assistencia de enfermagem ao cliente terminal

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM O CLIENTE TERMINAL MULTIVIX - CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 6ºP. 2/2016 Avenilda Briske Giza Carla Nitz Jefferson Aguiar Jessica Sandre Raryely Dos Santos Prof.º Orientador: Ivan Paulino

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM COM O CLIENTE TERMINAL

MULTIVIX- CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

6ºP. 2/2016

Avenilda BriskeGiza Carla NitzJefferson Aguiar Jessica Sandre Raryely Dos Santos

Prof.º Orientador:

Ivan Paulino

Analisar a importância de aprimorar a equipe de enfermagem os cuidados com o cliente paliativo.

OBJETIVO GERAL

Analisar a atuação do enfermeiro no cuidado de pacientes críticos.

Refletir sobre a necessidade de estabilidade emocional, diante da tomada de decisões.

Descrever sobre a interação entre paciente, família e equipe.

Analisar a necessidade de constante atualização;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Trata-se de uma pesquisa com o tema cuidados de enfermagem a clientes terminais, por referências bibliográficas, exploratória, explicativa com abordagem qualitativa, com coleta de dados secundários, direcionado a profissionais que atuam em Unidade de Terapia Intensiva, e tratamentos paliativos.

METODOLOGIA

[...] paciente terminal é aquele que se encontra além da possibilidade de terapêutica curativa e que necessita de um tratamento paliativo visando alívio de inúmeros sintomas que o atormentam, sempre levando em consideração a melhoria da qualidade de vida de uma maneira global, isto é, não somente a parte biológica, mas também nas esferas espiritual, social e psicológica.

Papaleo Netto (2002, p. 432)

PACIENTE TERMINAL

Segundo a OMS (2002):“Uma abordagem que aprimora a qualidade de vida, dos pacientes e famílias que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras de vida, através da prevenção e alivio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.”

CUIDADOS PALIATIVOS

A reação psíquica determinada pela experiência com a morte, vivida pelo indivíduo ou familiares, foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco estágios sequênciais:

1. Negação – defesa;2. Raiva – contra tudo e todos;3. Barganha – recompensa pelas boas ações;4. Depressão – sentimento de perda;5. Aceitação – resignação.

FASES QUE PRECEDEM A MORTE

1º fase: NEGAÇÃO

• São mecanismos de defesa temporários diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor.

• Negação é a não aceitação da realidade. • Em geral, a Negação e o Isolamento não

persistem por muito tempo.

• Surge devido à impossibilidade de manter a Negação e o Isolamento. Os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado, surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.

• É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.

2º fase: RAIVA

• A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.

• A pessoa se envolve com a religiosidade e implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, à caridade, ou promessas como deixar de beber, fumar.

• Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).

3º fase: BARGANHA

• O paciente toma consciência de sua debilidade física, não consegue negar suas condições de doente e as perspectivas da morte são claramente sentidas.

• Negar não adiantou, nem agredir e se revoltar, ou fazer barganhas. Surge então um sentimento de grande perda.

• A depressão leva ao desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.

4º fase: DEPRESSÃO

Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade, havendo um momento de repouso e serenidade antes da morte e de conforto e compreensão para os que ficam.

5º fase: ACEITAÇÃO

Aceite o comportamento dos pacientes não importando qual seja;

Oportunize aos pacientes momentos para a expressão livre de seus sentimentos;

Trabalhe para compreender os sentimentos dos pacientes;

Use afirmações de ampla abertura, como "Deve ser difícil para você", e "Gostaria de conversar a respeito?"

Ajudando Os Pacientes A Enfrentar A Morte

O profissional que atua na UTI deve possuir atribuições, tais como:

Conhecimentos científicos; Habilidades técnicas; Pensamento rápido para tomada de decisões; Preparo emocional para lidar com a vida e a morte diariamente; Disponibilidade para a rotina de confinamento hospitalar; Permanente atualização;

“No cotidiano da emergência, surgem situações que exigem do profissional competência, intuição e ação; estética e ambiência; criatividade para criar habilidades motoras e sensibilidade para moldar o cuidado.” (FIGUEIREDO; VIEIRA, 2012, p.234)

UTI

REALIZANDO OS CUIDADOS TERMINAIS

Hidratação Alimentação Eliminação Fisiológica, higiene, Posição Conforto

Parada das funções cárdio-respiratórias. Arreflexia ou Ausência de reflexos (Morte

cerebral) Inconsciência Livor mortis ou Hipostase cadavérica Algor mortis ou Frialdade cadavérica

(interrupção da termoregulação, metabolismo cessado)

Alterações Fisiológicas Pós Morte

Alterações Fisiológicas Pós Morte Rigor mortis ou Rigidez cadavérica (Contração

muscular pela falta de ADP e ATP) Coagulação do Sangue Deslocamento, Torção ou Ruptura de Vísceras

(lise celular) Prolapso Retal Cadavérico e Relaxamento

esfincteriano Perda do brilho da córnea - Midríase ou Pupilas

dilatadas

CUIDADOS PÓS-MORTE

• Envolvem a limpeza e o preparo do corpo de modo que o mesmo seja entregue a família o mais integro possível.

• São realizados procedimentos que retardam ou disfarçam as alterações ocorridas com o corpo no pós morte.

1. Puxe as cortinas em torno do leito; 2. Calçar luvas; 3. Coloque o corpo em decúbito dorsal, com os

braços estendidos dos lados ou dobrados sobre o abdômen;

4. Remova todo o equipamento médico, tais como cateter intravenoso, cateter urinário, curativos, sondas, etc;

PREPARO DO CORPO

PREPARO DO CORPO

5. Abaixe as pálpebras; 6. Eleve discretamente a altura da cabeça; 7. Reponha ou mantenha as dentaduras na boca; 8. Higienizar o corpo; 9. Realizar tamponamento de cavidades e

orifícios (narinas, boca, traqueostomias, anus e vagina (S/N);

10.Fechar ostomias;

PREPARO DO CORPO

11. Aplique um ou mais forros higiênicos descartáveis entre as pernas e sob as nádegas; 12. Prenda uma etiqueta de identificação no tornozelo, no pulso ou fronte (conforme rotina do serviço); 13. Envolva o corpo em uma mortalha ou outro tipo de cobertura para o corpo, e cubra-o com um lençol; 14. Fixe um etiqueta de identificação na parte externa do corpo envolvido; 15. Organize a área próxima à cama e descarte o equipamento sujo; 16. Retire as luvas e lave as mãos;

PREPARO DO CORPO

17. Saia do quarto e feche a porta, ou transporte o corpos ao necrotério, área na qual o corpo do indivíduo falecido é mantido temporariamente ou é examinado; 18. Faca um inventario dos pertences e envie-os à administração, onde serão entregues à família; 19. Notifique o pessoal da manutenção após a remoção do corpo do quarto. 20. Organizar prontuário e exames do paciente; 21. Realizar evolução no Prontuário.

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Mencionar intercorrências e procedimentos realizados

pela equipe; Informar Hora da morte; Informar realização de exames que indicam que o

paciente está morto; Cuidados com o corpo; Horário em que o corpo foi encaminhado ao necrotério. Informar emissão de Declaração de óbito ou

encaminhamento para SVO / IML.

BRAGA, Ana Lúcia; VARGAS, Divani de. O Enfermeiro de Unidade de Tratamento Intensivo: Refletindo sobre seu Papel. São Paulo: [s.n].

CHEGATTI, Aline Laurenti; AMORIM, Carolina Padrão (Org.). Enfermagem em unidade de terapia intensiva. 2. ed. São Paulo: Martinari, 2010

FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; SILVA, Carlos Roberto Lyra da; SILVA, Roberto Carlos Lyra. CTI: Atuação, Intervenção e cuidados de Enfermagem. 2 ed, São Caetano do Sul: Yendis. 2010.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

VIANA, Renata Andréa Pietro Pereira; et al. Enfermagem em Terapia Intensiva: Práticas e Vivências. Porto alegre :Artmed 2011

VIANA, Renata Andréa Pietro Pereira; WHITAKER, Iveth Yamaguchi (org). Enfermagem em terapia intensiva: Práticas e Vivências. Porto alegre: Artmed, 2011.

REFERÊNCIAS