assistencia de enfermagem a grupos especificos

Assistência de enfermagem a

grupos específicos

Universidade do Estado do ParáCentro de Ciências Biológicas e da Saúde

Núcleo Universitário de Tucuruí – Campus XIIICurso de Graduação em Enfermagem

Disciplina: Saúde Mental

Discentes:Letícia Américo, Mayla Fernandes, Naiane Fernandes, Vanessa Pompeu e Viviane Nayara.

Assistência de enfermagem a grupos específicos

Roteiro de apresentação

- Considerações iniciais

- Fatores e meios desencadeantes aos transtornos mentais

- Importância da assistência de enfermagem aos pacientes

- Assistência ao transtorno bipolar

- Assistência a esquizofrenia

- Assistência a síndrome da dependencia do alcóol

- Assistência aos usuários de drogas ilícitas

- Considerações finais

- Referências bibliográficas


Considerações iniciais

Ao observar os diferentes âmbitos do ser humano, percebemos que vários fatores podem influenciar sua vida, seja de maneira benéfica ou não. Juntos e/ou associados, tais fatores, podem desencadear nas pessoas diversos problemas relacionados à saúde, como por exemplo, os transtornos mentais e comportamentais.

Visando o conhecimento da assistência de enfermagem quanto aos transtornos, escolhemos quatro grupos específicos de transtornos para estarmos fazendo uma revisão bibliográfica sobre os mesmos.

Transtornos Mentais e Comportamentais

São condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor envolvendo emoções, e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas à angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global.

(OMS, 2001)

Cerca de 400 milhões de indivíduos;

Psiquiatria transcultural;

CID 10.


Fatores desencadeantes

Desde antes do nascimento e por toda a vida, os genes e o meio ambiente estão envolvidos numa série de complexas interações. Essas interações são cruciais para o desenvolvimento e evolução dos Transtornos Mentais e Comportamentais.

(Ballone GJ, 2008)

Ser Humano

Ambientais Psicológicos

Sociais Genéticos


Fatores ambientais

- Desenvolvimento da personalidade;

- Mudanças tecnológicas.

(Ballone GJ, 2008)


- Idade e o sexo;

- Comunicação neural;

- Risco genético complexo.

(Ballone GJ, 2008)

Fatores biológicos


- Urbanização;

- Pobreza;

- Sexo;

- Preconceito.

(Ballone GJ, 2008)

Fatores ambientais


- Relacionamentos com os pais;

- Incapacidade de se adaptar a situações.

(Ballone GJ, 2008)

Fatores Psicológicos


Importância da assistência de enfermagem

Essa assistência em saúde mental vem sendo caracterizada pela transição entre uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos “doentes mentais” para a incorporação de novos princípios, na busca pela interdisciplinaridade, aberta às contingências dos sujeitos envolvidos, superando a perspectiva disciplinar de suas ações.

(OLIVEIRA e ALESSI, 2003)


Plano terapêutico

- Acolhimento; - Consulta de Enfermagem; - Escuta; - Reuniões educativas; - Tratamento; - Cuidados paliativos; - Visitas domiciliares.

*Família


(MOURA, 2003)

Preconceito profissional

(PEDRÃO et al, 2005)

- Acadêmico de enfermagem;

- Semelhantes aos da população;

- Trabalhados adequadamente durante o curso;

- Atitudes negativas.


É a mais comum das enfermidades mentais, considerada pela psicopatologia como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose).

(CASTRO; FUREGATO, 2008)


- O que é a esquizofrenia? Assistência de enfermagem a pacientes esquizofrênicos

(OMS, 2012)


Epidemiologia

-Atinge 1% de população adulta, sem distinções culturais, econômicas ou sociais.

- Na maioria dos doentes, a doença inicia-se entre os 13 e os 25 anos de idade;

-Atualmente a incidência desta doença, oscila entre 7 e 14 em cada 100 mil habitantes, com idades compreendidas entre os 15 e os 54 anos,;


Causas

Origem fundamentalmente fisiológica, que se caracteriza por um desequilíbrio entre os sistemas funcionais de duas moléculas que interligam as células do cérebro: a dopamina e a serotonina.

Fatores desencadeantes:

-Histórico familiar da doença/transtornos mentais;

- Ambiente de convívio;


Características

- Sentido defeituoso da realidade

- Alterações na harmonia

- Inadequação do raciocínio e afeto

- Alucinações

- Ideias delirantes.

(CASTRO; FUREGATO, 2008)

Intervenções de enfermagem.

-Implementar avaliações biopsicossociais com atenção às características culturais do paciente;

- Criar e implementar planos para melhorar as condições de saúde do paciente e de sua família;

- Orientar paciente e família sobre as características da doença, do tratamento e sobre os recursos disponíveis;

(Giacon e Galera (2005)



- Promover e manejar, dentro da saúde mental os efeitos da doença através do ensino e da pesquisa, proporcionando adequado aconselhamento à família e ao paciente;

- Manejar e coordenar sistemas de integração de cuidados que integrem as necessidades do paciente e da família, promover um entendimento e uma melhor aceitação da doença, o que leva à melhor adesão ao tratamento e uma melhor reabilitação social.

Tratamento

- Risperidona- Quetiapina- Ziprasidona- Olanzapina- Clozapina- Clorpromazina - Haloperidol- Decanoato de haloperidol

.

(Ministério da Saúde, 2013)


Pessoas com uso prejudicial de álcool (alcoólatras)

O alcoolismo é considerado um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o mundo.

(Organização Mundial da Saúde)


Entre 10% e 15% da população mundial são dependentes.

Epidemiologia

(Ministério da Saúde)


Compulsão pela ingestão contínua ou periódica

Experimentar os efeitos psíquicos causados pela bebida e evitar o desconforto ocasionado pela sua falta

Características

(Organização Mundial da Saúde)


Intervenções de Enfermagem

Independente do local onde o enfermeiro atue, estará sujeito a ter contato com pessoas com problemas relacionados ao álcool.

- Unidades clínicas e cirúrgicas de hospitais;

- Unidades de atenção primária à saúde;

- Unidades de emergência.


1. Acolhimento e identificação da clientela;- Identificados dentro de outros programas nas unidades básicas de saúde.

2. Ações educativas;- Palestras para comunidade, escolas e igrejas.


3. Realizar busca ativa na comunidade;- Conhecer a realidade local, o estilo de vida e a incidência do uso. - Organizar o próprio programa de atenção a estes usuários.

4. Trabalho junto à comunidade;- Conscientização da comunidade sobre a importância da aceitação da

diferença. 5. Orientar e encaminhar o usuário a outros locais de tratamento.


CAGE - Cut down/Annoyed/Guilty/Eye-opener Questionnaire

NÃO SIM

1. Alguma vez o (a) Sr. Sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber?

2. As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber?

3. O (A) Sr. (a) se sente culpado (a) (chateado consigo mesmo) pela maneira como costuma beber?

4. O (A) Sr. (a) costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca?

Questionário CAGE


Tratamento - Desintoxicação; - Tomar medicamentos receitados pelo médico; - Aconselhamento individual e/ou em grupo; - Programas de tratamento do alcoolismo.



- O são as drogas?

São todas e quaisquer substâncias naturais ou artificiais, capazes de alterar nosso comportamento, causando dependência física ou psíquica.

Pessoas com uso prejudicial de drogas ilícitas

(Organização Mundial da Saúde, 2007)

Epidemiologia

(Ministério da Saúde)


Estima-se que 185 milhões de pessoas acima de quinze anos já consumiram drogas ilícitas, ou seja, 4,75% da população mundial.


Características:

- Mudanças bruscas do comportamento;

- Agressividade aflorada;

- Afastamento do convívio familiar;

- Descuido com a higiene e aparência;

- Apologia ao uso de drogas;

- Faltas às aulas e ao trabalho;

- Acidentes e traumas pelo corpo;



Estratégias de Saúde direcionadas

- Política para atenção integral a usuários de álcool e drogas.

* Diretrizes:

- A atenção integral à saúde de consumidores de álcool e outras drogas; - CAPS ad (alcóol e drogas) e redes assistenciais ; - Controle de entorpecentes e substâncias que produzem dependência física ou psíquica;



CAPS – AD

Equipe : 02 psiquiatras02 psicólogas01 médica clínica geral01 assistente social01 terapeuta ocupacional01 farmacêutica01 enfermeiro02 técnicos de enfermagem01 professor de educação física 01 professora de artes



Perfil dos enfermeiros frente aos usuários

- Postura compreensiva e inclusiva; - Devem estabelecer com ele relações de cooperação - Não usar técnicas hostis ou confrontativas; - Devem ter respeito às diferenças; - Postura isenta de julgamentos crítico-morais,



- Buscar o vínculo e conquistar a confiança dos usuários de drogas;

- Realizadas palestras educativas, psicoterapias de grupo e quando necessário, sessões de psicoterapia individual e com a família;

- Participar na implantação de programas e projetos de promoção de saúde, integração social e prevenção do uso de drogas;

- Criar protocolos de atendimento que permitam o monitoramento e avaliação de ações de enfermagem;

- Realizar ações educativas na comunicade, atráves de cartazes e panfletos, com as principais orientações que o uso de drogas pode ocasionar;

Intervenções de enfermagem

Tratamento

- Desintoxicação;- Seguir prescrição médica;- Aconselhamento individual e/ou em grupo;



Considerações finais

O enfermeiro que presta cuidado aos transtornos mentais necessita, de um método de abordagem com enfrentamento positivo eficaz junto ao paciente com transtornos. Pois embasados nos estudos bibliográficos feitos com os quatro grupos específicos, podemos considerar que são transtornos graves, tornando-os sérios problemas de saúde pública, e consequentemente de interesse da sociedade.

Além disso, precisam de um olhar mais criterioso, de métodos e ações humanizadas. Que somado a assistência da equipe multiprofissional e com uma visão interdisciplinar, a enfermagem pode inclusive contribuir com uma resposta favorável também à família do enfermo, durante o acompanhamento e o tratamento.


Referências Bibliográficas

Ballone GJ. O que são Transtornos Mentais. 2008. Disponível em: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=230. Acessado em 31 de maio de 2013.

PEDRAO, J. L. et al. Perfil das atitudes de formandos em enfermagem frente aos transtornos mentais no Brasil, Chile e Peru. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 3, 2005, p. 339-345, mai./jun. 2005. Disponível em:<http:/ /www.sci elo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692005000300008&lng=pt&nrm=ls so>. Acesso em 31 de maio de 2013.


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