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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO DO PIAUÍ CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE MEDICINA ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA LORENA BARBOSA SOUSA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI TERESINA-PI 2019

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO DO PIAUÍ

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE MEDICINA

ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA

LORENA BARBOSA SOUSA

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O

SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI

TERESINA-PI

2019

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ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA

LORENA BARBOSA SOUSA

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O

SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

curso de Medicina do Centro Universitário

UNINOVAFAPI, como requisito parcial para

obtenção do título de graduado em Medicina.

Orientador: Profª. Mestranda Samara Fernanda Vieira Valença

TERESINA-PI

2019

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O

SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI

EVALUATION OF THE KNOWLEDGE OF MEDICAL STUDENTS ON THE CLINICAL

FOLLOW-UP OF CONGENITAL SYPHILIS IN A UNIVERSITY CENTER IN

TERESINA-PI

EVALUACIÓN DEL CONOCIMIENTO DE LOS ESTUDIANTES DE MEDICINA SOBRE

EL SEGUIMIENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGENIDA EN UN CENTRO

UNIVERSITARIO DE TERESINA-PI

¹ ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA

²LORENA BARBOSA SOUSA

³SAMARA FERNANDA VIEIRA VALENÇA

____________________________

¹Acadêmica de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI, Bloco 12, Endereço: R.

Professor Raimundo Nonato Andrade,46, Bairro: Planalto Uruguai, CEP:64057-463, Teresina

– Piauí. E-mail: [email protected]

² Acadêmica de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI, Bloco 12, Endereço: R.

Quintino Bocaiuva,2098, Bairro: Macaúba, CEP:64016-060, Teresina – Piauí. E-mail: ale-

[email protected]

³Professora no Centro Universitário UNINOVAFAPI. Endereço: Rua Vitorino Orthiges

Fernandes, 6123, Bairro Uruguai, CEP: 64073-505, Teresina-Piauí. E-mail:

[email protected]

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O

SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI

RESUMO

A sífilis congênita é um problema de saúde pública, com crescimento significativo nos últimos

10 anos, é necessário o acompanhamento clinico mesmo após seu tratamento. A pesquisa

avaliou o conhecimento de estudantes de medicina sobre o acompanhamento clinico de sífilis

congênita. É do tipo quantitativa, descritiva e transversal com 109 estudantes de uma IES em

Teresina- PI. Os dados foram coletados através um questionário sociodemográfico e avaliação

de conhecimento. Foram atribuídas pontuações para a respostas, sendo 0 pontos errada ou não

sabe, 1 parcialmente certa, 2 certa, os resultados indicaram que 10,09 % foram bons ou

excelentes e 69,73% ruins ou péssimos. Em relação as questões, a com maior índice de acerto

teve 95,41%, e maior índice de erro 81,65%.

Descritores: sífilis; sífilis congênita; acompanhamento clinico.

ABSTRACT

Congenital syphilis it’s a problem of public health growing significantly in the past 10 years,

its necessary a clinical follow-up even after its treatment. The research evaluated the knowledge

of medical students about the clinical follow-up of congenital syphilis. The research is

quantitative, descriptive and transverse with 109 students of a university center in Teresina-PI.

The data was collected through a socialdemographic questionnaire and knowledge evaluation.

It was attributed points to the answers, being 0 points to wrong, 1 partially right, 2 right, the

results indicated that 10,09% were good or excellent, 69,73% bad or terrible. Regarding the

questions, the one with the biggest hit rate was 95.41%, and the biggest error rate was 81,65%.

Key-words: congenital syphilis, syphilis, clinical follow-up.

RESUMEN

La sífilis congénita es un problema de salud pública, con un crecimiento significativo en los

últimos 10 años, es necesario el seguimiento clínico mismo después de su tratamiento. La

investigación evaluó el conocimiento de los estudiantes de medicina, sobre el seguimiento

clínico de sífilis congénita. Es del tipo cuantitativo, descriptivo y transversal con 109

estudiantes de una IES en Teresina- PI. Los datos fueron recolectados mediante un cuestionario

sociodemográfico y evaluación del conocimiento. Fueron asignado puntuaciones para las

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respuestas, siendo 0 puntos equivocados o no sabe, 1 parcialmente correcta, 2 cierta, los

resultados indicaron que el 10,09% eran buenos o excelentes, y el 69,73% malo o pésimos. Em

relación a las cuestiones, la con mayor índice de acierto tuvo 95,41%, y mayor índice de error

81,65.

Palabras-clave: sifilis congénita, sifilis, seguimento clínico

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INTRODUÇÃO

A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública, pois apresenta elevada

probabilidade de transmissão vertical, principalmente nos estágios primário e secundário da

doença. Se não tratada adequadamente resulta em abortos espontâneos e elevados índices de

morbimortalidade perinatal (SOEIRO et al, 2014). O Brasil é considerado um dos quinze países

prioritários para o controle da sífilis congênita (SC), pela sua prevalência e tamanho de sua

população (DOMINGUES, 2014).

A sífilis congênita e a sífilis em gestantes são de notificação compulsória no Brasil desde

1986 e 2005, respectivamente, existindo uma definição de caso própria para fins de vigilância

epidemiológica, revisada periodicamente, de cada uma dessas situações. Portanto, as

informações sobre abortos, natimortos e nascidos vivos com sífilis congênita devem ser

inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). O monitoramento

dessas infecções por meio do SINAN é de fundamental importância para a eliminação da sífilis

congênita, pois fornece subsídios para o planejamento e a definição das intervenções

necessárias (SARACENI et al, 2017).

Em 2013, o número total de casos notificados de sífilis no Brasil foi de 21.382, e em

todas as regiões do Brasil foi observado um aumento considerável na notificação de sífilis em

gestantes em relação ao ano anterior, variando entre 14,8% (Nordeste) e 44,7% (Sul). De 2005

a junho de 2014 foi notificado no SINAN um total de 100.790 casos de sífilis em gestantes, dos

quais 42,1% foram notificados na Região Sudeste, 23,5% no Nordeste, 12,4% no Norte, 11,6%

no Sul e 10,3% no Centro-Oeste (BRASIL, 2015).

O Ministério da Saúde preconiza várias rotinas e protocolos para o diagnóstico,

tratamento e seguimento de crianças nascidas de mães soropositivas para sífilis. Elas se baseiam

em aspectos maternos, como diagnóstico e adequação do tratamento para sífilis, e aspectos do

recém-nascido, como evidências clínicas, laboratoriais e radiológicas (MAGALHÃES, 2013).

A maioria dos bebês infectados pela sífilis não apresenta manifestações clínicas ao

nascer (60% dos casos), o que dificulta tanto o diagnóstico quanto a conscientização dos pais

sobre a importância da investigação e do acompanhamento da criança. É ao longo dos primeiros

anos de vida que se podem desenvolver lesões progressivas articulares, oculares e dentárias,

além de sequelas irreversíveis como surdez e déficit de aprendizagem (FELIZ et al., 2016).

A sífilis congênita pode ser dividida em 2 períodos: precoce e tardia. A SC precoce se

caracteriza pelas manifestações clínicas que se iniciam até os 2 anos de idade. As principais

manifestações em ordem decrescente de frequência são: hepatoesplenomegalia, prematuridade,

RCIU, lesões cutâneo-mucosas, como pênfigo palmoplantar, exantema maculopapular e rinite

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serossanguinolenta, lesões ósseas (periostite, osteíte ou osteocondrite), adenomegalia

generalizada, lesões pulmonares (pneumonia alba), lesões renais (síndrome nefrótica),

edema/hidropsia, meningoencefalite assintomática e anemia (FEITOSA; ROCHA; COSTA,

2016).

Já a SC tardia corresponde a um quadro que se inicia após os 2 anos de idade, cujas

manifestações clínicas são raras e decorrentes da cicatrização da doença precoce, representadas

principalmente pela tríade de Hutchinson, tíbia em “lâmina de sabre”, articulações de Cutton,

alterações visuais, nariz em sela, fronte olímpica, maxila curta e mandíbula proeminente,

perfuração do palato duro (em função da rinite sifilítica), tabes dorsalis e outros (FEITOSA;

ROCHA; COSTA, 2016).

O tratamento da sífilis na gestante é feito com penicilina benzatina, que atravessa a

barreira transplacentária, sendo eficaz tanto para prevenção da transmissão vertical como para

tratamento da infecção fetal. As gestantes são consideradas adequadamente tratadas, quando

além do tratamento penicilínico, realizam o esquema completo, com dose e intervalo adequado

para o estágio de infecção, iniciado até 30 dias antes do parto, com registro de queda de titulação

(sorologia não treponêmica) e avaliado risco de reinfecção (BRASIL,2015).

A avaliação do RN com suspeita de SC deve ser feita com os seguintes exames

complementares: VDRL (utilizando-se o sangue periférico e não o do cordão umbilical),

radiografia de ossos longos, análise de líquor cefalorraquidiano (LCR, em que será investigado

positividade com VDRL, celularidade e nível de proteinorraquia) e hemograma. De acordo com

as condições clínicas, outros exames podem ser necessários, a saber: dosagem de bilirrubinas,

enzimas hepáticas, etc (FEITOSA; ROCHA; COSTA, 2016).

Todos os RN com infecção confirmada ou suspeita devem ser adequadamente tratados

e acompanhados. A penicilina cristalina é usada como primeira escolha, por ser a única que

atravessa a barreira hematoencefálica. Após exclusão de acometimento do SNC por meio de

exame do líquor normal, pode-se trocá-la por penicilina procaína ou penicilina benzatina,

quando a infecção for pouco provável (FEITOSA; ROCHA; COSTA, 2016).

Todo recém-nascido com mãe soropositiva para sífilis deve ser acompanhado por pelo

menos dois anos. O seguimento de controle e/ou cura dos casos se caracteriza por

acompanhamento ambulatorial mensal até o sexto mês de vida e bimensal do sexto ao 12º mês.

Deve-se realizar o VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade, interrompendo a realização do

teste quando este apresentar dois resultados repetidamente negativos. Porém, diante da elevação

do título do teste não treponêmico ou da sua não negativação até os 18 meses de idade,

reinvestigar a criança exposta e proceder ao tratamento (BRASIL,2015).

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Além disso, deve-se realizar teste treponêmico para sífilis (TPHA, FTA-Abs, EQL,

ELISA ou testes rápidos) após os 18 meses de idade para a confirmação do caso, pois nessa

faixa etária, um resultado reagente confirma a infecção, uma vez que os anticorpos maternos

transferidos passivamente já terão desaparecido da circulação sanguínea da criança

(BRASIL,2015).

Se observados sinais clínicos compatíveis com a infecção treponêmica congênita, deve-

se proceder à repetição dos exames imunológicos, ainda que fora do período preestabelecido.

Recomenda-se ainda o acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico de 6 em 6

meses nos 2 primeiros anos de vida. Em crianças que apresentaram alterações no LCR, deve-

se fazer uma reavaliação liquórica a cada 6 meses, até a normalização (BRASIL,2015).

As ações direcionadas à eliminação da SC dependem, invariavelmente, da qualificação

na assistência à saúde, principalmente dos profissionais que realizam o acompanhamento do

pré-natal. Portanto, a SC é um agravo que geralmente reflete os problemas de acessibilidade e

qualidade dos serviços públicos de saúde, principalmente na população mais desfavorecida

(MILANEZ; AMARAL, 2008).

A falta de conhecimento e familiaridade por parte dos profissionais de saúde com

relação aos protocolos nacionais de controle de sífilis faz parte da realidade do Brasil, além da

dificuldade de abordagem de doenças sexualmente transmissíveis (DST), o que demonstra a

necessidade de melhorias não só da assistência, como também da educação nas instituições de

ensino, pois elas são responsáveis pelos futuros profissionais. (LAFETÁ, 2016)

Em termos epidemiológicos, a sífilis congênita é um indicador da qualidade da

assistência pré-natal de uma população, o que garante que todas as gestantes tenham acesso

adequado ao pré-natal. O tratamento adequado da gestante infectada é o melhor método de

prevenção da sífilis congênita. (LAFETÁ, 2016)

Além disso, um dos objetivos da vigilância epidemiológica da sífilis congênita é a

redução da morbimortalidade. Os protocolos de sífilis congênita precisam ser divulgados

intensivamente, tanto nos serviços de pré-natal, nos hospitais-maternidades quanto nas

instituições de ensino. Quanto mais precocemente essas crianças são diagnosticadas e tratadas,

melhor é o seu prognóstico (KOMKA, 2007).

Considerando o impacto da sífilis congênita na assistência em saúde pública e a necessi-

dade de seu controle, justifica-se a realização desse estudo, que visa avaliar o conhecimento

dos acadêmicos de medicina durante o internato sobre o acompanhamento clínico da sífilis

congênita e, dessa forma, servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de

educação e saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da assistência

prestada à população.

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METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa observacional, quantitativa, descritiva e transversal realizada

com acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI matriculados

no internato, que corresponde ao 9º, 10º, 11º e 12º períodos. A pesquisa foi realizada no próprio

Centro Universitário, durante os meses de janeiro a março de 2019. Os dados coletados para

realização do estudo foram destituídos de qualquer interferência dos pesquisadores, que apenas

observaram e registraram os elementos técnicos durante análise.

Para representar a população de aproximadamente 240 acadêmicos do internato (N)

serão entrevistados 150 alunos (n) distribuídos proporcionalmente ao período. Esse tamanho de

amostra tem margem de erro de 5% (E), nível de confiança de 95% (Z = 1,96), e variância

máxima (P = 0,5) calculada pela seguinte fórmula:

n = Z2 x P (1 – P) N_______

E2 (N – 1) + Z2 x P (1 – P)

O estudo foi norteado pela realização de entrevista estruturada e guiada, elaborado pelos

autores da pesquisa tendo como base o último manual lançado pelo Ministério da Saúde em

2015, o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêutica (PCDT) – Atenção Integral às Pessoas com

Infecções Sexualmente Transmissíveis. Tal questionário teve como objetivo identificar os

dados dos participantes da amostra (sexo, idade, período cursado, renda familiar) e aspectos

sobre a avaliação dos conhecimentos dos estudantes dos períodos escolhidos (9º, 10º, 11º e 12º)

acerca da sífilis congênita e como é feito o seguimento e acompanhamento desses RNs a nível

de atenção básica.

Apenas 109 alunos aceitaram participar da pesquisa, sendo entregue um envelope com

o questionário sobre os aspectos demográficos da amostra juntamente com o questionário sobre

sífilis congênita e seu seguimento clínico (APÊNDICE A), além do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (ANEXO 1). Os alunos responderam os questionários e, ao entregá-los aos

pesquisadores, deixaram o TCLE fora do envelope para manter o sigilo. Os questionários foram

aplicados pelos autores do estudo, de forma presencial e individual, em um tempo médio de 20

minutos.

O questionário sobre sífilis congênita e seu seguimento clínico foi composto por 15

questões abertas com respostas objetivas, que foram avaliadas como correta, parcialmente

correta e errada, recebendo uma pontuação de 2, 1 e 0, respectivamente.

Este estudo foi iniciado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro

Universitário UNINOVAFAPI (CAAE: 02823618.9.0000.5210) (ANEXO 2). Os aspectos

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éticos dispostos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde foram garantidos por

meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), atendendo às exigências éticas

e científicas fundamentais de uma pesquisa envolvendo seres humanos, com todos os

esclarecimentos aos participantes sobre as etapas e os objetivos da pesquisa.

Todos os participantes que concordaram em participar da pesquisa, assinaram o TCLE

em duas vias, uma para o participante e outra para o pesquisador, garantindo a segurança de

ambos. Aos voluntários foi garantido o sigilo das informações fornecidas, bem como a

liberdade para solicitar desligamento do estudo em qualquer fase da execução do mesmo sem

quaisquer penalidades.

Os critérios de inclusão dos participantes na pesquisa foram: estar regulamente

matriculado no curso de graduação em medicina nos períodos referentes ao internato (9º, 10º,

11º e 12º período) do Centro Universitário UNINOVAFAPI, estar cursando o internato em

Teresina, ser sorteado sem conhecimento prévio e estar apto e disposto a participar da pesquisa

(por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), através da resolução

dos questionários a serem aplicados.

Os critérios de exclusão foram: não estar regularmente matriculado como aluno de

graduação em medicina nos períodos anteriormente mencionados, estar cursando o internato ou

parte dele fora de Teresina, não ser sorteado e não concordar em participar do estudo.

A análise estatística foi do tipo descritiva, recorrendo a frequências absolutas (Nº) e

relativas (%), medidas de tendência central (médias, medianas) e dispersão (desvio padrão,

mínimo e máximo). Os dados foram preenchidos e registrados em uma planilha Microsoft Excel

e posteriormente exportada para o programa IBM SPSS Statistics 20, que processou e analisou

os mesmos.

Foi usado o teste de associação do qui-quadrado com nível de significância de 5%. Os

resultados serão apresentados por meio de tabelas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Considerando a quantidade aproximada de 240 alunos matriculados no internato do

curso de medicina, os pesquisadores abordaram 200 alunos em sala de aula, com apoio dos

professores, e durante os intervalos. Porém, apenas 109 aceitaram participar da pesquisa.

Observou-se um perfil predominante de mulheres (70,64%), alunos do 12º período (39,45%),

idade entre 20 e 40 anos (99,08%), a maioria já havia passado tanto pelos ciclos de pediatria e

PSF (ou estava cursando algum desses) (52,3%) e renda familiar em torno de 5 a 10 salários

mínimos (44,96%) (Tabela 1).

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Em relação ao questionário sobre sífilis congênita e seu seguimento, não levando em

consideração os acertos parciais, o índice de acerto para cada questão foi: 104 (95,41%)

acertaram a questão 1; 25 (22,94%) acertaram a questão 2; 15 (13,76%) acertaram a questão 3;

16 (14,68%) acertaram a questão 4; 81 (74,31%) acertaram a questão 5; 67 ( 61,47%) acertaram

a questão 6; 9 (8,26) acertaram a questão 7; 26 (23,85%) acertaram a questão 8; 52 (47,71%)

acertaram a questão 9; 53 (48,62%) acertaram a questão 10; 30 (27,52%) acertaram a questão

11; 20 (18,35%) acertaram a questão 12; 22 (20,75%) acertaram a questão 13; 15 (13,76%)

acertaram a questão 14; 13 (11,93%) acertaram a questão 15 (Tabela 2).

Analisando o gráfico, percebe-se que as questões com maiores percentuais de acerto

foram aquelas com abordagem mais generalista: questão 1, que trata sobre notificação

compulsória, questão 5, sobre escolha de antibiótico para neurossífilis, e questão 6, sobre o

tempo de acompanhamento mínimo para um recém-nascido (RN) com sífilis congênita.

Tabela 1. Perfil socioeconômico dos estudantes do internato do curso de medicina do Centro

Universitário Uninovafapi.

Teresina, maio de 2019

Nº %

Feminino 77 70,64

Sexo Masculino 32 29,36

Total 109 100

9º período 15 13,76

10º período 25 22,94

Período 11º período 26 23,85

12º período 43 39,45

Total 109 100

Abaixo de 20 anos - -

Idade Entre 20 e 40 anos 108 99,08

Acima de 40 anos 1 0,92

Total 109 100

PSF 32 29,36

Pediatria 10 9,17

Ciclo Ambos 57 52,3

Nenhum dos dois 10 9,17

Total 109 100

Até 5 salários mínimos 30 27,52

Renda

Entre 5 e 10 salários

mínimos 49 44,96

familiar

Superior a 10 salários

mínimos 30 27,52

Total 109 100

Fonte: pesquisa direta

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Em contrapartida, as questões com maiores percentuais de erro foram aquelas perguntas

mais abrangentes e detalhistas: questão 12, que interroga sobre a idade mínima de

acompanhamento no RN cujo teste treponêmico é reagente aos 18 meses, questão 14, sobre a

periodicidade do acompanhamento com as especialidades médicas, e questão 15, sobre o

acompanhamento do RN que apresentou alteração liquórica.

Já as questões com maiores percentuais de acertos parciais foram aquelas cujas respostas

completas eram compostas por vários itens: questão 3, que perguntava sobre todos os exames

que devem ser solicitados para o RN filho de mãe não tratada ou tratada inadequadamente

(VDRL de sangue periférico, análise do líquor cefalorraquidiano, raio-X de ossos longos e

hemograma), questão 7, sobre a periodicidade do acompanhamento clínico no primeiro ano de

vida (mensal nos primeiros 6 meses e bimensal do 6º ao 12º mês), e questão 13, sobre as

especialidades mínimas que todo RN com sífilis congênita deve ser acompanhado (seguimento

neurológico, oftalmológico e audiológico de 6 em 6 meses até completar 2 anos).

Tabela 2. Resultados estatísticos do questionário aplicado por questão.

Teresina (PI), maio de 2019

Acertos Erros Parcialmente certos Total

N % N % N % N %

Questão 1 104 95,41 5 4,59 0 109 100

Questão 2 25 22,94 56 51,38 28 25,68 109 100

Questão 3 15 13,76 2 1,83 92 84,41 109 100

Questão 4 16 14,68 49 44,95 43 40,37 109 100

Questão 5 81 74,31 15 13,76 13 11,93 109 100

Questão 6 67 61,47 42 38,53 - - 109 100

Questão 7 9 8,26 48 44,04 52 47,7 109 100

Questão 8 26 23,85 32 29,36 51 46,82 109 100

Questão 9 52 47,71 40 36,7 17 15,59 109 100

Questão 10 53 48,62 32 29,36 24 22,02 109 100

Questão 11 30 27,52 79 72,48 - - 109 100

Questão 12 20 18,35 89 81,65 - - 109 100

Questão 13 22 20,75 19 17,43 68 61,82 109 100

Questão 14 15 13,76 89 81,65 5 4,59 109 100

Questão 15 13 11,93 89 81,65 7 6,42 109 100

Fonte: pesquisa direta.

Quanto ao índice de conhecimento dos alunos, observou-se que: 21 (19,27%) fizeram menos

de 10 pontos, 55 (50,46%) fizeram entre 10 a 15 pontos, 22 (20,18%) fizeram entre 16 a 20

pontos, 8 (7,34%) fizeram entre 21 a 25 pontos, e 3 (2,75%) fizeram entre 26 e 30 pontos

(Tabela 3). Ou seja, apenas 33 alunos (30,27%) acertaram mais da metade do questionário, o

que reflete a precariedade do aprendizado e da metodologia de ensino nas universidades sobre

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o referido tema. Isso acaba se refletindo negativamente na assistência básica e no

acompanhamento pré-natal das gestantes, além do acompanhamento dos RN.

A sífilis congênita, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um dos mais

graves desfechos adversos preveníveis da gestação. No Brasil, a SC é uma das principais

infecções perinatais e sua elevada incidência está diretamente relacionada às altas taxas de

sífilis em parturientes. A melhor forma de prevenir a SC é diagnosticar e tratar precoce e

adequadamente a gestante.

A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica e sexualmente transmissível, que

representa um grande desafio para a sociedade e um grave problema de Saúde Pública, pois,

apesar da existência de tratamento eficaz e de baixo custo, ainda possui elevada prevalência, o

que demonstra seu caráter paradoxal, visto que existem doenças infecciosas de maior

complexidade que já foram controladas (ACOSTA, 2016).

A sífilis é uma doença crônica causada pela espiroqueta Treponema pallidum, cuja

principal forma de transmissão é o contato sexual com lesões ou fluidos corporais infectados,

responsável por 95% dos casos. Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse

epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão

sanguínea, cujo risco de contágio varia de 10% a 60%. (BARROS et al, 2005)

Sua evolução é classicamente dividida em sífilis primária, sífilis secundária, latente

precoce e tardia e, sífilis terciária. Além disso, há também a transmissão transplacentária ou

através do canal de parto, o que pode resultar em 2 outras formas de apresentação clínica: sífilis

congênita (SC) precoce e tardia. (CAVAGNARO et al, 2014)

O tratamento da sífilis na gestante é feito com penicilina benzatina, que atravessa a

barreira transplacentária, sendo eficaz tanto para prevenção da transmissão vertical como para

tratamento da infecção fetal. As gestantes são consideradas adequadamente tratadas, quando

além do tratamento penicilínico, realizam o esquema completo, com dose e intervalo adequado

para o estágio de infecção, iniciado até 30 dias antes do parto, com registro de queda de titulação

(sorologia não treponêmica) e avaliado risco de reinfecção (BRASIL,2015).

A SC se associa ao baixo nível de escolaridade, piores condições socioeconômicas,

antecedentes de risco obstétrico, início tardio do acompanhamento pré-natal e número

insuficiente de consultas, além do manejo inadequado dos casos com perda de oportunidade

tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento, à ausência de aconselhamento, à falta de

tratamento do parceiro e ao tratamento inadequado dos casos diagnosticados (FEITOSA;

ROCHA; COSTA, 2016).

Portanto, em relação a assistência à saúde, cabe maiores campanhas de conscientização

sobre a importância do pré-natal, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, além do

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preparo de toda a equipe de saúde, em especial do médico, para o manejo adequado desses

pacientes, não perdendo a janela de oportunidade para diagnosticar e tratar.

Esse preparo começa ainda dentro das universidades, com maior abordagem e

divulgação sobre o tema. Vale ressaltar que boa parte da assistência básica de saúde é formada

por médicos recém-formados, o que reforça ainda mais a necessidade de se fortalecer o

conhecimento dos acadêmicos de medicina sobre SC, além de outros temas básicos

frequentemente abordados nos postos de saúde.

Tabela 3. Índice individual de pontos

Teresina, maio de 2019

N %

< 10 pontos 21 19,27

10 a 15 pontos 55 50,46

16 a 20 pontos 22 20,18

21 a 25 pontos 8 7,34

26 a 30 pontos 3 2,75

Total 109 100

Fonte: pesquisa direta.

Infelizmente, o ensino médico no Brasil ainda apresenta uma forte dissociação entre

teoria e prática, o que é apontado como problemático desde Platão. O aprendizado é

compartimentalizado, o que fragmenta o conhecimento, o que favorece o surgimento da

especialização precoce, além de hipervalorizar as partes em detrimento do todo, ao cuidado

integral. Neste modelo, concentrado no âmbito hospitalar, marcado pelos processos biológicos

do adoecimento, as pessoas assistidas, e pouco ou não cuidadas, são tratadas com objetos de

estudo, o qual impõe ao estudante, simploriamente, o conhecimento sobre a doença, mas não

do sujeito, de seu ambiente familiar, social, ambiental e de trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A falta de conhecimento e familiaridade por parte dos profissionais de saúde com

relação aos protocolos nacionais de controle de sífilis faz parte da realidade do Brasil, além da

dificuldade de abordagem de doenças sexualmente transmissíveis (DST), o que demonstra a

necessidade de melhorias não só da assistência, como também da educação nas instituições de

ensino, pois elas são responsáveis pelos futuros profissionais. (LAFETÁ, 2016)

Em termos epidemiológicos, a sífilis congênita é um indicador da qualidade da

assistência pré-natal de uma população, o que garante que todas as gestantes tenham acesso

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adequado ao pré-natal. O tratamento adequado da gestante infectada é o melhor método de

prevenção da sífilis congênita. (LAFETÁ, 2016)

Além disso, um dos objetivos da vigilância epidemiológica da sífilis congênita é a

redução da morbimortalidade. Os protocolos de sífilis congênita precisam ser divulgados

intensivamente, tanto nos serviços de pré-natal, nos hospitais-maternidades quanto nas

instituições de ensino. Quanto mais precocemente essas crianças são diagnosticadas e tratadas,

melhor é o seu prognóstico. (KOMKA, 2007)

Considerando o impacto da sífilis congênita na assistência em saúde pública e a necessi-

dade de seu controle foi realizado esse estudo, que avaliou o conhecimento dos acadêmicos de

medicina durante o internato sobre o acompanhamento clínico da sífilis congênita. Este estudo

demonstrou que há carência dos acadêmicos de medicina em relação ao acompanhamento da

sífilis congênita, visto que a maioria acertou até metade do questionário (69,73%), necessitando

um aperfeiçoamento da metodologia de ensino e uma abordagem mais aprofundada nas

universidades, que insira os alunos desde os primeiros períodos em contato com a sociedade e

seus problemas através da unidade de saúde básica. Dessa forma, visando servir como subsídio

para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de educação e saúde, visando menores gastos,

aumento das notificações e melhoria da assistência prestada à população.

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REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS

ACOSTA, Lisiane MW; GONÇALVES, Tonantzin Ribeiro; BARCELLOS, Nêmora

Tregnago. HIV and syphilis coinfection in pregnancy and vertical HIV transmission: a study

based on epidemiological surveillance data. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 40,

n. 6, p. 435-442, 2016.

BARROS, Ana Margarida et al. Neurossífilis: revisão clínica e laboratorial. Arq Med, Porto,

v. 19, n. 3, p. 121-129, maio 2005.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Boletim epidemiológico-

Sífilis 2015. Ano IV. n.1. Brasília, Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids

e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às

Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília DF, 2015.

Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao

_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf >. Acesso em: 20 junho. 2018.

CAVAGNARO F et al. Síflis congénita precoz. A propósito de 2 casos clínicos. Rev Chil

Pediatr; vol. 85 n.1: 86-93, Fev 2014.

CERQUEIRA L et al. The magnitude of syphilis: from prevalence to vertical transmission. Rev

Inst Med Trop São Paulo, 59:e78, Set 2017.

COOPER, Joshua M. et al. In time: the persistence of congenital syphilis in Brazil - More

progress needed! Rev. paul. pediatr., São Paulo, v. 34, n. 3, p. 251-253, Sept. 2016.

DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira; LEAL, Maria do Carmo. Incidência de sífilis

congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no

Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 6, 2016.

DOMINGUES R. et al. Prevalência de sífilis na gestação e testagem pré-natal: Estudo Nascer

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no Brasil. Rev Saúde Pública, v. 48, n. 5, p. 766-774, 2014.

FEITOSA, J. A. S.; ROCHA, C. H. R.; COSTA, F. S. Artigo de Revisão: Sífilis congênita.

Rev Med Saude Brasilia, v. 5, n. 2, p. 286-97, 2016.

GIL, AC. Como Elaborar projetos de pesquisa, 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

FELIZ, Marjorie Cristiane et al. Aderência ao seguimento no cuidado ao recém-nascido

exposto à sífilis e características associadas à interrupção do acompanhamento. Rev. bras.

epidemiol., São Paulo, v. 19, n. 4, p. 727-739, Dec. 2016.

KOMKA, M. R; LAGO, E. G. Sífilis congênita: notificação e realidade. Scientia Medica, Porto

Alegre, v. 17, n. 4, p. 205-211, out./dez. 2007

LAFETA, Kátia Regina Gandra et al. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil

controle. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 19, n. 1, p. 63-74, Mar. 2016.

Lithgow K. V., Cameron C. E. Vaccine development for syphilis. Expert Rev Vaccines, v.

16, n. 1, p. 37-40, jan. 2017.

MAGALHAES, Daniela Mendes dos Santos et al. Sífilis materna e congênita: ainda um

desafio. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 6, p. 1109-1120, June 2013.

MILANEZ, Helaine; AMARAL, Eliana. Por que ainda não conseguimos controlar o

problema da sífilis em gestantes e recém-nascidos? Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de

Janeiro, v. 30, n. 7, p. 325-327, July 2008.

MILANEZ, Helaine. Syphilis in Pregnancy and Congenital Syphilis: Why Can We not yet Face

This Problem?. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 38, n. 9, p. 425-427, set 2016.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e

técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2 ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

Saraceni V, Pereira GFM, Silveira MF, Araujo MAL, Miranda AE. Vigilância epidemiológica

da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Rev Panam

Salud Publica, 2017.

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SOEIRO, C. et al. Syphilis in pregnancy and congenital syphilis in Amazonas State, Brazil:

an evaluation using database linkage. Cad. Saúde Pública, v. 30, n. 4, p. 715-723, abr. 2014.

TAYLOR M et al. Revisiting strategies to eliminate mother-to-child transmission of syphilis.

The Lan Global Health, vol 6, n. 1, e26–e28, Jan 2018.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO SOBRE ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DA AMOSTRA

Nº _____

VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS

1. Sexo?

o Feminino

o Masculino

2. Qual Período Cursa?

o 9° período

o 10° período

o 11° período

o 12° período

3. Idade?

o Abaixo de 20 anos

o Entre 20 e 40 anos

o Acima de 40 anos

4. Já passou ou está passando por algum desses ciclos?

o PSF

o Pediatria

o Ambos

o Nenhum dos dois

5. Qual sua renda familiar?

o Até 5 salários mínimos

o Entre 5 a 10 salários mínimos

o Superior a 10 salários mínimos

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QUESTIONÁRIO SOBRE SÍFILIS CONGÊNITA E SEU SEGUIMENTO CLÍNICO

1. A sífilis congênita é de notificação compulsória?

2. O objetivo do acompanhamento da sífilis congênita é evitar as sequelas. Cite 2 manifestações

específicas da sífilis congênita tardia.

3. Cite os exames que devem ser solicitados na triagem do RN de mãe não tratada ou

inadequadamente tratada.

4. Quais as alterações liquórica sugestivas de neurossífilis congênita?

5. Qual o antibiótico de escolha caso o RN apresente neurossífilis?

6. Por quanto tempo, no mínimo, um RN com sífilis congênita deve ser acompanhado?

7. Qual a periodicidade do acompanhamento clínico da sífilis congênita no primeiro ano de

vida?

8. Em quais meses se realiza o VDRL seriado no acompanhamento da sífilis congênita?

9. Quando podemos interromper a realização do VDRL seriado?

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10. O que devemos fazer se houver elevações de títulos sorológicos ou da sua não negativação

até os 18 meses?

11. A partir de qual faixa etária podemos realizar um teste treponêmico para sífilis para

confirmação do caso?

12. Se o teste treponêmico for reagente aos 18 meses, o seguimento deve ser realizado até que

idade mínima?

13. No acompanhamento da sífilis congênita também se faz necessário o seguimento com

algumas especialidades. Quais são elas?

14. Como deve ser feito o acompanhamento com as especialidades citadas acima?

15. O que devemos fazer no acompanhamento do RN que apresentou alteração liquórica?

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ANEXOS

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ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENDO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado participante,

Você está sendo convidado (a) a participar da pesquisa “Avaliação do conhecimento

dos estudantes de medicina sobre o seguimento clínico de sífilis congênita em um centro

universitário de Teresina-PI”, desenvolvida por Alexandra Karine Paiva de Mesquita e

Lorena Barbosa Sousa, discentes do curso de Graduação em Medicina do Centro Universitário

UNINOVAFAPI, sob orientação da Professora Samara Fernanda Vieira Valença. Suas formas

de contato são respectivamente: (86)99806-0032, (86)99439-3636 e (86)99428-5175.

O objetivo central desta pesquisa é detectar possíveis deficiências existentes na formação

médica em relação ao diagnóstico e acompanhamento clínico dos RNs com sífilis congênita e

que tais informações possam servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias

de educação e saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da

assistência prestada à população.

O convite à sua participação se deve ao fato de estar matriculado no curso de graduação

de medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI entre o 9º e o 12º período (internato).

Sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia

para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento.

Você não será penalizado caso decida não participar da pesquisa ou, tendo aceitado, desistir

desta.

Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas,

pois qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da

pesquisa, e o material será armazenado em local seguro.

A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do

pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito

através dos meios de contato explicitados neste Termo.

Como toda pesquisa, há risco direto ou indireto de identificação do participante. Porém

o risco será minimizado ao utilizar-se um código de identificação com números e letras de

conhecimento apenas dos pesquisadores. Referido aspecto da pesquisa deverá estar explícito

no Termo.

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A sua participação consistirá em responder perguntas de dois questionários aplicados

pelos pesquisadores do projeto, com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos,

podendo se estender, de acordo com a necessidade. As respostas dos questionários serão

transcritas e armazenadas, em arquivos digitais, mas somente terão acesso a estas os

pesquisadores, sua orientadora. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo,

por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.

Os benefícios do desenvolvimento desta pesquisa estão em conhecer as possíveis

carências dos acadêmicos de medicina em relação ao acompanhamento da sífilis congênita, e

dessa forma, servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de educação e

saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da assistência prestada à

população. Já o benefício direto proporciona ao acadêmico de medicina entender o quanto se

está preparado para encarar esse tipo de situação e, assim, buscar preencher possíveis falhas na

sua formação médica.

No entanto, essa pesquisa também apresentará alguns riscos ou desconfortos, tais como:

desconforto em relação ao tempo de preenchimento do questionário e o constrangimento em

responder alguma pergunta. Para minimizar este risco será reiterada a questão do sigilo e

anonimato dos participantes pela assinatura do TCLE e a coleta de dados será realizada em

local apropriado.

Ressalta-se que os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano

previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do

direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens III.2.0, IV.4.c, V.3, V.5

e V.6 da Resolução CNS 466/12.

Este termo será redigido em duas vias, sendo uma para o participante e outra para os

pesquisadores. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo participante da pesquisa e pelo

pesquisador responsável, com ambas as assinaturas apostas na última página.

Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê

de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123

– Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel - (086) 2106-0738, e-mail:

[email protected]. O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo

defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para

contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.

Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de

modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de “proteção aos direitos humanos, da

dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade”.

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______________________________________________________

Samara Fernanda Vieira Valença

Pesquisadora Responsável

CPF: 746.055.773-00

______________________________________________________

Alexandra Karine Paiva de Mesquita

Pesquisador Participante

CPF: 043.181.583-65

______________________________________________________

Lorena Barbosa Sousa

Pesquisadora Participante

CPF: 060.070.853-50

Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e

concordo em participar.

______________________________________________________

(Assinatura do participante da pesquisa)

RG ou CPF:

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ANEXO 2

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