associaÇÃo portuguesa dos comerciantes de … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime...
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Nesta última Nota de Abertura do ano de
2014, que, na prática, será a primeira de
2015, já que o Boletim só chegará às vos-
sas mãos nos primeiros dias de janeiro,
achámos por bem chamar a atenção para
quão depressa e dramaticamente os cená-
rios podem mudar.
Não porque alguma coisa tenha acontecido
de totalmente inesperada, mas porque ao
nível mundial ocorreram conjuntamente
uma série de acontecimentos que mesmo
individualmente eram pouco prováveis. A
verdade é que o ano de 2015 tornou-se
uma enorme incógnita.
Vejamos:
- O preço do petróleo baixou em poucos
meses quase 50% e, ao contrário do que
seria de esperar, os países produtores não
cortaram a produção, antes a aumentaram!
Quanto tempo vai durar esta baixa não sa-
bemos, mas se for suficientemente prolon-
gada pode vir a permitir o relançamento do
crescimento económico mundial em bases
distintas, ao mesmo tempo que constituirá
um rude golpe para as estratégias de efi-
ciência energética e para as energias reno-
váveis. Ao mesmo tempo, haverá
consequências de natureza assimétrica
para os diferentes países em termos de
competitividade e equilíbrio financeiro, con-
soante o seu posicionamento como impor-
tadores ou exportadores e o grau de
dependência das respetivas economias. Al-
guns dos nossos clientes fora da Europa já
estão a sentir dificuldades…
- O Euro, a moeda que a Alemanha preten-
dia forte, parece ter entrado num processo
de desvalorização irreversível, o que po-
derá permitir finalmente à Europa aumentar
a sua competitividade internacional e forta-
lecer o mercado interno. Apesar deste ce-
nário nos ser, a nós portugueses,
genericamente muito favorável, temos que
pensar que a contrapartida desta benesse
poderá vir a ser a diminuição do interesse
dos especuladores internacionais pelo Euro
e o aumento, a prazo, dos custos do finan-
ciamento da dívida.
- Mas, também no domínio da gestão da dí-
vida dos países do Sul da Europa, parece
haver novidades por parte do BCE, que se
estará a preparar para adotar medidas se-
melhantes às que foram usadas pela Re-
serva Federal Americana no pós-crise
(quantitative easing) e adquirir diretamente
dívida soberana dos estados membros.
Embora nada de novo tenha acontecido em
Portugal, o nosso futuro coletivo poderá ser
afetado e as estratégias terão que ser re-
vistas.
Convém estar atento.
BoletimMateriais de Construção
g NOTA DE ABERTURA
A APCMC está a mudar...Novidades em breve.
O impensável acontece!
Consulte o projeto de internacionalizaçãoem www.apcmc.pt
g LEGISLAÇÃOArrendamento Urbano Alterações
Seg. Social - Independentes Pagamento até dia 15
Trabalho Suplementar Mais Caro
g FISCALIDADEOE 2015Alterações Fiscais
Reforma da Fiscalidade VerdeSacos plásticos leves
IMI - AvaliaçãoValor do m2/2015
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Nº 305, 31.DEZEMBRO.2014
MISSÃO DE PROSPEÇÃOMoçambique | março 2015FEIRASEcobuild | Reino Unido | março 2015VISITA DE IMPORTADORESArgélia | fevereiro 2015Marrocos | fevereiro 2015
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 2
AJ 068 g PENSÕES DE REFORMA
- FATOR DE SUSTENTABILIDADE/2015
Divulgado que foi pelo Instituto
Nacional de Estatística o indica-
dor da esperança média de vida
aos 65 anos de idade relativo ao
ano de 2014, a Portaria
277/2014, de 26 de dezembro,
que produz efeitos a partir de
01/01/2015, fixou:
• Nos 66 anos e 2 meses, a idade de acesso em 2016 à
pensão de velhice do regime geral de segurança social;
• Em 0,8698, o fator de sustentabilidade aplicável ao mon-
tante estatutário das pensões de velhice do regime geral
de segurança social atribuídas em 2015 dos beneficiá-
rios que acedam à pensão antes dos 66 anos de idade;
• Em 0,9383, o fator de sustentabilidade aplicável ao mon-
tante regulamentar das pensões de invalidez relativa e
de invalidez absoluta atribuídas por um período igual ou
inferior a 20 anos, convoladas em pensão de velhice em
2015.
AJ 069 g INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS
DE COMÉRCIO A RETALHO
Foi alterado pelo De-
creto-Lei 182/2014, de 26
de dezembro, o regime
jurídico da instalação e
modificação de estabele-
cimentos de comércio a
retalho e dos conjuntos
comerciais, aprovado
pelo Decreto-Lei
21/2009, de 19 de ja-
neiro.
Alteração justificada pela
necessidade de evitar a
caducidade das autoriza-
ções emitidas pela enti-
dade competente, atenta
a conjuntura económica
nacional e os seus refle-
xos na concretização dos projetos de investimentos planea-
dos noutro contexto mais favorável, permitindo que as
mesmas sejam válidas por 6 ou 8 anos (antes 4 ou 6 anos,
consoante se tratasse de estabelecimento ou conjunto co-
mercial, contados da data da sua emissão até à data da res-
petiva entrada em funcionamento)
Os novos prazos de validade aplicam-se às autorizações vá-
lidas à data da sua entrada em vigor, incluindo as que este-
jam válidas ao abrigo de uma prorrogação, podendo
igualmente os titulares de autorizações caducadas, a título
excecional, requerer a emissão de nova autorização por um
período correspondente ao prazo remanescente resultante
da presente alteração (o requerimento, devidamente funda-
mentado, deve ser apresentado à entidade coordenadora até
ao dia 25 de janeiro de 2015, que decide em 30 dias).
Os membros da COMAC, Comissão de Autorização Comer-
cial, passam igualmente a poder participar nas suas reuniões
através de videoconferência ou teleconferência.
O REGIME APROVADO PELO DL 21/2009 ABRANGE A INSTALAÇÃO E MO-DIFICAÇÃO DOS SEGUINTES ESTABELECIMENTOS E CONJUNTOS COMER-CIAIS:
• Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente con-
siderados ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham
uma área de venda igual ou superior a 2000 m2;
• Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente con-
siderados ou inseridos em conjuntos comerciais, indepen-
dentemente da respetiva área de venda, que pertençam a
uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam in-
tegrados num grupo, que disponham, a nível nacional, de
uma área de venda acumulada igual ou superior a 30 000 m2;
• Conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável
igual ou superior a 8000 m2;
• Estabelecimentos e conjuntos comerciais referidos nas alí-
neas anteriores e que se encontrem desativados há mais de
12 meses, caso os respetivos titulares pretendam reiniciar o
seu funcionamento.
NÃO SE APLICA:• Aos estabelecimentos de comércio a retalho pertencentes a
micro empresas juridicamente distintas mas que utilizem uma
insígnia comum;
• Aos estabelecimentos pertencentes a sociedades cujo capital
seja subscrito maioritariamente por micro empresas;
• Aos estabelecimentos especializados de comércio a retalho
de armas e munições, de combustíveis para veículos a motor
e às farmácias.
AJ 070 g NOVO REGIME DE RENDA CONDICIONADA
Foi aprovado pela LEI 80/2014, de
19 de dezembro, e entra em vigor
em 1 de janeiro de 2015 o novo re-
gime de renda condicionada dos
arrendamentos para fim habitacio-
nal.
ESTÃO OBRIGADOS COMO ANTES AO
REGIME DE RENDA CONDICIONADA, para além dos casos previs-
tos em legislação especial, os arrendamentos:
- de fogos construídos para fins habitacionais pelo Estado
e seus organismos autónomos, institutos públicos, au-
tarquias locais, misericórdias e instituições de previdên-
cia que tenham sido ou venham a ser vendidos aos
respetivos moradores; e
- de fogos construídos por cooperativas de habitação e
construção, incluindo as de grau superior, e associações
de moradores que tenham usufruído de subsídios ao fi-
nanciamento ou à construção por parte do Estado, au-
tarquias locais ou institutos públicos;
A renda condicionada é a renda máxima aplicável ao arren-
damento desses fogos durante um período de 20 anos (antes
25) contados da data da sua primeira transmissão, cessando
a sujeição ao regime de renda condicionada por caducidade,
pelo decurso do referido prazo, ou por transmissão decor-
rente de venda executiva, de dação ou de outra forma de pa-
gamento de dívidas de empréstimos bancários de que tais
fogos constituam garantia.
A RENDA MENSAL INICIAL do primeiro contrato ou dos novos ar-
rendamentos neste regime resulta da livre negociação entre
as partes, mas não pode exceder o duodécimo do produto
resultante da aplicação da taxa das rendas condicionadas ao
valor patrimonial tributário do fogo no ano da celebração do
contrato. No anterior regime, esta taxa (a definir por portaria,
e que será para já a de 8%, estabelecida pela Portaria
1232/91, de 28/12) incidia sobre o valor atualizado do fogo,
determinado nos termos do DL 329-A/2000, de 22/12.
g LEGISLAÇÃO
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 3
g LEGISLAÇÃO
FIXADA A RENDA INICIAL, PODE A MESMA SER ATUALIZADA ANUAL-MENTE nos mesmos termos previstos no artº 26º da Lei
6/2006, de 27/2, que aprovou o NRAU, e no artº 1077 do Có-
digo Civil para as rendas em geral (com base no coeficiente
de atualização anual das rendas publicado pelo Instituto Na-
cional de Estatística).
Em tudo o demais aplica-se o NRAU.
Com a entrada em vigor do novo regime são revogados os
artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-
cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-
vado pelo DL 32 -B/90, de 15/10, e o DL 329-A/2000, de 22
/12.
AJ 071 g NOVO REGIME DE RENDA APOIADA
Foi aprovado pela LEI 81/2014, de 19 de dezembro, e entra
em vigor em 1 de março de 2015 o novo regime jurídico do ar-
rendamento apoiado para habitação.
Este regime aplica-se apenas às habitações detidas, a qual-
quer título, por entidades da administração direta e indireta
do Estado, das regiões autónomas, das autarquias locais, do
setor público empresarial e dos setores empresariais regio-
nais, intermunicipais e municipais, que por elas sejam arren-
dadas ou subarrendadas com rendas calculadas em função
dos rendimentos dos agregados familiares a que se destinam,
bem como ao arrendamento de habitações financiadas com
apoio do Estado que, nos termos de lei especial, estejam su-
jeitas a regimes de renda fixada em função dos rendimentos
dos arrendatários.
AJ 072 g SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES.PAGAMENTO ATÉ 15 DE JANEIRO
A Segurança Social prolongou até 15
de janeiro de 2015 o prazo de paga-
mento das contribuições devidas pelos
trabalhadores independentes, que ter-
minava a 20 de dezembro.
Segundo a nota disponível no portal da segurança social, este
alargamento do prazo vem na sequência da possibilidade
criada pela primeira vez em 2014 dos trabalhadores inde-
pendentes poderem solicitar a subida ou a descida de 2 es-
calões, e não apenas um, em referência ao escalão que
foram colocados de acordo com o rendimento apurado atra-
vés das declarações fiscais de IRS e Anexo SS relativas a
2013.
Os trabalhadores independentes que pretendam pedir a alte-
ração de escalão podem fazê-lo através da Segurança So-
cial Direta ou nos serviços de atendimento da Segurança
Social, sendo tratados de forma automática os pedidos de al-
teração de escalão efetuados através da Segurança Social
Direta.
Dez dias antes o Instituto da Segurança Social informava que
dera início ao processo de notificação obrigatória dos Traba-
lhadores Independentes, por correio eletrónico e por carta,
para comunicar o rendimento relevante, a base de incidência
e a taxa contributiva desses mesmos trabalhadores, bem
como a contribuição a pagar no mês de dezembro, relativa
ao mês de novembro.
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 4
O rendimento relevante é apurado em função dos rendimen-
tos declarados no ano anterior (ano de 2013) à administra-
ção fiscal, de uma das seguintes formas:
• Pelo coeficiente de 70% do valor total de prestação de ser-
viços;
• 20% dos rendimentos associados à produção e venda de
bens;
• 20% do valor total dos serviços e/ou produção e venda de
bens no âmbito de atividades hoteleiras e similares, res-
tauração e bebidas;
• Pelo valor do lucro tributável, quando este seja de valor in-
ferior ao critério referido anteriormente, sempre que os tra-
balhadores estejam abrangidos pelo regime de
contabilidade organizada.
Segundo ainda essa notícia:
Após apuramento e comunicação do rendimento relevante
com base nas declarações fiscais de IRS e Anexo SS, o tra-
balhador independente que pretenda efetuar o pedido de al-
teração de escalão deve fazê-lo através da SEGURANÇA
SOCIAL DIRETA, podendo optar por um de entre os dois esca-
lões imediatamente inferiores ou superiores ao que lhe foi fi-
xado.
Exemplo: Se tiver sido fixado o 5º escalão, pode escolher o
3.º, 4.º, 6.º ou 7.º escalão. Mas se tiver sido fixado o 2º esca-
lão pelo valor do lucro tributável, só pode escolher o 3.º ou 4º
escalão, não podendo escolher escalão inferior ao 2º.
Se o trabalhador independente estiver abrangido pelas dis-
posições transitórias e pretender que lhe seja aplicado outro
escalão, tem de renunciar às mesmas conforme indicado nas
Instruções de Acesso ao Serviço SEGURANÇA SOCIAL DIRETA.
Se for fixado oficiosamente ao trabalhador independente uma
base de incidência contributiva correspondente a 50% do
valor do IAS e o mesmo pretender ficar posicionado no 1º es-
calão, pode renunciar a essa fixação oficiosa, conforme indi-
cado nas Instruções de Acesso ao Serviço SEGURANÇA SOCIAL
DIRETA.
Se não concordar com a base de incidência contributiva que
lhe foi comunicada, poderá reclamar através da minuta pró-
pria e enviá-la através da Segurança Social Direta (menu En-
vios e Comunicações / Documentos de prova / Assunto: TI -
reclamação) ou entregá-la nos serviços de atendimento pre-
sencial, onde também será disponibilizada.
Consulte a minuta: TRABALHADORES INDEPENDENTES - MINUTA DE
RECLAMAÇÃO (ISS-107-V01-2014), disponível no menu Docu-
mentos e Formulários/Formulários, através de pesquisa pelo
nome ou modelo do formulário.
AJ 073 g TRABALHO SUPLEMENTAR MAIS CARO
As empresas que aplicam o Contrato Coletivo de Trabalho
(CCT) outorgado pela APCMC e recorrem à prestação de tra-
balho suplementar são obrigadas a remunerá-lo segundo os
acréscimos mínimos estabelecidos na cláusula 12ª. A partir
de 1 de janeiro de 2015.
Ou seja:
• 50%, na primeira hora ou fração
• 75%, nas horas ou frações subsequentes
• 100%, quando prestado em dia feriado ou dia de des-
canso semanal, obrigatório ou complementar.
Termina, com efeito, em 31 de dezembro p.f. a suspensão da
aplicação daquela cláusula e de todas as normas de outros
instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT)
ou contratos individuais de trabalho que tenham entrado em
vigor antes de 01/08/2012 e que dispõem sobre
(a) Acréscimos de pagamento de trabalho suplementar
superiores aos estabelecidos pelo Código do Traba-
lho e
(b) Retribuição do trabalho normal prestado em dia fe-
riado, ou descanso compensatório por essa mesma
prestação, em empresa não obrigada a suspender o
funcionamento nesse dia.
Suspensão, até 31 de julho p.p., estabelecida pela Lei
23/2012, de 25/6, mas que a Lei 48-A/2014, de 31 de julho,
prolongou por mais 6 meses.
Entre 01/08/2012 e 31/12/2014 os acréscimos devidos pelo
trabalho suplementar eram metade dos supra referidos.
Para evitar ou atenuar o aumento dos encargos com o re-
curso ao trabalho suplementar (que só pode ser prestado
quando se verifique um acréscimo eventual e transitório do
trabalho que não justifique a contratação de um novo traba-
lhador, ou em caso de força maior e ou para prevenir ou re-
parar prejuízos graves), as empresas podem recorrer ao
BANCO DE HORAS, individual ou grupal, que, quando não pre-
visto em IRCT, permite até mais 2 h de trabalho diário e até
mais 10 h de trabalho semanal, com o limite anual de 150 h,
mediante o pagamento em singelo, ou em tempo, ou em fé-
rias (artºs 208º-A e 208º-B do Código do Trabalho).
Como podem recorrer à ADAPTABILIDADE, individual ou grupal,
também por acordo quando não previsto em IRCT, que, num
período regra de 4 meses, lhes permite aumentar a jornada
diária e semanal em mais 2 h e 10 h, respetivamente, a com-
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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 5
pensar em tempo com uma redução na jornada de até 2 h/dia,
ou dias ou meios dias.
CLÁUSULA 12ª
TRABALHO SUPLEMENTAR
1 - Considera-se trabalho suplementar o prestado fora do horário de
trabalho, expressamente determinado pelo empregador.
2 - O trabalho suplementar prestado para fazer face a acréscimos
eventuais de trabalho não poderá exceder duas horas por dia nor-
mal de trabalho nem duzentas horas por ano.
3 - O trabalho suplementar prestado para fazer face a casos de força
maior ou que seja indispensável prevenir ou reparar prejuízos gra-
ves para a empresa ou para assegurar a sua viabilidade não está su-
jeito a quaisquer limites.
4 - O trabalho suplementar será remunerado com os seguintes acrés-
cimos mínimos:
a) 50% da retribuição normal na primeira hora ou fração;
b) 75% da retribuição normal nas horas ou frações subsequen-
tes;
c) 100% da retribuição normal se prestado em dia feriado ou de
descanso semanal, obrigatório ou complementar.
5 - Para cálculo dos acréscimos referidos no número anterior, o valor
hora será calculado segundo a fórmula: (Retribuição mensal × 12) /
(Horário semanal × 52)
6 - O trabalho suplementar prestado em dia de descanso semanal
obrigatório dá ainda ao trabalhador o direito a um dia de descanso
compensatório remunerado, a gozar até ao final da semana seguinte.
7 - O trabalho suplementar prestado em dia útil, em dia feriado ou
em dia de descanso semanal complementar confere ao trabalhador
o direito a um descanso semanal compensatório remunerado cor-
respondente a 25% do trabalho suplementar realizado, que se vence
quando perfizer oito horas e que será gozado nos 60 dias subse-
quentes.
8 - Por acordo entre o empregador e o trabalhador, o descanso com-
pensatório devido pela prestação de trabalho suplementar referido
no número anterior poderá ser substituído por prestação de trabalho
remunerado com acréscimo igual a 100%.
AJ 074 g CORREÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS
RENDAS HABITACIONAIS MAIS ANTIGAS / 2015
Fixado em 0,9969 (negativo, pela
1ª vez…) o fator de atualização
das rendas para 2015 dos diver-
sos tipos de arrendamento [Aviso
nº 11680/2014, do INE, de 10/9,
in DR, 2ª série, de 21/10], foram
também já divulgados, PARA VIGO-RAREM EM 2015, os fatores de
correção extraordinária das ren-
das dos contratos de arrenda-
mento para habitação celebrados
antes de 1980.
Ao contrário do expectável, atendendo ao facto daquele fator
ser negativo e, a final, não haver lugar a qualquer correção,
mantendo-se exatamente iguais aos da Portaria 352/2013, de
4/12, que aprovou os fatores de correção para 2014, os fato-
res globais de correção e os fatores anuais acumulados.
De acordo com a PORTARIA 278-A/2014, de 29 de dezembro,
esses fatores de correção são os seguintes:
Lembramos que o recurso pelo senhorio à correção extraor-
dinária não o impede de recorrer à avaliação do locado para
«atualização» da respetiva renda, nos termos definidos pelo
NRAU, Novo Regime do Arrendamento Urbano, aprovado
pela Lei 6/2006, de 27/2, quer na versão original, quer na ver-
são revista pela Lei 31/2012, 14/8, que se aplica aos arren-
damentos celebrados anteriormente ou na pendência do
RAU, Regime do Arrendamento Urbano.
AJ 075 g IRS - NOVO MODELO DO ANEXO SS
A PORTARIA 284/2014, DE 31 DE DEZEMBRO, aprovou o novo
modelo do Anexo SS (modelo RC 3048 – DGSS), a apresen-
tar juntamente com a declaração modelo 3 de IRS pelos tra-
balhadores independentes, utilizável a partir de 1 de janeiro
de 2015.
O ANEXO SS visa permitir a identificação dos rendimentos dos
trabalhadores independentes para efeitos do seu enquadra-
mento e de apuramento dos respetivos rendimentos no âm-
bito do regime de segurança social próprio, efetuada ao
abrigo do Código Contributivo.
AJ 076 g INDIGNIDADE SUCESSÓRIA
A Lei 82/2014, de 30 de dezembro, aditou o artigo 69º-A ao
Código Penal e os nºs 2 e 3 ao artigo 2036º do Código Civil
no objetivo de prever e regular o regime da indignidade su-
cessória de autor ou cúmplice de crime de homicídio doloso,
ainda que não consumado, contra o autor da sucessão.
ARTIGO 69º-A DO CÓDIGO PENAL
DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE SUCESSÓRIA
A sentença que condenar autor ou cúmplice de crime de ho-
micídio doloso, ainda que não consumado, contra o autor da
sucessão ou contra o seu cônjuge, descendente, ascendente,
adotante ou adotado, pode declarar a indignidade sucessória
do condenado, nos termos e para os efeitos previstos na alí-
nea a) do artigo 2034.º e no artigo 2037.º do Código Civil,
sem prejuízo do disposto no artigo 2036.º do mesmo Código.
ARTIGO 2036.º DO CÓDIGO CIVIL
DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE
1 - A ação destinada a obter a declaração de indignidade
pode ser intentada dentro do prazo de dois anos a contar da
abertura da sucessão, ou dentro de um ano a contar, quer da
condenação pelos crimes que a determinam, quer do conhe-
cimento das causas de indignidade previstas nas alíneas c) e
d) do artigo 2034º.
2 - Caso o único herdeiro seja o sucessor afetado pela indig-
nidade, incumbe ao Ministério Público intentar a ação prevista
no número anterior.
3 - Caso a indignidade sucessória não tenha sido declarada
na sentença penal, a condenação a que se refere a alínea a)
do artigo 2034.º é obrigatoriamente comunicada ao Ministé-
rio Público para efeitos do disposto no número anterior.
1,000
Sem porteira
e com elevador
ANO DA ÚLTIMA FIXAÇÃO DA
RENDA (ANTERIOR AO INÍCIO DA
CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA)
Antes de 1980
Concelhos de Lisboa e Porto
Sem porteira
e sem elevadorCom porteira
e sem elevador
Com porteira
e com elevadorRestantes concelhos
1,000
FACTORES DE CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA A APLICAR
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 6
AJ 077 g ATUALIZAÇÃO DAS PENSÕES DE
REFORMA / 2015
A Portaria286/2014, de 31 de
dezembro, atualizou para
2015, em 1%, as pensões mí-
nimas do regime geral de se-
gurança social
correspondentes a carreiras
contributivas inferiores a 15
anos (valor mínimo de
€261,95), as pensões de apo-
sentação, reforma e invalidez
e outras correspondentes a
tempos de serviço até 18 anos
do regime de proteção social
convergente, as pensões do
regime especial das atividades agrícolas, as pensões do re-
gime não contributivo e de regimes a este equiparados, as
pensões dos regimes transitórios dos trabalhadores agríco-
las, as pensões por incapacidade permanente para o traba-
lho e por morte decorrentes de doença profissional e o
complemento por dependência.
O valor das pensões provisórias de invalidez que esteja a ser
concedido à data de 01/01/2015 é fixado em €201,53, e em
€241,82 o valor mensal das pensões de invalidez e de ve-
lhice do regime especial das atividades agrícolas.
O valor mensal das pensões de invalidez e de velhice do re-
gime não contributivo é fixado em €201,53, o mesmo valor
em que é fixada a pensão de invalidez e de velhice dos regi-
mes transitórios dos trabalhadores agrícolas.
O COMPLEMENTO MENSAL POR DEPENDÊNCIA dos pensionistas de
invalidez, de velhice e de sobrevivência do regime geral de
segurança social é fixado em €100,77 nas situações de 1.º
grau, em €181,38 nas situações de 2.º grau (no regime es-
pecial das atividades agrícolas, respetivamente €90,69 e
€171,30).
AJ 078 g ALTERAÇÕES AO ARRENDAMENTO
URBANO
A Lei 79/2014, de 19 de dezembro, em vigor a partir de 18 de
janeiro de 2015, procedeu à revisão do regime do arrenda-
mento urbano, alterando a Lei 6/2006, de 27/2, que aprovou
o NRAU, o Código Civil e os Decretos-Leis 157/2006 (regime
das obras em prédios arrendados) e 158/2006 (regime de de-
terminação do RABC, rendimento anual bruto e do subsídio
de renda), ambos de 8/8.
Sem prejuízo de comentários posteriores, passamos a re-
produzir a informação relativa a este diploma, acessível atra-
vés do link https://dre.pt/application/file/65920535, da lavra do
Prof. Dr. Alberto de Sá e Mello, da CCP, Confederação do Co-
mércio e Serviços de Portugal, cuja Direção a APCMC inte-
gra.
«Assunto: NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO URBANO (NRAU), CON-FORME RESULTANTE DA ALTERAÇÃO PELA LEI Nº 79/2014, DE 19-12
NOTA PRÉVIA
A presente informação versa os principais aspectos do novo re-
gime do arrendamento urbano para fins não habitacionais (nor-
malmente designado arrendamento comercial), tal qual resulta
das alterações recentemente introduzidas pela Lei 79/2014.
Salientaremos, sem a preocupação de sermos exaustivos, as
principais alterações trazidas pela nova lei.
I - DENÚNCIA DO CONTRATO. AS OBRAS DE REMODELAÇÃO OU RES-TAURO PROFUNDOS
1. Nos termos do art. 1101º do Código Civil (C. Civil), o senhorio
pode denunciar o contrato de arrendamento de duração indeter-
minada (sem prazo) nos seguintes casos:
a) necessidade de habitação pelo próprio ou pelos seus des-
cendentes em 1º grau;
b) para demolição ou realização de obra de remodelação ou
restauro profundos que obriguem à desocupação do locado;
c) mediante comunicação ao arrendatário com antecedência
não inferior a dois anos sobre a data em que pretende a ces-
sação.
2. Se a denúncia tiver por fundamento a realização de obras de
recuperação ou restauro profundos, a comunicação para denún-
cia deve ser acompanhada, sob pena de ineficácia (e este é um
regime que resulta da Lei 79/2014), de:
a) comprovativo de que foi ini-
ciado, junto da entidade com-
petente, procedimento de
controlo prévio da operação
urbanística a efectuar no lo-
cado;
b) termo de responsabilidade do
técnico autor do projecto, que
ateste que a operação urba-
nística reúne os pressupostos legais deste tipo de obras e as
razões que obrigam à desocupação do locado (art. 1103º/2 C.
Civil).
3. A denúncia com o fundamento referido no número anterior
deve ser confirmada, sob pena de ineficácia, mediante comuni-
cação ao arrendatário, acompanhada dos seguintes documen-
tos:
a) alvará de licença de obras ou título da comunicação prévia;
b) documento emitido pela Câmara Municipal que ateste que a
operação urbanística constitui, de facto, uma obra de demo-
lição ou de remodelação ou restauro profundos (art. 1103º/3
C. Civil)).
4. Nos contratos para fins não habitacionais celebrados antes de
Outubro de 1995, a denúncia pelo senhorio para realização de
obras de remodelação ou restauro profundos ou para demolição
confere ao arrendatário o direito a compensação pelas obras li-
citamente feitas, independentemente do estipulado no contrato
e ainda que as obras não tenham sido autorizadas pelo senho-
rio. O regime de compensação é idêntico ao aplicável às benfei-
torias realizadas pelo possuidor de boa fé (arts. 1273º a 1275º
C.Civil).
II - RENOVAÇÃO DOS CONTRATOS A PRAZO
Os contratos de arrendamento não habitacional, celebrados após
Outubro de 1995, que tenham estipulado prazo de duração, re-
novam-se automaticamente, no fim do prazo pelo qual foram ce-
lebrados, pelo período de três anos (eram dois anos), se outro
prazo superior não tiver sido estipulado (art. 26º/3 NRAU).
III - ACTUALIZAÇÃO DE RENDA
Nos contratos não habitacionais anteriores a Outubro de 1995,
são admitidas a transição para o NRAU e a actualização da
renda, nos (novos) termos que se descrevem de seguida.
1. A transição para o NRAU e a actualização de renda dependem
de iniciativa do senhorio, que deve comunicar, por escrito, a sua
intenção ao arrendatário, indicando (art. 50º NRAU):
a) novo valor da renda, tipo e duração do contrato propostos;
b) o valor do locado, avaliado nos termos do Código do IMI;
c) cópia da caderneta predial urbana;
g LEGISLAÇÃO
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 7
d) que o prazo de resposta pelo arrendatário é de 30 dias;
e) o conteúdo que a resposta pelo arrendatário pode apresen-
tar;
f) as circunstâncias que o arrendatário pode invocar na res-
posta (adiante indicadas);
g) as consequências da falta de resposta (adiante indicadas).
2. O arrendatário dispõe de 30 dias para responder ao senhorio
(art. 51º NRAU). A falta de resposta do arrendatário vale como
aceitação da renda, bem como do tipo e duração do contrato pro-
postos pelo senhorio (art. 31º/9 NRAU ex vi art. 51º/7 NRAU).
3. O arrendatário, na sua resposta, pode (art. 51º/3 NRAU):
a) aceitar o valor da renda proposto pelo senhorio;
b) opor-se ao valor da renda, propondo um novo valor (os ter-
mos da oposição pelo arrendatário não sofreram alteração
pela Lei 79/2014 e vêm regulados no art. 33º/1 a /7 NRAU ex
vi art. 52º NRAU);
c) pronunciar-se sobre o tipo e a duração do contrato, indepen-
dentemente de ter aceite ou não o novo valor proposto para
a renda;
d) denunciar o contrato.
e) INVOCAR – E COMPROVAR – QUE EXISTE NO LOCADO UM ESTABELE-CIMENTO COMERCIAL ABERTO AO PÚBLICO E QUE É UMA MICROEM-PRESA (ART. 51º/4-A) NRAU);
f) invocar que no locado funciona uma pessoa colectiva de di-
reito privado sem fins lucrativos, declarada de interesse pú-
blico ou de interesse nacional ou municipal, ou uma pessoa
colectiva de direito privado que prossiga uma actividade de-
clarada de interesse nacional (art. 51º/4-b) NRAU).
4. De acordo com a nova redacção dada pela Lei 79/2014 ao art.
51º/4 NRAU, MICROEMPRESA é aquela que, independentemente
da sua forma jurídica, não ultrapasse, à data do balanço, dois
dos três limites seguintes:
a) total do balanço: € 2 milhões;
b) volume de negócios líquido: € 2 milhões;
c) número médio de empregados durante o exercício: 10.
5. Caso o arrendatário invoque uma das circunstâncias referidas
no parágrafo anterior (ser microempresa ou pessoa colectiva de
interesse público ou de interesse nacional ou municipal), o con-
trato só fica submetido ao NRAU mediante acordo ou, na falta
deste, no prazo de 5 anos a contar da recepção pelo senhorio da
resposta do arrendatário (art. 54º/1 NRAU). Durante estes 5
anos, o valor actualizado da renda tem como limite máximo o
valor anual correspondente a 1/15 do valor do locado, sendo o
valor do locado o da avaliação feita nos termos do Código do IMI
(art. 54º/2 NRAU).
6. Findo o referido prazo de transição de 5 anos, o senhorio pode
promover a transição do contrato para o NRAU (segue-se o pro-
cesso de actualização que referimos estar consagrado no art. 50º
NRAU - cfr. III-1.), com as seguintes especificidades (art. 54º/6
NRAU):
a) o arrendatário não pode voltar a invocar as circunstâncias ex-
cepcionais do art. 51º/4 NRAU);
b) no SILÊNCIO OU NA FALTA DE ACORDO DAS PARTES ACERCA DO TIPO
OU DA DURAÇÃO DO CONTRATO, ESTE CONSIDERA-SE (DORAVANTE)CELEBRADO PELO PRAZO DE TRÊS ANOS (eram 2 anos até à Lei
79/2014); durante estes três anos, as actualizações de renda
pelo senhorio seguem, na falta de acordo entre as partes, os
critérios de actualização gerais (coeficiente de actualização
geral publicado no Diário da República), tendo a renda os li-
mites que referimos para o período de transição de 5 anos
(art. 54º/6 NRAU).
IV - TRANSMISSÃO POR MORTE DO ARRENDATÁRIO
Por morte do arrendatário não habitacional, o arrendamento ca-
duca, salvo existindo no locado sucessor que nele explore, há
mais de três anos, estabelecimento comercial em comum com o
arrendatário primitivo (art. 58º NRAU).
V - APLICAÇÃO NO TEMPO. PROCESSOS EM CURSO
Todas as regras a seguir enunciadas resultam do art. 6º da Lei
79/2014.
1. O NRAU aplica-se aos contratos celebrados após a sua en-
trada em vigor, bem como às relações contratuais constituídas
que subsistam nessa data (art. 59º/1 NRAU).
2. As alterações introduzidas pelas normas da Lei 79/2014 apli-
cam-se aos procedimentos de transição para o NRAU que se en-
contrem pendentes na data da sua entrada em vigor
(19-01-2015), sem prejuízo dos direitos e obrigações decorrentes
dos actos já praticados.
3. Existindo procedimentos de transição para o NRAU em curso,
o arrendatário pode invocar quaisquer das (novas) circunstân-
cias previstas no art. 51º NRAU (cfr. supra - em III-3. - os termos
da resposta do arrendatário a proposta de transição para o NRAU
com actualização de renda pelo senhorio), mediante comunica-
ção a dirigir ao senhorio até 30 dias após a entrada em vigor da
Lei 79/2014, desde que, nesta data, ainda não tenha recebido a
resposta do senhorio à sua contraproposta (referida em III-3.).
4. Nos contratos de arrendamento não habitacionais, cuja renda
já tenha sido actualizada em consequência da não aceitação pelo
senhorio da renda proposta pelo arrendatário (art. 33º/5-b)
NRAU), o arrendatário pode invocar uma das circunstâncias pre-
vistas no art. 51º/4 (novos critérios de definição de microempresa,
etc.), no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor
da Lei 79/2014, desde que comprove a realização de investi-
mentos no locado ou em equipamentos para ele especificamente
vocacionados posteriores a 2009, não podendo o senhorio opor-
se, neste caso, a uma renovação do contrato por um período de
3 anos, sem prejuízo da aplicação dos coeficientes gerais de ac-
tualização de rendas.»
AJ 079 g SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL 2015EM DUODÉCIMOS
O artigo 257º da Lei 82-
B/2014, de 31 de dezem-
bro, que aprovou o
OE/2015, estendeu a
aplicação da Lei 11/2013,
de 28 de janeiro, até 31 de dezembro de 2015, diploma que
aprovou um regime temporário de pagamento de metade dos
subsídios de férias e de Natal em duodécimos.
OS TRABALHADORES QUE NÃO PRETENDAM QUE OS SUBSÍDIOS DE
NATAL E DE FÉRIAS SEJAM PAGOS NOS TERMOS DOS ARTIGOS 3º E
4º DA LEI 11/2013 (subsídio de Natal: 50% até 15.12.2015 e
50% em duodécimos ao longo de 2015; subsídio de férias:
50% antes do início do período de férias, ou proporcional-
mente em caso de gozo interpolado de férias, e 50% em duo-
décimos ao longo de 2015) devem expressá-lo, no prazo de
5 dias (ATÉ AO DIA 5 DE JANEIRO P.F.).
A aplicação do presente regime aos contratos a termo e con-
tratos de trabalho temporário depende de acordo escrito entre
empregador e trabalhador.
ARTIGO 257.ºEXTENSÃO DE VIGÊNCIA DA LEI N.º 11/2013, DE 28 DE JANEIRO
1 - O prazo de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de janeiro, que es-
tabelece um regime temporário de pagamento dos subsídios de Natal
e de férias para vigorar durante o ano de 2013, é estendido até 31 de
dezembro de 2015.
2 — Em 2015, para efeitos da aplicação da Lei n.º 11/2013, de 28 de
janeiro, as referências ao ano de 2013 nos demais prazos nela pre-
vistos devem entender-se como feitas ao ano de 2015.
g LEGISLAÇÃO
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 8
g FISCALIDADE
AF 040 g COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À
AT - PRORROGAÇÃO DO REGIME TRANSITÓRIO
A Portaria 278/2014, de 29 de dezembro, estendeu para 2015
o regime transitório relativo à comunicação das faturas à AT
por parte de alguns sujeitos passivos estabelecido para 2013
pelo artigo 7º da Portaria 426-A/2012, de 28 de dezembro, e
que a Lei 83-C/2013, de 31/12, repetiu para 2014.
Lembramos que a Portaria 426-A/2012 aprovou o modelo ofi-
cial de declaração para a comunicação dos elementos das
faturas, por transmissão eletrónica de dados, prevista na alí-
nea d) do nº 1 do artº 3º do DL 198/2012, de 24/8, tendo no
seu artigo 7º estabelecido um regime transitório, atenta a di-
mensão e estrutura de alguns dos sujeitos passivos obriga-
dos ao cumprimento dessa obrigação.
SUJEITOS PASSIVOS ABRANGIDOS PELO REGIME TRANSITÓRIO
Os que, cumulativamente:
- não sejam obrigados a possuir o ficheiro SAF-T (PT)
da faturação
- não utilizem, nem sejam obrigados a possuir programa
informático de faturação, e
- não optem por comunicar as faturas à AT por trans-
missão eletrónica de dados em tempo real, integrada
em programa de faturação eletrónica, ou por transmis-
são eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro
normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T
(PT), ou por inserção direta no Portal das Finanças.
Em 2015, como em 2014 e 2013, estes sujeitos passivos ape-
nas estão obrigados ao preenchimento, no campo referente
à Informação Parcial (4) da «Declaração para Comunicação
dos Elementos das Faturas», dos elementos respeitantes à
primeira e última fatura, de cada série, emitidas no período a
que se refere a declaração, bem como dos elementos das fa-
turas que contenham o NIF do adquirente.
Ainda em 2015, os sujeitos passivos que pratiquem opera-
ções isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, os sujeitos pas-
sivos enquadrados no regime especial de isenção, previsto
no artigo 53.º do CIVA, bem como os sujeitos passivos en-
quadrados no regime especial dos pequenos retalhistas, que
não tenham emitido mais de 10 faturas, com o NIF do adqui-
rente, no mês a que respeita a declaração, podem entregar,
presencialmente ou através de remessa por correio registado,
o modelo oficial da declaração em papel, devidamente preen-
chido, em qualquer Serviço de Finanças, podendo alterar no
decurso do ano a via de comunicação utilizada.
AF 041 g IRS - NOVOS MODELOS DE IMPRESSOS
A Portaria 276/2014, de
26 de dezembro, aprovou
os novos modelos dos
seguintes impressos, e
respetivas instruções de
preenchimento, a utilizar
a partir de 01/01/2015
para declaração dos ren-
dimentos de 2001 e anos seguintes:
• DECLARAÇÃO MODELO 3• ANEXO B - rendimentos empresariais e profissionais au-
feridos por sujeitos passivos abrangidos pelo regime sim-
plificado ou que tenham praticado atos isolados
• ANEXO C - rendimentos empresariais e profissionais au-
feridos por sujeitos passivos tributados com base na con-
tabilidade organizada
• ANEXO E - rendimentos de capitais
• ANEXO F - rendimentos prediais
• ANEXO H - benefícios fiscais e deduções
• ANEXO I - rendimentos de herança indivisa
• ANEXO J - rendimentos obtidos no estrangeiro
• ANEXO L - rendimentos obtidos por residentes não habi-
tuais
Os sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos a de-
clarar nos anexos B, C, D, E, I e L são obrigados a enviar a
declaração de rendimentos dos anos de 2001 e seguintes
pela Internet, através do Portal das Finanças. Os demais
podem fazê-lo de igual modo, por opção.
MODELO 10A Portaria 274/2014, de 24 de dezembro, aprovou as
novas instruções de preenchimento da declaração mo-
delo 10.
AF 042 g IRC - TRANSMISSÃO DE BENEFÍCIOS
FISCAIS
Foram aprovados pela Portaria 275/2014, de 26 de dezem-
bro, os critérios e procedimentos de controlo a adotar na
transmissão de benefícios fiscais e do direito à dedução dos
gastos de financiamento líquidos, no âmbito de operações de
cisão ou de entrada de ativos, bem como os elementos que
devem constar do requerimento, a apresentar junto da Auto-
ridade Tributária e Aduaneira (AT).
Lembramos que o artigo 75º-A do CIRC, aditado pela Lei
2/2014, de 16 de janeiro, prevê a transmissibilidade dos be-
nefícios fiscais, dos gastos de financiamento líquidos não de-
duzidos em resultado da aplicação do regime previsto no
artigo 67º e, bem assim, da parte não utilizada do limite a que
se refere o nº 3 deste artigo, das sociedades fundidas para a
sociedade beneficiária numa operação de fusão a que seja
aplicado o regime especial previsto no artigo 74º, sendo tal re-
gime aplicável igualmente no caso de operações de cisão ou
de entrada de ativos a que seja aplicado o regime especial
previsto no referido artigo 74º de acordo com os critérios a
definir por portaria.
Consulte a Portaria 275/2014 em
https://dre.pt/application/file/65990836
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 9
g FISCALIDADE
AF 043 g IES - NOVOS MODELOS DE IMPRESSOS
A Portaria 271/2014, de 23 de dezembro, aprovou a nova
folha de rosto da IES, Informação Empresarial Simplifi-
cada/Declaração Anual e os novos modelos dos impressos
relativos aos Anexos:A - IRC - entidades residentes que exercem, a título principal, ati-
vidade comercial, industrial ou agrícola e entidades não resi-
dentes com estabelecimento estável;
B - IRC - empresas do setor financeiro (DL 298/92, de 31/12);
C - IRC - empresas do setor segurador (DL 94-B/98, de 17/4)
D - IRC - entidades residentes que não exercem, a título principal,
atividade comercial, industrial ou agrícola;
I - IRS - sujeitos passivos de IRS com contabilidade organizada.
Mantêm-se em vigor os modelos dos restantes anexos.
AF 044 g COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO À AT
Os sujeitos passivos de IRC ou IRS que disponham de con-
tabilidade organizada e legalmente obrigados a elaborar o in-
ventário têm um novo dever, na sequência da aprovação da
Lei do Orçamento do Estado para 2015 – o de comunicarem
à AT, até 31 de janeiro, o inventário respeitante ao último dia
do exercício anterior.
Nos termos do novo artigo 3º-A do Decreto-Lei 198/2012, de
24 de agosto, a comunicação é efetuada por transmissão ele-
trónica de dados (internet), através de ficheiro com as carac-
terísticas e estrutura a definir por portaria, dela ficando
dispensadas os sujeitos passivos cujo volume de negócios
no ano anterior não exceda 100.000 euros.
Até 31/01/2015 os sujeitos passivos comunicarão o inventá-
rio respeitante a 31/12/2014 (até ao último dia do mês se-
guinte à data do termo do exercício para quem adote período
de tributação distinto do ano civil).
A AT já tem disponíveis no Portal das Finanças www.portal-
dasfinancas.gov.pt) um «Manual de Comunicação do Inven-
tário de Existências à AT» e ainda:
- Ficheiro de texto exemplo para comunicação do inventá-
rio (caso o sujeito passivo não disponha de recursos in-
formáticos e opte pelo envio de um ficheiro de texto)
- Especificação do ficheiro XML para comunicação do in-
ventário (XSD) (apropriado para SP com existências sig-
nificativas ou que disponham de recursos informáticos,
sendo submetido no portal e-fatura)
- Exemplo de ficheiro XML para comunicação do inventá-
rio
A informação a comunicar é igual para todos os sujeitos pas-
sivos, e legalmente definida, DEVENDO SER INDICADOS, RELATI-VAMENTE A CADA ITEM, o tipo (M - mercadorias; P - matérias
primas, subsidiárias e de consumo; A - produtos acabados e
intermédios; S - subprodutos, desperdícios e refugos; T - pro-
dutos e trabalhos em curso), o identificador de produto, a des-
crição, o código (EAN, código de barras), a quantidade e a
unidade de medida.
As empresas sem existências e obrigadas por a lei a comu-
nicar o Inventário devem declarar no portal e-fatura que não
têm existências. Não precisam, pois, de construir ficheiro
vazio. Por outro lado, os artigos que na data do inventário não
existem em stock (por estarem esgotados, por ex.) não
devem constar dos ficheiros que são comunicados à AT.
AF 045 g IRC - DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS
Nos termos dos nºs 2 a 7 do artigo 52º do
CIRC, os prejuízos fiscais apurados em deter-
minado período de tributação podem ser de-
duzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de
um ou mais dos 12 períodos de tributação pos-
teriores, direito cujo exercício o nº 8 impede quando, à data
do termo do período de tributação em que é efetuada a de-
dução, se tenha verificado a alteração da titularidade de mais
de 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto em
relação ao exercício a que respeitam os prejuízos e a altera-
ção verificada não corresponda a qualquer uma das situa-
ções previstas no nº 9 e sem prejuízo do disposto no nº 10.
O nº 12 do mesmo artigo, porém, dispõe que o membro do
Governo responsável pela área das finanças pode autorizar,
em casos de reconhecido interesse económico, que não seja
aplicada a limitação prevista no nº 8, devendo para o efeito
ser apresentado à AT, nos termos e prazos referidos nos nºs
13 e 14, requerimento instruído com os elementos definidos
por portaria.
Portaria ora publicada - PORTARIA 273/2014, de 24 de de-
zembro -, que dispõe o seguinte:
«Artigo único
1 - Sem prejuízo de a Autoridade Tributária e Aduaneira poder
solicitar informações e elementos adicionais quando tal se de-
monstre necessário à comprovação dos factos invocados, o pe-
dido de autorização a que se refere o n.º 12 do artigo 52.º do
Código do IRC deve ser instruído com os seguintes elementos:
a) Descrição pormenorizada das razões de natureza económica
que justifiquem a alteração da titularidade de mais de 50% do
capital social ou da maioria dos direitos de voto e do contexto
económico em que tal alteração foi realizada;
b) Certidão atualizada do registo comercial da sociedade rela-
tivamente à qual se verifica a alteração de mais de 50% do
capital social ou da maioria dos direitos de voto;
c) Previsão do volume de negócios, investimento e lucros tri-
butáveis, para os três períodos de tributação seguintes ao da
verificação da alteração;
d) Número de postos de trabalho nos últimos três períodos de
tributação anteriores ao da alteração e respetiva estimativa
para os três períodos de tributação seguintes ao da verifica-
ção da alteração;
e) Identificação da existência de relações especiais entre as
partes envolvidas na operação, nos termos do n.º 4 do artigo
63.º do Código do IRC;
f) Contraprestação e data da transação das partes sociais ou
da atribuição da maioria dos direitos de voto e, no caso de a
operação já se ter realizado, o respetivo documento com-
provativo.
2 - Quando a sociedade adquirente da titularidade das partes
sociais ou da maioria dos direitos de voto pertença a um grupo
de sociedades a que seja aplicável o regime especial de tribu-
tação, estabelecido no artigo 69.º do Código do IRC, e a altera-
ção da titularidade do capital social ou da maioria dos direitos
de voto diga respeito à sociedade dominante de um outro grupo
de sociedades a que seja aplicável o mesmo regime, as previ-
sões do volume de negócios, investimento e lucros tributáveis,
bem como o número e a estimativa de postos de trabalho pre-
vistas, respetivamente, nas alíneas c) e d) do n.º 1, devem igual-
mente abranger o conjunto das sociedades que integram o
grupo desta última.»
Product
Category
M
M
P
S
Product
Code
1234
5678
P1123
L0001
Product
Description
Batatas
Alface
Maçã Golden
Caroços
Product
Number Code
11111115
22222220
33333335
44444440
Unit
of Measure
Kg
Caixa
Caixa
Kg
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 10
g FISCALIDADE
AF 046 g IRC - REMUNERAÇÃO DOS SUPRIMENTOS
A Portaria 279/2014, de 30 de dezembro, fixou a taxa de juro
anual a aplicar ao valor dos suprimentos e empréstimos fei-
tos pelos sócios à sociedade, para os efeitos previstos no artº
23º-A, nº 1, alínea m), do CIRC, estabelecendo que corres-
ponde à TAXA EURIBOR A 12 MESES DO DIA DA CONSTITUIÇÃO DA
DÍVIDA ACRESCIDA DE UM SPREAD DE 2%.
Ou ACRESCIDA DE UM SPREAD DE 6%, quando se trate de juros
e outras formas de remuneração de suprimentos e emprésti-
mos feitos pelos sócios a pequenas e médias empresas
(média empresa é a que emprega menos de 250 pessoas e
cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de
euros ou cujo balanço total anual não excede 43 milhões de
euros; pequena empresa é aquela que emprega menos de
50 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total
anual não excede 10 milhões de euros)
A alínea m) do n.º 1 do artigo 23º-A do CIRC estabelece
que os juros e outras formas de remuneração de supri-
mentos e empréstimos feitos pelos sócios à sociedade,
ainda que contabilizados como gastos do período de tri-
butação, não são dedutíveis para efeitos de determina-
ção do lucro tributável na parte em que excedam a taxa
definida por portaria.
Disposição que não se aplica às situações a que seja
aplicável o regime de preços de transferência previsto no
artigo 63º do CIRC, prevalecendo nestes casos os ter-
mos e condições que seriam normalmente contratados,
aceites e praticados entre entidades independentes em
operações comparáveis, determinados nos termos deste
regime.
AF 047 g IRC/IRS - MAIS-VALIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA 2014
A Portaria 281/2014, de 30 de dezembro, aprovou os coefi-
cientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e di-
reitos alienados durante o ano de 2014 (que não
investimentos financeiros, exceto em imóveis e partes de ca-
pital), cujo valor deva ser atualizado nos termos dos artigos
47º do Código do IRC e 50º do Código do IRS, para efeitos de
determinação da matéria coletável dos referidos impostos.
Lembramos que, para efeito de determinação das mais-va-
lias ou das menos-valias resultantes da alienação (transmis-
são onerosa) de elementos do ativo imobilizado – as quais
correspondem à diferença entre os respetivos valores de rea-
lização, líquido de encargos, e de aquisição, deduzido das
reintegrações e amortizações praticadas (...) –, dispõe o ar-
tigo 47º do CIRC que o valor de aquisição (...) deve ser ac-
tualizado mediante aplicação de coeficientes para o efeito
publicados, sempre que, à data da realização, tenham de-
corrido pelo menos 2 anos desde a data de aquisição, sendo
o valor dessa correção monetária deduzido para efeito de de-
terminação do lucro tributável.
O mesmo se diga para efeito de determinação do rendimento
sujeito a IRS, atento o disposto no artigo 50º do respetivo Có-
digo.
São os seguintes esses coeficientes (não sofrem alteração
os relativos aos anos de 1988 e seguintes):
AF 048 g IMI - VALOR MÉDIO
DA CONSTRUÇÃO POR M²/2015
A Portaria 280/2014, de 30 de dezembro, manteve em €
482,40 o valor médio da construção por metro quadrado a
que se refere ao artigo 39º do Código do Imposto Municipal
de Imóveis (CIMI), para efeitos de avaliação de prédios ur-
banos e determinação do respetivo valor patrimonial tributá-
rio.
O que significa que se mantém igualmente em € 603,00
(€482,40 + 25%) o valor base para efeitos de avaliação dos
prédios edificados.
Este valor (que se mantém inalterado desde 2010, pese a
quebra significativa do valor de mercado dos prédios urba-
nos, principalmente para habitação…) vigora em 2015 e
aplica-se a todos os prédios urbanos cujas declarações mo-
delo n.º 1 sejam entregues a partir de 1 de Janeiro.
Ano Coeficiente Ano Coeficiente
Até 1903
De 1904 a 1910
De 1911 a 1914
1915
1916
1917
1918
1919
1920
1921
1922
1923
1924
De 1925 a 1936
De 1937 a 1939
1940
1941
1942
1943
De 1944 a 1950
De 1951 a 1957
De 1958 a 1963
1964
1965
1966
De 1967 a 1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
De 1991 até à data (2014) foram publicadas as seguintes
portarias, para os bens e direitos alienados em:
2014: Portaria 281/2014, de 30/12
2013: Portaria 376/2013, de 30/12
2012: Portaria 401/2012, de 6/12
2011: Portaria 282/2011, de 21/10
2010: Portaria 785/2010, de 23/8
2009: Portaria 772/2009, de 21/7
2008: Portaria 362/2008, de 13/5
2007: Portaria 768/2007, de 9/7
2006: Portaria 429/2006, de 3/5
2005: Portaria 488/2005, de 20/5
2004: Portaria 376/2004, de 14/4
2003: Portaria 287/2003, de 3/4
2002: Portaria 553/2002, de 3/6
2001: Portaria 1040/2001, de 28/8
2000: Portaria 390/2000, de 10/7
1999: Portaria 393/99, de 29/5
1998: Portaria 280/98, de 6/5
1997: Portaria 222/97, de 2/4
1996: Portaria 107/96, de 10/4
1995: Portaria 388/95, de 21/4
1994: Portaria 277/94, de 10/5
1993: Portaria 470/93, de 5/5
1992: Portaria 395/92, de 12/5
1991: Portaria 332/91, de 1/4
4631,11
4311,02
4134,75
3678,66
3011,00
2403,68
1714,96
1314,32
868,45
566,63
419,64
256,81
216,18
186,33
180,95
152,26
135,24
116,76
99,42
84,40
77,43
72,80
69,58
67,02
64,04
59,89
55,46
52,79
49,35
44,86
34,41
29,39
24,62
18,88
14,78
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
11,66
10,51
8,60
7,13
5,71
4,43
3,71
3,35
3,07
2,76
2,49
2,22
1,96
1,81
1,68
1,60
1,54
1,50
1,48
1,43
1,41
1,38
1,29
1,24
1,20
1,18
1,16
1,12
1,10
1,07
1,08
1,07
1,03
1,00
1,00
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 11
g FISCALIDADE
Evolução do valor médio do preço da construção:
2015 - € 482,40 - € 603 - Portaria 280/2014, de 30/!2
2014 - € 482,40 - € 603 - Portaria 370/2013, de 27/12
2013 - € 482,40 - € 603 - Portaria 424/2012, de 28/12
2012 - € 482,40 - € 603 - Portaria 307/2011, de 21/12
2011 - € 482,40 - € 603 - Portaria 1330/2010, de 31/12
2010 - € 482,40 - € 603 - Portaria 1456/2009, de 30/12
2009 - € 487,20 - € 609 - Portaria 1545/2008, de 31/12
2008 - € 492 - € 615 - Portaria 16-A/2008, de 8/1
2007 - € 492 - € 615 - Portaria 1433-C/2006, de 29/12
2006 - € 492 - € 615 - Portaria 90/2006, de 27/1
2005 - € 490 - € 612,50 - Portaria 99/2005 (2ª série),
de 29.12.2004, in DR de 17/1
2004/03 - € 480 - € 600 - Portaria 982/2004, de 4/8
AF 049 g CÓDIGO FISCAL DO INVESTIMENTO
- ATIVIDADES BENEFICIÁRIAS
Código Fiscal do Investimento – Atividades beneficiárias
Em execução do Código Fiscal do Investimento, aprovado
pelo DL 162/2014, de 31 de outubro, a PORTARIA 282/2014,
de 30 de dezembro, definiu as atividades económicas a cujos
projetos de investimento produtivo se aplicam o regime de
benefícios fiscais nele previstos.
Não são elegíveis para a concessão de benefícios fiscais os
projetos de investimento que tenham por objeto as atividades
económicas dos setores siderúrgico, do carvão, da pesca e
da aquicultura, da produção agrícola primária, da transfor-
mação e comercialização de produtos agrícolas enumerados
no anexo I do Tratado sobre o Funcionamento da União Eu-
ropeia, da silvicultura, da construção naval, das fibras sintéti-
cas, dos transportes e das infraestruturas conexas e da
produção, distribuição e infraestruturas energéticas.
Sem prejuízo destas restrições, as atividades económicas be-
neficiárias do regime de benefícios fiscais do CFI são as cor-
respondentes às seguintes CAE:
a) Indústrias extrativas - divisões 05 a 09;
b) Indústrias transformadoras - divisões 10 a 33;
c) Alojamento - divisão 55;
d) Restauração e similares - divisão 56;
e) Atividades de edição - divisão 58;
f) Atividades cinematográficas, de vídeo e de produção de
programas de televisão - grupo 591;
g) Consultoria e programação informática e atividades rela-
cionadas - divisão 62;
h) Atividades de processamento de dados, domiciliação de
informação e atividades relacionadas e portais Web - grupo
631;
i) Atividades de investigação científica e de desenvolvimento
- divisão 72;
j) Atividades com interesse para o turismo - subclasses
77210, 90040, 91041, 91042, 93110, 93210, 93292, 93293 e
96040;
k) Atividades de serviços administrativos e de apoio prestados
às empresas - classes 82110 e 82910.
AF 050 g ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2015.ALTERAÇÕES FISCAIS
Publicada em 1º Suplemento ao D.R. de 31 de Dezembro, a
LEI 82-B/2014, em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015,
aprova o Orçamento do Estado para 2015 e procede a diver-
sas alterações de natureza e âmbito fiscal, que passamos a
destacar em síntese:
1. SEGURANÇA SOCIAL
Suspensão do regime de atualização anual do IAS, INDEXANTE
DE APOIOS SOCIAIS, que assim se mantém em € 419,22;
Manutenção em 2015 da MAJORAÇÃO EM 10% DO SUBSÍDIO DE
DESEMPREGO nas situações de desemprego no mesmo agre-
gado familiar com filhos do (agregados monoparentais) ou de
ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto;
Alargamento do dever de disposição de CAIXA POSTAL ELE-TRÓNICA a todos os trabalhadores independentes que se en-
contrem sujeitos ao cumprimento da obrigação contributiva
(que antes apenas recaía sobre os enquadrados no 3º esca-
lão ou superior);
Sujeição a incidência contributiva do valor mensal atribuído
pela entidade patronal ao trabalhador em “VALES DE TRANS-PORTES PÚBLICOS COLETIVOS”, nos mesmos termos previstos no
CIRS;
Extensão aos trabalhadores admitidos antes de setembro de
2014 (antes, maio de 2014…) que aufiram o salário mínimo
da REDUÇÃO TEMPORÁRIA DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA EM-PRESA (de 34,75% para 34%), criada para atenuar o efeito
desse aumento e que vigora de novembro/2014 a ja-
neiro/2016 (em caso de trabalhador a tempo parcial, o re-
querimento deve ser entregue até 31 de janeiro para que a
empresa beneficie da redução durante todo o período refe-
rido de 15 meses).
2. IRSManutenção em 2015 da SOBRETAXA EM SEDE DE IRS, com a
novidade de a ela poder ser deduzido, após a dedução por
cada dependente ou afilhado civil, um crédito fiscal que
atende à receita fiscal efetiva de IRS e IVA em 2015 em rela-
ção à receita estimada neste OE desses impostos, apurado
pela fórmula [(receitas de IRS e IVA em 2015 conforme exe-
cução orçamental de dezembro de 2015 – receitas de IRS e
IVA previstas no OE/2015) / valor da retenção na fonte em
sede de sobretaxa de 2015 x 100].
3. IRCREDUÇÃO DA TAXA GERAL DE IRC, de 23% para 21%, em linha
com o compromisso constante da reforma do IRC corporizado
pela Lei 2/2014, de 16/1.
Nova obrigação, de COMUNICAÇÃO DOS INVENTÁRIOS (artº 3º-A
do DL 198/2012, de 24/8), que recai sobre SP com sede, es-
tabelecimento estável ou domicílio fiscal em território portu-
guês, com contabilidade organizada e obrigados à
elaboração de inventário, que devem efetuar a comunicação
à AT do inventário respeitante a 31 de dezembro de cada ano
até 31 de janeiro do ano seguinte, por transmissão eletrónica
de dados, ficando apenas dispensados os SP cujo volume de
negócios do exercício anterior ao da comunicação no exceda
€100. 000.
Até 31/01/2015 devem os SP comunicar o inventário de
31/12/2014.
g FISCALIDADE
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4. IVACESSAÇÃO DE ATIVIDADE passa também a ser declarada oficio-
samente pela AT após comunicação do tribunal do encerra-
mento da atividade do estabelecimento, nos termos do artigo
65º, nº 3, do CIRE;
Clarificação das alíneas b) do nºs 7 do artº 78º e 4 do artº 78º-
A do CIVA no sentido de permitir que o sujeito passivo possa
deduzir o IVA RELATIVO A CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
em processo de insolvência, quando esta for decretada de
caráter limitado, após o trânsito em julgado da sentença de
verificação e graduação de créditos prevista no CIRE ou,
quando exista, a homologação do plano (…);
Obrigação, aquando da comunicação ao adquirente do bem
ou serviço que seja um sujeito passivo de IVA da anulação
total ou parcial do imposto, para efeitos de retificação da de-
dução inicialmente efetuada, de a mesma identificar as fatu-
ras, o montante do crédito e do imposto a ser regularizado, o
processo ou acordo em causa, bem como o período em que
a regularização é efetuada (artºs 78º, nº 11, 78º-B, nº 9, e 78º-
C, nº 3, do CIVA);
Criação do novo «REGIME FORFETÁRIO DOS PRODUTORES AGRÍ-COLAS» (artºs 59º-A a 59º-E), ao abrigo do qual os SP isentos
nos termos do artigo 53º do CIVA (volume de negócios não
superior a € 10.000…) que efetuem transmissões de produ-
tos agrícolas e prestações de serviços agrícolas (os elenca-
dos nos novos Anexos F e G do CIVA) podem requerer
semestralmente à AT, até ao dia 20 dos meses de julho e ja-
neiro, uma compensação igual a 6% do total das
vendas/prestações de serviços efetuadas a certos SP no se-
mestre anterior.
Os SP que pretendam optar pela aplicação deste regime em
2015 devem exercê-la até final de fevereiro, através da de-
claração de alterações.
4. SELOO locador e o sublocador passam, a partir de 01/04/2015, a
dever comunicar à AT a CESSAÇÃO DO ARRENDAMENTO, SUBAR-RENDAMENTO E RESPETIVAS PROMESSAS, como já tinham que co-
municar o início do contrato, suas alterações e, no caso de
promessa, a disponibilização do locado, até ao fim do mês
seguinte ao do facto, sendo que a comunicação passa a ser
feita em declaração de modelo oficial, a aprovar por portaria,
sendo dispensada a entrega de um exemplar do contrato.
6. IMIPossibilidade de as câmaras municipais poderem aprovar a
REDUÇÃO DA TAXA DE IMI EM FUNÇÃO DO Nº DE DEPENDENTES que
integrem o agregado familiar do proprietário de imóvel desti-
nado a habitação própria e permanente, podendo a redução
ir até a 10%, 15% ou 20% consoante o nº de dependentes a
cargo seja 1, 2 ou 3.
7. IUCNos termos do novo artº 17º-A do CIUC, relativo ao «efeitos
fiscais da regularização da propriedade», a ALTERAÇÃO DA TI-TULARIDADE DO DIREITO DE PROPRIEDADE EFETUADA AO ABRIGO DO
PROCEDIMENTO ESPECIAL PARA REGISTO DE PROPRIEDADE DE VEÍ-CULOS ADQUIRIDA POR CONTRATO VERBAL DE COMPRA E VENDA, re-
centemente aprovado pelo DL 177/2014, de 15/12, RELEVA
PARA EFEITOS DE IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO, DESDE A DATA
DA TRANSMISSÃO, quando o pedido é apresentado pelo vende-
dor no prazo de 1 ano após o decurso do prazo para cumpri-
mento do registo obrigatório (aplicável apenas a operações
de compra e venda de veículos ocorridas em ou após
01/01/2015);
Manutenção em 2015, sem alteração, do ADICIONAL DE IUC IN-CIDENTE SOBRE OS VEÍCULOS A GASÓLEO.
8. EBFCriação do MECENATO CULTURAL (novo artº 62º-B), ao abrigo
do qual os donativos atribuídos são considerados perdas ou
gastos para efeitos de IRC e Categoria B de IRS em deter-
minadas percentagens, majoradas, consoante o beneficiário
seja entidade pública ou privada (neste último caso, com o li-
mite de 8/1000 do volume de vendas)
9. LEI GERAL TRIBUTÁRIA
AUMENTO DA ALÇADA DOS TRIBUNAIS TRIBUTÁRIOS DE 1ª INSTÂN-CIA, que passa de € 1.250 para € 5.000. O que significa im-
possibilidade de recurso para tribunais superiores de
decisões de processos judiciais de valor inferior a este mon-
tante;
ATRIBUIÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS DA AT DE PODERES DE AUTORIDADE
PÚBLICA, quando no exercício das funções que nessa quali-
dade lhes sejam cometidas (novo artº 64º-C)
10. PROCEDIMENTO E PROCESSO TRIBUTÁRIO
CONSTITUIÇÃO OBRIGATÓRIA DE
ADVOGADO nas causas judi-
ciais cujo valor exceda o
dobro da alçada do tribunal
tributário de 1.ª instância (€
10.000), quando antes só era
obrigatória a partir de €
12.500;
Adaptação de várias disposi-
ções ao aumento do valor da
alçada dos tribunais tributá-
rios;
Aumento, de 10 para 50 UC (UC = €102), do limite da quan-
tia exequenda a partir do qual é dispensada a citação nas
execuções fiscais por meio de via postal registada;
DISPENSA DE PRESTAÇÃO DE GARANTIA nos pedidos de paga-
mento em prestações quando a dívida fiscal do executado
seja de valor inferior a €5.000 (€2.500€ sendo pessoa singu-
lar).
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 13
g FISCALIDADE
AF 051 g REFORMA DO IRS
A LEI 82-E/2014, de 31 de dezembro, aprovou a reforma da
tributação das pessoas singulares, orientada para a família,
para a simplificação e para a mobilidade social, alterando o
Código do IRS, que republica, o Código do Imposto do Selo,
o Estatuto dos Benefícios Fiscais, a Lei Geral Tributária, o Có-
digo de Procedimento e de Processo Tributário, o Regime
Geral das Infrações Tributárias e o DL 26/99, de 28/1, relativo
ao regime dos vales sociais, revogando ainda o regime legal
das retenções na fonte, aprovado pelo DL 42/91, de 22/1.
Diploma que, por manifesta falta de tempo, comentaremos
em próxima oportunidade, mas que poderá ser consultado
desde já em https://dre.pt/application/file/66014834.
Sem prejuízo, destacamos que a partir de 1 de janeiro de
2015 apenas as FATURAS QUE INCLUAM O NIF DO SUJEITO PAS-SIVO ou MEMBRO DO SEU AGREGADO FAMILIAR serão consideradas
no IRS, pois só assim poderá beneficiar das seguintes dedu-
ções à coleta:
➢ 35% das despesas gerais familiares (por exemplo, des-pesas com supermercado, vestuário, combustíveis, água,
luz, gás ou outras), até ao máximo de €250 por sujeito
passivo (o que corresponde à realização de despesas até
€715);
➢ 15% das despesas de saúde, até um máximo de €1.000;
➢ 30% das despesas de educação, até um máximo de€800;
➢ 15% das despesas com rendas de habitação, até um má-ximo de €502 ou 15% das despesas com juros de em-
préstimo à habitação, no caso de casa própria, até um
máximo de €296;
➢ 25% das despesas com lares de 3ª idade, até um máximode €403,75;
➢ 15% do IVA suportado em cada fatura relativa a despe-sas nos setores da restauração e hotelaria, cabeleireiros
e reparações de automóveis e de motociclos, até um má-
ximo de €250.
Como refere o direito-geral da AT em e-mail enviado aos con-
tribuintes, o cálculo das despesas a considerar no IRS passa
a ser baseado no sistema e-fatura. Basta, pois, que o SP exija
faturas com o seu NIF nas compras que realiza para que as
empresas sejam obrigadas a comunicar as faturas à AT, co-
municação que permite a esta disponibilizar as despesas do
SP na sua página pessoal do Portal das Finanças, consultá-
vel a qualquer momento, e mais tarde efetuar o pré-preen-
chimento da declaração de IRS referente ao ano de 2015, a
entregar em 2016.
AF 052 g REFORMA DA FISCALIDADE VERDE
A LEI 82-D/2014, publicada em 2º suplemento ao D.R. de 31
de dezembro, procedeu à alteração das normas fiscais am-
bientais nos setores da energia e emissões, transportes,
água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodi-
versidade, alterando, para o efeito, os Códigos do IRS e do
IRC, do IVA, do IMI, do Imposto sobre Veículos (ISV) e dos
Impostos Especiais de Consumo (IEC) e o Estatuto dos Be-
nefícios Fiscais (EBF), além, entre outros diplomas, dos rela-
tivos ao regimes das depreciações e amortizações e da
gestão de resíduos.
Aprovou ainda um regime de tributação dos SACOS DE PLÁS-TICO e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de
vida, no quadro de uma reforma da
fiscalidade ambiental.
Assim:
[IRS] Redução das taxas de TRIBU-TAÇÃO AUTÓNOMA incidentes SOBRE
VIATURAS LIGEIRAS de passageiros ou
mistas híbridas plug-in de 10% para
5% (se tiver custo inferior a €20.000)
e de 20% para 10%, taxas que
serão de 7,5% e 15%, respetivamente, quando movidas a
GPL ou gás natural veicular.
[IRC] REDUÇÃO SIMILAR OCORRE NO IRC, baixando de 10%,
27,5% e 35% para 5%, 10% e 17,5% as taxas de tributação
autónoma incidentes sobre viaturas ligeiras de passageiros
híbridas plug-in, conforme o seu custo de aquisição seja in-
ferior a €25.000, a €35.000 e igual ou superior a €35.000, res-
petivamente. Taxas que baixam para 7,5%, 15% e 27,5%,
respetivamente, no caso de viaturas ligeiras de passageiros
movidas a GPL ou GNV.
Possibilidade de DEDUÇÃO FISCAL DAS PROVISÕES constituídas,
por empresas de qualquer setor, com o objetivo de fazer face
aos encargos com a reparação dos danos de caráter am-
biental dos locais afetos à exploração, sempre que tal seja
obrigatório nos termos da legislação aplicável e após a ces-
sação desta.
Redução, de 25% para 8%, da taxa de depreciação e amor-
tização dos EQUIPAMENTOS DE ENERGIA SOLAR, incluindo no-
meadamente equipamentos de energia solar fotovoltaica, ou
equipamentos de energia eólica (verba 2250).
[IVA] DIREITO À DEDUÇÃO DO IVA contido nas despesas relati-
vas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à trans-
formação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in de viaturas
ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-
in, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de
aquisição não exceda o definido na Portaria 467/2010, de 7/7.
Na sequência da alteração da própria Portaria 467/2010 pela
lei em apreço, é o seguinte o CUSTO DE AQUISIÇÃO OU VALOR DE
REAVALIAÇÃO DAS VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS OU MISTAS
PARA EFEITOS DA ALÍNEA E) DO Nº 1 DO ARTIGO 34º DO CIRC:
. ADQUIRIDAS NOS PERÍODOS DE TRIBUTAÇÃO QUE SE INICIEM EM
01/01/2015 OU APÓS ESSA DATA:€ 62 500 - veículos movidos exclusivamente a energia elé-
trica
€ 50 000 - veículos híbridos plug-in
€ 37 500 - veículos movidos a gases de petróleo liquefeito
(GPL) ou gás natural veicular (GNV)
€ 25 000 - restantes viaturas
. Adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem entre
01/01/2012 e 31/12/2014:
. € 50 000 - veículos movidos exclusivamente a energia
elétrica
€ 25 000 - restantes viaturas
. Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2011:
€ 45 000 - veículos movidos exclusivamente a energia elé-
trica
€ 30 000 - restantes viaturas
. Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2010
- € 40 000;
O mesmo se aplica relativamente à DEDUÇÃO DO IVA (mas na
proporção de 50%) contido nas despesas com aquisição, fa-
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 14
brico ou importação, locação e transformação em viaturas
movidas a GPL ou a GNV de viaturas ligeiras de passageiros
ou mistas movidas a GPL ou a GNV, quando consideradas
viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda o li-
mite supra.
TAXA REDUZIDA DE IVA nos serviços de reparação de velocí-
pedes.
Sujeição a IVA do SERVIÇO PÚBLICO DE REMOÇÃO DE LIXOS.
[IMI] Eliminação do elemento minorativo «utilização de técni-
cas ambientalmente sustentáveis, ativas ou passivas» das
Tabelas dos coeficientes de qualidade e de conforto utiliza-
das para AVALIAÇÃO DOS PRÉDIOS URBANOS.
[EBF] Aumento, de 2 para 3 anos, do período de ISENÇÃO DE
IMI dos prédios objeto de reabilitação urbanística, assim
como do período de ISENÇÃO DO IMT relativo a aquisição de
prédios urbanos destinados a reabilitação urbana
REDUÇÃO DE 50% DO IMI, por 5 anos, relativo a prédios (não
habitacionais, nem comerciais, nem terrenos para constru-
ção) exclusivamente afetos à produção de energia a partir de
fontes renováveis.
Possibilidade de as câmaras municipais fixarem uma REDU-ÇÃO ATÉ 15% DA TAXA DE IMI a aplicar, pelo período der 5 anos,
aos prédios urbanos com eficiência energética igual ou su-
perior à classe A, ou com classe superior em pelo menos 2
classes à classe anterior, na sequência de obras de constru-
ção, reconstrução e outras, ou quando aproveitem águas re-
siduais tratadas ou águas pluviais, em termos a definir por
portaria.
Podem igualmente fixar uma REDUÇÃO ATÉ 50% DA TAXA DE IMIa aplicar, por 5 anos, aos prédios rústicos integrados em
áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossis-
tema não apropriáveis pelo mercado, desde que sejam reco-
nhecidos como tal pelo Instituto da Conservação da Natureza
e das Florestas.
MAJORAÇÃO DOS GASTOS SUPORTADOS COM A AQUISIÇÃO EM POR-TUGAL DE ELETRICIDADE, GNV E GPL para abastecimento de
táxis e veículos afetos ao transporte público de mercadorias
ou passageiros, que são dedutíveis em valor correspondente
a 130% (eletricidade) e 120%.
MAJORAÇÃO DAS DESPESAS COM OS SISTEMAS CAR-SHARING
(110%) e BIKE-SHARING (140%) de mobilidade sustentável pelo
pessoal do sujeito passivo por este incorridas, benefício que
ainda acumula com o benefício previsto no n.º 15 do artigo
43.º do CIRC relativo à aquisição de passes sociais, com o li-
mite, em qualquer caso, de € 6250 por trabalhador depen-
dente.
MAJORAÇÃO, em 120%, do valor das despesas com a AQUISI-ÇÃO DE FROTAS DE VELOCÍPEDES em benefício do pessoal do su-
jeito passivo, a definir por portaria, que se mantenham no
património do mesmo durante, pelo menos, 18 meses, bem
como dos custos suportados com a sua reparação e manu-
tenção, desde que o benefício tenha caráter geral.
INCENTIVOS FISCAIS À ATIVIDADE SILVÍCOLA, como a taxa de im-
posto a aplicar aos rendimentos da categoria B de IRS de-
correntes de explorações silvícolas plurianuais, que é
apurada pela divisão do rendimento por 12 (regime simplifi-
cado) ou pela soma do número de anos ou fração a que res-
peitem os gastos imputados ao respetivo lucro tributável. São
criadas igualmente ISENÇÕES DE IMI, IMT E DE IMPOSTO DO SELO
relativamente a prédios rústicos que correspondam a áreas
florestais abrangidas por zona de intervenção florestal (…) e
a prédios rústicos destinados à exploração florestal que sejam
confinantes com prédios rústicos submetidos a plano de ges-
tão florestal elaborado (…)
INCENTIVO FISCAL AO ABATE DE VEÍCULOS EM FIM DE VIDA
A lei em apreço recu-
pera o regime excecio-
nal de incentivo fiscal à
destruição de automó-
veis ligeiros em fim de
vida, traduzido na redu-
ção do ISV até à sua
concorrência, quando
aplicável, ou na atribui-
ção de um subsídio, no
montante de:
a) €4500, devido pela introdução no consumo, mesmo
por locação financeira, de um veículo elétrico novo
sem matrícula;
b) Redução de ISV até €3250, devido pela introdução no
consumo de um veículo híbrido plug-in novo sem ma-
trícula;
c) €1000, devido pela introdução no consumo de um veí-
culo quadriciclo pesado elétrico novo sem matrícula.
Podem beneficiar destes incentivos fiscais os veículos ligeiros
que, sendo propriedade do requerente há mais de 6 meses,
contados da data de emissão do certificado de matrícula, es-
tejam matriculados há 10 ou mais anos, livres de quaisquer
ónus ou encargos, em condições de circular pelos seus pró-
prios meios (ou, não sendo esse o caso, possuam ainda
todos os seus componentes) e sejam entregues para des-
truição nos centros e nas condições previstas para o efeito.
CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS SACOS PLÁSTICOS
Amplamente discutida a «nova» contribuição sobre sacos de
plástico leves, ora aprovada e já regulamentada pela PORTA-RIA 286-B/2014, da mesma data (31/12), em vigor a partir de
1 de janeiro e que produz efeitos 30 dias depois, não podendo
ser distribuídos aos adquirentes finais sacos de plástico leves
relativamente aos quais não seja exigível a contribuição a
partir de 15 DE FEVEREIRO DE 2015.
A contribuição, no valor de 8 CÊNTIMOS POR CADA SACO, incide
sobre os sacos de plástico leves, produzidos, importados ou
adquiridos em Portugal continental, bem como sobre os
sacos de plástico leves expedidos para o mesmo território.
E É ENCARGO DO ADQUIRENTE FINAL, devendo os agentes eco-
nómicos inseridos na cadeia comercial repercutir o encargo
económico da contribuição para o seu adquirente, a título de
preço, discriminando-o na fatura, mesmo que não cobrem
qualquer valor pelo saco. Ao fim e ao cabo, o objetivo é levar
os consumidores a reduzir a quantidade de sacos plásticos
leves e a preferir soluções ambientalmente mais sustentá-
veis, como a utilização de sacos reutilizáveis, garantindo o
combate à acumulação de resíduos de plástico nos ecossis-
temas, nomeadamente no meio marinho.
SACO DE PLÁSTICO LEVE é o saco, considerado embalagem em
conformidade com a definição de embalagem constante na
Diretiva 94/62/CE, de 20/12, composto total ou parcialmente
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 15
por matéria plástica, em conformidade com a definição cons-
tante do nº 1 do artigo 3º do Regulamento (UE) 10/2011, de
14/1, com alças e com espessura de parede igual ou inferior
a 50 μm, vendido ou disponibilizado gratuitamente ou com
custo associado, avulso ou embalado, nomeadamente os
abrangidos pelos seguintes códigos NC 3923 21 00 (sacos
de quaisquer dimensões de polímeros de etileno), 3923 29
10 (sacos de quaisquer dimensões de policloreto de vinilo) e
3923 29 90 (sacos de quaisquer dimensões, de outros plás-
ticos).
ESTÃO ISENTOS DA CONTRIBUIÇÃO os sacos de plástico leves
que:
- Sejam objeto de exportação pelo sujeito passivo
- Sejam expedidos ou transportados para outro Estado mem-
bro da UE pelo sujeito passivo ou por um terceiro, por conta
deste
- Sejam expedidos ou transportados para fora do território
de Portugal continental
- Não tenham alças e se destinem a entrar em contacto, ou
estejam em contacto, em conformidade com a utilização a
que se destinam, com os géneros alimentícios, abrangidos
pelo DL 62/2008, de 31/3, alterado pelos DL 29/2009, de
2/2, e 55/2011, de 14/4, incluindo o gelo
- Sejam utilizados em donativos a instituições de solidarie-
dade social.
O FACTO GERADOR DA CONTRIBUIÇÃO é a produção, a importação
e a aquisição intracomunitária de sacos de plástico leves,
sendo SUJEITOS PASSIVOS os seus produtores ou importadores
com sede ou estabelecimento estável em Portugal continen-
tal, bem como os adquirentes a fornecedores com sede ou
estabelecimento estável noutro Estado membro da UE ou nas
regiões autónomas.
Os SENHORES ASSOCIADOS, como comerciantes que se limi-
tam a disponibilizar nos seus estabelecimentos sacos de
plástico leves, gratuitamente ou não, adquiridos previamente
a produtor nacional ou importador, NÃO SÃO ASSIM SUJEITOS
PASSIVOS, devendo limitar-se a incluir e discriminar a contri-
buição na fatura que emite ao adquirente final.
Na FATURA deverão indicar a designação do saco (como
«sacos de plástico leves» ou «sacos leves»), o nº de sacos
vendidos ou disponibilizados e o valor cobrado a título de
preço, incluindo a contribuição devida.
A CONTRIBUIÇÃO É EXIGÍVEL NO MOMENTO DA SUA INTRODUÇÃO NO
CONSUMO, ou seja, quando são alienados pelos sujeitos pas-
sivos. Que deve ser formalizada através da declaração de in-
trodução no consumo (DIC) ou no ato da importação, através
da respetiva declaração aduaneira. E É PAGA até ao dia 15 do
segundo mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeite
a exigibilidade.
Consulte a Lei 82-D/2014 e a Portaria 286-B/2014 em
https://dre.pt/application/file/66014833 e https://dre.pt/appli-
cation/file/66014856.
AF 053 g GRANDES OPÇÕES DO PLANO
PARA 2015
As Grandes Opções do Plano para 2015 foram aprovadas
pela Lei 82-A/2014, de 31 de dezembro.
AF 054 g ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IRC
Pouco menos de 1 ano após a publicação da reforma do IRC,
operada pela Lei 2/2014, de 16 de janeiro, a LEI 82-C/2014,
de 31 de dezembro, altera diversas disposições do respetivo
Código (artigos 6.º, 14.º, 23.º, 28.º-A, 28.º-C, 41.º, 46.º, 47.º-
A, 51.º, 51.º-C, 51.º-D, 52.º, 53.º, 54.º-A, 67.º, 69.º, 75.º, 86.º-
B, 88.º, 97.º, 105.º, 117.º e 118.º), alteração justificada pela
necessidade de transpor para o direito nacional a Diretiva
2014/86/UE, de 8 de julho, que altera a Diretiva 2011/96/UE
relativa ao regime fiscal comum aplicável às sociedades-
mães e sociedades afiliadas de Estados membros diferentes
e adequar o regime especial de tributação de grupos de so-
ciedades à jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da
União Europeia.
Destacamos:
• A consideração como gas-
tos e perdas, dedutíveis
para efeitos fiscais, dos
encargos relativos a
AÇÕES PREFERENCIAIS SEM
VOTO CLASSIFICADAS COMO PASSIVO FINANCEIRO de acordo com
a normalização contabilística em vigor, incluindo os gastos
com a emissão desses títulos;
• Na noção de «SOCIEDADE DE PROFISSIONAIS» para efeitos do
regime de transparência fiscal, o aumento (de 1 para 183
dias do período de tributação) do prazo mínimo em que o
número de sócios não deve ser superior a 5;
• Consideração como MAIS-VALIA OU MENOS-VALIA DE PARTES
SOCIAIS, no caso de transmissões onerosas realizadas no
âmbito de operações de fusão, quando não sejam atribuí-
das partes sociais ao sócio da sociedade fundida, a dife-
rença positiva ou negativa, respetivamente, entre o valor
de mercado das partes de capital da sociedade fundida na
data da operação e o valor de aquisição das partes de ca-
pital detidas pelos sócios da sociedade fundida;
• Alinhamento do PRAZO DE DEDUÇÃO DOS PREJUÍZOS FISCAIS re-
feridos no artigo 53º para determinação do rendimento glo-
bal com o consagrado no artigo 52º (de 5 para 12 períodos
de tributação posteriores), com efeitos a 01/01/2014;
• Para efeito de determinação da matéria coletável, o resul-
tado positivo de RENDIMENTOS PREDIAIS passa a obter-se de-
duzindo ao montante dos rendimentos prediais ilíquidos, e
até à sua concorrência, as despesas de manutenção e de
conservação dos imóveis que os geraram, o IMI, o imposto
do selo que incide sobre o valor dos prédios ou parte de
prédios, os prémios dos seguros obrigatórios e as respeti-
vas taxas municipais;
• Aumento, de 1 não para 2 anos, do prazo de permanência
da titularidade na mesma entidade da participação no ca-
pital para efeito de DISPENSA DE RETENÇÃO NA FONTE DE IRC,
quando este tem a natureza de imposto por conta, sobre
os lucros e reservas distribuídos;
• DISPENSA DA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE CESSAÇÃO DE ATIVI-DADE pelos sujeitos passivos registados na Conservatória
do Registo Comercial ou inscritos no Ficheiro Central das
Pessoas Coletivas.
Consulte a Lei 82-C/2014 em
https://dre.pt/application/file/66014832
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 16
OF 001 g PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS
JANEIRO WWW.PORTALDASFINANCAS.GOV.PT
SUMÁRIO
ATÉ AO DIA 12- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE MENSAL (NOV.14)- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - ENTREGA DAS DECLARAÇÕES
(DEZ.14)- IRS - DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES AT (DEZ.14)ATÉ AO DIA 20- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - PAGAMENTO (DEZ.14)- SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - PAGAMENTO (DEZ.14)- FUNDOS DE COMPENSAÇÃO - PAGAMENTO DAS ENTREGAS
(DEZ.14)- IRC/IRS - RETENÇÕES NA FONTE (DEZ.14)- SELO - PAGAMENTO DO RELATIVO A DEZ.14- IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA - REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL
- IRS/IRC - ENTREGA DE DOCUMENTO RELATIVO A RENDIMENTOS PAGOS /2014
ATÉ AO DIA 26- IVA - COMUNICAÇÃO À AT DAS FATURAS EMITIDAS EM DEZ.14ATÉ AO DIA 31- IUC - PAGAMENTO - VEÍCULOS COM ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EM
JAN.15- IRC/IRS - COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE 31/12/2014 À AT - IRS/IRC - DECLARAÇÃO MOD. 39 - RENDIMENTOS/RETENÇÕES TAXAS LI-
BERATÓRIAS
g ATÉ AO DIA 12IVA - PERIODICIDADE MENSAL
Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de pe-riodicidade mensal devem proceder à entrega, pela Internet,da declaração periódica relativa ao IVA apurado no mês deNOVEMBRO DE 2014, acompanhada dos anexos que forem de-vidos, e efetuar, se for caso disso, o competente pagamento.
SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL
- DECLARAÇÕES DE REMUNERAÇÕES
Devem ser entregues as declarações de remunerações relati-vas ao mês de DEZEMBRO DE 2014, exclusivamente através daSegurança Social Direta, incluindo o empregador que seja pes-soa singular e com apenas um trabalhador ao seu serviço.
IRS - DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES (AT)As entidades que pagaram ou colocaram à disposição de re-sidentes em território português, em DEZEMBRO DE 2014, ren-dimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda quedele isentos ou excluídos de tributação nos termos dos arti-gos 2º e 12º do CIRS, devem proceder ao envio, pela Inter-net, da Declaração Mensal de Remunerações (AT) paracomunicação de tais rendimentos e respetivas retenções deimposto, das deduções efectuadas relativamente a contribui-ções obrigatórias para regimes de proteção social e subsis-temas legais de saúde e quotizações sindicais.
O envio da DMR é efetuado através dos Portais das Finançasou da Segurança Social, ESTANDO DISPENSADAS DESTA OBRIGA-ÇÃO as entidades que não exerçam atividades empresariaisou profissionais ou, exercendo-as, tais rendimentos não serelacionem exclusivamente com essas actividades, as quaispodem optar por declarar tais rendimentos na declaraçãoanual modelo 10.
g ATÉ AO DIA 20SEGURANÇA SOCIAL – REGIME GERAL - PAGAMENTO
Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2014.
SEGURANÇA SOCIAL – INDEPENDENTES - PAGAMENTO
Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2014.FUNDOS DE COMPENSAÇÃO – PAGAMENTO
Deve ser efetuado o pagamento das entregas devidas aoFundo de Compensação do Trabalho (FCT) e ao Fundo deGarantia de Compensação do Trabalho (FGCT) relativas aDEZEMBRO DE 2014.
O pagamento é efetuado por multibanco ou homebanking, uti-lizando as referências do documento de pagamento previa-mente emitido, por iniciativa da empresa (a partir do dia 10),em www.fundoscompensacao.pt.
O pagamento corresponde a 1% da retribuição base e diu-turnidades pagas ou devidas aos trabalhadores (só dos ad-mitidos a partir de 1 de outubro de 2013), destinando-se0,925% ao FCT e 0,075% ao FGCT e sendo realizados 12pagamentos por ano (excluídos subsídios de férias e de Natale outras prestações retributivas).
IRS/IRC – RETENÇÕES NA FONTE
Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS re-tido pelas entidades que, possuindo ou devendo possuir con-tabilidade organizada, atribuíram no mês de DEZEMBRO DE
2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS B (empre-sariais e profissionais), E (capitais) e F (prediais).
Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada,que tenham pago ou colocado à disposição no mês de DE-ZEMBRO DE 2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS
A (trabalho dependente) e H (pensões), deverão declararpela mesma via e entregar o IRS retido na fonte.
O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de DE-ZEMBRO DE 2014 sobre rendimentos sujeitos a IRC.
IMPOSTO DO SELO – PAGAMENTO
Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas em-presas e outras entidades sobre quem recaia tal obrigação oimposto do selo liquidado no mês de DEZEMBRO DE 2014.
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IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA
- TRANSMISSÕES INTRACOMUNITÁRIAS
Deve ser entregue a Declaração Recapitulativa, via Internet,pelos sujeitos passivos do regime normal de periodicidademensal que em DEZEMBRO DE 2014 efetuaram transmissõesintracomunitárias de bens e ou prestações de serviços a su-jeitos passivos registados noutros Estados Membros, quandotais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º doCIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestralquando o total das transmissões intracomunitárias de bens aincluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou emqualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.
Também os sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º doCIVA que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitospassivos registados noutros Estados Membros, em DEZEMBRO
DE 2014, quando tais operações sejam aí localizadas nos ter-mos do artº 6º do CIVA, devem proceder à entrega da Decla-ração Recapitulativa, via Internet.
IRS/IRC - ENTREGA DE DOCUMENTO COMPROVATIVO
DOS RENDIMENTOS PAGOS EM 2014As entidades obrigadas a efetuar a retenção total ou parcialdo imposto e que em 2014 tenham pago ou colocado à dis-posição dos respetivos titulares, mesmo que não residentes,rendimentos enquadráveis nas categorias B (empresariais eprofissionais), E (capitais), F (prediais) e/ou H (pensões)devem entregar-lhes DOCUMENTO COMPROVATIVO das importân-cias que lhes pagaram ou colocaram à disposição, incluindoas correspondentes a rendimentos em espécie, nele discri-minando o imposto retido na fonte, as deduções efetuadas eos rendimentos que não foram objeto de retenção na fonte.
As mesmas entidades deverão possuir REGISTO ACTUALIZADO
das pessoas credoras desses rendimentos, incluindo os dacategoria A (trabalho dependente), ainda que não tenha ha-vido lugar a retenção de imposto, de que constem, pelomenos, o nome, o NIF, o código do serviço de finanças e adata e valor de cada pagamento ou dos rendimentos em es-pécie atribuídos.
Tal registo servirá posteriormente para preenchimento da DE-CLARAÇÃO MODELO 10, a enviar à AT até final de Fevereiro, aqual, face à criação da declaração mensal de remuneraçõesem 2013, discriminará apenas os rendimentos pagos ou co-locados à disposição e respetivas retenções de imposto quenão sejam rendimentos do trabalho dependente.
O referido supra é aplicável, com as necessárias adaptações,às entidades que sejam obrigadas a efetuar retenções nafonte de IRC.
g ATÉ AO DIA 26IVA – COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À ATOs sujeitos passivos de IVA são obrigados a comunicar à AT,
por via eletrónica, os elementos das faturas que emitiram emDEZEMBRO DE 2014 [artº 3º, nº 1, do DL 198/2012, de 24/8, naredação dada pela Lei 66-B/2012, de 31/12 (OE/2013)].
A comunicação é efetuada (i) em tempo real, integrada em programa de faturação
eletrónica; ou(ii) através do envio de ficheiro SAF-T (PT); ou(iii) por introdução direta no portal da AT (www.portaldas-
financas.gov.pt); ou(iv) por outra via eletrónica, a definir por portaria (ainda
não publicada à data), não podendo os sujeitos passivos alterar a modali-dade de comunicação por que optaram no decurso doano civil.
Os sujeitos passivos obrigados a produzir o ficheiro SAF-T(PT) apenas podem efetuar a comunicação através das duasprimeiras modalidades supra referidas.
g ATÉ AO DIA 31IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO
Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação(IUC) relativo a 2014 pelos veículos cujo aniversário de ma-trícula ocorra no mês de JANEIRO.
Os VEÍCULOS NOVOS ADQUIRIDOS EM 2015 devem liquidar epagar o IUC nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legalpara o registo.
A liquidação do IUC é efetuada pelo próprio sujeito passivoatravés da Internet (obrigatório para as pessoas coletivas),podendo também sê-lo em qualquer serviço de finanças, ematendimento ao público (neste caso, até 2 de fevereiro).
IRC/IRS - COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO À ATOs sujeitos passivos de IRC ou IRS que disponham de con-tabilidade organizada e legalmente obrigados a elaborar o in-ventário devem comunicar à AT o inventário respeitante aoúltimo dia do exercício anterior.
NOS TERMOS DO NOVO ARTIGO 3º-A DO DECRETO-LEI 198/2012,DE 24/8, ADITADO PELA LEI DO OE/2015, a comunicação é efe-tuada por transmissão eletrónica de dados (internet), atravésde ficheiro com as características e estrutura , dela ficando dispensadas os sujeitos passivos cujo volumede negócios não exceda 100.000 euros.
IRS/IRC - DECLARAÇÃO MODELO 39RENDIMENTOS E RETENÇÕES A TAXAS LIBERATÓRIAS
As entidades devedoras ou as entidades que tenham pagoou colocado à disposição dos respetivos titulares, em 2014,os rendimentos a que se refere o artigo 71.º do CIRS ouquaisquer rendimentos sujeitos a retenção na fonte a títulodefinitivo devem proceder ao envio, pela Internet, da decla-ração modelo 39.
Faça-nos chegar as novidades que pretende divulgar, para que nós as divulguemos por si.
Praça Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210, Fax: 225 074 218Site: www.apcmc.pt, E-mail: [email protected]
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g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 18
g DIVERSOS
g SISTEMA DE INCENTIVOS DE APOIO LOCAL
A MICROEMPRESAS
A Portaria 261/2014, de 16 de dezembro, alterou os artigos 6º
e 8º do Regulamento do Sistema de Incentivos de Apoio Local
a Microempresas (SIALM), aprovado pela Portaria 68/2013,
de 15 de fevereiro, em matéria relacionada com a duração
máxima e data de conclusão do projeto e com as condições
de pagamento do financiamento por posto de trabalho criado.
As alterações aplicam-se aos projetos que ainda não se en-
contrem encerrados em 17 de dezembro.
g SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO
A Portaria 262/2014, de 16 de dezembro, alterou o artigo 13ºe os Anexos B e D do Regulamento do Sistema de Incentivosà Inovação, aprovado pela Portaria 1464/2007, de 15 de no-vembro, com o objetivo de minimizar os riscos de situaçõesde incumprimento definitivo derivados da escassez de finan-ciamento e da alteração dos pressupostos em que assenta-vam as projeções económicas e financeiras dos projetosaprovados, consequência da atual conjuntura de crise eco-nómica, permitindo ainda, face à dificuldades na gestão or-çamental nos programas operacionais regionais, oestabelecimento de critérios adicionais de afetação de proje-tos de micro e pequenas empresas situadas nas regiõesNorte, Centro e Alentejo ao COMPETE, Programa Operacio-nal Fatores de Competitividade.
g GESTÃO DOS REEMBOLSOS DO QREN
A Portaria 263/2014, de 16 de de-
zembro, aprovou o Regulamento
de Gestão dos Reembolsos dos
Sistemas de Incentivos do QREN,
em vigor desde o dia seguinte.
Com o qual pretende, atenta a atual conjuntura de escassez
de financiamento, adotar medidas que permitam minimizar os
riscos de incumprimento definitivo ou até processos de insol-
vência, procurando evitar situações de restituição do mon-
tante total pago aos beneficiários, estabelecendo ainda os
princípios e prioridades subjacentes à reutilização das verbas
provenientes de reembolsos dos Sistemas de Incentivos do
QREN, bem como um conjunto de regras de gestão associa-
das à eficaz utilização desses recursos financeiros, em com-
plemento aos regimes dos sistemas de incentivos com apoios
reembolsáveis.
gPENSÕES - REVALORIZAÇÃO DAS REMUNERA-ÇÕES ANUAIS
A Portaria 266/2014, de
17 de dezembro, apro-
vou os coeficientes a uti-
lizar na atualização das
remunerações a conside-
rar para a determinação da remuneração de referência que
serve de base de cálculo das pensões de invalidez e de ve-
lhice do regime geral de segurança social e do regime do se-
guro social voluntário, assim como da pensão designada por
«P2» das pensões de aposentação e de reforma do regime
de proteção social convergente.
Coeficientes aplicáveis ainda, designadamente, no cálculo do
montante de reembolso das quotizações, da restituição de
contribuições e quotizações indevidamente pagas e na atua-
lização das remunerações registadas relativamente a traba-
lhadores com retribuições em dívida.
Tudo com efeitos a 1 de janeiro de 2014.
g REGISTO DA PROPRIEDADE DE VEÍCULO PELO
VENDEDOR
São conhecidos de todos os que já venderam veículos auto-
móveis os efeitos negativos do facto de não ser alterado e
atualizado o registo da respetiva propriedade em nome dos
seus compradores, designadamente ao nível da responsabi-
lidade em sede de imposto único de circulação (IUC) e pe-
rante violações ao Código da Estrada e demais legislação
estradal.
Para evitar tais problemas, o DECRETO-LEI 177/2014, DE 15 DE
DEZEMBRO, APROVOU UM REGIME ESPECIAL para o registo de pro-
priedade de veículos adquirida por contrato verbal de com-
pra e venda, tendo em vista a regularização da propriedade,
estabelecendo ainda o regime de apreensão de veículos de-
corrente do referido regime e alterando o Regulamento do
Registo de Automóveis.
O novo regime especial, em vigor desde o passado dia 20 de
dezembro, permite que o registo da propriedade do veículo
seja requerido apenas pelo vendedor, com base em docu-
mentos indiciadores da compra e venda, com notificação ao
comprador a cargo do serviço de registo.
O regime «anterior» previa que o registo pudesse ser pro-
movido por qualquer das partes, comprador ou vendedor,
tendo por base o requerimento de modelo único subscrito por
ambas as partes, no prazo de 60 dias a contar da data da
compra e venda.
Nos termos do novo regime, decorrido que seja o prazo legal
para efetuar o registo obrigatório DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS
ADQUIRIDA POR CONTRATO VERBAL DE COMPRA E VENDA (60 dias),
o mesmo pode ser requerido pelo vendedor, presencialmente,
por via postal ou online, com base em documentos que indi-
ciem a efetiva compra e venda do veículo (como faturas, re-
cibos, vendas a dinheiro ou outros documentos de quitação,
dos quais conste a matrícula do veículo, o nome e a morada
do vendedor e do comprador…), que no impresso para re-
gisto indicará ainda os demais elementos do comprador,
como NIF e data da compra e venda, que não constem da-
queles documentos.
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 19
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 20
g DIVERSOS
O requerimento pode ainda ter por base mera declaração
prestada pelo vendedor, em que se indique o maior número
possível de elementos, designadamente o nome e a morada
do comprador e a data da compra e venda (exceto quando
apresentado por entidade que se dedique à compra de veí-
culos para revenda ou que, em virtude da sua atividade, pro-
ceda regularmente à transmissão da propriedade de
veículos).
A conservatória notifica o comprador para este, em 15 dias,
se opor ao pedido de registo, contestar alguma das suas
menções ou completar os elementos necessários para o re-
gisto, considerando-se a aquisição registada em seu nome
caso não deduza oposição ou, tendo-a deduzido, o conser-
vador a considere improcedente.
Caso o comprador se oponha referindo que o veículo já não
lhe pertence pelo facto de entretanto o haver transmitido, o
conservador julga a oposição improcedente e notifica-o dessa
decisão, com indicação de que pode ele instaurar novo pro-
cedimento para regularização da propriedade do veículo ao
abrigo do presente diploma.
Tornando-se definitiva a decisão de não efetuar o registo, o
conservador procede ao pedido de apreensão do veículo. E
decorridos três meses sobre o pedido de apreensão sem que
a propriedade esteja regularizada, a matrícula é oficiosa e
gratuitamente cancelada pelo IMT, cancelamento que não
prejudica a validade dos contratos de seguro de responsabi-
lidade civil automóvel.
EMOLUMENTOSO registo de propriedade de veículos adquirida por contrato
verbal de compra e venda, requerido apenas pelo vendedor
e efetuado no âmbito do presente regime especial importa em
€ 75, menos15% quando promovido por via eletrónica.
Mas é reduzido para € 40 (menos 15% via Internet) quando
a compra e venda tenha ocorrido até 31/12/2013 e o registo
tenha sido requerido até 31/12/2015.
gEMPRESAS DE CONSTRUÇÃO
No final de outubro de 2014 existiam 48.290 empresas habi-
litadas para a atividade da construção, mais 0,2% que em se-
tembro p.p., das quais 18.705 com alvará (+0,9%) e 29.585
com título de registo (-0,2%). O crescimento dos alvarás tem
sido contínuo desde fevereiro p.p., ao contrário dos títulos de
registo, em quebra contínua desde janeiro.
Comparativamente a outubro de 2013, há menos 4,4% de tí-
tulos habilitantes, menos acentuada nos alvarás (-3,6%) que
nos títulos de registo (-4,9%), quando existiam mais 1960 em-
presas habilitadas.
(fonte: INCI)