assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória pediatria profa. lívia almeida

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Page 1: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Assistência de enfermagem Assistência de enfermagem à criança com disfunção à criança com disfunção

respiratóriarespiratória

PediatriaPediatria

Profa. Lívia Almeida

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Distúrbios Respiratórios da criança

As Infecções Agudas do Trato Respiratório (IRAS) são as causas mais comuns de doenças na criança e variam de sintomas corriqueiros a uma doença grave e fatal.

Podem ser casadas por processos infecciosos e traumáticos ou por anomalias físicas das vias aéreas.

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Distúrbios Respiratórios da criança

A suscetibilidade diminui progressivamente com o aumento da idade da criança.

Fatores predisponentes: Ambientais:

Frio, umidade, mudanças bruscas da temperatura, natureza do agente infeccioso).

Orgânicos: Anemia, fadiga, alergias, problemas cardíacos,

desnutrição, suscetibilidade individual).

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Distúrbios Respiratórios da criança

Manifestações mais comuns: Tosse – seca, comprida, estridente, produtiva

ou não produtiva; Congestão nasal – bloqueio das tumefações

nasais pela tumefação e exsudato da mucosa. Febre – acima de 38oC. Convulsões febris – elevação súbita da

temperatura. Anemia – anorexia e vômitos. Diarréia – leve e transitória; dor abdominal.

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Distúrbios Respiratórios da criança

Inspeção: Avaliar o estado geral e a intensidade do

distúrbio respiratório. Observar se a criança está alerta e ativa ou

fatigada e se está cianótica. Observar a FR, o tipo de respiração, a

dificuldade respiratória e o gemido expiratório.

Ausculta: Múrmurio vesicular deve estar audível em am

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Distúrbios Respiratórios da criança

Ausculta: Múrmurio vesicular deve estar audível em

ambos os hemitóraxes; Avaliar a presença de estertores (passagem

de ar por líquido e umidade); Avaliar a presença de sibilos (passagem de

ar por áreas estreitas); Avaliar a presença de estridor (obstrução

das vias aéreas superiores).

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Distúrbios Respiratórios da criança

Enfermagem investigar: Se tem dificuldade respiratória e como ela é; Se tem tosse e quais são suas

características; Como tem sido a alimentação; O que ingeriu nas últimas 24horas; Se houve mudança de comportamento; Como está o sono e repouso; Se já teve problema semelhante e como

evoluiu.

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Distúrbios Respiratórios da criança

Locais: Nariz;

Nasofaringe;

Faringe;

Amígdalas

Raramente situam-se em apenas uma área anatômica

Tratamento domiciliar:

Fazer repouso até não mais haver febre;

Incentivar o aumento da ingesta hídrica e alimentar;

Controlar a termperatura;

Usar descongestionantes nasais

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Distúrbios Respiratórios da criança

Infecções Agudas do Trato Respiratório Superior (IRAs):

1. Otite Média;2. Amigdalite;3. Nasofaringite;4. Faringite;5. Laringite;6. Gripe.

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Distúrbios Respiratórios da criança

Infecções Respiratórias do Trato Inferior:

1. Bronquite e bronquiolite;2. Pneumonia;3. Síndrome da Angústia Respiratória do

Adulto;4. Asma;5. Insuficiência Respiratória.

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Infecções Agudas do Trato Respiratório Superior (IRAs)

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Otite Média

Patologia bacteriana mais frequente na infância e a principal causa de prescrição de antibióticos em pediatria.

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Otite Média

Otite Média Aguda (OMA): Presença de secreção na orelha média

associada ao início rápido de um ou mais sinais ou sintomas de inflamação da orelha média.

Otite Média Recorrente (OMR): Ocorrência de três episódios de otite

média aguda em 6m ou quatro episódios em 12m.

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Otite Média

Otite Média Secretora (OMS): Inflamação da orelha média, em que há

uma coleção liquida no seu espaço e a membrana timpânica está intacta.

Não há sinais ou sintomas de infecção aguda.

Secreção ou efusão da orelha média: É o líquido resultante da orelha média. Pode ser serosa, mucóide ou purulenta. Pode resultar de uma OMA ou de uma OMS.

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Otite Média

Fisiopatologia: Resultado da interação de múltiplos

fatores de risco. Secundária a uma Infecção de Vias Aéreas

Superiores (IVAS):

IVAS Obstrução da tuba

Congestão da mucosa nasal, tuba auditiva e orelha média

Colonização por bactérias

Pressão negativa e produção de secreção na

orelha média

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Otite Média

Fatores predisponentes: Do hospedeiro:

Idade (maior incidência até os 3 anos); Predisposição familiar; Sexo masculino; Raça (brancos, americanos, australianos); Imaturidade e deficiência imunológica; Hipertrofia e infecção das adenóides; Anatômicos (disfunção da tuba auditiva); Alergia.

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Otite Média

Fatores predisponentes: Ambientais e sociais:

Creches e berçários; Fumante passivo; Estação do ano;

Maior incidência no inverno e menor no verão. Tempo de amamentação;

Menor incidência nos que mamaram pelo menos até o 4m.

Fatores socioeconômicos.

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Otite Média

Diagnóstico: Determinado pela história e pelo exame

físico. Somente a otoscopia estabelece o

diagnóstico definitivo. Sintoma mais comum:

Otalgia. Sinais e sintomas não-especificos:

Febre, irritabilidade, cefaléia, anorexia, vômitos e diarréia.

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Otite Média

Tratamento: Terapia antimicrobiana.

Prevenção da OMR: Estimular o aleitamento materno; Evitar o tabagismo passivo; Retardar o ingresso na creche ou berçário; Suspender a mamadeira deitada; Controlar alergia respiratória ou digestiva.

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Otite Média

Consequências: OMR e OMS são a principal causa de perda

auditiva leve e moderada na infância.

Lembrar que:A criança, ao contrário do adulto, pode

permanecer meses com secreção na orelha média sem apresentar queixas.

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Otite Média

Assistência de Enfermagem: Adotar medidas para evitar a recidiva e o

agravamento da infecção; Administrar medicamentos no sentido de

aliviar a dor; Aplicar calor com compressa morna e seca

sobre o ouvido com a criança deitada sobre o lado afetado para facilitar a drenagem de exsudato;

Higienizar o ouvido; Observar atentamente sinais de hiperemia; Alimentar a criança sentada.

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Amigdalite

Inflamação das amigdalas (tonsilas):

Agente causal: Viral ou bacteriano

Manifestações clínicas decorrentes da inflamação das tonsilas:

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Amigdalite

Manifestações clínicas (decorrentes da inflamação das tonsilas): Edema, dificultando a passagem de ar e de

alimentos; Hipertermia; Anorexia; Halitose; Respiração pela boca com sensação de

sequidão; Irritação da mucosa; Voz anasalada.

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Amigdalite

Tratamento: Viral – sintomático. Bacteriano – antibiótico. Casos graves – tonsilectomia/amigdalectomia.

Cuidados de Enfermagem: Conforto e minimização das manifestações

clínicas; Gargarejo com água salgada morna; Manutenção da hidratação adequada.

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Nasofaringite

Quando aguda equivale ao resfriado comum, provocada por numerosos vírus.

Sintomas: Febre; Vômitos; Inquietude; Diarréia; Irritabilidade; Irritação do nariz; Agitação; Dores musculares; Espirros; Tosse.

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Nasofaringite

Tratamento: Geralmente domiciliar e inespecífico.

Cuidados de Enfermagem: Aliviar a obstrução nasal; Auxiliar na drenagem de secreções; Oferecer dieta branda ou líquida; Adotar medidas para prevenir a

disseminação da doença.

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Faringite

Infecção das vias aéreas por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.

A gravidade diz respeito às sequelas originárias da infecção: Febre Reumática; Glomerulonefrite Difusa Aguda.

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Faringite

Manifestações comuns: Início relativamente gradual da infecção na

faringe; Cefaléia; Dor abdominal; Febre; Vômitos; Mal-estar; Anorexia; Rouquidão; Tosse; Rinite;

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Faringite

Tratamento: Antibioticoterapia e sintomático.

Cuidados de Enfermagem: Compressas mornas para diminuírem o

edema e proporcionar alívio; Promover gargarejos com SF morno; Adotar medidas de conforto térmico; Proposta hídrica adequada e dieta líquida

ou branda.

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Laringite

Sintomas: Dor de garganta; Tosse; Rouquidão; Coriza; Faringite; Mialgia; Congestão nasal; Indisposição. Febre; Cefaléia;

Principais

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Laringite

Sintomas em casos intensos: Estridor inspiratório; Retrações; Dispnéia; Inquietude; Alternância entre períodos de agitação e

exaustão.

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Laringite

Tratamento: Sintomático; Líquidos e ar umidificado.

Cuidados de enfermagem: Semelhante às outras IRAs.

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Gripe (Influenza)

Causada por vírus diferentes e que sofrem alterações significativas de tempos em tempos.

Contágio: Contato direto. Mais comum no inverno.

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Gripe (Influenza)

Manifestações: Subclínicas; brandas; moderadas; graves.

Sintomas: Mucosa nasal e faríngea seca; Tosse seca; Fotofobia; Rouquidão; Mialgia; Febre; Hiperestesia; Calafrios; Prostração.

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Gripe (Influenza)

Evolução: Pneumonia viral grave; Encefalite; Infecções bacterianas secundárias.

Tratamento: Sintomático.

Cuidados de Enfermagem: Semelhantes.

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Infecções Respiratórias do Trato Inferior

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Infecções Respiratórias do Trato Inferior

Aquelas que atingem as estruturas do trato respiratório abaixo da laringe, o qual inclui a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos.

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Bronquiolite Viral Aguda

Quadro agudo obstrutivo de vias aéreas inferiores que é precedido por coriza, tosse e febre.

Inflamação das grandes vias aéreas.

O quadro de vias aéreas superiores dura em torno de três a cinco dias e prossegue com dificuldade ventilatória, taquipnéia, tosse e sibilância.

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Bronquiolite Viral Aguda

Agente etiológico: Vírus Respiratório Sincicial (VRS)

Alto contágio e potencial causador de infecções hospitalares.

Contágio através de partículas do vírus que podem ser transmitidas pelas mãos, por secreção ventilatória ou por fômites.

Outros: Parainfluenza; Influenza e Adenovírus.

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Bronquiolite Viral Aguda

Diagnóstico: Clínico:

Em primeiro episódio de sibilância em lactentes com pródomos de infecção viral, independente da condição atópica, pode-se fazer esse diagnóstico.

Identificação do vírus(pouco disponível); Exame de imunofluorescência da secreção

nasal; Titulação de anticorpos; Raio X de tórax.

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Bronquiolite Viral Aguda

Tratamento: Oxigenoterpia:

Principal forma de tratamento. Em estudo:

Corticóide sistêmico não tem indicação; Uso de broncodilatadores é controverso.

Complicação: Bronquiolite obliterante:

Associada a pneumonia.

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Bronquiolite Viral Aguda

Cuidados de Enfermagem no hospitalizado: Cuidados com a oxigenoterapia e terapia

intravenosa; Verificação dos SSVV com frequência; Manutenção do decúbito elevado; Permeabilidade das vias aéreas por meio

fluidificação das secreções; Aspiração das vias aéreas e drenagem

postural.

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Pneumonia

Epidemiologia: Representa 10 a 15% das IRAS. Associada à morbimortalidade nas crianças. UNICEF – mais de três milhões de crianças

morrem de pneumonia a cada ano, nos países em desenvolvimento.

Inflamação do parênquima pulmonar causada por um agente microbiológico, mais comumente, bactéria, fungo ou vírus.

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Pneumonia

Classificação do ponto de vista radiológico: Pneumonia lobar:

Envolve um lobo ou segmento pulmonar. Broncopneumonia:

Afeta o tecido pulmonar circunjacente às vias aéreas.

Pneumonia intersticial: Afeta os lóbulos pulmonares sem comprometimento

do espaço pleural, dos brônquios e do espaço intersticial linfatífero.

Pneumonia necrosante: Associada a bactérias gram-negativas.

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Pneumonia

Classificação do ponto de evolução: Aguda; Subaguda; Crônica.

Classificação de acordo com a forma clínica e o agente etiológico: Pneumonia viral – a mais comum. Pneumonia bacteriana – geralmente

sucede a viral.

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Pneumonia

Classificação de acordo com o ambiente onde ocorreu a doença e a situação do hospedeiro: Pneumonia adquirida na comunidade Pneumonia nosocomial Pneumonia no paciente institucionalizado Pneumonia no paciente imunodeprimido Pneumonia aspirativa

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Pneumonia Patogenia:

Infecção de VAS

Bronquíolos Alvéolos

Fatores de risco para pneumoniaRelacionados ao hospedeiro Fatores ambientais

Crianças menos de 2 meses Tabagismo no lar

Desmame precoce Poluição urbana

Baixo peso ao nascer Fatores socioeconômicos

Desnutrição e outras imunodeficiências

Condições sanitárias e de habitação desfavoráveis

Viroses sistêmicas graves pregressas

Cobertura vacinal insuficiente

Presença de cardiopatias, encefalopatias e anemia falciforme

Dificuldade de acesso ao serviço de saúde

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Pneumonia

Etiopatogenia: Países em desenvolvimento:

Bacterianas. Países desenvolvidos:

Virais.

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Pneumonia

Diagnóstico: Clínico:

Febre alta; Tosse seca ou produtiva; Dispnéia; Taquipnéia; Gemência.

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Pneumonia

Diagnóstico: Clínico:

Febre alta; Tosse seca ou produtiva; Dispnéia; Taquipnéia; Gemência.

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Pneumonia

Características clínicas da pneumonia na infânciaPneumonia Características

Bacteriana Início abrupto, febre elevada, tosse produtiva e estado geral comprometido.

Viral Febre baixa, taquipnéia e dispnéia acentuadas, sibilância, estado geral pode estar preservado.

Atípica (micoplasma) Semelhante ao quadro viral, tosse mais intensa, com ou sem paroxismos, dor de garganta, mialgia, cefaléia.

Pneumonia afebril do lactente

Febre baixa ou ausente, bom estado geral, tosse persistente seca, taquipnéia e, ocasionalmente, sibilância, antecedentes de conjuntivite (nos casos de clamídia).

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Pneumonia

Valores de FR sugestivos de pneumonia de acordo com a idade

Idade FR

< 2 meses > 60

2 meses – 1 ano 50

1 ano – 5 anos incompletos 40

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Pneumonia

Sinais de gravidade no lactente: Retração torácica subcostal; Batimento de asas de nariz; Gemido expiratório; Cianose central; Impossibilidade de beber ou mamar; Vômitos; Convulsões; Insuficiência ventilatória.

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Pneumonia

Diagnóstico: Radiológico:

Radiografia de tórax é o principal teste diagnóstico.

Hemograma: Anemia sugere pneumonia complicada ou

crônica

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Pneumonia

Diagnóstico: Exame do escarro:

Útil, desde que os seguintes cuidados sejam observados:

1. Coleta do material antes do início de antibioticoterapia.

2. Transporte e preparo do material para cultura em até 2-5 horas.

3. Avaliação citológica, confirmando material das VAI.4. A contagem quantitativa de colônias melhora a

acurácia diagnóstica.

Page 56: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Pneumonia

Diagnóstico: Hemocultura:

Indicação rotineira.

Análise do líquido pleural: Realizada toracocentese nos casos de

pneumonia de evolução lenta.

Page 57: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Pneumonia

Tratamento: Ambulatorial:

Domiciliar é o preferencial, com retorno ambulatorial em 48h.

Antibioticoterapia + aporte hídrico e nutricional + manter VAS livres de secreções + identificar sinais de piora e a necessidade de consulta em caráter de urgência.

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Pneumonia

Tratamento: Hospitalar:

Antibioticoterapia; Oxigenoterapia; Fluidoterapia; Fisioterapia.

Cuidados de Enfermagem: Segue os mesmos princípios das demais

doenças respiratórias.

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Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Reconhecida como insuficiência

respiratória aguda.

Caracterizada por edema pulmonar secundário a aumento da permeabilidade e pelo comprometimento da oxigenação e da função cardíaca normal.

Lesão pulmonar difusa.

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Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA)

Fatores precipitantes mais comuns em crianças: Choque; Sépsis; Quase afogamento.

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Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Características Clínicas:

Pulmão rígido; Difusão gasosa comprometida; Edema da mucosa bronqiolar; Atelectasia congestiva;

Secreção de surfactante reduzida + Atelectasia + Alvéolos repletos de líquido = meio para crescimento

bacteriano.

Page 62: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Diagnóstico:

Crianças que sofreram lesão ou doença antecedente aguda;

Insuficiência ou angústia respiratória aguda, sem nenhuma doença cardiopulmonar prévia;

Infiltrado bilateral difuso existente à radiografia de tórax.

Page 63: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Manifestações Clínicas:

Hipoxemia; Dificuldade respiratória; Cianose; Dispnéia; Taquipnéia.

Quadro clínico pode evoluir para o agravamento, com necessidade de VM. Muitos pacientes não sobrevivem.

Page 64: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Tratamento:

Realizado em um UTI, onde possam ser adotados monitorização e tratamento cardiorespiratório.

Objetivo primário é administrar oxigênio. Medidas de prevenção de infecções; Manutenção da pressão vascular e do

débito cardíaco; Nutrição adequada; Medidas de conforto.

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Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto

(SARA) Cuidados de Enfermagem:

Monitorização do: Débito cardíaco; FC; Perfusão; Enchimento capilar; Débito urinário; Estado respiratório.

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Asma Brônquica

Doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza por obstrução reversível espontaneamente ou com tratamento.

Mecanismos fisiopatológicos: Crise de asma pode ser desencadeada por

diversos estímulos:Infecções

viraisNeutrófilos Alérgenos Eosinófilos

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Asma Brônquica

Crise de asma decorre da diminuição do calibre dos brônquios, com aumento de secreção, edema e comprometimento de todos os brônquios, o que provoca enfisema.

Page 68: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Asma Brônquica

Diagnóstico: Clínico:1. História clínica de qualquer um dos

seguintes fatores:a) Tosse (piora noturna);b) Sibilância recorrente responsiva;c) Dificuldade respiratória recorrente;d) Opressão torácica recorrente.

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Asma Brônquica

Diagnóstico: Clínico:2. Surgimento ou piora da sintomatologia na

presença de:a) Exercício;b) Infecção viral;c) Animais de pêlos e penas;d) Alérgenos inalatórios;e) Variação climática;f) Forte fator emocional;g) Poluição ambiental.

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Asma Brônquica

Diagnóstico: Clínico:3. Exame físico:a) Sibilância;b) Utilização de musculatura acessória;c) Aumento diâmetro ântero-posterior do tórax

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Asma Brônquica

Tratamento: Antiinflamatórios(corticosteróides)

inalatórios são a base do tratamento. O tratamento das crises consiste em

medicação broncodilatadora.

Page 72: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Asma Brônquica

Manejo terapêutico (tratamento profilático): Educação do paciente e do cuidador; Controle ambiental, evitando a exposição a

desencadeantes; Monitorização clínica; Famacoterapia:

Prevenir o aparecimento de sintomatologia crônica;

Manter função pulmonar normal; Permitir níveis de atividade física normal; Prevenir exacerbações recorrentes; Possibilitar a satisfação ao paciente e seus

familiares.

Page 73: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Asma Brônquica

Complicações: Falência respiratória; Atelectasias; Pneumotórax; Pneumomediastino; Infecção; Secreção inapropriada do hormônio

antidiurético; Cardiovasculares (arritimias, hipotensão).

Page 74: Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória Pediatria Profa. Lívia Almeida

Asma Brônquica

Objetivos da Assistência de Enfermagem:

Prevenção da exacerbação; Orientação da família sobre o uso do

inalador; Cuidados rotineiros em caso de internação

hospitalar.

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Insuficiência Respiratória

Referente a duas situações: Quando as crianças estão com esforço

aumentado da respiração e com troca gasosa quase normal.

Quando as crianças são incapazes de manter a gasometria sanguínea normal e de desenvolver hipoxemia e acidose, como consequência da retenção de dióxido de carbono.

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Insuficiência Respiratória

Incapacidade de o aparelho respiratório manter a oxigenação adequada do sangue com ou sem retenção de dióxido de carbono.

Consequência de: Obstrução aguda de uma via aérea

importante; Parada cardíaca.

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Insuficiência Respiratória

Principais causas: Distúrbios de centros respiratórios (apnéia do

prematuro e depressão por drogas); Conexões neuromusculares (poliomielite,

tétano) Problemas pulmonares e das demais vias

respiratórias (membrana hialina, pneumonias);

Hemorragias pulmonares; Aspiração de corpo estranho; Asma; Etc.

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Insuficiência Respiratória

Manifestações Clínicas: Inquietude; Taquipnéia; Taquicardia; Diaforese; Alterações do humor; Alteração do padrão respiratório – cianose,

retração intercostal, gemido expiratório; Batimento de asas do nariz;

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Insuficiência Respiratória

Manifestações Clínicas: Aumento dos débitos cardíaco e urinário; Alterações do sistema nervoso central –

ansiedade, confusão, irritabilidade, inquietude, prostração, sonolência, convulsão e coma.

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Insuficiência Respiratória

Cuidados de Enfermagem: Cuidados gerais relacionados às doenças

respiratórias; Observar continuamente o padrão

respiratório; Desenvolver assistência adequada em

caso de parada respiratória; Monitorar continuamente a oximetria; Cuidados de oxigenoterapia; Manter medicação de urgência preparada.

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Outras Patologias

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Fibrose Cística

Doença genética autossômica recessiva mais comum na raça branca.

Cerca de um Rn em cada 2.500 nascidos vivos.

Acredita-se que a alteração genética esteja relacionada à influência de fatores ambientais.

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Fibrose Cística

Fisiopatologia: Interação significativa entre processos

inflamatórios e infecção sinopulmonar. Diferentes hipóteses a respeito dos

processos inflamatórios e infecciosos ainda não estão totalmente esclarecidos.

Em todos os casos ocorre uma interação entre infecção e inflamação, ambas presentes nas primeiras semanas de vida.

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Fibrose Cística

Fisiopatologia: Bronquiectasias:

Dilatação crônica irreversível dos brônquios ou dos bronquíolos, por processo inflamatório ou degenerativo.

Alterações na eliminação de cloro e sódio.

Infecção crônica

Reações imunológicas

e inflamatórias

Destruição da arquitetura brônquica

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Fibrose Cística

Fisiopatologia: Fatores relacionados com o rápido

declínio da função pulmonar: Exposição ao fumo; Desnutrição; Sexo feminino; Mau condicionamento físico; Acesso inadequado ao tratamento

especializado.

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Fibrose Cística

Evolução Clínica Vias áreas superiores:

Formação de polipose nasal. Insuficiência pancreática e diabete:

Resultado da deficiência enzimática. Justifica a alta prevalência da desnutrição.

Esôfago e intestino: Refluxo gastroesofágico mais presente

(remédios) Piora a doença pulmonar

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Fibrose Cística

Evolução Clínica Acometimento das vias biliares:

Alterações nas enzimas hepáticas Fertilidade:

A puberdade costuma estar retardada (desnutrição).

Glândulas sudoríparas: Produção de suor com aumento de sódio e

de cloreto. (uma das características mais típicas)

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Fibrose Cística

Diagnóstico: Quadro clínico (tosse crônica produtiva,

alterações radiográficas, polipose nasal, perda de sal etc);

História de um irmão com a doença ou teste de triagem neonatal alterado;

Eletrólitos no suor; Presença de duas mutações sabidamente

relacionadas a doença.

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Fibrose Cística

Tratamento: Tratamento da causa:

Correção do defeito genético.

Tratamento dos sintomas: Tratamento da infecção:

Um dos aspectos mais importantes no manejo desses pacientes.

Uso de antibióticos.

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Fibrose Cística

Tratamento: Tratamento dos sintomas:

Tratamento da inflamação e da retenção de secreções: Um dos componentes mais importantes na

fisiopatologia Uso de antiinflamatório.

Tratamento das complicações respiratórias: Uso de oxigenoterapia em insuficiência ventilatória; Drenagem de tórax em pneumotórax sintomático;

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Fibrose Cística

Tratamento: Tratamento dos sintomas:

Insuficiência pancreática e desnutrição: Prognóstico está relacionado com a nutrição. Dietas hipercalóricas.

Transplante pulmonar: Considerado em pacientes com doença pulmonar

avançada. Terapia genética:

Ainda em construção.

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AIDIPI

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Conduta frente à criança com Infecção Respiratória

Aguda Sinais Classificar Tratar-Qualquer sinal geral de perigo.-Tiragem subcostal.-Estridor em repouso.

-Pneumonia grave.-Doença muito grave.

-Dar a primeira dose do ATB recomendado.-Referir urgentemente ao hospital

- Respiração rápida. - Pneumonia. -Dar o ATB recomendado durante 7 ou 10 dias.-Se tiver febre ou sibilância tratar.-Aliviar a tosse.-Marcar retorno com 2 dias e orientar a mãe quando retornar imediatamente.

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Conduta frente à criança com Infecção Respiratória

Aguda Sinais Classificar Tratar- Nenhum sinal de pneumonia ou de doença muito grave.

- Não é pneumonia. -Aliviar a tosse.-Se tiver febre ou sibilância, tratar.-Marcar o retorno em cinco dias e orientar a mãe quando retronar imediatamente.-Se apresentar tosse há mais de 30 dias, referir para avaliação especializada.