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  • A teoria da deriva dos continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    Bento Cavadas & Dulce Franco

    Investigadores do CeiEF

    Resumo

    A TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES DE ALFRED

    WEGENER NOS MANUAIS ESCOLARES DE CINCIAS NATURAIS

    PORTUGUESES

    A Teoria da Deriva dos Continentes, do alemo Alfred Wegener, revolucionou as Cincias da Terra no incio do sculo XX. Este estudo, integrado num projecto de investigao mais vasto sobre manuais escolares, mostra como os autores de dois manuais de Cincias Naturais do 3. Ciclo do Ensino Bsico apresentaram essa teoria. Para tal, analisou-se a explorao dos argumentos usados para a validar, assim como a iconografia, as fontes de Histria da Cincia e as relaes entre a Cincia, a Tecnologia e a Sociedade utilizadas em seu suporte. A anlise dos resultados mostrou que o percurso exploratrio da Deriva dos Continentes foi semelhante, embora se tenham aferido algumas diferenas nas estratgias pedaggicas usadas para a explicar. Para suster a anlise dos argumentos paleontolgicos, paleoclimticos, litolgicos e morfolgicos da Deriva dos Continentes, os autores utilizaram essencialmente ilustraes esquemticas. O recurso Histria da Cincia foi intensivo, tendo sido ainda apresentadas algumas relaes entre a Cincia, a Tecnologia e a Sociedade durante a explorao da teoria, num enquadramento ps-positivista da natureza da cincia.

    Palavras-chave: Teoria da Deriva dos Continentes; Wegener; manuais escolares; Cincias Naturais.

    Abstract

    THE WEGENERS THEORY OF CONTINENTAL DRIFT IN THE PORTUGUESE TEXTBOOKS OF NATURAL SCIENCES

    The Alfred Wegeners theory of Continental Drift revolutionized the Earth Sciences at the beginning of the XX century. This study, part of a larger research project on textbooks, shows how the authors of two books of Natural Sciences of junior high school presented this theory. Therefore, we analyzed the exploitation of the arguments used to validate it, as

  • A teoria da deriva dos continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    well as the iconography, the sources of History of Science and the relations between science, technology and society used to their aid. The results showed that the exploratory journey of Continental Drift was similar, although there are some differences in teaching strategies used to explain it. To emphasise the analysis of the palaeontological, palaeoclimatic, lithological and morphological arguments of the Continental Drift, the authors used essentially schematic illustrations. The use of History of Science was intensive and was still present some relations between science, technology and society during the exploration of the theory in a post-positivist nature of science. Key-words: Theory of Continental Drift; Wegener; textbooks; Natural Sciences.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    1

    Wegener e a Deriva dos Continentes nos manuais

    A Teoria da Deriva dos Continentes1, elaborada pelo alemo Alfred Wegener e

    apresentada no livro Entstehung der Kontinente2, foi uma revoluo paradigmtica da

    Geologia. Nesse livro, Wegener (1966, 5-21) defendeu que as massas continentais

    estiveram unidas num nico supercontinente e que se separaram gradualmente at

    alcanarem as posies actuais, indo contra as concepes vigentes dos continentes

    estticos e das pontes terrestres, que permitiram a migrao dos seres vivos. Como apoio

    ao corpo terico da sua teoria, apresentou a compilao de vrias provas que mostram a

    deslocao das grandes massas continentais ao longo do tempo. Para defender as suas

    ideias, Wegener (1966, 23-145) usou dados geodsicos, geofsicos, geolgicos,

    paleontolgicos, paleoclimticos e, ainda, argumentos morfolgicos, que originaram a

    conhecida imagem da juno dos continentes actuais, os quais parecem se encaixar

    perfeitamente.

    Apesar da consistncia cientfica dos seus argumentos, as crticas DC foram

    mordazes porque Wegener nunca apresentou um mecanismo convincente para a

    movimentao das grandes massas continentais. A sua hiptese de que os continentes se

    deslocavam sobre a crosta - tal como os icebergues se movimentavam nos oceanos -, em

    resultado da fora centrfuga terrestre e do movimento das mars, nunca chegou a

    persuadir os seus pares (Wegener, 1966, 167-180). Todavia, embora o motor que formulou

    para a DC no fosse cientificamente correcto, a mesma tornou-se um facto e, mais tarde,

    foi aperfeioada pela mais abrangente Teoria da Tectnica de Placas.

    De acordo com a pesquisa efectuada, constatou-se que a investigao sobre a

    apresentao da DC nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses incipiente.

    De facto, no foram identificados em Portugal muitos estudos que abordassem

    directamente essa relao, embora alguns investigadores se tenham cruzado com a DC nos

    seus trabalhos. A investigao mais relevante deve-se a Praia (1995), que se interessou

    pelo estudo da DC, nomeadamente quanto sua apropriao didctica e epistemolgica na

    formao de professores. Destaca-se, ainda, a tese de doutoramento de Jos Silva (2007),

    na qual abordou a natureza da cincia em manuais escolares de Cincias Naturais e de

    1 A Teoria da Deriva dos Continentes ser identificada pela sigla DC. 2 Alfred Wegener apresentou a DC nesse livro, publicado pela primeira vez em 1915. Para fundamentar o corpo terico da DC foi analisada a seguinte verso: Wegener, A. (1966). The Origin of Continents and Oceans. New York: Dover.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    2

    Biologia e Geologia, tendo determinado que entre os principais contedos em que se

    focalizam as propostas de explorao da natureza da Cincia, se encontram a DC e a

    Tectnica de placas.

    A Deriva dos Continentes no Currculo Nacional do Ensino Bsico

    A DC tratada na disciplina de Cincias Naturais, pertencente rea disciplinar de

    Cincias Fsicas e Naturais do 3. Ciclo do Ensino Bsico. Segundo as Orientaes

    Curriculares de Cincias Fsicas e Naturais, o estudo da DC enquadra-se no tema

    organizador Terra em Transformao e no subtema Dinmica Interna da Terra, na

    rubrica Deriva dos continentes e tectnica de placas3.

    Nas Orientaes Curriculares, aps a explorao da importncia dos fsseis para a

    reconstituio da histria da Terra e da descrio das principais etapas dessa histria,

    sugere-se a apresentao da DC atravs de estratgias de discusso. As Orientaes

    Curriculares indicam que o estudo da hiptese de Wegener deve permitir o confronto entre

    quatro tipos de indcios (paleontolgicos, paleoclimticos, litolgicos e morfolgicos)4 que

    apoiam essa teoria e os principais argumentos contra a mesma.

    De acordo com as mesmas Orientaes Curriculares, o desenvolvimento dessa

    temtica deve partir do relacionamento entre a Cincia, a Tecnologia e a Sociedade5 e

    evidenciar o carcter dinmico da cincia. Nesse sentido, a perspectiva CTS dever

    constituir o eixo integrador e globalizante da organizao, da aquisio de conhecimentos e

    do desenvolvimento de capacidades de pensamento.

    Com base num estudo realizado por Fourez e Cabiaux (cit. por Santos, 2001a), as

    competncias fomentadas por este processo de ensino so: (i) desenvolver a capacidade de

    construir modelos tcnicos e cientficos; (ii) perspectivar esses modelos em contexto

    histrico local e global; (iii) adquirir a capacidade de crtica na anlise dos modelos

    apresentados. Para alm destas consideraes, o relatrio da National Science Teachers

    Association (cit. por Santos, 2001b), define as caractersticas de uma literacia cientfica

    3 Cf. Portugal. Ministrio da Educao. Departamento de Educao Bsica (2001). Orientaes Curriculares. Ensino Bsico. 3. Ciclo. Cincias Fsicas e Naturais. Lisboa: Editorial do Ministrio da Educao, p. 18. 4(i) os argumentos morfolgicos exprimem a semelhana de encaixe entre as costas de diversos continentes, em particular entre a Amrica do Sul e a frica; (ii) os argumentos paleontolgicos mostram a ocorrncia de fsseis idnticos em zonas continentais hoje separadas por oceanos; (iii) os argumentos litolgicos evidenciam a existncia de rochas semelhantes em continentes hoje distantes. Wegener provou que as rochas das costas atlnticas da Amrica do Sul e de frica tinham a mesma origem; (iv) os argumentos paleoclimticos aludem existncia de marcas de depsitos glacirios em zonas onde actualmente existem climas tropicais, como o continente africano. 5 A expresso Cincia, Tecnologia e Sociedade ser identificada pela sigla CTS.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    3

    quando, no cidado, so evidenciadas as seguintes competncias: (i) utiliza conhecimentos

    no mbito da Cincia e da Tecnologia para tomar decises na resoluo de problemas do

    quotidiano; (ii) diferencia argumentos para validar a informao; (iii) reconhece as

    limitaes e as consequncias do impacto desses conhecimentos cientficos e tecnolgicos

    na sociedade; (iv) relaciona as questes com aspectos polticos, econmicos, morais e

    ticos da cincia e da tecnologia; (v) responsabiliza-se activamente na construo de

    aces cvicas; (vi) torna-se pr-activo na compreenso dos fenmenos naturais e sociais.

    Em consonncia com esses requisitos, Maria Eduarda Santos (2001a) afirma que o

    cidado deve assumir, conscientemente, a responsabilidade de orientao da sociedade e

    que, na actualidade, a trilogia CTS tem assumido uma grande relevncia na concepo do

    ensino das cincias. Sendo assim, advoga que no pode nem deve ser ignorada e que um

    dos propsitos da educao CTS promover uma alfabetizao em cincia e tecnologia

    indispensvel ao exerccio de uma cidadania responsvel. Por seu lado, Martins (2002,

    37-38) abordou o movimento CTS nos manuais escolares e perfilha a ideia de que ainda

    uma rea pouco explorada em termos de investigao didctica.

    A sntese destas perspectivas permite extrapolar que um material didctico, cujo

    objectivo apoiar os alunos na construo de aprendizagens e no desenvolvimento de

    competncias e atitudes no mbito CTS, deve obedecer a determinados critrios, como

    promover a responsabilidade, mostrar influncias mtuas CTS e a sua relao com

    questes sociais, permitir o balano de pontos de vista, a tomada de decises, a resoluo

    de problemas e conduzir a uma aco responsvel.

    Na sequncia destas recomendaes, e tendo em vista o desenvolvimento das

    competncias especficas propostas pelo Currculo Nacional do Ensino Bsico para as

    Cincias Fsicas e Naturais6, o estudo da DC pode proporcionar aos alunos a promoo do

    conhecimento epistemolgico, tal como consignado nas Orientaes Curriculares7. Essa

    mais valia resulta dos manuais debaterem o processo que conduziu gnese da DC,

    evidenciando os seus xitos e fracassos, assim como exporem o modo de trabalho de

    Wegener e a influncia da sociedade sobre a cincia, numa perspectiva CTS e recorrendo a

    fontes da Histria da Cincia.

    6 Cf. Abrantes, P. (Coord.) (2001). Currculo Nacional do Ensino Bsico. Competncias Essenciais. Lisboa: Ministrio da Educao, Departamento da Educao Bsica, pp. 129-146. 7 Cf. Orientaes Curriculares. Ensino Bsico. 3. Ciclo. Cincias Fsicas e Naturais, p. 6.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    4

    Abordagem metodolgica

    Nesta investigao, procurou-se mostrar como os autores dos manuais contemporneos

    de Cincias Naturais se apropriaram da DC e como a expuseram nas suas obras. Optou-se

    por seguir a tcnica de anlise de contedo, por se considerar a mais apropriada aos

    objectivos visados, e dividiu-se este estudo em quatro fases: (i) a primeira fase, heurstica,

    correspondeu seleco e recolha dos manuais a analisar, assim como das prescries

    curriculares que nortearam a sua redaco; (ii) na segunda fase, e tendo como ponto de

    partida a anlise das Orientaes Curriculares de Cincias Fsicas e Naturais, construiu-se

    uma grelha de anlise da apresentao da DC nos manuais. Essa grelha circunscreveu-se ao

    tipo de argumentos8 da DC e s estratgias de que os autores usaram para os explicar,

    dando relevo tipologia iconogrfica9 que utilizaram para apoiar o desenvolvimento

    desses contedos. A grelha foi aplicada a um manual para validar e aprimorar as categorias

    e os parmetros de anlise inicialmente definidos; (iii) num terceiro momento aplicou-se a

    grelha aos manuais seleccionados; (iv) seguiu-se a quarta e ltima fase, que correspondeu

    ao registo e tratamento dos resultados. Essa anlise foi feita, ainda, procurando explorar as

    relaes CTS que os autores usaram para apresentar a DC.

    O corpus de anlise constitudo por dois manuais de Cincias Naturais do 3. Ciclo

    do Ensino Bsico, que correspondem s obras mais adoptadas no mercado nacional. Foram

    estudados os manuais Planeta Vivo10 (M1) e Novo Descobrir a Terra 711 (M2), ambos

    destinados ao ensino da disciplina de Cincias Naturais do 7. ano de escolaridade. Essas

    obras foram redigidas em conformidade com as Orientaes Curriculares e as

    competncias especficas para a rea curricular de Cincias Fsicas e Naturais.

    8 Os argumentos considerados foram os sugeridos nas Orientaes Curriculares, ou seja, os paleontolgicos, os paleoclimticos, os litolgicos e os morfolgicos. Cf. Orientaes Curriculares. Ensino Bsico. 3. Ciclo. Cincias Fsicas e Naturais, p. 18. 9 A tipologia iconogrfica foi baseada na apresentada na tese de doutoramento de Cavadas (2008) na qual, sintetizando algumas ideias de investigadores anteriores, se estabeleceu uma tipologia das imagens habitualmente usadas nesses manuais, classificando-as essencialmente nas categorias fotografias, ilustraes, esquemas, grficos e mapas. Neste estudo, para respeitar a especificidade e a originalidade iconogrfica dos manuais analisados, foi usada a seguinte variao dessa tipologia, desenvolvida por Cavadas e Guimares (2009, p. 5): (i) fotografias; (ii) ilustraes realistas (visam representar fielmente determinado aspecto da realidade); (iii) ilustraes esquemticas (permitem o destaque de aspectos essenciais de determinada realidade); (iv) ilustraes procedimentais (representam uma determinada etapa de uma actividade prtica); (v) esquemas conceptuais (mostram a relao entre determinados termos ou fenmenos cientficos); (vi) esquemas processuais (representam os passos de um determinado processo biolgico); (vii) esquemas procedimentais (ilustram vrias etapas de uma actividade prtica). 10 Silva, A. et al. (2002). Planeta Vivo. Terra no Espao. Terra em Transformao. Cincias Fsicas e Naturais. Cincias Naturais. 3. Ciclo. Porto: Porto Editora. 11 Antunes, C. et al. (2006). Novo Descobrir a Terra 7. Cincias Naturais. Cincias Fsicas e Naturais. 3. Ciclo do Ensino Bsico. Terra no Espao. Terra em Transformao. Porto: Areal Editores.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    5

    Salienta-se que, embora os manuais actuais sejam um projecto pedaggico mltiplo,

    cujo livro principal acompanhado por vrios materiais de apoio (caderno de actividades,

    transparncias, CD-rom, guia do professor, etc.), nesta investigao apenas se analisou o

    manual propriamente dito, nomeadamente a verso destinada somente ao professor.

    Contudo, foram referidos alguns materiais de apoio, quando necessrios para aclarar as

    estratgias usadas pelos autores na apresentao da DC.

    A Deriva dos Continentes nos manuais em estudo

    M1 - Planeta Vivo

    Os autores do manual Planeta Vivo, iniciaram a exposio da DC atravs da questo-

    problema Como explicar a distribuio actual dos continentes? (Silva et al., 2002, 100),

    explorando-a com uma abordagem Histria da Cincia. Referiram que as opinies para

    essa distribuio se dividiam entre os imobilistas, que afirmavam que as posies dos

    continentes e dos oceanos se mantiveram constantes desde o seu aparecimento, e os que,

    como Wegener, defenderam a sua movimentao ao longo da Histria da Terra. A opo

    por esta abordagem histrica deveu-se aos autores considerarem ser a mais interessante,

    inteligvel e simultaneamente proporcionar aos alunos a apropriao dos aspectos

    importantes do trabalho cientfico (Silva et al., 2002, 101). Advogaram que o percurso

    que vai de Wegener actualidade um caminho cognitivo extremamente interessante e

    que pode ser encarado numa perspectiva de aprendizagem e de pesquisa.

    Em consonncia com esta ptica, iniciaram a exposio da DC propriamente dita,

    referindo que Wegener afirmou que os continentes actuais estariam unidos, h cerca de 250

    M.a., num nico supercontinente denominado Pangeia, rodeado por um nico oceano

    designado Pantalassa. Esse supercontinente ter-se-ia fragmentado e os seus fragmentos

    (Laursia e Gondwana), como pedaos num campo de gelo quebrado (Silva et al., 2002,

    101), ter-se-iam movimentado sobre o oceano, deriva, at atingirem as posies actuais.

    Para esclarecerem essas afirmaes, apresentaram o seguinte esquema processual:

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  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    7

    sobre os aspectos que apoiam a hiptese dos continentes da Amrica do Sul e de frica

    terem estado unidos no passado. Por outro lado, atravs da ilustrao esquemtica II, so

    conduzidos a aferirem as razes que levaram distribuio dos fsseis representada. A

    partir destas actividades, proporcionado aos alunos a apropriao de aspectos importantes

    do trabalho cientfico:

    Foi com base em observaes semelhantes s anteriormente consideradas que Wegener fundamentou a teoria da deriva dos continentes. (Silva et al., 2002, 103).

    Como se pode constatar pela citao anterior, nesse percurso os autores visam que os

    alunos adquiram a noo de que, para fundamentar uma teoria, necessrio que a mesma

    seja validada por dados empricos.

    De seguida, os autores fizeram uma exposio terica dos argumentos litolgicos e

    paleontolgicos, a qual termina com a aluso importncia da apresentao das causas que

    promoveram a movimentao dos continentes. Contudo, sobre este assunto, apenas

    mencionaram que Wegener props vrias explicaes que no foram aceites pela

    comunidade cientfica de ento (Silva et al., 2002, 103). Embora aqui salientem o lado

    ps-positivista do processo de criao cientfica, ao referirem implicitamente a validao

    cientfica como um fenmeno complexo que implica a negociao e o consenso da

    comunidade cientfica da poca (Silva, 2007, 317), no esclareceram devidamente quais

    foram as explicaes que no conduziram a esse consenso. Sendo assim, perderam uma

    boa oportunidade de mostrar aos alunos a importncia de uma argumentao cientfica

    slida, a par do confronto com os dados empricos, para a validao de uma teoria.

    Aps este percurso cognitivo e de construo de competncias, que conduz o aluno a

    compreender a DC, e no qual se procurou orient-lo para a pesquisa e aprendizagem

    atravs da realizao de uma actividade prtica, os autores mencionaram que, em virtude

    da 1. Grande Guerra Mundial, a teoria de Wegener ficou esquecida. Posteriormente, e

    num enquadramento CTS, propem uma actividade sobre o renascimento desse debate, por

    volta de 1950, em resultado das tecnologias desenvolvidas durante a 2. Grande Guerra

    Mundial.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    8

    Fig.2. Ilustrao esquemtica da utilizao do sonar como meio para a cartografia do fundo dos

    oceanos.15

    Essa actividade simples, de papel e lpis, intitulada Estratgia militar e cincia que

    relao?, parte da explorao de uma ilustrao esquemtica das potencialidades do sonar

    desenvolvido inicialmente como instrumento de guerra para a explorao e cartografia

    dos fundos ocenicos. Essa proposta de trabalho serve de introduo Teoria da Tectnica

    das Placas, e culmina com a prxima reflexo:

    O desenvolvimento de tecnologias cada vez mais sofisticadas permitiu o aprofundamento de investigaes e a recolha de dados at ento inacessveis sobre os fundos ocenicos. Para alm do desenvolvimento tecnolgico, vo ocorrer ao nvel da comunidade cientfica alteraes muito importantes. Acentua-se o trabalho em equipa de cientistas de diferentes reas, a partilha e a discusso mais frequente de resultados e de pesquisa. A mobilidade dos continentes, proposta por Wegener h dcadas, passou a ser de novo considerada por diversos cientistas. (Silva et al., 2002, 106).

    Nesta actividade, os autores conciliaram duas perspectivas significativas: a importncia

    das actividades CTS e a natureza da cincia ps-positivista. O enquadramento CTS deriva

    da actividade ter como ponto de partida a tecnologia militar. Essa tecnologia foi colocada

    ao servio da comunidade cientfica para a explorao dos fundos ocenicos, com fins

    estratgicos, certo, mas com consequncias colaterais importantes para o avano da

    Geologia. O carcter ps-positivista do contexto da actividade cientfica, tal como definido

    por Jos Silva (2007, 322), resulta dos autores evidenciarem que essa actividade o

    resultado de um trabalho em equipa, no qual a formao especfica de cada investigador

    uma mais-valia no processo de construo cientfica. Por outro lado, o ps-positivismo da

    15 Silva et al., op. cit., p. 104.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

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    natureza da cincia tambm se expressa aquando da meno a determinados factores

    condicionantes da actividade dos investigadores e do percurso da cincia, neste caso, as

    duas Grandes Guerras Mundiais.

    M2 - Novo Descobrir a Terra 7

    No M2, os autores, no incio da temtica Dinmica interna da Terra propuseram que

    os alunos, entre outros objectivos, no final do captulo compreendessem a DC,

    conhecessem os argumentos a favor da DC e explicassem a razo pela qual a DC no foi

    aceite. Seguindo essa orientao, aps contextualizarem sucintamente o assunto, iniciaram

    a explicao da DC. Referiram que Wegener, no incio do sc. XX, props a

    movimentao dos continentes afirmando que as massas continentais pouco densas

    flutuam sobre as massas ocenicas mais densas, de modo idntico ao dos icebergues sobre

    a gua (Antunes et al., 2006, 109). Aps introduzir o estudo da hiptese de Wegener,

    propem, num enquadramento da Histria da Cincia, o estudo de um documento de

    explorao intitulado Wegener o explorador da Gronelndia, com o objectivo de

    promover um debate que reflicta as interaces CTS que condicionaram o trabalho desse

    pesquisador. De seguida, apresentam um esquema processual que mostra, tal como o usado

    pelos autores do M1, a movimentao dos continentes ao longo do tempo geolgico.

    Depois deste intrito indicam os quatro argumentos que Wegener props para defender

    a sua teoria. Neste caso, a apresentao dos argumentos de defesa da DC foi explorada

    separadamente ao contrrio da opo usada pelos autores do M1 - de forma a criar uma

    atmosfera de anlise e de fcil compreenso do seu significado particular.

    Para explorarem os argumentos morfolgicos sugerem uma actividade designada A

    semelhana das linhas de costa dos continentes, na qual, a par dos autores do M1,

    propem aos alunos que copiem e recortem um mapa da actual distribuio geogrfica dos

    continentes sul-americano e africano, para ajustarem o seu contorno. O objectivo

    conclurem que h complementaridade entre as linhas de costa desses continentes, embora

    ela no seja total devido a fenmenos de eroso.

    A seguir, apresentam os argumentos geolgicos apoiando, com uma ilustrao

    esquemtica, uma curta explicao sobre a correspondncia das rochas dos continentes

    afastados pelo Oceano Atlntico.

    Ao contrrio dos autores do M1, apresentaram os argumentos paleoclimticos.

    Referiram a existncia de vestgios de glaciares (frequentes em regies de climas frios) ou

    de carvo (frequentes em regies de climas quentes), hoje presentes em regies com climas

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    10

    onde no usual a sua existncia (Antunes et al., 2006, 109). Suportaram essa explicao

    com uma fotografia de depsitos de glaciares encontrados na frica do Sul e uma

    ilustrao esquemtica que mostra o ajuste dos continentes actuais, baseado nas reas

    ocupadas por vestgios de glaciares resultantes de glaciares formados durante o Gondwana.

    Fig.3. Ilustrao esquemtica do ajuste dos continentes actuais, baseado nos vestgios de glaciares

    resultantes de glaciares formados durante o Gondwana.16

    Os argumentos paleontolgicos foram explorados similarmente aos do M1, pois os

    autores usaram a mesma ilustrao esquemtica para explorar, atravs de uma actividade

    de papel e lpis, a correlao na distribuio do registo fssil das rochas mais antigas dos

    continentes que formaram o Gondwana. Acentuaram a particularidade do Mesosaurus, um

    rptil de gua doce, se localizar actualmente em registos fsseis de rochas da Amrica do

    Sul e de frica.

    Fig.4. Ilustrao esquemtica da distribuio dos continentes actuais de acordo com as correlaes

    no registo fssil de Lystrosaurus, Cynognathus, Mesosaurus e Glossopteris.17

    16 Antunes et al., op. cit., p. 112.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    11

    Concluram a apresentao destes quatro argumentos propondo aos docentes a

    explorao de uma transparncia com o seu conjunto, de modo a criarem um momento de

    discusso e anlise que permita aos alunos compreenderem e integrarem os diferentes

    argumentos apresentados.

    Por ltimo, e seguindo as sugestes programticas, proporcionaram um momento

    epistemolgico, relacionado com a apresentao das razes pelas quais a DC no foi

    aceite. Superando a lacuna do M1 relativa apresentao do motor da DC, referiram que

    muitos gelogos da poca no estavam convencidos que os continentes se tinham

    deslocado, pois a rotao da Terra e o movimento das mars no permitiam explicar

    grandes deslocamentos dos continentes, na perspectiva dos geofsicos. Em consequncia a

    Teoria da Deriva Continental foi completamente ignorada pelos geofsicos e pela maioria

    dos gelogos (Antunes et al., 2006, 113). Aqui, reflectiram, tal como os autores do M1, o

    lado ps-positivista do processo de criao cientfica, ao sugerirem a validao cientfica

    como um processo complexo que implica a negociao e o consenso entre a comunidade

    cientfica da poca.

    Nesta linha de pensamento, os autores propem outra estratgia de discusso, com a

    apresentao, aos alunos, da questo-problema Ser que existe algum modelo que permita

    explicar o movimento das massas continentais?, confrontando-os com a rejeio da DC e

    o carcter dinmico da cincia. Esta questo tambm o mote para a introduo da Teoria

    da Tectnica de Placas, a qual se inicia com a afirmao de que o interesse pela DC

    reacendeu-se quando, em 1950, se comeou a analisar os resultados de novos estudos, que

    envolveram a explorao do fundo dos oceanos e o magnetismo das rochas.

    Reflexes sobre a explorao da Deriva dos Continentes nos manuais

    De forma geral, foi notria a semelhana no percurso utilizado pelos autores de ambos

    os manuais para explorarem a DC porque, aps um enquadramento textual do assunto no

    mbito da Histria da Cincia, apresentaram a teoria de Wegener apoiada por iconografia

    que mostra a movimentao dos continentes ao longo de diferentes momentos do tempo

    geolgico. De seguida, explicaram os argumentos usados por Wegener para validar a DC,

    socorrendo-se de actividades de papel e lpis e de iconografia apropriada. Por fim,

    concluram este percurso com a aluso s lacunas da DC, nomeadamente, ao facto de

    17 Antunes et al., op. cit., p. 112.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    12

    Wegener no ter proposto um mecanismo explicativo consensual para a movimentao dos

    continentes, falha que conduziu formulao de uma nova teoria, a Tectnica de Placas.

    O quadro seguinte sintetiza os argumentos usados pelos autores e o tipo de ilustraes

    utilizadas para apoiar a explicao desses contedos18.

    CATEGORIAS/PARMETROS MANUAIS

    M1 M2

    1. ARGUMENTOS

    1.1. Paleontolgicos X X

    1.2. Paleoclimticos. - X

    1.3. Litolgicos X X

    1.4. Morfolgicos. X X

    2. ICONOGRAFIA

    2.1. Fotografias. X X

    2.2.

    Ilust

    ra

    es 1.2.1. Ilustraes realistas. - -

    1.2.2. Ilustraes esquemticas. X X

    1.2.3. Ilustraes procedimentais. - -

    2.3.

    Esqu

    emas

    1.3.1. Esquemas conceptuais. - -

    1.3.2. Esquemas processuais. X X

    1.3.3. Esquemas procedimentais. - -

    Quadro I. Quadro dos resultados da anlise aos M1 e M2.

    Particularizando as estratgias usadas na explorao da DC no que diz respeito ao tipo

    de argumentos apresentados, a partir da anlise do quadro nota-se uma evidente coerncia

    externa entre as determinaes programticas e o M2, porque nessa obra so abordados os

    quatro tipos de argumentos sugeridos nas Orientaes Curriculares. Em contraste, o M1

    no partilhou dessa coerncia externa, pois os autores optaram por no apresentar os

    argumentos paleoclimticos.

    Quanto iconografia, os dados mostram a homogeneidade nos tipos de imagens usados

    nos manuais. As fotografias apresentadas foram, essencialmente, de Wegener e de cortes

    geolgicos. A exclusividade das ilustraes esquemticas, em detrimento das realistas e

    das procedimentais, deve-se ao elevado grau de abstrao da DC, cujo corpo terico

    melhor esclarecido atravs de ilustraes esquemticas e no realistas. Por outro lado, a

    DC no proporciona, com facilidade, o desenvolvimento de actividades laboratoriais ou

    experimentais, logo, no surpreende que os autores tenham optado por no as apresentar.

    18 O registo dos resultados foi qualitativo (presena/ausncia) e no quantitativo, pois o objectivo foi analisar a tipologia de argumentos e de iconografia apresentada pelos autores.

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    13

    Consequentemente, no foram includas ilustraes ou esquemas procedimentais. Contudo,

    aquando da apresentao da Teoria da Tectnica de Placas, essas ilustraes e esquemas

    so mais vulgares porque os autores, tanto de um manual como do outro, apresentaram

    algumas actividades laboratoriais.

    Os esquemas processuais foram um tipo iconogrfico tambm muito comum porque

    expressam o carcter dinmico da mobilidade dos continentes. A ausncia de esquemas

    conceptuais deve-se aos autores preferirem integrar os conceitos da DC num esquema mais

    generalizado, no qual tambm mostram a sua relao com os conceitos fundamentais da

    Tectnica de Placas. Consequentemente, esse mapa de conceitos apresentado nos

    manuais ou nos materiais de apoio, somente aps a abordagem da Tectnica de Placas.

    Constatou-se, ainda, que a funcionalidade das imagens orienta-se essencialmente para a

    explicao dos contedos.

    Ambos os manuais preconizam a perspectiva CTS. Contudo, o M1 aquele em que

    essas relaes so mais evidentes, ilao que resulta de apresentar uma actividade que

    mostra as interaces que caracterizam a produo do saber cientfico, proporcionando aos

    alunos a possibilidade da integrao de diferentes acontecimentos que influenciaram o

    conhecimento geolgico.

    Foi ainda evidente o permanente recurso de ambos os grupos de autores Histria da

    Cincia, embora se tenha constatado que a explorao da DC mais acentuada, numa

    perspectiva histrica, no M2. Notou-se, tambm, uma preocupao por parte dos autores

    em conduzirem os alunos a compreender o processo de criao cientfica, de acordo com a

    concepo ps-positivista da cincia, mostrando, embora de forma tnue, que o

    conhecimento cientfico no um conhecimento esttico, mas susceptvel mudana, de

    acordo com os novos dados que vo sendo adquiridos e o consenso na comunidade

    cientfica da poca.

    Como balano, nos manuais analisados, a apresentao da DC de Alfred Wegener: (i)

    proporcionou oportunidades para os alunos se envolverem em trabalhos de natureza

    cientifico-pedaggica, conduzindo-os a conhecer a evoluo do conhecimento geolgico e

    promovendo as aprendizagens pretendidas, atravs da explorao de actividades diversas,

    apoiadas por uma iconografia apropriada; (ii) atendeu s inter-relaes CTS, mostrando

    que a cincia no indissocivel do enquadramento social; (iii) valorizou a Histria da

    Cincia como meio de aprendizagem conceptual e de apropriao de aspectos importantes

  • A Teoria da Deriva dos Continentes de Alfred Wegener nos manuais escolares de Cincias Naturais portugueses

    14

    do trabalho cientfico; (iv) vinculou imagens ps-positivistas da natureza da cincia,

    nomeadamente quanto ao processo de criao cientfica.

    Referncias bibliogrficas

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