assistencia cirurgica

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    PPPPPnfermagem

    rofissionalizao de

    uxiliares deAAAAA EEEEECadernos do AlunoCadernos do AlunoCadernos do AlunoCadernos do AlunoCadernos do Aluno

    Ministr io da SadeSecretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade

    Departamento de Gesto da Educao na SadeProjeto de Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de Enfermagem

    Srie F. Comunicao e Educao em Sade

    2a Edio

    1a Reimpresso

    Braslia - DF

    2003

    ASSISTNCIA CIRRGICA / ATENDIMENTO DE EMERGNCIA

    SADE DO ADULTO:

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    2001. Ministrio da Sade. permitida a reproduo total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.Srie F. Comunicao e Educao em SadeTiragem: 2. edio - 1.a reimpresso - 2003 - 100.000 exemplares

    Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADE

    Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na SadeDepartamento de Gesto da Educao na SadeProjeto de Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de EnfermagemEsplanada dos Ministrios, bloco G, edifcio sede, 7. andar, sala 733CEP: 70058-900, Braslia - DFTel.: (61) 315 2993

    Fundao Oswaldo CruzPresidente: Paulo Marchiori BussDiretor da Escola Nacional de Sade Pblica: Jorge Antonio Zepeda BermudezDiretor da Escola Politcnica de Sade Joaquim Venncio: Andr Paulo da Silva Malho

    Curso de Qualificao Profissional de Auxiliar de EnfermagemCoordenao - PROFAE: Leila Bernarda Donato Gttems, Solange BaraldiCoordenao - FIOCRUZ: Antonio Ivo de Carvalho

    Colaboradores: Emilia Emi Kawamoto, Leila Bernarda Donato Gttems, Maria Alice Fortes Gatto, Maria Antonieta Benko, Maria CeciliaRibeiro, Maria Regina Arajo Reicherte Pimentel, Marta de Ftima Lima Barbosa, Ruth Natalia Tereza Turrini, Sandra Ferreira Gesto Bittar,Solange Baraldi

    Capa e projeto grfico: Carlota Rios, Adriana Costa e SilvaEditorao eletrnica: Carlota Rios, Ramon Carlos de MoraesIlustraes: Marcelo Tibrcio, Maurcio VenezaRevisores de portugus e copidesque: Antonio Fernando Bueno Marcello, Napoleo Marcos de AquinoApoio: Abrasco

    Impresso no Brasil/ Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Departamento de Gesto daEducao na Sade. Projeto de Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de Enfermagem.

    Profissionalizao de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: sade do adulto, assistncia cirrgica, atendimentode emergncia / Ministrio da Sade, Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade, Departamento deGesto da Educao na Sade, Projeto de Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de Enfermagem. - 2. ed., 1.areimpr. - Braslia: Ministrio da Sade; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

    96 p. : il. - (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)

    ISBN 85-334-0548-0

    1. Educao Profissionalizante. 2. Auxiliares de Enfermagem. 3. Sade do Adulto. 4. Auxiliares de Emergncia. I.Brasil. Ministrio da Sade. II. Brasil. Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Departamento deGesto da Educao na Sade. Projeto de Profissionalizao dos Trabalhadores da rea de Enfermagem. III . Ttulo.IV. Srie.

    NLM WY 18.8

    Catalogao na fonte - Editora MS

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    SUMRIOSUMRIOSUMRIOSUMRIOSUMRIO

    1 A presentao pg. 7

    2 A ssistncia Cirrgica pg. 9

    3 A tendimento de E mergncia pg 63

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    Parasitologiae

    Microbiologia

    PsicologiaAplicada

    ticaProfissional

    EstudosRegionais

    Nutrioe

    Diettica

    Higienee

    Profilaxia

    Fundamentosde

    Enfermagem

    SadeColetiva

    Sadedo Adulto

    -Assistncia

    Clnica

    Sadedo Adulto

    -Atendimento

    de Emergncia

    Sadedo Adulto

    -AssistnciaCirrgica

    Sadeda Mulher,da Criana

    e doAdolescente

    Di

    scip

    linasIn

    strumentais

    Discipl inasP

    rofis

    sio

    nalizant

    es

    Anatomia

    eFisiologia

    SadeMental

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    APRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAOAOAOAOAO

    MIN ISTRIO DA SADE

    SECRETARIA DE GESTO DO TRABALHO E DA EDUCAO NA SADE

    PROJETO DE PROFISSIONALIZAO DOS TRABALHADORES DA REA DE

    ENFERMAGEM

    processo de construo de Sistema nico de Sade (SUS)colocou a rea de gesto de pessoal da sade na ordem das

    prioridades para a configurao do sistema de sade brasileiro.A formao e o desenvolvimento dos profissionais de sade, a regulamentaodo exerccio profissional e a regulao e acompanhamento do mercado detrabalho nessa rea passaram a exigir aes estratgicas e deliberadas dos rgosde gesto do Sistema.

    A descentralizao da gesto do SUS, o fortalecimento do controle social emsade e a organizao de prticas de sade orientadas pela integralidade daateno so tarefas que nos impem esforo e dedicao. Lutamos porconquistar em nosso pas o Sistema nico de Sade, agora lutamos por implant-lo efetivamente.

    Aps a Constituio Federal de 1988, a Unio, os estados e os municpiospassaram a ser parceiros de conduo do SUS, sem relao hierrquica. Demeros executores dos programas centrais, cada esfera de governo passou a terpapel prprio de formulao da poltica de sade em seu mbito, o que requerdesprendimento das velhas formas que seguem arraigadas em nossos modosde pensar e conduzir e coordenao dos processos de gesto e de formao.

    Necessitamos de desenhos organizacionais de ateno sade capazes deprivilegiar, no cotidiano, as aes de promoo e preveno, sem prejuzo do

    cuidado e tratamento requeridos em cada caso. Precisamos de profissionaisque sejam capazes de dar conta dessa tarefa e de participar ativamente daconstruo do SUS. Por isso, a importncia de um "novo perfil" dostrabalhadores passa pela oferta de adequados processos de profissionalizao ede educao permanente, bem como pelo aperfeioamento docente e renovaodas polticas pedaggicas adotadas no ensino de profissionais de sade.

    Visando superar o enfoque tradicional da educao profissional, baseado apenasna preparao do trabalhador para execuo de um determinado conjunto detarefas, e buscando conferir ao trabalhador das profisses tcnicas da sade omerecido lugar de destaque na qualidade da formao e desenvolvimentocontinuado, tornou-se necessrio qualificar a formao pedaggica dos docentes

    O

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    para esse mbito do ensino. O contato, o debate e a reflexo sobre as relaesentre educao e trabalho e entre ensino, servio e gesto do SUS, de ondeemanam efetivamente as necessidades educacionais, so necessrios e devemser estruturantes dos processos pedaggicos a adotar.

    No por outro motivo, o Ministrio da Sade, j no primeiro ano da atual

    gesto, criou uma Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade,que passa a abrigar o Projeto de profissionalizao dos Trabalhadores da reade Enfermagem (PROFAE) em seu Departamento de Gesto da Educaona Sade. Dessa forma, o conjunto da Educao Profissional na rea daSade ganha, na estrutura de gesto ministerial, nome, lugar e tempo de reflexo,formulao e interveno. As reformulaes e os desafios a serem enfrentadospela Secretaria repercutiro em breve nas polticas setoriais federais e, paraisso, contamos com a ajuda, colaborao, sugestes e crticas de todos aquelescomprometidos com uma educao e um trabalho de farta qualidade e elevadadignidade no setor da sade.

    O Profae exemplifica a formao e se insere nesta nova proposta de educao

    permanente. imprescindvel que as orientaes conceituais relativas aosprogramas e projetos de formao e qualificao profissional na rea da sadetenham suas diretrizes revistas em cada realidade. Essa orientao vale mesmopara os projetos que esto em execuo, como o caso do Profae. O importante que todos estejam comprometidos com uma educao e um trabalho dequalidade. Esta compreenso e direo ganham mxima relevncia nos cursosintegrantes do Profae, sejam eles de nvel tcnico ou superior, pois estoorientadas ao atendimento das necessidades de formao do segmento detrabalhadores que representa o maior quantitativo de pessoal de sade e que,historicamente, ficava merc dos "treinamentos em servio", sem acesso educao profissional de qualidade para o trabalho no SUS. O Profae vemoperando a transformao desta realidade. Precisamos estreitar as relaesentre os servios e a sociedade, os trabalhadores e os usurios, as polticaspblicas e a cidadania e entre formao e empregabilidade.

    Sabe-se que o investimento nos recursos humanos no campo da sade terinfluncia decisiva na melhoria dos servios de sade prestados populao.Por isso, a preparao dos profissionais-alunos fundamental e requer materialdidtico criterioso e de qualidade, ao lado de outras aes e atitudes que causemimpacto na formao profissional desses trabalhadores. Os livros didticospara o Curso de Qualificao Profissional de Auxiliar de Enfermagem, j emsua 3 edio, constituem-se, sem dvida, em forte contribuio no conjuntodas aes que visam a integrao entre educao, servio, gesto do SUS econtrole social no setor de sade.

    H umberto Costa

    Ministro de Estado da Sade

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    AAAAAssistnciassistnciassistnciassistnciassistnciaCirrgicaCirrgicaCirrgicaCirrgicaCirrgica

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    NDICENDICENDICENDICENDICE1 A presentao

    2 Central de Material E sterilizado (CM E )

    2.1 Flux o do processamento dematerial esterilizado

    3 Conhecendo a Unidade Cirrgica

    3.1 Classificao da cirurgia por potencial de contaminao

    3.2 N omenclatura cirrgica

    3.3 E strutura do centro cirrgico (CC)

    3.4 Materiais e equipamentos dasala de operao (SO)

    4 O Cuidado de E nfermagem no Pr-operatrio

    4.1 H umanizando o preparo docliente para a cirurgia

    4.2 A tuando na preveno decomplicaes no pr-operatrio

    4.3 E ncaminhando o cliente aocentro cirrgico (CC)

    5 O Cuidado de E nfermagem noT rans-operatrio

    5.1 Montagem da sala cirrgica

    5.2 Fluxo do cliente no centro cirrgico

    5.3 Tempo cirrgico

    5.4 Instrumentais e fios cirrgicos

    5.5 Tipos de anestesia

    6 O Cuidado de Enfermagem no Ps-operatrio (PO)

    6.1 Cuidados de enfermagem no ps-operatrio imediato (POI)

    6.2 A normalidades e complicaesdo ps-operatrio

    6.3 Os familiares, o cliente e a altahospitalar

    7 R eferncias Bibliogrficas

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    AAAAA ssssssssssistnciaistnciaistnciaistnciaistnciaCirrgicaCirrgicaCirrgicaCirrgicaCirrgica

    O

    1- APRESENTAO

    presente trabalho, direcionado ao processo de quali-ficao de auxiliares de enfermagem, abrange os con-

    tedos de enfermagem em centro de material e cirrgi-co, bem como clnica cirrgica e emergncias.

    Em sua concepo, tentou-se contemplar as diferentes realida-des brasileiras nas quais existem desde hospitais de grande comple-xidade, dispondo de recursos tecnolgicos os mais modernos, atinstituies de atendimento bsico que, em seu dia-a-dia, realizamapenas pequenos procedimentos. Tendo em vista tal diversidade, odocente deve, na aplicabilidade do texto, enfatizar as tcnicas regio-nalmente mais utilizadas.

    Considerando-se que no desenvolver da atuao profissional, querseja por excesso de trabalho, quer seja pelas inmeras adversidades en-contradas para o bom desenvolvimento do mesmo, no raramente ob-servamos a ocorrncia de atitudes antiticas, falta de respeito aos direi-tos e valores dos usurios e/ ou seus familiares, bem como ausncia daperspiccia necessria para a lide diria com o sofrimento do ser huma-no, achamos conveniente repassar algumas noes sobre os aspectostico-legais implcitos sua profisso - as quais, para melhoraprofundamento, exigem a atenta leitura do Cdigo de tica especfico.

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    6AssistnciaCirrgicaEsperamos que nosso empenho em elaborar este material di-

    dtico no tenha sido vo. Por parte dos educandos, os auxiliares deenfermagem, acreditamos que o esforo de sua participao no cur-so e na absoro do presente material lhes seja gratificante primeira-mente por possibilitar uma profisso digna e efetivamente impor-

    tante para a comunidade; e conclusivamente por lhes viabilizar maio-res subsdios tecno-operacionais que os qualifiquem a exercer commaior confiabilidade, entendimento e segurana o seu mister: o aux-lio queles que, fragilizados, esto em desfavorvel situao de sade.

    2- CENTRAL DE MATERIALESTERILIZADO (CME)

    Na Central de Material Esterilizado (CME) reali-zado o preparo de todo o material estril a ser utilizado nohospital. Para tanto, composta pelas reas de recepo,limpeza, preparo, esterilizao, guarda e distribuio dosmateriais esterilizados utilizados pela equipe de sade noatendimento ao cliente.

    Na estrutura do estabelecimento de sade, a CME

    uma unidade importante porque oferece equipe de sademateriais estreis em condies adequadas ao seu desempe-nho tcnico, bem como proporciona ao cliente um atendi-mento com segurana e contribui para que a instituioproporcione uma assistncia com efetiva qualidade.

    Alguns estabelecimentos de sade preparam e acondicionamos materiais que cada unidade utiliza de forma descentralizada; ou-tros, centralizam todo o seu material para preparo na Central deMaterial o qual, geralmente, constitui-se no mtodo maiscomumente encontrado. Uma outra tendncia a terceirizao da

    esterilizao de materiais, principalmente por xido de etileno, hajavista a necessidade de condies de segurana especiais para sua ins-talao e manuseio.

    Esta centralizao do processo - limpeza, seleo, acondicio-namento, esterilizao e distribuio do material esterilizado para asunidades e centro cirrgico apresenta a vantagem de padroniza-o das tcnicas de processamento de material estril, contribuindopara a qualidade deste e favorecendo a economia de pessoal, materi-al e tempo.

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    Idealmente, a CME deve ter sua estrutura fsica projetada deforma a permitir o fluxo de materiais da rea de recepo de distri-buio, evitando o cruzamento de material limpo com o contamina-do. A recepo do material sujo e para limpeza separada da rea depreparo do material e esterilizao, bem como da rea de

    armazenamento e distribuio. Esses cuidados na estrutura e fluxoproporcionam condies adequadas de trabalho equipe de sade,diminuindo o risco de preparo inadequado do material, com presen-a de sujidade ou campos com cabelo, linhas, agulhas de sutura eoutras falhas.

    Planta fsica de um CEMATcom o fluxo do material

    Tambm em relao ao ambiente, importante que as pare-des e o piso sejam de cor clara e fcil limpeza; e as janelas amplas,de forma a proporcionar uma iluminao que possibilite o bom tra-balho na unidade.

    Quanto localizao, este servio deve estar situado o maisprximo possvel das unidades que mais utilizam os seus materiais -como o centro cirrgico e obsttrico, o pronto-socorro e a terapiaintensiva -, o que facilita a circulao dos mesmos. A distribuio domaterial estril para o centro cirrgico pode ser realizada por mon-ta-cargas ou carrinhos que propiciem a proteo do material estril.A adoo deste cuidado diminui sobremaneira a possibilidade decontaminao durante o trajeto.

    Todos os cuidados que a equipe da CME tem em relao estrutura fsica e s tcnicas de esterilizao dos materiais visam

    Monta-cargas umminielevador privativo, utiliza-do para a comunicao entreesses setores; em algumasinstituies existe um paratransporte de material conta-minado e outro para o de ma-terial esterilizado.

    Planta fsica de um centro de materialcom o fluxo do material

    Fonte: SENAC

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    6AssistnciaCirrgicadiminuir os riscos de infeco, que, alm de outras complicaes,acarretam sofrimento ao cliente, bem como um tempo maior deinternao.

    Atualmente, em decorrncia do avano tecnolgico, grande par-te dos materiais hospitalares esto sendo substitudos por materiaisdescartveis, que apresentam as vantagens de estarem prontos parauso, diminuirem a incidncia de infeco hospitalar - com baixo custopara a instituio - e proporcionarem segurana e conforto tanto aocliente como aos profissionais de sade.

    2.1 Fluxo do processamento dematerial esteril izado

    Os materiais das diferentes unidades chegam ao CME atravsda rea de recepo. De acordo com a rotina da instituio, os mate-riais recebidos so anotados em um caderno ou ficha de controlepertinente a cada unidade. Os que estiverem limpos so encaminha-dos para a rea de acondicionamento, onde sero preparados; ossujos ficam no expurgo, para lavagem.

    No expurgo ocorre o processo de lavagem do material sujoencaminhado ao CME cuja atuao muito importante, pois se omaterial no for lavado de forma correta a esterilizao no se pro-cessa adequadamente; conseqentemente, permanecer contamina-

    do, oferecendo riscos ao cliente.Os materiais sujos de matria orgnica (sangue, pus e outras

    secrees corpreas) devem ficar imersos em detergentes enzimticospor cerca de 3 a 5 minutos (ver recomendao do fabricante), tem-po necessrio para desagregar a matria orgnica. Devem ser colo-cados abertos ou desconectados em recipiente no-metlico, tendo-se o cuidado de evitar que materiais diferentes (borracha,instrumenais, vidros) sejam postos no mesmo recipiente.

    Aps esta etapa, a limpeza do material pode ser feita com gua,

    sabo e escova de cerdas, ou atravs de mquinas de limpeza, j queos abrasivos - como esponja de ao ou saponceo - danificam omaterial. Para cada tipo de material existe uma tcnica de lavagemque assegurar que o mesmo chegue rea de preparo em perfeitascondies de limpeza. Quando da lavagem, deve-se escovar as ra-nhuras, articulaes e dentes de cada pina, bem como injetar assolues no interior das cnulas e sondas.

    Aps o enxage, onde todo o sabo deve ser retirado, os ma-teriais devem ser secos com pano, mquina secadora ou ar compri-mido, e posteriormente encaminhados para a rea de preparo.

    As seringas de vidro e agu-lhas hipodrmicas no foramespecificadas porque o seuuso deve ser abolido e asmesmas substitudas por se-ringas descartveis, procedi-mento mais econmico e se-guro do ponto de vista de con-

    trole da infeco hospitalar.Idntico cuidado deve serobservado com relao reesterilizao de luvas para as instituies que aindafazem uso desse processorecomenda-se que o local delavagem e preparo seja umambiente separado dos de-mais, e provido de mquinaspara lavagem, secagem,entalcamento, preparo eacondicionamento das luvas.

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    Nesta rea, indispensvel o uso de equipamento de proteoindividual (EPI) constitudo por luvas grossas de cano longo, culos deproteo, mscara e avental impermevel longo; alm disso, deve-seproteger o calado com algum tipo de capa, ou utilizar botas de borra-cha, o que favorece a proteo dos ps. Esses cuidados so absoluta-

    mente necessria pelo fato de que o material a ser lavado consideradocontaminado; assim, deve-se tomar todas as precaues para evitar acontaminao do funcionrio.

    Os funcionrios da rea de preparo de material so respons-veis pela inspeo da limpeza, condies de conservao dos materi-ais e funcionalidade dos instrumentais, bem como o acondiciona-mento e identificao dos pacotes, caixas e bandejas. Entre suas ati-vidades, cabe separar os materiais danificados, para posterior substi-tuio. Durante o desempenho de suas funes recomendvel queos mesmos utilizem gorro ou touca descartvel, para evitar a queda

    de fios de cabelo nos materiais; alm disso, devem sempre manipu-lar o material com as mos limpas.

    Na rea de preparo os materiais so preferencialmente agru-pados por tipo de material: vidros, tecido (roupas e campos), instru-mental e borrachas.

    Os aventais ou capotes, bem como os campos cirrgicos efenestrados, so recebidos da lavanderia e encaminhados diretamen-te ao setor de preparo para serem inspecionados, dobrados e acon-dicionados. Na inspeo, devem ser observadas sujidades, rasgos eausncia de cadaros ou amarrilhos.

    Os campos cirgicos e fenestrados so dobrados ao meio, nocomprimento; depois, transversalmente (de cima para baixo). Oprocesso deve ser finalizado dobrando-se a ponta superior externaduas vezes na diagonal - as aberturas devem estar voltadas para olado oposto ao do executante, e as dobras para cima.

    Tcnica de dobradurade campo cirrgico

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    Os aventais so dobrados de forma que

    as mangas fiquem ao longo do corpo do aven-tal; a abertura das costas, para o lado externo ea ponta da gola, com os amarrilhos, para cima.

    Os campos de algodo devem ser duplose, quando novos, lavados para a retirada do ami-do (goma). Os invlucros de papel no devemser reaproveitados, devido ao perigo de se ras-garem.

    As figuras a seguir ilustram os passos datcnica.

    O pacote deve ser feito de forma a en-volver todo o material - evitando-se deix-lofrouxo -, para que este, quando esterilizado, nose contamine ao entrar em contato com o meioambiente. O peso do pacote deve situar-se emtorno de 5 quilos e seu tamanho no deve exce-der as medidas de 50x30x30cm.

    Tcnica de dobradurade campo fenestrado

    Tcnica de dobradura de avental cirrgico

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    6AssistnciaCirrgicaAo empacotar os materiais, o invlucro utilizado deve possibili-

    tar tanto a penetrao do agente esterilizante como mant-los protegidosat o momento do uso; portanto, faz-se necessrio verificar a adequaodo tipo de invlucro com o processo de esterilizao:

    ! na autoclave so utilizados campos de tecido de algodo, pa-pis (grau cirrgico e kraft), filme poliamida transparente e cai-xa metlica perfurada embalada em campo, para permitir a li-vre circulao do vapor;

    ! na estufa so utilizadas lminas de alumnio, recipiente devidro refratrio e caixa metlica fechada;

    ! no esterilizador de xido de etileno so utilizados filmepoliamida transparente e papel grau cirrgico.

    O fechamento do pacote, bandeja ou caixa depende do invlu-cro e do processo de esterilizao a que ser submetido. Nos pacotes

    embalados com filme poliamida e papel grau cirrgico o fechamento des-te feito por seladora. Os demais, com fita crepe simples, evitando-sedeixar aberturas - esta mesma fita utilizada para identificar o pacote ecolocar a assinatura do responsvel pelo fechamento.

    Existe uma outra fita crepe especial que deve ser colocada nopacote a qual apresenta listras que, quando submetidas ao docalor, ficam escuras, identificando que o material foi submetido a pro-cesso de esterilizao.

    A rea de esterilizao, como o prprio nome diz, o local destinado esterilizao dos materiais, pois nela se encontram instalados os equipa-

    mentos necessrios a este processo. Aos funcionrios que trabalham nestarea recomendado o uso de roupa privativa ao setor, bem como luva deamianto para manuseio do equipamento e material - quando os mesmosestiverem quentes, para evitar queimaduras.

    As principais formas de esterilizao so:

    !!!!!Por vapor saturado sob presso

    O aparelho utilizado para este processo a autoclave, compostopor uma cmara - onde se acondiciona o material, por uma vlvula naporta - que mantm a presso interna mediante instrumentos que me-dem a presso e a temperatura. Seu funcionamento combina a ao docalor, presso e umidade na destruio de microrganismos, por agiremna estrutura gentica da clula.

    A autoclave funciona sob presso de 1 a 18 atmosferas, depen-dendo do equipamento. O tempo de exposio do material ao vaporvaria de acordo com o seu tipo, temperatura e presso atmosfrica. Deforma geral, para o material de superfcie, o tempo necessrio de 30minutos em temperatura de 121oC ou 15 minutos em temperatura de134oC; para o material de densidade, 30 minutos em temperatura de121oC ou 25 minutos em temperatura de 134oC.

    Presso atmosfrica- pressoque a atmosfera exerce sobrea superfcie da Terra, devidoao peso do ar.

    Material de superfcie - mate-rial em que o vapor tem con-tato apenas com a sua super-fcie, como vidro, borracha,inox.

    Material de densidade -aquele em que o vapor pene-tra internamente, como paco-tes, caixas e bandejas.

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    Este tipo de esterilizao est indicado para todo material resis-tente ao calor mido, como tecidos (aventais, campos cirrgicos, cam-pos fenestrados), materiais de borracha e de metal. contra-indicadopara materiais termossensveis, como cateteres e materiais de terapiarespiratria.

    Aps o material ser colocado na autoclave, inicia-se a drenagemdo ar dentro da cmara e do ar residual dentro dos pacotes, para que ovapor possa entrar em contato com os materiais neles contidos.

    Para assegurar a correta esterilizao dos materiais, faz-se ne-cessria a adoo de alguns cuidados que facilitam a circulao e pe-netrao do vapor no material, tais como: utilizar somente 80% dacapacidade de armazenamento da cmara, com materiais que requei-ram o mesmo tempo de esterilizao; evitar que os pacotes encos-tem nas paredes do aparelho e entre eles; colocar os pacotes maioresna parte inferior e os menores na parte superior do aparelho, dis-pondo os jarros, bacias e frascos com a boca para baixo, para facili-tar a remoo do ar e do vapor.

    Para se verificar se a esterilizao dos materiais est realmenteocorrendo, deve-se observar se a presso e a temperatura esto nosnveis programados, durante todo o ciclo. Caso isto no ocorra, oprocesso deve ser interrompido e a manuteno do aparelho deve sersolicitada.

    Ao trmino do ciclo deve-se entreabrir a porta do aparelhopor um perodo de 5 a 10 minutos, para a completa secagem dos

    pacotes e materiais pelo calor das paredes da cmara.Finalmente, os pacotes devem ser retirados e s colocados em

    superfcies frias aps perderem completamente o calor, para evitar aformao de umidade ao contato. Complementando o processo, ospacotes devem ser datados e encaminhados para a sala dearmazenamento.

    !!!!!Por calor seco

    Este processo realizado atravs de um aparelho denominadoestufa, no qual o calor seco irradiado das paredes laterais e de suabase para destruir os microrganismos. A estufa possui uma cmarapara acondicionamento do material e equipamentos para medir atemperatura e controlar o tempo. Seu uso limitado, porque o ca-lor seco no to penetrante como o calor mido e a sua distribui-o dentro da cmara no se realiza de modo uniforme.

    Como existem vrias controvrsias em relao ao tempo ne-cessrio e a eficcia deste mtodo, o seu uso recomendado apenaspara ps, leos e graxas (vaselina lquida ou gaze vaselinada). Naimpossibilidade de proceder a esterilizao pelo mtodo de vapor

    Voc j presenciou auxiliaresde enfermagem colocandosobre superfcie fria os paco-tes ainda quentes ou secandoos pacotes midos na estufa,ou colocando na autoclave ascaixas de instrumental com atampa semi-aberta? Vocacreditaria que esses materi-ais esto esterilizados?

    Materiais termossensveis -materiais que se danificamsob ao do calor.

    Os leos e ps tm seu tempode exposio e temperaturavariveis em funo do volume.

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    6AssistnciaCirrgicasaturado sob presso o uso do calor seco (estufa) pode ser uma possibi-lidade atentando para os cuidados especficos. A temperatura pode va-riar de 120oC a 2000C, dependendo do material a ser esterilizado e tem-po de exposio.

    Para garantir a eficcia da esterilizao e integridade dos materi-ais, recomenda-se colocar pequena quantidade de instrumental nascaixas e utilizar apenas 80% da capacidade da estufa, com materiaisque requeiram o mesmo tempo de exposio; as caixas maiores de-vem ser colocadas sobre as menores, o que melhora a conduo docalor. Jamais deve-se encostar as caixas nas paredes da estufa oudispor os materiais no centro da mesma - por ser um local de con-centrao de pontos frios -, bem como abrir a estufa durante o pro-cesso de esterilizao.

    Decorrido o tempo programado para a esterilizao, o apare-lho deve ser desligado e o material esfriado com a estufa fechada.Aps o que, deve ser retirado e as bordas das caixas e vidros vedadascom fita adesiva.

    Aps a ltima esterilizao do dia, limpar com pano mido acmara interna da autoclave e estufa e enxugar, repetindo o mesmoprocedimento na superfcie externa.

    !Esterilizao por xido de etileno

    Os materiais indicados para este tipo de esterilizao so ostermossensveis, tais como os marca-passos, prteses, instrumen-

    tais de hemodinmica, acessrios de respiradores, materiais comfibras ticas, cnulas siliconizadas de baixa presso e materiais deborracha.

    O ciclo de esterilizao compreende o vcuo inicial, a pr-umidificao, a entrada do gs na cmara, o tempo de exposio, aexausto do gs e a aerao mecnica, que tem por objetivo remo-ver os resduos de gs pela circulao de ar filtrado por todo o mate-rial esterilizado

    Os materiais a serem esterilizados devem estar totalmente se-cos e dispostos de forma a manter um espao entre cada um. Apsfechar o aparelho, aguarda-se que o mesmo atinja os valores ade-quados de concentrao do gs, temperatura e umidade; somenteento inicia-se a contagem do tempo de exposio. Complementandoo processo, ajusta-se o tempo de aerao de acordo com as orienta-es do fabricante.

    Como o xido de etileno um gs txico e carcinognico, ooperador responsvel pela remoo do material da cmara deve obri-gatoriamente fazer uso de avental, gorro, mscara e luvas de prote-o - o que o proteger do contato com o gs.

    A portaria interministerialn4, de 31 de julho de 1991estabelece normas tcnicaspara o uso do gs xido deetileno como processo deesterilizao

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    ! Esterilizao por plasma de perxido de hidrognio

    Geralmente, o plasma de perxido de h idrognio utiliza-do em clnicas de pequeno porte, em vista de sua fcil instala-o, ter um tempo de esterilizao de 1 hora e ocupar menorrea fsica.

    O aparelho realiza a esterilizao em 5 fases consecutivas: v-cuo, injeo, difuso, plasma e exausto. O cassete de perxido dehidrognio introduzido no aparelho e, aps o trmino do proces-so, automaticamente descartado em recipiente prprio.

    Os materiais esterilizados por este processo so os metais, vi-dros, acrlicos, borrachas e plsticos, que devem estar acondiciona-dos em embalagem isenta de compostos de celulose.

    !!!!!Esterilizao por agentes qumicos lquidos

    Esta esterilizao recomendada apenas quando da impossibili-dade de uso dos demais mtodos, pois estes produtos exigem um tem-po de exposio muito longo, enxage em soluo estril (gua destilaestril), secagem em campos estreis e uso imediato. Durante o proces-so, a manipulao exige tcnica assptica.

    O material precisa estar limpo e seco para evitar alterao na con-centrao da soluo, a qual deve ser renovada sempre que houver alte-rao da colorao, presena de depsito ou vencimento da validade dadiluio do produto, conforme as especificaes do fabricante.

    Recomenda-se, tambm, evitar colocar no mesmo recipien-te materiais de composio diferente, em vista da possibilidadede corroso.

    Este mtodo de esterilizao requer alguns cuidados simples,que mesmo assim muitas vezes no so seguidos. importanteque seja selecionado um recipiente de vidro ou plstico com tam-pa e de tamanho adequado quantidade de material; em seguida,aps a colicao do material para esterilizao, o recipiente deveser tampado e iniciada a contagem do tempo de exposio, confor-me as especificaes do fabricante. Ao trmino do processo, reti-

    rar os materiais da soluo com tcnica assptica e enxag-losabundantemente, inclusive o interior dos tubos e cateteres;complementando o processo, enxugar com compressas esteriliza-das, acondicionar os materiais em invlucros estreis e encaminh-los para uso imediato.

    Ao trmino de todos os processos de esterilizao, com exceodo efetuado por agentes qumicos lquidos, os materiais vo para a salade armazenagem e distribuio. Dependendo da estrutura da institui-o, ficam estocados na CME, sendo distribudos de acordo com a so-licitao, ou nas prprias unidades de internao.

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    6AssistnciaCirrgicaA sala de armazenagem e distribuio destina-se obviamen-

    te apenas para o armazenamento e distribuio de material esteri-lizado; portanto, deve-se ter o cuidado de em nenhum momentoreceber material contaminado nesta rea. importante que a mes-ma esteja equipada com armrios fechados para guardar os mate-

    riais de maior permanncia e suportes com cestos ou prateleiraspara os de distribuio diria. Os que possuem prazo de validademais prximo do vencimento devem ficar colocados na parte decima ou na frente, a fim de que se promova a rotatividade dospacotes, evitando-se a armazenagem de material com prazo de va-lidade vencido.

    Quando a esterilizao realizada por autoclave e estufa, o pra-zo de validade dos materiais esterilizados de 7 dias; por xido deetileno, de 1 ano. Estes prazos variam conforme as condies de guar-da do material, observando-se alteraes da integridade do invlucro

    (rasgo, no presena da fita de identificao de esterilizao, presenade umidade, violao do lacre). Nestas condies e/ ou vencido o pra-zo de validade, os materiais so retirados da embalagem e novamenteacondicionados e esterilizados.

    3- CONHECENDO A UNIDADE CIRRGICA

    Cirurgia ou operao o tratamento de doena,leso ou deformidade externa e/ ou interna com o objetivo dereparar, corrigir ou aliviar um problema fsico. realizada nasala de cirurgia do hospital e em ambulatrio ou consultrio,quando o procedimento for considerado simples1 .

    Dependendo do risco de vida, a cirurgia pode ser deemergncia, urgncia, programada ou opcional. Por exemplo:nos casos de hemorragia interna, a cirurgia sempre de emer-gncia pois deve ser realizada sem demora; no abdome agudo,

    o tratamento cirrgico de urgncia, por requerer pronta aten-o, podendo-se, entretanto, aguardar algumas horas para me-lhor avaliao do cliente; as cirurgias programadas ou eletivas,como no caso de varizes de membros inferiores, so realizadas

    com data pr-fixada, enquanto que a maioria das cirurgias plsticas sooptativas por serem de preferncia pessoal do cliente.

    A cirurgia tambm classificada de acordo com a finalidade:diagnstica ou exploratria, quando utilizada para se visualizar as par-tes internas e/ ou realizar bipsias (laparotomia exploradora); curativa,quando se corrige alteraes orgnicas (retirada da amgdala inflamada);1 KAWAMOTO, 1999, p. 35

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    reparadora, quando da reparao de mltiplos ferimentos (enxerto de pele);reconstrutora ou cosmtica, quando se processa uma reconstituio (pls-tica para modelar o nariz, por exemplo); e paliativa, quando se necessitacorrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, no ha-vendo cura (abertura de orifcio artificial para a sada de fezes sem resseco

    do tumor intestinal, por exemplo).As cirurgias provocam alteraes estruturais e funcionais no

    organismo do cliente, que precisar de algum tempo para se adaptars mesmas. comum o tratamento cirrgico trazer benefcios qua-lidade de vida da pessoa, mas importante compreendermos que otratamento cirrgico sempre traz um impacto (positivo ou negativo)tanto no aspecto fsico como nos aspectos psicoemocionais e sociais.Com esta compreenso, temos maior chance de realizar uma comu-nicao interpessoal mais individualizada e prestar ao cliente orienta-es mais adequadas.

    As reaes emocionais guardam relao direta com o signifi-cado que o cliente e familiares atribuem cirurgia, sendo a ansieda-de pr-operatria a mais freqente. Por isso, a cirurgia e os procedi-mentos diagnsticos podem representar uma invaso fsica, emoci-onal e psicolgica - e em algumas cirurgias (amputao da perna)uma invaso social, obrigando mudanas no estilo de vida.

    A aceitao ao tratamento cirrgico, apesar do medo daanestesia, da dor, da morte, do desconhecido e da alterao da ima-gem corporal, est geralmente relacionada confiana que o clientedeposita na equipe profissional e na estrutura hospitalar, da a im-portncia de estarmos atentos ao tipo de relao interpessoal queespecificamente temos com este cliente.

    O atendimento do cliente cirrgico feito por um conjuntode setores interligados, como o pronto-socorro, ambulatrio, enfer-maria clnica ou cirrgica, centro cirrgico (CC) e a recuperaops-anestsica (RPA). Todos estes setores devem ter um objetivocomum: proporcionar uma experincia menos traumtica possvele promover uma recuperao rpida e segura ao cliente.

    O ambulatrio ou pronto-socorro realiza a anamnese, o exa-

    me fsico, a prescrio do tratamento clnico ou cirrgico e os exa-mes diagnsticos. A deciso pela cirurgia, muitas vezes, tomadaquando o tratamento clnico no surtiu o efeito desejado.

    O cliente pode ser internado um ou dois dias antes da cirurgia,ou no mesmo dia, dependendo do tipo de preparo que a mesmarequer. O cliente do pronto-socorro diretamente encaminhado aocentro cirrgico, devido ao carter, geralmente, de emergncia doato cirrgico. O centro cirrgico o setor destinado s intervenescirrgicas e deve possuir a recuperao ps-anestsica para prestar aassistncia ps-operatria imediata.

    No sculo XX, as cirurgias sedesenvolveram graas aoavano tecnolgico que per-mitiu um diagnstico pr-ope-ratrio mais preciso e melhordomnio da tcnica cirrgica.Na dcada de 90, asmicrocirurgias ou as cirurgias

    a laser surgem com grandeimpacto por serem menosagressivas e diminurem otempo de cirurgia e deinternao - no substituindototalmente as cirurgiastradicionais.

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    6AssistnciaCirrgicaAps a recuperao anestsica, o cliente encaminhado unida-

    de de internao, onde receber os cuidados ps-operatrios que visamprevenir a ocorrncia de complicaes.

    3.1 Classificao da cirurgia porpotencial de contaminao

    O nmero de microrganismos presentes no tecido a ser operadodeterminar o potencial de contaminao da ferida cirrgica. De acor-do com a Portaria n 2.616/ 98, de 12/ 5/ 98, do Ministrio da Sade, ascirurgias so classificadas em:

    ! limpas: realizadas em tecidos estreis ou de fcildescontaminao, na ausncia de processo infeccioso local,

    sem penetrao nos tratos digestrio, respiratrio ouurinrio, em condies ideais de sala de cirurgia. Exemplo:cirurgia de ovrio;

    ! potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de dif-cil descontaminao, na ausncia de supurao local, compenetrao nos tratos digestrio, respiratrio ou urinriosem contaminao significativa. Exemplo: reduo de fratu-ra exposta;

    ! contaminadas: realizadas em tecidos recentementetraumatizados e abertos, de difcil descontaminao, comprocesso inflamatrio mas sem supurao. Exemplo: apen-dicite supurada;

    ! infectadas: realizadas em tecido com supurao local, tecidonecrtico, feridas traumticas sujas. Exemplo: cirurgia do retoe nus com pus.

    3.2 Nomenclatura cirrgica

    A nomenclatura ou terminologia cirrgica o conjunto determos usados para indicar o procedimento cirrgico.

    O nome da cirurgia composto pela raiz que identifica aparte do corpo a ser submetida cirurgia, somada ao prefixo ouao sufixo .

    Alguns exemplos de raiz: angio (vasos sangneos), flebo(veia), traqueo (traquia), rino (nariz), oto (ouvido), oftalmo(olhos), hister(o) (tero), laparo (parede abdominal), orqui (tes-tculo), etc.

    Prefixo o elemento colocadoantes da raiz; sufixo o ele-mento colocado depois daraiz.

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    6AssistnciaCirrgicaA equipe do CC composta por diversos profissionais:

    anestesistas, cirurgies, instrumentador cirrgico, enfermeiro, tcnicoe auxiliar de enfermagem, podendo ou no integrar a equipe oinstrumentador cirrgico e o auxiliar administrativo.

    Para prevenir a infeco e propiciar conforto e segurana ao cli-ente e equipe cirrgica, a planta fsica e a dinmica de funcionamentopossuem caractersticas especiais. Assim, o CC deve estar localizadoem rea livre de trnsito de pessoas e de materiais.

    Devido ao seu risco, esta unidade dividida em reas:

    ! No-restrita - as reas de circulao livre so consideradas re-as no-restritas e compreendem os vestirios, corredor de en-trada para os clientes e funcionrios e sala de espera de acom-panhantes. O vestirio, localizado na entrada do CC, a reaonde todos devem colocar o uniforme privativo: cala compri-

    da, tnica, gorro, mscara e props.! Semi-restritas - nestas reas pode haver circulao tanto do

    pessoal como de equipamentos, sem contudo provocareminterferncia nas rotinas de controle e manuteno daassepsia. Como exemplos temos as salas de guarda de mate-rial, administrativa, de estar para os funcionrios, copa eexpurgo. A rea de expurgo pode ser a mesma da Central deMaterial Esterilizado, e destina-se a receber e lavar os mate-riais utilizados na cirurgia.

    ! Restrita - o corredor interno, as reas de escovao das mos e

    a sala de operao (SO) so consideradas reas restritas dentrodo CC; para evitar infeco operatria, limita-se a circulaode pessoal, equipamentos e materiais.

    A sala de cirurgia ou operao deve ter cantos arredondados parafacilitar a limpeza; as parede, o piso e as portas devem ser lavveis e decor neutra e fosca. O piso, particularmente, deve ser de materialcondutivo, ou seja, de proteo contra descarga de eletricidade estti-ca; as tomadas devem possuir sistema de aterramento para prevenirchoque eltrico e estar situadas a 1,5m do piso. As portas devem tervisor e tamanho que permita a passagem de macas, camas e equipa-

    mentos cirrgicos. As janelas devem ser de vidro fosco, teladas efechadas quando houver sistema de ar condicionado. A iluminaodo campo operatrio ocorre atravs do foco central ou fixo e, quan-do necessrio, tambm pelo foco mvel auxiliar.

    O lavabo localiza-se em uma rea ao lado da SO e o localonde a equipe cirrgica faz a degermao das mos e antebraoscom o uso de substncias degermantes antisspticas, com a aomecnica da escovao. As torneiras do lavabo devem abrir e fe-char automaticamente ou atravs do uso de pedais, para evitar o

    A qualidade do ar no centrocirrgico motivo de muitoestudo, sendo que o ar condi-cionado muitas vezes fontede contaminao caso nohaja rigoroso controle dos

    filtros e de sua instalao.

    Props so os protetores dossapatos, para serem usadosem ambientes semi-restritos erestritos, que podem ser de

    tecido ou descartveis.

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    contato das mos j degermadas. Acima do lavabo localizam-se osrecipientes contendo a soluo degermante e um outro, contendoescova esterilizada.

    Aps a passagem pelo SO, o cliente encaminhado sala deRPA a qual deve estar localizada de modo a facilitar o transportedo cliente sob efeito anestsico da SO para a RPA, e desta para aSO, na necessidade de uma reinterveno cirrgica; deve possibi-litar, ainda, o fcil acesso dos componentes da equipe que operouo cliente.

    Considerando-se a necessidade de se ter materiais em condi-es para pronto uso bem como evitar a circulao desnecessria depessoal e equipamentos dentro e fora da rea do CC, recomenda-se aexistncia de salas especficas para a guarda de medicamentos, mate-riais descartveis, esterilizados, de anestesia e de limpeza, aparelhose equipamentos e roupa privativa. Dependendo do tamanho do CC, tambm recomendvel que haja uma sala administrativa, sala de es-pera para familiares e/ ou acompanhantes, sala de estar para funcio-nrios e copa.

    3.4 Materiais e equipamentosda sala de operao (SO)

    Para que o processo cirrgico transcorra sem

    intercorrncias e de forma planejada, as salas cirrgicasso equipadas com foco central, negatoscpio, sistema decanalizao de ar e gases, prateleiras (podem estar ou nopresentes), mesa cirrgica manual ou automtica comcolchonete de espuma, perneiras metlicas, suporte deombros e braos, arco para narcose, coxins e talas paraauxiliar no posicionamento do cliente.

    Para controlar os dados fisiolgicos do cliente e evitar compli-caes anestsicas, a sala de cirurgia deve ser equipada comesfigmomanmetro, monitor de eletrocardiograma, material paraentubao traqueal, equipamentos para ventilao e oxigenao, as-pirador de secrees, oxmetro de pulso e outros aparelhosespecializados.

    Os equipamentos auxiliares so aqueles que podem ser movi-mentados pela sala, de acordo com a necessidade: suporte de hampere bacia, mesas auxiliares, bisturi eltrico, foco auxiliar, banco girat-rio, escada, estrado, balde inoxidvel com rodinhas ou rodzios, car-ros ou prateleiras para materiais estreis, de consumo e soluesantisspticas.

    Negatoscpio - aparelho utili-zado para a visualizao dosraios X, composto por lmpa-da fluorescente e placa deacrlico.

    Oxmetro de pulso aparelhoque permite a monitorizaoconstante da saturao deoxignio do sangue arterial,alertando sobre problemasna troca gasosa.

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    6AssistnciaCirrgicaTambm so necessrios diversos pacotes esterilizados con-

    tendo aventais, opa (avental com abertura para a frente), lu-vas de diferentes tamanhos, campos duplos, campos simples,compressas grandes e pequenas, gazes, impermevel (para forrara mesa do instrumentador), cpulas grandes e pequenas, cuba-

    rim, bacia, sondas e drenos diversos, cabo com borracha paraaspirador e cabo de bisturi eltrico (pode vir acondicionado emcaixas).

    Outros materiais esterilizados so as caixas de instrumentais, oestojo de material cortante (pode estar acondicionado dentro da caixade instrumentais), bandeja de material para anestesia e fios de suturade diferentes nmeros e tipos.

    Como materiais complementares: a balana para pesar com-pressas e gazes, as solues antisspticas, esparadrapo, ataduras,pomada anestsica, medicamentos anestsicos e de emergncia, so-lues endovenosas do tipo glicosada, fisiolgica, bicarbonato desdio, soluo de lcool hexa-hdrico (Manitol), de Ringer e deRinger Lactato.

    Como no CC existem materiais inflamveis e explosivos, aequipe do CC deve tomar todas as precaues contra acidentes quepossam gerar exploses e incndio. Para preveni-los, recomenda-seevitar que alguns agentes anestsicos (xido nitroso) e solues comoter e/ ou benzina entrem em contato com descargas eltricas; darpreferncia ao uso de tecidos de algodo ao invs de sintticos, queacumulam carga eltrica; e testar diariamente todos os equipamen-tos eltricos, bem como conferir a aterragem dos aparelhos eltri-cos atravs de fio-terra.

    4- O CUIDADO DE ENFERMAGEMNO PR-OPERATRIO

    O cliente cirrgico recebe assistncia da enfermagem nosperodos pr, trans e ps-operatrio. O perodo pr-operatrioabrange desde o momento pela deciso cirrgica at a transfern-cia do cliente para a mesa cirrgica; a partir desse momento ini-cia-se o trans e intra- operatrio, que termina com a sada do cli-ente do centro cirrgico; o ps-operatrio vai desde o momentoda recepo do cliente que retornou da cirurgia at a alta mdica.

    O perodo pr-operatrio divide-se em mediato e imediato:

    Dependendo do tipo de cirur-

    gia, faz-se necessrio acres-centar equipamentos ou ma-teriais especficos.

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    ! no pr-operatrio mediato o cliente submetido a exames queauxiliam na confirmao do diagnstico e que auxiliaro o pla-nejamento cirrgico, o tratamento clnico para diminuir os sin-tomas e as precaues necessrias para evitar complicaesps-operatrias, ou seja, abrange o perodo desde a indicao

    para a cirurgia at o dia anterior mesma;! o perodo imediato corresponde s 24 horas anteriores cirur-

    gia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirrgicomediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intesti-nal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicao de medi-cao pr-anestsica.

    O preparo pr-operatrio, mediante utilizao dos instrumen-tos de observao e avaliao das necessidades individuais, objetivaidentificar tanto as alteraes fsicas (hipertenso arterial, presena deferidas infectadas, etc.) como as emocionais (ansiedade, expectativa dacirurgia, condies afetadas com a internao, etc.) do cliente, poisinterferem nas condies para o ato cirrgico, podendo comprome-ter o bom xito da cirurgia ou at mesmo provocar sua suspenso.

    Os fatores fsicos que aumentam o risco operatrio so taba-gismo, desnutrio, obesidade, faixa etria elevada, hipertenso arte-rial e outras doenas concomitantes. Assim, durante a cirurgia, ocirurgio ter maior dificuldade em conter o sangramento, aps adirese, de um cliente hipertenso; assim como o cliente tabagistater maior acmulo de secreo pulmonar, com provvel desenvol-vimento de broncopneumonia no ps-operatrio.

    Portanto, sob o ponto de vista tico e tcnico, todas as condutasde enfermagem devem proporcionar conforto, segurana e o menorrisco de infeco ao cliente; devendo o mesmo ser esclarecido sobre oque est sendo realizado, porque o simples fato de no saber o que vaiser feito pode torn-lo inseguro, inquieto e no-cooperativo.

    Quando o cliente tiver experincia cirrgica anterior negativa,a enfermagem deve respeitar este fato estimulando-o a identificaraspectos que favoream a nova interveno.

    Mesmo aps todas as orientaes e apoio oferecido pela en-

    fermagem, o cliente pode apresentar-se receoso, recusar-se a fazer acirurgia, indispor-se contra a equipe de sade, familiares e outrosclientes. importante que a equipe entenda este comportamentocomo provavelmente ocasionado pela ansiedade pr-cirrgica, e nocomo afronta equipe.

    Tanto o cliente quanto a famlia tm direitos orientao cla-ra e precisa sobre o diagnstico clnico, cirurgia proposta e possvelprognstico. Somente aps o esclarecimento e o entendimento des-ses dados o cliente ou responsvel ter reais condies para assinar otermo de consentimento para a cirurgia (termo de responsabilidade).

    Direse o corte dos tecidos.

    Outro aspecto que pode inter-ferir no xito cirrgico a polti-ca de organizao da institui-o, muitas vezes refletida nafalta de pessoal e materiais.

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    6AssistnciaCirrgica4.1 Humanizando o preparo docliente para a cirurgia

    Como o estado emocional pode interferir direta-mente na evoluo ps-operatria, importante que o

    cliente receba orientaes sobre os exames, a cirurgia,como retornar da mesma e os procedimentos do ps-operatrio, bem como esclarecimentos sobre a impor-tncia de sua cooperao.

    Para transmitir uma sensao de calma e confiana,a equipe de enfermagem deve manter uma relao de

    empatia, ou seja, colocar-se na posio do outro, sem crticasou julgamentos o que muitas vezes ajuda a compreender

    seus medos e inseguranas, possibilitando uma relaointerpessoal de respeito e no de autoridade. Alm disso, possibi-

    lita uma certa tranqilidade, favorecendo o entrosamento do cliente efamlia com o ambiente hospitalar, o que interfere beneficamente nas suascondies para a cirurgia. Com relao ao cliente, importante lembrar quea comunicao no-verbal (o olhar, a voz, a postura do cliente) tambmcomunica suas necessidades; portanto, ao buscamos entender estes sinaisteremos maiores condies de melhor compreend-lo.

    Ao prestar orientaes pr-operatrias, a equipe de enfermagemdeve estar atenta ao fato de que as necessidades de um cliente sodiferentes das de outro. O momento mais adequado para o cliente efamlia receberem as orientaes e participarem do processo de apren-dizagem quando demonstram interesse pelas informaes, reveladamuitas vezes atravs de perguntas ou busca da ateno da equipe deenfermagem.

    Quanto ao aspecto de f, a equipe de enfermagem pode provi-denciar assistncia religiosa, desde que solicitada pelo cliente e/ ou fa-mlia. Alm disso, possvel conceder ao cliente a permisso para usode figuras religiosas, por exemplo presas ao lenol da maca, sem queisso prejudique os cuidados durante o intra ou ps-operatrio.

    4.2 Atuando na preveno decompli caes no pr-operatrio

    O preparo fsico do cliente importante para o bom andamentodo ato cirrgico, bem como para evitar complicaes posteriores aomesmo. Evitar estas complicaes requer alguns cuidados de enferma-gem especficos relacionados com o preparo intestinal, vesical e da pele,alm de uma avaliao da equipe, do ambiente e do cliente para preve-nir a ocorrncia de infeces.

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    !Prevenindo infeco

    Em vista da maior incidncia de infeces hospitalares nos clien-tes cirrgicos, o pessoal de enfermagem pode contribuir para sua pre-veno utilizando uniformes limpos e unhas curtas e limpas, lavandoas mos antes e aps cada procedimento, respeitando as tcnicasasspticas na execuo dos cuidados, oferecendo ambiente limpo eobservando os sinais iniciais de infeco.

    A ocorrncia ou no de infeco no ps-operatrio depende devrios fatores, mas principalmente da quantidade e virulncia dos mi-crorganismos e da capacidade de defesa do cliente.

    O uso de esterides, desnutrio, neoplasias com alteraesimunolgicas e clientes idosos ou crianas pequenas so fatores derisco de infeco no ps-operatrio devido reduo na capacidadeimunolgica. Outros fatores so o diabetes mellitus, que dificulta o

    processo de cicatrizao; a obesidade, em vista da menor irrigaosangnea do tecido gorduroso; o perodo pr-operatrio prolonga-do, que faz com que o cliente entre em contato maior com a florahospitalar; e infeces no local ou fora da regio cirrgica, que po-dem causar contaminao da ferida operatria.

    O risco de infeco cirrgica pode ser diminudo quando setrata ou compensa as doenas e os agravos que favorecem a infec-o, tais como a obesidade, focos infecciosos, presena de febre eoutros. Tambm no pr-operatrio imediato alguns cuidados soimplementados, tais como o banho com antisspticos especficos

    (clorexidine ou soluo de iodo PVPI) na noite anterior e no dia dacirurgia, tricotomia, lavagem intestinal, retirada de objetos pessoais,prteses e outros.

    a) Esvaziamento intestinal

    O esvaziamento intestinal no pr-operatrio diminui o riscode liberao do contedo intestinal durante a cirurgia, provocadopelo efeito de medicamento relaxante muscular. Existem controvr-sias quanto importncia desse procedimento pr-operatrio. De-pendendo do cliente, da cirurgia e da equipe que o assiste, o preparointestinal pode ser realizado mediante a utilizaco de laxativos, lava-

    gem intestinal ou ambos. Geralmente, este preparo ocorre entre 8 e12 horas antes do ato cirrgico.

    A soluo pode vir pronta para uso individual (enemas) ouser preparada pela enfermagem de acordo com a prescrio mdica,mas antes de ser aplicada no cliente deve ser aquecida, para ficarmorna.

    As solues mais prescritas so a soluo fisiolgica ou guaacrescida ou no de glicerina ou vaselina, cloreto de potssio (parano ocorrer hipopotassemia nas lavagens freqentes) e neomicina

    Lembra-se da importnciadas tcnicas asspticas no

    controle das infeces?

    Nas cirurgias abdominais, ono-esvaziamento ou suarealizao de forma inade-quada pode favorecer a rup-tura de alas intestinais e cau-sar dificuldades para avisualizao do campo ope-ratrio.

    Lavagem intestinal ouenteroclisma a introduode lquido (volume mximode 2000ml) no intestino, atra-vs do nus ou da boca dacolostomia, com o objetivo depromover o esvaziamento

    intestinal.Colostomia o orifcio artifi-cial feito para exteriorizaode uma ala intestinal fixadana parede abdominal, crian-do uma abertura temporriaou permanente para a sadadas fezes.

    Enema a aplicao de nomximo 500ml de substncia(contraste radiolgico, medi-camento, etc.) pelo reto.

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    b) Esvaziamento da bexiga

    Recomenda-se seu esvaziamento espontneo antes do pr-anes-tsico. Em cirurgias em que a mesma necessite ser mantida vazia, ounaquelas de longa durao, faz-se necessrio passar a sonda vesical dedemora, o que feito, geralmente, no centro cirrgico.

    c) Preparo da pele

    O banho e a rigorosa limpeza da regio onde ser feita a incisocirrgica devem ser realizados para diminuir a possibilidade de conta-minao. De acordo com o tipo de cirurgia, o cliente pode necessitarser encaminhado para a cirurgia sem plos na regio operatria, sendoento necessria uma tricotomia da regio.

    Existem controvrsias se a tricotomia aumenta ou diminui opotencial de infeco da ferida operatria. Por esse motivo, reco-

    menda-se que sua realizao ocorra o mais prximo possvel domomento da cirurgia (no mximo 2 horas antes) ou no prprio cen-tro cirrgico, em menor rea possvel e com mtodo o menos agres-sivo. Tambm h controvrsia em relao s reas da tricotomia,que variam conforme as tcnicas e tecnologias usadas no processocirurgico. Entretanto, existem cirurgias nas quais a tricotomia ab-solutamente necessria, como as cranianas. Para exemplificar,listamos as reas de tricotomia segundo a regio da cirurgia:

    ! Cirurgia craniana raspa-se o couro cabeludo total ou par-cialmente, e o pescoo. Nas cirurgias de pescoo, deve-se

    incluir o colo e as axilas;! Cirurgia torcica - raspa-se os plos do trax anterior e pos-

    terior at a cicatriz umbilical, podendo-se estender tal pro-cesso at a axila e regio inginal;

    ! Cirurgia cardaca - as reas a serem raspadas so o trax, me-tade do dorso, punhos, dobras dos cotovelos e regioinginal, acrescentando-se a face interna das coxas quandodas cirurgias de revascularizao do miocrdio;

    ! Cirurgia abdominal - recomenda-se a tricotomia da regio

    mamria at a regio pubiana anterior (posterior no caso dascirurgias renais); nas cesreas e cirurgia abdominal via baixa,raspa-se a regio pubiana;

    ! Cirurgia dos membros raspa-se o membro a ser operado,acrescentando-se ou no as regies axilar e pubiana.

    ! Realizando a tricotomia (rever marcador das cirurgias anteri-ores para no ficar igual)

    Antes de iniciar a tricotomia em reas de grande pilosidade,recomenda-se cortar o excesso de plo com uma tesoura.

    Nas cirurgias ginecolgicas, abexiga, se distendida, pode

    ser lesada.

    Tricotomia - consiste na retira-da dos plos atravs da ras-pagem da pele ou do courocabeludo, com o objetivo dediminuir os riscos de infeco

    e facilitar o manuseio evisualizao da rea a sertrabalhada.

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    6AssistnciaCirrgicaQuando realizada com barbeador, deve-se esticar a pele e reali-

    zar a raspagem dos plos no sentido do crescimento dos mesmos, ten-do-se o cuidado de no provocar arranhaduras na pele.

    O uso de depilatrios tem sido utilizado em algumas institui-es, mas apresenta a desvantagem de, em algumas pessoas, provocarreaes alrgicas e deixar a pele avermelhada. A forma de utilizaovaria de acordo com as orientaes do fabricante.

    Existem ainda aparelhos que ao invs de rasparem os plos cor-tam os mesmos rente pele, evitando escoriaes e diminuindo o riscode infeco.

    !Prevenindo complicaes anestsicas

    A manuteno do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia obje-tiva evitar vmitos e prevenir a aspirao de resduos alimentares

    por ocasio da anestesia. importante que tanto o cliente comoseus familiares tenham conhecimento deste cuidado, para que pos-sam entender o motivo e efetivamente cumpr-lo.

    O medicamento pr-anestsico (MPA) prescrito pelo anestesistacom os objetivos de reduzir a ansiedade do cliente, facilitar a induoanestsica e a manuteno da anestesia, bem como diminuir tanto adose dos agentes anestsicos como as secrees do trato respiratrio,sempre lembrando a necessidade de verificao da existncia de alergia.Na noite que antecede cirurgia, visando evitar a insnia do cliente,pode ser administrado um medicamento tranqilizante.

    Administra-se o MPA cerca de 45 a 60 minutos antes do incioda anestesia. Todos os cuidados pr-operatrios devem ser realiza-dos antes de sua aplicao, porque aps sua administrao o clientepermanecer na maca de transporte, devido ao estado de sonoln-cia. Os MPA mais comuns so os:

    ! Opiceos - que provocam analgesia e sonolncia, sendo nor-malmente prescritos para clientes que apresentam dor antesda cirurgia. O principal medicamento a meperidina(Dolantina, Demerol);

    ! Benzodiazepnicos - apresentam ao ansioltica e tranqili-zante, bem como efeitos sedativo, miorelaxante eanticonvulsivante. Os principais medicamentos so odiazepan (Dienpax, Vallium) e o midazolan (Dormonid).O diazepan injetvel no pode ser administrado com outrosmedicamentos em vista da possibilidade de ocorrer precipi-tao;

    ! Hipnticos - provocam sono ou sedao, porm sem aoanalgsica, sendo os principais o fenobarbital (Luminal,Gardenal) e o midazolan (Dormonid);

    Induo anestsica a faseinicial da anestesia, na qual ocliente passa do estado deconscincia para o de incons-cincia.

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    ! Neurolpticos - diminuem a ansiedade, a agitao e aagressividade. Os principais medicamentos so a clorpromazina(Amplictil) e a prometazina (Fenergan).

    Os medicamentos hipnticos, neurolpticos, benzodiazepnicose opiceos, utilizados como pr-anestsicos, so de uso controlado,da a necessidade de se guardar as ampolas vazias, para posterior re-posio pela farmcia.

    4.3 Encaminhando o cliente ao centrocirrgico (CC)

    No momento de encaminhar o cliente ao CC, deve-se obser-var e comunicar quaisquer anormalidades em relao aos preparos

    prescritos no dia anterior, tais como manuteno do jejum, realiza-o da higiene oral e corporal e administrao de medicao pr-anestsica. E ainda verificar e anotar os sinais vitais, vestir-lhe a rou-pa hospitalar (avental, touca e props), certificar-se da remoo deprteses dentrias (visando evitar seu deslizamento para as vias are-as inferiores durante a anestesia) e oculares (visando evitar leses nacrnea), jias e adornos. Aps essa seqncia de preparos, o clientedeve ser deitado na maca e encaminhado ao CC com a documenta-o completa: exames e pronturio.

    O transporte do cliente executado pelo pessoal da unidade

    de internao ou do CC, a critrio de cada instituio. O transportepode ser realizado em maca ou cadeira de rodas, mas para preveniracidentes, como quedas, recomenda-se que para o cliente sonolentodevido ao de MPA e/ ou aps a cirurgia. no seja feito em cadeirade rodas.

    O centro cirrgico deve dispor de elevador privativo, oque diminui os riscos de contaminao e infeco cirrgica,agiliza o transporte e propicia conforto, segurana e privacida-de ao cliente.

    !Transportando o cliente

    A maca ou cadeira de rodas deve estar forrada comlenol e situada prxima cama, para facilitar a transfe-rncia do cliente e evitar acidentes. Aps deix-lo con-fortvel, deve ser coberto com lenol e cobertor (nosdias frios).

    Os responsveis pelo transporte do cliente para oCC devem empurrar a maca ou cadeira de rodas comcuidado, e estar atentos para observar alguma anorma-

    muito comum que o clientesem horrio de cirurgia pre-

    determinado receba o MPAmomentos antes de ser enca-minhado para o CC. Isto evitaque fique sonolento e sofraqueda acidental, e que o efeitodo MPA acabe antes da cha-mada para o CC, perdendoassim sua verdadeira funo.

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    6AssistnciaCirrgicalidade com o cliente (palidez, sudorese, dificuldade respiratria, etc.),alm disso verificar se o soro, sondas, drenos e outros equipamentosque se fizerem necessrios esto livres de trao. recomendvel queo cliente seja transportado de modo a visualizar o trajeto de frente,para evitar desconforto.

    importante observar o alinhamento correto das partes do cor-po durante o transporte e, nos casos de clientes com venclise ou trans-fuso sangnea, deve-se adaptar maca ou cadeira de rodas o supor-te apropriado, posicionando corretamente o frasco de soluo venosa,cateteres, drenos e equipamentos. Durante o trajeto, conversar e enco-rajar o cliente, ou respeitar o seu silncio.

    5- O CUIDADO DE ENFERMAGEM

    NO TRANS-OPERATRIO

    O perodo trans-operatrio compreende o momento de re-cepo do cliente no CC e o intra-operatrio realizado na SO.

    Nesse perodo, as aes de enfermagem devem assegurar a inte-gridade fsica do cliente, tanto pelas agresses do ato cirrgico comopelos riscos que o ambiente do CC oferece ao mesmo, j submetido

    a um estresse fsico e exposio dos rgos e tecidos ao meio externo;da a importncia do uso de tcnicas asspticas rigorosas.

    5.1 Montagem da sala cirrgica

    O auxiliar de enfermagem desempenha a funo de circulanteda sala cirrgica, que tambm pode ser exercida pelo tcnico emenfermagem, quando necessrio.

    Ao receber a lista de cirurgia, o circulante da sala verifica os

    materiais, aparelhos ou solicitaes especiais mesma. Para preve-nir a contaminao e infeco cirrgica, importante manter a salaem boas condies de limpeza, observar se o lavabo est equipadopara uso e lavar as mos. Portanto, antes de equipar a sala, ocirculante limpa os equipamentos com lcool etlico a 70% ou ou-tro desinfetante recomendado, deixando-os prontos para a recep-o do cliente e equipe cirrgica.

    Para evitar problemas durante o ato operatrio, o circulantedeve testar o funcionamento dos aparelhos sob sua responsabilida-de, verificando suas perfeitas condies de uso, bem como revisar o

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    material esterilizado e providenciar os materiais especficos em quanti-dade suficiente para a cirurgia, dispondo-os de forma a facilitar o uso.Com o anestesista, checar a necessidade de material para o carrinho deanestesia.

    Deve-se tambm preparar a infuso endovenosa e a bandeja deantissepsia, e dispor os pacotes de aventais, campos, luvas e a caixa deinstrumentais em local limpo e acessvel.

    Quando do processo de abertura do pacote, tomar o cuidado demanusear somente a parte externa do campo, para evitar contaminarsua parte interna. Se o pacote for grande, deve ser aberto sobre umasuperfcie; se pequeno, pode ser aberto afastado do corpo e seu conte-do oferecido ao profissional que dele far uso.

    5.2 Fluxo do cliente no centrocirrgico

    Na recepo, importante atender ao cliente com cordialida-de, transmitindo-lhe tranqilidade e confiana, bem como propor-cionar-lhe privacidade fsica e conforto.

    fundamental identific-lo, chamando-o pelo nome, checan-do a pulseira de identificao ou conferindo seus dados com quem otransportou; alm disso, deve-se verificar se o pronturio est com-

    pleto, se os cuidados pr-operatrios foram realizados, se h anota-es sobre problemas alrgicos e condies fsicas e emocionais es-tes cuidados so absolutamente necessrios para evitar erros, ou rea-lizao de cirurgias em clientes inadequadamente preparados. Aps achecagem de todos esses dados pode-se fazer a tricotomia, se esta for arotina do hospital, e encaminhar o cliente para a sala de operao.

    Atravs do corredor interno do CC, o cliente transportadoem maca - sempre as grades levantadas para evitar quedas acidentais- at a sala de cirurgia.

    Na sala de operao, o circulante recebe o cliente de forma a

    tentar diminuir sua ansiedade, transmitindo-lhe confiana, seguran-a e tranqilidade. Para evitar erros, repete os mesmos cuidados deconferncia de dados prvios entrada no CC.

    Aps conferir os dados do pronturio, o cliente deve ser trans-ferido da maca para a mesa cirrgica, tendo-se o cuidado de posicionarcorretamente os frascos de soluo, drenos e sondas, caso existam.

    Ao posicionar o suporte de brao (para a infuso endovenosa)sob o colchonete da mesa cirrgica, deve-se ter o cuidado de colocaro brao do cliente num ngulo inferior a 90o em relao ao corpo,para evitar dores musculares e articulares no ps-operatrio.

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    6AssistnciaCirrgicaEm vista da probabilidade de ocorrer hipotenso arterial

    provocada pela anestesia e/ ou perdas sangneas durante o ato opera-trio, necessrio controlar a presso arterial pelo monitor ou aparelhode presso arterial.

    O cliente pode apresentar hipotermia devido baixa tempera-tura da SO, administrao de lquidos gelados, feridas ou cavidadesabertas e diminuio da atividade muscular. Para corrigir essaintercorrncia, administrar solues mornas e trocar os campos mo-lhados por outros secos, j que os tecidos molhados promovem aperda de calor.

    Como o cliente est anestesiado e, portanto, incapacitado parase defender de qualquer tipo de agresso fsica, dever da equipe m-dica e de enfermagem assegurar-lhe um ato operatrio seguro, prestan-do alguns cuidados especficos, entre outros: anestsico administradona dosagem certa para evitar a dor; manter os olhos do cliente ocludos,para evitar lceras de crnea; atentar para o posicionamento do clien-te, de modo a evitar escaras e dor no ps-operatrio; evitarextravasamento de soluo para fora da veia.

    O circulante, alm de auxiliar o anestesista no posicionamento docliente, tambm auxilia, quando necessrio, a suprir material - e durante

    a cirurgia comunica e registra as alteraes do queobservou.

    Compete ao cirurgio ou assistente posicionarcorretamente o cliente para o ato cirrgico, cabendo

    ao circulante da sala auxili-los no procedimento ourealiz-lo sob orientao mdica. O cliente deve es-tar posicionado de forma anatmica, possibilitandoboas condies de respirao e evitando distensesmusculares, compresso de vasos, nervos e salinci-as sseas.

    Tambm atribuio do circulante ajudar osintegrantes da equipe cirrgica a se paramentarem.Para tanto, no momento de vestir o avental, ocirculante deve posicionar-se de frente para as cos-

    tas do membro da equipe que est se paramentando,introduzir as mos nas mangas - pela parte internado avental - e puxar at que os punhos cheguem nospulsos; amarrar as tiras ou amarilhos do decote doavental, receber os cintos pela ponta e amarrar; pos-teriormente, apresentar as luvas.

    Aps auxiliar a equipe a se paramentar, abrir opacote com o impermevel sobre a mesa doinstrumentador e a caixa de instrumentais sobre amesa auxiliar, fornecer ao instrumentador os mate-

    importante lembrar o respei-to com o cliente anestesiado,que se apresenta inconscientemas continua sendo um serhumano e, portanto, tem odireito de receber um trata-mento tcnico e tico pelaequipe cirrgica. lamentvela ocorrncia de desrespeito figura humana anestesiadaou sedada, mediante comen-trios indevidos, manipulaogrosseira do corpo, falta de

    respeito ao pudor natural eoutros.

    Tcnica de paramentao

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    riais esterilizados (gaze, compressas, fios, cpulas, etc.) e oferecer aocirurgio a bandeja de material para antissepsia. Auxiliar o anestesista aajustar o arco de narcose e o suporte de soro de cada lado da mesacirrgica, fixar as pontas dos campos esterilizados - recebidos do assis-tente - no arco e suportes, formando uma tenda de separao entre o

    campo operatrio e o anestesista.Posteriormente, aproximar da equipe cirrgica o hamper co-

    berto com campo esterilizado e o balde de lixo; conectar a extremi-dade de borracha recebida do assistente ou instrumentador ao aspi-rador, e lig-lo.

    Se for utilizado o bisturi eltrico, faz-se necessrio aplicar gelcondutor na placa neutra, para neutralizar a carga eltrica quando docontato da mesma com o corpo do cliente, conforme orientao do fabri-cante. A seguir, colocar a placa neutra sob a panturrilha ou outra regio degrande massa muscular, evitando reas que dificultem o seu contato com ocorpo do cliente, como salincias sseas, pele escarificada, reas de grandepilosidade, pele mida. Ao movimentar o cliente, observar se ocorre deslo-camento da placa, reposicionando-a se necessrio. Qualquer que seja aposio escolhida para colocar a placa, ela deve permitir o funcionamen-to correto dos eletrodos dos aparelhos, equipos de soluo e de sangue,drenos, sondas e cateteres.

    Jamais se deve deixar nenhuma parte do corpo do cliente emcontato com a superfcie metlica da mesa cirrgica, pois isto, almde desconfortvel, pode ocasionar queimaduras devido ao uso dobisturi eltrico.

    Quando no for mais utilizado material estril dos pacotes, osmesmos devem estar sempre cobertos para possibilitar o seu even-tual uso durante a cirurgia, com segurana.

    No transcorrer da cirurgia, alguns cuidados se fazem necess-rios, dentre eles:

    ! ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a pro-porcionar iluminao adequada no campo cirrgico, sem pro-

    jeo de sombras e reflexos;

    ! observar o gotejamento dos soros e sangue, lquidos drena-dos e sinais de intercorrncias;

    ! controlar a quantidade e peso das compressas cirrgicas egazes, para evitar esquecimento acidental desses materiais nocampo operatrio;

    ! avaliar a perda sangnea e de lquidos pelas sondas e do san-gue aspirado no frasco do aspirador.

    Quando for necessrio mudar a posio do cliente durante acirurgia, deve-se evitar movimentos rpidos e bruscos, porque amudana repentina de posio pode ocasionar hipotenso arterial.

    Arco de narcose -suporte me-tlico curvo, utilizado paraseparar o campo operatriodas atividades do anestesista.

    importante notificar o cirur-gio se o cliente faz uso demarca-passo, em vista dorisco de interferncias nofuncionamento.

    freqente a ocorrncia dequeimaduras porposicionamento inadequadoda placa de bisturi no ato ci-rrgico. Este fato pode ser con-siderado negligncia, o quevoc acha disto? Discuta esseassunto com o seu instrutor.

    No caso de retirada de umapea anatmica, a mesmadeve ser identificada e enca-minhada de acordo com arotina da instituio.

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    6AssistnciaCirrgicaOs registros so feitos em impresso prprio, anotando-se os me-

    dicamentos, solues, sangue, equipamentos usados, intercorrnciascom o cliente, nome da operao e da equipe cirrgica, bem como in-cio e trmino da cirurgia.

    Ao final da cirurgia, desliga-se o foco e aparelhos, afasta-se osequipamentos e aparelhos da mesa cirrgica, remove-se os campos,pinas e outros materiais sobre o cliente.

    At que o cliente seja transportado para a recuperao ps-anestsica ou unidade cirrgica, o mesmo no pode ser deixado sozi-nho devido ao risco de quedas acidentais ou intercorrncias ps-cirr-gicas.

    Durante a transferncia da SO para a RPA, UTI ou unidade deinternao, deve-se ser cuidadoso durante a mudana do cliente da mesacirrgica para a maca, observando a necessidade de agasalh-lo, a ma-

    nuteno do gotejamento das infuses venosas, as condies do cura-tivo e o funcionamento de sondas e drenos.

    O encaminhamento do cliente RPA normalmente feito pelocirculante da sala, junto com o anestesista.

    Antes de providenciar a limpeza da sala cirrgica, o circulantedeve separar a roupa usada na cirurgia e encaminh-la ao expurgoaps verificar se no h instrumentais misturados. Os materiais devidro, borracha, cortantes, instrumentais e outros devem ser sepa-rados e encaminhados para limpeza e esterilizao, ou jogados nosaco de lixo, encaminhando-os, lacrados, para o devido setor, sem-

    pre respeitando-se as medidas de preveno de acidentes com prfuro-cortantes.

    Com relao a impressos, ampolas ou frascos vazios de medi-camentos controlados, os mesmos devem ser encaminhados paraos setores determinados.

    Ao final da cirurgia, normalmente o cirurgio ou outroprofissional que tenha participado de sua realizao informa osfamiliares sobre o ato cirrgico e o estado geral do cliente.

    5.3 Tempo cirrgico

    Abrange, de modo geral, a seqncia dos quatro procedi-mentos realizados pelo cirurgio durante o ato operatrio.

    Inicia-se pela direse, que significa dividir, separar oucortar os tecidos atravs do bisturi, bisturi eltrico, tesoura,serra ou laser; em seguida, se faz a hemostasia , atravs decompresso direta com os dedos, uso de pinas, bisturi eltri-co (termocautrio) ou sutura para prevenir, deter ou impedir

    A transferncia do cliente damesa cirrgica para a macarequer ateno, tendo em vis-ta que h risco de queda, mo-vimentao de drenos, sondae cateteres, bem como quei-xas de dor. Para minimizar

    estes riscos voc deve solicitaro auxlio de outros membrosda equipe, realizando movi-mentos firmes, sincronizadose que proporcionem o mxi-mo de conforto e seguranaao cliente.

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    o sangramento. Ao se atingir a rea comprometida, faz-se a exrese,que a cirurgia propriamente dita. A etapa final a sntese cirrgica,com a aproximao das bordas da ferida operatria atravs de sutura,adesivos e/ ou ataduras.

    5.4 Instrumenta is e fios cirrgi cos

    Auxiliam a equipe cirrgica durante a operao, mas para isso necessrio que a equipe de enfermagem oferea-os em perfeitas condi-es de uso e no tamanho correto.

    O instrumentador cirrgico o profissional responsvel por pre-ver os materiais necessrios cirurgia, bem como preparar a mesa comos instrumentais, fios cirrgicos e outros materiais necessrios, ajudar

    na colocao de campos operatrios, fornecer os instrumentais e mate-riais equipe cirrgica e manter a limpeza e proteo dos instrumentaise materiais contra a contaminao.

    Os instrumentais cirrgicos so classificados de acordo comsua funo:

    ! direse - utilizados para cortar, tais como o bisturi, tesouras,trpano;

    ! hemostticos - auxiliam a estancar o sangramento, tais comoas pinas de Kelly, Kocher, Rochester;

    ! sntese cirrgica - geralmente utilizados para fechamento decavidades e incises, sendo o mais comum a agulha de suturapresa no porta-agulha;

    ! apoio ou auxiliares - destinam-se a auxiliar o uso de outrosgrupos de instrumentais, destacando-se o afastador Farabeufpara afastar os tecidos e permitir uma melhor visualizaodo campo operatrio e a pina anatmica para auxiliar nadisseco do tecido;

    ! especiais - aqueles especficos para cada tipo de cirurgia, como,por exemplo, a pina gmea de Abadie, utilizada nas cirurgi-

    as do trato digestivo.Os fios cirrgicos apresentam-se com ou sem agulhas, e sua

    numerao varia de 1 a 5 e de 0-0 a 12-0 (doze-zero). So classifica-dos em absorvveis e no-absorvveis.

    Os fios absorvveis, como o prprio nome indica, so absor-vidos pelo organismo aps determinado perodo. O catgut de ori-gem animal (do intestino delgado dos bovinos), podendo ser sim-ples ou cromado. O catgut simples indicado para os tecidos derpida cicatrizao, com absoro total em 2 a 3 semanas; o catgut

    Disseco -separao, atra-vs de instrumento cirrgico,das partes de um corpo ourgo.

    Quanto maior o nmero, menora espessura do fio cirrgico.

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    6AssistnciaCirrgicacromado, devido impregnao com sais de cido crmico, total-mente absorvido em 6 meses.

    Os fios no-absorvveis permanecem encapsulados (envolvidospor tecido fibroso) nas estruturas internas e nas suturas de pele; devemser removidos entre o 7 e o 10 dia de ps-operatrio. Podem ser deorigem animal, como a seda; de origem vegetal, como o algodo e li-nho; de origem sinttica, como o nylon, perlon, polister; ou de origemmineral, como o fio de ao.

    Para suturar as estruturas internas (tecidos internos e rgos),utilizam-se os fios absorvveis, enquanto que o algodo est indica-do para ligar vasos sangneos e aponeurose, o fio de ao para suturarossos e os fios de origem sinttica para a sutura de pele. A seda geralmente utilizada nas pessoas que provavelmente tero dificul-dade no processo de cicatrizao (obesos, desnutridos, diabticosou aqueles com abdome volumoso), onde a sutura realizada compontos subtotais.

    O sangramento de capilares pode ser estancado pela aplicaode substncia hemosttica no local. Podemos citar, como exemplo,a cera para osso - utilizada para estancar o sangramento sseo nascirurgias ortopdicas e neurocirurgias.

    Outro recurso o bisturi eltrico, que pode ser utilizado coma funo de coagulao e seco (corte) dos tecidos, atravs da apli-cao local de descargas eltricas.

    5.5 Tipos de anestesia

    A anestesia um estado de relaxamento, perda da sensibilida-de e dos reflexos, de forma parcial ou total, provocada pela ao dedrogas anestsicas. Seu objetivo evitar a dor e facilitar o ato opera-trio pela equipe cirrgica. Na anestesia geral ocorre, tambm, umestado de inconscincia.

    O anestesista o mdico responsvel em avaliar o cliente nopr-operatrio, prescrever a medicao pr-anestsica, administrar

    a anestesia, controlar as condies do cliente durante a cirurgia eassistir o cliente na sala de recuperao ps-anestsica.

    As drogas anestsicas podem produzir anestesia em todo ocorpo (anestesia geral) ou em partes do mesmo (anestesias local,raquiana e peridural).

    Na anestesia geral administra-se o anestsico por via inalatria,endovenosa ou combinado (inalatria e endovenosa), com o objeti-vo de promover um estado reversvel de ausncia de sensibilidade,relaxamento muscular, perda de reflexos e inconscincia devido ao de uma ou mais drogas no sistema nervoso.

    Aponeurose membranafibrosa que reveste ou envolveos msculos, podendo chegarao tendo.

    Pontos subtotais tcnica quefaz a sutura desde o tecidosubcutneo, finalizando na

    pele com os pontos lateraisligados atravs de um peque-no tubo de plstico.

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    A raquianestesia indicada para as cirurgias na regio abdominale de membros inferiores, porque o anestsico depositado no espaosubaracnide da regio lombar, produzindo insensibilidade aos estmu-los dolorosos por bloqueio da conduo nervosa.

    Na anestesia peridural o anestsico depositado no espaoperidural, ou seja, o anestesista no perfura a duramater. O anestsicose difunde nesse espao, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as razesnervosas.

    No momento da puno lom-bar para introduzir o anestsi-

    co, comum oextravasamento de lqor ealgumas pessoas podemapresentar cefalia intensa nops-operatrio. Nesta circuns-tncia, devem ser orientadasquanto importncia de al-guns cuidados no ps-opera-trio, tais como uma boahidratao e evitar levantar-sebruscamente do leito.

    Na anestesia local infiltra-se o anestsico nos tecidos prximosao local da inciso cirrgica. Utilizam-se anestsicos associados com a

    adrenalina, com o objetivo de aumentar a ao do bloqueio porvasoconstrio e prevenir sua rpida absoro para a corrente circula-tria. A anestesia tpica est indicada para alvio da dor da pele lesadapor feridas, lceras e traumatismos, ou de mucosas das vias areas esistema geniturinrio.

    O ato anestsico requer ateno do circulante de sala, especi-almente no momento de posicionamento do cliente, transmitindo-lhe conforto e segurana, bem como facilitando o procedimentopara a equipe cirrgica. O posicionamento do cliente relaciona-se como tipo de anestesia a ser aplicada:

    Duramater

    Anestesia peridural

    RaquianestesiaRegiolombar

    L1

    L2

    L3

    L4

    L5

    Cccix

    Regio sacral

    Corte sagital da regio lombar e sacraldemonstrando a puno no espaosubaracnide e peridural

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    6AssistnciaCirrgica! Durante a anestesia peridural ou raquianestesia o

    circulante auxilia na colocao e manuteno do cliente emposio especial, com o objetivo de facilitar a puno com aabertura mxima dos espaos intervertebrais. Uma dessas po-sies o decbito lateral fetal, com os joelhos prximos do

    abdome e o queixo encostado no trax. O circulante da salamantm o cliente nessa posio, colocando uma das mos naregio cervical e a outra na dobra posterior do joelho. Du-rante a puno, outra posio o cliente sentado com aspernas pendendo lateralmente para fora da mesa cirrgica eo queixo apoiado no trax. Para mant-lo assim imobilizado,o circulante de sala deve colocar-se frente, com as mosem sua nuca.

    ! Durante a anestesia geral, o cliente deve ser postoem decbito dorsal: deitado de costas, pernas estendidas ou

    ligeiramente flexionadas, um dos braos estendido ao longodo corpo e o outro apoiado no suporte de brao. Para facili-tar a visualizao das vias areas no momento da entubao, necessrio hiperestender o seu pescoo.

    Atualmente, muitas instituies possuem o Servio deApoio Tcnico Anestesiologia, com pessoal treinado e comconhecimento de preparo e montagem de aparelhos utiliza-dos em anestesia. Tambm funo desse servio promovera limpeza e esterilizao dos componentes dos monitores,bem como repor os materiais de consumo, encaminhar para

    reparo os aparelhos danificados e fazer a manuteno pre-ventiva dos mesmos.

    6- O CUIDADO DE ENFERMAGEMNO PS-OPERATRIO (PO)

    Ops-operatrio inicia-se a partir da sada do cliente da sala

    de operao e perdura at sua total recuperao. Subdivide-se em ps-operatrio imediato (POI), at s 24 horas posteriores cirurgia;mediato, aps as 24 horas e at 7 dias depois; e tardio, aps 7 dias dorecebimento da alta.

    Nesta fase, os objetivos do atendimento ao cliente so identifi-car, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anest-sicos e cirrgicos, tais como dor, laringite ps- entubao traqueal, n-useas, vmitos, reteno urinria, flebite ps-venclise e outros, com afinalidade de restabelecer o seu equilbrio.

    Posicionamento para facilitar a puno da regiolombar com abertura mxima dos espaos

    intervertebrais.

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    Idealmente, todos os clientes em situao de POI devem ser en-caminhados da SO para a RPA e sua transferncia para a enfermaria oupara a UTI s deve ocorrer quando o anestesista considerar sua condi-o clnica satisfatria.

    A RPA a rea destinada permanncia preferencial do clienteimediatamente aps o trmino do ato cirrgico e anestsico, onde fica-r por um perodo de uma a seis horas para preveno ou tratamento depossveis complicaes. Neste local aliviar a dor ps-operatria e serassistido at a volta dos seus reflexos, normalizao dos sinais vitais erecuperao da conscincia.

    Considerando tais circunstncias, este setor deve possuir equipa-mentos, medicamentos e materiais que atendam a qualquer situao deemergncia, tais como:

    ! equipamentos bsicos: cama/ maca com grades laterais de se-

    gurana e encaixes para suporte de soluo, suporte de soluofixo ou mvel, duas sadas de oxignio, uma de ar comprimido,aspirador a vcuo, foco de luz, tomadas eltricas, monitor car-daco, oxmetro de pulso, esfigmomanmetro, ventiladores me-cnicos, carrinho com material e medicamentos de emergncia;

    ! Materiais diversos: mscaras e cateteres de oxignio, sondas deaspirao, luvas esterilizadas, luvas de procedimentos, medica-mentos, frascos de soluo, equipos de soluo e de transfusosangnea, equipos de PVC (presso venosa central), materialpara sondagem vesical, pacote de curativo, bolsas coletoras, ter-

    mmetro, material de coleta para exames e outros porventuranecessrios.

    6.1 Cuidados de enfermagem no ps-operatrio imediato (POI)

    Este perodo considerado crtico, considerando-se que o cli-ente estar, inicialmente, sob efeito da anestesia geral, raquianestesia,

    peridural ou local. Nessa circunstncia, apresenta-se bastante vul-nervel s complicaes. Assim, fundamental que a equipede enfermagem atue de forma a restabelecer-lhe as funesvitais, aliviar-lhe a dor e os desconfortos ps-operatrio (nu-seas, vmitos e distenso abdominal), manter-lhe a integrida-de da pele e prevenir a ocorrncia de infeces.

    Ao receber o cliente na RPA, UTI ou enfermaria, a equi-pe deve tranqiliz-lo, inform-lo onde se encontra e pergun-tar-lhe se sente alguma anormalidade e/ ou desconforto. Se ocliente estiver sonolento ou aparentemente inconsciente, no

    Atualmente, algu