panela quente entre em contato com o plástico das caixas de leite, queimando-o).

2) Revista a caixa maior com o tecido, sem colar (o te-cido é usado para melhorar o acabamento).

3) Em cima do tecido, coloque um pedaço de isopor de forma que ele cubra quase todo o fundo da caixa maior (verifique a espes-sura do isopor que vai embaixo, ele tem que preencher o exato es-paço entre a altura da caixa me-nor e da maior).

4) Coloque a caixa menor em cima do isopor e vá preenchen-do os vãos laterais com mais pedaços de isopor (quanto mais

Page 7: Atitude Ed11final

JÚNIOR TRASLADOSIlhéus, Itacaré, Salvador!(73) 9961.1937

TRASLADOS/PASSEIOS 4 X 4 Barra Grande, Taipu de Fora, Aeroporto e outros!(73) [email protected]

TRILHA BOA PAZ Trilha interpretativa em reserva particular! Estrada-Parque Itacaré/Ilhéus, km 7 + 1.500 m do ramal Boa Paz - Itacaré(73) [email protected]

ACERTI – Associação dos Comerciantes e Empresários do Ramo Turístico de Itacaré [email protected]

Associação AÇÃO ILHÉUSwww.acaoilheus.org

AMBRR - Associação de Moradores e Moradoras da Beira Rio da RepresaO desenvolvimento socioambiental é a nossa meta!Av. Beira Rio, s/n - Serra Grande(73) 3239.6187/9995.5029serragrandecidadania.blogspot.commarcel@portosulnao.org.br

ATIL - Associação Turismo Ilhé[email protected]

CARE BRASILSomando forças, até o fim da pobreza! www.care.org

CASA DO BONECO de Itacaré Nada para nós, tudo para todos! (73) 8138.0927/9979.0675www.casadoboneco.blogspot.com

ESCOLA JOÃO GOMES DE SÁ Preços especiais para mais de uma criança por família! R. 31 de Março, 166 - Itacaré (73) 3251.2350 [email protected]

Instituto FLORESTA VIVA Aliando a conservação da natureza ao desenvolvimento humano! Ilhéus - (73) 3634.3526Serra Grande - (73) 3239.6115www.florestaviva.org.br [email protected]

LIBÉLULAProjeto Cultural-Educativo, de adolescentes femininas e Ponto de Cultura!Bairro Santo Antônio – Itacaré(73) 3251.2330www.libelula.org.br [email protected]

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Página 07Ano I – número 11

Agosto de 2010

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Ecologia doméstica:economia para o bolsoe para o meio ambiente

0 Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste.

É 85º. em educação e não há tristeza…Cristóvam Buarque

Page 8: Atitude Ed11final

Por Nice Vidal

O que é PET? - Significa Po-lietileno Tereftalato, uma resina plástica e um tipo de poliéster. Como existem vários tipos de plásticos, o PET é identificado com o número 1 no fundo das garrafas usadas para envasar refrigerantes, água, etc. São 100% recicláveis e a sua com-posição química não libera ne-nhum produto tóxico.

Infelizmente, são poucas as ações voltadas para a Coleta Seletiva e reciclagem em nossa região, acarretando grandes prejuízos à natureza: - o plás-tico demora mais de 400 anos para ser “consumido” por ela.

Como acompanho, há mais de 3 anos, o trabalho dos agricultores da Associação Embaúba na produ-ção de mudas, sugeri aos profis-sionais do IFV - Instituto Floresta Viva que acataram a ideia de reu-tilizar as garrafas PET de água mineral (300 e 500 ml), susbsti-tuindo os tradicionais saquinhos.

Por que batizamos esta embalagem de Du-PET? Este nome surgiu relacionando-o ao TUBETE (recipiente plásti-co utilizado para o plantio de mudas em grande escala, pois ocupa pouco espaço - ver foto)

Algumas vantagens do Du-PET:

1) A principal: - deixa de ser mais um componente nos lixões.

2) Pode ser reutilizado vá-rias vezes. Após a retirada das mudas no local do plantio, re-torna aos agricultores.

3) Facilidade no manuseio e no transporte das mudas.

4) Economia de dinheiro para os agricultores, que não precisam gastar com a compra

de saquinhos, diminuindo o custo na produção.

5) Economia de terra e tempo. Devido à sua consistência, agiliza o processo de enchimento com a terra que, sendo de boa qualida-de, utiliza quase a metade do que utilizaria para um saquinho.

O agricultor Eduardo San-tana foi o pioneiro nesta inicia-tiva e, como este projeto-piloto vem dando excelentes resulta-

dos, resolvemos lançar a Cam-panha do Du-PET, envolvendo a comunidade e comerciantes

da região.Como participar des-

ta campanha?- Inicie com a separa-

ção das garrafas de água mineral em suas residên-cias ou comércios;

- Lave estas embala-gens, retirando os rótu-los, deixando-as separa-das do restante do lixo;

- Se tiver condições, entregue no Viveiro

(Rodovia Serra Grande/Uruçuca) - local onde as Du-PETs ficarão armazenadas, para serem distribuídas aos agricultores;

- Se não puder le-

var, avise-nos, que pro-videnciaremos a retira-da. Fones: (73) 9981.5587/ 9923.5162/3634.3526, ou pe-los e-mails [email protected] - [email protected]

O Jornal AtiTude inscreveu este projeto no Prêmio Ecopet 2010 e, caso você também te-nha alguma ideia para reciclar as embalagens PET, visite o site www.abipet.org.br e inscreva-se. O prazo termina no dia 30 deste mês.

A participação de todos é muito importante para o suces-so desta Campanha. Lembrem-se: se queremos melhorar as condições de nosso Planeta, pre-cisamos dar o primeiro passo, começando pelas nossas casas!

Página 08Ano I – número 11

Agosto de 2010

Por Nice Vidal

A maravilhosa criação de Deus é viva e regenerativa - está constantemente mu-tiplicando-se, renascendo e consertando-se: “Que a terra faça brotar toda planta, cuja semente está nela, conforme sua espécie...” - Gênesis.

O Viveiro Comunitário Flo-resta Viva, construído pelo IFV - Instituto Floresta Viva, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, inaugurado em 21 de abril de 2009, vem, li-teralmente, colocando esta má-xima Divina em prática.

É um espaço que recebe vi-sitação de escolas e comunida-des da região; além de turistas que têm a oportunidade de co-nhecer um projeto de restaura-ção de florestas, o processo de produção das mudas, o cuida-

Berçário da APA Itacaré/Serra Grande

Foto

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Campanha Du-PET - separe e participedê o primeiro passo, começando pela sua casa

Uma garrafinha transforma-se em duas Du-PETs - é só cortá-la ao meio e fazer um furo na base, para escoamento da água.

O fantástico milagre da vida!

(E) Matheus Couto – Engenheiro Florestal, (D) Rones Flasgordes – Gestor Ambiental, Célio Haroldo – Técnico em Agropecuária, Rondinelli – Motorista e Gerson (Neto) - Ajudante de Campo

Foto

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Vida

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Tubete - “primo” do Du-PET

Eduardo Santana - associado da Embaúba - produtor de mudas nativas e pioneiro do

plantio na Du-PET

do com as sementes e percor-rer uma trilha interpretativa da Mata Atlântica.

O Viveiro tem capacidade de produção de 150 mil mu-das por ano, dentre elas espé-cies ameaçadas de extinção. A grande maioria está sendo utilizada para restaurar áreas degradadas no PESC - Parque Estadual Serra do Conduru, que está inserido nos municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca.

Boa parte das sementes e mudas cultivadas no Viveiro são adquiridas de pequenos agricultores da APA (mais de 40 famílias beneficiadas que recebem R$ 1,00 por muda produzida), com o objetivo de contribuir para a melhoria da renda e, ao mesmo tempo, incentivando-os a descobrir o tesouro que eles têm em suas propriedades.

“O papel do IFV neste processo é fornecer assistência técnica a es-tes agricultores, bem como escre-ver os projetos e captar recursos para o pagamento das sementes e das mudas que, em boa parte, sur-gem através de TACs (Termos de Ajustamente de Conduta) - com-pensação ambiental que empresas ou proprietários de terra têm que fazer, quando degradam nossas áreas de mata. Hoje, estamos com uma demanda de 94 mil mudas a serem produzidas até o mês de outubro. Esta quantidade dá uma média de R$ 2.000,00 por agricul-

tor.” - informaram Matheus, Rones e Célio - Instituto Flo-resta Viva, que também conta-ram algumas curiosidades:

- não produzem no Viveiro mudas exóticas, mesmo sen-do espécies da Mata Atlântica (como a Aroeira, por exem-plo), por não ser nativa desta APA. Este procedimento pode causar problemas na migração de outras espécies de fauna ou flora, não compatíveis com a região, podendo provocar um desequilíbrio ecológico.

- a Embaúba (nome escolhi-

do para batizar a Associação de Pequenos Agricultores) é nativa desta APA e uma das preferi-das de muitos pássaros, bicho-preguiça, morcegos e macacos que se alimentam de seus frutos e, durante a “degustação”, espa-lham outras sementes. Cha-mada de “nucleadora” (forma um núcleo para várias espécies abaixo dela). Além disso, ela é muito importante para fixação do fósforo no solo, enriquecen-do-o ainda mais.

Interessados em comprar mudas ou agendar visitas, li-guem (73) 9923.5162/3634.3526, ou diretamente no Viveiro - Rodovia Serra Grande/Uruçu-ca - km 1 (ao lado da EMBA-SA) - das 7 às 17 h, de 2a. a 6a.

Maiores informações www.florestaviva.org.br - [email protected]

Mais alguma dúvida que esta terra é realmente

abençoada e o quanto a natureza é sábia?!

Salve Jorge!

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Ano I - número 04 - agosto 2010Encarte do Jornal AtiTude

Nós, “jornalistas” do AtiTude Jovem, participamos de um almoço no dia 25 de Julho, proporcionado pela coordenação da CasAzul.

Também estiveram presentes colaboradores, nossos familiares e entrevistados, a fim de que todos pudessem conhecer um pouco mais os objetivos deste nosso trabalho.

O encontro foi muito produtivo, onde decidimos amadurecer mais esta oportunidade e propor algumas mudanças.

Sabemos que é um longo aprendizado e que temos ainda muito o que aprender, mas, boa vontade, não nos falta.

Aproveitamos para pedir desculpas por alguns erros cometidos em edições anteriores, esperando continuar contando com a colaboração de todos e com a compreensão de nossos queridos leitores por eventuais falhas.

Aguardem as novidades que vêm por aí!

Equipe do Atitude Jovem

AtiTude Jovem em discussão

EdiTorial

Por KleytonO trabalho que teve como conclusão a

monografia (dissertação ou estudo aprofundado de um determinado assunto) de Lia iniciou-se pela pesquisa sobre a cultura dos jangadeiros na Vila de Serra Grande e partiu da iniciativa de elaborar um projeto junto com os alunos do Centro Educacional Eliés Haun, em parceria com os jangadeiros, os pescadores mais antigos e

os novos pescadores também.Na pesquisa, foram vários os fatores observados: econômicos, sociais, políticos e ambientais. “Nesse sentido, a gente percebe a necessidade de articular os saberes que essas pessoas têm, com conhecimentos científicos, para juntos propiciarmos

uma nova visão para as futuras gerações, dando-lhes um impulso

para que elas percebam as riquezas e as nuanças desse

universo, considerando a atividade da pesca

como uma das

primeiras geradora de renda em Serra Grande. A iniciativa de desenvolver esse projeto, intitulado: 'O Resgate da Tradição dos Jangadeiros', deu-se partindo do princípio de que o resgate cultural favorece o fortalecimento do indivíduo, enquanto integrante de uma coletividade e propicia a ele uma nova visão do contexto no qual ele está inserido.”, afirmou Lia.

Em alguns momentos, parece que a comunidade está alheia a esta tradição e é com o objetivo de fazer emergir essa cultura que é viva em Serra Grande, que a gente precisa resgatar essas pessoas que são ativas economicamente e que tendem ao desaparecimento.

Quais os principais problemas, durante essa longa

caminhada da atividade da pesca?Algumas das entrevistas feitas com

os pescadores mais antigos da Vila, que constam da monografia, foram feitas em conjunto com os alunos da 8ª série.

Dentre as várias questões apontadas, destaca-se a proibição da extração da madeira para a construção da Jangada, conhecida como “pau-de-jangada”.

Por que essa é uma questão que se destaca? A estruturação do PESC - Parque Estadual Serra do Conduru pode ser considerada um avanço na questão ambiental, mas, na questão social, veio prejudicar os jangadeiros, a médio e longo prazos.

Sobre isso, Lia diz: "Apesar do aspecto positivo de ser considerado a terceira maior reserva ambiental do mundo, o Parque Conduru traz, como consequência, um problema social: os jangadeiros ficaram proibidos de extrair a madeira para confeccionar jangadas. Como poderão dar continuidade a essa atividade, se eles não podem extrair a madeira para confeccionar seu instrumento de trabalho?"

O esforço desta pesquisa trouxe mais uma consquista: Lia ingressou no Mestrado.

Parabéns! Agora, precisamos encontrar uma solução sustentável, para que esta bonita tradição que embeleza nossos mares não desapareça!

Maria de Lourdes, mais conhecida como "Lia", é professora dos colégios Eliés Haun e antônio Cruz.ela fez uma monografia sobre o tema jangadeiros.

a equipe do atitude jovem a entrevistou, dando continuidade à nossa abordagem de registro da história de serra grande.confira!

jangadeiros: Uma tradição ameaçada jangadeiros: Uma tradição ameaçada

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Por Florisval NetoSerra Grande nem sempre foi

um local tão visitado como é hoje. Há alguns anos, não dispunha de asfalto, o que dificultava a entrada de carros, motos e ônibus.

A Vila oferece a seus visitan-tes o melhor mirante do litoral sul da Bahia; uma represa, com quiosques e praias de areia bran-ca e boas ondas. Mas, devido ao crescimento desordenado, a fal-ta de cuidado na ocupação do solo e na manutenção; alguns locais, como, por exemplo, a re-presa, foram se degradando.

Algumas pessoas que visitaram a Vila antigamente, hoje voltam e ficam um tanto decepcionadas, quando observam os danos que a represa vem sofrendo.

Por outro lado, Serra Grande também evoluiu: não havia um posto médico adequado, uma escola de ensino médio, pavi-mentação e um bom comércio

Por Prof. RobenildoColégio Antônio Cruz

Vivemos um momento de mudanças e transformações em nossa vida cotidiana. As horas parecem passar rapidamente e o corre-corre da vida nos impulsiona a não ter prazer no “parar e pensar”. Nesse proces-so evolutivo em que o mundo se encontra, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações, numa velocidade impressionante.

O avanço tecnológico nos proporciona acessar rapidamente as informações dese-jadas através da “grande rede”. Constante-mente, usamos o computador para fazer amigos que, em muitas vezes, residem no outro lado do oceano e nos esquecemos de olhar para as pessoas que estão próxi-mas a nós. Familiares e amigos de infância se afastam cada vez mais.

O parar para ler um bom livro fica sempre para depois e o tempo que não para nunca, corre a passos largos ao encontro do amanhã.

Nesta confusão de sentidos, nos esquecemos de vivenciar o espaço de crescimento e aprendizagem que é a escola. Nela nos relacionamos, senti-mos, nos emocionamos e sonhamos. A escola nos dá voz e nos ajuda a expres-sar sentimentos outrora esquecidos.

A escola liberta, por abrir nossos olhos para o mundo e para dentro de nós mesmos.

Felizes são aqueles que abraçam a escola e absorvem conhecimentos.

Felizes são aqueles que contem-plam a vida, pautam seus anseios e desejos no respeito ao próximo, aos pais e professores.

Felizes são aqueles, como diz o poeta, “que semeiam livros, livros a mão cheia e manda o povo pensar. O livro caindo n’alma é germe que faz a palma, é chuva que faz o mar”.

Felizes são aqueles que amam a escola e a vida que pulsa em suas veias, através do conhecimento que é exalado por ela.

Por LetíciaMACONHA:Em 1735, o botânico Carl Lineu no-

meou a planta como Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, marijuana, dentre outras.

Os efeitos do uso são variados e depen-dem da quantidade, da forma de se consu-mir e da reação de cada organismo.

Os efeitos físicos mais comuns são: envermelhamento dos olhos, resseca-mento da boca, taquicardia (aumen-to dos batimentos cardíacos de 40-60 para 120-140).

Com o uso, vários órgãos são afetados: o pulmão e o estômago são os mais pre-

- melhoramentos que adquiriu ao longo destes anos, princi-palmente após o ano de 1997, quando se iniciou a implantação da BA-001 que liga os municí-pios de Ilhéus a Itacaré, facili-tando o acesso, tanto de turistas, quanto da população da região.

A chegada da BA-001, primei-ra Estrada-Parque, inaugurada em 1998, influenciou a criação do PARQUE ESTADUAL SERRA DO CONDURU, como medida compensatória aos da-nos causados à fauna e à flora da região, por sua construção e funcionamento.

Hoje, o Parque que se estende pelos municípios de Ilhéus, Ita-caré e Uruçuca é considerado o terceiro maior em biodiversida-de do planeta e possui uma área equivalente a dez mil campos de futebol e oferece visitas previa-mente agendadas e monitoradas aos seus visitantes.

Por RodrigoA professora Marlize, do Curso de In-

glês Solidário, oferecido nas instalações da CasAzul e do Instituto das Irmãs Francis-canas Pequeninas de Belém, organizou uma excursão para o Aeroporto de Ilhéus com 35 de seus alunos.

O objetivo da excursão, realizada no dia 04/07, era mostrar que, para embarcar em um avião, é preciso antes passar por vários procedimentos, os quais foram vi-venciados pelos alunos nas duas semanas anteriores à viagem. Importante dizer que todas as conversações foram em inglês.

Inicialmente, é preciso conhecer o ro-teiro. Em seguida, fazer as reservas e pos-teriormente, comprar as passagens.

No dia da viagem é preciso estar com as malas prontas e chegar ao aeroporto com duas horas de antecedência (para voos nacionais), ir direto ao balcão da companhia aérea para fazer o check-in (despacho das bagagens) e depois ir para a sala de espera.

Além disto, os alunos puderam obser-

Excursão do cursode Inglês solidário

sErrA GrANDE: ontem e hoje

Escola: espaço de crescimento e aprendizagem

DroGAs: um mal cada vez mais perto de nós

Bom de comer

Educação

Reportagem e edição dos textos:Ana Carolina dos Santos, Ananda Lee, André Chicabana, Antônio Neto, Christian, Danrley Santana Bento, Emylle, Florisval Neto, Islâne, Itana, Jêniffer, João Lucas, Júlia, Kleyton, Letícia Slongo, Maíra Lobo, Makson, Matheus O. Santos, Nadabio, Rodrigo Nascimento, Thalles, Valdete Reis, Williams, Yuri e Yury.Diagramação: Regina Toffoli e Fábio Lima

Revisão e Produção Gráfica: Nice Vidal

Impressão: Gráfica Agora

Circulação: Sul da Bahia

Escreva para: [email protected] artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Expediente

var que todas as informações aos passa-geiros são veiculadas em dois idiomas: português e inglês.

A excursão foi muito bem organizada e todos foram surpreendidos pela aco-lhida dos funcionários da empresa aérea GOL, que conduziu o grupo pelas ins-talações do aeroporto.

Foram visitadas as áreas de recepção e transporte de bagagens, as salas de es-pera, os portões de embarque e as ins-talações onde ficam estacionados os ca-minhões do Corpo de Bombeiros, para casos de combate a incêndios.

Foi também observado que o co-mércio instalado no aeroporto pratica preços altíssimos.

Dois alunos tiveram a oportunidade de conhecer um avião por dentro, in-cluindo a cabine de comando.

A experiência foi inesquecível!

Meu Pedaço

AMOR • CASA • OVOS • PIZZA • RUIM • FRUTA • JOVEM • JORNAL • ARANHA • ATITUDE • COZINHA • FURACÃO • ELEFANTE • TELEFONE • BORBOLETA • TRAMPOLIM • CARACTERIZAÇÃO

cAÇA-PALAVrAs Por Ana CarolinaA T I T U D E S S R G D D F R H F H

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F D O H H A G H U V F F U R A C Ã O

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UTilidade Pública

Ingredientes:Massa:1kg de batata cozida2 ovos50g de queijo parmesão ralado1 xícara de chá de farinha de trigo 2 litros de águaSal e óleo a gostoFarinha de trigo para polvilhar

Molho:3 colheres de sopa de azeite2 dentes de alho amassado 1 cebola picada2 caixas de molho de tomateSal e pimenta do reino a gosto200 g queijo parmesão

Preparo da massa:Cozinhar a batata e espremer.Misture a batata espremida com os ovos, queijo ralado e junte a farinha até desgrudar das mãos.Sobre uma mesa enfarinhada, faça rolinhos com a massa e corte em pedacinhos.Leve ao fogo a água, sal a gosto, um fio de óleo e deixe ferver.Cozinhe os nhoques até eles subirem e boiarem na água.Retire e reserve em uma vasilha refratária (que possa ir ao forno).

Preparo do molho:Esquente o azeite, doure o alho e a cebola, acrescente o molho de tomate, sal e pimenta.Deixe apurar por 10 minutos.

Montagem:Cubra o nhoque que estava reservado na vasilha com o molho. Polvilhe o parmesão e leve ao forno médio pré aquecido, por 15 minutos. Está pronto para servir.

Rendimento: 4 porçõesUma receita feita por Úrsula Andréa

Por CarolÉ importante conhecermos as iniciati-

vas que contribuem para a preservação da natureza.

Aqui mesmo em Serra Grande, o SOS Mata Atlântica e o Floresta Viva têm, em par-ceria, um viveiro de plantas nativas.

Na estrada de chão que liga Serra Grande à sede do município de Uruçuca está loca-lizado o Viveiro que existe desde abril de 2009. Ele armazena mudas nativas da Mata Atlântica, tais como: a “Ingá de rio”, a “Tai-

poca” (boa para fazer cabo de vassoura); o “Pequi” (muito utilizado para fazer pon-tes); a “Jussará” (ameaçada de extinção); as “Jindibas” (quando já estão crescidas, não podem ficar juntas, para que não atrapa-lhem o crescimento uma da outra).

judicados. O sistema respiratório é afetado pela fumaça constante, causando doenças respiratórias como bronquite ou até mesmo a perda da respiração nasal, passando a res-pirar somente pela boca.

A maconha também diminui a produção de testosterona (hormônio masculino responsá-vel, entre outras coisas, pela produção de espermatozoides).

Os efeitos psíquicos são os mais conhe-cidos, sendo eles: bem-estar inicial, relaxa-mento, calma, vontade de rir... Os contrá-rios: angústia, desespero, pânico e letargia (sono prolongado, apatia). Ocorre ainda uma perda da noção de tempo e de espaço, colapsos de memória e desatenção.

Mateus Couto e Nilson Antônio Santos nos contaram que algumas árvores matrizes não servem para ser “mãe”. É necessário juntar 15 árvores da mesma espécie para formar um lote. As mudas e sementes são coletadas por pequenos agricultores da região que, depois de crescidas e bem desenvolvidas, são plantadas no Parque do Conduru e em outras áreas degradadas.

Uma semente nova e beneficiada pode receber um ótimo preço. As sementes são cultivadas em tubetes (copinhos) e/ou saquinhos e, em breve, também nos Du-PETs (ver campanha lançada pelo Jor-nal Atitude - pág. 08).

Participem e ajudem a natureza!

Com elevado tempo de uso, os

sintomas se tornam mais graves, como

redução da capacidade de aprendizado e me-morização, falta de ar, doenças respiratórias graves, problema na voz, etc.

Alguns estudos associam o uso prolonga-do da Cannabis com o desenvolvimento de cânceres, pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco. Os cânceres mais citados são os que afetam o sistema respiratório e o sistema reprodutor.

É isto que você quer para sua vida?fonte da pesquisa: Equipe Brasil Escola.

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