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ATA DE ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DO MUNICÍPIO DE AFONSO CLÁUDIO/ES AFONSO CLÁUDIO RECICLA REALIZADA NO DIA 02 DE SETEMBRO DE 2015. No dia 02 (dois) de setembro de 2015, às 09:00h, na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Assistência Social, situada na Rua José Cupertino, Centro, Afonso Cláudio-ES, reuniram-se em Assembleia Geral os Catadores de Materiais Recicláveis, conforme lista de Presença em Anexo, com a presença dos representantes da Prefeitura Municipal de Afonso Cláudio: Jeane Lourdes Gonçalves Cunha da Silva, Procuradora Municipal; José Arildo Custódio, funcionário da Secretaria Municipal de Assistência Social; Valcir Moreira Págio, Secretário Municipal de Meio Ambiente; e Paula Lauvers Coutinho Lôvo, funcionária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o objetivo de resolver algumas pendências da ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS deste Município. Com a palavra, a Dra. Jeane Lourdes G. C. da Silva, Procuradora Municipal, externou a sua preocupação com o correto funcionamento desta Associação de Catadores, uma vez que a maior parte dos Associados ainda não começou a trabalhar, esperando por melhores condições de trabalho, fazendo-se necessário maior interação entre os associados e deles com o Contador da Associação. A Procuradora frisou também que deve ser estipulado o horário de trabalho e a função de cada um dentro da Associação. E, com relação a venda do material, a Procuradora enfatizou que a Associação deve funcionar de acordo com a lei: deve ser informado a todos os associados qual a quantidade de material que foi vendida, e o dinheiro arrecadado com a venda do material deve, primeiramente, cobrir as despesas da Associação, e o saldo remanescente deve ser para pagar o trabalho dos associados. O Presidente da Associação de Catadores, Marcus Vinicius Gastin Deps, informou que sempre trabalhou com o pagamento por sistema de produção, uma vez que os catadores nunca tiveram horário fixo de trabalho, assim, cada um recebe por aquilo que produz. A Procuradora perguntou ao Presidente da Associação quanto, em média, um trabalhador consegue receber por mês. Marcus explicou que depende da produção de cada um, mas que em geral, tem dado em torno de um salário mínimo, mas isso por que tem poucas pessoas trabalhando. Marcus disse que se todos os associados assumirem o trabalho, não haverá material reciclável suficiente para todos. A Procuradora disse que o Presidente da Associação deveria discutir a forma de pagamento dos associados com o contador, e deu uma breve orientação de como funciona a divisão de lucros de uma Associação. Marcus informou que a estrutura do Galpão que atende os Catadores não está adequada, e reclamou da falta de água tratada. Paula explicou que a Prefeitura Municipal já solicitou à CESAN a instalação de toda a estrutura para levar água tratada ao local e que isso será resolvido em breve, e com relação à estrutura do Galpão, Paula informou que já existe um projeto para construção de um galpão mais apropriado, mas que o recurso financeiro para a construção do referido galpão, que virá do Instituto Jones dos Santos Neves, ainda não chegou. A Procuradora questionou ao Presidente da Associação sobre as Notas Fiscais de venda dos materiais. Marcus informou que as notas fiscais estavam sendo tiradas até então em nome dele mesmo por desconhecimento, uma vez que ele sempre trabalhou assim antes de entrar na Associação, mas que, a partir de agora, passará a tirar as notas fiscais em nome da Associação. A Procuradora acrescentou ainda que todas as vendas devem ser contabilizadas, os pagamentos devem ser feitos acompanhados de recibos e deve-se manter um arquivo de fotos dos associados em seus trabalhos cotidianos. Marcus lembrou que o Clube de Desbravadores também está coletando materiais recicláveis, e questionou se eles podem ser impedidos de realizar essa coleta. Paula disse que ninguém pode ser impedido de juntar materiais recicláveis, e o José Arildo informou que o Clube de Desbravadores, que pertence a Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem uma filosofia de ajudar as pessoas e a natureza, e que eles fazem esse trabalho em prol da natureza, mas também para arrecadar dinheiro para custear as viagens dos membros mais carentes do Clube. Disse que talvez a solução seja ampliar a coleta seletiva para todo o município para que a quantidade de material produzido possa atender as necessidades de todos. Marcus novamente frisa que existe muita gente inscrita na associação para pouco material coletado, e informou que não sabe como será a remuneração de cada um caso todos os associados assumam o trabalho efetivamente, pois não irá compensar para ninguém. O catador Carlos Roberto de Oliveira disse que os vigias que ocupam a casinha do

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ATA DE ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE

MATERIAIS RECICLÁVEIS DO MUNICÍPIO DE AFONSO CLÁUDIO/ES – AFONSO

CLÁUDIO RECICLA – REALIZADA NO DIA 02 DE SETEMBRO DE 2015.

No dia 02 (dois) de setembro de 2015, às 09:00h, na sala de reuniões da Secretaria Municipal de

Assistência Social, situada na Rua José Cupertino, Centro, Afonso Cláudio-ES, reuniram-se em

Assembleia Geral os Catadores de Materiais Recicláveis, conforme lista de Presença em Anexo,

com a presença dos representantes da Prefeitura Municipal de Afonso Cláudio: Jeane Lourdes

Gonçalves Cunha da Silva, Procuradora Municipal; José Arildo Custódio, funcionário da

Secretaria Municipal de Assistência Social; Valcir Moreira Págio, Secretário Municipal de Meio

Ambiente; e Paula Lauvers Coutinho Lôvo, funcionária da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, com o objetivo de resolver algumas pendências da ASSOCIAÇÃO DE

CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS deste Município.

Com a palavra, a Dra. Jeane Lourdes G. C. da Silva, Procuradora Municipal, externou a sua

preocupação com o correto funcionamento desta Associação de Catadores, uma vez que a maior

parte dos Associados ainda não começou a trabalhar, esperando por melhores condições de

trabalho, fazendo-se necessário maior interação entre os associados e deles com o Contador da

Associação. A Procuradora frisou também que deve ser estipulado o horário de trabalho e a

função de cada um dentro da Associação. E, com relação a venda do material, a Procuradora

enfatizou que a Associação deve funcionar de acordo com a lei: deve ser informado a todos os

associados qual a quantidade de material que foi vendida, e o dinheiro arrecadado com a venda

do material deve, primeiramente, cobrir as despesas da Associação, e o saldo remanescente deve

ser para pagar o trabalho dos associados. O Presidente da Associação de Catadores, Marcus

Vinicius Gastin Deps, informou que sempre trabalhou com o pagamento por sistema de

produção, uma vez que os catadores nunca tiveram horário fixo de trabalho, assim, cada um

recebe por aquilo que produz. A Procuradora perguntou ao Presidente da Associação quanto, em

média, um trabalhador consegue receber por mês. Marcus explicou que depende da produção de

cada um, mas que em geral, tem dado em torno de um salário mínimo, mas isso por que tem

poucas pessoas trabalhando. Marcus disse que se todos os associados assumirem o trabalho, não

haverá material reciclável suficiente para todos. A Procuradora disse que o Presidente da

Associação deveria discutir a forma de pagamento dos associados com o contador, e deu uma

breve orientação de como funciona a divisão de lucros de uma Associação. Marcus informou que

a estrutura do Galpão que atende os Catadores não está adequada, e reclamou da falta de água

tratada. Paula explicou que a Prefeitura Municipal já solicitou à CESAN a instalação de toda a

estrutura para levar água tratada ao local e que isso será resolvido em breve, e com relação à

estrutura do Galpão, Paula informou que já existe um projeto para construção de um galpão mais

apropriado, mas que o recurso financeiro para a construção do referido galpão, que virá do

Instituto Jones dos Santos Neves, ainda não chegou. A Procuradora questionou ao Presidente da

Associação sobre as Notas Fiscais de venda dos materiais. Marcus informou que as notas fiscais

estavam sendo tiradas até então em nome dele mesmo por desconhecimento, uma vez que ele

sempre trabalhou assim antes de entrar na Associação, mas que, a partir de agora, passará a tirar

as notas fiscais em nome da Associação. A Procuradora acrescentou ainda que todas as vendas

devem ser contabilizadas, os pagamentos devem ser feitos acompanhados de recibos e deve-se

manter um arquivo de fotos dos associados em seus trabalhos cotidianos. Marcus lembrou que o

Clube de Desbravadores também está coletando materiais recicláveis, e questionou se eles

podem ser impedidos de realizar essa coleta. Paula disse que ninguém pode ser impedido de

juntar materiais recicláveis, e o José Arildo informou que o Clube de Desbravadores, que

pertence a Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem uma filosofia de ajudar as pessoas e a natureza,

e que eles fazem esse trabalho em prol da natureza, mas também para arrecadar dinheiro para

custear as viagens dos membros mais carentes do Clube. Disse que talvez a solução seja ampliar

a coleta seletiva para todo o município para que a quantidade de material produzido possa

atender as necessidades de todos. Marcus novamente frisa que existe muita gente inscrita na

associação para pouco material coletado, e informou que não sabe como será a remuneração de

cada um caso todos os associados assumam o trabalho efetivamente, pois não irá compensar para

ninguém. O catador Carlos Roberto de Oliveira disse que os vigias que ocupam a casinha do

Aterro não liberam o acesso ao banheiro para eles usarem. O Secretário de Meio Ambiente disse

que conversaria com os vigias e que resolveria esse problema. O catador também reclamou da

falta de água no local, e o Secretário de Meio Ambiente disse que, enquanto não se resolve o

problema da água com a CESAN, passará a levar galão de água mineral para o Aterro. Os

catadores que ainda não começaram a trabalhar reclamaram da estrutura do galpão, uma vez que

foi falado para eles nas reuniões com o Instituto SINDIMICRO que o galpão deveria estar pronto

e que a Prefeitura receberia da ADERES todos os equipamentos necessários para o trabalho, mas

que, na prática, isso não aconteceu. José Arildo disse que a ADERES não entregou os

equipamentos para nenhuma Prefeitura por falta de verba. José Arildo lembrou aos catadores que

eles devem pagar o INSS como autônomos. Alguns catadores que estão em atividades disseram

que já estão pagando o INSS há algum tempo. Ficou definido que os associados que ainda não

começaram a trabalhar, dariam início ao trabalho na próxima terça-feira, dia 08 de setembro de

2015. Paula sugeriu que nesse mesmo dia, as mulheres da associação pudessem ajudá-la na

divulgação da coleta seletiva no bairro São Vicente para que haja um aumento da quantidade de

material coletado. As mulheres aceitaram a sugestão e foi marcada a divulgação para terça-feira,

dia 08 de setembro de 2015. Foi decidido que todas se reuniriam em frente a Prefeitura

Municipal às 08:00h para dar início a panfletagem em frente a Igreja Maranata. O Secretário de

Meio Ambiente garantiu que para terça-feira, o problema do banheiro e da água mineral estarão

resolvidos. José Arildo assumiu a responsabilidade de, todo domingo, visitar uma igreja ao final

da missa ou culto para falar da Associação de Catadores e da Coleta Seletiva. José Arildo sugeriu

fazer um evento para apresentação da Associação de Catadores para a CDL, para que o comércio

possa separar seu material para a Associação, apesar de a maioria dos comércios já realizar essa

separação. Todos concordaram que seria uma boa ideia, e o José Arildo disse que articularia essa

reunião. Ficou decidido que, como algumas pessoas que começaram a Associação nunca

tomaram posse do trabalho, dois dos presentes nessa reunião passariam a integrar a Associação a

partir desse momento: Roseane Gomes da Silva e José Rogério de Oliveira. Ao final da

reunião, o Secretário de Meio Ambiente trouxe uma caixa com os Equipamentos de Proteção

Individual para distribuir aos Associados, tanto aos que já estavam trabalhando quanto aos que

começarão o trabalho a partir de terça-feira. Foram doados, no total, 11 (onze) camisas, 11

(onze) botas, 11 (onze) luvas e 10 (dez) frascos de protetor solar, como consta na Declaração em

anexo assinada pelo Presidente da Associação e alguns dos Associados presentes.

Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a presente Assembleia, cuja ata, contendo as

deliberações da Assembleia Geral de Fundação após lida e aprovada, vai assinada pelo

presidente e pela secretária.

MARCUS VINÍCIUS GASTIN DEPS – Presidente

MARIA APARECIDA SOBREIRO FLOR – Secretária Geral

AFONSO CLÁUDIO-ES, 02 de setembro de 2015.