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ATENCÃO RESPONSÁVEL TÉCNICO MÉDICO VETERINÁRIO E ZOOTECNISTA ATENTE PARA ESSAS ORIENTAÇÕES 1) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA estão sujeitos a infrações éticas e a responsabilidade civil e criminal, no desempenho da atividade de Responsável Técnico. 2) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA devem cumprir com suas obrigações perante o estabelecimento em que prestarem os serviços de Responsabilidade Técnica, não permitindo ingerência sobre seu trabalho, registrando os fatos de relevância e denunciando as irregularidades ao Conselho e aos Órgãos Públicos. 3) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA devem ser agentes de transformação sociais, buscando sempre se insurgir contra quaisquer fatos que comprometam sua integridade profissional. “A omissão é plenamente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância” (Artigo 13 do Código Penal Brasileiro).

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ATENCÃO RESPONSÁVEL TÉCNICOMÉDICO VETERINÁRIO E ZOOTECNISTA

ATENTE PARA ESSAS ORIENTAÇÕES

1) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA estão sujeitos a infrações éticas e aresponsabilidade civil e criminal, no desempenho da atividade de ResponsávelTécnico.

2) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA devem cumprir com suas obrigaçõesperante o estabelecimento em que prestarem os serviços de ResponsabilidadeTécnica, não permitindo ingerência sobre seu trabalho, registrando os fatos derelevância e denunciando as irregularidades ao Conselho e aos Órgãos Públicos.

3) O MÉDICO VETERINÁRIO E O ZOOTECNISTA devem ser agentes de transformaçãosociais, buscando sempre se insurgir contra quaisquer fatos que comprometam suaintegridade profissional.

“A omissão é plenamente relevante quando o omitente devia e podia agirpara evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigaçãode cuidado, proteção ou vigilância” (Artigo 13 do Código Penal Brasileiro).

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ESTADO DE GOIÁSCONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA

MANUAL DORESPONSÁVEL TÉCNICO (MRT)

- NORMAS E PROCEDIMENTOS -

5º EDIÇÃO REVISADA2006

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CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIADO ESTADO DE GOIÁS

DIRETORIA EXECUTIVAGESTÃO 2005-2008

PRESIDENTE : Wanderson Portugal LemosMéd. Vet. – CRMV-GO - 0525

Vice-Presidente: Wanderson Alves FerreiraMed. Vet. – CRMV-GO - 0524

Secretária Geral Sônia Regina de Lima JácomoMéd. Vet. – CRMV-GO - 1474

Tesoureiro Bruno de Souza MarianoZootecnista –CRMV-GO- 0142/z

CONSELHEIROSEfetivos:Benedito Dias de Oliveira Filho – Méd. Vet – CRMV-GO – 0438Edward Robinson Lacerda - Méd. Vet. – CRMV-GO – 1232Eurípedes Laurindo Lopes – Méd. Vet. – CRMV-GO – 0553Glauciane de Melo Ferreira – Méd. Vet. – CRMV-GO – 1324Joaquim Lair – Méd. Vet. CRMV-GO - 0242Paulo César Eliam – Med. Vet. – CRMV-GO - 1121

Suplentes:Edinaldo Dourado Rocha Nogueira – Méd. Vet – CRMV-GO - 1728Leuton Scharles Bonfim – Méd. Vet. – CRMV-GO - 1628Luiz Antônio Ferreira – Méd. Vet. – CRMV-GO - 0640Maria Inês Rodrigues da Cunha – Méd. Vet. – CRMV-GO - 0951Onival Corrêa de Azevedo – Méd. Vet. – CRMV-GO - 0458Rodrigo Medeiros da Silva – Zootecnista – CRMV-GO – 0311/z

ENDEREÇO DO CRMV-GO

Avenida Universitária, quadra 113-A, lotes 7, 9 e 10, Setor Leste Universitário –Goiânia – Goiás – CEP 74610-100.Fone/fax: (62)3261-8110 – Email: [email protected]: www.crmvgo.org.br

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

HISTÓRICO ........................................

CAPÍTULO IORIENTAÇÕES GERAIS E OBRIGAÇÕES DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT)CAPÍTULO IILEGISLAÇÃO DE INTERESSE DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ......

CAPÍTULO IIIPROCEDIMENTOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ................

1. APICULTURA .......................................1.1 - Entreposto de mel e derivados ..............

2. AQUICULTURA ......................................2.1 Piscicultura .................................

2.1.1 Estação de alevinagem ...................2.1.2 Engorda e/ou ciclo completo .............2.1.3 Pesque-Pague ............................2.1.4 Produtores de Peixes Ornamentais ........

2.2 Ranicultura ..................................

3. BIOTÉRIOS ........................................

4. CASAS AGROPECUÁRIAS, AVIÁRIOS, "PET SHOPS' E OUTROS ESTABELECIMENTOS QUECOMERCIALIZAM E/OU DISTRIBUEM MEDICAMENTOS, RAÇÕES, SAIS MINERAIS E ANIMAIS

5. EMPRESAS DE CONTROLE E COMBATE ÀS PRAGAS E VETORES (EMPRESAS DEDETIZADORAS)

6. ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS .......................

7. ESTABELECIMENTOS QUE INDUSTRIALIZAM RAÇÕES, CONCENTRADOS, INGREDIENTES E SAISMINERAIS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL .................

8 ESTABELECIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO ANIMAL .........

9. EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES E OUTROS EVENTOS PECUÁRIOS

10.EMPRESAS DE PRODUÇÃO ANIMAL ......................

11.HOSPITAIS, CLÍNICAS, CONSULTÓRIOS, AMBULATÓRIOS VETERINÁRIOS E LABORATÓRIO DEPATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS .......

12.INDÚSTRIAS DE CARNE ............................

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13.INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS .........................

14.INDÚSTRIAS DE PESCADOS .........................

15.INDÚSTRIAS DE PRODUTOS VETERINÁRIOS ..............

16.ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DE ZOOTECNIA E MEDICINA VETERINÁRIA

17.PLANEJAMENTO, CONSULTORIA VETERINÁRIA E ZOOTÉCNICA

18.PRODUÇÃO DE OVOS E LARVAS DE BICHO DA SEDA .......

19 RASTREABILIDADE DE ANIMAIS .......................

20.SUINOCULTURA .....................................

21.SUPERMERCADOS ....................................

22.ZOOLÓGICOS, PARQUES NACIONAIS, CRIATÓRIOS DE ANIMAIS SILVESTRES, EXÓTICOS EOUTROS

A N E X O S

1. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .......2. Tabela de Honorários .............................3. Termo de Constatação e Recomendação ..............4. Laudo Informativo ................................5. Baixa da Anotação de Responsabilidade Técnica ....6. Lei nº 5.517, de 23/10/68 ........................7. Lei nº 5.550, de 04/12/68 ........................8. Lei nº 6.839, de 20/10/80 ........................9. Resolução nº 722, de 16/08/02 ....................10.Resolução nº 413, de 10/12/82 ....................11.Resolução nº 582, de 11/12/94 ....................12.Resolução nº 619, de 14/12/94 ...................13.Resolução nº 634, de 22/09/95 ....................14.Resolução nº 683, de 16/03/01 ....................15.Plano de Ações Conjuntas de Atividades de Fiscalização e Inspeção de Produtos

de Origem Animal .................................

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CRMV-GOCONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA

COMISSÃO DERESPONSABILIDADE TÉCNICA

MAX WILSON FERREIRA BARBOSAMéd.Vet. – CRMV-GO 1723

FAUSTO RIBEIRO DE FREITASMéd. Vet. - CRMV-GO 1147

JURIJ SOBESTIANSKYMéd. Vet. - CRMV-GO 2174

WALTER JOSÉ FERREIRAMéd. Vet. - CRMV-GO 2375

PAULO CÉSAR AIUB DE ALBUQUERQUEZootecnista - CRMV-GO 0018/Z

MARIA MADALENA DA SILVA MENEZESZootecnista – CRMV-GO 0310/Z

ANTELMO TEIXEIRA ALVESZootecnista – CRMV-GO 0093/Z

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CAPÍTULO I

ORIENTAÇÕES GERAIS E OBRIGAÇÕESDO RESPONSÁVEL TÉCNICO - (RT)

O presente Capítulo trata de situações concretas da responsabilidadedo Profissional perante a empresa e o consumidor e, sobre o qual,OBRIGATORIAMENTE, deve estar ciente para o bom desempenho de sua função.

1. LIMITES DE CARGA HORÁRIA:

O Profissional poderá comprometer seu tempo no máximo com cargahorária de 48 (quarenta e oito) horas semanais. Assim, o número deempresas que poderá assumir como RT dependerá da quantidade de horas queconsta no contrato de cada uma, bem como do tempo gasto para deslocamentoentre uma e outra empresa. A carga horária mínima para Pessoa Jurídica éde 06 (seis) horas semanais.

2. CAPACITAÇÃO PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA

É de responsabilidade do Profissional e recomenda-se que o mesmotenha, além de sua graduação universitária, treinamento específico naárea em que assumir a responsabilidade técnica, mantendo-se sempreatualizado, cumprindo as normas e resoluções do CFMV e CRMV-GO.

3. HOMOLOGAÇÃO DOS CONTRATOS DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Por ocasião da homologação de qualquer contrato de responsabilidadetécnica, a Diretoria Executiva do CRMV-GO enviará o mesmo à Plenária paraconhecimento e referendum, após a realização, pelo profissional, doSeminário de Responsabilidade Técnica.

4. LIMITES DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO RT

A área de atuação do RT deverá ser, preferencialmente, no municípioonde reside o Profissional ou no máximo num raio de 100 (cem) quilômetrosdeste, podendo o CRMV-GO, a seu juízo, conceder anotação em situaçõesexcepcionais, desde que plenamente justificado e que não hajaincompatibilidade com outras responsabilidades técnicas já assumidas.

5. IMPEDIMENTOS PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE TÉCNICA

O Profissional que ocupar cargo como Servidor Público, comatribuições de fiscalização em determinados serviços ou áreas tais comoVigilância Sanitária, Defesa Sanitária Animal, Serviço de Inspeção

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Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Serviço de InspeçãoMunicipal (SIM), ficará impedido de assumir função de responsabilidadetécnica em estabelecimentos sujeitos a fiscalização do Departamento ouSetor ao qual está vinculado. Os Profissionais que tiveram seus contratosjá homologados sem que tenha sido observado o disposto neste item, ficamobrigados a regularizar a situação.

6. RESPONSABILIDADE PELA QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOSPRESTADOS

O RT é o profissional que vai garantir à empresa contratante, bemcomo ao consumidor, a qualidade do produto através do serviço prestado,respondendo CIVIL E PENALMENTE por possíveis danos que possam vir aocorrer ao consumidor, uma vez caracterizada sua culpa (por negligência,imprudência, imperícia ou omissão). O RT não será responsabilizado pelasirregularidades praticadas pelas Empresas, desde que o profissionalcomprove ter agido em conformidade com suas obrigações.

7. LIVRO DE REGISTRO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

O RT deve manter na empresa, à disposição dos fiscais do CRMV-GO edos órgãos de fiscalização, o "LIVRO DE REGISTRO E ANOTAÇÕES DORESPONSÁVEL TÉCNICO" para seu uso exclusivo, fornecido pelo ConselhoRegional, com páginas numeradas. No decorrer do contrato firmado com aempresa, é importante que o RT registre neste livro as recomendações eorientações prestadas aos funcionários, proprietários e clientes. Deve,ainda, constar nesse livro, qualquer ocorrência que não exija o registronos formulários "Termo de Constatação e Recomendação" ou "LaudoInformativo", conforme item 17 deste Capítulo.

8. OBRIGAÇÃO NO CUMPRIMENTO DA CARGA HORÁRIA

Considerando a distância em que está localizado o estabelecimento, adisponibilidade de Profissional habilitado, as dificuldades para exercera função de RT, bem como a realidade vivenciada pela comunidade e,especialmente, as condições da empresa, a capacitação de seusfuncionários e o volume de produção, o CRMV-GO poderá, a seu critério,fazer concessões quanto à carga horária. Neste caso o Profissional quesolicitou a concessão, passa a ter maior responsabilidade que aquela nacondição normal porque o CRMV-GO vai exigir maior rigor em seuscontroles.

9. FISCALIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS E CONSTATAÇÃO DEIRREGULARIDADES PELO CRMV-GO

A verificação das atividades dos RT’s nos estabelecimentos se darápor meio dos Fiscais do CRMV-GO. O acompanhamento tem a finalidade de

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buscar informações para subsidiar o Conselho Regional de MedicinaVeterinária do Estado de Goiás em suas decisões, caso haja indícios daprática de infrações éticas, que serão apuradas em Processo Ético-Profissional, com a finalidade de melhorar o trabalho do RT em defesa doconsumidor, proprietário e da profissão.

10.RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT) QUE É PROPRIETÁRIO DA EMPRESA

O Profissional que for proprietário da empresa fica obrigado apreencher a Anotação de Responsabilidade Técnica, devendo seguir asmesmas exigências de uma anotação convencional, inclusive com a descriçãode prazo de validade determinado.

11. RELACIONAMENTO COM O SERVIÇO DE INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO

O RT deve executar suas atribuições em consonância com o Serviço deInspeção Oficial, acatando as normas legais pertinentes, ciente de queas atribuições legais de Inspeção Sanitária Oficial são decompetência do Médico Veterinário do Serviço Oficial, distinta dasfunções de RT.

12. REVISÃO CONSTANTE DAS NORMAS

O RT pode e deve propor revisão das normas legais ou decisões dasautoridades constituídas, sempre que estas venham a conflitar com osaspectos científicos, técnicos e profissionais, disponibilizandosubsídios que proporcionem as alterações e atualizações necessárias,enviando-os à Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-GO para asdevidas providências legais.

13. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA

O RT deve comunicar às Autoridades Sanitárias Oficiais a ocorrênciade Enfermidades de Notificação Obrigatória. A notificação deve seracompanhada de Laudo Técnico emitido pelo RT ou outro Profissionaldevidamente habilitado.

14. NOME E FUNÇÃO AFIXADOS NO LOCAL DE TRABALHO

O RT deverá informar ao proprietário do estabelecimento sobre aobrigatoriedade de ser afixado em local visível um quadro constando oCertificado de Regularidade.

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15. HABILITAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Deve o Profissional assegurar-se de que o estabelecimento com o qualassumirá ou assumiu a responsabilidade técnica, encontra-se legalmentehabilitado ao desempenho de suas atividades, especialmente quanto a seuregistro junto ao CRMV-GO e demais órgãos relacionados à sua atividade noEstado de Goiás.

16. COBRANÇA DE HONORÁRIOS

Os honorários mínimos que devem ser cobrados pela prestação deserviços do RT estão previstos em tabela (Anexo 2. Tabela de Honorários).Ao Profissional que executar qualquer atividade, diferente da função deResponsável Técnico, deverá ser cobrada separadamente, utilizando-se detabela honorários fixados pela categoria por meio de Associações ouSindicato.

17. EMISSÃO DO TERMO DE CONSTATAÇÃO E RECOMENDAÇÃO

O RT emitirá o Termo de Constatação e Recomendação (Anexo 3) àempresa, quando identificados problemas técnicos ou operacionais quenecessitem de ação corretiva, após terem sido relatados no Livro deocorrências e não resolvidos.

Este Termo deve ser lavrado em 2 (duas) vias, devendo a 1ª via serencaminhada à empresa e a 2ª via permanecer de posse do RT.

18. EMISSÃO DO LAUDO INFORMATIVO

Nos casos em que o proprietário se negar a executar a atividade e/oudificultar a ação do RT, este emitirá o Laudo Informativo (Anexo 5), queserá remetido ao CRMV-GO, acompanhado da(s) cópia(s) do(s) respectivo(s)Termo de Constatação e Recomendação (caso tenha sido usado como recursoanteriormente), devendo esse Laudo ser o mais detalhado possível eminformações sobre a(s) ocorrência(s).

Tal documento é muito importante para o RT, nos casos em que tenhasido colocada em risco a Saúde Pública. É documento hábil para dirimirdúvidas quanto às responsabilidades decorrentes de sua ação e tem afinalidade de salvaguardá-lo da acusação de omissão ou conivência.

Deve, entretanto, o RT evitar atitudes precipitadas, usar o bomsenso, reservando a elaboração deste laudo àqueles casos onde forimpossível solução no prazo desejado.

Deve ser emitido em 02 (duas) vias, sendo a 1ª via para tramitaçãointerna do CRMV-GO e a 2ª via como documento do Profissional, servindo deelemento comprobatório da notificação da ocorrência.

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19. OBRIGAÇÃO DE COMUNICAR A BAIXA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADETÉCNICA

Fica o RT obrigado a comunicar à Empresa e ao CRMV-GO, no máximo em8 dias, a baixa da Anotação de Responsabilidade Técnica (Anexo 5. Baixade Anotação de Responsabilidade Técnica), caso contrário, alertamos que oProfissional continua sendo co-responsável por possíveis danos aoconsumidor e perante o CRMV-GO. O Certificado de Regularidade deve serdevolvido ao CRMV-GO.

20. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

É de responsabilidade do RT inteirar-se da legislação ambientalfederal, estadual e municipal, orientando a adoção de medidas preventivase reparadoras a possíveis danos ao meio ambiente provocados pelaatividade do estabelecimento.

21. COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

O CRMV-GO, por meio da Comissão de Responsabilidade Técnica, tem afunção de subsidiar e apoiar o Conselho nas deliberações sobre asexceções, os casos omissos e questões polêmicas deste Manual.

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CAPÍTULO II

LEGISLAÇÃO DE INTERESSE DORESPONSÁVEL TÉCNICO

LEIS FEDERAIS

• Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950Dispõe sobre a Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de OrigemAnimal;

• Lei nº 4.736, de 15 de julho de 1965Dispõe sobre a Inspeção e Fiscalização de ingredientes, alimentos eprodutos destinados à alimentação animal;

• Lei nº 4.950/A - Anexo 11, de 22 de abril de 1966Dispõe sobre a Remuneração de Profissionais Diplomados em EngenhariaQuímica, Arquitetura, Agronomia e Veterinária;

• Lei nº 5.197 de 3 de janeiro de 1967Dispõe sobre a proteção à fauna;

• Lei nº 5.517 de 23 de outubro de 1968, alterada pela Lei nº 5634 de02/12/1970Dispõe sobre o exercício da profissão de Médico-Veterinário e cria osConselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária;

• Lei nº 5.550 de 04 de dezembro de 1968Dispõe sobre o exercício da Zootecnia;

• Lei nº 6.198, de 26 de dezembro de 1974Dispõe sobre a Inspeção e a Fiscalização obrigatórias dos produtosdestinados à alimentação animal;

• Lei nº 6.839 de 30 de outubro de 1980Dispõe sobre o Registro de Empresas nas Entidades Fiscalizadoras doexercício de Profissões;

• Lei nº 7.889/89 de 23 de dezembro de 1989Dispõe sobre a Inspeção Sanitária e Industrial dos Produtos de OrigemAnimal, e dá outras providências;

• Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990 - PROCONDispõe sobre a Proteção do Consumidor e dá outras providências;

• Lei nº 9.605 de 16 de fevereiro de 1998

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Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutase atividades lesivas ao meio ambiente; "Lei de Crimes Ambientais";

LEIS ESTADUAIS

• Lei nº 13.025 de 13 de janeiro de 1997Dispõe sobre a pesca, aqüicultura e proteção da fauna aquática e dáoutras providências;

• Lei nº 8.544/78Lei de controle da poluição no Estado de Goiás

• Lei nº 13.998 de 13 de dezembro de 2001 e Decreto nº 5.652 de 06 desetembro de 2002.Dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal do Estado de Goiás

• Lei nº 14.645 de 30 de dezembro de 2003Lei de criação da Agrodefesa

DECRETOS FEDERAIS

• 1.255 de 25 de junho de 1962Altera o Decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952, que aprovou oregulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origemanimal;

• 64.704 de 17 de junho de 1969Aprova o regulamento do exercício da Profissão de Médico Veterinário edos Conselhos de Medicina Veterinária;

• 69.134 de 27 de agosto de 1971, alterado pelos dispositivos do Decreto70.206 de 25 de fevereiro de 1992Dispõe sobre Registro das entidades que menciona no Conselho deMedicina Veterinária e dá outras providências;

• 5.053 de 22 de abril de 2004Aprova o Regulamento de fiscalização de produtos de uso veterinário edos estabelecimentos que os fabriquem ou Comerciem, e dá outrasprovidências.

• 5.741 de 30 de março de 2006Regulamenta os artigos 27-A, 28-A e 29-A da lei nº 8.171, de 17 dejaneiro de 1991, organiza o Sistema Unificado de Atenção à SanidadeAgropecuária, e dá outras providências.

RESOLUÇÕES DO CFMV

• 413 de 10 de dezembro de 1982Ementa: Código de Ética Profissional Zootécnico;

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• 582 de 11 de dezembro de 1991Dispõe sobre Responsabilidade Profissional (técnica) e dá outrasprovidências;

• 591 de 26 de junho de 1992Institui no âmbito da Autarquia, o Regimento Interno Padrão dos CRMV's;

• 592 de 26 de junho de 1992Enquadra as entidades obrigadas a Registro na Autarquia: CFMV - CRMV's;

• 619 de 14 de dezembro de 1994Especifica o campo de atividade do Zootecnista;

• 670 de 16 de setembro de 2000Conceitua e estabelece condições para o funcionamento dosestabelecimentos médicos veterinários, e dá outras providências.

• 680 de 15 de dezembro de 2000Dispõe sobre inscrição, registro, cancelamento e movimentação de pessoafísica e jurídica no âmbito da autarquia;

• 682 de 25 de junho de 2001Fixa valores de multas;

• 714 de 20 de junho de 2006Dispõe sobre os procedimentos e métodos de eutanásia;

• 722 de 16 de agosto de 2002Aprova o Código de Ética do Médico Veterinário;

PORTARIAS FEDERAIS

• 28/86 da DIMED - Divisão Nacional de Vigilância Sanitária deMedicamentos do Ministério da SaúdeDispõe sobre o uso e comércio de substâncias entorpecentes;

• 276/98 do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoDispõe sobre o comércio de carne embalada.

OBSERVAÇÃO:

Os textos completos das Leis, Decretos, Resoluções e Portarias citadaspodem ser encontrados na Internet, nos seguintes sites:

a) - Ministério da Agricultura: www.agricultura.gov.brb) - CFMV: www.cfmv.org.br

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c) - CRMV-GO: www.crmvgo.org.brd) - PROCON/GO: www.procon.goias.gov.bre) - AGENCIARURAL: www.agenciarural.go.gov.brf) – AGRODEFESA: www.agrodefesa.go.gov.brg) – AGÊNCIA AMBIENTAL: www.agenciaambiental.go.gov.brh) – PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: www.planalto.gov.br

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CAPÍTULO IIIRESPONSABILIDADES, DEVERES E PROCEDIMENTOS

DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

1. APICULTURA

Estabelecimentos que manipulam, beneficiam e distribuem produtosderivados da criação de abelhas.

1.1. Entreposto de mel e derivados.

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:a)orientar sobre procedimentos que envolvam a colheita do mel e

derivados, de forma a facilitar os trabalhos no entreposto;b)orientar adequadamente o transporte do mel e cuidados a serem

dispensados nos veículos;c)orientar sobre o fluxograma de processamento do mel;d)orientar os funcionários quanto a observação dos preceitos básicos

de higiene pessoal, uso de vestuário adequado e da manipulação;e)orientar a empresa quanto a utilização das embalagens, conforme

previsto em legislação vigente;f)ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estão

sujeitos os estabelecimentos.

CARGA HORÁRIA:

• ENTREPOSTOS DE MEL E DERIVADOSaté 1.000 kg/dia: 06 horas semanaisacima 1.000 kg/dia: 12 horas semanais

2. AQÜICULTURA

2.1. PisciculturaEmpresas rurais que têm como objetivo básico a produção de animais

aquáticos, ou a pesca principalmente como lazer. Classificam-se em:– Estação de alevinagem;– Engorda e/ou ciclo completo;– Pesque-pague;– Produtores de Peixes Ornamentais com finalidade comercial.

2.1.1. Estação de alevinagem

Estabelecimentos que têm como objetivo primordial a produção deovos, larvas e alevinos .

No desempenho de sua função técnica cabe ao Responsável Técnico(RT):

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a) orientar que toda água a ser utilizada em tanques ou viveirosdeve ser isenta de contaminação, mantendo um controle físico, químico ebiológico, dentro dos parâmetros recomendados;

b) não permitir o uso de medicamentos, drogas ou produtos químicospara tratamento de peixes ou desinfeção da água e equipamentos quandohouver a possibilidade de acúmulo de resíduos tóxicos, altos riscos namanipulação e/ou contaminação ambiental, através de efluentes;

c) orientar sobre a utilização de medicamentos ou produtos químicossomente quando houver segurança da eficiência, sem riscos de manipulaçãoe isentos de efeitos sobre o meio ambiente, através dos efluentes;

d) estar perfeitamente informado sobre as drogas e medicamentosaprovados;

e) manter sob permanente vigilância os estabelecimentos localizadosem depressões de solo, pela possibilidade de receber invasão de outraságuas fluviais;

f) orientar o proprietário e estar atento quanto aos riscos doestabelecimento estar próximo a propriedades agrícolas em função do usode defensivos agrícolas;

g) orientar o proprietário, por ocasião da aquisição dereprodutores, quanto ao local de origem ou de captura, considerandoaspectos sanitário, ambiental e genético;

h) ter domínio da tecnologia de produção (manejo, nutrição,sanidade, etc.) das espécies cultivadas, bem como da tecnologia de manejoda água e dos tanques, além dos instrumentos e equipamentos dolaboratório de reprodução (Alevinagem);

i) orientar o fluxo de águas e não permitir a descarga de efluentespoluentes nos mananciais de captação dos mesmos. Orientar para queefluentes poluentes sejam adequadamente tratados nas propriedades;

j) orientar os clientes, verbalmente e/ou através de folheto, paraque o transporte de alevinos, larvas e ovos da estação até aspropriedades, seja realizado em embalagens com água oriunda do subsolo(poço) e fontes superficiais;

k) ter conhecimento pleno sobre a legislação ambiental, sanitária efiscal vigentes, para orientar o proprietário sobre o seu cumprimento;

l) primar pela manutenção das condições higiênico-sanitárias emtodas as instalações, equipamentos e instrumentos.

m) orientar sobre a necessidade de obter a outorga de água e alicença ambiental de piscicultura.

2.1.2. Engorda e/ou ciclo completo

Estabelecimentos que criam em ciclo completo ou recebem alevinos oupeixes jovens com objetivo de criação e engorda para abastecimento dosPesque-pague ou comercialização junto às indústrias e outrosestabelecimentos.

No desempenho da Função Técnica o RT deve:a) garantir que os animais saiam da propriedade somente depois de

vencido o prazo de carência de medicamentos utilizados na criação e/ouengorda;

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2.1.3. Pesque-Pague

Nestes estabelecimentos é preciso considerar:1º - A exigência do Responsável Técnico (RT) está atrelada a

existência ou não de Pessoa Jurídica constituída;2º - A grande maioria está estabelecida como Pessoa Física (Produtor

Rural);3º - Que a Legislação atual não prevê a exigência de Registro e RT

para Pessoa Física;4º - Que o problema é complexo em função do uso inadequado de

produtos medicamentosos considerados cancerígenos que são aplicadosmuitas vezes indiscriminadamente, sendo que imediatamente após, os peixesestão disponíveis ao consumo humano.

É necessário propor uma Legislação Estadual ou Municipal que nospermitirá cobrar, efetivamente, a presença do Profissional nosestabelecimentos, em defesa do consumidor. Assim, havendo a possibilidadede contar com o RT nos Pesque-pague, a responsabilidade do Profissionalé:

a) garantir que a pesca somente seja possível após vencido o prazode carência dos medicamentos utilizados;

b) garantir uso somente de medicamentos tecnicamente recomendados;c) prestar assistência quanto a nutrição;d) orientar o manejo em geral;e) acatar e determinar o cumprimento de toda a legislação vigente

relativa à espécie explorada;f) orientar práticas higiênico-sanitárias;g) orientar a manipulação de produtos e/ou subprodutos;h) orientar sobre a necessidade de obter a outorga de água e a

licença ambiental de piscicultura.

2.1.4. Produtores de peixes ornamentais

No desempenho da sua função o RT deve:a) orientar o transporte adequado;b) orientar os clientes (proprietários lojistas) sobre práticas

higiênico-sanitárias, qualidade da água, pH, temperatura, etc, paragarantir aos consumidores, espécimes sadios;

c) prestar assistência quanto a nutrição;d) orientar o manejo em geral;e) acatar e determinar o cumprimento de toda a legislação vigente

relativa a espécie explorada;f) orientar sobre a necessidade de obter a outorga de água e a

licença ambiental de piscicultura.

CARGA HORÁRIA:Na Estação de Alevinagem: mínimo de 6(seis) horas semanais;

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• Nas propriedades de Engorda e/ou Ciclo completo: 06 (seis) horassemanais;

• Pessoa Jurídica: 06 (seis) horas semanais;• Pessoa Física: 06 (seis) horas semanais;• Nos Pesque-pague: 06 (seis) horas semanais;• Nos produtores de Peixes Ornamentais: 06 (seis) horas semanais

2.2. Ranicultura

Estabelecimento que tem como objetivo especial à criação de rãs comfinalidade comercial.

No desempenho de sua função o Responsável Técnico (RT) tem comoobjetivo:

a) acompanhar a avaliação do projeto junto ao Órgão Ambiental;b) orientar no sentido de que toda água a ser utilizada deve ser

isenta de contaminações, ovos e larvas indesejáveis bem como dedefensivos agrícolas.

c) manter a qualidade físico-química e biológica dos efluenteslíquidos produzidos dentro dos padrões exigidos pelo CONAMA 020/86;

d) não permitir o uso de medicamentos e produtos químicos que noambiente aquático venham a provocar poluição por intermédio doseferentes;

e) orientar o proprietário, por ocasião da aquisição dosreprodutores, quanto ao local de origem, quanto à qualidade sanitária egenética;

f) ter domínio da tecnologia de produção em todas as suas fases nasatividades ranícolas da anfigranja;

g) controlar os predadores da espécie sem propósito de amploextermínio;

h) dar atenção especial à unidade de abate, proporcionando umaadequação ao processo direcionado à comercialização;

i) preocupar-se quanto ao processo de congelamento das carcaçasinteiras ou coxas e a suas embalagens;

j) manter-se informado e informar sobre a qualidade de manipulaçãodas peles;

k) acompanhar o tratamento dado às vísceras brancas (intestinos)destinadas à fabricação de fios cirúrgicos;

CARGA HORÁRIA:Mínima de 06 (seis) horas semanais.

3. BIOTÉRIOS

O exercício da "medicina de animais de laboratório" no Brasil é umaatividade profissional privativa do Médico Veterinário (Decreto nº64.704/69, Cap. II, art.2º itens "c" e "d"; Lei n.º 6.638/79).

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A presença do Médico Veterinário, especialista em animais delaboratório, é um fator de garantia e de segurança em um Biotério, poisassegura um bom manejo, produzindo animais de boa qualidade e quevalorizam os resultados dos trabalhos dos pesquisadores veterinários eprofissionais de outras áreas, fornecendo-lhes orientação ou colaboraçãona execução de projetos de pesquisas biológicas.

A) - Dos estabelecimentos que possuem Biotério:– Universidades com cursos nas áreas de Ciências Médicas e/ ou

Biológicas,– Empresas públicas e privadas que realizam pesquisas com animais;– Indústrias farmacêuticas;– Laboratórios que executam testes com animais.

B) - Das Atribuições do Responsável Técnico de Biotério:a) ser responsável pela criação, saúde e bem estar dos animais do

Biotério.b) prestar atendimentos e serviços específicos da Medicina

Veterinária para animais de laboratório, tais como clínica de rotina eemergência, patologia, reprodução, etc.;

c) desenvolver ações de Medicina Veterinária Preventiva;d) realizar diagnósticos, tratamentos e controle de epizootias e

enzootias de animais de laboratório;e) dar assessoria em pesquisas que envolvem animais de laboratório,

conhecer as leis específicas e regulamentos relacionados ao uso deanimais em experimentação;

f) estar atualizado quanto ao conhecimento de zoonoses e debiossegurança para manter rotina de trabalho de acordo com as normas desegurança ambiental;

g) ter pleno conhecimento de todas as normas de trabalho relativasaos animais de laboratório e Bem Estar Animal.

- CARGA HORÁR1A : Integral.

4. CASAS AGROPECUÁRIAS E OUTROS ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAME/OU DISTRIBUEM MEDICAMENTOS, RAÇÕES, SAIS MINERAIS E ANIMAIS.

Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico(RT) deve:

a) permitir a comercialização somente de produtos devidamenteregistrados nos órgãos competentes, observando rigorosamente o prazo devalidade;

b) garantir as condições de conservação e acondicionamento deprodutos;

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c) orientar o proprietário quanto à aquisição de produtosveterinários junto a laboratórios, indústrias e/ou distribuidores, deacordo com o usualmente prescrito por Médicos Veterinários;

d) orientar a disposição setorizada dos produtos no estabelecimento;e) dar especial atenção ao acondicionamento, manutenção e

armazenamento de vacinas e antígenos e controlar rigorosamente ascondições de temperatura dos refrigeradores;

f) garantir a retenção de receitas em que estejam prescritosmedicamentos controlados e que somente podem ser comercializados comreceitas, tais como: anestésicos, psicotrópicos, tranquilizantes, vacinascontra brucelose, etc;

g) garantir que a substituição de medicamentos receitados por outroProfissional, somente seja feita sob condições legais e éticas.

h) orientar o consumidor sobre utilização dos produtos de acordo comas especificações do fabricante e sobre os riscos decorrentes de seumanuseio e uso;

i) conhecer a origem dos animais comercializados (cães, gatos,etc.);

j) orientar para que as gaiolas com animais sejam dispostas de talforma que recebam iluminação natural e ventilação;

k) orientar quanto a alimentação dos animais expostos a venda,enquanto estiverem no estabelecimento;

l) não admitir a existência de carteira de vacinação noestabelecimento (sob pena de cumplicidade com ilícito penal) excetoquando estiverem em Consultório sob responsabilidade de MédicoVeterinário;

m) não permitir a manutenção e/ou presença de animais doentes noestabelecimento;

n) orientar o proprietário e funcionários que o atendimento clínico,vacinação e/ou prescrição de medicamentos no interior do estabelecimentoé terminantemente proibido.

O não atendimento ao mencionado neste item ensejará instauração deprocesso Ético-Profissional contra o Responsável Técnico (RT), semprejuízo de outras medidas cabíveis;

o) orientar sobre a importância do controle e / ou combate a insetose roedores;

p) estar inteirado dos aspectos técnicos e legais a que estãosujeitos esses estabelecimentos, especialmente os seguintes:

1. informar ao CRMV-GO qualquer fato que caracterize a prática deexercício ilegal da profissão de Médico Veterinário, por funcionáriose/ou proprietário do estabelecimento comercial;

2. garantir a saída dos animais comercializados nosestabelecimentos, devidamente imunizados e com carteira ou atestadoassinado por Médico Veterinário (principalmente cães e gatos);

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3. estar informado sobre todos os aspectos que regulam acomercialização de produtos sob controle citados anteriormente na letra"f" (anestésicos, sedativos, etc.).

CARGA HORÁRIA MÍNIMA: 06 (seis) horas semanais

5. EMPRESAS DE CONTROLE E COMBATE DE PRAGAS E VETORES(Dedetizadoras)

Empresas passíveis de ação e responsabilidades interdisciplinares.No desempenho de suas funções o RT deve:a) conhecer o mecanismo de ação dos produtos químicos sobre as

pragas e vetores;b) conhecer o ciclo de vida das pragas e vetores a serem combatidos;c) orientar o cliente ou o responsável pelas pessoas que habitam o

local que será dedetizado, sobre os riscos da aplicação;d) permitir a utilização somente de produtos aprovados pelo

Ministério da Agricultura e orientar o proprietário da empresa sobre asconseqüências do uso de produtos não aprovados;

e) orientar sobre o efeito das aplicações no meio ambiente, evitandodanos à natureza;

f) conhecer e orientar sobre o poder residual e toxicidade dosprodutos utilizados;

g) garantir a utilização de produtos com prazo de validade adequado;h) estar apto para orientar as pessoas que habitam o local a ser

dedetizado sobre os cuidados imediatos que devem tomar em caso deacidentes;

i) ter conhecimento técnico e da legislação pertinente à atividade;j) orientar o preparo e mistura dos produtos químicos;k) definir e orientar o método de aplicação, conforme o espaço

físico e riscos.

CARGA HORÁRIA MÍNIMA: 06 (SEIS) HORAS SEMANAIS.

6. ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

Empresas que têm como objetivo básico a produção de aves e ovos.Classificam- se em:

6.1. Avozeiros;6.2. Matrizeiros;6.3. Incubatórios;6.4. Granjas de Produção de Ovos para Consumo;6.5. Entrepostos de Ovos;6.6. Granjas com atividades de Cria, Recria e Engorda

Quando no desempenho de suas funções técnicas, os ResponsáveisTécnicos (RT´s) de quaisquer dos estabelecimentos acima classificados

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devem ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estãosujeitos os estabelecimentos, especialmente quanto aos Regulamentos eNormas, bem como, orientar sobre a necessidade de obter a licençaambiental:

6.1. Avozeiros e 6.2 MatrizeirosCompete ao Responsável Técnico (RT):a) ter conhecimentos sobre biossegurança, fazendo cumprir a

legislação vigente ;b) assegurar a higiene das instalações e adjacências;c) orientar sobre a importância da higiene e saúde do pessoal

responsável pelo manuseio de aves e ovos;d) assegurar o isolamento da granja de possíveis contatos externos

e/ou com outros animais domésticos e silvestres;e) manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao

interior da granja;f) proporcionar condições de controle sobre as águas de

abastecimento e servidas;g) manter controle permanente sobre fossas sépticas e/ou fornos

crematórios;h) manter permanentemente limpas as proximidades das cercas além da

área de isolamento;i) orientar quanto ao controle e/ou combate de insetos e roedores;j) ter conhecimentos sobre Defesa Sanitária, fazendo cumprir a

legislação em vigor;k) elaborar e fazer cumprir calendário de vacinação, obedecendo as

vacinações obrigatórias e de acordo com a idade das aves;l) garantir a aplicação das vacinas exigidas frente à imposição do

sistema epidemiológico regional;m) fazer cumprir as monitorias para granjas certificadas como livres

de salmonelas e micoplasmas;n) solicitar a ação da Defesa Sanitária Animal sempre que se fizer

necessário.

6.3. IncubatóriosSão estabelecimentos destinados à produção de pintos de um dia,

tanto para Avozeiros como para Matrizeiros.Compete ao Responsável Técnico (RT) conhecer as Leis, Regulamentos e

Normas citados anteriormente, bem como:a) orientar para que se mantenha total isolamento de vias públicas;b) manter permanentemente limpa e higienizada todas as instalações

industriais;c) controlar as condições de higiene dos meios de transporte de ovos

e pinto de um dia, inclusive quanto a eficiência de rodolúvios epedilúvios;

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d) controlar as condições higiênicas de vestiários, lavatórios esanitários. Estes devem ser compatíveis com o número de servidores eoperários;

e) orientar e exigir o destino adequado dos resíduos de incubação edas águas servidas;

f) controlar a higiene, temperatura e umidade de chocadeiras enascedouros;

g) orientar quanto ao controle e/ou combate a insetos e roedores;h) manter permanente fiscalização quanto a qualidade e renovação do

ar;i) orientar sobre a importância do controle da progênie (Teste de

progênie segundo a legislação em vigor);j) garantir a vacinação obrigatória conforme legislação e aquelas

por exigência da situação epidemiológica e do comprador;k) manter livro de registro de ocorrências de doenças e óbitos,

principalmente àquelas de notificação obrigatória.

6.4. Granjas de postura

Compete ao Responsável Técnico (RT) conhecer as Leis, Regulamentos eNormas, bem como:

a) garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem comoequipamentos indispensáveis;

b) orientar para que a iluminação e ventilação atendam àsnecessidades de produção;

c) orientar quanto ao controle e/ou combate de insetos e roedores;d) orientar sobre a importância da manutenção da qualidade higiênico

sanitária das instalações e produtos;e) orientar sobre os cuidados a serem dispensados com os produtos

que saem do estabelecimento, salvaguardando os interesses do consumidor,especialmente quanto à Saúde Pública;

f) manter controle permanente sobre fossas sépticas, fornoscrematórios, e/ou composteiras.

6.5. Entrepostos de ovos

Estabelecimentos destinados à recepção, higienização, classificaçãoe embalagem de ovos.

Compete ao Responsável Técnico (RT) conhecer as Leis, Regulamentos eNormas que disciplinam o assunto, bem como:

a) criar facilidades para que o Serviço Oficial tenha condiçõesplenas para exercer a inspeção sanitária;

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b) garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem comoequipamentos indispensáveis para tratamento da água para lavagem dosovos;

c) orientar para que a iluminação e ventilação atendam àsnecessidades de funcionamento;

d) orientar quanto ao controle e/ou combate de insetos e roedores;e) orientar para que o estabelecimento disponha de equipamento e

pessoal preparado para realização de ovoscopia, classificação de ovos eencaminhamento de amostra para exames laboratoriais;

f) orientar para que todos os produtos do estabelecimento sejamacompanhados dos certificados sanitários e transportados em veículosapropriados;

g) controlar adequadamente a temperatura das câmaras frias.

6.6. Granjas com atividades de Cria, Recria e Engorda

Compete ao Responsável Técnico (RT) conhecer as Leis, Regulamentos eNormas, bem como:

a) garantir que o estabelecimento disponha de água potável, bem comoequipamentos indispensáveis;

b) orientar para que a iluminação e ventilação atendam àsnecessidades de produção;

c) orientar quanto ao controle e/ou combate de insetos e roedores;d) orientar sobre a importância da manutenção da qualidade higiênico

sanitária das instalações e produtos;e) orientar sobre os cuidados a serem dispensados com os produtos

que saem do estabelecimento, salvaguardando os interesses do consumidor,especialmente quanto à Saúde Pública;

f) manter controle permanente sobre fossas sépticas, fornoscrematórios, e/ou composteiras.

CARGAS HORÁRIAS:O Responsável Técnico (RT) deve cumprir a carga horária de acordo

com a tabela abaixo:

• AVOZEIROS/MATRIZEIROS/INCUBATÓRIO: tempo integral• GRANJAS DE POSTURA: 06 horas semanais.• ENTREPOSTOS DE OVOS:até 50 cx./30dz/dia - 01 hora diáriasacima 50 cx./30dz/dia - 02horas diárias

• GRANJAS DE CRIA, RECRIA OU ENGORDA:Mínimo de 06 horas /semanais.

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7. ESTABELECIMENTOS QUE INDUSTRIALIZAM RAÇÕES, CONCENTRADOS,INGREDIENTES E SAIS MINERAIS PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

No desempenho da função nesses estabelecimentos, o ResponsávelTécnico (RT) é co-responsável pela qualidade do produto final e deve:

a) participar ativamente na formulação dos produtos;b) orientar quanto a aquisição das diversas matérias primas que

entram na composição dos produtos finais;c) verificar as condições físicas e de higiene das instalações;d) preparar e orientar o pessoal envolvido nas operações de mistura,

manipulação, embalagem e armazenamento;e) orientar quanto à aquisição de aditivos e conservantes, bem como

seu uso;f) observar rigorosamente os prazos de validade dos insumos para a

fabricação dos produtos;g) orientar as condições de transporte dos produtos finais;h) ter conhecimento da origem da matéria prima;i) garantir que todas as informações para uso correto do produto,

inclusive composição e prazo de validade, estejam discriminadas de formaclara, permitindo entendimento perfeito do consumidor.

j) Garantir que o memorial descritivo dos produtos industrializadosseja rigorosamente observado;

k) orientar sobre a necessidade de obter a licença ambiental.

CARGA HORÁRIA:Até 5 ton./dia 01 hora diária;de 5,1 a 50 ton./dia – 02 horas diárias;de 51 a 100 ton./dia – 03 horas diárias;acima de 100 ton./dia – 04 horas diárias;

8. ESTABELECIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO ANIMAL

Classificação dos estabelecimentos:8.1. Produtor de sêmen para fins comerciais;8.2. Produtor de sêmen na propriedade rural, para uso exclusivo em

fêmeas do mesmo proprietário, sem fins comerciais;8.3. Produtor de embriões para fins comerciais;8.4. Produtor de embriões na propriedade rural, sem fins comerciais;8.5. Produtor de botijões criobiológicos para acondicionamento do

sêmen e embriões congelados;8.6. Produtor de ampolas, palhetas, minitubos, macrotubos, pipetas,

etc.;8.7. Produtor de máquinas para envase de sêmen e embriões, para

gravar as embalagens de identificação das doses de sêmen e embriões;

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8.8. Produtor de meios químicos e biológicos para diluição,conservação e cultura de sêmen e embriões;

8.9 Importador de sêmen, embriões, serviços destinados à inseminaçãoartificial, transferência de embriões, revenda de sêmen e embriões e deprestação de serviços na área de fisiopatologia da reprodução einseminação artificial;

8.10. Prestadores de serviços nas diversas áreas de multiplicaçãoanimal.

De modo geral, para todos os estabelecimentos, cabe ao ResponsávelTécnico (RT):

a) garantir a higiene geral dos estabelecimentos, dos equipamentos edos insumos;

b) garantir a qualidade de água de abastecimento e águas servidas;c) proceder o exame do produto acabado;d) garantir o controle de qualidade do sêmen ou embrião, mediante

exames físicos, morfológicos, bioquímicos, bacteriológicos e outrosjulgados necessários;

e) acompanhar as fases de colheita, manipulação, acondicionamento,transporte e estocagem do sêmen e embriões;

f) orientar sobre a necessidade de estrutura física adequada epessoal técnico capacitado.

Para os estabelecimentos citados no item 8.10 - Prestadores deserviços nas diversas áreas de multiplicação animal, compete ainda aoResponsável Técnico (RT) verificar:

a) os exames andrológicos;b) os exames ginecológicos;c) os exames sanitários;d) o treinamento de mão de obra para aplicação de sêmen;e) a transferência de embriões;f) a aplicação de produtos para superovulação e sincronização de

cio;g) a inseminação artificial;h) o armazenamento de sêmen e embriões congelados.i) a tipificação sanguínea dos doadores de sêmem e embriões;

Para os animais usados como doadores de sêmen ou embriões, cabe aoResponsável Técnico (RT):

a) atentar para os aspectos sanitários, zootécnicos, andrológicos,de saúde hereditária e de identificação;

b) garantir que o ingresso do reprodutor no Centro de produção desêmen e embriões seja precedido de uma quarentena para os necessáriosexames sanitários, andrológicos, ginecológicos e de tipificaçãosangüínea;

c) emitir os certificados sanitários, andrológicos e ginecológicos,com base nos exames clínicos e laboratoriais efetuados durante aquarentena;

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d) dar baixa nos reprodutores, doadores de sêmen e embriões;e) garantir o cumprimento das normas técnicas sanitárias,

andrológicas, ginecológicas e de ordem zootécnica, instituídas pelosórgãos competentes, mesmo na produção de sêmen ou embriões, a nível depropriedade sem fins comerciais.

CARGAS HORÁRIAS:1. Estabelecimento produtor de embriões para fins comerciais: tempo

integral ou enquanto tiver atividade no estabelecimento;2. Demais estabelecimentos: mínimo de 6 horas semanais.

9. EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES, RODEIO, VAQUEJADA E OUTROS EVENTOSPECUÁRIOS

O Responsável Técnico (RT), deve:a) garantir que todos os animais presentes no local do evento

estejam acompanhados dos atestados e exames fornecidos por MédicosVeterinários e/ou órgão competente, de acordo com as exigências e normasestabelecidas;

b) separar os animais que apresentarem, após a entrada no recinto doevento, perda das condições de comercialização ou situação contrária aoconteúdo dos atestados sanitários;

c) garantir o isolamento e remoção imediata de animais com problemassanitários que possam comprometer outros animais do evento;

d) orientar sobre a acomodação dos animais no recinto do evento;e) orientar quanto ao transporte dos animais;f) no caso de enfermidades e/ou outros problemas referidos no item

"c", o RT deve comunicar-se imediatamente com as autoridades sanitárias(Órgãos Oficiais) e garantir as medidas profiláticas requeridas(desinfecção, vacinação, etc.);

g) de modo geral o RT deve interferir no sentido de solucionarirregularidades que constatar, observando rigorosamente a conduta éticae, quando necessário, dar conhecimento das irregularidades constatadasaos representantes dos Órgãos Oficiais de fiscalização sanitária;

h) acatar e cumprir as exigências oficiais sobre os aspectossanitários vigentes, sujeitando-se às exigências legais e administrativaspertinentes;

i) participar, quando possível, na elaboração do regulamento doevento pecuário, fazendo constar as normas sanitárias oficiais, ospadrões e normas zootécnicas vigentes;

j) estar presente, obrigatoriamente, durante todo o evento,principalmente enquanto estiver ocorrendo a entrada e saída de animais norecinto.

CARGAS HORÁRIAS:Nas Exposições e Feiras: tempo integralNos Leilões: mínimo de 24 horasNas Feiras Permanentes: tempo integral

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Nos Rodeios: tempo integral, enquanto durar o evento

10. EMPRESAS DE PRODUÇÃO ANIMAL

Empresas agropecuárias (Pessoas Jurídicas) que utilizampermanentemente animais vivos com a finalidade de produção, tais como:

– Empresas rurais que exploram a Bovinocultura de Corte;– Empresas rurais que exploram a Bovinocultura de Leite;– Empresas rurais que exploram outras espécies animais.

No desempenho da sua função o Responsável Técnico (RT) deve:a) prestar assistência ao rebanho quanto à nutrição;b) orientar o proprietário quanto ao melhoramento zootécnico;c) orientar o manejo geral;d) orientar a construção das instalações;e) acatar e determinar o cumprimento de toda a legislação vigente

relativo a(s) espécie(s) explorada(s);f) orientar e treinar os funcionários ministrando-lhes ensinamentos

necessários à sua segurança e bom desempenho de suas funções;g) orientar a contenção dos animais ao funcionário responsável por

esse trabalho;h) orientar práticas higiênico-sanitárias;i) orientar a manipulação de produtos e/ou subprodutos.

CARGA HORÁRIA:Empresas Rurais (Pessoa Jurídica): mínimo de 06 horas semanais;

11. HOSPITAIS, CLÍNICAS, CONSULTÓRIOS, AMBULATÓRIOS VETERINÁRIOS ELABORATÓRIOS DE PATOLOGIA E ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS

Nestas empresas, o Responsável Técnico (RT) deve:a) garantir que nas Clínicas 24 horas e nos Hospitais Veterinários,

o Médico Veterinário esteja presente em tempo integral;b) garantir que todas as atividades realizadas por enfermeiros e/ou

estagiários sejam supervisionadas por Médico Veterinário;c) usar adequadamente a área de isolamento garantindo que animais

doentes não tenham contato com outros;d) exigir que os Médicos Veterinários e auxiliares estejam

adequadamente uniformizados quando do atendimento;e) exigir que todos os Médicos Veterinários que atuam no

estabelecimento estejam devidamente registrados no CRMV-GO;f) fazer cumprir as normas de saúde pública vigentes, no que diz

respeito à higiene do ambiente, separação, destinação de lixo hospitalare estocagem dos insumos.

g) ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estãosujeitos os diversos estabelecimentos, especialmente quanto aosRegulamentos e Normas.

CARGA HORÁRIA MÍNIMA:06 horas semanais

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12. INDÚSTRIAS DA CARNE

Estabelecimentos que industrializam, manipulam, beneficiam e embalamprodutos ou derivados da carne.

Classificam-se em:12.1. Matadouros e Frigoríficos de Bovinos, Ovinos, Caprinos e

Suínos, Abatedouros Avícolas, Ovina e outros animais;12.2. Fábricas de Conservas e/ou Embutidos e Defumados;12.3. Entrepostos de carnes e derivados;12.4. Indústrias de subprodutos derivados.

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

a) orientar a empresa na aquisição de animais de regiõessanitariamente controladas e na seleção de seus fornecedores;

b) ter conhecimentos básicos referentes ao processo antes e após oabate dos animais;

c) orientar e garantir condições higiênico-sanitárias dasinstalações e dos equipamentos;

d) treinar o pessoal envolvido nas operações de abate, manipulação,embalagem, armazenamento dos produtos e demais procedimentos;

e) proporcionar facilidades para realização da inspeção das carcaçase subprodutos;

f) orientar sobre a aquisição de matéria prima, aditivos,desinfetantes, embalagens, aprovados e registrados pelos órgãoscompetentes;

g) orientar quanto ao controle e/ou combate de insetos e roedores;h) orientar quanto ao transporte;i) orientar e exigir qualidade e quantidade adequadas da água

utilizada na indústria bem como o destino adequado de águas servidas;j) orientar quanto a importância da higiene e saúde dos funcionários

da empresa;k) identificar e orientar sobre os pontos críticos de contaminação

dos produtos e do ambiente;l) garantir rigoroso cumprimento dos memoriais descritivos quando da

elaboração de um produto;m) exigir disponibilidade dos equipamentos e materiais mínimos

necessários para desempenho das atividades dos funcionários;n) garantir o destino dos animais, produtos ou peças condenadas,

conforme determinação do Serviço Oficial de Inspeção.o) orientar sobre a necessidade de obter a licença ambiental;p) ter conhecimento sobre os aspectos técnicos e legais a que estão

sujeitos os estabelecimentos.

CARGA HORÁRIA: O número de horas de permanência do ResponsávelTécnico (RT) deve ser estabelecido pelo contratado, levando em

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consideração o volume de trabalho do estabelecimento contratante,obedecendo à carga horária mínima conforme segue:

• MATADOUROS e FRIGORÍFICOS: Estar presente antes do início dasatividades e permanecer durante todo o abate e/ou manipulação eprocessamento da carne no estabelecimento.

• FÁBRICAS DE CONSERVAS E/OU EMBUTIDOSaté 100 kg/dia - 01 hora diáriade 101 a 500 kg/dia - 02 horas diáriasde 501 a 1.000 kg/dia - 06 horas diáriasacima de 1.000 kg/dia - 08 horas diárias

• ENTREPOSTOS E DISTRIBUIDORES DE CARNES E DERIVADOSaté 100 t/mês - 02 horas diáriasde 101 a 500 t/mês - 04 horas diáriasde 501 a 1.000 t/mês - 06 horas diáriasacima de 1.000 t/mês - 08 horas diárias

• INDÚSTRIAS DE SUBPRODUTOSMínimo de 02 (duas)horas diárias.

13. INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS

Estabelecimentos que industrializam, manipulam, beneficiam e/ouembalam produtos ou derivados do leite.

Classificam-se em:13.1. Usinas de beneficiamento, pasteurização e empacotamento de

leite e seus derivados;13.2. Fábricas de laticínios;13.3. Postos de refrigeração;

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

a) orientar a empresa na aquisição de matéria prima de boa qualidadee boa procedência;

b) orientar a empresa quando da aquisição de aditivos, embalagens edesinfetantes aprovados e registrados pelos órgãos competentes;

c) orientar quanto às condições de higiene das instalações,equipamentos e do pessoal;

d) promover treinamento e formação de pessoal envolvido nasoperações de transformação, manipulação, embalagem, armazenamento etransporte dos produtos;

e) facilitar a operacionalização da inspeção higiênico-sanitária egarantir a execução dos exames laboratoriais;

f) orientar quanto ao emprego adequado de aditivos, conservantes,sanitizantes, desinfetantes nos processos industriais;

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g) implantar programa de controle e/ou combate de insetos eroedores;

h) recomendar cuidados higiênicos necessários na produção da matériaprima;

i) assumir a responsabilidade, no estabelecimento industrial, sobrea qualidade do produto em todos seus aspectos;

j) identificar e orientar sobre os principais pontos críticos decontaminação dos produtos e do ambiente;

k) orientar sobre a importância das condições técnicas dolaboratório de controle de qualidade, quanto a equipamentos, pessoal,reagentes e técnicas analíticas;

l) exigir rigoroso cumprimento dos memoriais descritivos quando daelaboração de um produto.

m) orientar sobre a necessidade de obter a licença ambiental;n) ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estão

sujeitos os estabelecimentos.

CARGA HORÁRIA:O horário de permanência do Profissional deve ser estabelecido e

definido entre Contratante e Contratado, levando em consideração o volumede trabalho do estabelecimento, obedecendo a carga horária mínima,conforme segue:

• POSTOS DE RECEPÇÃO E RESFRIAMENTO DE LEITE: mínima de 12 horassemanais

• FÁBRICAS DE LATICÍNIOSaté 500 kg/dia - 01 hora diáriade 501 kg à 1.000 kg/dia - 02 horas diáriasde 1001 kg a 3.000 kg/dia - 03 horas diáriasacima de 3.000 kg/dia - 04 horas diárias

• USINAS DE BENEFICIAMENTO DE LEITE:até 1.000 l/dia - 01 hora diáriade 1.001 l à 3.000 l/dia - 02 horas diáriasde 3001 l à 15.000 l/dia - 03 horas diáriasacima de 15.000 l/dia - 04 horas diárias

14. INDÚSTRIAS DE PESCADOS

Estabelecimentos que industrializam, manipulam, beneficiam e/ouembalam produtos derivados da pesca.

Classificam-se em:14.1. Entrepostos e Distribuidores de Pescados14.2. Fábricas de Conserva de Pescados14.3. Entrepostos Processadores de Pescados

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Quando no desempenho de suas funções técnicas, o Responsável Técnico(RT) deve:

a) orientar a empresa na aquisição de matéria prima de boa qualidadee boa procedência;

b) orientar a empresa quando da aquisição e utilização de aditivos,desinfetantes e embalagens, aprovados e registrados pelos órgãoscompetentes;

c) orientar quanto às condições de higiene das instalações,equipamentos e do pessoal;

d) promover treinamento e formação de pessoal envolvido nasoperações de transformação, manipulação, embalagem, armazenamento etransporte dos produtos;

e) facilitar a operacionalização da inspeção higiênico-sanitária;f) implantar programa de controle e/ou combate de insetos e

roedores;g) orientar quanto aos cuidados com a qualidade do gelo utilizado no

pescado, bem como do pescado embarcado;h) orientar quanto à obtenção de pescados, crustáceos, moluscos,

bivalves, univalves de locais de captura seguramente isentos decontaminações primárias e secundárias;

i) garantir o rigoroso cumprimento do memorial descritivo dosprodutos processados;

j) identificar e orientar sobre os pontos críticos de contaminaçãodos produtos e do ambiente;

k)ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estãosujeitos os estabelecimentos.

O horário de permanência do Profissional deve ser estabelecido edefinido entre Contratante e Contratado, levando em consideração o volumede trabalho do estabelecimento, obedecendo a carga horária mínima.

• ENTREPOSTOS E DISTRIBUIDORES DE PESCADOSaté 5.000 Kg/dia – 01 hora diáriaacima de 5.000 Kg/dia – 02 horas diárias

• FÁBRICAS DE CONSERVA DE PESCADOSaté 5.000 Kg/dia – 02 horas diáriasacima de 5.000 Kg/dia – 03 horas diárias

15. INDÚSTRIAS, ENTREPOSTOS E DISTRIBUIDORAS DE PRODUTOSVETERINÁRIOS

Conforme legislação específica enquadram-se neste item asindústrias, entrepostos e distribuidoras de medicamentos de usoveterinário.

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

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a) conhecer os aspectos técnicos e legais pertinentes aindustrialização de Produtos Veterinários a que estão sujeitos estesestabelecimentos, sendo de sua responsabilidade as irregularidadesdetectadas pelos órgãos oficiais de fiscalização;

b) ter conhecimento técnico sobre formulação e produçãofarmacêutica;

c) providenciar para que o conteúdo do produto esteja de acordo comrótulo e bula, por ocasião de seu envasamento;

d) orientar a pesagem de matéria prima que será utilizada no produtofinal;

e) acompanhar as condições de estocagem da matéria prima e doproduto final;

f) providenciar os memoriais descritivos dos produtos quando de seuregistro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou daSaúde;

g) orientar e avaliar os resultados dos testes de eficiênciarealizados com os produtos;

h) manter sob rigoroso controle as câmaras de resfriamento eestocagem de produtos, monitorando periodicamente a temperatura dasmesmas;

i) orientar quanto aos cuidados na higiene de equipamentosindustriais;

j) orientar quanto aos aspectos de higiene pessoal dos operários;k) adotar medidas preventivas e reparadoras a possíveis danos ao

meio ambiente provocados pelo estabelecimento;

CARGA HORÁRIA:

O horário de permanência do Profissional deve ser estabelecido edefinido entre Contratante e Contratado, levando em consideração o volumede trabalho do estabelecimento, obedecendo a carga horária mínima:

• Nas indústrias, o RT deve permanecer no estabelecimento durante asatividades industriais;• Nos entrepostos e distribuidoras: 02 horas diárias.

16. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DE ZOOTECNIA E MEDICINAVETERINÁRIA

Em 1968 foram promulgadas duas importantes Leis no Brasil. Aprimeira, de nº 5.517, de 23 de outubro, que dispõe sobre o exercícioprofissional do médico veterinário e cria os Conselhos Federal eRegionais no Brasil e a segunda, de nº 5.550, de 04 de dezembro, quedispõe sobre o exercício da profissão de zootecnista em todo o territórionacional.

Em seu Artigo 5º, letra "l", a Lei nº 5.517/68 estipula que é dacompetência privativa do médico veterinário "a direção e a fiscalizaçãodo ensino da Medicina Veterinária, bem como do ensino agrícola-médio, nosestabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenha por objetivoexclusivo a indústria animal;". Ainda, a Resolução CFMV nº 619, de 14 dedezembro de 1994, que especifica o campo de atividades do zootecnista,estipula em seu Artigo 1º, letra "o", que é sua atividade privativa "a

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direção de instituições de ensino e de pesquisa na área de produçãoanimal".

Quanto à função de Responsável Técnico, a Resolução do CFMV nº 582,de 11 de dezembro de 1991, determina em seu Artigo 2º que serãosubmetidas(os) a registro nos CRMVs e obrigadas(os) à contratação deRESPONSÁVEL TÉCNICO, as empresas e/ou estabelecimentos cujas atividadesestão diretamente relacionadas à Medicina Veterinária e à Zootecnia.

Por consequência, as instituições de ensino superior de Zootecnia eda Medicina Veterinária deverão indicar um profissional, devidamentehabilitado, para a função de Responsável Técnico, que terá poratribuições:

a) estar perfeitamente inteirado dos aspectos legais a que estãosujeitos os estabelecimentos de ensino superior de Zootecnia e MedicinaVeterinária:

b) estar informado sobre o estado de manutenção das instalações eequipamentos da instituição, comunicando ao Coordenador/Diretor do cursoou a quem de direito, as irregularidades existentes, solicitando asprovidências cabíveis, comunicando ao CRMV-GO os problemas nãosolucionados em tempo hábil;

c) inteirar-se sobre as condições da infra-estrutura física dainstituição (fazenda-escola, laboratórios, hospital veterinário,biblioteca-setorial, salas de aula, etc), comunicando à administração, osproblemas atinentes a cada setor para que as medidas corretivas sejamadotadas;

d) acatar e fazer cumprir as normas e legislação pertinente à suafunção de RT junto à instituição de ensino, agindo de forma integrada comos demais profissionais da instituição;

e) orientar todos os profissionais médicos veterinários ezootecnistas que atuam na instituição para que estejam devidamenteregistrados na CRMV-GO;

f) atuar estritamente de acordo com a legislação vigente no sentidode solucionar as irregularidades constatadas, observando rigorosamente aconduta ética;

g) inteirar-se da legislação ambiental, orientando a adoção demedidas preventivas e reparadoras a possíveis danos ao meio ambienteprovocados pela atividade da instituição;

h) manter, na instituição, à disposição dos fiscais do CRMV-GO,neste "Livro de Registro e Anotação do Responsável Técnico-RT", fornecidopela Autarquia, no qual deverão ser registradas as recomendações eorientações bem como as ocorrências e irregularidades que, a seucritério, não foram registradas no "Termo de Constatação e Recomendação",conforme modelo constante no "Manual do Responsável (RT) -Normas eProcedimentos";

i) informar aos) responsável(veis) pela direção da IES sobre aobrigatoriedade de ser afixado em local visível um cartaz contendo o nomedo RT e o Certificado de Regularidade.

CARGA HORÁRIA:06 horas semanais

17. EMPRESA DE PLANEJAMENTO, CONSULTORIA VETERINÁRIA E ZOOTÉCNICA

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Enquadram-se neste item as empresas de planejamento, assessoria,assistência técnica e crédito para a pecuária.

No desempenho de suas funções, cabe ao Responsável Técnico (RT):a) estar ciente de que, em alguns projetos agropecuários, há

necessidade de trabalho interdisciplinar, o que determina a co-responsabilidade com outros Profissionais na sua elaboração eacompanhamento;

b) elaborar o projeto técnico, levando em consideração:• Viabilidade técnica de execução;• Viabilidade econômica;• Indicações dos possíveis mecanismos de crédito e financiamento,

fornecendo laudos, sempre que necessário;• As questões ambientais envolvidas; e• Os recursos humanos necessários para viabilizar a execução.c) adotar medidas preventivas e reparadoras de possíveis danos ao

meio ambiente, provocados pela execução do projeto, orientandoadequadamente todo o pessoal envolvido na execução do mesmo;

d) estar inteirado de todas as normas legais a que estão sujeitas asempresas, relativas a sua área de atuação.

CARGA HORÁRIA MÍNIMA:06 (seis) horas semanais ou conforme contrato entre as partes.

18. PRODUÇÃO DE OVOS E LARVAS DE BICHO DA SEDA (Sericicultura)

Estabelecimentos que se dedicam à produção e ao comércio de Ovos,Larvas e Casulos do Bicho da Seda.

Classificam-se em:18.1. Institutos de sementagem;18.2. Chocadeiras de raças puras;18.3. Chocadeiras de raças híbridas;18.4. Depósitos de recebimento de casulos.

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

a) prestar orientação técnica (teórica e prática) aos funcionáriosenvolvidos com a questão sanitária da empresa, principalmente sobre osaspectos higiênico-sanitários, manipulação de fômites, etc., pois, emúltima análise, é co-responsável pela qualidade dos trabalhos nesteslocais;

b) orientar sobre o destino adequado para larvas e ovoscontaminados, bem como para os restos de culturas e criações (camas decriação, etc.), que possam provocar contaminações e/ou disseminação deenfermidades;

c) orientar o transporte das larvas e/ou ovos do bicho-da-seda,quanto à acomodação dos mesmos, bem como sobre as demais condições quepossam proporcionar estresse e/ou queda de resistência biológica;

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d) assessorar tecnicamente a direção dos estabelecimentos quanto àsexigências sanitárias emanadas dos órgãos oficiais, para o cumprimento daLegislação pertinente e seu regular funcionamento;

e) orientar quanto aos riscos possíveis de contaminação da espécie,a fim de obter a melhor higiene possível na manipulação dos mesmos;

f) promover reuniões e palestras com o objetivo de orientar oscriadores ligados à empresa, quanto aos problemas sanitários e medidaspreventivas;

g) estar perfeitamente inteirado sobre a origem, mecanismo de ação,validade e poder residual dos desinfetantes e demais produtos químicosutilizados pelas empresas.

CARGA HORÁRIA:06 horas semanais

19. RASTREABILIDADE DE ANIMAIS

No desempenho de suas funções compete ao Responsável Técnico (RT):

a) ter conhecimento dos aspectos técnicos a que estão sujeitas asempresas credenciadas;

b) supervisionar as atividades de identificação e registro daspropriedades e dos animais junto ao Cadastro Nacional do SISBOV, assimcomo o controle operacional dessas etapas;

c) fiscalizar as atividades de monitoramento nas propriedadescadastradas bem como o respectivo sistema de registro, informatizado ounão.

d) fazer cumprir as normas atualizadas para cadastramento no SISBOV;e) fiscalizar todos os procedimentos utilizados na caracterização

dos bovinos e bubalinos nas propriedades rurais incluídas no programa decertificação de origem, assim como o controle do trânsitointerno/externo, os programas sanitários e os sistemas de produção.

CARGA HORÁRIA:Período integral

20. SUINOCULTURA

Granjas GRSC (Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas) e outrasempresas rurais que têm como objetivo básico a produção de suínos, tantode reprodutores machos e fêmeas para reposição, quanto na produção decria, recria e engorda.

Quando do desempenho de suas funções técnicas, os responsáveistécnicos (RT´s) devem ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais.

Compete ao Responsável Técnico (RT):

a) assegurar o controle e gerenciamento dos registros zootécnicoscompletos da granja;

b) representar a granja junto ao serviço oficial para prestação deinformações pertinentes;

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c) responsabilizar-se junto ao serviço oficial pela coleta dematerial para exames laboratoriais;

d) responsabilizar-se pelo ingresso de suínos e outros elementos demultiplicação animal na granja;

e) realizar, periodicamente, exames laboratoriais e provasdiagnósticas para: Peste Suína Clássica, Doença de Aujeszky, Brucelose,Tuberculose, Leptospirose, Sarna e demais patologias, segundo critériosdo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

f) assegurar o encaminhamento de material para exames laboratoriaisem estabelecimentos oficiais e/ou autorizados;

g) assegurar um efetivo programa de limpeza e desinfecção, debiossegurança, de controle de roedores, de vacinação e de monitoriasanitária, objetivando sempre a manutenção da saúde do rebanho;

h) assegurar a organização da farmácia da granja;i) assegurar o descarte de medicamentos com data vencida ;j) manter rigoroso controle de entrada e estocagem de matérias-prima

que comporão as rações dos animais;k) manter um efetivo programa nutricional da granja, assegurando um

eficiente manejo alimentar;l) assegurar a higiene das instalações e adjacências;m) orientar sobre a importância da higiene e saúde do pessoal

responsável pelo manuseio dos animais;n) manter controle rigoroso de acesso de pessoas e veículos ao

interior da granja;o) manter controle permanente sobre fossas sépticas e/ou fornos

crematórios e/ou composteiras;p) proporcionar condições de controle sobre as águas de

abastecimento e servidas;q) orientar sobre a necessidade de obter a licença ambiental;r) assegurar um controle rigoroso na coleta e tratamento/utilização

dos dejetos, seguindo determinação da legislação vigente;s) manter controle permanente sobre dípteros na área da granja e

adjacências.

CARGA HORÁRIA MÍNIMA:06 (seis) horas semanais

21. SUPERMERCADOS

Supermercados que industrializam derivados animais, estabelecimentosque comercializam, manipulam e/ou embalam produtos de origem animal eseus derivados. Estão registrados no CRMV-GO por serem estabelecimentosque realizam:

a) comércio de carne embalada (auto-serviço).Obs: embalam na ausência do consumidor.b) comércio de Produtos de Origem Animal.

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Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

a) orientar a aquisição de produtos originários de estabelecimentoscom Inspeção Sanitária Oficial;

b) exigir condições higiênico-sanitárias das instalações eequipamentos;

c) proporcionar treinamento e formação de pessoal envolvido nasoperações de depósito, manipulação, embalagem, armazenamento e transportedos produtos;

d) orientar quanto aos aspectos tecnológicos na manipulação deprodutos de origem animal embalados, bem como seu armazenamento;

e) manter sob rigoroso controle as câmaras de resfriamento eestocagem de produtos de origem animal, monitorando periodicamente atemperatura das mesmas;

f) orientar quanto ao combate e/ou controle de insetos e roedores;g) orientar quanto a importância da higiene e saúde do pessoal;h) orientar quanto a aquisição e o uso de sanitizantes, embalagens e

produtos registrados e autorizados pelos órgãos competentes;i) ter conhecimento dos aspectos técnicos e legais a que estão

sujeitos os estabelecimentos, especialmente quanto aos Regulamentos eNormas que envolvam a atividade;

j) identificar e orientar sobre os pontos críticos de contaminaçãodos produtos e ambiente.

CARGA HORÁRIA MÍNIMA:02 horas/dia/loja

22. ZOOLÓGICOS, PARQUES NACIONAIS, CRIATÓRIOS DE ANIMAIS SILVESTRES,EXÓTICOS E OUTROS

A responsabilidade técnica, nesta área, compreende os seguintesestabelecimentos:

22.1. Zoológicos (para visitação pública e fins educativos);22.2. Criatórios conservacionistas;22.3. Criatórios científicos;22.4. Criatórios comerciais de animais silvestres (capivara, paca,avestruz, etc.);22.5. Associações ornitológicas.

Quando no desempenho de suas funções, o Responsável Técnico (RT)deve:

a) acompanhar o Projeto aprovado pelo IBAMA, exigindo o cumprimentode todas as suas etapas;

b) orientar sobre o manejo adequado para cada espécie, procurandoassegurar o bem estar animal;

c) garantir a profilaxia dos animais e higiene das instalações;

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d) orientar sobre a alimentação adequada para cada espécie, bem comoo armazenamento e qualidade dos insumos;

e) avaliar periodicamente a qualidade da água para abastecimento dosanimais e para o consumo humano no estabelecimento;

f) proceder, responder ou fazer cumprir todos os atos que impliquemna adequada captura e contenção de animais silvestres por meios químicos(sedação, tranqüilização e anestesia) e/ou físicos;

g) notificar as autoridades sanitárias de ocorrências de interessepara a saúde pública e animal, como por exemplo, zoonoses, antroponoses eoutras doenças diagnosticadas clínica ou laboratorialmente porprofissional capacitado. Tal notificação deve ser acompanhada de laudotécnico emitido pelo Responsável Técnico (RT) ou outro Profissional porele designado para o assunto específico;

h) promover o treinamento do pessoal envolvido com o manejo dosanimais em todos os aspectos, a fim de garantir a segurança da população(visitantes), dos animais e dos próprios funcionários;

i) orientar a adequação e manutenção das instalações;j) fazer cumprir todos as normas de segurança do trabalhador e

certificar-se de que todos os equipamentos de segurança estejam em plenascondições de uso e disponíveis ao pessoal treinado para sua utilização;

l) deve atender todas as exigências do IBAMA, encaminhando osRelatórios de acordo com aquela Instituição;

k) manter os funcionários envolvidos, cientes do risco de acidentese zoonoses, além da preocupação com a higiene e profilaxia individual;

m) acatar e fazer cumprir as normas e legislação pertinente à suaárea de atuação, agindo de forma integrada com os Profissionais queexercem a fiscalização oficial.

CARGA HORÁRIA:• Zoológicos: integral;• Criatórios conservacionistas e científicos: integral• Criatórios comerciais pessoa jurídica e demais estabelecimentos:

mínimo 06 (seis) horas semanais;

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N O T A

Estabelecimentos que atuem em áreas privativase/ou de competência da Medicina Veterinária (Leinº 5.517/68) e/ou da Zootecnia (Lei nº 5.550/68),não previstas neste Manual, estão sujeitos àcontratação de RT - Responsável Técnico bem comoregistro no CRMV-GO, conforme está contido noDecreto nº 69.134/71 e Resolução do CFMV nº592/92.

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ANEXOS

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ANEXO 1ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA

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ANEXO 2

TABELA DE HONORÁRIOS

Honorários mínimos mensais a serem cobrados sobre a atividade deResponsável Técnico:

HORAS SEMANAIS SALÁRIOS MÍNIMOS

06 1.2

12 2.4

18 3.6

24 4.8

30 6.0

36 7.2

42 8.0

48 9.2

OBSERVAÇÃO:Analisando os termos da Lei 4950-A, de 22 de abril de 1966, que trata dosalário mínimo profissional, o CRMV-GO efetuou cálculos que indicam aremuneração mínima com objetivo de orientação. Considerando-se osencargos sociais (INSS, FGTS, 13º SALÁRIO, FÉRIAS, ETC.), tal remuneraçãopara 06 (seis) horas semanais deveria ser 1,6 salários mínimos mensais.Entretanto, levando-se em conta a situação econômica atual, admite-se aremuneração mínima conforme a tabela acima.

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ANEXO 3

TERMO DE CONSTATAÇÃO E RECOMENDAÇÃO

ANEXO 4

LAUDO INFORMATIVO

TERMO DE CONSTATAÇÃO E RECOMENDAÇÃO

EMPRESA:________________________________________________________

RESPONSÁVEL TÉCNICO:____________________________________________

DATA:___________________________________________________________

IRREGULARIDADES CONSTATADAS:____________________________________

________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

RECOMENDAÇÃO:___________________________________________________

________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

PRAZO PARA SOLUCIONAR AS IRREGULARIDADES:________________________

_________________________________________________________________

________________________________________________________________________

__________________________ _____________________________Assinatura e carimbo do Assinatura do Proprietário

Resp. Técnico ou Gerente

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ANEXO 4

LAUDO INFORMATIVO

LAUDO INFORMATIVO

Ao SenhorPresidente do CRMV-GOGoiânia – GO

Eu, ____________________________________________________________CRMV-GO nº ______________, exercendo a função de ResponsávelTécnico (RT) na empresa _________________________________________Constatei a(s) irregularidade (s) que passo a relatar:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Entendo que a (s) irregularidade (s) constatada (s) fere (m) osdispositivos legais ou regulamentares. Desta forma, cumpre-mepois, o dever de informar isentando, o envolvimento de meu nomeProfissional quanto a essa atitude que considero irregular.

A Vossa consideração,

_______________________________Local e Data

_______________________________________________AssinaturaCRMV-GO Nº

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ANEXO 5BAIXA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

BAIXA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Solicito de V. Sª., dar baixa de minha Responsabilidade Técnicaanotada nesse CRMV-GO sob o nº ___________ pelo seguinte motivo:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Empresa: ______________________________________________________________Endereço: ______________________________________________________________Cidade: ___________________________________ UF: _________________________CRMV-GO Nº: _____________________________Data da baixa: ____________ / _______________________ / 20_______

Ciente da Empresa ______________________________________Data: ____/____/____ Local e Data da Comunicação

______________________ ______________________________________Assinatura e Carimbo Carimbo ou nome legível e

assinatura do Profissional

Obs.: Comunicação obrigatória no prazo máximo de 20 (vinte) dias a contar da data dabaixa.

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ANEXO 6LEI Nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

Ementa: Dispõe sobre o exercício da profissão de MédicoVeterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de MedicinaVeterinária.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - DA PROFISSÃO

Art. 1º- O Exercício da profissão de Médico-Veterinário obedecerá àsdisposições da presente lei.

Art. 2º- Só é permitido o exercício da profissão de Médico-Veterinário:

a) aos portadores de diplomas expedidos por escolas oficiais oureconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do Ministérioda Educação e Cultura;

b) aos Profissionais diplomados no estrangeiro que tenham revalidadoe registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor.

Art. 3º- O exercício das atividades Profissionais só será permitidoaos portadores de carteira Profissional expedida pelo Conselho Federal deMedicina Veterinária ou pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterináriacriados na presente lei.

CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Art. 5º- É da competência privativa do Médico Veterinário o exercíciodas seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dosMunicípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas, paraestataise de economia mista e particulares:

a) a prática da clínica em todas as suas modalidades;b) a direção dos hospitais para animais;c) a assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer forma;d) o planejamento e a execução da defesa sanitária animal;e) a direção técnica sanitária dos estabelecimentos industriais e, sempreque possível, dos comerciais ou de finalidades recreativas, desportivasou de proteção onde estejam, permanentemente, em exposição, em serviço oupara qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem;f) a inspeção e a fiscalização sob o ponto-de-vista sanitário, higiênicoe tecnológico dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conservas decarne e de pescado, fábricas de banha e gorduras em que se empregamprodutos de origem animal, usinas e fábricas de laticínios, entrepostosde carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indústriapecuária e, de um modo geral, quando possível, de todos os produtos deorigem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem ecomercialização;g) a peritagem sobre animais, identificação, defeitos, vícios, doenças,acidentes, e exames técnicos em questões judiciais;h) as perícias, os exames e as pesquisas reveladoras de fraudes ouoperação dolosa nos animais inscritos nas competições desportivas ou nas

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exposições pecuárias;i) o ensino, a direção, o controle e a orientação dos serviços deinseminação artificial;j) a regência de cadeiras ou disciplinas especificamente médico-veterinárias, bem como a direção das respectivas seções e laboratórios;l) a direção e a fiscalização do ensino da medicina veterinária, bem comodo ensino agrícola médio, nos estabelecimentos em que a natureza dostrabalhos tenha por objetivo exclusivo a indústria animal;m) a organização dos congressos, comissões, seminários e outros tipos dereuniões destinados ao estudo da medicina veterinária, bem como aassessoria técnica do Ministério das Relações Exteriores, no país e noestrangeiro, no que diz com os problemas relativos à produção e àindústria animal.

CAPÍTULO III - DO CONSELHO FEDERAL DEMEDICINA VETERINÁRIA E DOS CONSELHOSREGIONAIS DE MEDICINA VETERINÁRIA

Art. 7º -A fiscalização do exercício da profissão de Médico-Veterinário será exercida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária epelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária, criados por esta Lei.

Art. 18- As atribuições dos CRMV's são as seguintes:a)organizar o seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do

CFMV;b)inscrever os Profissionais registrados residentes em sua jurisdição

e expedir as respectivas carteiras Profissionais;c)examinar as reclamações e representações escritas acerca dos

serviços de registro e das infrações desta Lei e decidir, com recursospara o CFMV;

d)solicitar ao CFMV as medidas necessárias ao melhor rendimento dastarefas sob a sua alçada e sugerir-lhe que proponha à autoridadecompetente as alterações desta Lei, que julgar convenientes,principalmente as que visem a melhorar a regulamentação do exercício daprofissão de Médico Veterinário.

e)fiscalizar o exercício da profissão, punindo os seus infratores,bem como representando as autoridades competentes acerca de fatos queapurar e cuja solução não seja de sua alçada;

f)funcionar como Tribunal de Honra dos Profissionais, zelando peloprestígio e bom nome da profissão;

g)aplicar as sanções disciplinares, estabelecidas nesta Lei;h)promover perante o juízo da Fazenda Pública e mediante processo de

executivo fiscal, a cobrança das penalidades previstas para execução dapresente Lei;

i)contratar pessoal administrativo necessário ao funcionamento doConselho;

j)eleger delegado-eleitor, para a reunião a que se refere o artigo13.

CAPÍTULO IV - DAS ANUIDADES E TAXAS

Art. 25 -O Médico-Veterinário para o exercício de sua profissão éobrigado a se inscrever no Conselho de Medicina Veterinária a cuja

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jurisdição estiver sujeito e pagará uma anuidade ao respectivo Conselhoaté o dia 31 de março de cada ano, acrescido de 20% quando fora desseprazo.

Parágrafo único O Médico-Veterinário ausente do País não fica isentodo pagamento da anuidade, que poderá ser paga, no seu regresso, sem oacréscimo dos 20% referido neste artigo.

Art. 26 - O Conselho Federal ou Conselho Regional de MedicinaVeterinária cobrará taxa pela expedição ou substituição de carteiraProfissional pela certidão referente à anotação de função técnica ouregistro de firma.

Art. 27 - As firmas, associações, companhias, cooperativas, empresasde economia mista e outras que exercem atividades peculiares à MedicinaVeterinária previstas pelos artigos 5º e 6º da Lei nº 5.517, de 23 deoutubro de 1968, estão obrigadas a registro nos Conselhos de MedicinaVeterinária das regiões onde funcionarem.

Parágrafo 1º - As entidades indicadas neste artigo pagarão aosConselhos de Medicina Veterinária onde se registrarem, taxa de inscriçãoe anuidade.

Parágrafo 2º - O valor das referidas obrigações será estabelecidoatravés de ato do Poder Executivo"

Art. 28 - As firmas de Profissionais da Medicina Veterinária, asassociações, empresas ou quaisquer estabelecimentos cuja atividade sejapassível da ação de Médico-Veterinário, deverão, sempre que se tornarnecessário, fazer prova de que, para esse efeito, têm a seu serviçoProfissional habilitado na forma desta Lei.

Parágrafo único: Aos infratores deste artigo será aplicada, peloConselho Regional de Medicina Veterinária a que estiverem subordinados,multa que variará de 20% a 100% do valor do salário-mínimo regional,independentemente de outras sanções legais.

CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES

Art. 32 - O poder de disciplinar e aplicar penalidades aos MédicosVeterinários compete exclusivamente ao Conselho Regional, em que estejaminscritos ao tempo do fato punível.

Parágrafo único: A jurisdição disciplinar estabelecida neste artigonão derroga a jurisdição comum, quando o fato constitua crime punido emlei.

CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 35 - A apresentação da carteira Profissional prevista nesta Leiserá obrigatoriamente exigida pelas autoridades civis ou militares,federais, estaduais ou municipais, pelas respectivas autarquias, empresasparaestatais ou sociedades de economia mista, bem como pelas associaçõescooperativas, estabelecimentos de crédito em geral, para inscrição emconcurso, assinatura de termo de posse ou de qualquer documento, sempreque se tratar de prestação de serviço ou desempenho de função privativada profissão de Médico-Veterinário.

Parágrafo único: A carteira de identidade Profissional expedida pelosConselhos de Medicina Veterinária servirá como documento de identidade eterá fé pública.

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CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 42 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 43 Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 23 de outubro de 1968; 147º da Independência e 80ª daRepública.

A. COSTA E SILVAJosé de Magalhães Pinto

Ivo Arzua PereiraJarbas G. Passarinho.

(Publicada no D.O.U. de 25.10.1968, Seção I)

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ANEXO 7

LEI Nº 5.550 - DE 04 DE DEZEMBRO DE 1968

Ementa: Dispõe sobre o exercício de Zootecnia.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei:

Art. 1º - O exercício da profissão de Zootecnista obedecerá aodisposto nesta Lei.

Art. 2º - Só é permitido o exercício da profissão de Zootecnista:a) ao portador de diploma expedido por Escola de Zootecnia oficial ou

reconhecida e registrado na Diretoria do Ensino Superior do Ministério daEducação e Cultura;

b) ao Profissional diplomado no estrangeiro, que haja revalidado eregistrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor;

c) ao Agrônomo e ao Veterinário diplomados na forma da lei.

Art. 3º - São privativas dos Profissionais mencionados no art. 2ºdesta Lei as seguintes atividades:

a) planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e aorientar a criação dos animais domésticos, em todos os seus ramos easpectos;

b) promover e aplicar medidas de fomento à produção dos mesmos,instituindo ou adotando os processos e regimes, genéticos e alimentares,que se revelarem mais indicados ao aprimoramento das diversas espécies eraças, inclusive com o condicionamento de sua melhor adaptação ao meioambiente, com vistas aos objetivos de sua criação e ao destino dos seusprodutos;

c) exercer a supervisão técnica das exposições oficiais e a que elesconcorrem, bem como a das estações experimentais destinadas à suacriação;

d) participar dos exames a que os mesmos hajam de ser submetidos,para o efeito de sua inscrição nas Sociedades de Registro Genealógico.

Art. 4º - A fiscalização do exercício da profissão de Zootecnistaserá exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais deEngenharia, Arquitetura e Agronomia, enquanto não instituídos osConselhos de Medicina Veterinária ou os da própria entidade de Classe.

Parágrafo único - Revogado pelo Art. 1º do Decreto-Lei nº 425, de21/01/69.

Art. 5º - O poder de disciplinar e aplicar penalidades ao Zootecnistacompete exclusivamente ao Conselho Regional em que estiver inscrito, aotempo da falta punível.

Art. 6º - As penas disciplinares aplicáveis ao Zootecnista são asestabelecidas para os demais Profissionais obrigados a registro no mesmoConselho Regional.

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Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 04 de dezembro de 1968; 147º da Independência e 80º daRepública.

COSTA E SILVATarso Dutra

Jarbas G. Passarinho

(Publicada no D. O.U de 05.12.1968, Seção I)

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ANEXO 8

LEI Nº 6.839, DE 30 DE OUTUBRO DE 1980

Ementa: Dispõe sobre o registro de Empresas nas EntidadesFiscalizadoras do exercício de profissões.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O registro de empresas e a anotação dos Profissionaislegalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nasentidades competentes para a fiscalização do exercício das diversasprofissões, em razão da atividade básica ou em relação àquela pela qualprestem serviço a terceiros.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 30 de outubro de 1980; 159º da Independência e 92º daRepública.

JOÃO FIGUEIREDOMurilo Macêdo

(Publicada no D.O.U. de 03.11.80, Seção I)

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ANEXO 9

RESOLUÇÃO Nº 722, DE 16 DE AGOSTO DE 2002.

‘‘Aprova o Código de Ética do Médico Veterinário’’.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV, no uso dasatribuições que lhe são conferidas pelo art. 16, alínea "f" e "j", da Leinº 5.517, de 23 de outubro de 1968.

considerando que a Medicina Veterinária, conceituada como atividadeimprescindível ao progresso econômico, à proteção da saúde, meio ambientee ao bem estar dos brasileiros, requer dos que a exercem aprimoramentoprofissional e obediência aos princípios da sã moral; e

considerando que os médicos veterinários, voluntariamente, porconvicção, por inspiração cívica, tendo em vista o prestígio da classe eo progresso nacional, resolveram se submeter a instrumento normativocapaz de mantê-los em uniformidade de comportamento, baseado em condutaprofissional exemplar,

Resolve:

Art. 1º - Aprovar o Código de Ética do Médico Veterinário constantedo anexo I desta Resolução.

Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicaçãono DOU, revogadas as disposições em contrário, especificamente aResolução nº 322, de 15 de janeiro de 1981.

ANEXO I

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOMÉDICO VETERINÁRIO

JURAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO:

Sob a proteção de Deus PROMETO que, no exercício da MedicinaVeterinária, cumprirei os dispositivos legais e normativos, com especialatenção ao Código de Ética, sempre buscando uma harmonização perfeitaentre ciência e arte, para tanto aplicando os conhecimentos científicos etécnicos em benefício da prevenção e cura de doenças animais, tendo comoobjetivo o Homem.

E prometo tudo isso fazer, com o máximo respeito à ordem pública eaos bons costumes, mantendo o mais estrito segredo profissional dasinformações de qualquer ordem, que, como profissional tenha eu visto,ouvido ou lido, em qualquer circunstância em que esteja exercendo aprofissão. Assim o prometo.

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PREÂMBULO

1 - O homem é livre para decidir sua forma de atuar a partir doconhecimento de seu ser, das relações interpessoais, com a sociedade ecom a natureza.

2 - A Medicina Veterinária é uma ciência a serviço da coletividade edeve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza.

3 - O Código de Ética do Médico Veterinário regula os direitos edeveres do profissional em relação a comunidade, ao cliente, ao pacientee a ouros profissionais.

4 - Os Médicos Veterinários no exercício da profissão,independentemente do cargo ou função que exerçam sujeitam-se às normasdeste código.

5 - Para o exercício da Medicina Veterinária com dignidade econsciência, o Médico Veterinário deve observar as normas de éticaprofissional previstas neste código, na legislação vigente, e pautar seusatos por princípios morais de modo a se fazer respeitar, preservando oprestígio e as nobres tradições da profissão.

6 - A fiscalização do cumprimento das normas éticas estabelecidasneste código é da competência dos Conselhos Federal e Regionais deMedicina Veterinária.

CAPÍTULO I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º - Exercer a profissão com o máximo de zelo e o melhor de suacapacidade.

Art. 2º - Denunciar às autoridades competentes qualquer forma deagressão aos animais e ao seu ambiente.

Art. 3º - Empenhar-se para melhorar as condições de saúde animal ehumana e os padrões de serviços médicos veterinários.

Art. 4º - No exercício profissional, usar procedimentos humanitáriospara evitar sofrimento e dor ao animal.

Art. 5º - Defender a dignidade profissional, quer seja porremuneração condigna, por respeito à legislação vigente ou por condiçõesde trabalho compatíveis com o exercício ético profissional da MedicinaVeterinária em relação ao seu aprimoramento científico.

CAPÍTULO II - DOS DEVERES PROFISSIONAIS

Art. 6º - São deveres do médico veterinário:

I - aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor doprogresso científico em benefício dos animais e do homem;

II - exercer a profissão evitando qualquer forma de mercantilismo;III - combater o exercício ilegal da Medicina Veterinária

denunciando toda violação às funções específicas que ela compreende, deacordo com o art. 5º da Lei nº 5517/68;

IV - assegurar, quando investido em função de direção, as condiçõespara o desempenho profissional do Médico Veterinário;

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V - relacionar-se com os demais profissionais, valorizando orespeito mútuo e a independência profissional de cada um, buscando sempreo bem-estar social da comunidade.

VI - exercer somente atividades que estejam no âmbito de seuconhecimento profissional;

VII - fornecer informações de interesse da saúde pública e de ordemeconômica às autoridades competentes nos casos de enfermidades denotificação obrigatória;

VIII - denunciar pesquisas, testes, práticas de ensino ou quaisqueroutras realizadas com animais sem a observância dos preceitos éticos edos procedimentos adequados;

IX - não se utilizar de dados estatísticos falsos nem deturpar suainterpretação científica;

X - informar a abrangência, limites e riscos de suas prescrições eações profissionais;

XI - manter-se regularizado com suas obrigações legais junto ao seuCRMV;

XII - facilitar a participação dos profissionais da MedicinaVeterinária nas atividades dos órgãos de classe;

XIII - realizar a eutanásia nos casos devidamente justificados,observando princípios básicos de saúde pública, legislação de proteçãoaos animais e normas do CFMV;

XIV - não se apropriar de bens, móvel ou imóvel, público ou privadode que tenha posse, em razão de cargo ou função, ou desviá-lo em proveitopróprio ou de outrem;

XV - comunicar ao conselho regional, com discrição e de formafundamentada, qualquer fato de que tenha conhecimento, o qual possacaracterizar infração ao presente código e às demais normas e leis queregem o exercício da Medicina Veterinária.

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DO MÉDICO VETERINÁRIO

Art. 7º - Exercer a Medicina Veterinária sem ser discriminado porquestões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual,idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza.

Art. 8º - Apontar falhas nos regulamentos, procedimentos e normasdas instituições em que trabalhe, comunicando o fato aos órgãoscompetentes, e ao CRMV de sua jurisdição.

Art. 9º Receber desagravo público, quando solicitar ao CRMV, seofendido no exercício de sua profissão.

Art. 10 - Prescrever, tratamento que considere mais indicado, bemcomo utilizar os recursos humanos e materiais que julgar necessários aodesempenho de suas atividades.

Art. 11 - Escolher livremente seus clientes ou pacientes, comexceção dos seguintes casos:

I - quando não houver outro médico veterinário na localidade ondeexerça sua atividade;

II - quando outro colega requisitar espontaneamente sua colaboração;

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III - nos casos de extrema urgência ou de perigo imediato para avida do animal ou do homem.

Art. 12 - No caso de haver cumprido fielmente suas obrigações compontualidade e dedicação e não houver recebido do cliente um tratamentocorrespondente ao seu desempenho, o médico veterinário poderá retirar suaassistência voluntariamente, observando o disposto no art. 11 destecódigo.

CAPÍTULO IV - DO COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

Art. 13 - É vedado ao médico veterinário:

I - prescrever medicamentos sem registro no órgão competente, salvoquando se tratar de manipulação;

II - afastar-se de suas atividades profissionais sem deixar outrocolega para substituí-lo em atividades essenciais e/ou exclusivas queexijam a presença do médico veterinário, as quais causem riscos diretosou indiretos à saúde animal ou humana;

III - receitar, ou atestar de forma ilegível ou assinar sempreenchimento prévio receituário, laudos, atestados, certificados, guiasde trânsito e outros;

IV - deixar de comunicar aos seus auxiliares as condições detrabalho que possam colocar em risco sua saúde ou sua integridade física,bem como deixar de esclarecer os procedimentos adequados para evitar taisriscos;

V - praticar no exercício da profissão, ou em nome dela, atos que alei defina como crime ou contravenção;

VI - quando integrante de banca examinadora, usar de má-fé ouconcordar em praticar qualquer ato que possa resultar em prejuízo doscandidatos;

VII - fornecer a leigo informações, métodos ou meios, instrumentosou técnicas privativas de sua competência profissional;

VIII - divulgar informações sobre assuntos profissionais de formasensacionalista, promocional, de conteúdo inverídico, ou sem comprovaçãocientífica;

IX - deixar de elaborar prontuário e relatório médico veterináriopara casos individuais e de rebanho, respectivamente;

X - permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital,clínica, unidade sanitária, ambulatório, escola, curso, empresa ouestabelecimento congênere sem nele exercer função profissional;

XI - deixar de fornecer ao cliente, quando solicitado, laudo médicoveterinário, relatório, prontuário, atestado, certificado, bem comodeixar de dar explicações necessárias à sua compreensão;

XII - praticar qualquer ato que possa influenciar desfavoravelmentesobre a vontade do cliente e que venha a contribuir para o desprestígioda profissão;

XIII - receber ou pagar remuneração, comissão ou corretagem visandoangariar clientes;

XIV - usar título que não possua ou que lhe seja conferido porinstituição não reconhecida oficialmente ou anunciar especialidade para aqual não esteja habilitado;

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XV - receitar sem prévio exame clínico do paciente;XVI - alterar prescrição ou tratamento determinado por outro médico

veterinário, salvo em situação de indispensável conveniência para opaciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico veterináriodesse paciente;

XVII - deixar de encaminhar de volta ao médico veterinário opaciente que lhe for enviado para procedimento especializado, e/ou nãofornecer as devidas informações sobre o ocorrido no período em que seresponsabilizou pelo mesmo;

XVIII - deixar de informar ao médico veterinário que o substitui noscasos de gravidade manifesta, o quadro clínico dos pacientes sob suaresponsabilidade;

XIX - atender, clínica e/ou cirurgicamente, ou receitar, emestabelecimento comercial;

XX - prescrever ou executar qualquer ato que tenha a finalidade defavorecer transações desonestas ou fraudulentas;

XXI - praticar ou permitir que se pratiquem atos de crueldade paracom os animais nas atividades de produção, de pesquisa, esportivas,culturais, artísticas, ou de qualquer outra natureza;

XXII - realizar experiências com novos tratamentos clínicos oucirúrgicos em paciente incurável ou terminal sem que haja esperançarazoável de utilidade para o mesmo, impondo-lhe sofrimento adicionais,exceto nos casos em que o projeto de pesquisa tenha sido submetido eaprovado por Comitê de Ética;

XXIII - Prescrever ou administrar aos animais:

a) drogas que sejam proibidas por lei;b) drogas que possam causar danos à saúde animal ou humana;c) drogas que tenham o objetivo de aumentar ou de diminuir a

capacidade física dos animais.XXIV - desviar para clínica particular cliente que tenha sido

atendido em função assistencial ou em caráter gratuito;XXV - opinar, sem solicitação das partes interessadas, a respeito de

animal que esteja sendo comercializado;XXVI - criticar trabalhos profissionais ou serviços de colegas;XXVII - fornecer atestados ou laudos de qualidade de medicamentos,

alimentos e de outros produtos, sem comprovação científica;XXVIII - permitir a interferência de pessoas leigas em seus

trabalhos e julgamentos profissionais.

CAPÍTULO V - DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

Art. 14 - O médico veterinário será responsabilizado pelos atos que,no exercício da profissão, praticar com dolo ou culpa, respondendo civile penalmente pelas infrações éticas e ações que venham a causar dano aopaciente ou ao cliente e, principalmente:

I - praticar atos profissionais que caracterizem a imperícia, aimprudência ou a negligência;

II - delegar a outros, sem o devido acompanhamento, atos ouatribuições privativas da profissão de Médico Veterinário;

III - atribuir seus erros a terceiros e a circunstâncias ocasionaisque possam ser evitadas;

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IV - deixar de esclarecer ao cliente sobre as conseqüências sócio-econômicas, ambientais e de saúde pública provenientes das enfermidadesde seus pacientes;

V - deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dosConselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária e de atender àssuas requisições administrativas e intimações dentro do prazodeterminado;

VI - praticar qualquer ato profissional sem consentimento formal docliente, salvo em caso de iminente risco de morte ou de incapacidadepermanente do paciente;

VII - praticar qualquer ato que evidencie inépcia profissional,levando ao erro médico veterinário;

VIII - isentar-se de responsabilidade por falta cometida em suasatividades profissionais, independente de ter sido praticadaindividualmente ou em equipe, mesmo que solicitado pelo cliente.

CAPÍTULO VI - DA RELAÇÃO COM OS COLEGAS

Art. 15 - É vedado ao médico veterinário:

I - aceitar emprego deixado por colega que tenha sido exonerado pordefender a ética profissional;

II - a conivência com o erro ou qualquer conduta antiética em razãoda consideração, solidariedade, apreço, parentesco ou amizade;

III - utilizar posição hierárquica superior para impedir que seussubordinados atuem dentro dos princípios éticos;

IV - participar de banca examinadora estando impedido de fazê-lo;V - negar sem justificativa sua colaboração profissional a colega

que dela necessite;VI - atrair para si, por qualquer modo, cliente de outro colega, ou

praticar quaisquer atos de concorrência desleal;VII - agir de má fé no pleito de um emprego ou pleitear par si

emprego, cargo ou função que esteja sendo exercido por outro colega;VIII - fazer comentários desabonadores e/ou desnecessários sobre a

conduta profissional ou pessoal de colega ou de outro profissional.

CAPÍTULO VII - DO SIGILO PROFISSIONAL

Art. 16 - Tomando por objetivo a preservação do sigilo profissionalo médico veterinário não poderá:

I - fazer referências a casos clínicos identificáveis, exibirpacientes ou suas fotografias em anúncios profissionais ou na divulgação,de assuntos profissionais em programas de rádio, televisão, cinema, naInternet, em artigos, entrevistas, ou reportagens em jornais revistas eoutras publicações leigas, ou em quaisquer outros meios de comunicaçãoexistentes e que venham a existir, sem autorização expressa do cliente;

II - prestar a empresas ou seguradoras qualquer informação técnicasobre paciente ou cliente sem expressa autorização do responsável legal,exceto nos casos de ato praticado com dolo ou má fé por uma das partes ouquando houver risco à saúde pública, ao meio ambiente ou por forçajudicial;

III - permitir o uso do cadastro de seus clientes sem autorizaçãodos mesmos;

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IV - facilitar o manuseio e conhecimento dos prontuários, relatóriose demais documentos sujeitos ao segredo profissional;

V - revelar fatos que prejudiquem pessoas ou entidades sempre que oconhecimento dos mesmos advenha do exercício de sua profissão,ressalvados aqueles que interessam ao bem comum, à saúde pública, ao meioambiente ou que decorram de determinação judicial.

CAPÍTULO VIII - DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

Art. 17 - Os honorários profissionais devem ser fixados, atendidosos seguintes requisitos:

I - o trabalho e o tempo necessários para realizar o procedimento;II - a complexidade da atuação profissional;III - o local da prestação dos serviços;IV - a qualificação e o renome do profissional que o executa;V - a condição sócio econômica do cliente.

Art. 18 - Constitui falta de ética a contratação de serviçosprofissionais de colegas, sem observar os honorários referenciais.

Art. 19 - O médico veterinário deve acordar previamente com ocliente o custo provável dos procedimentos propostos e, se possível, porescrito.

Art. 20 - O médico veterinário não pode oferecer seus serviçosprofissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza.

Art. 21 - Ao médico veterinário não é permitida a prestação deserviços gratuitos ou por preços abaixo dos usualmente praticados, excetoem caso de pesquisa, ensino ou de utilidade pública.

Parágrafo único. Casos excepcionais ao caput deste artigo deverãoser comunicados ao CRMV da jurisdição competente.

Art. 22 - É vedado ao médico veterinário permitir que seus serviçossejam divulgados como gratuitos.

Art. 23 - É vedado ao médico veterinário, quando em função dedireção, chefia ou outro, reduzir ou reter remuneração devida a outromédico veterinário.

Parágrafo único. É vedada também a utilização de descontos salariaisou de qualquer outra natureza, exceto quando autorizado.

CAPÍTULO IX - DA RELAÇÃO COM O CIDADÃO CONSUMIDOR DE SEUS SERVIÇOS

Art. 24 - O médico veterinário deve:

I - conhecer as normas que regulamentam a sua atividade;II - cumprir contratos acordados, questionando-se e revisando-os

quando estes se tornarem lesivos a um dos interessados;III - oferecer produtos e serviços que indiquem o grau de nocividade

ou periculosidade definido por instituições reconhecidas publicamente,evitando assim dano à saúde animal e humana, ao meio ambiente e àsegurança do cidadão;

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IV - prestar seus serviços sem condicioná-los ao fornecimento deprodutos ou serviço, exceto quando estritamente necessário para que aação se complete;

V - agir sem se beneficiar da fraqueza, ignorância, saúde, idade oucondição social do consumidor para impor-lhe produto ou diferenciar aqualidade de serviços.

CAPÍTULO X - DAS RELAÇÕES COM O ANIMAL E O MEIO AMBIENTE

Art. 25 - O médico veterinário deve:

I - conhecer a legislação de proteção aos animais, de preservaçãodos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável, da biodiversidadee da melhoria da qualidade de vida;

II - respeitar as necessidades fisiológicas, etológicas e ecológicasdos animais, não atentando contra suas funções vitais e impedindo queoutros o façam;

III - evitar agressão ao ambiente por meio de resíduos resultantesda exploração e da indústria animal que possam colocar em risco a saúdedo animal e do homem;

IV - usar os animais em práticas de ensino e experimentaçãocientífica, somente em casos justificáveis, que possam resultar embenefício da qualidade do ensino, da vida do animal e do homem, e apenasquando não houver alternativas cientificamente validadas.

CAPÍTULO XI - DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 26 - São deveres do Responsável Técnico (RT):

I - comparecer e responder às convocações oficiais dos órgãospúblicos fiscalizadores de atuação da empresa na qual exerce as suasfunções, bem como acatar as decisões oriundas dos mesmos;

II - responder, integralmente e na data aprazada, os relatórios deRT solicitados pelo CRMV/CFMV;

III - elaborar minucioso laudo informativo ao CRMV/CFMV em carátersigiloso, toda vez que o estabelecimento se negar e/ou dificultar a açãoda fiscalização oficial ou da sua atuação profissional, acarretando comisso possíveis danos à qualidade dos produtos e serviços prestados.

Art. 27 - É vedado ao médico veterinário que assuma RT exercê-la nosestabelecimentos de qualquer espécie, sujeitos à fiscalização e/ouinspeção de órgão público oficial, no qual exerça cargo, emprego oufunção, com atribuições de fiscalização e/ou inspeção.

CAPÍTULO XII - DAS RELAÇÕES COM A JUSTIÇA

Art. 28 - O médico veterinário na função de perito deve guardarsegredo profissional, sendo-lhe vedado:

I - deixar de atuar com absoluta isenção, quando designado paraservir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites das suasatribuições;

II - ser perito de cliente, familiar ou de qualquer pessoa cujasrelações influam em seu trabalho;

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III - intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atosprofissionais de outro médico veterinário, ou fazer qualquer apreciaçãoem presença do interessado, devendo restringir suas observações aorelatório.

CAPÍTULO XIII - DA PUBLICIDADE E DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS

Art. 29 - O médico veterinário não pode publicar em seu nometrabalho científico do qual não tenha participado, e tampouco atribuir asi autoria exclusiva de trabalho realizado por seus subordinados ou poroutros profissionais, mesmo quando executados sob sua orientação.

Art. 30 - Não é lícito utilizar dados, informações ou opiniões aindanão publicadas sem fazer referência ao autor ou sem a sua autorizaçãoexpressa.

Art. 31 - As discordâncias em relação às opiniões ou trabalhos nãodevem ter cunho pessoal, devendo a crítica ser dirigida apenas à matéria.

Art. 32 - Falta com a ética o médico veterinário que divulga, forado meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor aindanão esteja expressamente reconhecido por órgão competente.

Art. 33 - Comete falta ética o médico veterinário que participar dadivulgação, em qualquer veículo de comunicação de massa, de assuntos queafetem a dignidade da profissão.

Art. 34 - A propaganda pessoal, os receituários e a divulgação deserviços profissionais devem ser em termos elevados e discretos.

Art. 35. - As placas indicativas de estabelecimentos médicosveterinários, os anúncios e impressos devem conter dizeres compatíveiscom os princípios éticos, não implicando jamais em autopromoção,restringindo-se a:

I - nome do profissional, profissão e número de inscrição do CRMV;II - especialidades comprovadas;III - título de formação acadêmica mais relevante;IV - endereço, telefone, horário de trabalho, convênios e

credenciamentos;V - serviços oferecidos.

Art. 36 - Não é permitida a divulgação, em veículos de comunicaçãode massa, de tabelas de honorários ou descontos que infrinjam os valoresreferenciais regionais.

CAPÍTULO XIV - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 37 - A gravidade da infração será caracterizada através daanálise dos fatos, das causas do dano e suas conseqüências.

Art. 38 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposiçãoconsideram-se:

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I - a maior ou menor gravidade da infração;II - as circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;III - o dano causado e suas conseqüências;IV - os antecedentes do infrator.

Art. 39 - Na aplicação de sanções disciplinares, serão consideradasagravantes as seguintes circunstâncias:

I - a reincidência;II - a prática com dolo;III - o não comparecimento às solicitações ou intimações do

CRMV/CFMV para esclarecimento ou instrução de processo ético-profissional;

IV - qualquer forma de obstrução de processo;V - o falso testemunho ou perjúrio;VI - aproveitar-se da fragilidade do cliente;VII - cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do

dever inerente ao cargo ou função;VIII - imputar a terceiros de boa fé a culpa pelo ocorrido.

§1° - Será considerado reincidente todo profissional que após otrânsito em julgado da penalidade imposta administrativamente cometernova infração ética no período de 5 anos.

§2° - A segunda reincidência e as subseqüentes, em qualquer dasgraduações previstas no art. 41, independentemente do(s) artigo(s)infringido(s), determinarão o enquadramento na graduação imediatamentesuperior, sem prejuízo da pena pecuniária prevista no art. 42 tambémdeste código.

§3° - Constitui exceção a graduação máxima para a qual seránecessário que haja infração em pelo menos um artigo contido nessaclassificação.

Art. 40 - Na aplicação das sanções disciplinares, serão consideradasatenuantes as seguintes circunstâncias:

I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;II - ausência de punição disciplinar anterior;III - a prestação de serviços à causa pública;IV - o exercício efetivo do mandato ou cargo em qualquer órgão de

classe médico veterinário;V - títulos de honra ao mérito veterinário;VI - ter contribuído para a elucidação do fato imputado.

CAPÍTULO XV - DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 41 - O caráter das infrações éticas se classificará conforme aseguinte graduação:

I - levíssimas;II - leves;III - sérias;

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IV - graves;V - gravíssimas.

Art. 42 - As sanções aplicadas às infrações classificadas no artigoanterior e seus incisos serão acompanhadas de multa no caso dereincidência, salvo quando for efetivamente aplicada a punição àstransgressões gravíssimas.

Art. 43 - As infrações levíssimas compreendem o que estáestabelecido nos incisos I, IV, V, X, XI, XII e XV do art. 6.º; incisosXI, XII, XXV do art. 13; incisos I e IV do art. 14; incisos I, II e V doart. 15; incisos I, III e IV do art. 16; art. 19; art. 20, art. 22;parágrafo único do art. 23; incisos I, II, IV e V do art. 24; incisos I,II e III do art. 25; inciso II do art. 28; art. 31; art. 34; art. 35 eart. 36.

Art. 44 - As infrações leves compreendem o que está estabelecido nosincisos I a XV do art. 6º; incisos I a XXVIII do art. 13; incisos I aVIII do art. 14; incisos I a VIII do art. 15; incisos I a V do art. 16;incisos I a V do art. 17; art. 18 a 23 e seu parágrafo único; incisos I aV do art. 24; incisos I a IV do art. 25; incisos I a III do art. 26; art.27; incisos I a III do art. 28; art. 30 a 36.

Art. 45 - As infrações sérias compreendem o que está estabelecidonos incisos II a XIV do art. 6º; incisos I a XXVIII do art. 13; incisos Ia VIII do art. 14; incisos I a VIII do art. 15; incisos I a V do art. 16;incisos I a V do art. 17; art. 18 a 22; art. 23 e seu parágrafo único;incisos I a V do art. 24; incisos I a IV do art. 25; incisos I a III doart. 26; art. 27; incisos I a III do art. 28; art. 29 a 34; incisos I a Vdo art. 35 e art. 36.

Art. 46 - As infrações graves compreendem o que está estabelecidonos incisos II, III, VI, VII, VIII, XI, XIII do art. 6º; incisos I a X doart. 13; incisos I a VIII do art. 14; incisos III e IV e VI a VIII doart. 15; incisos I, II, IV e V do art. 16; art. 18; art. 20; art. 21;art. 23 ; inciso III do art. 24; incisos II a IV do art. 25; incisos I aIII do art. 26; art. 27; incisos I e III do art. 28; art. 29; art. 30;art. 32 e art. 33.

Art. 47 - As infrações gravíssimas compreendem o que estáestabelecido nos incisos II e XIV do art. 6º; incisos X e XX do art. 13;incisos I, IV, VI e VII do art. 14 e art. 29.

Art. 48 - A classificação das infrações indicada no art. 41 mantémuma correspondência direta com a graduação das penas previstas no art. 33da Lei nº 5517/68.

CAPÍTULO XVI - DA OBSERVÂNCIA E APLICAÇÃO DO CÓDIGO

Art. 49 - Os infratores do presente Código serão julgados pelosCRMVs, que funcionarão como Tribunal de Honra, e as penalidades serão ascapituladas no art. 33 da Lei n° 5517, de 23 de outubro de 1968,combinadas com art. 34 do Decreto n° 64.704, de 17 de junho de 1969cabendo, em caso de imposição de qualquer penalidade, recursos ao CFMV,na forma do § 4° do artigo e decreto supracitados.

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Art. 50 - As dúvidas, omissões, revisões e atualizações deste Códigoserão sanadas pelo CFMV.

CAPÍTULO XVII - DA VIGÊNCIA

Art. 51 - O presente Código de Ética Profissional do MédicoVeterinário, elaborado pelo CFMV, nos termos do art. 16, letra "j" da Leinº 5.517, de 23 de outubro de 1969, entrará em vigor em todo o territórionacional na data de sua publicação no DOU, cabendo aos CRMVs a sua maisampla divulgação.

Quadro I

Classificação ArtigosLEVISSÍMAS

Advertência Confidencial

Art.6º. incisos I, IV, V, X, XI, XII e XV; Art. 13. incisosXI, XII, XXV; Art.14. incisos I e IV; Art.15 incisos I, II eV; Art.16. incisos I, III e IV; Art.19, Art. 20, Art. 22;Parágrafo único do Art. 23; Art. 24 incisos I, II, IV e V;Art. 25 incisos I, II e III; Art. 28 inciso II; Art. 31 e Art.34 a 36.

LEVES

Censura Confidencial

Art.6º incisos I a XV; Art. 13 incisos I a XXVIII; Art. 14incisos I a VIII; Art. 15 incisos I a VIII; Art. 16 incisos Ia V; Art. 17 incisos I a V; Art. 18 a 23; Parágrafo únicodo Art.23; Art. 24 incisos I a V; Art. 25 incisos I a IV;Art. 26 incisos I a III Art. 27; Art.28 incisos I a III; Art.30 a 36.

SÉRIAS

Censura Pública

Art.6º incisos II a XIV; Art. 13. incisos I a XXVIII; Art.14 incisos I a VIII; Art. 15 incisos I a VIII; Art. 16incisos I a V; Art. 17 incisos I a V; Art. 18 a 23;Parágrafo único do Art.23; Art.24 incisos I a V; Art.25incisos I a IV; Art. 26 incisos I a III;Art. 27; Art.28incisos I a III; Art. 29 a 34; Art. 35 incisos I a V; Art.36.

GRAVES

Suspensão do exercícioprofissional

Art.6º incisos II, III, VI, VII, VIII, XI, XIII; Art. 13.incisos I a X; Art. 14 incisos I a VIII; Art. 15 incisos III,IV e VI a VIII; Art. 16 incisos I, II, IV e V; Art. 18; Art.20; Art. 21; Art. 23; Art. 24 inciso III; Art. 25 incisos IIa IV; Art. 26 incisos I a IIIArt. 27; Art. 28 incisos I eIII; Art. 29; Art. 30; Art. 32; Art.33.

GRAVÍSSIMASCassação do exercícioprofissional

Art.6º incisos II e XIV; Art. 13. incisos X e XX; Art. 14incisos I, IV, VI e VII; Art. 29.

Publicada no DOU de 16-12-02, Seção 1, Pág. 162.

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ANEXO 10

RESOLUÇÃO Nº 413, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1982

Ementa: Código de Ética Profissional Zootécnico.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, no uso das atribuiçõesque lhe foram conferidas pelo Art. 16, alínea "f", da Lei nº 5.517, de23.10.68 e tendo em vista o que estabelece a Resolução nº 380 de17.10.82.

CONSIDERANDO:

a)que a Zootecnia, conceituada como atividade indispensável aodesenvolvimento econômico-social, à subsistência, ao equilíbrio ambientale ao bem-estar dos brasileiros, exige dos que a exercem constanteatualização dos conhecimentos Profissionais e rigorosa obediência aosprincípios da sã moral; e

b)que os zootecnistas, voluntariamente, por convicção, por inspiraçãocívica, objetivando o prestígio da Classe e o progresso nacional,decidiram submeter-se a um instrumento normativo capaz de mantê-los emuniformidade de comportamento, com base na conduta Profissional modelar.

RESOLVE:

Aprovar o seguinte CÓDIGO DE DEONTOLOGIA E DE ÉTICA PROFISSIONALZOOTÉCNICO.

CAPÍTULO I - DEVERES FUNDAMENTAIS

Art. 1º - São deveres fundamentais do Zootecnista:a) exercer seu mister com dignidade e consciência, observando as

normas de ética prescrita neste Código e na legislação vigente, bem comopautando seus atos pelos mais rígidos princípios morais, de modo a sefazer estimado e respeitado, preservando a honra e as nobres origens daprofissão;

b) manter alto nível de comportamento no meio social e em todas asrelações pessoais, para que o prestígio e o bom nome da profissão sejamsalvaguardados;

c) abster-se de atos que impliquem no mercantilismo Profissional e nocharlatanismo, combatendo-os quando praticados por outrem;

d) empenhar-se na atualização e ampliação dos seus conhecimentosProfissionais e da sua cultura geral;

e) colaborar no desenvolvimento da ciência e no aperfeiçoamento dazootecnia;

f) prestigiar iniciativas em prol dos interesses da Classe e dacoletividade, por meio dos seus órgãos representativos;

g) vincular-se às entidades locais da Classe, participando das suasreuniões;

h) participar de reuniões com seus colegas, preferentemente no âmbitodas sociedades científicas e culturais, expondo suas idéias eexperiências;

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i) cumprir e zelar pelo cumprimento dos dispositivos legais que regemo exercício da profissão.

CAPÍTULO II - COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

Art. 2º - É vedado ao zootecnista:

a) utilizar-se de agenciadores para angariar serviços ou clientela;b) receber ou pagar remuneração, comissão ou corretagem por cliente

encaminhado de colega a colega;c) usar títulos que não possua ou qualquer outro que lhe seja

conferido por instituição não reconhecida pelas entidades de classe,induzindo a erro sobre a verdadeira capacidade profissional;

d) anunciar especialidade em que não esteja legalmente habilitado;e) planejar, recomendar ou orientar projetos zootécnicos, sem exame

objetivo do problema;f) divulgar descobertas e práticas zootécnicas cujo valor não esteja

comprovado cientificamente;g) atestar ou recomendar qualidades zootécnicas inexistentes ou

alteradas de um animal, com a finalidade de favorecer transaçõesdesonestas ou fraudes;

h) deixar de utilizar todos os conhecimentos técnicos ou científicosao seu alcance para o aprimoramento das diversas espécies ou raças, mesmoem trabalhos de experimentação;

i) executar ou atestar seleção em rebanho ou qualidades individuais emanimal sem apoiar-se nos critérios zootécnicos adequados, visando aauferir remuneração maior pelos seus serviços;

j) acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmentea Zootecnia;

l) emitir conceitos ou julgamentos pelos jornais, rádio, televisão oucorrespondência, quando os mesmos afetarem a ética profissional;

m) divulgar ou permitir a publicação de atestados e cartas deagradecimento;

n) desviar para serviço particular cliente que tenha sido atendido emvirtude de sua função em instituição de assistência técnica de carátergratuito;

o) assinar atestados ou declarações de serviços profissionais que nãotenham sido executados por si, em sua presença ou sob suaresponsabilidade direta;

p) agravar ou deturpar seus julgamentos com o fim de auferirvantagens.

Art. 9º - Os acadêmicos só poderão praticar atos inerentes àZootecnia quando supervisionados e acompanhados por zootecnistasdevidamente legalizados, sendo estes os responsáveis pelos referidosatos.

CAPÍTULO V - RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

Art. 23 - O zootecnista responde civil e penalmente por atosProfissionais que, por imperícia, imprudência, negligência ou infraçõeséticas, prejudiquem ao cliente.

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Art. 24 - O zootecnista deve assumir sempre a responsabilidade dospróprios atos, constituindo prática desonesta atribuir indevidamente seusmalogros a terceiros ou a circunstâncias ocasionais.

Art. 25 - É da exclusiva responsabilidade do zootecnista a orientaçãoe diretrizes, bem como índices e valores utilizados nas recomendaçõestécnicas dadas a seus clientes.

Art. 26 - Configura exercício ilegal da profissão e responsabilidadesolidária permitir, sem a correspondente supervisão, que estudantes deZootecnia realizem atos Profissionais em sua jurisdição de trabalho.

CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 45 - O zootecnista deve dar conhecimento fundamentado ao CRMV dasua jurisdição, dos fatos que constituam infração às normas deste Código.

Art. 46 - Nas dúvidas a respeito da aplicação deste Código, bem comonos casos omissos, deve o zootecnista formular consulta ao CRMV onde seache inscrito.

Art. 47 - Compete ao CRMV da região onde se encontra o zootecnista, aapuração das infrações a este Código e a aplicação das penalidadesprevistas na legislação em vigor.

Art. 50 - Os infratores do presente Código serão julgados pelosCRMVs, funcionando como Tribunal de Honra e punidos de acordo com o Art.34 do Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, cabendo no caso deimposição de qualquer penalidade, recurso ao CFMV, na forma do Parágrafo4º do artigo e decreto supracitados.

Art. 51 - A observância deste Código repousa na consciência de cadaProfissional, que deve respeitá-lo e fazê-lo respeitar.

CAPÍTULO XI - VIGÊNCIA DO CÓDIGO

Art. 52 - O presente Código de Deontologia e de Ética-ProfissionalZootécnico, aprovado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária paradar cumprimento ao disposto nos artigos 5º e 6º da Lei nº 5.550, de 04 dedezembro de 1968, entrará em vigor em todo o Território Nacional na datada sua publicação em DOU, cabendo aos Conselhos Regionais de MedicinaVeterinária a sua mais ampla divulgação.

(Publicada no D. O.U. de 04.03.70 - Seção I).

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ANEXO 11

RESOLUÇÃO Nº 582, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1991

Ementa: Dispõe sobre responsabilidade Profissional (técnica) edá outras providências.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA pelo seu Plenário reunidoem 11 de dezembro de 1991, fulcrado nas disposições legais atinentes àespécie.

CONSIDERANDO o sugerido pela Câmara de Presidentes, reunida nos dias9 a 10 de dezembro de 1991, no que concerne à responsabilidadeProfissional.

CONSIDERANDO a importância de que se reveste a matéria - vistoenglobar o conjunto de normas regedoras e reguladoras a serem cumpridaspor todos os Médicos Veterinários e zootecnistas, legalmente habilitados,quando no desempenho de determinada atividade Profissional.

RESOLVE:

Art. 1º - O contrato firmado entre o Médico Veterinário e/ouZootecnista, na qualidade de responsável técnico, - e a empresa ouestabelecimento, deverá ser apresentado ao Conselho Regional darespectiva jurisdição, com a finalidade de ser submetido a análise no queconcerne ao prisma ético-Profissional.

Parágrafo único Revogado pela resolução nº 618/94.

Art. 2º - Serão submetidas (os) a registro nos CRMVs e obrigadas (os)à contratação e mantença de responsável técnico, as empresas e/ouestabelecimentos elencados na legislação pertinentes.

Art. 3º - O CRMV, onde o Médico Veterinário e/ou o zootecnistamantenha inscrição originária fica obrigado a comunicar, oficialmente, aoConselho Regional onde se realizará a inscrição secundária, um relatóriosobre as atividades Profissionais - responsabilidade(s) - técnica(s)assumida(s) do Profissional interessado.

Parágrafo único - Oportunamente, deve, o CRMV que realizou ainscrição secundária, proceder do mesmo modo.

Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicaçãorevogado as disposições em contrário.

(Publicado no D. O.U de 30.01.92 - Seção I, página 1215)

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ANEXO 12

RESOLUÇÃO Nº 619, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1994

Especifica o campo de atividades do Zootecnista.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, no uso de suasatribuições legais elencadas no Art. 16, da Lei n.º 5.517, de 23 deoutubro de 1968,

CONSIDERANDO que o Zootecnista tem formação técnica especializada,capaz de gerar e aplicar conhecimentos científicos na criação racional deanimais domésticos e silvestres, explorados economicamente, objetivando aprodutividade;

CONSIDERANDO que deve possuir formação cultural, social e econômica,que o capacite a orientar e solucionar problemas na sua área de atuação,contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do homem;

CONSIDERANDO que a produção animal caracteriza-se como campoprioritário de atuação do zootecnista nas suas áreas de Nutrição eAlimentação, Melhoramento Genético, Manejo da Criação, Fisiologia daReprodução, Planejamento e difusão de Tecnologias Zootécnicas,

RESOLVE:

Art. 1º. Especificar o campo da atividade do zootecnista como sendoos seguintes:

a) Promoção do melhoramento dos rebanhos, abrangendo conhecimentosbioclimatológicos e genéticos para produção de animais precoces,resistentes e de elevada produtividade;

b) Supervisão e assessoramento na inscrição de animais em sociedadesde registro genealógico e em provas zootécnicas;

c) Formulação, preparação, balanceamento e controle da qualidade dasrações para animais;

d) Desenvolvimento de trabalhos de nutrição que envolvamconhecimentos bioquímicos e fisiológicos que visem melhorar a produção eprodutividade dos animais;

e) Elaborar, orientar e administrar a execução de projetosagropecuários na área de produção animal;

f) Supervisão, planejamento e execução de pesquisas, visando gerartecnologias e orientações à criação de animais;

g) Desenvolver atividades de assistência técnica e extensão rural naárea de produção animal;

h) Supervisão, assessoramento e execução de exposições e feirasagropecuárias, julgamento de animais e implantação de parque deexposições;

i) Avaliar, classificar e tipificar carcaças;j) Planejar e executar projetos de construções rurais específicos de

produção animal;l) Implantar e manejar pastagens envolvendo o preparo, adubação e

conservação do solo;m) Administrar propriedades rurais;n) REVOGADA;

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o) Direção de instituições de ensino e de pesquisa na área de produçãoAnimal;

p) Regência de disciplinas ligadas a produção animal no âmbito degraduação, pós-graduação e em quaisquer níveis de ensino;

q) Desenvolvimento de Atividades que visem à preservação do meioambiente.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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ANEXO 13

RESOLUÇÃO Nº 683, de 16 de março de 2001

Institui a regulamentação para concessão da "Anotação deResponsabilidade Técnica" no âmbito de serviços inerentes àProfissão de Médico Veterinário.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, Autarquia Federal,criada pela Lei n.º 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada peloDecreto n.º 64.704, de 17 de junho de 1969, no uso da atribuição que lheconfere a alínea "f" do artigo 16 da Lei n.º 5.517/68,

RESOLVE:

Art. 1º - Toda prestação de serviço: estudo, projeto, pesquisa,orientação, direção, assessoria, consultoria, perícia, experimentação,levantamento de dados, parecer, relatório, laudo técnico, inventário,planejamento, avaliação, arbitramentos, planos de gestão, demaisatividades elencadas nos artigos 5º e 6º da Lei nº 5.517/68, bem como asligadas ao meio ambiente e à preservação da natureza, e quaisquer outrosserviços na área da Medicina Veterinária ou a ela ligados, realizados porpessoa física, ficam sujeitos à "ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA"(ART).

Parágrafo único. A Anotação de Responsabilidade Técnica define paraos efeitos legais os responsáveis técnicos pelas atividades e serviçosdescritos no "caput" deste artigo.

Art. 2º - A comprovação da prestação de serviço profissionalexecutado por médico veterinário, contratado por pessoa física oujurídica, fica sujeita à Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) a serefetivada no Conselho Regional, em cuja jurisdição for exercida aatividade.

§ 1º - A Anotação de Responsabilidade Técnica será solicitadamediante formulário próprio, fornecido pelos CRMV´s.

§ 2º - As modificações ou alterações no contrato implicam emAnotação de Responsabilidade Técnica suplementar vinculada à original.

§ 3º - Quando a prestação de serviços envolver mais de umprofissional médico veterinário, cada um fará uma Anotação deResponsabilidade Técnica (ART).

§ 4º - O preenchimento do formulário de Anotação de ResponsabilidadeTécnica sobre o serviço é de responsabilidade do profissional contratado.

Art. 3º - A Anotação de Responsabilidade Técnica e sua renovaçãoficam condicionadas ao recolhimento de taxa determinada em resoluçãoespecífica do CFMV.

Art. 4º - A Anotação de Responsabilidade Técnica deverá estarvinculada à pessoa jurídica ou física na qual estiver exercendo suaprestação de serviço ou atividade.

Parágrafo único. Para efeito de comprovação da vinculação daResponsabilidade Técnica a que se refere o "caput" deste artigo, deverá aAnotação de Responsabilidade Técnica ser subscrita pelo contratante.

Art. 5º - A Anotação de Responsabilidade Técnica deverá ser suspensaa qualquer tempo, quando:

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I - não se verificar as condições necessárias para odesenvolvimento das atividades pertinentes;

II - verificar-se a inexatidão de qualquer dado nela constante;III - verificar-se a incompatibilidade entre as atividades

desenvolvidas e as respectivas anotações de responsabilidade técnica.

Art. 6º - A falta da Anotação de Responsabilidade Técnica imputaráao profissional multa prevista em resolução específica do CFMV, e demaiscominações legais.

Art. 7º - Ao final da prestação de serviço ou atividade, o médicoveterinário deverá solicitar baixa da Anotação de ResponsabilidadeTécnica, por conclusão ou distrato, em formulário próprio.

Art. 8º - As Anotações de Responsabilidade Técnica registradas nosCRMVs constituem Acervo Técnico do Médico Veterinário.

Parágrafo único. A pedido do interessado, poderá ser expedidaCertidão de Anotação de Responsabilidade Técnica mediante recolhimento detaxa determinada em resolução específica do CFMV.

Art. 9º - Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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ANEXO 14

Plano de Ações Conjuntas de Fiscalização e Inspeção de Produtos deOrigem Animal e Interligação Institucional:

1) - Os estabelecimentos industrializadores de Produtos de OrigemAnimal e seus derivados devem ser devidamente registrados nos Serviços deInspeção Sanitária Federal, Estadual ou municipal (SIF, SIE ou SIM).

2) - Para obter o registro devem ter a licença atualizada deinstalação e funcionamento emitida pelo órgão do Meio Ambiente.

3) - Os estabelecimentos devem ter a assistência de um RT -Responsável Técnico - contratado e com qualificação na área de atuação.

4) - O Serviço de Inspeção Federal inspeciona sanitariamente afabricação, a embalagem e o armazenamento dos Produtos de Origem Animal eseus derivados, nos estabelecimentos que realizam o comérciointerestadual e/ou internacional.

5) - O Serviço de Inspeção Federal (SIF), em sua competência, devemanter comunicação com o órgão do Meio Ambiente, Conselhos Profissionaise com a Vigilância Sanitária Estadual e Municipal.

6) - O Serviço de Inspeção Estadual (SIE) inspeciona aindustrialização dos Produtos de Origem Animal e seus derivados nosestabelecimentos que realizam o comércio intermunicipal.

7) - O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) inspeciona aindustrialização dos Produtos de Origem Animal e seus derivados nosestabelecimentos que realizam o comércio intermunicipal.

8) - 0 Serviço de Inspeção Estadual, em sua competência, deve mantercomunicação com o órgão do Meio Ambiente, Conselhos Profissionais e com aVigilância Sanitária Estadual e Municipal.

9) - As Vigilâncias Sanitárias Estaduais e as Municipais realizam aInspeção dos Produtos de Origem Animal e seus derivados nos veículostransportadores, nos produtos em exposição e/ou armazenados no comérciovarejista.

10) - As Vigilâncias Sanitárias, em suas competências, devem mantercomunicação com o Serviço de Inspeção Federal, com o Serviço de InspeçãoEstadual, com os Conselhos Profissionais, com a Associação das Donas deCasa, PROCON e Ministério Público.

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A RESPONSABILIDADE TÉCNICA E OCÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

A palavra responsável tem origem na língua latina, sendo res =coisa, empreendimento ou negócio e sponsalia = contrato de casamento.Portanto, em qualquer atividade humana, é imprescindível se "casar com onegócio ou coisa", ou seja, assumir suas funções ou trabalho em quaisquercircunstâncias com dedicação, interesse, ética e responsabilidade.

Conceitua-se, por analogia, que o diretor deve dirigir; o chefe,chefiar; o coordenador, coordenar; o professor, ensinar; e o RT, orientarsuas ações visando à qualidade dos produtos fabricados ou serviçosprestados, em conformidade com as normas e regras estabelecidas nalegislação específica e no Código de Deontologia e Ética Profissional.

Por conseqüência, os profissionais inscritos no CRMV-GO devemprestar seus serviços profissionais de acordo com os preceitos legais eéticos, tanto para as empresas como para a sociedade. Devem exercer aprofissão com a clara compreensão de suas responsabilidades, defendendoos interesses que lhes são confiados, contribuindo, concomitantemente,para o prestígio de sua classe profissional.

O Responsável Técnico deve ter a consciência de que é legítimorepresentante do seu Conselho Regional na proteção do consumidor oucliente, quer atuando na indústria ou no comércio de produtos de origemou uso animal, quer nas entidades profissionais como hospitais, clínicase demais atividades inerentes à Medicina Veterinária ou Zootecnia.

A responsabilidade técnica deve ser entendida como o processo quematerializa conceitos, sendo o RT a figura central que responde ética,legal e tecnicamente pelos atos profissionais, devendo ter COMPETÊNCIApara orientar e coordenar processos e cadeias de produção, ocupandoposições de interação entre as instituições públicas, de fiscalização(MAPA, AGRODEFESA), entidades de proteção ao consumidor (PROCON,Ministério Público) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária.