associaÇÃo portuguesa dos comerciantes de … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime...

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Nesta última Nota de Abertura do ano de 2014, que, na prática, será a primeira de 2015, já que o Boletim só chegará às vos- sas mãos nos primeiros dias de janeiro, achámos por bem chamar a atenção para quão depressa e dramaticamente os cená- rios podem mudar. Não porque alguma coisa tenha acontecido de totalmente inesperada, mas porque ao nível mundial ocorreram conjuntamente uma série de acontecimentos que mesmo individualmente eram pouco prováveis. A verdade é que o ano de 2015 tornou-se uma enorme incógnita. Vejamos: - O preço do petróleo baixou em poucos meses quase 50% e, ao contrário do que seria de esperar, os países produtores não cortaram a produção, antes a aumentaram! Quanto tempo vai durar esta baixa não sa- bemos, mas se for suficientemente prolon- gada pode vir a permitir o relançamento do crescimento económico mundial em bases distintas, ao mesmo tempo que constituirá um rude golpe para as estratégias de efi- ciência energética e para as energias reno- váveis. Ao mesmo tempo, haverá consequências de natureza assimétrica para os diferentes países em termos de competitividade e equilíbrio financeiro, con- soante o seu posicionamento como impor- tadores ou exportadores e o grau de dependência das respetivas economias. Al- guns dos nossos clientes fora da Europa já estão a sentir dificuldades… - O Euro, a moeda que a Alemanha preten- dia forte, parece ter entrado num processo de desvalorização irreversível, o que po- derá permitir finalmente à Europa aumentar a sua competitividade internacional e forta- lecer o mercado interno. Apesar deste ce- nário nos ser, a nós portugueses, genericamente muito favorável, temos que pensar que a contrapartida desta benesse poderá vir a ser a diminuição do interesse dos especuladores internacionais pelo Euro e o aumento, a prazo, dos custos do finan- ciamento da dívida. - Mas, também no domínio da gestão da dí- vida dos países do Sul da Europa, parece haver novidades por parte do BCE, que se estará a preparar para adotar medidas se- melhantes às que foram usadas pela Re- serva Federal Americana no pós-crise (quantitative easing) e adquirir diretamente dívida soberana dos estados membros. Embora nada de novo tenha acontecido em Portugal, o nosso futuro coletivo poderá ser afetado e as estratégias terão que ser re- vistas. Convém estar atento. Boletim Materiais de Construção g NOTA DE ABERTURA A APCMC está a mudar... Novidades em breve. O impensável acontece! Consulte o projeto de internacionalização em www.apcmc.pt g LEGISLAÇÃO Arrendamento Urbano Alterações Seg. Social - Independentes Pagamento até dia 15 Trabalho Suplementar Mais Caro g FISCALIDADE OE 2015 Alterações Fiscais Reforma da Fiscalidade Verde Sacos plásticos leves IMI - Avaliação Valor do m 2 /2015 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 305, 31.DEZEMBRO.2014 MISSÃO DE PROSPEÇÃO Moçambique | março 2015 FEIRAS Ecobuild | Reino Unido | março 2015 VISITA DE IMPORTADORES Argélia | fevereiro 2015 Marrocos | fevereiro 2015

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Page 1: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-vado pelo DL

Nesta última Nota de Abertura do ano de

2014, que, na prática, será a primeira de

2015, já que o Boletim só chegará às vos-

sas mãos nos primeiros dias de janeiro,

achámos por bem chamar a atenção para

quão depressa e dramaticamente os cená-

rios podem mudar.

Não porque alguma coisa tenha acontecido

de totalmente inesperada, mas porque ao

nível mundial ocorreram conjuntamente

uma série de acontecimentos que mesmo

individualmente eram pouco prováveis. A

verdade é que o ano de 2015 tornou-se

uma enorme incógnita.

Vejamos:

- O preço do petróleo baixou em poucos

meses quase 50% e, ao contrário do que

seria de esperar, os países produtores não

cortaram a produção, antes a aumentaram!

Quanto tempo vai durar esta baixa não sa-

bemos, mas se for suficientemente prolon-

gada pode vir a permitir o relançamento do

crescimento económico mundial em bases

distintas, ao mesmo tempo que constituirá

um rude golpe para as estratégias de efi-

ciência energética e para as energias reno-

váveis. Ao mesmo tempo, haverá

consequências de natureza assimétrica

para os diferentes países em termos de

competitividade e equilíbrio financeiro, con-

soante o seu posicionamento como impor-

tadores ou exportadores e o grau de

dependência das respetivas economias. Al-

guns dos nossos clientes fora da Europa já

estão a sentir dificuldades…

- O Euro, a moeda que a Alemanha preten-

dia forte, parece ter entrado num processo

de desvalorização irreversível, o que po-

derá permitir finalmente à Europa aumentar

a sua competitividade internacional e forta-

lecer o mercado interno. Apesar deste ce-

nário nos ser, a nós portugueses,

genericamente muito favorável, temos que

pensar que a contrapartida desta benesse

poderá vir a ser a diminuição do interesse

dos especuladores internacionais pelo Euro

e o aumento, a prazo, dos custos do finan-

ciamento da dívida.

- Mas, também no domínio da gestão da dí-

vida dos países do Sul da Europa, parece

haver novidades por parte do BCE, que se

estará a preparar para adotar medidas se-

melhantes às que foram usadas pela Re-

serva Federal Americana no pós-crise

(quantitative easing) e adquirir diretamente

dívida soberana dos estados membros.

Embora nada de novo tenha acontecido em

Portugal, o nosso futuro coletivo poderá ser

afetado e as estratégias terão que ser re-

vistas.

Convém estar atento.

BoletimMateriais de Construção

g NOTA DE ABERTURA

A APCMC está a mudar...Novidades em breve.

O impensável acontece!

Consulte o projeto de internacionalizaçãoem www.apcmc.pt

g LEGISLAÇÃOArrendamento Urbano Alterações

Seg. Social - Independentes Pagamento até dia 15

Trabalho Suplementar Mais Caro

g FISCALIDADEOE 2015Alterações Fiscais

Reforma da Fiscalidade VerdeSacos plásticos leves

IMI - AvaliaçãoValor do m2/2015

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Nº 305, 31.DEZEMBRO.2014

MISSÃO DE PROSPEÇÃOMoçambique | março 2015FEIRASEcobuild | Reino Unido | março 2015VISITA DE IMPORTADORESArgélia | fevereiro 2015Marrocos | fevereiro 2015

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 2

AJ 068 g PENSÕES DE REFORMA

- FATOR DE SUSTENTABILIDADE/2015

Divulgado que foi pelo Instituto

Nacional de Estatística o indica-

dor da esperança média de vida

aos 65 anos de idade relativo ao

ano de 2014, a Portaria

277/2014, de 26 de dezembro,

que produz efeitos a partir de

01/01/2015, fixou:

• Nos 66 anos e 2 meses, a idade de acesso em 2016 à

pensão de velhice do regime geral de segurança social;

• Em 0,8698, o fator de sustentabilidade aplicável ao mon-

tante estatutário das pensões de velhice do regime geral

de segurança social atribuídas em 2015 dos beneficiá-

rios que acedam à pensão antes dos 66 anos de idade;

• Em 0,9383, o fator de sustentabilidade aplicável ao mon-

tante regulamentar das pensões de invalidez relativa e

de invalidez absoluta atribuídas por um período igual ou

inferior a 20 anos, convoladas em pensão de velhice em

2015.

AJ 069 g INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS

DE COMÉRCIO A RETALHO

Foi alterado pelo De-

creto-Lei 182/2014, de 26

de dezembro, o regime

jurídico da instalação e

modificação de estabele-

cimentos de comércio a

retalho e dos conjuntos

comerciais, aprovado

pelo Decreto-Lei

21/2009, de 19 de ja-

neiro.

Alteração justificada pela

necessidade de evitar a

caducidade das autoriza-

ções emitidas pela enti-

dade competente, atenta

a conjuntura económica

nacional e os seus refle-

xos na concretização dos projetos de investimentos planea-

dos noutro contexto mais favorável, permitindo que as

mesmas sejam válidas por 6 ou 8 anos (antes 4 ou 6 anos,

consoante se tratasse de estabelecimento ou conjunto co-

mercial, contados da data da sua emissão até à data da res-

petiva entrada em funcionamento)

Os novos prazos de validade aplicam-se às autorizações vá-

lidas à data da sua entrada em vigor, incluindo as que este-

jam válidas ao abrigo de uma prorrogação, podendo

igualmente os titulares de autorizações caducadas, a título

excecional, requerer a emissão de nova autorização por um

período correspondente ao prazo remanescente resultante

da presente alteração (o requerimento, devidamente funda-

mentado, deve ser apresentado à entidade coordenadora até

ao dia 25 de janeiro de 2015, que decide em 30 dias).

Os membros da COMAC, Comissão de Autorização Comer-

cial, passam igualmente a poder participar nas suas reuniões

através de videoconferência ou teleconferência.

O REGIME APROVADO PELO DL 21/2009 ABRANGE A INSTALAÇÃO E MO-DIFICAÇÃO DOS SEGUINTES ESTABELECIMENTOS E CONJUNTOS COMER-CIAIS:

• Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente con-

siderados ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham

uma área de venda igual ou superior a 2000 m2;

• Estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente con-

siderados ou inseridos em conjuntos comerciais, indepen-

dentemente da respetiva área de venda, que pertençam a

uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam in-

tegrados num grupo, que disponham, a nível nacional, de

uma área de venda acumulada igual ou superior a 30 000 m2;

• Conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável

igual ou superior a 8000 m2;

• Estabelecimentos e conjuntos comerciais referidos nas alí-

neas anteriores e que se encontrem desativados há mais de

12 meses, caso os respetivos titulares pretendam reiniciar o

seu funcionamento.

NÃO SE APLICA:• Aos estabelecimentos de comércio a retalho pertencentes a

micro empresas juridicamente distintas mas que utilizem uma

insígnia comum;

• Aos estabelecimentos pertencentes a sociedades cujo capital

seja subscrito maioritariamente por micro empresas;

• Aos estabelecimentos especializados de comércio a retalho

de armas e munições, de combustíveis para veículos a motor

e às farmácias.

AJ 070 g NOVO REGIME DE RENDA CONDICIONADA

Foi aprovado pela LEI 80/2014, de

19 de dezembro, e entra em vigor

em 1 de janeiro de 2015 o novo re-

gime de renda condicionada dos

arrendamentos para fim habitacio-

nal.

ESTÃO OBRIGADOS COMO ANTES AO

REGIME DE RENDA CONDICIONADA, para além dos casos previs-

tos em legislação especial, os arrendamentos:

- de fogos construídos para fins habitacionais pelo Estado

e seus organismos autónomos, institutos públicos, au-

tarquias locais, misericórdias e instituições de previdên-

cia que tenham sido ou venham a ser vendidos aos

respetivos moradores; e

- de fogos construídos por cooperativas de habitação e

construção, incluindo as de grau superior, e associações

de moradores que tenham usufruído de subsídios ao fi-

nanciamento ou à construção por parte do Estado, au-

tarquias locais ou institutos públicos;

A renda condicionada é a renda máxima aplicável ao arren-

damento desses fogos durante um período de 20 anos (antes

25) contados da data da sua primeira transmissão, cessando

a sujeição ao regime de renda condicionada por caducidade,

pelo decurso do referido prazo, ou por transmissão decor-

rente de venda executiva, de dação ou de outra forma de pa-

gamento de dívidas de empréstimos bancários de que tais

fogos constituam garantia.

A RENDA MENSAL INICIAL do primeiro contrato ou dos novos ar-

rendamentos neste regime resulta da livre negociação entre

as partes, mas não pode exceder o duodécimo do produto

resultante da aplicação da taxa das rendas condicionadas ao

valor patrimonial tributário do fogo no ano da celebração do

contrato. No anterior regime, esta taxa (a definir por portaria,

e que será para já a de 8%, estabelecida pela Portaria

1232/91, de 28/12) incidia sobre o valor atualizado do fogo,

determinado nos termos do DL 329-A/2000, de 22/12.

g LEGISLAÇÃO

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 3

g LEGISLAÇÃO

FIXADA A RENDA INICIAL, PODE A MESMA SER ATUALIZADA ANUAL-MENTE nos mesmos termos previstos no artº 26º da Lei

6/2006, de 27/2, que aprovou o NRAU, e no artº 1077 do Có-

digo Civil para as rendas em geral (com base no coeficiente

de atualização anual das rendas publicado pelo Instituto Na-

cional de Estatística).

Em tudo o demais aplica-se o NRAU.

Com a entrada em vigor do novo regime são revogados os

artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-

cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-

vado pelo DL 32 -B/90, de 15/10, e o DL 329-A/2000, de 22

/12.

AJ 071 g NOVO REGIME DE RENDA APOIADA

Foi aprovado pela LEI 81/2014, de 19 de dezembro, e entra

em vigor em 1 de março de 2015 o novo regime jurídico do ar-

rendamento apoiado para habitação.

Este regime aplica-se apenas às habitações detidas, a qual-

quer título, por entidades da administração direta e indireta

do Estado, das regiões autónomas, das autarquias locais, do

setor público empresarial e dos setores empresariais regio-

nais, intermunicipais e municipais, que por elas sejam arren-

dadas ou subarrendadas com rendas calculadas em função

dos rendimentos dos agregados familiares a que se destinam,

bem como ao arrendamento de habitações financiadas com

apoio do Estado que, nos termos de lei especial, estejam su-

jeitas a regimes de renda fixada em função dos rendimentos

dos arrendatários.

AJ 072 g SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES.PAGAMENTO ATÉ 15 DE JANEIRO

A Segurança Social prolongou até 15

de janeiro de 2015 o prazo de paga-

mento das contribuições devidas pelos

trabalhadores independentes, que ter-

minava a 20 de dezembro.

Segundo a nota disponível no portal da segurança social, este

alargamento do prazo vem na sequência da possibilidade

criada pela primeira vez em 2014 dos trabalhadores inde-

pendentes poderem solicitar a subida ou a descida de 2 es-

calões, e não apenas um, em referência ao escalão que

foram colocados de acordo com o rendimento apurado atra-

vés das declarações fiscais de IRS e Anexo SS relativas a

2013.

Os trabalhadores independentes que pretendam pedir a alte-

ração de escalão podem fazê-lo através da Segurança So-

cial Direta ou nos serviços de atendimento da Segurança

Social, sendo tratados de forma automática os pedidos de al-

teração de escalão efetuados através da Segurança Social

Direta.

Dez dias antes o Instituto da Segurança Social informava que

dera início ao processo de notificação obrigatória dos Traba-

lhadores Independentes, por correio eletrónico e por carta,

para comunicar o rendimento relevante, a base de incidência

e a taxa contributiva desses mesmos trabalhadores, bem

como a contribuição a pagar no mês de dezembro, relativa

ao mês de novembro.

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 4

O rendimento relevante é apurado em função dos rendimen-

tos declarados no ano anterior (ano de 2013) à administra-

ção fiscal, de uma das seguintes formas:

• Pelo coeficiente de 70% do valor total de prestação de ser-

viços;

• 20% dos rendimentos associados à produção e venda de

bens;

• 20% do valor total dos serviços e/ou produção e venda de

bens no âmbito de atividades hoteleiras e similares, res-

tauração e bebidas;

• Pelo valor do lucro tributável, quando este seja de valor in-

ferior ao critério referido anteriormente, sempre que os tra-

balhadores estejam abrangidos pelo regime de

contabilidade organizada.

Segundo ainda essa notícia:

Após apuramento e comunicação do rendimento relevante

com base nas declarações fiscais de IRS e Anexo SS, o tra-

balhador independente que pretenda efetuar o pedido de al-

teração de escalão deve fazê-lo através da SEGURANÇA

SOCIAL DIRETA, podendo optar por um de entre os dois esca-

lões imediatamente inferiores ou superiores ao que lhe foi fi-

xado.

Exemplo: Se tiver sido fixado o 5º escalão, pode escolher o

3.º, 4.º, 6.º ou 7.º escalão. Mas se tiver sido fixado o 2º esca-

lão pelo valor do lucro tributável, só pode escolher o 3.º ou 4º

escalão, não podendo escolher escalão inferior ao 2º.

Se o trabalhador independente estiver abrangido pelas dis-

posições transitórias e pretender que lhe seja aplicado outro

escalão, tem de renunciar às mesmas conforme indicado nas

Instruções de Acesso ao Serviço SEGURANÇA SOCIAL DIRETA.

Se for fixado oficiosamente ao trabalhador independente uma

base de incidência contributiva correspondente a 50% do

valor do IAS e o mesmo pretender ficar posicionado no 1º es-

calão, pode renunciar a essa fixação oficiosa, conforme indi-

cado nas Instruções de Acesso ao Serviço SEGURANÇA SOCIAL

DIRETA.

Se não concordar com a base de incidência contributiva que

lhe foi comunicada, poderá reclamar através da minuta pró-

pria e enviá-la através da Segurança Social Direta (menu En-

vios e Comunicações / Documentos de prova / Assunto: TI -

reclamação) ou entregá-la nos serviços de atendimento pre-

sencial, onde também será disponibilizada.

Consulte a minuta: TRABALHADORES INDEPENDENTES - MINUTA DE

RECLAMAÇÃO (ISS-107-V01-2014), disponível no menu Docu-

mentos e Formulários/Formulários, através de pesquisa pelo

nome ou modelo do formulário.

AJ 073 g TRABALHO SUPLEMENTAR MAIS CARO

As empresas que aplicam o Contrato Coletivo de Trabalho

(CCT) outorgado pela APCMC e recorrem à prestação de tra-

balho suplementar são obrigadas a remunerá-lo segundo os

acréscimos mínimos estabelecidos na cláusula 12ª. A partir

de 1 de janeiro de 2015.

Ou seja:

• 50%, na primeira hora ou fração

• 75%, nas horas ou frações subsequentes

• 100%, quando prestado em dia feriado ou dia de des-

canso semanal, obrigatório ou complementar.

Termina, com efeito, em 31 de dezembro p.f. a suspensão da

aplicação daquela cláusula e de todas as normas de outros

instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT)

ou contratos individuais de trabalho que tenham entrado em

vigor antes de 01/08/2012 e que dispõem sobre

(a) Acréscimos de pagamento de trabalho suplementar

superiores aos estabelecidos pelo Código do Traba-

lho e

(b) Retribuição do trabalho normal prestado em dia fe-

riado, ou descanso compensatório por essa mesma

prestação, em empresa não obrigada a suspender o

funcionamento nesse dia.

Suspensão, até 31 de julho p.p., estabelecida pela Lei

23/2012, de 25/6, mas que a Lei 48-A/2014, de 31 de julho,

prolongou por mais 6 meses.

Entre 01/08/2012 e 31/12/2014 os acréscimos devidos pelo

trabalho suplementar eram metade dos supra referidos.

Para evitar ou atenuar o aumento dos encargos com o re-

curso ao trabalho suplementar (que só pode ser prestado

quando se verifique um acréscimo eventual e transitório do

trabalho que não justifique a contratação de um novo traba-

lhador, ou em caso de força maior e ou para prevenir ou re-

parar prejuízos graves), as empresas podem recorrer ao

BANCO DE HORAS, individual ou grupal, que, quando não pre-

visto em IRCT, permite até mais 2 h de trabalho diário e até

mais 10 h de trabalho semanal, com o limite anual de 150 h,

mediante o pagamento em singelo, ou em tempo, ou em fé-

rias (artºs 208º-A e 208º-B do Código do Trabalho).

Como podem recorrer à ADAPTABILIDADE, individual ou grupal,

também por acordo quando não previsto em IRCT, que, num

período regra de 4 meses, lhes permite aumentar a jornada

diária e semanal em mais 2 h e 10 h, respetivamente, a com-

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 5

pensar em tempo com uma redução na jornada de até 2 h/dia,

ou dias ou meios dias.

CLÁUSULA 12ª

TRABALHO SUPLEMENTAR

1 - Considera-se trabalho suplementar o prestado fora do horário de

trabalho, expressamente determinado pelo empregador.

2 - O trabalho suplementar prestado para fazer face a acréscimos

eventuais de trabalho não poderá exceder duas horas por dia nor-

mal de trabalho nem duzentas horas por ano.

3 - O trabalho suplementar prestado para fazer face a casos de força

maior ou que seja indispensável prevenir ou reparar prejuízos gra-

ves para a empresa ou para assegurar a sua viabilidade não está su-

jeito a quaisquer limites.

4 - O trabalho suplementar será remunerado com os seguintes acrés-

cimos mínimos:

a) 50% da retribuição normal na primeira hora ou fração;

b) 75% da retribuição normal nas horas ou frações subsequen-

tes;

c) 100% da retribuição normal se prestado em dia feriado ou de

descanso semanal, obrigatório ou complementar.

5 - Para cálculo dos acréscimos referidos no número anterior, o valor

hora será calculado segundo a fórmula: (Retribuição mensal × 12) /

(Horário semanal × 52)

6 - O trabalho suplementar prestado em dia de descanso semanal

obrigatório dá ainda ao trabalhador o direito a um dia de descanso

compensatório remunerado, a gozar até ao final da semana seguinte.

7 - O trabalho suplementar prestado em dia útil, em dia feriado ou

em dia de descanso semanal complementar confere ao trabalhador

o direito a um descanso semanal compensatório remunerado cor-

respondente a 25% do trabalho suplementar realizado, que se vence

quando perfizer oito horas e que será gozado nos 60 dias subse-

quentes.

8 - Por acordo entre o empregador e o trabalhador, o descanso com-

pensatório devido pela prestação de trabalho suplementar referido

no número anterior poderá ser substituído por prestação de trabalho

remunerado com acréscimo igual a 100%.

AJ 074 g CORREÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS

RENDAS HABITACIONAIS MAIS ANTIGAS / 2015

Fixado em 0,9969 (negativo, pela

1ª vez…) o fator de atualização

das rendas para 2015 dos diver-

sos tipos de arrendamento [Aviso

nº 11680/2014, do INE, de 10/9,

in DR, 2ª série, de 21/10], foram

também já divulgados, PARA VIGO-RAREM EM 2015, os fatores de

correção extraordinária das ren-

das dos contratos de arrenda-

mento para habitação celebrados

antes de 1980.

Ao contrário do expectável, atendendo ao facto daquele fator

ser negativo e, a final, não haver lugar a qualquer correção,

mantendo-se exatamente iguais aos da Portaria 352/2013, de

4/12, que aprovou os fatores de correção para 2014, os fato-

res globais de correção e os fatores anuais acumulados.

De acordo com a PORTARIA 278-A/2014, de 29 de dezembro,

esses fatores de correção são os seguintes:

Lembramos que o recurso pelo senhorio à correção extraor-

dinária não o impede de recorrer à avaliação do locado para

«atualização» da respetiva renda, nos termos definidos pelo

NRAU, Novo Regime do Arrendamento Urbano, aprovado

pela Lei 6/2006, de 27/2, quer na versão original, quer na ver-

são revista pela Lei 31/2012, 14/8, que se aplica aos arren-

damentos celebrados anteriormente ou na pendência do

RAU, Regime do Arrendamento Urbano.

AJ 075 g IRS - NOVO MODELO DO ANEXO SS

A PORTARIA 284/2014, DE 31 DE DEZEMBRO, aprovou o novo

modelo do Anexo SS (modelo RC 3048 – DGSS), a apresen-

tar juntamente com a declaração modelo 3 de IRS pelos tra-

balhadores independentes, utilizável a partir de 1 de janeiro

de 2015.

O ANEXO SS visa permitir a identificação dos rendimentos dos

trabalhadores independentes para efeitos do seu enquadra-

mento e de apuramento dos respetivos rendimentos no âm-

bito do regime de segurança social próprio, efetuada ao

abrigo do Código Contributivo.

AJ 076 g INDIGNIDADE SUCESSÓRIA

A Lei 82/2014, de 30 de dezembro, aditou o artigo 69º-A ao

Código Penal e os nºs 2 e 3 ao artigo 2036º do Código Civil

no objetivo de prever e regular o regime da indignidade su-

cessória de autor ou cúmplice de crime de homicídio doloso,

ainda que não consumado, contra o autor da sucessão.

ARTIGO 69º-A DO CÓDIGO PENAL

DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE SUCESSÓRIA

A sentença que condenar autor ou cúmplice de crime de ho-

micídio doloso, ainda que não consumado, contra o autor da

sucessão ou contra o seu cônjuge, descendente, ascendente,

adotante ou adotado, pode declarar a indignidade sucessória

do condenado, nos termos e para os efeitos previstos na alí-

nea a) do artigo 2034.º e no artigo 2037.º do Código Civil,

sem prejuízo do disposto no artigo 2036.º do mesmo Código.

ARTIGO 2036.º DO CÓDIGO CIVIL

DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE

1 - A ação destinada a obter a declaração de indignidade

pode ser intentada dentro do prazo de dois anos a contar da

abertura da sucessão, ou dentro de um ano a contar, quer da

condenação pelos crimes que a determinam, quer do conhe-

cimento das causas de indignidade previstas nas alíneas c) e

d) do artigo 2034º.

2 - Caso o único herdeiro seja o sucessor afetado pela indig-

nidade, incumbe ao Ministério Público intentar a ação prevista

no número anterior.

3 - Caso a indignidade sucessória não tenha sido declarada

na sentença penal, a condenação a que se refere a alínea a)

do artigo 2034.º é obrigatoriamente comunicada ao Ministé-

rio Público para efeitos do disposto no número anterior.

1,000

Sem porteira

e com elevador

ANO DA ÚLTIMA FIXAÇÃO DA

RENDA (ANTERIOR AO INÍCIO DA

CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA)

Antes de 1980

Concelhos de Lisboa e Porto

Sem porteira

e sem elevadorCom porteira

e sem elevador

Com porteira

e com elevadorRestantes concelhos

1,000

FACTORES DE CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA A APLICAR

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 6

AJ 077 g ATUALIZAÇÃO DAS PENSÕES DE

REFORMA / 2015

A Portaria286/2014, de 31 de

dezembro, atualizou para

2015, em 1%, as pensões mí-

nimas do regime geral de se-

gurança social

correspondentes a carreiras

contributivas inferiores a 15

anos (valor mínimo de

€261,95), as pensões de apo-

sentação, reforma e invalidez

e outras correspondentes a

tempos de serviço até 18 anos

do regime de proteção social

convergente, as pensões do

regime especial das atividades agrícolas, as pensões do re-

gime não contributivo e de regimes a este equiparados, as

pensões dos regimes transitórios dos trabalhadores agríco-

las, as pensões por incapacidade permanente para o traba-

lho e por morte decorrentes de doença profissional e o

complemento por dependência.

O valor das pensões provisórias de invalidez que esteja a ser

concedido à data de 01/01/2015 é fixado em €201,53, e em

€241,82 o valor mensal das pensões de invalidez e de ve-

lhice do regime especial das atividades agrícolas.

O valor mensal das pensões de invalidez e de velhice do re-

gime não contributivo é fixado em €201,53, o mesmo valor

em que é fixada a pensão de invalidez e de velhice dos regi-

mes transitórios dos trabalhadores agrícolas.

O COMPLEMENTO MENSAL POR DEPENDÊNCIA dos pensionistas de

invalidez, de velhice e de sobrevivência do regime geral de

segurança social é fixado em €100,77 nas situações de 1.º

grau, em €181,38 nas situações de 2.º grau (no regime es-

pecial das atividades agrícolas, respetivamente €90,69 e

€171,30).

AJ 078 g ALTERAÇÕES AO ARRENDAMENTO

URBANO

A Lei 79/2014, de 19 de dezembro, em vigor a partir de 18 de

janeiro de 2015, procedeu à revisão do regime do arrenda-

mento urbano, alterando a Lei 6/2006, de 27/2, que aprovou

o NRAU, o Código Civil e os Decretos-Leis 157/2006 (regime

das obras em prédios arrendados) e 158/2006 (regime de de-

terminação do RABC, rendimento anual bruto e do subsídio

de renda), ambos de 8/8.

Sem prejuízo de comentários posteriores, passamos a re-

produzir a informação relativa a este diploma, acessível atra-

vés do link https://dre.pt/application/file/65920535, da lavra do

Prof. Dr. Alberto de Sá e Mello, da CCP, Confederação do Co-

mércio e Serviços de Portugal, cuja Direção a APCMC inte-

gra.

«Assunto: NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO URBANO (NRAU), CON-FORME RESULTANTE DA ALTERAÇÃO PELA LEI Nº 79/2014, DE 19-12

NOTA PRÉVIA

A presente informação versa os principais aspectos do novo re-

gime do arrendamento urbano para fins não habitacionais (nor-

malmente designado arrendamento comercial), tal qual resulta

das alterações recentemente introduzidas pela Lei 79/2014.

Salientaremos, sem a preocupação de sermos exaustivos, as

principais alterações trazidas pela nova lei.

I - DENÚNCIA DO CONTRATO. AS OBRAS DE REMODELAÇÃO OU RES-TAURO PROFUNDOS

1. Nos termos do art. 1101º do Código Civil (C. Civil), o senhorio

pode denunciar o contrato de arrendamento de duração indeter-

minada (sem prazo) nos seguintes casos:

a) necessidade de habitação pelo próprio ou pelos seus des-

cendentes em 1º grau;

b) para demolição ou realização de obra de remodelação ou

restauro profundos que obriguem à desocupação do locado;

c) mediante comunicação ao arrendatário com antecedência

não inferior a dois anos sobre a data em que pretende a ces-

sação.

2. Se a denúncia tiver por fundamento a realização de obras de

recuperação ou restauro profundos, a comunicação para denún-

cia deve ser acompanhada, sob pena de ineficácia (e este é um

regime que resulta da Lei 79/2014), de:

a) comprovativo de que foi ini-

ciado, junto da entidade com-

petente, procedimento de

controlo prévio da operação

urbanística a efectuar no lo-

cado;

b) termo de responsabilidade do

técnico autor do projecto, que

ateste que a operação urba-

nística reúne os pressupostos legais deste tipo de obras e as

razões que obrigam à desocupação do locado (art. 1103º/2 C.

Civil).

3. A denúncia com o fundamento referido no número anterior

deve ser confirmada, sob pena de ineficácia, mediante comuni-

cação ao arrendatário, acompanhada dos seguintes documen-

tos:

a) alvará de licença de obras ou título da comunicação prévia;

b) documento emitido pela Câmara Municipal que ateste que a

operação urbanística constitui, de facto, uma obra de demo-

lição ou de remodelação ou restauro profundos (art. 1103º/3

C. Civil)).

4. Nos contratos para fins não habitacionais celebrados antes de

Outubro de 1995, a denúncia pelo senhorio para realização de

obras de remodelação ou restauro profundos ou para demolição

confere ao arrendatário o direito a compensação pelas obras li-

citamente feitas, independentemente do estipulado no contrato

e ainda que as obras não tenham sido autorizadas pelo senho-

rio. O regime de compensação é idêntico ao aplicável às benfei-

torias realizadas pelo possuidor de boa fé (arts. 1273º a 1275º

C.Civil).

II - RENOVAÇÃO DOS CONTRATOS A PRAZO

Os contratos de arrendamento não habitacional, celebrados após

Outubro de 1995, que tenham estipulado prazo de duração, re-

novam-se automaticamente, no fim do prazo pelo qual foram ce-

lebrados, pelo período de três anos (eram dois anos), se outro

prazo superior não tiver sido estipulado (art. 26º/3 NRAU).

III - ACTUALIZAÇÃO DE RENDA

Nos contratos não habitacionais anteriores a Outubro de 1995,

são admitidas a transição para o NRAU e a actualização da

renda, nos (novos) termos que se descrevem de seguida.

1. A transição para o NRAU e a actualização de renda dependem

de iniciativa do senhorio, que deve comunicar, por escrito, a sua

intenção ao arrendatário, indicando (art. 50º NRAU):

a) novo valor da renda, tipo e duração do contrato propostos;

b) o valor do locado, avaliado nos termos do Código do IMI;

c) cópia da caderneta predial urbana;

g LEGISLAÇÃO

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 7

d) que o prazo de resposta pelo arrendatário é de 30 dias;

e) o conteúdo que a resposta pelo arrendatário pode apresen-

tar;

f) as circunstâncias que o arrendatário pode invocar na res-

posta (adiante indicadas);

g) as consequências da falta de resposta (adiante indicadas).

2. O arrendatário dispõe de 30 dias para responder ao senhorio

(art. 51º NRAU). A falta de resposta do arrendatário vale como

aceitação da renda, bem como do tipo e duração do contrato pro-

postos pelo senhorio (art. 31º/9 NRAU ex vi art. 51º/7 NRAU).

3. O arrendatário, na sua resposta, pode (art. 51º/3 NRAU):

a) aceitar o valor da renda proposto pelo senhorio;

b) opor-se ao valor da renda, propondo um novo valor (os ter-

mos da oposição pelo arrendatário não sofreram alteração

pela Lei 79/2014 e vêm regulados no art. 33º/1 a /7 NRAU ex

vi art. 52º NRAU);

c) pronunciar-se sobre o tipo e a duração do contrato, indepen-

dentemente de ter aceite ou não o novo valor proposto para

a renda;

d) denunciar o contrato.

e) INVOCAR – E COMPROVAR – QUE EXISTE NO LOCADO UM ESTABELE-CIMENTO COMERCIAL ABERTO AO PÚBLICO E QUE É UMA MICROEM-PRESA (ART. 51º/4-A) NRAU);

f) invocar que no locado funciona uma pessoa colectiva de di-

reito privado sem fins lucrativos, declarada de interesse pú-

blico ou de interesse nacional ou municipal, ou uma pessoa

colectiva de direito privado que prossiga uma actividade de-

clarada de interesse nacional (art. 51º/4-b) NRAU).

4. De acordo com a nova redacção dada pela Lei 79/2014 ao art.

51º/4 NRAU, MICROEMPRESA é aquela que, independentemente

da sua forma jurídica, não ultrapasse, à data do balanço, dois

dos três limites seguintes:

a) total do balanço: € 2 milhões;

b) volume de negócios líquido: € 2 milhões;

c) número médio de empregados durante o exercício: 10.

5. Caso o arrendatário invoque uma das circunstâncias referidas

no parágrafo anterior (ser microempresa ou pessoa colectiva de

interesse público ou de interesse nacional ou municipal), o con-

trato só fica submetido ao NRAU mediante acordo ou, na falta

deste, no prazo de 5 anos a contar da recepção pelo senhorio da

resposta do arrendatário (art. 54º/1 NRAU). Durante estes 5

anos, o valor actualizado da renda tem como limite máximo o

valor anual correspondente a 1/15 do valor do locado, sendo o

valor do locado o da avaliação feita nos termos do Código do IMI

(art. 54º/2 NRAU).

6. Findo o referido prazo de transição de 5 anos, o senhorio pode

promover a transição do contrato para o NRAU (segue-se o pro-

cesso de actualização que referimos estar consagrado no art. 50º

NRAU - cfr. III-1.), com as seguintes especificidades (art. 54º/6

NRAU):

a) o arrendatário não pode voltar a invocar as circunstâncias ex-

cepcionais do art. 51º/4 NRAU);

b) no SILÊNCIO OU NA FALTA DE ACORDO DAS PARTES ACERCA DO TIPO

OU DA DURAÇÃO DO CONTRATO, ESTE CONSIDERA-SE (DORAVANTE)CELEBRADO PELO PRAZO DE TRÊS ANOS (eram 2 anos até à Lei

79/2014); durante estes três anos, as actualizações de renda

pelo senhorio seguem, na falta de acordo entre as partes, os

critérios de actualização gerais (coeficiente de actualização

geral publicado no Diário da República), tendo a renda os li-

mites que referimos para o período de transição de 5 anos

(art. 54º/6 NRAU).

IV - TRANSMISSÃO POR MORTE DO ARRENDATÁRIO

Por morte do arrendatário não habitacional, o arrendamento ca-

duca, salvo existindo no locado sucessor que nele explore, há

mais de três anos, estabelecimento comercial em comum com o

arrendatário primitivo (art. 58º NRAU).

V - APLICAÇÃO NO TEMPO. PROCESSOS EM CURSO

Todas as regras a seguir enunciadas resultam do art. 6º da Lei

79/2014.

1. O NRAU aplica-se aos contratos celebrados após a sua en-

trada em vigor, bem como às relações contratuais constituídas

que subsistam nessa data (art. 59º/1 NRAU).

2. As alterações introduzidas pelas normas da Lei 79/2014 apli-

cam-se aos procedimentos de transição para o NRAU que se en-

contrem pendentes na data da sua entrada em vigor

(19-01-2015), sem prejuízo dos direitos e obrigações decorrentes

dos actos já praticados.

3. Existindo procedimentos de transição para o NRAU em curso,

o arrendatário pode invocar quaisquer das (novas) circunstân-

cias previstas no art. 51º NRAU (cfr. supra - em III-3. - os termos

da resposta do arrendatário a proposta de transição para o NRAU

com actualização de renda pelo senhorio), mediante comunica-

ção a dirigir ao senhorio até 30 dias após a entrada em vigor da

Lei 79/2014, desde que, nesta data, ainda não tenha recebido a

resposta do senhorio à sua contraproposta (referida em III-3.).

4. Nos contratos de arrendamento não habitacionais, cuja renda

já tenha sido actualizada em consequência da não aceitação pelo

senhorio da renda proposta pelo arrendatário (art. 33º/5-b)

NRAU), o arrendatário pode invocar uma das circunstâncias pre-

vistas no art. 51º/4 (novos critérios de definição de microempresa,

etc.), no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor

da Lei 79/2014, desde que comprove a realização de investi-

mentos no locado ou em equipamentos para ele especificamente

vocacionados posteriores a 2009, não podendo o senhorio opor-

se, neste caso, a uma renovação do contrato por um período de

3 anos, sem prejuízo da aplicação dos coeficientes gerais de ac-

tualização de rendas.»

AJ 079 g SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL 2015EM DUODÉCIMOS

O artigo 257º da Lei 82-

B/2014, de 31 de dezem-

bro, que aprovou o

OE/2015, estendeu a

aplicação da Lei 11/2013,

de 28 de janeiro, até 31 de dezembro de 2015, diploma que

aprovou um regime temporário de pagamento de metade dos

subsídios de férias e de Natal em duodécimos.

OS TRABALHADORES QUE NÃO PRETENDAM QUE OS SUBSÍDIOS DE

NATAL E DE FÉRIAS SEJAM PAGOS NOS TERMOS DOS ARTIGOS 3º E

4º DA LEI 11/2013 (subsídio de Natal: 50% até 15.12.2015 e

50% em duodécimos ao longo de 2015; subsídio de férias:

50% antes do início do período de férias, ou proporcional-

mente em caso de gozo interpolado de férias, e 50% em duo-

décimos ao longo de 2015) devem expressá-lo, no prazo de

5 dias (ATÉ AO DIA 5 DE JANEIRO P.F.).

A aplicação do presente regime aos contratos a termo e con-

tratos de trabalho temporário depende de acordo escrito entre

empregador e trabalhador.

ARTIGO 257.ºEXTENSÃO DE VIGÊNCIA DA LEI N.º 11/2013, DE 28 DE JANEIRO

1 - O prazo de vigência da Lei n.º 11/2013, de 28 de janeiro, que es-

tabelece um regime temporário de pagamento dos subsídios de Natal

e de férias para vigorar durante o ano de 2013, é estendido até 31 de

dezembro de 2015.

2 — Em 2015, para efeitos da aplicação da Lei n.º 11/2013, de 28 de

janeiro, as referências ao ano de 2013 nos demais prazos nela pre-

vistos devem entender-se como feitas ao ano de 2015.

g LEGISLAÇÃO

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 8

g FISCALIDADE

AF 040 g COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À

AT - PRORROGAÇÃO DO REGIME TRANSITÓRIO

A Portaria 278/2014, de 29 de dezembro, estendeu para 2015

o regime transitório relativo à comunicação das faturas à AT

por parte de alguns sujeitos passivos estabelecido para 2013

pelo artigo 7º da Portaria 426-A/2012, de 28 de dezembro, e

que a Lei 83-C/2013, de 31/12, repetiu para 2014.

Lembramos que a Portaria 426-A/2012 aprovou o modelo ofi-

cial de declaração para a comunicação dos elementos das

faturas, por transmissão eletrónica de dados, prevista na alí-

nea d) do nº 1 do artº 3º do DL 198/2012, de 24/8, tendo no

seu artigo 7º estabelecido um regime transitório, atenta a di-

mensão e estrutura de alguns dos sujeitos passivos obriga-

dos ao cumprimento dessa obrigação.

SUJEITOS PASSIVOS ABRANGIDOS PELO REGIME TRANSITÓRIO

Os que, cumulativamente:

- não sejam obrigados a possuir o ficheiro SAF-T (PT)

da faturação

- não utilizem, nem sejam obrigados a possuir programa

informático de faturação, e

- não optem por comunicar as faturas à AT por trans-

missão eletrónica de dados em tempo real, integrada

em programa de faturação eletrónica, ou por transmis-

são eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro

normalizado estruturado com base no ficheiro SAF-T

(PT), ou por inserção direta no Portal das Finanças.

Em 2015, como em 2014 e 2013, estes sujeitos passivos ape-

nas estão obrigados ao preenchimento, no campo referente

à Informação Parcial (4) da «Declaração para Comunicação

dos Elementos das Faturas», dos elementos respeitantes à

primeira e última fatura, de cada série, emitidas no período a

que se refere a declaração, bem como dos elementos das fa-

turas que contenham o NIF do adquirente.

Ainda em 2015, os sujeitos passivos que pratiquem opera-

ções isentas ao abrigo do artigo 9.º do CIVA, os sujeitos pas-

sivos enquadrados no regime especial de isenção, previsto

no artigo 53.º do CIVA, bem como os sujeitos passivos en-

quadrados no regime especial dos pequenos retalhistas, que

não tenham emitido mais de 10 faturas, com o NIF do adqui-

rente, no mês a que respeita a declaração, podem entregar,

presencialmente ou através de remessa por correio registado,

o modelo oficial da declaração em papel, devidamente preen-

chido, em qualquer Serviço de Finanças, podendo alterar no

decurso do ano a via de comunicação utilizada.

AF 041 g IRS - NOVOS MODELOS DE IMPRESSOS

A Portaria 276/2014, de

26 de dezembro, aprovou

os novos modelos dos

seguintes impressos, e

respetivas instruções de

preenchimento, a utilizar

a partir de 01/01/2015

para declaração dos ren-

dimentos de 2001 e anos seguintes:

• DECLARAÇÃO MODELO 3• ANEXO B - rendimentos empresariais e profissionais au-

feridos por sujeitos passivos abrangidos pelo regime sim-

plificado ou que tenham praticado atos isolados

• ANEXO C - rendimentos empresariais e profissionais au-

feridos por sujeitos passivos tributados com base na con-

tabilidade organizada

• ANEXO E - rendimentos de capitais

• ANEXO F - rendimentos prediais

• ANEXO H - benefícios fiscais e deduções

• ANEXO I - rendimentos de herança indivisa

• ANEXO J - rendimentos obtidos no estrangeiro

• ANEXO L - rendimentos obtidos por residentes não habi-

tuais

Os sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos a de-

clarar nos anexos B, C, D, E, I e L são obrigados a enviar a

declaração de rendimentos dos anos de 2001 e seguintes

pela Internet, através do Portal das Finanças. Os demais

podem fazê-lo de igual modo, por opção.

MODELO 10A Portaria 274/2014, de 24 de dezembro, aprovou as

novas instruções de preenchimento da declaração mo-

delo 10.

AF 042 g IRC - TRANSMISSÃO DE BENEFÍCIOS

FISCAIS

Foram aprovados pela Portaria 275/2014, de 26 de dezem-

bro, os critérios e procedimentos de controlo a adotar na

transmissão de benefícios fiscais e do direito à dedução dos

gastos de financiamento líquidos, no âmbito de operações de

cisão ou de entrada de ativos, bem como os elementos que

devem constar do requerimento, a apresentar junto da Auto-

ridade Tributária e Aduaneira (AT).

Lembramos que o artigo 75º-A do CIRC, aditado pela Lei

2/2014, de 16 de janeiro, prevê a transmissibilidade dos be-

nefícios fiscais, dos gastos de financiamento líquidos não de-

duzidos em resultado da aplicação do regime previsto no

artigo 67º e, bem assim, da parte não utilizada do limite a que

se refere o nº 3 deste artigo, das sociedades fundidas para a

sociedade beneficiária numa operação de fusão a que seja

aplicado o regime especial previsto no artigo 74º, sendo tal re-

gime aplicável igualmente no caso de operações de cisão ou

de entrada de ativos a que seja aplicado o regime especial

previsto no referido artigo 74º de acordo com os critérios a

definir por portaria.

Consulte a Portaria 275/2014 em

https://dre.pt/application/file/65990836

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 9

g FISCALIDADE

AF 043 g IES - NOVOS MODELOS DE IMPRESSOS

A Portaria 271/2014, de 23 de dezembro, aprovou a nova

folha de rosto da IES, Informação Empresarial Simplifi-

cada/Declaração Anual e os novos modelos dos impressos

relativos aos Anexos:A - IRC - entidades residentes que exercem, a título principal, ati-

vidade comercial, industrial ou agrícola e entidades não resi-

dentes com estabelecimento estável;

B - IRC - empresas do setor financeiro (DL 298/92, de 31/12);

C - IRC - empresas do setor segurador (DL 94-B/98, de 17/4)

D - IRC - entidades residentes que não exercem, a título principal,

atividade comercial, industrial ou agrícola;

I - IRS - sujeitos passivos de IRS com contabilidade organizada.

Mantêm-se em vigor os modelos dos restantes anexos.

AF 044 g COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO À AT

Os sujeitos passivos de IRC ou IRS que disponham de con-

tabilidade organizada e legalmente obrigados a elaborar o in-

ventário têm um novo dever, na sequência da aprovação da

Lei do Orçamento do Estado para 2015 – o de comunicarem

à AT, até 31 de janeiro, o inventário respeitante ao último dia

do exercício anterior.

Nos termos do novo artigo 3º-A do Decreto-Lei 198/2012, de

24 de agosto, a comunicação é efetuada por transmissão ele-

trónica de dados (internet), através de ficheiro com as carac-

terísticas e estrutura a definir por portaria, dela ficando

dispensadas os sujeitos passivos cujo volume de negócios

no ano anterior não exceda 100.000 euros.

Até 31/01/2015 os sujeitos passivos comunicarão o inventá-

rio respeitante a 31/12/2014 (até ao último dia do mês se-

guinte à data do termo do exercício para quem adote período

de tributação distinto do ano civil).

A AT já tem disponíveis no Portal das Finanças www.portal-

dasfinancas.gov.pt) um «Manual de Comunicação do Inven-

tário de Existências à AT» e ainda:

- Ficheiro de texto exemplo para comunicação do inventá-

rio (caso o sujeito passivo não disponha de recursos in-

formáticos e opte pelo envio de um ficheiro de texto)

- Especificação do ficheiro XML para comunicação do in-

ventário (XSD) (apropriado para SP com existências sig-

nificativas ou que disponham de recursos informáticos,

sendo submetido no portal e-fatura)

- Exemplo de ficheiro XML para comunicação do inventá-

rio

A informação a comunicar é igual para todos os sujeitos pas-

sivos, e legalmente definida, DEVENDO SER INDICADOS, RELATI-VAMENTE A CADA ITEM, o tipo (M - mercadorias; P - matérias

primas, subsidiárias e de consumo; A - produtos acabados e

intermédios; S - subprodutos, desperdícios e refugos; T - pro-

dutos e trabalhos em curso), o identificador de produto, a des-

crição, o código (EAN, código de barras), a quantidade e a

unidade de medida.

As empresas sem existências e obrigadas por a lei a comu-

nicar o Inventário devem declarar no portal e-fatura que não

têm existências. Não precisam, pois, de construir ficheiro

vazio. Por outro lado, os artigos que na data do inventário não

existem em stock (por estarem esgotados, por ex.) não

devem constar dos ficheiros que são comunicados à AT.

AF 045 g IRC - DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

Nos termos dos nºs 2 a 7 do artigo 52º do

CIRC, os prejuízos fiscais apurados em deter-

minado período de tributação podem ser de-

duzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de

um ou mais dos 12 períodos de tributação pos-

teriores, direito cujo exercício o nº 8 impede quando, à data

do termo do período de tributação em que é efetuada a de-

dução, se tenha verificado a alteração da titularidade de mais

de 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto em

relação ao exercício a que respeitam os prejuízos e a altera-

ção verificada não corresponda a qualquer uma das situa-

ções previstas no nº 9 e sem prejuízo do disposto no nº 10.

O nº 12 do mesmo artigo, porém, dispõe que o membro do

Governo responsável pela área das finanças pode autorizar,

em casos de reconhecido interesse económico, que não seja

aplicada a limitação prevista no nº 8, devendo para o efeito

ser apresentado à AT, nos termos e prazos referidos nos nºs

13 e 14, requerimento instruído com os elementos definidos

por portaria.

Portaria ora publicada - PORTARIA 273/2014, de 24 de de-

zembro -, que dispõe o seguinte:

«Artigo único

1 - Sem prejuízo de a Autoridade Tributária e Aduaneira poder

solicitar informações e elementos adicionais quando tal se de-

monstre necessário à comprovação dos factos invocados, o pe-

dido de autorização a que se refere o n.º 12 do artigo 52.º do

Código do IRC deve ser instruído com os seguintes elementos:

a) Descrição pormenorizada das razões de natureza económica

que justifiquem a alteração da titularidade de mais de 50% do

capital social ou da maioria dos direitos de voto e do contexto

económico em que tal alteração foi realizada;

b) Certidão atualizada do registo comercial da sociedade rela-

tivamente à qual se verifica a alteração de mais de 50% do

capital social ou da maioria dos direitos de voto;

c) Previsão do volume de negócios, investimento e lucros tri-

butáveis, para os três períodos de tributação seguintes ao da

verificação da alteração;

d) Número de postos de trabalho nos últimos três períodos de

tributação anteriores ao da alteração e respetiva estimativa

para os três períodos de tributação seguintes ao da verifica-

ção da alteração;

e) Identificação da existência de relações especiais entre as

partes envolvidas na operação, nos termos do n.º 4 do artigo

63.º do Código do IRC;

f) Contraprestação e data da transação das partes sociais ou

da atribuição da maioria dos direitos de voto e, no caso de a

operação já se ter realizado, o respetivo documento com-

provativo.

2 - Quando a sociedade adquirente da titularidade das partes

sociais ou da maioria dos direitos de voto pertença a um grupo

de sociedades a que seja aplicável o regime especial de tribu-

tação, estabelecido no artigo 69.º do Código do IRC, e a altera-

ção da titularidade do capital social ou da maioria dos direitos

de voto diga respeito à sociedade dominante de um outro grupo

de sociedades a que seja aplicável o mesmo regime, as previ-

sões do volume de negócios, investimento e lucros tributáveis,

bem como o número e a estimativa de postos de trabalho pre-

vistas, respetivamente, nas alíneas c) e d) do n.º 1, devem igual-

mente abranger o conjunto das sociedades que integram o

grupo desta última.»

Product

Category

M

M

P

S

Product

Code

1234

5678

P1123

L0001

Product

Description

Batatas

Alface

Maçã Golden

Caroços

Product

Number Code

11111115

22222220

33333335

44444440

Unit

of Measure

Kg

Caixa

Caixa

Kg

Page 10: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-vado pelo DL

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 10

g FISCALIDADE

AF 046 g IRC - REMUNERAÇÃO DOS SUPRIMENTOS

A Portaria 279/2014, de 30 de dezembro, fixou a taxa de juro

anual a aplicar ao valor dos suprimentos e empréstimos fei-

tos pelos sócios à sociedade, para os efeitos previstos no artº

23º-A, nº 1, alínea m), do CIRC, estabelecendo que corres-

ponde à TAXA EURIBOR A 12 MESES DO DIA DA CONSTITUIÇÃO DA

DÍVIDA ACRESCIDA DE UM SPREAD DE 2%.

Ou ACRESCIDA DE UM SPREAD DE 6%, quando se trate de juros

e outras formas de remuneração de suprimentos e emprésti-

mos feitos pelos sócios a pequenas e médias empresas

(média empresa é a que emprega menos de 250 pessoas e

cujo volume de negócios anual não excede 50 milhões de

euros ou cujo balanço total anual não excede 43 milhões de

euros; pequena empresa é aquela que emprega menos de

50 pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total

anual não excede 10 milhões de euros)

A alínea m) do n.º 1 do artigo 23º-A do CIRC estabelece

que os juros e outras formas de remuneração de supri-

mentos e empréstimos feitos pelos sócios à sociedade,

ainda que contabilizados como gastos do período de tri-

butação, não são dedutíveis para efeitos de determina-

ção do lucro tributável na parte em que excedam a taxa

definida por portaria.

Disposição que não se aplica às situações a que seja

aplicável o regime de preços de transferência previsto no

artigo 63º do CIRC, prevalecendo nestes casos os ter-

mos e condições que seriam normalmente contratados,

aceites e praticados entre entidades independentes em

operações comparáveis, determinados nos termos deste

regime.

AF 047 g IRC/IRS - MAIS-VALIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA 2014

A Portaria 281/2014, de 30 de dezembro, aprovou os coefi-

cientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e di-

reitos alienados durante o ano de 2014 (que não

investimentos financeiros, exceto em imóveis e partes de ca-

pital), cujo valor deva ser atualizado nos termos dos artigos

47º do Código do IRC e 50º do Código do IRS, para efeitos de

determinação da matéria coletável dos referidos impostos.

Lembramos que, para efeito de determinação das mais-va-

lias ou das menos-valias resultantes da alienação (transmis-

são onerosa) de elementos do ativo imobilizado – as quais

correspondem à diferença entre os respetivos valores de rea-

lização, líquido de encargos, e de aquisição, deduzido das

reintegrações e amortizações praticadas (...) –, dispõe o ar-

tigo 47º do CIRC que o valor de aquisição (...) deve ser ac-

tualizado mediante aplicação de coeficientes para o efeito

publicados, sempre que, à data da realização, tenham de-

corrido pelo menos 2 anos desde a data de aquisição, sendo

o valor dessa correção monetária deduzido para efeito de de-

terminação do lucro tributável.

O mesmo se diga para efeito de determinação do rendimento

sujeito a IRS, atento o disposto no artigo 50º do respetivo Có-

digo.

São os seguintes esses coeficientes (não sofrem alteração

os relativos aos anos de 1988 e seguintes):

AF 048 g IMI - VALOR MÉDIO

DA CONSTRUÇÃO POR M²/2015

A Portaria 280/2014, de 30 de dezembro, manteve em €

482,40 o valor médio da construção por metro quadrado a

que se refere ao artigo 39º do Código do Imposto Municipal

de Imóveis (CIMI), para efeitos de avaliação de prédios ur-

banos e determinação do respetivo valor patrimonial tributá-

rio.

O que significa que se mantém igualmente em € 603,00

(€482,40 + 25%) o valor base para efeitos de avaliação dos

prédios edificados.

Este valor (que se mantém inalterado desde 2010, pese a

quebra significativa do valor de mercado dos prédios urba-

nos, principalmente para habitação…) vigora em 2015 e

aplica-se a todos os prédios urbanos cujas declarações mo-

delo n.º 1 sejam entregues a partir de 1 de Janeiro.

Ano Coeficiente Ano Coeficiente

Até 1903

De 1904 a 1910

De 1911 a 1914

1915

1916

1917

1918

1919

1920

1921

1922

1923

1924

De 1925 a 1936

De 1937 a 1939

1940

1941

1942

1943

De 1944 a 1950

De 1951 a 1957

De 1958 a 1963

1964

1965

1966

De 1967 a 1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

De 1991 até à data (2014) foram publicadas as seguintes

portarias, para os bens e direitos alienados em:

2014: Portaria 281/2014, de 30/12

2013: Portaria 376/2013, de 30/12

2012: Portaria 401/2012, de 6/12

2011: Portaria 282/2011, de 21/10

2010: Portaria 785/2010, de 23/8

2009: Portaria 772/2009, de 21/7

2008: Portaria 362/2008, de 13/5

2007: Portaria 768/2007, de 9/7

2006: Portaria 429/2006, de 3/5

2005: Portaria 488/2005, de 20/5

2004: Portaria 376/2004, de 14/4

2003: Portaria 287/2003, de 3/4

2002: Portaria 553/2002, de 3/6

2001: Portaria 1040/2001, de 28/8

2000: Portaria 390/2000, de 10/7

1999: Portaria 393/99, de 29/5

1998: Portaria 280/98, de 6/5

1997: Portaria 222/97, de 2/4

1996: Portaria 107/96, de 10/4

1995: Portaria 388/95, de 21/4

1994: Portaria 277/94, de 10/5

1993: Portaria 470/93, de 5/5

1992: Portaria 395/92, de 12/5

1991: Portaria 332/91, de 1/4

4631,11

4311,02

4134,75

3678,66

3011,00

2403,68

1714,96

1314,32

868,45

566,63

419,64

256,81

216,18

186,33

180,95

152,26

135,24

116,76

99,42

84,40

77,43

72,80

69,58

67,02

64,04

59,89

55,46

52,79

49,35

44,86

34,41

29,39

24,62

18,88

14,78

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

11,66

10,51

8,60

7,13

5,71

4,43

3,71

3,35

3,07

2,76

2,49

2,22

1,96

1,81

1,68

1,60

1,54

1,50

1,48

1,43

1,41

1,38

1,29

1,24

1,20

1,18

1,16

1,12

1,10

1,07

1,08

1,07

1,03

1,00

1,00

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 11

g FISCALIDADE

Evolução do valor médio do preço da construção:

2015 - € 482,40 - € 603 - Portaria 280/2014, de 30/!2

2014 - € 482,40 - € 603 - Portaria 370/2013, de 27/12

2013 - € 482,40 - € 603 - Portaria 424/2012, de 28/12

2012 - € 482,40 - € 603 - Portaria 307/2011, de 21/12

2011 - € 482,40 - € 603 - Portaria 1330/2010, de 31/12

2010 - € 482,40 - € 603 - Portaria 1456/2009, de 30/12

2009 - € 487,20 - € 609 - Portaria 1545/2008, de 31/12

2008 - € 492 - € 615 - Portaria 16-A/2008, de 8/1

2007 - € 492 - € 615 - Portaria 1433-C/2006, de 29/12

2006 - € 492 - € 615 - Portaria 90/2006, de 27/1

2005 - € 490 - € 612,50 - Portaria 99/2005 (2ª série),

de 29.12.2004, in DR de 17/1

2004/03 - € 480 - € 600 - Portaria 982/2004, de 4/8

AF 049 g CÓDIGO FISCAL DO INVESTIMENTO

- ATIVIDADES BENEFICIÁRIAS

Código Fiscal do Investimento – Atividades beneficiárias

Em execução do Código Fiscal do Investimento, aprovado

pelo DL 162/2014, de 31 de outubro, a PORTARIA 282/2014,

de 30 de dezembro, definiu as atividades económicas a cujos

projetos de investimento produtivo se aplicam o regime de

benefícios fiscais nele previstos.

Não são elegíveis para a concessão de benefícios fiscais os

projetos de investimento que tenham por objeto as atividades

económicas dos setores siderúrgico, do carvão, da pesca e

da aquicultura, da produção agrícola primária, da transfor-

mação e comercialização de produtos agrícolas enumerados

no anexo I do Tratado sobre o Funcionamento da União Eu-

ropeia, da silvicultura, da construção naval, das fibras sintéti-

cas, dos transportes e das infraestruturas conexas e da

produção, distribuição e infraestruturas energéticas.

Sem prejuízo destas restrições, as atividades económicas be-

neficiárias do regime de benefícios fiscais do CFI são as cor-

respondentes às seguintes CAE:

a) Indústrias extrativas - divisões 05 a 09;

b) Indústrias transformadoras - divisões 10 a 33;

c) Alojamento - divisão 55;

d) Restauração e similares - divisão 56;

e) Atividades de edição - divisão 58;

f) Atividades cinematográficas, de vídeo e de produção de

programas de televisão - grupo 591;

g) Consultoria e programação informática e atividades rela-

cionadas - divisão 62;

h) Atividades de processamento de dados, domiciliação de

informação e atividades relacionadas e portais Web - grupo

631;

i) Atividades de investigação científica e de desenvolvimento

- divisão 72;

j) Atividades com interesse para o turismo - subclasses

77210, 90040, 91041, 91042, 93110, 93210, 93292, 93293 e

96040;

k) Atividades de serviços administrativos e de apoio prestados

às empresas - classes 82110 e 82910.

AF 050 g ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2015.ALTERAÇÕES FISCAIS

Publicada em 1º Suplemento ao D.R. de 31 de Dezembro, a

LEI 82-B/2014, em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015,

aprova o Orçamento do Estado para 2015 e procede a diver-

sas alterações de natureza e âmbito fiscal, que passamos a

destacar em síntese:

1. SEGURANÇA SOCIAL

Suspensão do regime de atualização anual do IAS, INDEXANTE

DE APOIOS SOCIAIS, que assim se mantém em € 419,22;

Manutenção em 2015 da MAJORAÇÃO EM 10% DO SUBSÍDIO DE

DESEMPREGO nas situações de desemprego no mesmo agre-

gado familiar com filhos do (agregados monoparentais) ou de

ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto;

Alargamento do dever de disposição de CAIXA POSTAL ELE-TRÓNICA a todos os trabalhadores independentes que se en-

contrem sujeitos ao cumprimento da obrigação contributiva

(que antes apenas recaía sobre os enquadrados no 3º esca-

lão ou superior);

Sujeição a incidência contributiva do valor mensal atribuído

pela entidade patronal ao trabalhador em “VALES DE TRANS-PORTES PÚBLICOS COLETIVOS”, nos mesmos termos previstos no

CIRS;

Extensão aos trabalhadores admitidos antes de setembro de

2014 (antes, maio de 2014…) que aufiram o salário mínimo

da REDUÇÃO TEMPORÁRIA DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA EM-PRESA (de 34,75% para 34%), criada para atenuar o efeito

desse aumento e que vigora de novembro/2014 a ja-

neiro/2016 (em caso de trabalhador a tempo parcial, o re-

querimento deve ser entregue até 31 de janeiro para que a

empresa beneficie da redução durante todo o período refe-

rido de 15 meses).

2. IRSManutenção em 2015 da SOBRETAXA EM SEDE DE IRS, com a

novidade de a ela poder ser deduzido, após a dedução por

cada dependente ou afilhado civil, um crédito fiscal que

atende à receita fiscal efetiva de IRS e IVA em 2015 em rela-

ção à receita estimada neste OE desses impostos, apurado

pela fórmula [(receitas de IRS e IVA em 2015 conforme exe-

cução orçamental de dezembro de 2015 – receitas de IRS e

IVA previstas no OE/2015) / valor da retenção na fonte em

sede de sobretaxa de 2015 x 100].

3. IRCREDUÇÃO DA TAXA GERAL DE IRC, de 23% para 21%, em linha

com o compromisso constante da reforma do IRC corporizado

pela Lei 2/2014, de 16/1.

Nova obrigação, de COMUNICAÇÃO DOS INVENTÁRIOS (artº 3º-A

do DL 198/2012, de 24/8), que recai sobre SP com sede, es-

tabelecimento estável ou domicílio fiscal em território portu-

guês, com contabilidade organizada e obrigados à

elaboração de inventário, que devem efetuar a comunicação

à AT do inventário respeitante a 31 de dezembro de cada ano

até 31 de janeiro do ano seguinte, por transmissão eletrónica

de dados, ficando apenas dispensados os SP cujo volume de

negócios do exercício anterior ao da comunicação no exceda

€100. 000.

Até 31/01/2015 devem os SP comunicar o inventário de

31/12/2014.

Page 12: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-vado pelo DL

g FISCALIDADE

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4. IVACESSAÇÃO DE ATIVIDADE passa também a ser declarada oficio-

samente pela AT após comunicação do tribunal do encerra-

mento da atividade do estabelecimento, nos termos do artigo

65º, nº 3, do CIRE;

Clarificação das alíneas b) do nºs 7 do artº 78º e 4 do artº 78º-

A do CIVA no sentido de permitir que o sujeito passivo possa

deduzir o IVA RELATIVO A CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS

em processo de insolvência, quando esta for decretada de

caráter limitado, após o trânsito em julgado da sentença de

verificação e graduação de créditos prevista no CIRE ou,

quando exista, a homologação do plano (…);

Obrigação, aquando da comunicação ao adquirente do bem

ou serviço que seja um sujeito passivo de IVA da anulação

total ou parcial do imposto, para efeitos de retificação da de-

dução inicialmente efetuada, de a mesma identificar as fatu-

ras, o montante do crédito e do imposto a ser regularizado, o

processo ou acordo em causa, bem como o período em que

a regularização é efetuada (artºs 78º, nº 11, 78º-B, nº 9, e 78º-

C, nº 3, do CIVA);

Criação do novo «REGIME FORFETÁRIO DOS PRODUTORES AGRÍ-COLAS» (artºs 59º-A a 59º-E), ao abrigo do qual os SP isentos

nos termos do artigo 53º do CIVA (volume de negócios não

superior a € 10.000…) que efetuem transmissões de produ-

tos agrícolas e prestações de serviços agrícolas (os elenca-

dos nos novos Anexos F e G do CIVA) podem requerer

semestralmente à AT, até ao dia 20 dos meses de julho e ja-

neiro, uma compensação igual a 6% do total das

vendas/prestações de serviços efetuadas a certos SP no se-

mestre anterior.

Os SP que pretendam optar pela aplicação deste regime em

2015 devem exercê-la até final de fevereiro, através da de-

claração de alterações.

4. SELOO locador e o sublocador passam, a partir de 01/04/2015, a

dever comunicar à AT a CESSAÇÃO DO ARRENDAMENTO, SUBAR-RENDAMENTO E RESPETIVAS PROMESSAS, como já tinham que co-

municar o início do contrato, suas alterações e, no caso de

promessa, a disponibilização do locado, até ao fim do mês

seguinte ao do facto, sendo que a comunicação passa a ser

feita em declaração de modelo oficial, a aprovar por portaria,

sendo dispensada a entrega de um exemplar do contrato.

6. IMIPossibilidade de as câmaras municipais poderem aprovar a

REDUÇÃO DA TAXA DE IMI EM FUNÇÃO DO Nº DE DEPENDENTES que

integrem o agregado familiar do proprietário de imóvel desti-

nado a habitação própria e permanente, podendo a redução

ir até a 10%, 15% ou 20% consoante o nº de dependentes a

cargo seja 1, 2 ou 3.

7. IUCNos termos do novo artº 17º-A do CIUC, relativo ao «efeitos

fiscais da regularização da propriedade», a ALTERAÇÃO DA TI-TULARIDADE DO DIREITO DE PROPRIEDADE EFETUADA AO ABRIGO DO

PROCEDIMENTO ESPECIAL PARA REGISTO DE PROPRIEDADE DE VEÍ-CULOS ADQUIRIDA POR CONTRATO VERBAL DE COMPRA E VENDA, re-

centemente aprovado pelo DL 177/2014, de 15/12, RELEVA

PARA EFEITOS DE IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO, DESDE A DATA

DA TRANSMISSÃO, quando o pedido é apresentado pelo vende-

dor no prazo de 1 ano após o decurso do prazo para cumpri-

mento do registo obrigatório (aplicável apenas a operações

de compra e venda de veículos ocorridas em ou após

01/01/2015);

Manutenção em 2015, sem alteração, do ADICIONAL DE IUC IN-CIDENTE SOBRE OS VEÍCULOS A GASÓLEO.

8. EBFCriação do MECENATO CULTURAL (novo artº 62º-B), ao abrigo

do qual os donativos atribuídos são considerados perdas ou

gastos para efeitos de IRC e Categoria B de IRS em deter-

minadas percentagens, majoradas, consoante o beneficiário

seja entidade pública ou privada (neste último caso, com o li-

mite de 8/1000 do volume de vendas)

9. LEI GERAL TRIBUTÁRIA

AUMENTO DA ALÇADA DOS TRIBUNAIS TRIBUTÁRIOS DE 1ª INSTÂN-CIA, que passa de € 1.250 para € 5.000. O que significa im-

possibilidade de recurso para tribunais superiores de

decisões de processos judiciais de valor inferior a este mon-

tante;

ATRIBUIÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS DA AT DE PODERES DE AUTORIDADE

PÚBLICA, quando no exercício das funções que nessa quali-

dade lhes sejam cometidas (novo artº 64º-C)

10. PROCEDIMENTO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

CONSTITUIÇÃO OBRIGATÓRIA DE

ADVOGADO nas causas judi-

ciais cujo valor exceda o

dobro da alçada do tribunal

tributário de 1.ª instância (€

10.000), quando antes só era

obrigatória a partir de €

12.500;

Adaptação de várias disposi-

ções ao aumento do valor da

alçada dos tribunais tributá-

rios;

Aumento, de 10 para 50 UC (UC = €102), do limite da quan-

tia exequenda a partir do qual é dispensada a citação nas

execuções fiscais por meio de via postal registada;

DISPENSA DE PRESTAÇÃO DE GARANTIA nos pedidos de paga-

mento em prestações quando a dívida fiscal do executado

seja de valor inferior a €5.000 (€2.500€ sendo pessoa singu-

lar).

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 13

g FISCALIDADE

AF 051 g REFORMA DO IRS

A LEI 82-E/2014, de 31 de dezembro, aprovou a reforma da

tributação das pessoas singulares, orientada para a família,

para a simplificação e para a mobilidade social, alterando o

Código do IRS, que republica, o Código do Imposto do Selo,

o Estatuto dos Benefícios Fiscais, a Lei Geral Tributária, o Có-

digo de Procedimento e de Processo Tributário, o Regime

Geral das Infrações Tributárias e o DL 26/99, de 28/1, relativo

ao regime dos vales sociais, revogando ainda o regime legal

das retenções na fonte, aprovado pelo DL 42/91, de 22/1.

Diploma que, por manifesta falta de tempo, comentaremos

em próxima oportunidade, mas que poderá ser consultado

desde já em https://dre.pt/application/file/66014834.

Sem prejuízo, destacamos que a partir de 1 de janeiro de

2015 apenas as FATURAS QUE INCLUAM O NIF DO SUJEITO PAS-SIVO ou MEMBRO DO SEU AGREGADO FAMILIAR serão consideradas

no IRS, pois só assim poderá beneficiar das seguintes dedu-

ções à coleta:

➢ 35% das despesas gerais familiares (por exemplo, des-pesas com supermercado, vestuário, combustíveis, água,

luz, gás ou outras), até ao máximo de €250 por sujeito

passivo (o que corresponde à realização de despesas até

€715);

➢ 15% das despesas de saúde, até um máximo de €1.000;

➢ 30% das despesas de educação, até um máximo de€800;

➢ 15% das despesas com rendas de habitação, até um má-ximo de €502 ou 15% das despesas com juros de em-

préstimo à habitação, no caso de casa própria, até um

máximo de €296;

➢ 25% das despesas com lares de 3ª idade, até um máximode €403,75;

➢ 15% do IVA suportado em cada fatura relativa a despe-sas nos setores da restauração e hotelaria, cabeleireiros

e reparações de automóveis e de motociclos, até um má-

ximo de €250.

Como refere o direito-geral da AT em e-mail enviado aos con-

tribuintes, o cálculo das despesas a considerar no IRS passa

a ser baseado no sistema e-fatura. Basta, pois, que o SP exija

faturas com o seu NIF nas compras que realiza para que as

empresas sejam obrigadas a comunicar as faturas à AT, co-

municação que permite a esta disponibilizar as despesas do

SP na sua página pessoal do Portal das Finanças, consultá-

vel a qualquer momento, e mais tarde efetuar o pré-preen-

chimento da declaração de IRS referente ao ano de 2015, a

entregar em 2016.

AF 052 g REFORMA DA FISCALIDADE VERDE

A LEI 82-D/2014, publicada em 2º suplemento ao D.R. de 31

de dezembro, procedeu à alteração das normas fiscais am-

bientais nos setores da energia e emissões, transportes,

água, resíduos, ordenamento do território, florestas e biodi-

versidade, alterando, para o efeito, os Códigos do IRS e do

IRC, do IVA, do IMI, do Imposto sobre Veículos (ISV) e dos

Impostos Especiais de Consumo (IEC) e o Estatuto dos Be-

nefícios Fiscais (EBF), além, entre outros diplomas, dos rela-

tivos ao regimes das depreciações e amortizações e da

gestão de resíduos.

Aprovou ainda um regime de tributação dos SACOS DE PLÁS-TICO e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de

vida, no quadro de uma reforma da

fiscalidade ambiental.

Assim:

[IRS] Redução das taxas de TRIBU-TAÇÃO AUTÓNOMA incidentes SOBRE

VIATURAS LIGEIRAS de passageiros ou

mistas híbridas plug-in de 10% para

5% (se tiver custo inferior a €20.000)

e de 20% para 10%, taxas que

serão de 7,5% e 15%, respetivamente, quando movidas a

GPL ou gás natural veicular.

[IRC] REDUÇÃO SIMILAR OCORRE NO IRC, baixando de 10%,

27,5% e 35% para 5%, 10% e 17,5% as taxas de tributação

autónoma incidentes sobre viaturas ligeiras de passageiros

híbridas plug-in, conforme o seu custo de aquisição seja in-

ferior a €25.000, a €35.000 e igual ou superior a €35.000, res-

petivamente. Taxas que baixam para 7,5%, 15% e 27,5%,

respetivamente, no caso de viaturas ligeiras de passageiros

movidas a GPL ou GNV.

Possibilidade de DEDUÇÃO FISCAL DAS PROVISÕES constituídas,

por empresas de qualquer setor, com o objetivo de fazer face

aos encargos com a reparação dos danos de caráter am-

biental dos locais afetos à exploração, sempre que tal seja

obrigatório nos termos da legislação aplicável e após a ces-

sação desta.

Redução, de 25% para 8%, da taxa de depreciação e amor-

tização dos EQUIPAMENTOS DE ENERGIA SOLAR, incluindo no-

meadamente equipamentos de energia solar fotovoltaica, ou

equipamentos de energia eólica (verba 2250).

[IVA] DIREITO À DEDUÇÃO DO IVA contido nas despesas relati-

vas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à trans-

formação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in de viaturas

ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-

in, quando consideradas viaturas de turismo, cujo custo de

aquisição não exceda o definido na Portaria 467/2010, de 7/7.

Na sequência da alteração da própria Portaria 467/2010 pela

lei em apreço, é o seguinte o CUSTO DE AQUISIÇÃO OU VALOR DE

REAVALIAÇÃO DAS VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS OU MISTAS

PARA EFEITOS DA ALÍNEA E) DO Nº 1 DO ARTIGO 34º DO CIRC:

. ADQUIRIDAS NOS PERÍODOS DE TRIBUTAÇÃO QUE SE INICIEM EM

01/01/2015 OU APÓS ESSA DATA:€ 62 500 - veículos movidos exclusivamente a energia elé-

trica

€ 50 000 - veículos híbridos plug-in

€ 37 500 - veículos movidos a gases de petróleo liquefeito

(GPL) ou gás natural veicular (GNV)

€ 25 000 - restantes viaturas

. Adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem entre

01/01/2012 e 31/12/2014:

. € 50 000 - veículos movidos exclusivamente a energia

elétrica

€ 25 000 - restantes viaturas

. Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2011:

€ 45 000 - veículos movidos exclusivamente a energia elé-

trica

€ 30 000 - restantes viaturas

. Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2010

- € 40 000;

O mesmo se aplica relativamente à DEDUÇÃO DO IVA (mas na

proporção de 50%) contido nas despesas com aquisição, fa-

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 14

brico ou importação, locação e transformação em viaturas

movidas a GPL ou a GNV de viaturas ligeiras de passageiros

ou mistas movidas a GPL ou a GNV, quando consideradas

viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda o li-

mite supra.

TAXA REDUZIDA DE IVA nos serviços de reparação de velocí-

pedes.

Sujeição a IVA do SERVIÇO PÚBLICO DE REMOÇÃO DE LIXOS.

[IMI] Eliminação do elemento minorativo «utilização de técni-

cas ambientalmente sustentáveis, ativas ou passivas» das

Tabelas dos coeficientes de qualidade e de conforto utiliza-

das para AVALIAÇÃO DOS PRÉDIOS URBANOS.

[EBF] Aumento, de 2 para 3 anos, do período de ISENÇÃO DE

IMI dos prédios objeto de reabilitação urbanística, assim

como do período de ISENÇÃO DO IMT relativo a aquisição de

prédios urbanos destinados a reabilitação urbana

REDUÇÃO DE 50% DO IMI, por 5 anos, relativo a prédios (não

habitacionais, nem comerciais, nem terrenos para constru-

ção) exclusivamente afetos à produção de energia a partir de

fontes renováveis.

Possibilidade de as câmaras municipais fixarem uma REDU-ÇÃO ATÉ 15% DA TAXA DE IMI a aplicar, pelo período der 5 anos,

aos prédios urbanos com eficiência energética igual ou su-

perior à classe A, ou com classe superior em pelo menos 2

classes à classe anterior, na sequência de obras de constru-

ção, reconstrução e outras, ou quando aproveitem águas re-

siduais tratadas ou águas pluviais, em termos a definir por

portaria.

Podem igualmente fixar uma REDUÇÃO ATÉ 50% DA TAXA DE IMIa aplicar, por 5 anos, aos prédios rústicos integrados em

áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossis-

tema não apropriáveis pelo mercado, desde que sejam reco-

nhecidos como tal pelo Instituto da Conservação da Natureza

e das Florestas.

MAJORAÇÃO DOS GASTOS SUPORTADOS COM A AQUISIÇÃO EM POR-TUGAL DE ELETRICIDADE, GNV E GPL para abastecimento de

táxis e veículos afetos ao transporte público de mercadorias

ou passageiros, que são dedutíveis em valor correspondente

a 130% (eletricidade) e 120%.

MAJORAÇÃO DAS DESPESAS COM OS SISTEMAS CAR-SHARING

(110%) e BIKE-SHARING (140%) de mobilidade sustentável pelo

pessoal do sujeito passivo por este incorridas, benefício que

ainda acumula com o benefício previsto no n.º 15 do artigo

43.º do CIRC relativo à aquisição de passes sociais, com o li-

mite, em qualquer caso, de € 6250 por trabalhador depen-

dente.

MAJORAÇÃO, em 120%, do valor das despesas com a AQUISI-ÇÃO DE FROTAS DE VELOCÍPEDES em benefício do pessoal do su-

jeito passivo, a definir por portaria, que se mantenham no

património do mesmo durante, pelo menos, 18 meses, bem

como dos custos suportados com a sua reparação e manu-

tenção, desde que o benefício tenha caráter geral.

INCENTIVOS FISCAIS À ATIVIDADE SILVÍCOLA, como a taxa de im-

posto a aplicar aos rendimentos da categoria B de IRS de-

correntes de explorações silvícolas plurianuais, que é

apurada pela divisão do rendimento por 12 (regime simplifi-

cado) ou pela soma do número de anos ou fração a que res-

peitem os gastos imputados ao respetivo lucro tributável. São

criadas igualmente ISENÇÕES DE IMI, IMT E DE IMPOSTO DO SELO

relativamente a prédios rústicos que correspondam a áreas

florestais abrangidas por zona de intervenção florestal (…) e

a prédios rústicos destinados à exploração florestal que sejam

confinantes com prédios rústicos submetidos a plano de ges-

tão florestal elaborado (…)

INCENTIVO FISCAL AO ABATE DE VEÍCULOS EM FIM DE VIDA

A lei em apreço recu-

pera o regime excecio-

nal de incentivo fiscal à

destruição de automó-

veis ligeiros em fim de

vida, traduzido na redu-

ção do ISV até à sua

concorrência, quando

aplicável, ou na atribui-

ção de um subsídio, no

montante de:

a) €4500, devido pela introdução no consumo, mesmo

por locação financeira, de um veículo elétrico novo

sem matrícula;

b) Redução de ISV até €3250, devido pela introdução no

consumo de um veículo híbrido plug-in novo sem ma-

trícula;

c) €1000, devido pela introdução no consumo de um veí-

culo quadriciclo pesado elétrico novo sem matrícula.

Podem beneficiar destes incentivos fiscais os veículos ligeiros

que, sendo propriedade do requerente há mais de 6 meses,

contados da data de emissão do certificado de matrícula, es-

tejam matriculados há 10 ou mais anos, livres de quaisquer

ónus ou encargos, em condições de circular pelos seus pró-

prios meios (ou, não sendo esse o caso, possuam ainda

todos os seus componentes) e sejam entregues para des-

truição nos centros e nas condições previstas para o efeito.

CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS SACOS PLÁSTICOS

Amplamente discutida a «nova» contribuição sobre sacos de

plástico leves, ora aprovada e já regulamentada pela PORTA-RIA 286-B/2014, da mesma data (31/12), em vigor a partir de

1 de janeiro e que produz efeitos 30 dias depois, não podendo

ser distribuídos aos adquirentes finais sacos de plástico leves

relativamente aos quais não seja exigível a contribuição a

partir de 15 DE FEVEREIRO DE 2015.

A contribuição, no valor de 8 CÊNTIMOS POR CADA SACO, incide

sobre os sacos de plástico leves, produzidos, importados ou

adquiridos em Portugal continental, bem como sobre os

sacos de plástico leves expedidos para o mesmo território.

E É ENCARGO DO ADQUIRENTE FINAL, devendo os agentes eco-

nómicos inseridos na cadeia comercial repercutir o encargo

económico da contribuição para o seu adquirente, a título de

preço, discriminando-o na fatura, mesmo que não cobrem

qualquer valor pelo saco. Ao fim e ao cabo, o objetivo é levar

os consumidores a reduzir a quantidade de sacos plásticos

leves e a preferir soluções ambientalmente mais sustentá-

veis, como a utilização de sacos reutilizáveis, garantindo o

combate à acumulação de resíduos de plástico nos ecossis-

temas, nomeadamente no meio marinho.

SACO DE PLÁSTICO LEVE é o saco, considerado embalagem em

conformidade com a definição de embalagem constante na

Diretiva 94/62/CE, de 20/12, composto total ou parcialmente

g FISCALIDADE

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 15

por matéria plástica, em conformidade com a definição cons-

tante do nº 1 do artigo 3º do Regulamento (UE) 10/2011, de

14/1, com alças e com espessura de parede igual ou inferior

a 50 μm, vendido ou disponibilizado gratuitamente ou com

custo associado, avulso ou embalado, nomeadamente os

abrangidos pelos seguintes códigos NC 3923 21 00 (sacos

de quaisquer dimensões de polímeros de etileno), 3923 29

10 (sacos de quaisquer dimensões de policloreto de vinilo) e

3923 29 90 (sacos de quaisquer dimensões, de outros plás-

ticos).

ESTÃO ISENTOS DA CONTRIBUIÇÃO os sacos de plástico leves

que:

- Sejam objeto de exportação pelo sujeito passivo

- Sejam expedidos ou transportados para outro Estado mem-

bro da UE pelo sujeito passivo ou por um terceiro, por conta

deste

- Sejam expedidos ou transportados para fora do território

de Portugal continental

- Não tenham alças e se destinem a entrar em contacto, ou

estejam em contacto, em conformidade com a utilização a

que se destinam, com os géneros alimentícios, abrangidos

pelo DL 62/2008, de 31/3, alterado pelos DL 29/2009, de

2/2, e 55/2011, de 14/4, incluindo o gelo

- Sejam utilizados em donativos a instituições de solidarie-

dade social.

O FACTO GERADOR DA CONTRIBUIÇÃO é a produção, a importação

e a aquisição intracomunitária de sacos de plástico leves,

sendo SUJEITOS PASSIVOS os seus produtores ou importadores

com sede ou estabelecimento estável em Portugal continen-

tal, bem como os adquirentes a fornecedores com sede ou

estabelecimento estável noutro Estado membro da UE ou nas

regiões autónomas.

Os SENHORES ASSOCIADOS, como comerciantes que se limi-

tam a disponibilizar nos seus estabelecimentos sacos de

plástico leves, gratuitamente ou não, adquiridos previamente

a produtor nacional ou importador, NÃO SÃO ASSIM SUJEITOS

PASSIVOS, devendo limitar-se a incluir e discriminar a contri-

buição na fatura que emite ao adquirente final.

Na FATURA deverão indicar a designação do saco (como

«sacos de plástico leves» ou «sacos leves»), o nº de sacos

vendidos ou disponibilizados e o valor cobrado a título de

preço, incluindo a contribuição devida.

A CONTRIBUIÇÃO É EXIGÍVEL NO MOMENTO DA SUA INTRODUÇÃO NO

CONSUMO, ou seja, quando são alienados pelos sujeitos pas-

sivos. Que deve ser formalizada através da declaração de in-

trodução no consumo (DIC) ou no ato da importação, através

da respetiva declaração aduaneira. E É PAGA até ao dia 15 do

segundo mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeite

a exigibilidade.

Consulte a Lei 82-D/2014 e a Portaria 286-B/2014 em

https://dre.pt/application/file/66014833 e https://dre.pt/appli-

cation/file/66014856.

AF 053 g GRANDES OPÇÕES DO PLANO

PARA 2015

As Grandes Opções do Plano para 2015 foram aprovadas

pela Lei 82-A/2014, de 31 de dezembro.

AF 054 g ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IRC

Pouco menos de 1 ano após a publicação da reforma do IRC,

operada pela Lei 2/2014, de 16 de janeiro, a LEI 82-C/2014,

de 31 de dezembro, altera diversas disposições do respetivo

Código (artigos 6.º, 14.º, 23.º, 28.º-A, 28.º-C, 41.º, 46.º, 47.º-

A, 51.º, 51.º-C, 51.º-D, 52.º, 53.º, 54.º-A, 67.º, 69.º, 75.º, 86.º-

B, 88.º, 97.º, 105.º, 117.º e 118.º), alteração justificada pela

necessidade de transpor para o direito nacional a Diretiva

2014/86/UE, de 8 de julho, que altera a Diretiva 2011/96/UE

relativa ao regime fiscal comum aplicável às sociedades-

mães e sociedades afiliadas de Estados membros diferentes

e adequar o regime especial de tributação de grupos de so-

ciedades à jurisprudência recente do Tribunal de Justiça da

União Europeia.

Destacamos:

• A consideração como gas-

tos e perdas, dedutíveis

para efeitos fiscais, dos

encargos relativos a

AÇÕES PREFERENCIAIS SEM

VOTO CLASSIFICADAS COMO PASSIVO FINANCEIRO de acordo com

a normalização contabilística em vigor, incluindo os gastos

com a emissão desses títulos;

• Na noção de «SOCIEDADE DE PROFISSIONAIS» para efeitos do

regime de transparência fiscal, o aumento (de 1 para 183

dias do período de tributação) do prazo mínimo em que o

número de sócios não deve ser superior a 5;

• Consideração como MAIS-VALIA OU MENOS-VALIA DE PARTES

SOCIAIS, no caso de transmissões onerosas realizadas no

âmbito de operações de fusão, quando não sejam atribuí-

das partes sociais ao sócio da sociedade fundida, a dife-

rença positiva ou negativa, respetivamente, entre o valor

de mercado das partes de capital da sociedade fundida na

data da operação e o valor de aquisição das partes de ca-

pital detidas pelos sócios da sociedade fundida;

• Alinhamento do PRAZO DE DEDUÇÃO DOS PREJUÍZOS FISCAIS re-

feridos no artigo 53º para determinação do rendimento glo-

bal com o consagrado no artigo 52º (de 5 para 12 períodos

de tributação posteriores), com efeitos a 01/01/2014;

• Para efeito de determinação da matéria coletável, o resul-

tado positivo de RENDIMENTOS PREDIAIS passa a obter-se de-

duzindo ao montante dos rendimentos prediais ilíquidos, e

até à sua concorrência, as despesas de manutenção e de

conservação dos imóveis que os geraram, o IMI, o imposto

do selo que incide sobre o valor dos prédios ou parte de

prédios, os prémios dos seguros obrigatórios e as respeti-

vas taxas municipais;

• Aumento, de 1 não para 2 anos, do prazo de permanência

da titularidade na mesma entidade da participação no ca-

pital para efeito de DISPENSA DE RETENÇÃO NA FONTE DE IRC,

quando este tem a natureza de imposto por conta, sobre

os lucros e reservas distribuídos;

• DISPENSA DA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE CESSAÇÃO DE ATIVI-DADE pelos sujeitos passivos registados na Conservatória

do Registo Comercial ou inscritos no Ficheiro Central das

Pessoas Coletivas.

Consulte a Lei 82-C/2014 em

https://dre.pt/application/file/66014832

g FISCALIDADE

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 16

OF 001 g PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS

JANEIRO WWW.PORTALDASFINANCAS.GOV.PT

SUMÁRIO

ATÉ AO DIA 12- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE MENSAL (NOV.14)- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - ENTREGA DAS DECLARAÇÕES

(DEZ.14)- IRS - DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES AT (DEZ.14)ATÉ AO DIA 20- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - PAGAMENTO (DEZ.14)- SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - PAGAMENTO (DEZ.14)- FUNDOS DE COMPENSAÇÃO - PAGAMENTO DAS ENTREGAS

(DEZ.14)- IRC/IRS - RETENÇÕES NA FONTE (DEZ.14)- SELO - PAGAMENTO DO RELATIVO A DEZ.14- IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA - REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL

- IRS/IRC - ENTREGA DE DOCUMENTO RELATIVO A RENDIMENTOS PAGOS /2014

ATÉ AO DIA 26- IVA - COMUNICAÇÃO À AT DAS FATURAS EMITIDAS EM DEZ.14ATÉ AO DIA 31- IUC - PAGAMENTO - VEÍCULOS COM ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EM

JAN.15- IRC/IRS - COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE 31/12/2014 À AT - IRS/IRC - DECLARAÇÃO MOD. 39 - RENDIMENTOS/RETENÇÕES TAXAS LI-

BERATÓRIAS

g ATÉ AO DIA 12IVA - PERIODICIDADE MENSAL

Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de pe-riodicidade mensal devem proceder à entrega, pela Internet,da declaração periódica relativa ao IVA apurado no mês deNOVEMBRO DE 2014, acompanhada dos anexos que forem de-vidos, e efetuar, se for caso disso, o competente pagamento.

SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL

- DECLARAÇÕES DE REMUNERAÇÕES

Devem ser entregues as declarações de remunerações relati-vas ao mês de DEZEMBRO DE 2014, exclusivamente através daSegurança Social Direta, incluindo o empregador que seja pes-soa singular e com apenas um trabalhador ao seu serviço.

IRS - DECLARAÇÃO MENSAL DE REMUNERAÇÕES (AT)As entidades que pagaram ou colocaram à disposição de re-sidentes em território português, em DEZEMBRO DE 2014, ren-dimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda quedele isentos ou excluídos de tributação nos termos dos arti-gos 2º e 12º do CIRS, devem proceder ao envio, pela Inter-net, da Declaração Mensal de Remunerações (AT) paracomunicação de tais rendimentos e respetivas retenções deimposto, das deduções efectuadas relativamente a contribui-ções obrigatórias para regimes de proteção social e subsis-temas legais de saúde e quotizações sindicais.

O envio da DMR é efetuado através dos Portais das Finançasou da Segurança Social, ESTANDO DISPENSADAS DESTA OBRIGA-ÇÃO as entidades que não exerçam atividades empresariaisou profissionais ou, exercendo-as, tais rendimentos não serelacionem exclusivamente com essas actividades, as quaispodem optar por declarar tais rendimentos na declaraçãoanual modelo 10.

g ATÉ AO DIA 20SEGURANÇA SOCIAL – REGIME GERAL - PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2014.

SEGURANÇA SOCIAL – INDEPENDENTES - PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das contribuições relativasao mês de DEZEMBRO DE 2014.FUNDOS DE COMPENSAÇÃO – PAGAMENTO

Deve ser efetuado o pagamento das entregas devidas aoFundo de Compensação do Trabalho (FCT) e ao Fundo deGarantia de Compensação do Trabalho (FGCT) relativas aDEZEMBRO DE 2014.

O pagamento é efetuado por multibanco ou homebanking, uti-lizando as referências do documento de pagamento previa-mente emitido, por iniciativa da empresa (a partir do dia 10),em www.fundoscompensacao.pt.

O pagamento corresponde a 1% da retribuição base e diu-turnidades pagas ou devidas aos trabalhadores (só dos ad-mitidos a partir de 1 de outubro de 2013), destinando-se0,925% ao FCT e 0,075% ao FGCT e sendo realizados 12pagamentos por ano (excluídos subsídios de férias e de Natale outras prestações retributivas).

IRS/IRC – RETENÇÕES NA FONTE

Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS re-tido pelas entidades que, possuindo ou devendo possuir con-tabilidade organizada, atribuíram no mês de DEZEMBRO DE

2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS B (empre-sariais e profissionais), E (capitais) e F (prediais).

Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada,que tenham pago ou colocado à disposição no mês de DE-ZEMBRO DE 2014 rendimentos enquadráveis nas CATEGORIAS

A (trabalho dependente) e H (pensões), deverão declararpela mesma via e entregar o IRS retido na fonte.

O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de DE-ZEMBRO DE 2014 sobre rendimentos sujeitos a IRC.

IMPOSTO DO SELO – PAGAMENTO

Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas em-presas e outras entidades sobre quem recaia tal obrigação oimposto do selo liquidado no mês de DEZEMBRO DE 2014.

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IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA

- TRANSMISSÕES INTRACOMUNITÁRIAS

Deve ser entregue a Declaração Recapitulativa, via Internet,pelos sujeitos passivos do regime normal de periodicidademensal que em DEZEMBRO DE 2014 efetuaram transmissõesintracomunitárias de bens e ou prestações de serviços a su-jeitos passivos registados noutros Estados Membros, quandotais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º doCIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestralquando o total das transmissões intracomunitárias de bens aincluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou emqualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50.000.

Também os sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º doCIVA que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitospassivos registados noutros Estados Membros, em DEZEMBRO

DE 2014, quando tais operações sejam aí localizadas nos ter-mos do artº 6º do CIVA, devem proceder à entrega da Decla-ração Recapitulativa, via Internet.

IRS/IRC - ENTREGA DE DOCUMENTO COMPROVATIVO

DOS RENDIMENTOS PAGOS EM 2014As entidades obrigadas a efetuar a retenção total ou parcialdo imposto e que em 2014 tenham pago ou colocado à dis-posição dos respetivos titulares, mesmo que não residentes,rendimentos enquadráveis nas categorias B (empresariais eprofissionais), E (capitais), F (prediais) e/ou H (pensões)devem entregar-lhes DOCUMENTO COMPROVATIVO das importân-cias que lhes pagaram ou colocaram à disposição, incluindoas correspondentes a rendimentos em espécie, nele discri-minando o imposto retido na fonte, as deduções efetuadas eos rendimentos que não foram objeto de retenção na fonte.

As mesmas entidades deverão possuir REGISTO ACTUALIZADO

das pessoas credoras desses rendimentos, incluindo os dacategoria A (trabalho dependente), ainda que não tenha ha-vido lugar a retenção de imposto, de que constem, pelomenos, o nome, o NIF, o código do serviço de finanças e adata e valor de cada pagamento ou dos rendimentos em es-pécie atribuídos.

Tal registo servirá posteriormente para preenchimento da DE-CLARAÇÃO MODELO 10, a enviar à AT até final de Fevereiro, aqual, face à criação da declaração mensal de remuneraçõesem 2013, discriminará apenas os rendimentos pagos ou co-locados à disposição e respetivas retenções de imposto quenão sejam rendimentos do trabalho dependente.

O referido supra é aplicável, com as necessárias adaptações,às entidades que sejam obrigadas a efetuar retenções nafonte de IRC.

g ATÉ AO DIA 26IVA – COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À ATOs sujeitos passivos de IVA são obrigados a comunicar à AT,

por via eletrónica, os elementos das faturas que emitiram emDEZEMBRO DE 2014 [artº 3º, nº 1, do DL 198/2012, de 24/8, naredação dada pela Lei 66-B/2012, de 31/12 (OE/2013)].

A comunicação é efetuada (i) em tempo real, integrada em programa de faturação

eletrónica; ou(ii) através do envio de ficheiro SAF-T (PT); ou(iii) por introdução direta no portal da AT (www.portaldas-

financas.gov.pt); ou(iv) por outra via eletrónica, a definir por portaria (ainda

não publicada à data), não podendo os sujeitos passivos alterar a modali-dade de comunicação por que optaram no decurso doano civil.

Os sujeitos passivos obrigados a produzir o ficheiro SAF-T(PT) apenas podem efetuar a comunicação através das duasprimeiras modalidades supra referidas.

g ATÉ AO DIA 31IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO

Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação(IUC) relativo a 2014 pelos veículos cujo aniversário de ma-trícula ocorra no mês de JANEIRO.

Os VEÍCULOS NOVOS ADQUIRIDOS EM 2015 devem liquidar epagar o IUC nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legalpara o registo.

A liquidação do IUC é efetuada pelo próprio sujeito passivoatravés da Internet (obrigatório para as pessoas coletivas),podendo também sê-lo em qualquer serviço de finanças, ematendimento ao público (neste caso, até 2 de fevereiro).

IRC/IRS - COMUNICAÇÃO DO INVENTÁRIO À ATOs sujeitos passivos de IRC ou IRS que disponham de con-tabilidade organizada e legalmente obrigados a elaborar o in-ventário devem comunicar à AT o inventário respeitante aoúltimo dia do exercício anterior.

NOS TERMOS DO NOVO ARTIGO 3º-A DO DECRETO-LEI 198/2012,DE 24/8, ADITADO PELA LEI DO OE/2015, a comunicação é efe-tuada por transmissão eletrónica de dados (internet), atravésde ficheiro com as características e estrutura , dela ficando dispensadas os sujeitos passivos cujo volumede negócios não exceda 100.000 euros.

IRS/IRC - DECLARAÇÃO MODELO 39RENDIMENTOS E RETENÇÕES A TAXAS LIBERATÓRIAS

As entidades devedoras ou as entidades que tenham pagoou colocado à disposição dos respetivos titulares, em 2014,os rendimentos a que se refere o artigo 71.º do CIRS ouquaisquer rendimentos sujeitos a retenção na fonte a títulodefinitivo devem proceder ao envio, pela Internet, da decla-ração modelo 39.

Faça-nos chegar as novidades que pretende divulgar, para que nós as divulguemos por si.

Praça Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210, Fax: 225 074 218Site: www.apcmc.pt, E-mail: [email protected]

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g FISCALIDADE

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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 18

g DIVERSOS

g SISTEMA DE INCENTIVOS DE APOIO LOCAL

A MICROEMPRESAS

A Portaria 261/2014, de 16 de dezembro, alterou os artigos 6º

e 8º do Regulamento do Sistema de Incentivos de Apoio Local

a Microempresas (SIALM), aprovado pela Portaria 68/2013,

de 15 de fevereiro, em matéria relacionada com a duração

máxima e data de conclusão do projeto e com as condições

de pagamento do financiamento por posto de trabalho criado.

As alterações aplicam-se aos projetos que ainda não se en-

contrem encerrados em 17 de dezembro.

g SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO

A Portaria 262/2014, de 16 de dezembro, alterou o artigo 13ºe os Anexos B e D do Regulamento do Sistema de Incentivosà Inovação, aprovado pela Portaria 1464/2007, de 15 de no-vembro, com o objetivo de minimizar os riscos de situaçõesde incumprimento definitivo derivados da escassez de finan-ciamento e da alteração dos pressupostos em que assenta-vam as projeções económicas e financeiras dos projetosaprovados, consequência da atual conjuntura de crise eco-nómica, permitindo ainda, face à dificuldades na gestão or-çamental nos programas operacionais regionais, oestabelecimento de critérios adicionais de afetação de proje-tos de micro e pequenas empresas situadas nas regiõesNorte, Centro e Alentejo ao COMPETE, Programa Operacio-nal Fatores de Competitividade.

g GESTÃO DOS REEMBOLSOS DO QREN

A Portaria 263/2014, de 16 de de-

zembro, aprovou o Regulamento

de Gestão dos Reembolsos dos

Sistemas de Incentivos do QREN,

em vigor desde o dia seguinte.

Com o qual pretende, atenta a atual conjuntura de escassez

de financiamento, adotar medidas que permitam minimizar os

riscos de incumprimento definitivo ou até processos de insol-

vência, procurando evitar situações de restituição do mon-

tante total pago aos beneficiários, estabelecendo ainda os

princípios e prioridades subjacentes à reutilização das verbas

provenientes de reembolsos dos Sistemas de Incentivos do

QREN, bem como um conjunto de regras de gestão associa-

das à eficaz utilização desses recursos financeiros, em com-

plemento aos regimes dos sistemas de incentivos com apoios

reembolsáveis.

gPENSÕES - REVALORIZAÇÃO DAS REMUNERA-ÇÕES ANUAIS

A Portaria 266/2014, de

17 de dezembro, apro-

vou os coeficientes a uti-

lizar na atualização das

remunerações a conside-

rar para a determinação da remuneração de referência que

serve de base de cálculo das pensões de invalidez e de ve-

lhice do regime geral de segurança social e do regime do se-

guro social voluntário, assim como da pensão designada por

«P2» das pensões de aposentação e de reforma do regime

de proteção social convergente.

Coeficientes aplicáveis ainda, designadamente, no cálculo do

montante de reembolso das quotizações, da restituição de

contribuições e quotizações indevidamente pagas e na atua-

lização das remunerações registadas relativamente a traba-

lhadores com retribuições em dívida.

Tudo com efeitos a 1 de janeiro de 2014.

g REGISTO DA PROPRIEDADE DE VEÍCULO PELO

VENDEDOR

São conhecidos de todos os que já venderam veículos auto-

móveis os efeitos negativos do facto de não ser alterado e

atualizado o registo da respetiva propriedade em nome dos

seus compradores, designadamente ao nível da responsabi-

lidade em sede de imposto único de circulação (IUC) e pe-

rante violações ao Código da Estrada e demais legislação

estradal.

Para evitar tais problemas, o DECRETO-LEI 177/2014, DE 15 DE

DEZEMBRO, APROVOU UM REGIME ESPECIAL para o registo de pro-

priedade de veículos adquirida por contrato verbal de com-

pra e venda, tendo em vista a regularização da propriedade,

estabelecendo ainda o regime de apreensão de veículos de-

corrente do referido regime e alterando o Regulamento do

Registo de Automóveis.

O novo regime especial, em vigor desde o passado dia 20 de

dezembro, permite que o registo da propriedade do veículo

seja requerido apenas pelo vendedor, com base em docu-

mentos indiciadores da compra e venda, com notificação ao

comprador a cargo do serviço de registo.

O regime «anterior» previa que o registo pudesse ser pro-

movido por qualquer das partes, comprador ou vendedor,

tendo por base o requerimento de modelo único subscrito por

ambas as partes, no prazo de 60 dias a contar da data da

compra e venda.

Nos termos do novo regime, decorrido que seja o prazo legal

para efetuar o registo obrigatório DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS

ADQUIRIDA POR CONTRATO VERBAL DE COMPRA E VENDA (60 dias),

o mesmo pode ser requerido pelo vendedor, presencialmente,

por via postal ou online, com base em documentos que indi-

ciem a efetiva compra e venda do veículo (como faturas, re-

cibos, vendas a dinheiro ou outros documentos de quitação,

dos quais conste a matrícula do veículo, o nome e a morada

do vendedor e do comprador…), que no impresso para re-

gisto indicará ainda os demais elementos do comprador,

como NIF e data da compra e venda, que não constem da-

queles documentos.

Page 19: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-vado pelo DL

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 19

g FISCALIDADE

Page 20: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE … · artigos 77º a 81º, na parte relativa ao regime de renda condi-cionada, do RAU, Regime de Arrendamento Urbano, apro-vado pelo DL

BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 20

g DIVERSOS

O requerimento pode ainda ter por base mera declaração

prestada pelo vendedor, em que se indique o maior número

possível de elementos, designadamente o nome e a morada

do comprador e a data da compra e venda (exceto quando

apresentado por entidade que se dedique à compra de veí-

culos para revenda ou que, em virtude da sua atividade, pro-

ceda regularmente à transmissão da propriedade de

veículos).

A conservatória notifica o comprador para este, em 15 dias,

se opor ao pedido de registo, contestar alguma das suas

menções ou completar os elementos necessários para o re-

gisto, considerando-se a aquisição registada em seu nome

caso não deduza oposição ou, tendo-a deduzido, o conser-

vador a considere improcedente.

Caso o comprador se oponha referindo que o veículo já não

lhe pertence pelo facto de entretanto o haver transmitido, o

conservador julga a oposição improcedente e notifica-o dessa

decisão, com indicação de que pode ele instaurar novo pro-

cedimento para regularização da propriedade do veículo ao

abrigo do presente diploma.

Tornando-se definitiva a decisão de não efetuar o registo, o

conservador procede ao pedido de apreensão do veículo. E

decorridos três meses sobre o pedido de apreensão sem que

a propriedade esteja regularizada, a matrícula é oficiosa e

gratuitamente cancelada pelo IMT, cancelamento que não

prejudica a validade dos contratos de seguro de responsabi-

lidade civil automóvel.

EMOLUMENTOSO registo de propriedade de veículos adquirida por contrato

verbal de compra e venda, requerido apenas pelo vendedor

e efetuado no âmbito do presente regime especial importa em

€ 75, menos15% quando promovido por via eletrónica.

Mas é reduzido para € 40 (menos 15% via Internet) quando

a compra e venda tenha ocorrido até 31/12/2013 e o registo

tenha sido requerido até 31/12/2015.

gEMPRESAS DE CONSTRUÇÃO

No final de outubro de 2014 existiam 48.290 empresas habi-

litadas para a atividade da construção, mais 0,2% que em se-

tembro p.p., das quais 18.705 com alvará (+0,9%) e 29.585

com título de registo (-0,2%). O crescimento dos alvarás tem

sido contínuo desde fevereiro p.p., ao contrário dos títulos de

registo, em quebra contínua desde janeiro.

Comparativamente a outubro de 2013, há menos 4,4% de tí-

tulos habilitantes, menos acentuada nos alvarás (-3,6%) que

nos títulos de registo (-4,9%), quando existiam mais 1960 em-

presas habilitadas.

(fonte: INCI)