atendimento ao auto de infração

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SEF Resposta Auto de Infração - Material de trabalho - abril 2014 Quadro nº 1 - Exigências Técnicas constantes do AIIPM nº 30001630 da CETESB 01. Realizar investigação detalhada e plano de intervenção e apresentar relatórios contendo cronograma para implantação de medidas de intervenção, se necessárias - prazo até abril/2014. No sentido de atender às exigências 01, 03, 04 e 05 do auto de infração, foi contratada a empresa Servmar Serviços Técnicos Ambientais Ltda para a investigação do solo e da água subterrânea, avaliação de risco à saúde humana e plano de intervenção na Área de Interesse denominada de AI-01, e a investigação detalhada dos gases químicos de interesse no interior de todos os edifícios da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Para tanto, foi

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Page 1: Atendimento ao Auto de Infração

SEF Resposta Auto de Infração - Material de trabalho - abril 2014

Quadro nº 1 - Exigências Técnicas constantes do AIIPM nº 30001630 da CETESB

01. Realizar investigação detalhada e plano de intervenção e apresentar relatórios contendo cronograma para implantação de medidas de intervenção, se necessárias - prazo até abril/2014.

No sentido de atender às exigências 01, 03, 04 e 05 do auto de infração, foi

contratada a empresa Servmar Serviços Técnicos Ambientais Ltda para a investigação

do solo e da água subterrânea, avaliação de risco à saúde humana e plano de

intervenção na Área de Interesse denominada de AI-01, e a investigação detalhada

dos gases químicos de interesse no interior de todos os edifícios da Escola de Artes,

Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Para tanto, foi

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realizada a abertura de 115 poços em dois níveis, monitoramento de vapores e

investigação detalhada de substâncias químicas na região AI-01.

A partir disso, foi elaborado o relatório de investigação detalhada, avaliação de

risco à saúde humana e plano de intervenção na AI-01, bem como investigação

detalhada de gases, conforme documento MA/12936/14/BLS (Servmar, 2014).

Especificamente em relação ao plano de intervenção, conforme consta no

relatório ora apresentado para a CETESB em fevereiro de 2014, esta etapa do

gerenciamento ambiental foi realizada após a de avaliação de risco, seguindo as

preconizações expressas na Decisão de Diretoria n° 103/2007/C/E (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, 2007) e na legislação estadual vigente

(Lei n° 13.577/2009 e Decreto 59.263/2013).

As atividades realizadas para o desenvolvimento do plano de intervenção

englobaram:

• Avaliação da necessidade do plano de intervenção;

• Avaliação e a determinação das alternativas de ações de mitigação;

• Estabelecimento do plano de intervenção.

Para a avaliação da necessidade do plano de intervenção, realizou-se a

averiguação dos resultados obtidos na etapa de avaliação de risco, pois é nessa etapa

em que se define a necessidade de implementação de ações de mitigação em uma

área contaminada e se estabelece os níveis aceitáveis a serem atingidos. Pare

detalhes sobre a avaliação de risco, observar como se deu o cumprimento do item 05

desse auto de infração. No processo de escolha das formas de intervenção a serem

adotadas foram considerados os níveis aceitáveis (CMA) a serem atingidos definidos

para o uso atual e futuro pretendido para a AI-01 a partir da avaliação de risco, bem

como os padrões legais aplicáveis para o caso de ingestão de água subterrânea e dos

corpos de água superficial.

Considerando os resultados obtidos nas etapas de investigação ambiental da

AI-01 e os resultados da avaliação de risco à saúde humana, não foram constatadas

SQI na água subterrânea em concentrações superiores aos padrões ambientais e não

foi identificada a possibilidade de risco à saúde humana para os cenários reais. Esse

risco à saúde está vinculado à inalação de vapores e partículas, contato dérmico e

ingestão de solo superficial na área de abrangência das concentrações por usuários da

USP Leste.

Page 3: Atendimento ao Auto de Infração

Assim, conforme também será apresentado no item 05, não será necessária a

adoção de medidas de intervenção para o solo superficial, solo subsuperficial e água

subterrânea da AI-01. Essa conclusão remete diretamente a exigência 10 do auto de

infração, que será explorada oportunamente nesse documento.

No caso da área AI-02, o plano de intervenção detalhado está apresentado no

item 11.

02. Comprovar a instalação e operação dos sistemas de extração de gases do subsolo em todos os prédios já construídos no campus, prédios I1, I3, I4, I5, A1, A2, A3, P, CB, M1, M2, M3, M4, M5, M6 e M7 e Estação USP - Leste da CPTM, devendo ser dada preferência aos sistemas passivos de extração - prazo até março/2014.

Em atendimento a essa exigência, encaminhamos no Anexo 1, que

corresponde ao registro fotográfico realizado pela empresa contratada Weber

Consultoria Ambiental de 23/04/2014 e apresenta a instalação e localização dos

Exaustores de Gases no campus USP Leste. Assim, em resumo, têm sido executadas

as seguintes ações:

a) A empresa Servmar Serviços Técnicos Ambientais Ltda, contratada em 26 de

agosto de 2013, executou a abertura de 115 poços de monitoramento em dois

níveis (superficial e profundo) e o monitoramento da presença de gases nesses

230 pontos durante mais de três meses.

b) A empresa Weber Consultoria Ambiental (contratada pelo processo

14.1.229.82.8) prossegue com o monitoramento dos gases e entregou dois

relatórios com os dados das leituras (Leituras da 2ª. quinzena de Março e 1ª.

quinzena de Abril), conforme apresentado nos itens 08 e 09.

c) A empresa Weber Consultoria Ambiental está instalando o sistema ativo de

extração de vapores e monitora a presença de metano nos poços distribuídos

por todos os edifícios da USP Leste. O contrato, firmado em março de 2014,

prevê:

• Monitoramento de intrusão de gases (campanhas diárias em 115 poços

de gases em dois níveis, ou seja, em 230 pontos);

• Implantação e operação de sistema de extração emergencial composto

por 23 conjuntos de bombas/exautores;

Page 4: Atendimento ao Auto de Infração

• Medição de vapores em solo (650 pontos na área de 260 mil metros

quadrados) em uma malha 20 m x 20 m.

A Engenharia não consegue definir cronogramas ou prazos estanques e

definitivos porque as variáveis são muitas e os problemas imprevisíveis. Para se definir

os equipamentos mais adequados para monitorar a intrusão de gases, por exemplo, é

necessário verificar sua eficiência. Até 23 de abril de 2014, já haviam sido instalados e

estavam em funcionamento 16 sistemas de extração, conforme mostrado na Figura 1.

Os sistemas estão sendo instalados aproveitando-se as estruturas existentes quando

da construção dos prédios em 2005 (tubos geomecânicos e colchões de brita). Os 23

sistemas previstos já estão no local, mas alguns ainda não foram conectados

totalmente, de acordo com as orientações do IPT.

Figura 1: Fotos de alguns sistemas de extração em pleno funcionamento no campus.

O foco do trabalho da Weber Consultoria Ambiental é o monitoramento

preventivo da intrusão de vapores/gases em ambientes confinados pela execução de

leituras em todos os poços que está sendo realizada. As medições realizadas nos ralos

de todas as edificações não indicam nenhuma concentração de metano. A Weber

também realizou medidas da presença de VOC (compostos orgânicos voláteis) nos

poços de monitoramento e não detectou concentrações ou encontrou concentrações

muito pequenas.

Os resultados sobre as concentrações de metano após a instalação dos

sistemas de extrusão estão apresentados, oportunamente, no item 09 desse

documento.

03. Apresentar relatório técnico da investigação ambiental adicional do solo no ponto ST-06 da área de aterro 1 - AI-01 (área central AI-01 localizada na porção

Page 5: Atendimento ao Auto de Infração

centro-sul da área USP - Leste, entre os Blocos I1, I3, Módulo Inicial, Ginásio de Esportes e acesso à Estação USP Leste, onde foi depositado solo sem comunicação à CETESB), considerando varredura integral de VOCs e SVOCs, seguindo a metodologia de coleta de amostras adequada para análise de VOCs e as metodologias de análise EPA 8260 e EPA 8270 - prazo até janeiro/2014.

A empresa SERVMAR (Relatório Técnico SERVMAR MA/12936/2014/ BLS)

desenvolveu trabalhos de investigação ambiental detalhada e avaliação de risco à

saúde humana na área de aterro 1 - AI-01 no campus USP Leste. Os serviços de

campo foram realizados entre outubro a dezembro de 2013. Entre outras ações foram

coletadas e enviadas para análise 195 amostras de solo superficial e subsuperficial

para análises químicas das SQI definidas em acordo com a CETESB, sendo elas:

VOC, SVOC, PCB, metais (listados em CETESB, 2005), série nitrogenada, série

sulfatada, pesticidas organoclorados, cianeto, cloreto, berílio, tálio e fosfato.

Dentre os resultados analíticos, observaram-se concentrações superiores aos

valores de intervenção estabelecidos para o cenário residencial pela CETESB (2014)

e, na falta desses, aos Regional Screening Level – RSL estabelecidos para o cenário

residencial pela Environmental Protection Ambiental – USEPA (2013), nas amostras

coletadas nos seguintes locais:

AI-01 – Foram denotadas concentrações de PCB nas amostras de solo

superficial coletadas a 0,3 m de profundidade durante a ST-25, ST-90, ST-99 e ST-123

(Servmar, 2014; aterro de origem desconhecida) e de solo subsuperficial coletada a

1,0 m de profundidade durante a ST-22 (Servmar, 2014; aterro de origem

desconhecida).

Ginásio – Foi verificada concentração de chumbo na amostra de solo superficial

coletada a 0,3 m de profundidade durante a sondagem ST-122 (Servmar, 2014; aterro

utilizado para terraplanagem da USP Leste).

Enfermaria – Foi denotada concentração de chumbo na amostra de solo

subsuperficial coletada a 1,0 m de profundidade durante a sondagem ST-124

(Servmar, 2014; aterro utilizado para terraplanagem da USP Leste).

04. Apresentar os mapas com delimitação de distribuição dos gases em toda a área do campus e dos mapas de delimitação dos contaminantes, individualizados, nas águas subterrâneas - prazo até abril/2014.

Page 6: Atendimento ao Auto de Infração

A empresa SERVMAR (Relatório Técnico SERVMAR MA/12936/2014/ BLS)

desenvolveu trabalhos de investigação ambiental detalhada dos gases químicos de

interesse no interior de todos os edifícios da Escola de Artes, Ciências e Humanidades

da Universidade de São Paulo (EACH/USP) e no campus USP Leste.

As atividades desenvolvidas no período de agosto de 2013 a janeiro de 2014

compreenderam os seguintes serviços de campo:

• Execução de 115 sondagens de investigação;

• Instalação de 115 pares de poços, em sistema multiníveis, de

monitoramento de gases na zona insaturada no interior dos edifícios da

USP Leste;

• Medição in situ dos gases químicos de interesse nos poços instalados;

• Testes de estanqueidade nos 115 pares de poços de monitoramento de

gases instalados.

Os resultados indicaram que não foram quantificadas concentrações de

monóxido de carbono nem de sulfeto de hidrogênio acima de seus respectivos LII.

Assim, tendo em vista que dentre os gases monitorados o metano foi o único gás

inflamável quantificado, na interpretação dos resultados obtidos foram classificados

como “pontos críticos” e “pontos extremamente críticos” os PMG que apresentaram

pelo menos em uma das medições, concentrações de metano acima do LII. Salienta-

se que a presença desse gás no subsolo está relacionada às características redutoras

da água subterrânea local e à decomposição da matéria orgânica presente no aterro

oriundo da dragagem do leito de rio, bem como do próprio solo da várzea de rio que

constitui as camadas litológicas naturais do terreno. As maiores concentrações foram

associadas principalmente à capacidade do meio em trapear o gás gerado no solo.

As edificações com concentrações de metano classificadas como “pontos

críticos”, verificadas em ao menos uma das medições realizadas no nível superior (i.e.

com seção filtrante do PMG posicionada em torno de 0,3 m de profundidade do piso),

referem-se ao aos edifícios do Módulo Inicial (Conjunto Didático), Conjunto Laboratorial

(A-1, A-2 e A-3) e I-4.

Já o pavimento Laranjinha foi considerado como “ponto extremamente crítico”,

devido às altas concentrações de metano no sub-slab (i.e. com seção filtrante do PMG

posicionada em torno de 0,3 m de profundidade do piso), chegando até 74,1 % de

metano em volume. Sendo assim, a USP efetuou no mês de janeiro de 2014, como

Page 7: Atendimento ao Auto de Infração

medida de engenharia, a demolição dessa edificação, evitando que os usuários do

campus frequentassem um local que possivelmente poderia ter risco de

inflamabilidade, mesmo porque esse edifício sempre foi considerado provisório.

O Relatório Técnico SERVMAR MA/12936/2014/ BLS, apresenta os mapas das

plumas com as máximas isoconcentrações de metano superiores ao LII na seção

transversal de cada edifício, para uma melhor visualização da área de abrangência das

mesmas e sua correlação com as camadas litológicas.

Como mostrado em relação ao cumprimento da exigência 02, até 23 de abril de

2014, já foram instalados e estão em funcionamento 16 sistemas ativos de extração de

gases. Os demais 7 programados estão ligados, mas faltam as conexões

complementares planejadas pelo IPT para alcançar o melhor rendimento.

Nos serviços ambientais efetuados e apresentados no relatório apresentado

pela Servmar (2014), foram coletadas amostras de água subterrânea em todos os 18

poços existentes no campus e nos 29 poços instalados durante os trabalhos efetuados

em outubro e dezembro de 2013 na área central da USP Leste (AI-01) e na área do

ginásio de esportes pela Servmar (2014).

As amostras foram encaminhadas para as análises químicas das SQI definidas

pela CETESB em 04 de outubro de 2013, sendo elas: varredura de Compostos

Orgânicos Voláteis (VOC), varredura de Compostos Orgânicos Semi-Voláteis (SVOC),

Bifenilas Policloradas (PCB), metais (listados em CETESB, 2005), berílio, tálio,

pesticidas organoclorados, compostos das séries nitrogenada e sulfatada, cianeto,

cloreto e fosfato.

Nos resultados analíticos de todas as amostras de água subterrânea não foram

quantificadas concentrações de VOC, SVOC, PCB, pesticidas organoclorados, sulfeto,

sulfito, cianeto, antimônio, arsênio, berílio, cádmio, chumbo, cobre, cromo, mercúrio,

prata, selênio e tálio em todas as amostras de água subterrânea. Dentre as

substâncias quantificadas, somente o alumínio, bário, cobalto, ferro, manganês e

níquel apresentaram concentrações superiores aos padrões de referência ambiental

(CETESB, 2014 e, na falta destes, USEPA, 2013). Informa-se que as concentrações

de alumínio, bário, ferro e manganês puderam ser atribuídas à lixiviação dos minerais

que compõe o solo original local, estando este fato também de acordo aos trabalhos

ambientais efetuados anteriormente. Quanto ao níquel e cobalto, relatado como sendo

de origem antrópica, o mesmo foi quantificado somente em uma única amostra, na

qual sua concentração ultrapassou o valor de intervenção (CETESB, 2014). Esta

Page 8: Atendimento ao Auto de Infração

amostra refere-se à coletada no poço de monitoramento PM-02, situado no interior do

edifício I-1. Estes metais deverão ser avaliados em estudos posteriores que

englobarão a investigação detalhada de todo o campus, visto que este poço está fora

dos limites da AI-01.

Considerando os resultados obtidos nas etapas de investigação ambiental

verifica-se que não foram constatadas concentrações das SQI na água subterrânea em

concentrações superiores aos padrões ambientais e pelo tanto não é necessária à

apresentação de mapas de delimitação de contaminantes, individualizados, nas águas

subterrâneas.

05. Apresentar Avaliação de Risco à Saúde Humana na área da Gleba I, em função dos resultados da distribuição da contaminação, reportado no item anterior – prazo até abril/014.

Após a investigação do subsolo na área da USP Leste, o IPT (2011) realizou a

avaliação de risco à saúde humana. Este trabalho indicou a possibilidade de existência

de risco não carcinogênico somente para o cenário hipotético considerado para a

área de interesse, referente à ingestão acidental da água subterrânea por

trabalhadores de obras civis, tanto na área interna da USP Leste como na externa

(escola estadual, escola infantil e creche).

Para detalhes, consultar:

Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. (2011). Relatório Final – Avaliação

de Risco à Saúde Humana – Gleba I – EACH-USP. RT 123.582-205/11. Emitido em

agosto de 2011.

Conforme já apresentado no item 01, foi elaborado o relatório de investigação

detalhada, avaliação de risco à saúde humana e plano de intervenção na AI-01, bem

como investigação detalhada de gases (MA/12936/14/BLS, Servmar, 2014).

Para a análise de risco, foram adotados, para o solo, os valores de intervenção

(VI) e, na falta destes, os RSL, estabelecidos para cenário residencial (CETESB, 2014;

USEPA, 2013), devido ao tipo de ocupação da região de interesse.

Page 9: Atendimento ao Auto de Infração

Os VI referem-se aos valores aprovados pelo órgão de controle ambiental do

Estado de São Paulo (CETESB), de acordo com a Decisão de Diretoria n°

045/2014/E/C/I de 20 de fevereiro de 2014, e aplicados tanto na prevenção da poluição

de solos e águas subterrâneas como no controle de áreas contaminadas. Informa-se

que os valores apresentados em CETESB (2014) substituem os valores anteriormente

apresentados em CETESB (2005).

Conforme Artigo 3° desse documento, o qual foi seguido na íntegra para

elaboração da investigação detalhada apresentada no referido relatório, essa decisão

que entrou em vigor na data de sua publicação surtiu seus efeitos na seguinte

conformidade:

I. A partir de 1° de setembro de 2014 – aplicação dos Valores de Intervenção

(V.I.) e prevenção (V.P.) para as substâncias que, em relação ao publicado em 2005,

tenham sofrido alteração para valores mais restritivos, bem como dos V.I. e V.P. para

as novas substâncias relacionadas no Anexo Único que integra esta Decisão de

Diretoria.

II. A partir da publicação desta decisão – aplicação dos Valores de Intervenção

(V.I.) para as substâncias que, em relação aos publicados em 2005, tenham mantido

os valores anteriores ou que tenham sofrido alteração para valores menos restritivos.

Em termos práticos, o VI é a concentração de determinada substância no solo

ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à

saúde humana, considerando um cenário de exposição genérico.

Para o solo, os valores foram calculados utilizando-se o procedimento de

avaliação de risco à saúde humana para o cenário de exposição Residencial e também

para o cenário Industrial e Agrícola - Área de Proteção Máxima (APMax).

A metodologia adotada se baseou na NBR 16.209 “Avaliação de risco a saúde

humana para fins de gerenciamento de áreas contaminadas” (ABNT, 2013b), no Risk

Assessment Guidance for Superfund – RAGS publicado pela United States

Environmental Protection Agency – USEPA (USEPA, 1989) e no Public Health

Assessment Guidance Manual estabelecido pela Agency for Toxic Substances and

Disease Registry – ATSDR (ATSDR, 2005).

Conforme já relatado, a avaliação de risco à saúde humana foi realizada de

forma direcionada para a AI-01 da USP Leste, visando à análise dos perigos

associados ao atual (real) uso da mesma, bem como aos usos futuros e hipotéticos,

Page 10: Atendimento ao Auto de Infração

com o objetivo de garantir que os riscos associados à saúde humana não sejam

subestimados.

As ferramentas de suporte utilizadas foram as planilhas para cálculo do risco

publicadas pela CETESB em outubro de 2009 e atualizadas em maio de 2013

(disponível em http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/planilhas-paraavalia%

C3%A7%C3%A3o-de-risco/8-planilhas).

O desenvolvimento do estudo se fundamentou na execução de quatro fases

principais, que resultaram em uma avaliação dos riscos provocados pela exposição ao

contaminante cientificamente defensável, a saber: 1) coleta e avaliação de dados; 2)

avaliação de exposição; 3) análise de toxicidade e 4) caracterização de risco, e estão

de acordo com as propostas estabelecidas pela USEPA (1989) e ABNT (2013b).

Em uma etapa final do processo de avaliação de risco, foram determinadas as

concentrações limites (Concentrações Máximas Aceitáveis – CMA) para as

Substâncias Químicas de Interesse (SQI) que apresentaram concentrações superiores

aos padrões de referência ambiental (CETESB, 2014; USEPA, 2013) e não são de

origem natural, para cada cenário real, futuro e hipotético considerado para a AI-01,

assegurando que os receptores identificados não estejam expostos a riscos crônicos à

saúde humana, de acordo com os critérios de risco adotados, auxiliando na tomada de

decisões e na elaboração de ações futuras a serem contempladas no plano de

intervenção. Esta avaliação de risco não se aplica à saúde ocupacional, de acordo com

a NBR 16.209 (ABNT, 2013b).

As fontes secundárias consideradas em relação ao solo foram as máximas

concentrações das SQI que não são de origem natural com valores superiores aos

padrões ambientais estabelecidos para áreas residenciais (CETESB, 2014; ou, na falta

desse, USEPA, 2013) encontradas na zona não saturada da AI-01, as quais foram

obtidas nos resultados analíticos das amostras de solo superficial e subsuperficial

coletadas nesta investigação ambiental detalhada. Salienta-se que nos trabalhos

anteriormente desenvolvidos não foram verificadas concentrações das SQI no solo

superiores aos padrões de referência ambiental na AI-01.

Para água subterrânea, as fontes consideradas foram as máximas

concentrações das SQI que não são de origem natural com valores superiores aos

padrões ambientais (CETESB, 2014; ou, na falta desse, USEPA, 2013) detectadas na

zona saturada por meio dos resultados analíticos das amostras de água subterrânea

coletadas na AI-01 durante este trabalho.

Page 11: Atendimento ao Auto de Infração

Entretanto, como se pode notar na etapa de investigação detalhada

apresentada neste relatório, na água subterrânea não foram detectadas SQI de origem

antrópica e com toxicidade definida em concentrações superiores aos padrões

ambientais. Desta forma, este compartimento do meio físico pôde ser desconsiderado

desta avaliação de risco à saúde humana.

De forma conservadora, para esta avaliação de risco à saúde humana,

considerou-se que tanto o solo superficial como o solo subsuperficial apresentam em

sua extensão as máximas concentrações das SQI detectadas em cada um desses

meios, desde a sua superfície (0,00 m) ao limite com o solo subsuperficial e desse

(0,50 m) até a profundidade média do topo da franja capilar (1,75 m), respectivamente.

Salienta-se que a espessura da franja capilar considerada foi de 0,05 m, de acordo

com as planilhas da CETESB (2013).

Para esta simulação, em relação aos cenários futuros e hipotéticos que

envolvem a inalação de vapores provenientes do solo subsuperficial e da água

subterrânea em ambientes fechados por receptores residenciais, comerciais e

trabalhadores de obras, a largura da área fonte (Ww) e a largura do solo subsuperficial

impactado (Wss) utilizadas foram de 22,15 m, as quais se referem à largura da pluma

de fase retida no solo subsuperficial verificadas na AI-01, visto que não foram

observadas concentrações das SQI na água subterrânea superiores aos padrões

ambientais.

Com base nos resultados analíticos verificou-se que somente a SQI PCB no

solo superficial e no solo subsuperficial ultrapassou o padrão de referência ambiental

e, portanto, foi considerada nesta avaliação de risco.

Para um melhor conhecimento sobre a SQI avaliada, se faz necessário verificar

suas características físicas e químicas.

No Anexo 16 do relatório Servmar (2014), estão apresentadas as características

da SQI avaliada. Segundo as informações presentes no referido relatório, o PCB

possui baixa solubilidade em água na temperatura ambiente e alta capacidade de

sorção. Esta substância também não apresenta grande capacidade de volatilização,

denotada pelos valores baixos de constante da Lei de Henry e Pressão de Vapor.

Adicionalmente, foi considerada para a análise risco, a obtenção de dados

toxicológicos relativos às SQI, de modo a possibilitar a interpretação dos possíveis

efeitos adversos à saúde humana associados a um evento de exposição. Os dados

toxicológicos utilizados para esta avaliação de risco correspondem aos presentes no

Page 12: Atendimento ao Auto de Infração

banco de dados publicado pela USEPA em novembro de 2012, disponíveis nas

planilhas de avaliação de risco da CETESB (2013).

Nesta etapa, o risco à saúde humana foi quantificado. A quantificação do risco

foi realizada individualmente para efeitos carcinogênicos e não carcinogênicos,

considerando cada caminho de exposição identificado no Modelo Conceitual de

Exposição (MCE) da área de estudo.

Os seguintes passos foram cumpridos: quantificação do risco associado a

exposições individuais para cada substância de interesse e quantificação do risco

associado a exposições simultâneas para múltiplas SQI.

Os resultados obtidos estão apresentados no relatório Servmar (2014) em

relação aos cenários reais identificados na AI-01 e em seu entorno, aos cenários

futuros previstos para a AI-01 e aos cenários hipotéticos considerados na presente

avaliação de risco.

Todos os resultados obtidos a partir dos cálculos de risco encontram-se no

Anexo 16 do referido relatório.

Com relação aos cenários reais, os resultados obtidos não indicaram a

possibilidade de incidência de risco carcinogênico e não carcinogênico, individual e

cumulativo. Considerando-se os cenários futuros, os resultados obtidos não indicaram

a possibilidade de incidência de risco carcinogênico e não carcinogênico, individual e

cumulativo. Também em relação aos cenários hipotéticos, os resultados indicaram a

possibilidade de incidência de risco carcinogênico, individual e cumulativo, para

residentes que possam vir a ingerir a água subterrânea contaminada a partir da

lixiviação das concentrações presentes no solo, captada por um eventual poço

cacimba instalado no interior da área de abrangência das plumas de contaminação.

Os demais resultados obtidos não indicaram a possibilidade de incidência de

risco carcinogênico e não carcinogênico, individual e cumulativo, a partir dos demais

cenários hipotéticos considerados nesta avaliação de risco.

Em síntese, considerando os resultados obtidos nas etapas de investigação

ambiental da AI-01 e os resultados da avaliação de risco à saúde humana, verifica-se

que não foram constatadas concentrações das SQI na água subterrânea em

concentrações superiores aos padrões ambientais e que não foi identificada a

possibilidade de risco à saúde humana para os cenários reais, os quais estão

vinculados à inalação de vapores e partículas, contato dérmico e ingestão de solo

superficial na área de abrangência das concentrações por usuários da USP Leste ou

Page 13: Atendimento ao Auto de Infração

em ambientes comerciais e residenciais fechados e abertos localizados a até mais de

10 m desta.

Desta forma, não será necessária a adoção de medidas de intervenção para o

solo superficial, solo subsuperficial e água subterrânea da AI-01. Essa conclusão

remete diretamente a exigência 10 do auto de infração, que será mais bem explorada a

seguir.

Também, considerando os cenários futuros previstos nesta avaliação de risco,

os quais estão vinculados à inalação de vapores oriundos do solo subsuperficial em

ambientes comerciais fechados situados sobre a área de abrangência das

concentrações, à ingestão e absorção dérmica de água subterrânea contaminada por

trabalhadores de obras, à inalação de vapores e partículas, contato dérmico e ingestão

de solo superficial na área de abrangência das concentrações por trabalhadores de

obras, e à inalação de vapores oriundos do solo subsuperficial e água subterrânea em

ambientes abertos e fechados situados sobre a área de abrangência das

concentrações por trabalhadores de obras, não foi identificada a possibilidade de risco

à saúde humana.

06. Comprovar a implementação de um Plano de Intervenção (de remediação e/ou estabelecimento de áreas de restrições) para toda a área da Gleba I da USP Leste, incluindo os sistemas de extração de gases do subsolo instalados em todos os prédios já construídos no campus, prédios I1, I3, I4, I5, A1, A2, A3, P, CB, M1, M2, M3, M4, M5, M6, M7 e no acesso à Estação USP Leste da CPTM, bem como nas futuras instalações do campus referentes ao Plano de expansão USP Leste - prazo até abril/2014.

Conforme apresentado no atendimento à exigência 03, como medida de

prevenção, foi estabelecida restrição de acesso à área na região AI-01, a qual foi

cercada com tapume metálico e o plantio de gramíneas foi realizado em fevereiro e

março de 2014, em cerca de 23 mil metros quadrados. Adicionalmente, a base do

tapume metálico que foi utilizado por ser mais duradouro está vedado por rachão para

evitar que as águas que estiverem na parte cercada invadam o calçamento. Esta

medida será mantida até avaliação detalhada da CETESB dos relatórios técnicos

encaminhados.

Page 14: Atendimento ao Auto de Infração

Considerando que o campus USP Leste utiliza água proveniente da rede da

SABESP, não é necessária a utilização de água subterrânea e definitivamente não

serão instalados poços artesianos.

Obras civis que envolvam escavação e/ou rebaixamento de nível d ́água

subterrânea: recomendado a elaboração de um plano de saúde e segurança e

gerenciamento de resíduos que contemple o uso dos devidos equipamentos de

proteção coletivos para que seja impedido o contato com a água do subsolo pelos

trabalhadores da obra.

07 Apresentar um cronograma das demais ações de gerenciamento de áreas contaminadas na área Gleba 1 da USP Leste, de médio e longo prazos, não relatadas aqui, por exemplo, remediação e monitoramentos necessários – prazo até abril/2014.

O objetivo dos Planos de Contingência e Comunicação é definir as ações

emergenciais a serem tomadas em caso de constatação de risco iminente no interior

das instalações existentes no Campus USP Leste. Dentro dos Planos estão definidas

as responsabilidades e atribuições de seus integrantes. Os Planos estão disponíveis

nos links:

http://each.uspnet.usp.br/site/download/PlanoDeComunicacao.pdf

http://each.uspnet.usp.br/site/download/PlanoDeContingenciaUSPLeste.pdf

Para o bom funcionamento dos planos de contingência e emergência, é

importante que todos que utilizam o campus saibam a localização das Rotas de Fuga

dos edifícios da EACH. As Rotas de Fuga estão indicadas no link:

http://each.uspnet.usp.br/site/download/Mapas_Rota_de_Fugas.pdf

A proposta referente a esse plano de intervenção está em fase final de

conclusão, mas em princípio contém:

Medidas em curto prazo (6 meses)

• Implantação do sistema ativo de extração de gases e monitoramento;

• Implantação das medidas de controle institucional;

• Construção de um geodatawarehouse, contendo os dados, as informações e os

documentos existentes;

• Análise dos dados/documentos/informações de forma integrada, espacial e

temporal, de tal forma a possibilitar a tomada de decisão.

Page 15: Atendimento ao Auto de Infração

Medidas de médio prazo (3 a 5 anos)

• Reabilitação do solo nos locais onde os teores de contaminantes estão muito

acima dos valores de intervenção (ST-30 da AI-2; ST 22, ST 25, ST 124 e ST

122 da AI-1);

Medidas de longo prazo (7 a 15 anos) Considerando que:

• a legislação ambiental brasileira, a despeito de suas imperfeições, assegura

níveis mínimos de proteção ao meio ambiente, contra futuras agressões.

Entretanto, sobre os atos cometidos no passado, somente é aplicável nos casos

onde se conhecem os responsáveis pela degradação, que então, são

responsabilizados pelo passivo ambiental gerado. Porém, não se conhecem os

responsáveis pela contaminação de muitas áreas para promover sua

remediação, ou seja, estas áreas, com seus solos, águas e sedimentos

contaminados, constituem-se, certamente, no maior passivo ambiental

contemporâneo;

• as características dos “solos tropicais”, constituídos de materiais intemperizados

e nos quais ocorre um processo de laterização, são fortemente influenciadas,

não só por condições do meio, mas também por sua gênese, intensidade de

intemperismo, características morfológicas, químicas e mineralógicas. E que, os

mitos que cercam esses solos, que remontam ao início de sua pesquisa, tanto

na ciência do solo quanto na geotecnia aos poucos vêm sendo esclarecidos,

permitindo que as comunidades que deles dependem possam usufruí-los de

modo ambientalmente mais consciente;

• a resolução de problemas ambientais deve se dar de forma integrada para se

encontrar soluções de consenso entre os multistakeholders envolvidos;

• no Brasil, existe mais experiência no diagnóstico do que nos processos de

remediação de solos e de água subterrânea contaminados;

• projetos de demonstração têm sido desenvolvidos, com frequência, em casos

de contaminação do meio subterrâneo nos países desenvolvidos, como forma

de obter experiência no assunto;

Propõe-se que o problema de contaminação do meio subterrâneo da USP Leste

seja um projeto de demonstração, no qual participem pesquisadores e representante

técnico da reitoria da Universidade de São Paulo, técnicos do sistema ambiental

Page 16: Atendimento ao Auto de Infração

paulista e do Ministério Público. Neste projeto, a abordagem não será a clássica de

gerenciamento de áreas contaminadas da CETESB. As seguintes premissas devem

ser adotadas:

• Novas metodologias para o diagnóstico deverão ser testadas, de tal forma a

entender a qualidade do solo e da água subterrânea não apenas como um

checklist de teores/concentrações admissíveis para determinadas substâncias

químicas listadas na legislação;

• A avaliação de risco não deve levar em consideração somente a saúde humana,

mas também a conservação e a recuperação das funções do meio ambiente

subterrâneo;

• Novos modelos de dispersão de poluentes devem ser desenvolvidos e os

existentes devem ser calibrados e validados;

• As tecnologias de remediação já existentes devem ser implantadas, verificando

a necessidade de adaptações às condições do solo “tropical”. Deve-se

incentivar, também, o desenvolvimento de novas tecnologias;

• Os projetos não devem ser individuais, mas integrados, nos quais

pesquisadores e profissionais de diferentes formações trabalham juntos para a

resolução do problema. Está implícito, então, que deve haver inovação. Assim,

as pesquisas não podem se restringir à escala de laboratório.

O projeto de demonstração deve ser elaborado seguindo as etapas:

• escolha dos stakeholders;

• planejamento das atividades;

• implantação das atividades planejadas e

• monitoramento do processo.

O fundo de remediação de áreas contaminadas do governo do Estado será

convidado a prover os recursos necessários ao desenvolvimento do projeto, incluindo a

implantação das obras necessárias.

O resumo e o cronograma de execução do referido projeto estão apresentados

no Anexo 2.

08. Apresentar os relatórios técnicos sobre a avaliação da operação do sistema de extração de gases/vapores ao longo do tempo, a qual deverá ser efetuada para cada sistema de extração de gases do solo instalados nas edificações por

Page 17: Atendimento ao Auto de Infração

um período não inferior a um ano. Nesse período deverão ser realizadas campanhas de amostragem de gases, minimamente mensais, nas entradas e saídas de cada sistema e em pontos estratégicos nas áreas internas e externas das edificações para análise de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) e Gás Metano, além de medição de Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) - prazo até abril/2014. 09. Apresentar os relatórios técnicos comprovando a eficiência dos sistemas de extração de gases do subsolo dos prédios do campus USP Leste instalados, por meio de monitoramento diário dos gases do solo em pontos fixos definidos nas áreas internas às edificações - prazo até abril/2014.

Os itens 08 e 09 constantes do auto de infração serão discutidos conjuntamente,

visto que o primeiro discorre sobre a avaliação do sistema de extração de gases e o

segundo sobre a demonstração da eficiência dos sistemas instalados.

Nesse sentido, estão apresentados os dados preliminares sobre o

funcionamento e eficiência na extração dos gases.

Na tabela a seguir, verifica-se que na primeira quinzena de abril, dos 230 poços

(115 pares), 2 poços rasos (abaixo da laje) e 24 poços profundos (a 1m) apresentaram

concentrações importantes.

Page 18: Atendimento ao Auto de Infração

Distribuição dos Gases nos Edifícios 311.11206.13/pMGS - SEF - USP Leste - Abr/2014 1aQuinzena

EDIFÍCIO Total de Poços Poços >75%LEL Posição I-1 17 pares PMG-11 Profunda (1,0m)

I-3 21 pares PMG-31 PMG-39

Profunda (1,0m) Profunda (1,0m)

I-4 12 pares PMG-66 PMG-69

Profunda (1,0m) Profunda (1,0m)

Conjunto Laboratorial 17 pares

PMG-48 PMG-49 PMG-50 PMG-51 PMG-54 PMG-57 PMG-59 PMG-60 PMG-61 PMG-62

Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m) Profunda (1,0m)

Bloco Inicial 14 pares

PMG-02 PMG-03 PMG-08 PMG-09

Raso (0,30m) e Profundo (1,0m) Raso (0,30m) e Profundo (1,0m) Profundo (1,0m) Profundo (1,0m)

Enfermaria 7 pares PMG-74 PMG-75

Profunda (1,0m) Profunda (1,0m)

CAT 7 pares PMG-96 PMG-97

Profunda (1,0m) Profunda (1,0m)

Incubadora 6 pares Nenhum - Laranjinha 3 pares Prédio Demolido Ginásio 11 pares PMG-110 Profunda (1,0m) Fonte: Trabalhos em Campo – Weber, Abr/2014

Nas figuras a seguir (Figuras 2a e b), pode-se perceber a eficiência do sistema,

pois da figura representativa das leituras de última quinzena de março para a figura

representativa da primeira quinzena de abril, os pontos com concentrações

importantes diminuíram (em amarelo abaixo da laje e, em azul, os mais profundos).

Page 19: Atendimento ao Auto de Infração

Figura 2: Croquis de localização dos poços com metano: a) 2a Quinzena Março/2014

e b) 1a Quinzena Abr/2014. Fonte: Weber Ambiental, Abr/2014.

a)

b) b)

Page 20: Atendimento ao Auto de Infração

10. Comprovar o recobrimento de todas as áreas permeáveis do solo do campus da USP Leste já investigadas da Gleba I com solo livre de contaminação (limpo) e o plantio de gramíneas, bem como as ações a serem tomadas em caso de eventuais obras a serem realizadas nos locais - prazo até dezembro/2013.

Os dados e as ações apresentadas nos relatórios (Relatório Técnico SERVMAR

MA/3134/2005/SNH, Relatório Técnico IPT-123530-205/2011, Relatório Técnico

SERVMAR MA/11988/ 2012/BLS, Relatório Técnico SERVMAR MA/12936/2014/ BLS),

mostram que o solo da gleba I já foi investigado, incluída a área onde o solo não

possui certificação de origem (áreas AI-01 e AI-02).

Tendo em vista que não foram identificadas substâncias químicas no solo da

Gleba I em concentrações que ofereçam risco à saúde humana (IPT, 2011 e Servmar,

2014), concluiu-se que não será necessária a adoção de medidas de intervenção para

o solo superficial, solo subsuperficial e água subterrânea. Desse modo, como medida

de prevenção, na região AI-01 foi feito o plantio de gramíneas em fevereiro e março de

2014, em cerca de 23 mil metros quadrados. Para restrição do acesso de usuários do

campus às áreas onde os compostos químicos que estão em concentrações

superiores aos VI foram identificados, foi feito o cercamento com tapume metálico.

Adicionalmente, a base do tapume metálico, que foi utilizado por ser mais duradouro,

está vedada por rachão para evitar que as águas que estiverem na parte cercada

invadam o calçamento.

O cercamento da área que tem a terra sem origem controlada depositada em

2011 que esteja no eventual trajeto dos frequentadores da USP Leste e o plantio de

gramíneas nas áreas permeáveis pode ser comprovado pelas fotos do dia 25 de março

de 2014.

Área da chaminé – AI -02

Gramíneas e arbustos

Portão para a area AI-2

Page 21: Atendimento ao Auto de Infração

Verifica-se que as áreas em que houve a deposição da terra não certificada

próximas à Chaminé (área AI-2) estão cercadas e têm a superfície coberta por

gramíneas e arbustos.

Área AI-01

Como alternativas e, pensando no futuro aproveitamento dessas áreas, estuda-

se a remoção planejada da terra. Nesta data, a USP já tem uma licitação aberta

(processo 13.1.473.82.5 Remoção de terras contaminadas e recomposição da área

Licitação - Concorrência nº 19/2013) que está suspensa aguardando-se a real

necessidade da remoção da terra com contaminantes. O item 11 só será atendido,

portanto, se a remoção for necessária.

11. Apresentar as evidências de remoção do solo depositado indevidamente na área AI-02, porção sudoeste - oeste da área da USP Leste (Área de Aterro 2 AI-02), não ocupada ou edificada no momento - prazo até abril/2014.

Para atender à exigência 11 desse auto de infração, elaborou-se, inicialmente, o

seguinte plano de intervenção:

Para os locais na AI-02 e AI-03 onde foram verificadas concentrações das SQI

de origem antrópica no aterro composto por solo de origem desconhecida superiores

as CMA a serem calculadas para os cenários reais e futuros durante a etapa de

avaliação de risco à saúde humana, deverão ser efetuados os seguintes serviços para

atendimento à Exigência Técnica no 1 constante na LO n° 2118/2012:

• Caracterização analítica e licenciamento dos resíduos;

Gramíneas e cercamento

rachão

Page 22: Atendimento ao Auto de Infração

• Remoção de solo e acondicionamento;

• Transporte;

• Destinação final e fornecimento da documentação comprobatória;

• Reaterro e plantio de gramíneas;

• Emissão de relatório com documentação comprobatória.

Entretanto, outra destinação possível para essa área é que ela passe a

funcionar como um laboratório para projetos científicos em remediação do solo,

visando a contribuir para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam ser

estendidas ao entorno da USP Leste. A proposta referente a esse plano de intervenção

está em fase final de conclusão (Anexo 2).

Page 23: Atendimento ao Auto de Infração

Foto área do campus para identificação das áreas e edificações

Page 24: Atendimento ao Auto de Infração

Uniformização da nomenclatura utilizada no processo ambiental EACH

Nomenclatura utilizada

O que funciona no local CETESB (LO) Ministério Público (IC e PT) Relatório Servmar Mapa SEF

I1 ("titanic"): salas de aulas, salas de professores, setores administrativos, bandejão I1 I1 Edifício I1 I1

Biblioteca/ administração I3 I3 - Adm./ Biblioteca Ed.I3 Biblioteca I3 - Adm./Biblioteca

Manutenção, gráfica, informática, almoxarifado, lab. gastronomia I4 I4 Edifício I4 I4

Auditórios I5 I5 - Auditórios Ed. I3 Auditórios I5 - Auditórios Salas de professores A1 salas de prof - A1 Cj. Laboratorial A1 Laboratórios didáticos A2 lab didáticos - A2 Cj. Laboratorial A2 Laboratórios de pesquisa A3 lab pesquisa - A3 Cj. Laboratorial A3

anfiteatro 1 CB/ B1 complexo CB/ auditórios

Bloco Inicial/ auditórios

não consta

anfiteatro 2 CB/ B2 complexo CB/ auditórios

Bloco Inicial/ auditórios não consta

anfiteatro 3 CB/ B3 complexo CB/ auditórios

Bloco Inicial/ auditórios não consta

Portarias P Estacionamentos não consta não consta

Ciclo Básico CB/ M Inicial Complexo CB/ préd B1, B2 e B3

Bloco Inicial/ Bloco B1, B2 e B3 B1, B2, B3

CAT (pesquisa) M1 Grupo de pesquisa - M1

CAT M1

Transporte M2 Serviço de transporte - M2

"Posto de segurança" não consta

"Laranjinha" - grêmio, CA, projetos de extensão - demolido

M3 "Laranjinha" Laranjinha M3

Guarda M4 Guarda universitária - M4 "Guarita" M4 - posto de vigilância

enfermaria M5 enfermagem Enfermaria M5 - enfermaria ginásio M6 ginásio Ginásio M6 - ginásio Incubadora M7 M7 Incubadora M2 Estação Estação I3 - Portaria P3 Portaria CPTM não consta Aterro central (entre I1, ginásio, Ciclo Básico e Estação)

AI-01 AI-01: A1, A2 e A3 AI-01 A1, A2 e A3

Aterro da área da chaminé AI-02 AI-02: A4 AI-02 A4

Page 25: Atendimento ao Auto de Infração

ANEXO 1 Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

MÓDULO INICIAL

Ligado: 01/04/14

Ligado: 16/04/14

Ligado: 16/04/14

Page 26: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

MÓDULO INICIAL

Page 27: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

MÓDULO INICIAL

B3

B2

B1

B2 B3

B1

Page 28: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

MÓDULO INICIAL - TUBULAÇÕES

Linhas de captação de ar atmosférico

Page 29: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

MÓDULO INICIAL - TUBULAÇÕES

Válvulas e Linhas de extração de gases

Page 30: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

EDIFÍCIO I-1

Ligado: 28/02/14

Page 31: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

EDIFÍCIO I-1

Page 32: Atendimento ao Auto de Infração

18/03/14

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

I-3 AUDITÓRIOS E BIBLIOTECA

Ligado: 20/03/14

Ligado: 18/03/14

Page 33: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

I-3 Auditórios e Biblioteca

Page 34: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014

Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

CONJUNTO LABORATORIAL

Ligado: 28/02/14

Ligado: 17/03/14

Ligado: 10/03/14

Page 35: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

CONJUNTO LABORATORIAL

Page 36: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

EDIFÍCIO I-4

Ligado: 24/03/14

Page 37: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

ENFERMARIA

Ligado: 26/03/14

Page 38: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

CAT-2 (INCUBADORA)

Page 39: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

CAT-1

Page 40: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

DIVERSOS

GUARITA

PORTARIA 2

TRANSPORTES

PORTARIA 3 (CPTM)

Page 41: Atendimento ao Auto de Infração

REGISTRO FOTOGRÁFICO Projeto: 311.1205.13 e 311.1206.13

Localização: Campus USP Leste

Data: 23/Abr/2014 Etapa: Instalação dos Exaustores de Gases

GUARITA

PORTARIA 2 TRANSPORTES

PORTARIA 3 (CPTM)

Page 42: Atendimento ao Auto de Infração

ANEXO 2