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FOCO NA EFICIÊNCIA DE RECURSOS AINDA HÁ MAIS POR VIR INSIGHT COMO OBTER SUCESSO NA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NO LOCAL TECNOLOGIA VOITH PARA URSOS POLARES MARCOS POR QUE O CARBONO É O FUTURO #2 | 2013 REPORT A REVISTA PARA OS VOITHTIANOS

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Foco na eFiciência de recursos

AindA há mAis por virinsight

Como obter suCesso na proteção do meio ambiente no local

teCnologia Voith para ursos polares Marcos

por que o Carbono é o futuro

#2 | 2013

reporta reVista para os Voithtianos

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2 | report 2/2013

RubRik

EXPEDIENTE

Editor:Voith GmbHComunicação CorporativaSt. pöltener Straße 4389522 Heidenheim, Alemanhawww.voith.com

Responsável:Lars A. rosumek

Redação:Markus Woehl, Gudrun Köpf

Contato com a redação:telefone: +49 73 21 37-69 96Fax: +49 73 21 37-71 07e-Mail: [email protected]

Em colaboração com:Facts & Figures GmbH, uma empresaGruner + Jahr AG & Co KG

Impressão: Leograf Gráfica e editora Ltda.

Referências de fotografias: Dawin Meckel: titel, S. 3, S. 8, S. 9, S. 20, S. 24, S. 25, S. 26, S. 28,S. 29, S. 36; Ap photo/polfoto, Stine Bidstrup: S. 4, S. 30; Hans Herbig: S. 4, S. 34, S. 35; rüdiger Nehmzow: S. 4–5, S. 12–13; Sikorski & Frien-ds: S. 5, S. 37; Clifford Shirley: S. 5, S. 40–41, S. 41; Corbis: S. 5, S. 16; Manfred Schwellies: S. 5, S. 14, S. 33; Jörg Sikorski: S. 7; Andrew Holbrooke/Corbis: S. 7; the White House: S. 8; Getty Images: S. 10, S. 38; Michael trippel/laif: S. 15; Dado Galdieri/Bloomberg via Getty Images: S. 17; Michael engmann: S. 18; Izabel Gazeta: S. 18; Christian Wesser: S. 29; epA/thomas Lekfeldt Denmark out: S. 30; Adam Mørk/3XN: S. 31; Jesper Iversen: S. 31; Bernd Jonkmanns: S. 32;www.matthiashaslauer.com: S. 38; Micha Wolfson, Ulm: S. 39; theodor Barth/laif: S. 41; Joerg Modrow/laif: S. 41; Voith: sonstiges Bildmaterial

Copyright:Cópias ou reprodução de artigos e imagens somente após prévia aprovação por parte da Voith GmbH.

Papel:

A Voith report é impressa nos idiomas alemão, inglês, português e chinês.

Benjamin Markle, inspetor de qualidade da Voith Hydro em York, nos EUA, verificando a espessura de tinta com um medidor de espessura de filme seco na tampa externa da turbina da usina de Ohio River.

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EDITORIAl

Prezados Voithianos,

Ao longo de um período de mais de 140 anos, a nossa em-presa conseguiu crescer, experimentar e criar mudanças com profundas consequências tecnológicas, econômicas e co-merciais, e reinventar-se continuamente sem perder a sua essência – porque nós da Voith sempre acreditamos que po-demos mudar o futuro. para isso, foram e são necessárias estratégias claras que levem a empresa adiante, e de forma contínua, em seus diferentes campos de atuação.esta nova edição da Voith report também reflete isso, ao tra-tar de uma série de temas de conteúdo estratégico. A seção Foco desta edição, por exemplo, retrata como os recursos podem ser utilizados de forma inteligente para combinarem benefícios econômicos e ecológicos – garantindo assim a sustentabilidade tanto da empresa como de seus projetos. outro artigo relata como a Voith está modernizando usinas hidrelétricas e, dessa forma, melhorando a sua eficiência no mundo inteiro. Depois disso, você poderá entender por que o manejo florestal sustentável não é apenas um assunto da moda para fabricantes de papel responsáveis, mas sim uma necessidade econômica – e como a Voith está ajudando os seus clientes do setor papeleiro a utilizarem matérias-primas e energia de forma mais econômica.A seção Insight apresenta os principais destaques do relató-rio semestral, para então tratar de outros temas que também falam do futuro. exemplos são a iniciativa excellence@Voith, além dos planos sobre como pretendemos fazer da Voith uma empresa líder mundial em assuntos de proteção am-biental. Finalmente, na seção Marcos, você poderá conhecer os pro-jetos de pesquisa aos quais a Voith Composites está se dedi-cando com o objetivo de promover a aplicação industrial do carbono – um material que muitos consideram como o mate-rial do futuro.

Desfrutem da leitura!

Atenciosamente

Lars A. rosumekSenior Vice president Corporate Communications

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FOCO

10 Economizando tudo – mEnos idEiasMUNDIAL A eficiência de recursos é uma combinação ideal de economia e ecologia—e isso se aplica tanto à Voith, como aos seus clientes.

12 Ganhando um novo impulsoVENEZUELA/ALEMANHA A Voith está modernizando usinas hidrelétricas, e assim aumentando a sua eficiência—seja na América Latina ou na Floresta Negra.

16 nEGócio rEnovávElBRASIL/SUÉCIA Fabricantes de papel e de celulose estão garantindo as suas reservas de matéria-prima graças a um manejo florestal sustentável— ao mesmo tempo em que contribuem com o meio ambiente.

19 passo a passo rumo à maior EficiênciaMUNDIAL A nova linha de produtos BlueLine da Voith contribui para que fabricantes economizem água, energia e fibras—e consequentemente dinheiro.

ÍndicE

02 EXPEDIENTE

03 EDITORIAL

06 NOTAS

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rubrik

INSIGHT

20 carta aos colaboradorEsMUNDIAL Mensagem do Dr. Hubert Lienhard.

22 mantEndo-sE EstávElMUNDIAL resultados do primeiro semestre do ano fiscal de 2012/13.

24 na basE da confiançaMUNDIAL Um novo me-canismo de alerta para fortalecer o sistema de Compliance da Voith.

26 a arquitEtura do amanhãMUNDIAL programa Vt 2020 começa bem.

28 uma quEstão dE todosMUNDIAL torsten Kallweit fala sobre pro-teção ambiental.

NO LOCAL

30 tEcnoloGia voith para ursos

polarEsCOPENHAGEN A Voith realizou um excelente trabalho no novo aquá-rio e no zoológico da capital dinamarquesa.

32 babá dE máquinasMUNDIAL engenheiros de comissionamento supervisionam o início da operação de máqui-nas de papel.

33 opEraçõEs mais quE importantEs.CRAILSHEIM A série “especialistas da Voith” apresenta Bernhard Schust, um especialista em componentes de partida utilizados na in-dústria de mineração.

MARCOS

34 o matErial do futuro GARCHING A Voith Composites está pro-movendo a aplicação industrial do carbono.

36 os riscos também Estão no Escritório MUNDIAL o número de acidentes de trabalho caiu drasticamente na Voith. Ulrich Weiße ex-plica que podemos me-lhorar ainda mais.

37 uma liGação EnGEnhosaMUNDIAL Uma nova sé-rie sobre tecnologias básicas desenvolvidas pela Voith apresenta o acoplamento hidrodinâ-mico.

PANORAMA

38 aprEsEntação brilhantELOS ANGELES os enve-lopes do oscar são fei-tos em papel produzido em uma máquina Voith.

39 novos mEmbros da dirEtoria da EmprEsa HEIDENHEIM Voith Hydro e Voith Industrial Services.

39 paixão por pEssoas E por tEcnoloGia HEIDENHEIM Dr. Sieg-bert etter se aposenta

40 sEGuindo os passos dos GrandEs ExploradorEsSUÉCIA Magnus Wenna apresenta Västerås.

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Notas

CHINa o início de uma longa amizade muitas vezes é mar-cado por um passeio. Foi exatamente isso que alguns estu-dantes chineses realizaram com a Voith no dia 21 de janei-ro: eles foram convidados a participar do „1º Acampamento Voith“, com duração de dois dias. o principal objetivo do acampamento foi mostrar aos estudantes o trabalho que a Voith vem realizando na China – na esperança de chamar a atenção desses jovens talentos para a empresa o quanto antes. o programa incluiu uma visita ao Service Center Cor-porativo, em Xangai, bem como visitas a todas as quatro

Valiosos laços de amizade

fábricas da empresa na China: a unidade da paper, em Kunshan, e as unidades da Hydro, Industrial Services e tur-bo, em Xangai.

embora alguns desses jovens também fossem vence-dores do concurso de fotografia intitulado „procure a Voith“, todos os participantes ali eram beneficiários de bolsas de estudo concedidas pela empresa para alunos das faculda-des técnicas das universidades de tongji, Zhejiang e Xi‘an Jaotong. essas universidades são conhecidas por suas ex-cepcionais faculdades de engenharia, ciências e por seus institutos de pesquisa de primeira classe – além de gradu-andos altamente qualificados.

Com esse programa anual de excursão, a Voith deseja chamar a atenção desses talentos o mais cedo possível.

„esperamos tornar-nos conhecidos e desejados como em-pregadores graças a nossa cooperação com essas univer-sidades“, afirma Lily Wang, Gerente de rH da Voith China. e até o momento, o plano parece estar dando certo: os participantes do primeiro Acampamento Voith estavam en-tusiasmados e podiam muito bem se ver trabalhando para a Voith depois de formados. //

os estudantes convidados para o „1º acampamento Voith“ estavam visivelmente entusiasmados com o evento.

Dentre outras atividades, o programa incluiu visitas às quatro uni-dades fabris da Voith em Xangai e Kunshan.

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Notas

DubaI tudo fica melhor quando se está na frente. Como a vista, por exemplo: pela grande janela panorâmica na cabine do trem é possível ver o mundo sobre os trilhos elevados que entrecortam os gigantes arranha-céus no horizonte. e não há uma cabine de condutor para bloquear a vista. Sob o céu azul, o sol ilumina tudo com a sua luz brilhante.os trilhos atravessam esta cidade localizada no Golfo. o objetivo do emirado de Dubai é impres-sionar o mundo com seus edifícios – e o trem operado pelo Metro de Dubai parece ter saído de uma ficção científica. principalmente por trafegar sem condutor. e é isso que possibilita o belo pa-norama no primeiro vagão do trem (não sem en-carecer um pouco o seu bilhete). o metrô sem condutor consta até mesmo do livro Guiness de recordes, já que, com sua linha de 76 quilômetros de extensão, este é o maior trem da categoria a trafegar sem maquinista. e isso só é possível com tecnologia confiável – e é aí que en-tra a Voith: os engates de todos os 87 trens do fabricante japonês KinkiSharyo são fabricados pela Voith. Impossível estar mais à frente... //

sÃo PauLo A Voith fornecerá outros 28 Vorecons – Variadores de velocidade variável a produção de petróleo offshore no Atlântico brasileiro. em 2012, a Voith havia assinado outro contrato para o fornecimento de 60 Vorecons para a mes-ma finalidade. os variadores serão utilizadas em embarcações especiais que extraem o petróleo do campo “Cessão onerosa”. o petróleo cru chega à super-fície misturado com água e gás. o gás é então comprimido e bombeado de volta ao campo de petróleo. Conforme varia a densidade do gás, é necessário ajustar a rotação dos compressores – e essa é a missão que o Vorecon cumpre. //

taRNoWo

PoDGÓRNE

Desde a sua en-trada em opera-ção, em 1998, um ônibus fabri-cado pela MAN e operado pela empresa polone-

sa de transporte tBUS havia completado exatos 1.597.921 quilômetros transpor-tando passageiros na linha que liga as cidades de posen e tarnowo podgórne, até a sua transmissão precisar do primei-ro recondicionamento, em 2012. Não é de se estranhar: trata-se de uma trans-missão automática DIWA.3e da Voith, projetada para aplicações pesadas como, por exemplo, o tráfego para-e-

-anda de ônibus urbano. Depois do re-condicionamento da transmissão na filial polonesa da Voith, o ônibus já está ope-rando novamente de forma confiável. //

acostumado à pressão

assento na primeira fileira, normalmente ocupada pelo condutor, mas aqui com passageiros do Metro de Dubai.

Colaboradores da linha de montagem do Vorecon, em Crailsheim, de-mostram a sua solidariedade com os colegas brasileiros.

Batendo o recorde mundial sem motorista

14 anos de confiaBilidade

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Notas

oMastRaND A embarcação “Siem Moxie”, com o exclusivo formato de proa X-Bow, desenvolvido pela empresa norueguesa Ulstein, foi equipada pela primeira vez com dois propulsores Voith Schneider (VSp). ela deverá deixar o estaleiro em 2014 para prestar serviços em diversos parques eóli-cos offshore.os barcos X-Bow não têm bulbo de proa, e a parte frontal do seu casco é inclinada para trás, ficando acima da linha d’água, o que permite um menor arraste, menor consumo de combustível e reagem com menor sensi-bilidade às correntes marítimas. os VSps comandados eletronicamente respondem pela propulsão, direcionamento e estabiliza-ção de rolagem, garantindo assim uma po-sição estável do “Siem Moxie” no mar. //

MuNDIaL A Voith iniciará o programa Global de Graduados (GGp em Inglês), novo programa de trainees unificado para todas as divisões do Grupo, destinado a jovens profissionais e recém-formados, em substitui-ção aos programas realizados em paralelo até então. o GGp tem o ob-jetivo de desenvolver talentos em nível global e de fomentar a sinergia, tanto entre países como entre as divisões.

os participantes definirão os detalhes do programa com um mentor do respectivo departamento e com o coordenador regional de rH. Será composto por um treinamento básico, um período de experiência no exterior, e uma fase de especialização. Com duração de 18 meses, in-cluindo quatro etapas em cada uma das divisões, sendo uma delas no exterior, terá como foco o aprendizado e desenvolvimento de novas ha-bilidades por treinamentos práticos na empresa, e teóricos fora do am-biente de trabalho. os candidatos deverão ser universitários formados, possuir experiência internacional, ter domínio da língua inglesa e, no má-ximo, 18 meses de experiência profissional. //

tranquilidade no conVés

toDos a boRDo

focado em experiência HEIDENHEIM o Conselho Supervisor e o Comitê dos Acionistas da Voith têm um novo membro: o prof. Dr. Hans-peter Keitel foi eleito na assembleia de acionistas realizada em fevereiro para integrar ambos os Conselhos. ele su-cederá o Sr. Jürgen Weber.

Nascido em 1947, Keitel formou-se engenheiro civil, ergonomista e eco-nomista. Sua carreira teve início na Lahmeyer International, em Frankfurt, le-vando-o posteriormente a empresas como Hochtief e rWe. em 2005, Keitel foi eleito presidente da Federação da Indústria Civil da Alemanha e, de 2009 a 2012, ele foi presidente da Federação das Indústrias da Alemanha.„esta-mos felizes por termos conseguido trazer para a Voith uma pessoa tão distin-ta e experiente na indústria alemã como o prof. Dr. Keitel“, afirma Dr. Manfred Bischoff, presidente do Comitê de Acionistas e do Conselho Su-pervisor da Voith. „A empresa familiar Voith ganhará muito ao poder contar com a rica experiência e o enorme conhecimento de relações industriais do prof. Dr. Keitel no trabalho do Conselho dos Acionistas e o Conselho Supervisor.“ //

Hans-Peter Keitel reunido com o presidente dos Eua, barack obama.

os detalhes do Global Graduate Program serão definidos em conjunto pelo participante e por um mentor.

uma animação computadorizada do “siem Moxie”.

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Notas

de atuação: segurança e saúde no trabalho/ambiente, ordem e limpeza, confiabilidade em entregas e esto-ques, produtividade e flexibilidade, qualidade de processos e, por fim, li-derança e motivação. Lochner explica o que isso significa na prática: “por exemplo, para se aumentar a produti-vidade, não é necessário que os cola-boradores trabalhem com maior velo-cidade, mas que trabalhem com maior foco e de forma mais prática. Isso possibilita a eliminação de atividades e caminhos desnecessários para que, por exemplo, não seja necessário mo-vimentar 15 vezes um componente em produção, mas apenas duas ve-zes”.

Neste primeiro momento, a equi-pe de excelência Corporativa identifi-cou uma série de questões. Uma de-las é a abordagem conjunta para todas as divisões do grupo que está sendo desenvolvida e adotada para o programa excellence@Voith. Isso in-

MuNDIaL Assim como demonstram as grandes equipes desportivas no mun-do inteiro, o sucesso de longo prazo só é possível quando as pessoas se esforçam continuamente pelo desem-penho de ponta, sem se darem por satisfeitas com a conquista de um títu-lo. É por isso que a Voith lançou o conceito de excelência durante a Con-ferência do Grupo de 2009. Desde en-tão, algumas iniciativas já trouxeram resultados positivos para algumas uni-dades. Com base nessa experiência, a Voith agora lança a iniciativa “excel-lence@Voith” para o Grupo inteiro. Jürgen Lochner, Gerente da equipe de excelência Corporativa, descreve o objetivo: “o programa excellence@Voith dá apoio aos processos de me-lhoria em toda a empresa, promoven-do-os por meio da exploração de si-nergias e de novas estratégias.”

Na área de operações, o progra-ma será iniciado com a operational excellence, com foco em seis áreas

fazendo cada Vez melhor clui, entre outros, métodos e indicado-res de desempenho unificados para toda a Voith. A equipe também dá as-sistência aos projetos de melhorias de cada unidade com o objetivo de apro-fundar a compreensão dos colabora-dores em relação a processos exce-lentes e ao desperdício, e assim estabelecer resultados mensuráveis rapidamente. os treinamentos tam-bém são o foco. por isso, no futuro, serão padronizados no mundo inteiro pela escola de treinamento excellen-ce@Voith, além de visitas a empresas que servem como referência, garantin-do um nível de conhecimento unifor-me do mais alto nível.

“Nós queremos ajudar todos os funcionários a desenvolverem uma consciência mais profunda sobre as possibilidades de melhoria”, afirma Lochner – já que a excelência não pode ser imposta de cima para baixo; ela deve fazer parte das experiências diárias de cada um. //

a excelência deve fazer parte das ex-periências diárias de cada um.

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Foco

Modernização de usinas hidrelétricas, gestão florestal sustentável e simplificação de processos para o desenvolvimento de melhores produtos – esses exemplos demonstram o que a Voith e os seus clientes estão fazendo para economizar energia, água e matérias-primas, de modo a usar o tempo, dinheiro, tecnologia e ideias da forma mais eficiente possível. tudo isso em conformidade com a máxima adotada por toda empresa inteligente: não ao desperdício.

Economizando tudo – mEnos idEias

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Às vezes, até mesmo os gigantes precisam de carinho. e é por isso que a Voith está trabalhando intensamente no mundo inteiro para modernizar usinas hidrelétricas, tra-zendo-as à tecnologia de ponta da atualidade. É assim que a empresa prepara essas usinas para o futuro – tornando-as também mais eficientes.

Ganhando um novo impulso

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Foco

E m algum lugar próximo do rio Caroní, na Venezuela, existe uma cidade em que as ruas são

pavimentadas com ouro – ou pelo me-nos era isso que acreditava Sir Walter Raleigh, o famoso descobridor britâni-co do século XVI. Embora a sua busca pela lendária El Dorado tenha fracassa-do, inúmeros aventureiros do mundo inteiro seguiram o seu rastro ao longo do rio Caroní à procura de ouro e dia-mantes. Naturalmente em vão.

E o que nenhum deles poderia imaginar é que o verdadeiro tesouro não estava na mítica El Dorado, mas no próprio rio. Graças às suas íngremes quedas e à sua gigantesca vazão média de 5.000 m³ por segundo, o rio Caroní

é excepcionalmente adequado para a geração de grandes montantes de ener-gia hidrelétrica. E é por isso que há cerca de 50 anos os venezuelanos co-meçaram a construir a represa de Guri, com sua usina hidrelétrica de enorme potência. Hoje em dia, depois de repe-tidas repotenciações, a usina atingiu uma potência instalada que supera os 10.000 MW. Isso a coloca em 3º entre as maiores usinas hidrelétricas do mun-do inteiro – além de fazê-la a mais im-portante usina geradora de eletricidade da Venezuela. “Estatisticamente, Guri supre aproximadamente 70% da de-manda energética do país”, afirma Tel-mo Gomes, gerente do projeto. Dessa forma, quedas de produção – ou até

mesmo paradas de partes da usina – causariam impactos em toda a econo-mia do país.

Ainda bem que grandes usinas hidrelé-tricas como essa são, em geral, extre-mamente robustas e longevas. Entre-tanto, até mesmo os gigantes precisam de carinho de vez em quando, além de um tratamento de “rejuvenescimento” para assegurar a geração contínua de eletricidade “verde” e acessível. É por isso que há algum tempo a operadora da usina no rio Caroní decidiu realizar um rejuvenescimento geral em Guri II. E foi assim que a Voith assumiu um pa-pel crítico no “maior projeto de mo-dernização de uma usina hidrelétrica

Um lago de enormes proporções

A usina hidrelétrica de Guri II (a “Central Hidro-eléctrica Simón Bolívar”) está instalada junto à represa de 4.250 km² de Guri, no estado vene-zuelano de Bolívar. A represa do rio Caroní foi construída na década de 1960 e, em termos de superfície, ela é a 11ª maior represa do pla-neta. Depois de passar por diversas moderni-zações, a usina operada pela empresa electri-cidad del Caroní agora conta com uma capacidade instalada de mais de 10.000 MW, o que faz dela a terceira maior usina hidrelétri-ca do mundo. teoricamente, ela tem a capaci-dade para abastecer por volta de 70% de toda a demanda energética da Venezuela. Contudo, uma parte da energia ali produzida também é exportada para países vizinhos, como o Brasil e a Colômbia.

A barragem da usina hidrelétrica de Guri II represa as águas do rio caroní.

Guri IIVenezuela

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do mundo”, segundo Gomes. No pro-jeto, o escopo da Voith inclui o forneci-mento de duas das cinco novas turbi-nas, e dez reguladores de velocidade, além de outros equipamentos. A pri-meira dessas unidades já está gerando eletricidade, e a segunda entrará em operação até o fim de 2013. Até mea-dos de 2016, a Voith terá finalizado o seu trabalho em Guri II. A usina então estará preparada para operar pelas pró-ximas décadas – produzindo ainda mais eletricidade sem emissões de CO². “Depois da modernização, será possível aumentar a potência máxima das cinco máquinas de Guri II em 40 MW, e en-tão cada uma atingirá 770 MW”, afir-ma Gomes.

A Voith dispõe de sólida experiência e expertise na repotenciação de usinas hi-drelétricas, em que aplica a tecnologia mais moderna do mercado. “Atualmen-te, cerca de um terço do volume total do mercado é aplicado em projetos de manutenção e modernização no mundo inteiro, e essa tendência está aumen-

tando”, afirma Lars Meier, Engenhei-ro-chefe da Voith Hydro nos EUA. Na maioria dos casos, esses projetos cum-prem dois objetivos: preparar as usinas para o futuro e melhorar a sua eficiên-cia. Às vezes, é suficiente reparar ou substituir alguns componentes indivi-duais. Mas muitas vezes, como no caso de Guri II, são substituídos grandes componentes de turbinas, geradores ou bombas. Tipicamente, essas substitui-ções vêm acompanhadas por um novo projeto para o aumento da eficiência ou adequação da usina a novas condições operacionais – como no caso da opera-dora obter uma concessão para utilizar um maior volume de água na usina.

“O maior desafio nas moderniza-ções, contudo, é a pressão de tempo”, afirma Meier. “O cliente obtém o seu lucro com a venda da eletricidade gera-da pela usina. E é por isso que precisa-mos garantir que a usina volte a operar o mais rápido possível.” Por exemplo, cada nova turbina de 770 MW de Guri II gera eletricidade equivalente a US$ 550.000 diários. Por isso, cada dia – e

até mesmo cada hora – perdidos para a realização de uma modernização custa uma verdadeira fortuna. Além disso, as usinas hidrelétricas também são indis-pensáveis para a garantia de uma oferta estável de eletricidade: uma grande usi-na hidrelétrica desligada da rede pro-voca um impacto significativo no abas-tecimento de energia.

Dieter Schwarz sabe muito bem disso, porque na Voith ele é o respon-sável, dentro outros projetos, pela mo-dernização da usina reversível de Wehr. Localizada nas proximidades da cidade de Wehr, no sul da Alemanha, a usina é operada pela Schluchseewerk AG. A poucos quilômetros de distância da fronteira com a Suíça, um discreto conduto percorre 1,3 km por dentro da montanha de Hornberg até chegar à enorme casa de força da planta, locali-zada a 600 m abaixo da superfície da terra. Quando a água proveniente do reservatório superior impulsiona as quatro turbinas da planta a uma vazão de 160.000 L por segundo, a usina hi-drelétrica de Wehr gera eletricidade

Uma parte da contribuição que a Voith Heidenheim deu para a modernização da usina hidrelétrica reversível de Wehr foi a fabricação dos novos geradores da usina.

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Foco

suficiente para abastecer a demanda de cerca de um milhão de pessoas.

A usina tem aproximadamente 40 anos, o que é um bom motivo para a decisão da operadora de modernizar os seus principais componentes. Schwarz e sua equipe se concentraram principalmente na instalação dos novos geradores, o que fizeram em tempo recorde: “Nós conseguimos trocar um rotor no prazo de apenas três meses e meio, embora o contrato previsse um período de seis meses para fazê-lo”, afirma Schwarz.

“Fatores importantes para esse su-cesso foram, dentre outros, a equipe de montagem experiente e motivada que tínhamos em Wehr, bem como o acom-panhamento rigoroso de cada passo do projeto e da montagem, o que nos per-

mitia tomar quaisquer medidas neces-sárias rapidamente.” Além disso, o bom trabalho em equipe com o cliente tam-bém desempenhou um papel impor-tante, bem como o fato de que todos os componentes foram programados e en-tregues muito antes da sua efetiva data de instalação.

É impressionante ver como esta usina é silenciosa, embora tenha uma capacidade de 910 MW com suas qua-tro máquinas funcionando à potência máxima. Essa potência é comparável à de uma usina a carvão de grande porte. Dentro da caverna, só é possível ouvir um zunido suave quando a usina está gerando eletricidade. E o mesmo vale para as bombas que bombeiam a água de volta para o reservatório em cima na montanha. A mudança do modo de

A usina reversível de Wehr é uma planta em caverna, instalada a 600 metros abaixo da terra. o que pode ser visto da usina é prin-cipalmente o seu reservatório superior.

o alto do sul

A usina reversível de Wehr, localizada no sul do estado de Baden-Württemberg, foi constru-ída entre 1968 e 1976. operando à capacida-de total, a usina gera uma potência média de aproximadamente 910 MW, o que faz dela a usina reversível mais potente do estado, com uma capacidade para gerar energia para cerca de um milhão de pessoas. A usina da opera-dora Schluchseewerk AG fica em caverna, ou seja, as suas máquinas operam debaixo da superfície da terra. o reservatório superior da usina contém aproximadamente 4,4 milhões de m³ de água e está localizado a uma altura de mais de 1.000 m, o que faz dela a represa mais alta da Alemanha.

operação de geração para bombeamen-to leva apenas um minuto. Esse é o tipo de flexibilidade que torna as usinas re-versíveis tão importantes para a transi-ção rumo a uma matriz energética mais verde na Alemanha: pelo fato da ener-gia gerada por turbinas eólicas e siste-mas fotovoltaicos variar intensamente, outras fontes de energia, como a usina de Wehr, precisam ter capacidade de operar de forma significativamente mais flexível. Antigamente, a usina mu-dava o seu modo operacional umas duas vezes ao dia – atualmente, no en-tanto, isso costuma acontecer umas dez vezes ao dia e, no futuro, poderá tor-nar-se ainda mais frequente. E com a tecnologia dos equipamentos moderni-zada, a usina agora está melhor prepa-rada para isso. //

WehrAlemanha

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RubRikFoco

Pequenas plantas, grande potencial: Estas mudas um dia se tornarão uma floresta.

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Foco

empresas modernas do setor de papel e celulose – como a Fibria ou a SCA – pensam no longo prazo e apostam no manejo florestal sustentável. Do contrário, a madeira jamais poderia constituir um recurso renovável.

A s copas das árvores se alinham em fileiras verdes claras até su-mirem no horizonte. Em diver-

sos locais, pode-se ver esse padrão sen-do entrecortado por árvores mais escuras. Um mosaico de matizes ver-des. Em plantações de árvores como esta, localizada no estado do Espírito Santo, no Brasil, o grupo Fibria planta árvores de eucaliptos para transformá--las em celulose – a matéria-prima para a fabricação de papel. No total, a em-presa brasileira cultiva quase um mi-lhão de hectares de floresta. E, no en-tanto, mais de dois terços desse total permanecerão intocados em seu estado natural. Nas faixas escuras que se inter-calam com o verde claro das árvores de eucalipto, animais selvagens encon-tram seu habitat e contribuem para a diversidade da fauna nativa.

Mas esse mosaico verde no Espíri-to Santo não é o único no mundo: cada vez mais fabricantes de celulose como a Fibria ou a SCA, da Suécia, apostam em um manejo florestal sustentável. Isso significa que elas utilizam as flo-restas de forma a promover a sua rege-neração natural.

Um negócio de crescimento

E embora a proporção de papel re-cuperado utilizado na produção de pa-pel tenha aumentado significativamen-te, a crescente demanda mundial por papel não pode ser suprida apenas por material reciclável. Além disso, as fi-bras virgens possuem propriedades di-ferentes das fibras extraídas de papel recuperado, o que significa que cada uma tem o seu próprio lugar na produ-ção de papel.

Para muitos fabricantes de celulose, há muito tempo que o manejo ambiental-mente responsável vem constituindo uma parte importante de sua estratégia corporativa. Eles investem no cultivo de florestas como um recurso renová-vel e sustentável, e fazem questão de manter um equilíbrio ecológico ade-quado. Um exemplo dessas empresas é a SCA, que desde 1987 adotou uma cláusula de proteção da natureza em suas políticas corporativas que prevê a conservação da biodiversidade da flora e da fauna no cultivo das florestas pró-prias da empresa.

Com aproximadamente 2,6 mi-lhões de hectares de floresta na Suécia

– o que corresponde a metade do terri-tório nacional da Holanda – a SCA fi-gura entre as maiores proprietárias de florestas da Europa. A empresa cultiva aproximadamente dois milhões de hec-tares, deixando o resto da área para ser ocupada pela natureza. Para suprir suas plantações, a SCA cultiva 90 milhões de mudas em seus viveiros, e repõe cada árvore derrubada por três árvores novas. Foi assim que a empresa plantou 38 milhões de árvores em 2011. E o re-sultado disso é o crescimento da flores-ta – exatamente porque está sendo

o reflorestamento começa com o cultivo de mudas de árvores.

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Foco

cultivada dessa forma. Além disso, a empresa pode se orgulhar de um saldo positivo de emissões de CO², já que as suas florestas absorvem mais dióxido de carbono do ar do que a empresa emite no cultivo, na produção industrial e em todo o transporte envolvido no proces-so.

Os suecos também se preocupam em evitar emissões desnecessárias de CO² causadas por transportes distan-tes. Assim, cada fábrica de celulose da empresa processa apenas as árvores tra-zidas das florestas mais próximas a ela. Não bastasse isso, devido a um acordo existente com outras empresas, a SCA pode até mesmo „permutar“ o seu es-toque com outros proprietários de flo-restas localizados mais próximos a uma fábrica de celulose da SCA.

„O foco da SCA em práticas de ne-

... deve plantar mais ár-vores do que derruba.

Na verdade, o manejo florestal sustentável é uma questão muito simples: quem quer que utilize ma-deira como matéria-prima...

gócios éticas e a rigorosa proteção am-biental constituem uma vantagem competitiva e um diferencial comercial que impactam o nosso desempenho de forma positivamente“ afirma Jan Jo-hansson, Presidente e CEO da SCA. É por isso também que, no ano passado, a empresa foi premiada em diversas cate-gorias pela organização de proteção da natureza World Wide Fund for Nature (WWF) como a fabricante de papel mais ecológica do mundo.

A empresa brasileira Fibria também obteve reconhecimento oficial por seu manejo florestal. Aproximadamente 80 por cento de seu estoque florestal fo-ram certificados como sustentáveis por associações especializadas, como a Fo-rest Stewardship Council (FSC, ou Conselho de Manejo Florestal). Em

2012, a Fibria plantou 68 milhões de mudas, que não apenas cumprem a sua função de fornecer madeira, mas tam-bém fixam o solo e absorvem o dióxido de carbono do ar com o seu crescimen-to. Apenas em 2012, as florestas pró-prias da empresa absorveram 3,8 mi-lhões de CO² a mais do que o total que a empresa emitiu.

„Nós acreditamos firmemente que o nosso comprometimento nos permi-te tanto operar lucrativamente como fazer algo pela sociedade e a natureza“, afirma o relatório de sustentabilidade da Fibria. E isso demonstra um pensa-mento de longo prazo. Afinal, as flores-tas estão entre os poucos recursos que podem se regenerar – contanto que se-jam cultivadas com um foco em res-ponsabilidade ambiental e sustentabili-dade. //

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Foco

Em termos objetivos, o BlueLine é um novo portfolio de produtos da Voith para a preparação de massa na indústria de papel. Mas o mais interes-sante de tudo é a história da criação do projeto. essa história começou há aproximadamente três anos, com uma análise muito racional da situação: „Algumas etapas do processo da fa-bricação de papel mudaram muito pouco nas últimas décadas. Como antigamente, os papéis reciclados ain-da precisam ser separados, limpos e ter toda a sua tinta de impressão re-movida. É por isso que muitos pen-sam que é difícil avançar nessa área. Mas lidar com essa questão foi ape-nas mais um incentivo para nós“, afir-ma o Dr. Hans-Ludwig Schubert, res-ponsável pela gestão de produtos da

PAsso A PAsso rUmo à mAior eficiênciACom a nova linha de produtos Blueline da Voith, os fabricantes de papel podem economizar água, energia e fibras. três componentes dessa nova linha já estão sendo aplicados com sucesso por fabricantes de papel.

A nova máquina de extração de rejei-tos IntensaMaxx se distingue por seu baixo desgaste e gasto de energia.

linha de negócio projetos da Voith pa-per e que lidera a equipe de desenvol-vimento. os requisitos para a inova-ção incluíam a introdução de maior sustentabilidade ao processo de pre-paração de massa – ao mesmo tempo em que se aprimorava o processo. Ambos beneficiam o cliente.

Para isso, a equipe de Schubert es-colheu um caminho que talvez pudes-se parecer desconfortável, mas que também era muito promissor. eles não apenas realizaram aprimoramentos em máquinas existentes, mas questio-naram alguns princípios fundamentais de funcionamento. e passo a passo foram chegando a novas descobertas que os levaram a conceitos de máqui-nas mais eficientes.

Um exemplo é o InfiltraDiscfilter. em primeiro lugar, o seu eixo central foi re-projetado, depois se juntou a isso um novo elemento de desaguamento e, finalmente, eles chegaram à ideia de aumentar a densidade da massa, o que novamente permite uma redução no tamanho dos filtros de discos – to-dos eles pequenos avanços. e foi as-sim que foram desenvolvidos todos os componentes BlueLine até hoje, des-de o InfiltraDiscfilter, passando pela máquina de extração de rejeitos Inten-saMaXX até o desagregador Intensa-pulper. „eles ajudam os fabricantes de papel a economizarem recursos como água, energia e fibras sem comprome-ter a qualidade do produto. outro efei-to positivo do projeto é que nós tam-bém estamos aproveitando para revisar e aprimorar os nossos próprios processos“, afirma Schubert.

e o projeto BlueLine ainda não está encerrado: até o momento, con-seguimos levar três produtos ao mer-cado, mas a meta para o médio prazo é que o portfolio inclua todo o proces-so de preparação de massa. A men-sagem para os clientes é que o Blueli-ne é sinônimo de eficiência na utilização de recursos. //

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Prezados Colaboradores e Colaboradoras,

estamos distribuindo esta segunda edição recém-impressa da Voith report de 2013. estamos publicando esta edição da nossa revista para os colaboradores pouco tempo de-pois da divulgação do nosso relatório semestral de resulta-dos de 2013.

Foi um semestre em que trabalhamos com muita cau-tela, embora todos os nossos indicadores importantes te-nham permanecido relativamente estáveis em relação aos níveis alcançados no mesmo período do ano anterior. Atu-almente, para conseguirmos um crescimento mais robusto, falta-nos um impulso sustentável dos nossos mercados, além de condições conjunturais mais favoráveis. Neste mo-mento, ainda não há qualquer sinal de que a situação con-tida que domina os nossos principais mercados irá se mo-dificar até o final do ano, o que deverá fazer deste mais um ano de movimento lateral.

em especial, a situação na divisão Voith paper está muito tensa. essa divisão sofre intensamente com as modi-ficações estruturais que os mercados de papel vêm enfren-tando. Devido a isso, vivemos uma profunda recessão no setor de máquinas de papel. e apesar dessa situação, a Voith, como um todo, mantém uma posição estável e de elevada eficiência. e é exatamente nestas fases de menor crescimento e de demanda contida – as quais já nos acos-tumamos a ver em nossa longa história – que podemos contar com a força de sermos um Grupo com um portfolio variado de tecnologias e de serviços.

ocupamos uma posição sólida e de liderança em nos-sos mercados. estamos bem posicionados internacional-mente e detemos todas as condições necessárias para for-talecermos a nossa presença ainda mais em nossas regiões,

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e assim aproveitarmos as grandes oportunidades que os mercados em crescimento oferecem para a Voith. Atual-mente, o mundo ao nosso redor se modifica a uma veloci-dade raramente vista. Nós estamos comprometidos em aproveitarmos essas mudanças da melhor forma possível para a Voith. temos muito trabalho à nossa frente, mas dada a nossa posição estável e segura, temos todas as condições para perseguir essa meta de forma ativa.

para isso podemos contar, acima de tudo, com nossa excepcional saúde financeira. Nos anos recentes, trabalha-mos intensamente para racionalizar os nossos processos internos e aprimorarmos a nossa rentabilidade, dívida líqui-da, índices de estrutura patrimonial e gestão de caixa. Na verdade, temos trabalhado incansavelmente nesses temas desde 2009 porque sabemos que o crescimento das ven-das, por si só, não é suficiente. e as primeiras metas desta etapa já foram alcançadas. Nossos índices de estrutura pa-trimonial atingiram níveis favoráveis como não víamos des-de a separação dos ativos da empresa no início da década de 1990. Além disso, a Voith atualmente não possui endivi-damento líquido.

Continuaremos a trabalhar intensamente nesses temas no próximo ano fiscal porque, para a Voith, isso significa uma coisa acima de tudo: independência financeira. Além disso, é exatamente em tempos como estes, em que os nossos negócios se movimentam lateralmente e há dúvidas sobre a forma como a conjuntura se modificará ou até mes-mo o rumo que a economia mundial tomará, que essa inde-pendência financeira passa a constituir um elemento-chave para continuarmos tendo sucesso e para mantermos o avanço nesses temas da forma que achamos necessário,

InsIght

sempre protegendo os valores da Voith e os interesses da família proprietária.

e o fundamento essencial sobre o qual a empresa fami-liar Voith sempre poderá contar são os Voithianos. temos os exemplos mais incríveis do que podemos alcançar quan-do nos comprometemos a enfrentar um tema de forma completa, dedicando-nos a ele com toda a nossa energia e comprometimento. o tema da segurança do trabalho é um desses exemplos: a taxa de frequência de acidentes (índice de acidentes para cada milhão de horas trabalhadas) em todo o Grupo encontra-se atualmente em 2,2. Melhoramos muito nesta área nos últimos anos – exatamente porque fomos persistentes e não nos tornamos complacentes.

e agora lançamos uma série de outras iniciativas im-portantes no Grupo que eu desejo ver enfrentarmos com o mesmo comprometimento, ímpeto e persistência. Um exemplo disso é a nossa determinação em alcançarmos a excelência operacional – com a qual esperamos atingir ain-da maiores melhorias importantes em nossos processos. estamos todos comprometidos em fazermos da Voith uma referência neste assunto no futuro.

os próximos meses seguirão colocando grandes desa-fios à nossa frente. Continuaremos a trilhar o caminho que escolhemos com o objetivo de assegurarmos o sucesso da empresa familiar Voith no longo prazo.

Atenciosamente,

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No primeiro semestre de 2012/13, a Voith garantiu novos pedidos no valor de € 2,63 bilhões – um aumento de dois por cento (ano anterior: € 2,57 bilhões). As vendas da em-presa apresentaram queda de um por cento, somando € 2,72 bilhões (ano anterior: € 2,74 bilhões). Com € 60 mi-lhões, o lucro líquido do semestre é praticamente idêntico ao do ano passado (ano anterior: € 63 milhões).

A Voith atribui o fraco crescimento dos negócios no primei-ro semestre de 2012/13 a dois principais fatores: por um lado, os clientes atualmente estão agindo com muita caute-la, adiando novos investimentos devido às incertezas do cenário econômico; por outro lado, como já mencionado pela empresa, a difícil situação estrutural de mercado en-frentada pela divisão Voith paper continua a deixar as suas marcas. As medidas de reestruturação adotadas ainda pre-cisarão de algum tempo para surtir efeito e reconduzirem os resultados da divisão aos seus níveis anteriores. Até então, a divisão de papel continuará provocando um impacto ne-gativo nos resultados do grupo.

o balanço semestral também foi afetado por uma série de efeitos negativos excepcionais, especialmente na divisão Voith turbo. Dentre eles, podemos citar a perda de vendas lucrativas nos negócios de petróleo e de gás com o Irã de-vido a um aumento nas sanções restritivas à exportação, gastos fiscais relacionados a períodos anteriores, assim como baixas realizadas em ativos. Além disso, a conjuntura no setor papeleiro levou a uma redução do volume de ne-gócios na divisão Voith paper, o que também contribuiu para a redução do lucro líquido do período.

o cenário atingiu cada uma das divisões do grupo de forma diferente. os pedidos recebidos pela Voith Hydro subiram para € 656 milhões, ou 34% acima do ano anterior (€ 489

aPesar do merCado fraCo, Voith se mantém estáVel o Grupo Voith encerrou o primeiro semestre do exercício de 2012/13 de forma estável, apesar dos desafios impostos pelo mercado. os principais indicadores da empresa se mantiveram estáveis na comparação com o ano anterior.

milhões). entretanto, como costuma ocorrer no setor de projetos, essa elevada taxa de crescimento não pode ser projetada para o resto do ano, já que está baseada em um semestre de vendas excepcionalmente baixas no ano ante-rior. A divisão Voith Industrial Services viu o seu volume de vendas e o número de pedidos aumentarem significativa-mente no primeiro semestre de 2012/13, somando € 573 milhões (ano anterior: € 506 milhões) – ou um aumento de 13 por cento. Já a Voith paper recebeu pedidos no valor de € 672 milhões – uma queda de 14 por cento (ano anterior: € 785 milhões). por fim, o valor dos pedidos recebidos pela Voith turbo no primeiro semestre de 2012/13 ficou em € 724 milhões (ano anterior: € 781 milhões) – uma queda de sete por cento. Cada uma das quatro divisões do Grupo contribuiu com um valor entre 22 por cento (Voith Industrial Services) e 27 por cento (Voith turbo) do montante de pedi-dos recebidos.

A Voith Hydro aumentou em dois por cento o faturamento no período de referência, somando € 659 milhões (ano an-terior: € 645 milhões). o volume de negócios da Voith paper teve uma queda de nove por cento, somando € 757 mi-lhões (ano anterior: € 831 milhões). os negócios da Voith turbo fecharam o semestre com uma leve queda em com-paração com o mesmo período do ano anterior. o fatura-mento ficou em € 722 milhões – quatro por cento a menos do que no ano anterior (€ 751 milhões). A distribuição da participação no faturamento entre as quatro divisões do Grupo foi relativamente regular: cada uma das divisões do grupo respondeu por valores entre 21 por cento (Voith In-dustrial Services) e 28 por cento (Voith paper) do total do faturamento do Grupo.

No encerramento do período, em 31 de março de 2013, a Voith empregava 43.001 colaboradores no mundo inteiro,

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em comparação com 42.327 colaboradores no semestre anterior. esse crescimento deveu-se principalmente à incor-poração da thyssenKrupp Services Ltd., uma provedora de serviços na indústria automobilística do reino Unido. A maior parte dos colaboradores da Voith trabalha na divisão Voith Industrial Services (20.833 pessoas, ou o equivalente a 48 por cento do efetivo). em número de colaboradores, a segunda divisão do Grupo é a Voith paper, que emprega um total de 9.556 (22 por cento), seguida pela Voith turbo, que emprega 6.518 colaboradores (15 por cento), e final-mente a Voith Hydro, que emprega 5.011 colaboradores (12 por cento).

para o segundo semestre de 2013, a Voith prevê um cres-cimento muito reduzido – ou até mesmo nenhum cresci-

mento – na economia mundial. Consequentemente, os próximos seis meses continuarão sendo marcados por in-certezas. Isso também terá um impacto sobre os merca-dos-alvo da Voith de energia, petróleo & gás, papel, maté-rias-primas e transporte & automotivo. Diante desse cenário, a Voith espera um crescimento moderado das re-ceitas do Grupo e um menor número de pedidos recebidos em comparação com o ano anterior. o Grupo continuará tendo lucro, mas também continuará sendo afetado pelos efeitos negativos já mencionados. Além desses impactos, o nível do lucro líquido anual da empresa dependerá em gran-de medida da duração e da profundidade da recessão que atinge os novos negócios de máquinas de papel. //

Faturamento Grupo

em milhões de euros

2.7172.742

2012/132011/12

1. HalbjahrGesamtjahr

Pedidos recebidos Grupo

em milhões de euros

2.6322.570

2012/132011/12

primeiro semestreAno fiscal

43.00142.327

Colaboradores Grupo

efetivos

2012/132011/12 2012/13

60

2011/12

Lucro líquido Grupo

em milhões de euros

63

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“no ambiente corporativo, deve-se agir com ética, moralidade e honesti-dade. Um comportamento inadequa-do por parte de contratantes ou da concorrência não nos dá o direito de nos desviarmos desses princípios cor-porativos”. esse princípio fundamental de conduta corporativa foi formulado por Hanns Voith em 1927– e continua sendo válido ainda hoje: “os valores de ética, moral e honestidade são um

Responsabilidade, isenção, Confiança A Voith desenvolve o sistema interno de comunicação anônima do Compliance, colo-cando à disposição dos colaboradores mais um canal para se identificar irregularidades.

Responsabilidade no tratamento de nossos clientes – isso também é Compliance. Reunião entre dois funcionários da Voith Montreal e clientes.

importante patrimônio nosso. No complexo mundo dos negócios da atualidade, precisamos de diretrizes inequívocas como essas – que são obrigatórias para todos”, afirma Mein-rad Schad, Gerente do escritório Cor-porativo e do Comitê de Compliance da Voith. essa afirmação é o cerne da declaração da direção do Grupo Voith sobre a “Conduta em conformidade com os valores da Voith”, além

do Código de Conduta. Juntos, eles compõem o estatuto básico para a conduta comercial de todo o grupo.

o código de Conduta da Voith é a base do Sistema de Gestão de Com-pliance da Voith, que vem sendo intro-duzido desde 2009 pelo Comitê de Compliance e os Compliance officers das diferentes Divisões do Grupo. en-tre outras disposições, o código prevê um amplo programa de treinamento

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A relação entre colaboradores da Voith deve ser fundamentada em confiança.

centralizado e descentralizado, a Linha Direta e as FAQs, o denominado “Sharepoint Compliance” na Intranet da Voith, bem como o sistema de de-núncias anônimas.

em 2013, a Voith continuará a ampliar e aperfeiçoar esse mecanismo interno. “Com isso, esperamos simpli-ficar a comunicação ainda mais”, afir-ma Meinrad Schad, “já que o Sistema de Gestão de Compliance não é um sistema unilateral e rígido, mas um instrumento dinâmico”.

Com a ampliação dos canais de denúncia anônima, aumentaremos para quatro os locais de contato para assuntos de Compliance. Nas unida-des de Appleton, responsável pela América do Norte, São paulo, respon-sável pela América do Sul, Xangai, responsável pela China e Ásia, além de Heidenheim, responsável por toda a europa, as equipes das respectivas ouvidorias (Linha Direta) foram treina-das de acordo com as regras e regula-mentações locais aplicáveis, podendo prover instruções e apoio aos colabo-radores que o solicitarem. os Voithia-nos poderão recorrer aos canais de comunicação para assuntos de Com-pliance pela Intranet, seu próprio en-dereço de e-mail, números de telefone e de fax, bem como por correio. os colaboradores também poderão soli-citar assistência em diversos idiomas.

em cumprimento com a lei, as pessoas de contato sempre tratam as informações fornecidas de modo con-fidencial. Afinal de contas, a confiança é a base da cultura corporativa da Voi-th, bem como do Sistema de Gestão de Compliance. “É importante ressal-tar que nenhum colaborador deverá temer sofrer quaisquer consequências em virtude de qualquer informação fornecida de forma honesta e aberta sobre observações específicas suas”, afirma Schad. As pessoas que deseja-

rem fornecer informações importantes sem revelar a sua identidade, poderão fazê-lo futuramente com maior facili-dade do que atualmente. Informações anônimas também serão apuradas. No futuro, o sistema de denúncia anônima também estará à disposição de parceiros externos: pelo próprio site da Voith, fornecedores, prestado-res de serviços ou clientes poderão fornecer informações e notificar irre-gularidades ou violações ao Código de Conduta da Voith com maior facili-dade do que atualmente.

entretanto, mesmo um sistema projetado tão meticulosamente quan-to este só funcionará se for utilizado corretamente. “Apenas quando os funcionários compreenderem e apoiarem o Sistema de Gestão de Compliance, utilizando-o de forma adequada, é que ele se tornará um

instrumento efetivo para assegurar a conformidade às regras e diretrizes da empresa”, esclarece Schad. Isso inclui a utilização criteriosa do sistema dis-ponibilizado aos funcionários: “o cer-ne da cultura de confiança da Voith é o relacionamento respeitoso”, afirma Schad. “É por isso que nós nos preo-cupamos em garantir que nossos co-laboradores utilizem o sistema de denúncia anônima de forma responsá-vel, fornecendo apenas as informa-ções baseadas em seu melhor conhe-cimento e julgamento. eu tenho a confiança de que os nossos colabora-dores continuarão utilizando este ins-trumento de forma criteriosa. em última instância, o mais importante é a prevenção de violações legais, evitan-do assim quaisquer danos à empresa, a seus colaboradores, a seus parcei-ros e acionistas.”

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V oith Turbo 2020, ou simples-mente VT 2020, é um progra-ma estratégico criado para au-

mentar o crescimento e a compe- titividade da divisão do Grupo.

Um ponto central do programa VT 2020 é uma nova estrutura da Voith Turbo. „Com esta nova organi-zação, queremos nos concentrar mais em nossas oportunidades estratégicas, fortalecer os papéis das nossas regiões, além de otimizar os nossos processos e estruturas“, afirma Carsten Reinhardt, CEO & Presidente Voith Turbo e Membro do Board Corporativo Voith Turbo GmbH & Co. KG

O programa prevê mais espaço para crescimento, além de maior peso, para a Divisão Industrial ao dividi-la em duas novas linhas: Energia, Petró-leo & Gás e Mineração & Metais. Os grupos de produto de sistemas de acio-namento mecânicos e hidrodinâmicos serão fundidas à Divisão Ferroviá-ria. Futuramente, a área de acionamen-tos elétricos constituirá uma linha de negócios própria. A Divisão Automoti-

va, que passará a ser denominada Veí-culos Comerciais, ganhará uma organi-zação funcional que terá o objetivo de criar processos mais ágeis e uma abor-dagem mais uniforme perante os clien-tes. As atividades de serviços para os grupos de negócios de Veículos Co-merciais e Ferroviária serão coordena-das em uma linha de negócio separada.

O Programa VT 2020 não se limi-ta apenas a criar uma nova estrutura para a empresa. Como um todo, os se-guintes temas serão tratados pela VT 2020: 1. Aprofundamento das ativida-des de investimento em ativos (OpEx), 2. otimização de custos de matérias--primas (MCO), 3. otimização do portfólio de produtos e promoção de iniciativas de crescimento, 4. desenvol-vimento de inovações e fortalecimento da infraestrutura de P&D, 5. expansão das áreas de serviços e 6. otimização de estruturas e de custos administrati-vos. Todas as divisões e os grupos de produtos executarão o seu próprio „Programa 2020“ tendo por base os pontos mencionados acima.

„os colaboradores poderão contribuir com suas ideias relati-vas à otimização de custos de materiais em workshops organi-zados pelo programa Vt 2020.”Carsten Reinhardt, Ceo & presidente Voith turbo e Membro do Board Corporativo Voith turbo GmbH & Co. KG.

o programa Vt 2020 para o futuro foi lançado no final do ano passado. Desde o início do ano foram lançadas as bases para as mudanças estruturais que terão o objetivo de preparar a Voith turbo para o futuro.

A ArquiteturA do AmAnhã

Carsten Reinhardt é Membro do Con-selho Corporativo de Administração do Grupo Voith desde 1º de julho de 2012, e desde então vem se ocupando inten-samente com o pro-grama Vt 2020.

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Em uma segunda etapa do traba-lho, a Voith Turbo se concentrará in-tensamente na Otimização de Custos de Materiais (MCO, ou Material Cost Optimization). Nessa iniciativa, a Voith Turbo essencialmente se concentrará em duas abordagens de otimização: nas áreas comerciais da Voith, o esforço se dará no sentido de definir estratégias únicas para grupos de materiais que se-jam válidas para todas as linhas de ne-gócios, bem como a concentração de maiores volumes de compras junto a fornecedores preferenciais; além disso, a Voith Turbo também continuará a expandir a sua rede mundial de forne-cedores.

Na área técnica, a divisão do Gru-po também está trabalhando para a re-dução de custos de fabricação ao mes-

mo tempo em que aumenta a qualidade por meio de aperfeiçoamentos específi-cos. Outras iniciativas incluem a fabri-cação otimizada em qualidade e custos (DtQC – Design to Quality and Cost, ou Projeto otimizado para Qualidade e Custo), bem como uma maior utiliza-ção de análise de valores, integração de fornecedores em fases iniciais dos pro-cessos, verificação sistemática de proje-tos existentes e planejados e aplicação de técnicas de simulação.

Para entender como essa aborda-gem funcionará, podemos analisar o exemplo de chicotes de fia-ção. Uma equipe multidisciplinar inte-grada por membros de todas as áreas da empresa está trabalhando para otimizar o projeto e a compra de chicotes de fia-ção para toda a Divisão da Voith Tur-

bo. O primeiro Workshop de MCO, concluído no final março, levantou 72 ideias valiosas para a otimização de custos e da qualidade. E a implementa-ção dessas soluções já foi iniciada.

Em diversos outros Workshops de MCO voltados para temas como, por exemplo, as transmissões T 211 ou DIWA, os colaboradores semanalmen-te reunirão as ideias para a redução de custos de produção. Essas ideias serão então analisadas e eventualmente colo-cadas em prática. Haverá a possiblida-de de se participar de todos os grupos de produtos. O MCO é um passo im-portante para garantir um crescimento e competitividade ainda maiores na Voith Turbo no futuro. //

Os colaboradores poderão contribuir com suas ideias relativas à otimização de custos de materiais em workshops organizados pelo programa Vt 2020.

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A Voith deseja se tornar um referência em termos de proteção ambiental, afirma torsten Kallweit, Gerente Ambiental Corporativo do Grupo. em entrevista, ele esclarece a nova campanha focada na prevenção de incidentes ambientais.

Um problema de todos

qualquer ato que tenha o potencial de causar um dano real ao meio ambien-te. Muitas vezes isso poder ser resul-tado de uma sequência de condutas inadequadas. Queremos influenciar os colaboradores de forma positiva para evitarmos chegar a um caso de dano real. essa abordagem comprovou ser eficaz para a segurança do trabalho: em cinco anos, o número de aciden-tes do trabalho recuou mais de 80%, principalmente após os colaboradores compreenderam que a segurança é uma responsabilidade de todos. Isso mostra o enorme potencial que existe para trabalharmos juntos e de forma focada para alcançarmos as melhorias necessárias. Queremos fazer um ape-lo a esse comprometimento e assim

Os números da Voith nos últimos anos provam que conduta ecológica também é sinônimo de economia. Desde o ano fiscal de 2008/2009, a quantidade de resíduos gerados pela empresa foi reduzida em mais de 20%, a utilização de água fresca caiu mais de 15% e as emissões de Co², 10%. Uma das consequências foi a redução de custos. esse balanço po-sitivo agora precisa ser transformado em uma diminuição de incidentes am-bientais, com o objetivo a longo prazo de seguir aprimorando os processos da Voith. torsten Kallweit, Gerente Ambiental Corporativo, considera os êxitos obtidos recentemente pela Voith na segurança do trabalho como um modelo de sucesso a ser seguido.

A importante tarefa da equipe de colaboradores da Voth: identificar os riscos e prevenir incidentes ambientais.

em entrevista, Kallweit fala da impor-tância do comprometimento dos cola-boradores nessa área, além dos pla-nos que podem ser traçados para isso.

sr. Kallweit, é incomum a prática adotada pela Voith de registrar inci-dentes?torsten Kallweit: Não, em outras em-presas isso já é um padrão há muito tempo. Decidimos, então, juntar-nos a essas empresas. Mas é necessário estabelecer uma diferença entre inci-dentes ambientais e casos de danos reais.

Qual é a diferença?Um incidente ambiental começa com

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InsIght

A prevenção é fundamental: transporte correto e seguro de tambores de óleo.

diminuirmos também o número de in-cidentes ambientais.

Quais são as possíveis ferramentas para essa melhoria?Muitos ainda não conseguem enxer-gar onde os riscos estão ou como evitá-los. Isso faz com que comporta-mentos imprudentes se transformem em incidentes com consequências para o meio ambiente. É precisamente nessa questão que queremos nos fo-car para aguçarmos a consciência dos colaboradores. Queremos que as pessoas se conscientizem de que o tema da proteção ambiental é uma responsabilidade de todos – desde os colaboradores da fábrica até a direção da empresa.

E como o senhor pretende alcançar isso?Uma forma é aproveitando as estrutu-ras que foram criadas para as melho-rias da segurança do trabalho, pois já existem procedimentos para a presta-ção de contas. por que o tema da proteção ambiental não é integrado às discussões regulares de segurança

usando exemplos facilmente compre-ensíveis extraídos do dia-a-dia? por exemplo, a questão do procedimento para o transporte seguro de tambores de óleo com empilhadeiras na fábrica, como posicioná-los e prendê-los.

há outras estratégias?No segundo semestre, iniciaremos uma campanha para comunicar uma série de princípios fundamentais à equipe que buscam assegurar, por meio de ações adequadas, que não haja nenhuma ocorrência. Além disso, introduziremos uma prestação de contas compulsória para todos os in-cidentes ambientais. Dessa forma, po-deremos divulgar as experiências acu-muladas no Grupo e promover o

aprendizado mútuo. por exemplo, tanto relatórios de acidentes do traba-lho como de incidentes ambientais já são discutidos com as equipes em al-gumas unidades da empresa e, mui-tas vezes, utilizam-se de exemplos de outras unidades a fim de contribuir para a prevenção de incidentes. Ao mesmo tempo, podemos documentar a evolução na área de proteção am-biental, já que sucessos visíveis e mensuráveis constituem o melhor estí-mulo para darmos o próximo passo rumo a nossa meta: zero incidentes ambientais.

Isso parece muito ambicioso!Sim, mas cada melhoria alcançada representa um ganho para todos. por um lado porque a conservação do meio ambiente constitui um valor em si. e por outro lado porque também traz redução de custos. e se a Voith for referência no tema ambiental, nossos clientes e fornecedores o perceberão, o que poderá trazer consequências positivas para a em-presa, beneficiando também os cola-boradores. //

torsten Kallweit, Gerente Ambiental Corporativo, traba-lhou em empresas internacionais de consultoria como es-pecialista em energia e matérias-primas antes de juntar-se à Voith, em 2008.

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No LocaL

No zoológico de copenhague, os visitantes podem ver como os ursos polares se movimentam na água aparentemente sem fazer esforço.

No novo aquário da capital dinamarquesa, os animais estão tão próximos que é quase possível tocá-los.

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No LocaL

Quem gosta de ver animais exóticos de perto deveria viajar para Copenhage: a cidade acaba de inaugurar o novo aquário e o comple-xo ártico do zoológico – e a Voith colaborou para a rea-lização deste empreendi-mento.

Tecnologia VoiTh para ursos polares

l eões marinhos, tubarões-martelo e o maior cardume de piranhas do continente. Um túnel parece

levar os visitantes diretamente para dentro do oceano, onde eles se encon-tram rodeados por arraias e robalos. Mais de 20.000 peixes, corais, outros seres marinhos e animais de água doce, 450 tipos originários de todo o mundo dispostos em 53 tanques, o maior dos quais tem oito metros de profundida-de, 16 metros de largura, contém qua-tros milhões de litros d‘água e tem pa-redes de vidro com 50 centímetros de espessura – seja bem-vindo ao „Den Blå Planet“, ou „O planeta azul“, o maior aquário do norte da Europa. O espaço foi inaugurado em março deste ano em Kastrup, um subúrbio da capi-tal dinamarquesa de Copenhague.

O complexo é o sucessor do antigo Aquário de Copenhague, que abriu os seus portões em 1939. O novo parque, localizado diretamente no porto, ocupa uma área de 9.000 metros quadrados e impressiona por sua arquitetura futu-rista – visto de cima, a sua forma lem-

bra um redemoinho. E embora não se possa ver de fora, a Voith também deu a sua contribuição para o espetacular complexo. Colaboradores da Voith In-dustrial Services em Ringsted, na Di-namarca, instalaram tubulações, filtros, bombas, armações e tomadas de água do mar – todos eles elementos-chave para o circuito de água do aquário. A experiência da equipe com tubos de plástico de polietileno foi muito útil neste projeto para os colegas dinamar-queses. E não muito longe do „Den Blå

Planet“, no zoológico de Copenhague, foi inaugurado em fevereiro o „Círculo ártico“, o novo complexo polar do par-que zoológico. No mais antigo zooló-gico da Dinamarca, fundado em 1859, os visitantes podem ver de perto como os ursos polares se movimentam na água aparentemente sem fazer esforço: apenas um grosso vidro separa as pes-soas da piscina desses animais, que che-gam a pesar até 800 quilos mas pare-cem flutuar na água. A Voith também fabricou, instalou e soldou as tubula-ções para o circuito de água desta atra-ção turística – e para isso a equipe teve de levar em conta algumas particulari-dades desses animais: Como os ursos polares adoram esconder a sua comida dentro das tubulações debaixo d‘água – além de deixarem cair uma grande quantidade de restos de comida nos tanques –, as paredes internas das tubu-lações teriam de ser extremamente li-sas. Para isso, na etapa de acabamento foi necessário eliminar todos os chan-fros das soldas, além de quaisquer ou-tras irregularidades nas tubulações. //

a Voith instalou componentes-chave no circuito de água do novo aquário.

o „Den Blå Planet“ também impressiona por sua moderna arquitetura.

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Enquanto que algumas pessoas tra-balham em um escritório, a sala de tra-balho de Sebastian Bläsing é um con-têiner instalado ao lado de uma máquina de papel de 99 metros de comprimento: “meu bebê”, é como o jovem de 33 anos a chama.

Como engenheiro de comissiona-mento da Voith paper, hoje Bläsing está aqui, amanhã acolá. Seja insta-lando uma nova máquina de papel ou mesmo reformando uma máquina existente, ele fica no cliente até o equi-

engenheiros de comissio-namento da Voith paper vivem suas vidas em via-gem e realizam emocio-nantes trabalhos de comis-sionamento pelo mundo afora.

pamento funcionar adequadamente. Verifica as funções da máquina, faz ajustes, familiariza os colaboradores do cliente com os equipamentos, mo-nitora as operações de teste e as pri-meiras produções, otimiza os resulta-dos e assegura o cumprimento das garantias dadas pela Voith ao cliente.

Neste caso específico, o cliente é a Steinbeis, um fabricante de papel na Alemanha, para a qual a Voith refor-mou as seções de prensa e de seca-gem. para Bläsing, será uma curta es-tadia de duas semanas. o escritório provisório é suficiente para ele, já que o que realmente o estimula nessa pro-fissão é sempre conhecer novas pes-soas e novas máquinas.

este engenheiro da Baixa Saxônia já havia preparado o seu caminho rumo à carreira dos seus sonhos: en-quanto estudava tecnologia de papel, Bläsing fez um estágio durante um se-mestre na Voith Heidenheim, onde

também escreveu o seu trabalho de conclusão de curso. Ingressou na em-presa em 2008 e, desde então, já par-ticipou de cerca de 20 comissiona-mentos em lugares como rússia, Índia, república Checa, Suécia, Grã Bretanha, Coreia do Sul, Alemanha e China. recentemente, passou quase três anos na Hainan Mp 2, a máquina de papel mais comprida do mundo, com 600 metros de comprimento. “Foi um trabalho muito emocionante”, afir-ma Bläsing. “trabalhamos meticulosa-mente por meses para acertar as con-figurações e, com a ajuda de um intérprete, explicamos a máquina de A a Z para o cliente.”

A próxima missão de Bläsing será novamente na China, por pelo menos dois meses, onde fará o comissiona-mento de uma máquina de papel car-tão. “eu até tenho uma mesa de traba-lho e um apartamento em Heidenheim, mas eles raramente me veem”. //

No LocaL

BaBá de máquinas

o engenheiro de comissionamento Sebastian Bläsing verifica se a máquina reformada de Glückstadt está funcionando adequadamente.

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No LocaL | SEriE

Bernhard Schust, de 59 anos, não po-deria ter ido parar em outro lugar senão na Voith: “Na escola primária, todos os anos eles nos apresentavam um filme da locomotiva V 200 – cuja transmissão era fabricada pela Voith – subindo os Alpes Suábios“, conta o cidadão de Crailsheim, “mas nós apenas o chamá-vamos de ‚o filme da Voith‘.“ em 1970, a sua fascinação pela tecnologia o le-vou a fazer um estágio na Voith – que ele encerrou prematuramente para es-tudar engenharia em Aalen. em 1979, ele voltou novamente à empresa para trabalhar como engenheiro de vendas. Hoje Schust é Gerente de vendas da Divisão Industrial em Crailsheim, e aten-

de empresas de mineração que apli-cam a tecnologia da Voith em seus transportadores de correia, tranporta-dores de corrente, ou britagem . Um componente importante para essas aplicações é o acoplamento hidrodinâ-mico de enchimento controlado. e Schust conhece essa tecnologia como ninguém – afinal, ele participou do pro-jeto desse equipamento e vem acom-panhando o seu desenvolvimento con-tínuo há décadas e sempre em estreita cooperação com os clientes. “eu pas-sei muitos fins de semana fazendo co-missionamentos de equipamentos em baixo da terra, na região do ruhr, e as-sim pude aprender na prática quais os

requisitos aos quais a nossa tecnologia precisa atender“, diz Schust. No início dos anos 80 ele passou seis semanas no inverno canadense ajustando os acoplamentos de uma esteira rolante de carvão de 13 quilômetros de exten-são – em temperaturas de até 40 graus abaixo de zero. esse não era apenas um contrato difícil, mas também de muita responsabilidade, já que „se po-demos dizer que a extração é o cora-ção da mineração, então as esteiras rolantes são a sua aorta“, afirma Schust. “Se elas não funcionam, toda a mina fica paralisada, causando enor-mes prejuízos a cada hora que a esteira rolante não operar”.

em seminários e workshops, Ber-nhard Schust compartilha as experiên-cias acumuladas em trabalhos como esses com seus clientes e colegas do mundo inteiro. e se em algum momen-to Schust precisa de algum conselho para um problema, ele simplesmente liga para os seus velhos conhecidos em Brisbane, Denver ou Hannover – “em nosso ramo, o número de especialistas é limitado; somos como uma família“

e laços de família são criados na base de confiança mútua. Isso também vale para as relações com os clientes da Voith. É por isso que Schust segue um princípio básico: „Uma venda rápi-da é muito agradável, mas é muito mais importante ganhar o próximo contrato – e isso só é possível se o cliente tiver total confiança na qualidade do produto e no nosso know-how”. //

Por amor ao trabalho: Bernhard Schust, especialista da área industrial.

Operações mais que impOrtantesA segunda parte da série sobre os especialistas que trabalham na Voith: o retrato de um homem que desce nas profundezas da terra e enfrenta o frio congelante em nome de seus clientes. e cuja carreira já estava pré-determinada desde o primário.

ESPEciaLiStaS da Voith

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Marcos

O carbono pode salvar vidas. Desde que este material leve e praticamente indestrutível co-

meçou a ser utilizado em cockpits de carros da Fórmula 1, nenhum piloto morreu em um acidente. Na indústria, e em especial nos setores automotivo, aeronáutico e aeroespacial, o carbono possibilita reduções de peso. A Voith utiliza fibras de carbono, entre outras aplicações, em componentes leves de propulsores navais, usinas hidrelétricas de correntes marítimas, máquinas de papel ou sistemas de acionamento.

O carbono oferece diversas vanta-gens: Ele é oito vezes mais leve que o

aço, embora seja mais duro e possua a mesma capacidade de carga; ele não oxida, não sofre fadiga quando subme-tido a cargas e não se deforma quando é aquecido. Mas o carbono é caro. Um componente de fibra de carbono para aplicações estruturais automotivas cus-ta por volta de 100 euros por quilogra-ma. „É por isso que o carbono ainda está muito longe de poder ser aplicado industrialmente para a produção em massa“ afirma o Dr. Lars Herbeck, Presidente da Voith Composites (VOC), em Garching. E, no entanto, a VOC trabalha intensamente com esse material – já que o mercado global de

Dois funcionários da Voith composites verificam os parâmetros para o revestimento de rolos.

O material dO futurOo carbono é um material excepcionalmente versátil, embora caro. A Voith Composites, em Garching, está envolvida em projetos de pesquisa que procuram aumentar ainda mais a uti-lização desse material para fins industriais.

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Marcos

plásticos reforçados com fibra de car-bono (CFRP) cresce a uma taxa de 17% ao ano.

A VOC foi fundada em 2010 como o centro de desenvolvimento e de pro-dução para produtos de fibra de carbo-no dentro do Grupo Voith, e conta atualmente com 70 colaboradores. Suas atividades incluem uma variedade de projetos de pesquisa que têm por objetivo descobrir formas de processar esse material industrialmente. Um des-ses projetos é o MAI POP, que foi lan-çado no âmbito da iniciativa MAI Carbon, um cluster de tecnologia de ponta no triângulo das cidades de Mu-nique, Augsburg e Ingolstadt – „POP“ é a sigla em alemão para „pré-formação rápida com otimização de resíduos“.

Atualmente, a maior parte do pro-cessamento das fibras de carbono é re-alizado de forma manual. Longas fibras são tecidas ou costuradas em máquinas

têxteis, formando telas planas que en-tão são cortadas. Mas esse processo gera muitos resíduos. „Taxas de resídu-os de 50 por cento são normais“, afir-ma Herbeck. O projeto MAI POP de-verá possibilitar o processamento das fibras diretamente em componentes de qualquer formato desejado – e sem ge-rar esses resíduos caros.

Em produtos cilíndricos, como ro-los, isso é mais simples: a fibra de car-bono é enrolada em um molde, origi-nando a forma cilíndrica desejada. Esse procedimento já está sendo executado industrialmente pela Voith Composi-tes. „Mas infelizmente não podemos construir o mundo apenas com cilin-dros“, afirma Herbeck. Componentes com formatos complexos não podem ser fabricados dessa forma tão simples sem o material perder propriedades importantes, como a resistência. Este processo, denominado „pré-forma-

ção“, deverá se tornar industrialmente viável no futuro. „O nosso objetivo é criar processos que reduzam os custos significativamente, permitindo-nos au-mentar a utilização deste material em aplicações industriais de maior escala“, explica Herbeck.

E já há um primeiro caso de suces-so. Por exemplo, a VOC em Garching já conseguiu iniciar toda a produção em série de rolos de carbono. Serão fa-bricados aproximadamente 200 rolos por ano. Rolos como esses podem ser encontrados em máquinas de papel e eixos cardã da Voith, além de máquinas de laminação de outros fabricantes.

Um desafio especial é a fixação dos produtos de carbono a uma máquina quase toda fabricada em aço. O aço, por exemplo, se deforma muito com o calor. A combinação de metal com car-bono gera problemas, já que o carbono tem estabilidade dimensional. “Acima de tudo, as máquinas são feitas de com-ponentes que transmitem elevada ener-gia“, explica o Dr. Markus Lang, Presi-dente da área Industrial da VOC. Para conseguir resolver problemas como esse, a VOC está participando de um se-gundo projeto de pesquisa: o FORCiM³A, que é encabeçado por uma associação de instituições científi-cas e indústrias. O objetivo do projeto é determinar como os produtos de car-bono podem ser combinados de forma economicamente viável em um entor-no de aço ou ferro.

Markus Lang vê nos produtos de carbono um caminho promissor para as mais diversas aplicações tanto fora como dentro do Grupo Voith: “Nós desejamos oferecer soluções completas para o setor industrial e, consequente-mente, criar vantagens para os clientes que não seriam possíveis sem os com-ponentes de carbono.“ //

Um colaborador ajusta a seção de pré-impregnação de fibras de carbono.

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Marcos

É até mesmo uma certeza. Ainda há algum potencial nas fábricas. e muitas coisas também podem melhorar nos es-critórios, pois estamos na mesma situação em que estáva-mos há quatro anos. Inicialmente, concentram-nos nas fá-bricas, onde havia os maiores riscos e 90% dos problemas, e já conseguimos avançar muito. Agora, devemos nos dedi-car à área administrativa, onde os riscos são menores, mas também acontecem acidentes.

Que tipos de acidentes ocorrem no escritório?os clássicos são tropeções e quedas causadas por cabos elétricos espa-lhados no chão, gavetas abertas ou caixas no caminho das pessoas. Al-guns colaboradores também trope-çam nas escadas porque não usam o corrimão. Queremos aumentar a consciência das pessoas para esses perigos e provocar uma mudança na

atitude dos colaboradores – assim como aconteceu na fá-brica ao longo dos últimos anos. As pessoas precisam per-ceber que todos são responsáveis pela segurança.

o que mais há na sua pauta?No futuro, também queremos avaliar a gravidade de um aci-dente. A base para esse indicador é a duração dos afasta-mentos médicos em comparação com as horas trabalha-das. outro projeto é o procedimento “Lockout / tagout / try”, ou Bloqueio elétrico / Desenergização / teste. o obje-tivo é impossibilitar a ligação acidental de equipamentos ou máquinas paradas para manutenção. //

No ano fiscal de 2006/2007, houve 1.352 acidentes de trabalho em todo o grupo, enquanto que em 2011/2012 foram apenas 208. como essa redução foi alcançada? Ulrich Weisse: Antes de 2006, o tema da segurança do trabalho estava presente na Voith, mas não era tratado de forma ativa. os profissionais de segurança informavam os seus colegas sobre os riscos e as ações de proteção. Gran-de parte da nossa gerência pensava que os técnicos de segurança eram os únicos encarrega-dos pela Segurança do trabalho, o que é um equívoco.

ou seja, os profissionais de segu-rança não conseguem realizar isso sozinhos?exatamente! A responsabilidade pela segurança do trabalho não pode ser delegada a especialistas. Atualmente, os supervisores e coordenadores de equipes discutem questões de segu-rança regularmente em toda a Voith, aumentando a cons- ciência das pessoas. Dessa forma, os funcionários que es-tão familiarizados com a situação e os riscos em suas áreas acabam atuando na prevenção de acidentes. e o resultado é que os processos estão se tornando mais seguros e mais eficazes. No final, todos ganham: os colaboradores, porque conservam a sua saúde, e a empresa como um todo, por-que o trabalho se torna mais produtivo.

o número de acidentes por milhão de horas trabalha-das ficou em 2,8 no último ano fiscal. a meta para o médio prazo é reduzir esse número para menos de 2,0. Isso é realista?

Os riscOs também estãO nO escritóriONo período de apenas cinco anos, o número de acidentes de trabalho na Voith caiu mais de 80% – e no médio prazo deverá cair ainda mais. Ulrich Weisse, gerente do departamento corporativo de Segurança do trabalho, explica como isso foi alcançado.

Ulrich Weiße, Gerente do Depar-tamento Corporati-vo de Segurança do trabalho – e um dos responsáveis pelo sucesso na redução de acidentes de tra-balho na empresa.

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Marcos | serIe

as raízes do sUcesso

a capacidade de inovação de uma empresa também pode ser comprova-da quando reconhece o potencial da ideia de uma pessoa e trabalha em parceria com ela – como fez a Voith há 84 anos com Hermann Föttinger. em 1905, esse professor de mecânica dos fluidos já havia registrado uma pa-tente em que descrevia o princípio da transmissão hidrodinâmica em um acoplamento preenchido com um flui-do de transmissão. Dessa cooperação com a Voith, em 1929 nasceu uma tecnologia crucial que até hoje conti-nua a ser utilizada em inúmeras áreas de aplicação: o acoplamento hidrodi-nâmico. ele é composto por três componentes principais: rotor bomba, rotor turbina e concha. o rotor bomba, acionado por um motor, transmite potência para

o fluido que a converte em energia ci-nética. A energia do fluido transferida para o rotor turbina é transformada em energia mecânica e aciona o eixo de saída, que está ligado ao rotor tur-bina. Isso resulta em uma transmissão com o mínimo de desgaste uma vez que não há contato mecânico entre as peças que transmitem torque, amorte-cimento de vibração e possibilita o controle do torque transmitido.Bernhard Schust, Gerente de Vendas de Acionamentos da Voith turbo Crail-sheim, descreve as vantagens desse sistema para o usuário: “o acopla-mento hidrodinâmico é robusto, confi-ável e fácil de utilizar – é difícil de achar outra tecnologia tão confiável.“Não é de se estranhar que essa tec-nologia sempre tenha encontrado no-vas aplicações: a Daimler o instalou

Uma ligaçãO engenhOsaUma nova série sobre as tecnologias de base que a Voith desenvolveu e vem aprimorando continuamente – como o acoplamento hidrodinâmico.

em seus primeiros sistemas de trans-missão automática, adquirindo cente-nas de milhares deles da Voith. A in-dustrialização da mineração após a II Guerra Mundial levou a um surto na demanda por acoplamentos para cor-reias transportadoras e transportado-res de correntes. Usinas de eletricida-de utilizam acoplamentos de velocidade variável da Voith; e nos caminhões da Mercedes-Benz, o tur-boacoplamento VIAB tornou-se refe-rência na categoria. Na área de cor-reias transportadoras para mineração, a Voith deu um grande salto em ter-mos de desempenho com a sua nova tecnologia XL. e esse não será o últi-mo desenvolvimento com o qual a Voith poderá provar que o acoplamen-to hidrodinâmico é um clássico com futuro. //

Um acoplamento hidro-dinâmico ligado a uma transmissão para o cont-role de rotação de uma bomba de alimentação de caldeira.

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panorama

Los angeles, Dolby theatre, 24 de ja-neiro de 2013: pela 85ª vez, a Acade-mia de Artes e Ciências Cinematográ-ficas distribui os seus prêmios, mais conhecidos pelo nome de oscars. o suspense é palpável. Será que o dire-tor Steven Spielberg realmente levará meia dúzia de estatuetas douradas pelo seu filme “Lincoln”? e o ator ale-mão Christoph Waltz ganhará o seu segundo prêmio de melhor ator coad-juvante? o nome dos vencedores nas mais diferentes categorias é pratica-mente um segredo de estado, revela-do seguindo sempre o mesmo ritual: um apresentador entra no palco, cum-primenta os convidados e anuncia a decisão do júri com as palavras “and the oscar goes to...” – depois de reti-rar de um envelope um cartão conten-

do o nome do respectivo ganhador.Mas não se trata de qualquer envelo-pe. esses envelopes são dourados e brilham sob as luzes dos holofotes cada vez que são apresentados em close pelos canais de tV, ao chegar o momento da verdade. e esse momen-to sempre constitui um motivo para se abrirem espumantes na fábrica Büt-tenpapierfabrik Gmund, na vila homô-nima à beira do lago tegernsee. Fun-dada em 1829, esta empresa familiar se especializou na produção de pa-péis-cartão de alta qualidade. ela fa-brica o papel utilizado nos envelopes exclusivos da marca “Gmund trea-sury” banhando-os em uma solução que contém milhões de minúsculas partículas de ouro. Marc Friedland, designer do prêmio da academia que

ApresentAção brilhAnteNa premiação do oscar, todos os olhares se dirigem ao envelope dourado que contém o nome do ganhador. Mas poucos sabem que esse envelope é feito de um papel produzido em uma fábrica da Bavária, que o produz em uma máquina já consagrada pelo tempo.

Em Hollywood, as aparências são pelos menos tão importante quanto o conteúdo – como bem o sabem meryl Streep, uma das apresen-tadoras da premiação do oscar este ano, e Daniel Day-Lewis, ganhador do prêmio de melhor ator principal.

encontrou o papel ideal na Bavária após fazer uma busca mundo a fora, empolga-se com o resultado obtido: “o brilho dourado desse material é glamouroso e muito elegante. É preci-so sentir a sua encantadora superfície com a própria mão.”e o pessoal de Heidenheim também tem o direito de se orgulhar com esse elogio, já que o “Gmund treasury” é produzido na máquina de papel Mp 407, fornecida pela Voith. A máquina foi fabricada em 1930, em Heide-nheim, originalmente para uma fábrica de papel de Zurique. Mas depois de uma reforma, foi levada ao tagernsee, em 1979 – onde passou a contribuir com a premiação do oscar. //

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panorama

Dr. Siegbert Etter, 63, se aposentou em 1º de março de 2013, depois de mais de 30 anos de Voith Hydro.

Jens pohl é o novo responsá-vel pela Divisão de Serviços de enge-nharia na Voith Ser-viços Industriais.

Dr. norbert riedel tornou-se membro do Conselho de Ad-ministração e Dire-tor executivo de tecnologia da Voith Hydro Holding.

noVoS mEmbroS Da DirEtoria Da EmprESa

A geração de energia hidrelétrica ga-nhou enorme importância nas últimas décadas. Uma das pessoas que de-sempenhou papel crucial para o desen-volvimento dessa tecnologia, o Dr. Sie-gbert etter, se aposentou recentemente, depois de 31 anos. o último cargo ocupado por esse profissional de 63 anos foi Diretor executivo de tecnologia (Cto), além de membro do Conselho

de Administração da Voith Hydro. Seu sucessor nessas funções será o Dr. Norbert riedel (veja acima).Depois de estudar engenharia mecâni-ca e obter doutorado pelo Instituto de Mecânica dos Fluidos e Máquinas Hi-dráulicas, etter juntou-se à Voith em 1982 como engenheiro projetista de turbinas. embora também pudesse ter seguido carreira acadêmica, etter expli-

ca por que optou pela indústria: “Devi-do ao trabalho do meu professor, proje-tista de hidrelétricas completas para clientes industriais, acabei tendo conta-to estreito com empresas e adquirindo conhecimento prático. Sempre tive curiosidade por aplicações práticas. por isso quis entrar no ramo industrial”. Apesar do crescimento profissional e dos cargos gerenciais que assumiu, sempre permaneceu comprometido com a pesquisa, lendo trabalhos cientí-ficos de jovens engenheiros e acompa-nhando os desenvolvimentos tecnoló-gicos. “Na Voith, minha meta sempre foi conectar pessoas e tecnologia. eu queria inspirar as pessoas a se envolve-rem no assunto”, afirma etter.Mas ele não tem intenção de parar: “Atualmente estou terminando um cur-so em matemática superior. essa maté-ria é pré-requisito para o curso de gra-duação em física quântica que começarei no outono. esse é um tema que me fascina há algum tempo.” //

pAixão por pessoAs e por tecnologiA

Desde 1º de março, o Dr. Norbert rie-del é membro da diretoria da Voith Hydro e, como Diretor executivo res-ponsável pelo Departamento de tec-nologia, que também faz parte da área de pesquisa & Desenvolvimento da empresa. riedel estudou tecnologia Aeronáutica e Aeroespacial na Univer-sidade técnica de Munique, e ingres-sou na Voith em 1998 como engenhei-ro projetista. De 2006 a 2010, riedel foi engenheiro-chefe da unidade da Voith nos eUA. Mais recentemente, tornou-se presidente e Diretor Admi-nistrativo do Centro de engenharia In-ternacional da Voith Hydro (VHeC).

No início do ano, Jens pohl assumiu a Divisão de Serviços de engenharia como Diretor da Voith Serviços Indus-triais. o engenheiro mecânico veio da empresa de serviços de engenharia MBtech, onde era membro da Direto-ria e responsável por Vendas, Marke-ting e Compras, além das filiais mun-diais. pohl tem expertise internacional em indústria automobilística, além de conhecimentos sobre diversos setores de alta tecnologia, como o aeroespacial. Na Voith, será responsá-vel pelos Serviços de engenharia nas áreas Aeroespacial, Automotiva e Ferroviária. //

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panorama

Seguindo oS paSSoS doS grandeS exploradoreS

A vida é fácil de ser vivida em Västerås, na Suécia – e disso os Vikings já sabiam. Hoje em dia, a cidade loca-lizada às margens do lago Mälaren é um ponto de atração para os amantes da história, fãs de carros antigos e todos os amantes de esportes aquáticos, de acordo com Magnus Wen-na, Gerente de Marketing da Voith Hydro.

H järtligt välkommen till Västerås! É assim que saudamos os visi-tantes que chegam à nossa cida-

de, a quinta maior da Suécia. Localiza-da às margens do lago Mälaren, a cidade está localizada a aproximada-mente 100 quilômetros a oeste de Esto-colmo. E se há uma coisa que não falta em Västerås, são visitantes, já que a ci-dade concilia a atmosfera descontraída de uma pequena cidade com as opções de cultura e lazer de uma metrópole. Dentre os eventos da cidade, o meu predileto é o „Power Big Meet“, reali-zado todos os anos em um fim de sema-na de verão. Aficionados de automóveis de todas as partes do mundo viajam em mais de 12.000 carros para participar do maior encontro de carros antigos do mundo. A maioria vem em carrões clás-sicos americanos das décadas de 1950 e 1960, mas aqui se vê praticamente qual-

quer coisa que tenha rodas e consiga se locomover. O ponto mais alto do even-to é a noite de sábado, quando os carros desfilam majestosamente por toda a ci-dade de Västerås para serem admirados pelos mais de 65.000 expectadores ali-nhados nas calçadas.

Já aqueles que manifestam maior interesse por história antiga não podem deixar de visitar o Anundshög, o maior e mais importante cemitério da Suécia – remanescente da época dos Vikings. Ele foi criado no século X e abriga muitos túmulos, arranjos de pedras, uma pedra rúnica, e cinco barcos de pedras – que marcam o lugar de descanso de cinco grandes Vikings que exploraram o mun-do com seus navios e assim conheceram diversas culturas estrangeiras.

E por falarmos em barcos: a uma curta distância a pé do centro da cidade,

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report 2/2013 | 41

panorama

Seguindo oS paSSoS doS grandeS exploradoreS

o mälaren, que com sua área de 1090 qui-lômetros quadrados ocupa o terceiro lugar entre os maiores lagos da Suécia, é um ter-ritório ideal para banhistas, pescadores e velejadores.

os visitantes podem tomar barcos que saem do velho porto para levá-los ao fascinante universo de ilhas do lago Mälaren, com suas mais de 300 ilhotas das mais variadas dimensões. No verão, o arquipélago é um paraíso para nadar, tomar sol e praticar todos os tipos de esportes aquáticos. No inverno, quando o lago congela, alguns o atravessam usando esquis de fundo e, como seria de se esperar, há uma infinidade de patina-dores de gelo cruzando o lago apressa-damente.

Os esportes de inverno têm grande tradição na Suécia, e o hóquei sobre gelo é apreciado por muita gente. Isso também se aplica a mim: eu sou torce-dor do VIK Västerås HK, que atual-mente disputa a segunda divisão da Su-écia – mas quem sabe consigamos subir para a primeira divisão no próximo campeonato. //

nossa Unidade

A unidade da Voith Hydro Västerås se encontra no coração do setor industrial histórico da ci-dade. Aqui trabalham 130 pessoas entre as áreas de administração, gestão de projetos, compras, logística, pesquisa e desenvolvimen-to, atendimento ao cliente e administração de contratos. No norte da europa, somos líderes de mercado na área de geradores de grande porte. eu mesmo estou no ramo hidrelétrico há mais de 25 anos, e trabalho na Voith como Ge-rente de Marketing. Devido ao meu trabalho, participo de projetos no mundo inteiro e conhe-ço muitas culturas diferentes – assim como os meus antepas-sados, os Vikings.

Já durante o festival anual de carros anti-

gos „power Big meet“, um encontro de afi-

cionados de automóveis clássicos do mun-

do inteiro, tudo fica menos calmo.

arquitetura moderna em Västerås: prédios de apartamentos na „pequena manhattan“, às margens do lago mälaren.

no canal silencioso que corta o centro de

Västerås, as típicas casas vermelhas de ma-

deira se alinham, e o tempo parece parar.

VästeråsSuécia

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