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Atendimento Pré-Hospitalar – APH Professora: Ana Paula de Oliveira

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Atendimento Pré-Hospitalar – APH

Professora: Ana Paula de Oliveira

Na Saúde Pública onde se insere?

1. Unidades Básicas de Saúde

2. Ambulatórios especializados

3. Serviços de diagnósticos e terapias

4. Pré-Hospitalar

5. Rede hospitalar de média e alta complexidade

6. Unidades Básicas de Saúde

Por que será que o governo tem investido no APH???

• Trauma: 2a causa de morte no país- 1a doenças do aparelho circulatório;- 3a neoplasias;- 4a doenças do aparelho respiratório;

• Por região este índice permanece exceto na região Centro-oeste, onde ocupa o 4o lugar.

• Diminuição de custos: - internação hospitalar- perda de anos produtivos

• Das seqüelas, o governo passa a educação, prevenção e reabilitação.

História do APH

• Primeira Lei destinada ao Atendimento Pré-Hospitalar: 21 de junho 1893

- Lei do Senado do Brasil;

- Estabelecia o Socorro Médico de Urgência em Via Pública;

• Restringiu-se ao Distrito Federal;• Falta de priorização.

Atualidade do APH

• Política Nacional de Atenção às Urgências• Investimentos: SAMU

• Finalidades do SAMU:

- reduzir o número de óbitos;

- reduzir o tempo de internação hospitalar

- reduzir seqüelas

Sistema Organizado

• Componentes do paciente

1. Acesso a assistência á TODA população;

2. Triagem *- paciente certo para o hospital certo;

3. Transporte rápido, seguro;

4. Tratamento adequado e em tempo hábil.

Responsáveis pelo APH

• GAPH – Grupo de Atendimento Pré-Hospitalar.

• SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

GAPH

• Entidade Militar – órgão estadual• Corpo de Bombeiros;• Atende pelo 193 – 24 horas• Início no ano de 2000;• Suporte Básico de Vida• Demandas: inclui-se o resgate!

- Trauma: toda natureza *- Casos Clínicos: Psiquiatria*, obstetrícia*, outros*.- Transferências*

• Dispõe: AR (2) ; AA (3) – distribuídas por áreas. - AR e AA diferenciam-se em tamanho e materiais.

GAPH

• Acesso à assistência – 193;• Central de Atendimento – CIOP (Central Integrada de

Operações Policiais): identificação civil e natureza da ocorrência;

• Comunicação via rádio com as equipes de serviço;

• Recebimento da chamada – deslocamento

• Chegada e transporte: atendimento iniciado;• Hospital de destino – comunicação prévia*;

não atendimento*.• Atende a chamadas da grande João Pessoa, e outros.

SAMU

• Entidade Civil – órgão municipal (verba direta);• Secretaria de Saúde Municipal;• Atende pelo 192 – 24 horas

• Suporte Básico de Vida e Suporte Avançado á Vida

- SBV: técnico de enfermagem + motorista *;

- SAV: médico + enfermeiro + motorista *;• Demandas: não inclui o resgate!

- Trauma: toda natureza *

- Casos Clínicos: Psiquiatria*, obstetrícia*, outros*.

- Transferências*• Dispõe: USB ; USA – distribuídas por áreas.

SAMU

• Acesso à assistência – 192• Central Reguladora de Atendimento – TARMS (técnicos

em regulação médica)

- Identificação do solicitante

- Natureza da chamada

- Dados iniciais da vítima• Médico regulador – detalhamento da ocorrência e inicio

da assistência.• Encaminhamento da USB ou USA

• Chegada e transporte: inicio do tratamento *• Hospital de destino: comunicação prévia / recusas *• Atende a grande João Pessoa

APH – Atendimento ao Trauma

• Prioridades:

1. Abordagem da cena

- quanto a segurança;

- natureza exata da situação;

- observação simultânea rumo a aproximação da vítima;

2. Avaliação do(s) pacientes: pacientes mais graves

- perda de vida;

- perda de membros;

- condições que não acarretem perda de vida ou demembros.

APH – Atendimento ao Trauma

• Prioridades:

3. Priorização em incidentes de múltiplas vítimas:

- Salvar o maior número de pacientes;

- Triagem: número de doentes – recursos disponíveis.

- Transportar primeiro ao mais graves (salváveis)

APH – Atendimento ao Trauma

Vítima A: com trauma aberto grave de cabeça.

Vítima B: hemorragia intra-abdominal.

Quem você atenderia primeiro?

Foco: quem pode ser salvo?

Tratar primeiro a vítima A pode ocasionar em perda das vítimas A e B.

Vítima A – óbito por gravidade da lesão.

Vítima B – óbito por atendimento tardio.

- Pacientes muito graves é segunda prioridade: espera de mais ajuda e equipamento

APH – Atendimento ao Trauma

• Triagem em desastres/incidentes com múltiplas vítimas:1. Não realizar RCP em quem tem pouca ou nenhuma chance de sobreviver;Classificação das vítimas:1. Imediatos: lesões graves mas que exigem um tempo e material mínimo para atendimento. Apresentam bons prognósticos de sobrevivência. Exemplo: hemorragia, comprometimento de vias aéreas.2. Retardados: lesões debilitantes, mas não é necessário atendimento imediato. Exemplo: fratura de ossos longos.3. Expectantes: lesões gravíssimas, com chances mínimas de sobreviver. Exemplo: Queimadura de 3o grau em 90% do corpo + lesão térmica pulmonar.

APH – Atendimento ao Trauma

Classificação das vítimas:

4. Mínimos: “feridos ambulantes”, ferimentos leves, podem esperar por tratamento, e até mesmo ajudar no atendimento aos mais graves.

5. Mortos: Não responde, sem pulso, sem respiração.

“Em desastres os recursos raramente permitem a tentativa de reanimação de vítimas PCR”.

PHTLS, 2004

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Rápida – 15 a 30 segundosO que você observaria?

1o Paciente Consciente/Inconsciente?A – Vias AéreasB – RespiraçãoC – CirculaçãoVisão geral da vítima, onde vai detectar risco iminente de vida . Respondendo a pergunta:

- É necessário suporte avançado ou não?

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação PrimáriaA – Vias aéreas e Controle da Coluna Cervical

Permeabilidade e Estabilidade- Retirar objetos que obstruam essa via. Como?- Conduzir a língua para obstruir essa via. - Aspirações de secreções;- Estabilizar cervical manualmente/colar cervical- Nunca realizar hiper-extensão.- Permeabilidade e estabilidade são ações simultâneas!

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Primária

B – Respiração: Como você procederia?- Expor tórax: expansão pulmonar;- E. F. do tórax : inspeção; palpação; percussão; ausculta.- Inspeção: FR, ritmo, tiragem intercostal, uso de musculatura acessória, batimentos da asa do nariz, cianose. - Palpação: crepitações; - Percussão: macicez, timpanismo; - Ausculta: murmúrios presentes/ausentes, ... . - Permeabilidade/respiração adequada; - Examinar bilateralmente – um lado após outro

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Primária

C – Circulação

- No EF de tórax você aproveitou a ausculta do coração;

- Verificar PA, pulso, perfusão periférica;

- Perfusão periférica diminuída: baixa temperatura, pele úmida, tempo de enchimento capilar*;

- Hemorragia externa

- Suspeita de hemorragia interna

- O que fazer nas hemorragias?

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Primária

D – Avaliação Neurológica

A – Alerta

V – Resposta ao estímulo verbal

D – Resposta ao estímulo de dor

U – Sem reação

E – Exposição da vítima

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Secundária

1. Cabeça: deformidades; pupilas (midríase, miose, isocóricas, anisocórias, reação pupilar); drenagem de líquor (teste de glicemia); equimose periorbital; equimose retroauricular (Sinal de Batle).

2. Pescoço: desvio de traquéia, distensão das veias jugulares, alterações na cervical.

3. Tórax

4. Abdômen: inspeção, ausculta, percussão, ausculta.

5. Região Lombar: dor, deformidades, lesões.

6. Pelve: fraturas, dor

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Secundária

7. Genitálias: lesão óbvia, priapismo, dor.

8. MMII: deformidades, deslocamentos, pulsos pediosos, temperatura.

9. MMSS

10. Costas

11. Neurológica – Escala de Coma de Glasgow

APH – Atendimento ao Trauma

• Avaliação Secundária

12. A – Alergias

M – Medicações atuais

P – Doenças passadas

L – Última refeição

E – Eventos que precederam a lesão

APH – Atendimento ao Trauma

• Escala de Coma de Glasgow:

1. Medida quantitativa do nível de consciência;

2. Avalia: abertura ocular, resposta motora e resposta verbal.

3. Invalidada na presença de álcool ou drogas

4. Nota máxima: 15

5. Nota mínima: 03

6. Se < ou = 8, proceder a intubação do paciente.