aspectos tÉcnicos e econÔmicos da … potencial de peso de frutos lesionados por leprose, nas...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA
LEPROSE DOS CITROS
FERNANDO CESAR PATTARO
Engenheiro Agrônomo
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL 2006
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO MANEJO DA
LEPROSE DOS CITROS
Fernando Cesar Pattaro Orientador: Prof. Dr. Carlos Amadeu Leite de Oliveira
Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Câmpus de Jaboticabal, para a obtenção do Título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração em Entomologia Agrícola.
Jaboticabal – SP Dezembro – 2006
3
Pattaro, Feranando Cesar
P294a Aspectos técnicos e econômicos da poda e do controle químico no manejo da leprose dos citros / Fernando Cesar Pattaro. – – Jaboticabal, 2006
xii, 140 f. ; 28 cm Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, 2001 Orientador: Carlos Amadeu Leite de Oliveira
Banca examinadora: Renato Beozzo Bassanezi, Celso Omoto, Modesto Barreto, Sergio Antonio de Bortoli
Bibliografia 1. Brevipalpus phoenicis. 2. Viabilidade econômica. 3. Citros
orgânicos. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 595.4:634.31
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
i
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
FERNANDO CESAR PATTARO – nasceu em 31 de março de 1972, na cidade de Presidente Prudente – São Paulo. Graduou-se como Engenheiro Agrônomo em fevereiro de 2000, pela Universidade Estadual de Maringá – UEM, e obteve o título de Mestre em Agronomia, área de concentração em Entomologia Agrícola, em fevereiro de 2003 pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, câmpus de Jaboticabal.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Carlos Amadeu Leite de Oliveira, pela orientação, confiança, amizade e
respeito demonstrados durante nosso convívio, além das oportunidades que me foram dadas.
À família Oliveira, pelo apoio e amizade.
Aos docentes e funcionários do Departamento de Fitossanidade, pelo convívio e
amizade.
À Universidade Estadual Paulista, pela oportunidade de aprender.
À Capes e ao Fundecitrus, pelo apoio financeiro.
Ao Grupo Branco Peres, pela cessão da área experimental, bem como aos
funcionários da Fazenda São Pedro pelo auxílio na condução do experimento.
Ao amigo Daniel Júnior de Andrade, pelo companheirismo e serviços prestados no
desenvolvimento do projeto.
Aos amigos Douglas B. Maccagnan, Marcos A. Macedo, Rosângela S. Falconi, Maria
Andréia Nunes, pela amizade, companheirismo e colaboração.
Aos meus pais Judith e Antenor, pelo incentivo.
iv
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS .................................................................................. vi
LISTA DE GRÁFICOS................................................................................. viii
LISTA DE FIGURAS................................................................................... x
RESUMO..................................................................................................... xi
SUMMARY.................................................................................................. xii
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 3
2.1 Aspectos sócio-econômicos da citricultura brasileira............................. 3
2.2 Aspecto fitossanitário e mercado de agrotóxicos no Brasil.................... 4
2.3 O ácaro da leprose - Brevipalpus phoenicis.......................................... 5
2.4 O vírus da leprose dos citros – “CiLV”................................................... 9
2.5 Citricultura orgânica............................................................................... 10
2.6 Calda sulfocálcica.................................................................................. 11
2.7 Spirodiclofen.......................................................................................... 16
2.8 Ácaros da Família Phytoseiidae............................................................ 17
2.9 Manejo da leprose dos citros................................................................. 19
2.10 Aspectos da poda em plantas cítricas................................................ 22
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 27
3.1 Avaliação quantitativa de danos nos frutos e da produção.................... 33
3.2 Evolução e severidade da leprose dos citros......................................... 34
3.2.1 Avaliação da leprose em frutos........................................................... 34
3.2.2 Avaliação da leprose em planta inteira............................................... 34
3.2.3 Análise dos resultados........................................................................ 35
3.3 Avaliação de custos do manejo............................................................. 35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 38
v
4.1 Produção e perdas................................................................................ 38
4.2 Evolução e severidade da leprose dos citros......................................... 51
4.3 Viabilidade econômica das práticas culturais........................................ 63
4.3.1 Safra 2003-2004................................................................................. 63
4.3.2 Safra 2004-2005................................................................................. 66
4.3.2 Safra 2005-2006 (parcial)................................................................... 70
4.4 Considerações finais.............................................................................. 73
5 CONCLUSÕES ........................................................................................ 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 77
APÊNDICE.................................................................................................. 100
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
1. Escala de notas para avaliação da severidade da
leprose.................................................................................................... 27
2. Escala visual de notas (0-5) para avaliação da severidade da leprose em
plantas de citros................................................................................ 34
3. Resumo da análise de variância e teste de significância para as variáveis:
tipos de podas; acaricidas e poda leve de condução. Safra 2003-2004,
Reginópolis- SP................................................................... 40
4. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis,
tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safra 2004 -2005,
Reginópolis, SP.................................................................. 43
5. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis,
tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safra 2005-2006
(Parcial), Reginópolis, SP .................................................... 46
6. Perda potencial de peso de frutos lesionados por leprose, nas interações
dos fatores podas x acaricidas. Safra 2005-2006 (Parcial). Reginópolis-
SP...................................................................................... 48
7. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis,
tipos de podas, acaricidas e poda leve de condução. Safras 2004-2005 e
2005-2006, Reginópolis, SP.............................................. 52
8. Médias de frutos lesionados por leprose, nas interações dos fatores podas
x acaricidas. Safra 2005-2006 (Parcial). Reginópolis-SP............ 55
9. Médias de lesões de leprose em frutos, por tratamento, nas interações dos
fatores podas x acaricidas. Safra 2005-2006 (Parcial). Reginópolis-
SP....................................................................................... 57
vii
10. Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos
fatores tipos de poda x com ou sem poda de condução. Safra 2004-2005.
Reginópolis-SP............................................................................. 61
11. Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos
fatores acaricidas x poda de condução. Safra 2005-2006 (parcial).
Reginópolis-SP....................................................................................... 62
viii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico Página
1. Porcentagem de infestação de B. phoenicis em plantas de laranja “Pêra”
nos tratamentos “poda leve” e “sem poda”, aplicações de acaricidas,
colheita e condições ambientais. Reginópolis – SP. (novembro de 2003 a
agosto de 2006)................................................... 38
2. Porcentagem de ocorrência de fitoseídeos em plantas de laranja “Pêra”
nos tratamentos “poda leve” e “sem poda”. Reginópolis – SP. (março de
2005 a agosto de 2006)......................................................... 40
3. Produção das plantas cítricas submetidas a diferentes tipos de poda.
Reginópolis – SP. Safras 2003-2004, 2004-2005 e 2005-2006
(parcial*).................................................................................................. 41
4. Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com
acaricidas, independentemente dos tipos de poda. Reginópolis – SP. Safra
2004-2005.............................................................................. 45
5. Perda potencial de frutos com lesões de leprose independentemente dos
tipos de poda, nos tratamentos com e sem acaricidas. Reginópolis – SP.
Safra 2005-2006 (Parcial*)........................................ 47
6. Perda potencial de frutos com lesões de leprose nos diferentes tipos de
poda, independentemente dos acaricidas. Reginópolis – SP. Safra 2005-
2006 (Parcial*)............................................................................... 48
7. Perda de produção causada pela leprose, nos diferentes tipos de poda,
independentemente dos acaricidas. Reginópolis – SP. Safra 2005-2006
(Parcial*)............................................................................... 49
8. Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com
acaricidas, independentemente do tipo de poda. Reginópolis – SP. Safra
2005-2006 (Parcial*)............................................................... 50
ix
9. Total de frutos lesionados por leprose nos diferentes tipos de poda,
independentemente dos acaricidas (A); total de frutos lesionados por
leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente
dos tipos de poda (B)............................................ 53
10. Total de lesões em frutos, decorrentes da leprose, nos diferentes tipos de
poda, independentemente dos acaricidas (A); total de lesões em frutos,
decorrentes da doença leprose, em plantas tratadas ou não com
acaricidas, independentemente dos tipos de poda
(B)........................................................................................................... 53
11. Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas a diferentes tipos
de poda, independentemente da aplicação ou não de acaricidas (A);
severidade de leprose em plantas de laranja, tratadas ou não com
acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B)................... 58
12. Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas ou não à poda
de condução, independentemente dos tipos de poda e aplicação ou não de
acaricidas............................................................................... 59
13. Estimativa de saldo financeiro (R$/ha) resultante das estratégias
empregadas no controle da leprose dos citros ao término de três safras
após a poda: (A) fator poda; (B) fator acaricida e (C) fator poda de
condução........................................................................................... 72
x
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
1. Plantas submetidas à poda drástica ............................................................. 28
2. Plantas submetidas à poda intermediária intensa sem lesões de leprose.... 29
3. Planta submetida à poda leve....................................................................... 30
4. Planta em seu estado original (não podada)................................................. 30
5. Arranque de plantas (A) e replantio (B)......................................................... 31
6. Inspeção (A) e poda de ramos lesionados por leprose (B)........................... 32
xi
ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DA PODA E DO CONTROLE QUÍMICO NO
MANEJO DA LEPROSE DOS CITROS
RESUMO- Num pomar de laranja “Pêra” enxertada sobre tangerina “Cleópatra”,
com 12 anos de idade e alto índice de sintomas de leprose, foram realizadas, a partir de
outubro de 2003, podas severas e leves, e arranque seguido de replantio, para eliminar
e reduzir fontes de inóculo da doença, e aplicações de acaricidas para controlar o ácaro
Brevipalpus phoenicis, resultando em interações de táticas que pudessem ser aplicadas
tanto em pomares de citros convencional quanto em orgânicos. Realizaram-se
avaliações periódicas para o monitoramento de B. phoenicis e ácaros predadores,
quantificação da produção, incidência e severidade da leprose, bem como a viabilidade
econômica das estratégias de controle da doença. Após três anos de manejo da
leprose, a recuperação da produtividade das plantas foi diferenciada conforme o tipo de
poda e replantio, tendo sido as melhores com as podas leves associadas ao acaricida
spirodiclofen. As podas mais severas e o replantio tiveram acentuada redução da
produtividade, não recuperando até então sua capacidade produtiva. O controle de B.
phoenicis por meio da calda sulfocálcica exigiu, independentemente do tipo de poda
empregado, maior número de aplicações do que spirodiclofen, tornando-o mais
oneroso.
Palavras-Chave: Brevipalpus phoenicis, citros orgânicos, viabilidade econômica
xii
TECHNIQUES AND ECONOMICS ASPECTS OF PRUNING OUT AND
CHEMICAL CONTROL IN THE MANAGEMENT TACTIC OF CITRUS
LEPROSIS
SUMMARY- A twelve-years-old orchard of orange “Pêra” variety grafted on
tangerine Cleopatra variety with high level of leprosis symptoms recieved, starting in
october/2003, heavy and soft prune out, and uproot and than replant of the same quality
of trees, to remove and reduce source of disease, and received aplications of acaricides
to control Brevipalpus phoenicis too, resulting in an interaction of tactics that can be
used in conventional and organic citrus groves. Were made periodical evaluations to
monitor the B. phoenicis and predators mite populations, and more quantify the
production, incidence and severity of leprosis, and the economic viability of the control
strategy of the disease. After three years of the leprosis management, the productive
recuperations of the plants was differentiated as the kind of prune out and replant. The
better results were obtained by the interactions of soft prune out and the spirodiclofen
acaricide. The heavy prune out and the replant reduced a lot of the productivity, haven’t
recovering the expected produtivity. The B. phoenicis control with the use of lime sulfur
needed a greater number of spray than when used the spirodiclofen, this independently
of the kind of pruning used, been it more expensive.
Keywords: Brevipalpus phoenicis, organic citrus, economic viability
1
1 INTRODUÇÃO
Passados aproximadamente 70 anos de sua constatação no Brasil, a leprose
ainda é considerada uma das mais graves doenças da nossa citricultura
(BITANCOURT, 1955; COLARICCIO et al., 1995; ROSSETTI, 1995; OLIVEIRA &
MATUO, 1999; ROSSETTI, 2001; OLIVEIRA & PATTARO, 2004; BASSANEZI, 2004),
pois compromete a produção e a vida útil da planta (RODRIGUES, 1995), tornando-a
inviável economicamente (SALVA & MASSARI, 1995; OLIVEIRA & PATTARO, 2004).
Por se tratar de uma doença cujo agente causal é um vírus de caráter não-
sistêmico (KITAJIMA et al., 1972; COLARICCIO et al., 1995), a presença do vetor,
Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae), e a existência de plantas
hospedeiras do vírus são condições fundamentais para a disseminação da doença na
planta ou entre plantas, em situação natural de campo.
SALVA & MASSARI (1995) constataram que mais de 60% dos pomares do
Estado de São Paulo apresentavam sintomas de leprose. Atualmente, o Citrus leprosis
virus (CiLV) e seu vetor encontram-se largamente disseminados por toda a área
citrícola do Estado paulista (BASSANEZI, 2004).
A principal tática de controle do vetor e, conseqüentemente, da doença está
pautada, ainda hoje, na pulverização das plantas com acaricidas (OMOTO, 1995;
BASSANEZI, 2001). A ausência de controle do vetor, associada a períodos de estiagem
prolongada, implica o aumento populacional do ácaro, tornando muito difícil seu
controle, o que pode levar a surtos da doença, como aconteceu em vários anos, de
1981 a 2000 (BASSANEZI, 2001).
Em face das peculiaridades do CiLV, as medidas de controle não devem basear-
se somente na redução ao mínimo da população do vetor através do emprego de
acaricidas, mas também na eliminação de fontes do vírus através de podas de ramos
2
afetados pela leprose (BITANCOURT, 1955; OLIVEIRA, 1986; ROSSETTI, 1995;
BASSANEZI, 2004; OLIVEIRA & PATTARO, 2004).
Há 50 anos, BITANCOURT já recomendava a poda de galhos, ramos finos e
folhas infectados com vírus para eliminar completamente a leprose, o que acarretava,
contudo, redução da produção das plantas. GRAVENA (2005), submetendo plantas
severamente infectadas pelo CiLV ao mesmo tipo de poda praticada por BITANCOURT
(1955), observou que estas recuperam sua produção original dois anos após. Dados
semelhantes foram apresentados por BARRETO & PAVAN (1995), que relatam que
uma planta cítrica altamente infestada com o ácaro B. phoenicis e severamente
infectada pelo CiLV pode demorar dois anos para recuperar sua produção original após
a eliminação total do inóculo e do acarino.
No entanto, as medidas de controle têm sido adotadas apenas em função da
abundância do vetor, havendo, portanto, uma carência de informações a respeito da
prática de podas em plantas infectadas por leprose. Dada a atual situação, justifica-se
avaliar a combinação da prática de podas com a utilização de acaricidas, gerando
informações que possam ser empregadas na citricultura, tanto na orgânica, como na
convencional.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos socioeconômicos da citricultura brasileira
Desde meados dos anos de 1980, o Brasil detém a posição de maior produtor
mundial de citros, com área plantada em torno de 670 mil hectares (GARCIA, 2004),
produzindo 30% da safra mundial e 50% do suco de laranja concentrado congelado
(USP/PENSA, 2004). A exportação de suco concentrado em 2005 representou para a
economia brasileira um faturamento de US$1 bilhão (AGRIANUAL, 2006).
O sistema agroindustrial citrícola é dos mais importantes para o agronegócio
brasileiro, com PIB ao redor de US$ 3,2 bilhões (RODRIGUES, 2005), gerando 400 mil
empregos diretos e 1,2 milhão de indiretos, respondendo por 2% da mão-de-obra
agrícola do País (USP/PENSA, 2004).
Relevante para a economia brasileira, a citricultura mostra-se ainda mais
importante para pequenos produtores (BOTEON & NEVES, 2005), que vêem nesta
cultura uma alternativa de maior rentabilidade por unidade de área comparativamente a
outros produtos.
Contudo, a área plantada tem diminuído nos últimos anos. Segundo BOTEON &
NEVES (2005), a citricultura é constituída por inúmeros pequenos produtores,
entretanto quase a metade da produção está concentrada nas grandes propriedades,
pertencentes, principalmente, às indústrias, que investem em pomares próprios,
resultando na concentração econômica do segmento (USP/PENSA, 2004).
De acordo com dados da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), em
1995, existiam no País 27 mil citricultores, entretanto, atualmente estão reduzidos a
apenas 10 mil (USP/PENSA, 2004).
4
A diminuição da área citrícola está ligada diretamente a perdas de terras para as
culturas da cana-de-açúcar e eucalipto, que competem pelo mesmo espaço, dados os
contratos vantajosos que as indústrias de papel e celulose e sucroalcooleira oferecem
aos citricultores (AGRIANUAL, 2006).
Sem dúvida, um dos grandes entraves da ciricultura é o aspecto fitossanitário
(RODRIGUES, 2000), juntamente com o fator mercado (BOTEON & NEVES, 2005).
Com a falta de recursos para investimentos, pequenos produtores realizam apenas
alguns tratos culturais (NEVES et al., 2003), quando não deixam de realizá-los para
reduzir custos. Como conseqüência, os problemas fitossanitários aumentam ainda
mais, comprometendo a viabilidade econômica da cultura.
2.2 Aspecto fitossanitário e mercado de agrotóxicos no Brasil
A baixa produtividade constatada nos pomares cítricos tem sido atribuída a
diversos fatores, dentre os quais se destaca o baixo potencial do material genético, o
manejo inadequado e os de ordem fitossanitária (DECHEN et al., 2004).
Segundo RODRIGUES (2000), a cultura dos citros está sujeita a várias doenças
e pragas que, agindo em conjunto ou isoladamente, podem, em determinadas
circunstâncias, tornar-se fatores limitantes. São cerca de 300 pragas e doenças que
incidem nos citros, causando um prejuízo estimado de US$ 150 milhões com a queda
de produção e morte de plantas; incorpora-se ainda a esse valor aproximadamente US$
141 milhões, gastos com agrotóxicos para controlá-las (USP/PENSA, 2004).
Segundo NEVES et al. (2003; 2004); DRAGONE et al. (2003); BOTEON &
NEVES (2005), o consumo de agrotóxicos está relacionado com a rentabilidade da
cultura; em anos favoráveis, há maiores investimentos nos tratamentos fitossanitários, e
em anos de crise, com lucratividade reduzida, há uma diminuição nos tratamentos dos
pomares, especialmente com acaricidas, com a finalidade de conter os custos.
5
Os acaricidas correspondem acerca de 50% do custo com agrotóxicos utilizados
em citros no Brasil, o que representou para as indústrias do setor, em 2003, um
faturamento de US$ 70 milhões (DRAGONE et al., 2003; NEVES et al., 2004).
A utilização de acaricidas em citros no Brasil é devida, principalmente, a duas
espécies de ácaros; o vetor do vírus da leprose, B. phoenicis e o ácaro da falsa
ferrugem, Phyllocoptruta oleivora (Ashmead, 1879) (Acari: Eriophyidae) (RODRIGUES,
2000).
2.3 O ácaro da leprose - Brevipalpus phoenicis
O ácaro da leprose, B. phoenicis, é considerado uma das mais importantes
pragas que ocorrem em citros no Brasil (CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA et al., 2000),
por ser o vetor do “Citrus leprosis virus” (CiLV), doença que acarreta sérios prejuízos às
plantas cítricas.
Trata-se de uma espécie cosmopolita (CHIAVEGATO, 1991), encontrada em
todos os continentes, exceto na região do Ártico e da Antártida (HARAMOTO, 1969).
Esse acarino pertence à família Tenuipalpidae, caracterizando-se por apresentar corpo
achatado, coloração avermelhada, com manchas escuras no dorso (HARAMOTO,
1969; CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA & PATTARO, 2005), podendo a coloração variar
de acordo com sua alimentação.
Morfologicamente, B. phoenicis caracteriza-se por apresentar cinco pares de
setas dorsolaterais no histerossoma e duas setas no tarso do segundo par de pernas,
denominadas solenídeos (HARAMOTO, 1969; CHIAVEGATO, 1991; OLIVEIRA &
PATTARO, 2005). Estas características diferenciam-no das espécies B. californicus
(Banks) (Acari: Tenuipalpidae) e B. obovatus (Donadieu) (Acari: Tenuipalpidae),
também descritas no Brasil, mas não em citros (TRINDADE & CHIAVEGATO, 1994;
CHIAVEGATO, 1991).
As fêmeas efetuam suas posturas em locais protegidos, como em frutos com
verrugose decorrente da infecção por Elsinoe fawcetti (Bitancourt & Jenkins)
6
(ALBUQUERQUE et al., 1995), em lesões causadas pela larva minadora, Phyllocnistis
citrella (Stainton) (Lepdoptera: Gracillaridae) (RODRIGUES, 2000), em sujidades
depositadas sobre a superfície das folhas, junto às nervuras, bem como entre suas
exúvias (CHIAVEGATO, 1991) e em rachaduras de ramos (OLIVEIRA & PATTARO,
2005).
O ovo é elíptico, alaranjado, brilhante e pegajoso (HARAMOTO, 1969), razão
pela qual adere sujidades (OLIVEIRA & PATTARO, 2004; OLIVEIRA & PATTARO,
2005). Do ovo eclode a larva, hexápoda, que passa por um período de repouso e
transforma-se em protoninfa, octápoda, que após outro período de repouso se
transforma deutoninfa, para, finalmente, atingir a fase adulta (HARAMOTO, 1969;
CHIAVEGATO, 1991), todos de coloração alaranjada.
O dimorfismo sexual é acentuado. O macho é menor, com o opistosoma afilado,
apresentando dorsalmente duas suturas transversais, que o diferenciam da fêmea, que
apresenta somente uma (OLIVEIRA & PATTARO, 2005). Segundo HARAMOTO (1969),
a razão sexual é de apenas 1 a 1,5% de machos.
Embora o acarino se reproduza através de partenogênese telítoca, produzindo
fêmeas geneticamente idênticas à progenitora (HELLE et al., 1980), eventualmente
podem-se encontrar machos e fêmeas em cópula em arenas de criação construídas
sobre frutos de citros. Momentos antes de iniciar a cópula, o macho dobra seu
opistosoma para cima, exatamente na segunda sutura transversal. A cópula tem
duração de 2 a 3 minutos, de acordo relato de GRAVENA (2005), todavia tem-se
observado cópulas que ultrapassam a 5 horas, e machos que copulam a mesma fêmea
mais de uma vez.
Estudos realizados por PIJNACKER et al. (1980) e WEEKS et al. (2001) revelam
que fêmeas de B. phoenicis são haplóides, com apenas dois cromossomos não-
homólogos (Helle et al.,1980), e que essa anomalia é devida à ação infecciosa de uma
bactéria endossimbionte, responsável pela feminilização dos machos (WEEKS et al.,
2001).
Para OMOTO (1995), a presença de apenas dois cromossomos não homólogos
e a reprodução por partenogênese fazem com que a evolução da resistência seja, a
7
princípio, rápida com o uso de um determinado acaricida, e por apresentar apenas dois
cromossomos, é favorável ao surgimento de resistência múltipla. Essas características
da espécie podem comprometer o controle químico, principal tática de manejo utilizada
pelos citricultores.
B. phoenicis é considerada uma espécie polífaga (BAKER & SUINGONG, 1988),
tendo mais de 80 gêneros de plantas como hospedeiros (CHIAVEGATO, 1991), e vetor
do CiLV em algumas espécies, como: Grevillea robusta e Commelina bengalensis
(NUNES, 2004), bem como possíveis outros vírus em várias espécies de plantas.
Em plantas cítricas, o ácaro da leprose pode infestá-las durante todo o ano,
contudo é nos meses mais quentes e com período prolongado de estiagem que atinge
os mais elevados índices populacionais (OLIVEIRA, 1986; OLIVEIRA & PATTARO,
2004).
Estudos realizados por BASSANEZI (2004) evidenciam que plantas infestadas
com ácaros em pomares comerciais apresentam distribuição espacial menos agregada
que as plantas com sintomas da doença. O aparecimento de reboleiras de plantas
sintomáticas num talhão está na dependência do aumento populacional de B. phoenicis
na área.
Considerando a distribuição de B. phoenicis na planta, o acarino pode ser
encontrado em todas as partes, com maior intensidade nos frutos (OLIVEIRA, 1986) e
preferencialmente naqueles com lesões de verrugose (CHIAVEGATO, 1991;
ALBUQUERQUE et al., 1995), aumentando sua população na medida em que os frutos
se desenvolvem.
Vários fatores podem interferir no desenvolvimento do ácaro da leprose,
influenciando, provavelmente, nos níveis populacionais, tais como: variedade cítrica
(RODRIGUES, 2000); chuva (OLIVEIRA, 1986); estresse hídrico (SOUZA et al., 2002);
umidade relativa do ar (SOUZA & OLIVEIRA, 2004); verrugose (ALBUQUERQUE et al.,
1995); temperatura (CHIAVEGATO, 1991); colheita antecipada (OLIVEIRA, 1986) e
total dos frutos (BUSOLI, 1995); o uso de roçadora ou grade (OLIVEIRA & PATTARO,
2004); utilização de cobertura verde (GRAVENA et al., 1992); a presença de inimigos
naturais (YAMAMOTO et al., 1992); as plantas hospedeiras (ULIAN & OLIVEIRA, 2002);
8
as medidas profiláticas (OLIVEIRA & PATTARO, 2004) e, especialmente, o controle
químico (OLIVEIRA et al., 1991).
O nível de controle do ácaro da leprose adotado pelos citricultores é amplo,
podendo variar de 1 a 15% de infestação (CATI, 1997; ROSSETTI et al., 1997; BUSOLI,
1995; GRAVENA, 1998). Em algumas ocasiões, apenas um ácaro determina o controle.
Em face de os ácaros ocorrerem em baixo nível populacional, não chegam a acarretar
danos diretos decorrentes do simples ato de se alimentar. Sua importância está no fato
de inocular o vírus CiLV na planta cítrica (ROSSETTI, 1995), no momento da
alimentação, razão determinante para adoção de níveis de controle reduzidos. Esses
níveis, na maioria das recomendações citadas, não têm levado em consideração a
infecção das plantas cítricas pelo vírus, condição fundamental para a ocorrência da
doença.
Nem todo ácaro é vetor da doença. Somente ácaros que se alimentam durante 1
a 4 dias em tecidos com lesões de leprose ou onde se alimentaram ácaros infectados
anteriormente (tecido assintomático) possuem a capacidade de adquirir e,
posteriormente, transmitir a doença (ROSSETTI et al., 1969; CHAGAS, 1983;
CHIAVEGATO & SALIBE, 1986; BOARETO & CHIAVEGATO, 1994). O ácaro não
nasce infectado, pois não ocorre transmissão do vírus para o embrião no ovário
(CHIAVEGATO & MISCHAN; 1987; BOARETO et al., 1993; RODRIGUES et al., 1997).
Ao infectar-se com o vírus, o ácaro passa a ser transmissor durante toda sua
vida, uma vez que o vírus é propagativo (RODRIGUES et al., 1997) no interior do seu
organismo.
Todas as fases ativas do ácaro são potenciais transmissoras do vírus (CHAGAS,
1983; RODRIGUES, 1995), todavia é na fase adulta que sua importância se destaca,
dada sua maior mobilidade e longevidade, fazendo com que aumentem as chances de
se contaminar e transmitir a doença (OLIVEIRA, 1995).
9
2.8 O vírus da leprose dos citros – “CiLV”
Inicialmente, acreditava-se que a leprose, denominada de varíola por
BITANCOURT, em 1937, citado por ROSSETTI (1995), fosse causada por fungos
(FAWCETT, 1911; SPEGAZZINI, 1920, citados por BITANCOURT, 1955). Contudo, os
experimentos realizados por BITANCOURT, de 1937 a 1941 (BITANCOURT, 1955),
evidenciaram que a leprose estaria associada a um ácaro, conclusão comprovada mais
tarde por ROSSETTI et al. (1959, 1969, 1975, 1976), citados por ROSSETTI (1995).
Da associação com o ácaro, surgiram na ocasião duas hipóteses: a que as
lesões decorriam de toxinas injetadas pelo ácaro durante a alimentação, ou por um
vírus causador de uma infecção localizada. A segunda hipótese foi confirmada mais
tarde por KITAJIMA, em 1972 (KITAJIMA et al., 1995).
KITAJIMA et al. (1995) consideraram a possibilidade de este vírus pertencer ao
gênero Nucleorhabdovirus, família Rhabdoviridae agrupado como Rhabdovirus
desprovido de envelope.
O vírus da leprose tem sido associado a dois tipos morfológicos distintos: o
citoplasmático, o mais comum (KITAJIMA et al., 1974; COLARICCIO et al., 1995), e o
tipo nuclear (KITAJIMA et al.,1972). Presume-se que os dois tipos de partículas sejam
estádios diferentes de desenvolvimento do mesmo vírus ou dois vírus distintos
(KITAJIMA et al., 1995).
Recentemente, PASCON et al. (2006), após o seqüenciamento completo de
nucleotídeos do CiLV-C, tipo citoplasmático, sugeriram que o vírus seja um provável
membro dos Tobamovirus. Contudo, Locali-Fabris et al. (2006) sugerem que o CiLV-C
deva ser considerado membro-tipo de um novo gênero de fitovírus, denominado
Cilevirus.
As partículas do CiLV são observadas somente em tecidos que se apresentam
lesionados pela doença leprose, não sendo encontradas em áreas adjacentes
assintomáticas que não diferem de regiões correspondentes nos tecidos de plantas
sadias, o que indica, aparentemente, a característica não-sistêmica do vírus (KITAJIMA
et al.,1972; COLARICCIO et al., 1995). A não-sistemicidade do vírus amplia
10
consideravelmente a importância do vetor na epidemiologia da doença, uma vez que a
sua ocorrência é condição imprescindível para disseminação intra e interplantas
(RODRIGUES et al., 1994) em condições naturais.
No Brasil, o CiLV é transmitido, nas condições de campo, pelo ácaro B. phoenicis
(MUSUMESI & ROSSETTI, 1963). O período entre a infestação com ácaros infectados
e o aparecimento de sintomas tem variado de 17 a 60 dias, sendo que a maior parte
dos sintomas aparece após 21-30 dias (ROSSETTI et al., 1969; CHIAVEGATO et al.,
1982; CHIAVEGATO & SALIBE, 1983; COLARICCIO et al., 1995; RODRIGUES, 1995).
Manchas amareladas nas folhas, lesões corticosas nos ramos e manchas
necróticas arredondadas nos frutos são as principais características da leprose nas
plantas cítricas, que, severamente afetadas, apresentam desfolha, queda prematura e
intensa de frutos, excessiva seca de ramos e morte de ponteiros (FEICHTENBERGER
et al., 1997), podendo levar a planta à morte.
Plantas com esses sintomas têm reduzido seu potencial de produção e
comprometida sua vida útil (RODRIGUES et al., 1994; RODRIGUES, 2000). Frutos que
apresentam lesões de leprose têm seu peso reduzido e queda aumentada à medida
que cresce o número de lesões (CHIAVEGATO & SALIBE, 1981).
Segundo BARRETO & PAVAN (1995), a recuperação total de uma planta cítrica
com sintomas severos da doença e alto nível de infestação do ácaro da leprose pode
demorar dois anos após a adoção de uma medida efetiva de controle.
2.5 Citricultura orgânica
A agricultura orgânica resultou do movimento de várias correntes em busca de
um sistema sustentável no tempo e no espaço, mediante o manejo e a proteção dos
recursos naturais, sem a utilização de produtos químicos agressivos à saúde humana e
ao meio ambiente, mantendo a fertilidade e a vida dos solos, favorecendo a diversidade
biológica e respeitando a integridade cultural dos agricultores (DAROLT, 2003).
11
Aproximadamente 30 países produzem e exportam citros orgânicos certificados,
com produção mundial estimada em 600 mil toneladas em 2001 (LIU, 2004). O Brasil
destaca-se como o maior produtor mundial de suco concentrado congelado de laranja
orgânico (FAO, 2003), numa área de 4.500 ha certificados, localizada principalmente no
Estado de São Paulo (VAILATI, 2003).
A cotação de mercado externo é mais elevada para suco de laranja orgânico. O
mercado europeu tem pago cerca de US$ 1.800 pela tonelada de suco concentrado de
laranja orgânico, o que corresponde a quase o triplo da cotação da bebida convencional
(Planeta orgânico, 2003). Como reflexo, o produtor de citros orgânicos também recebe
melhor remuneração por seu produto.
Segundo TURRA & GHISI (2004), os produtores de citros orgânico têm
enfrentado dificuldades na cadeia produtiva, no que tange à mão-de-obra qualificada,
comercialização e, principalmente, no controle de pragas e doenças, dada a limitação
de uso de agrotóxicos.
2.6 Calda sulfocálcica
A calda sulfocálcica é considerada o melhor defensivo em sistemas
agroecológicos (Planeta orgânico, 2003) no controle de pragas e doenças.
Praticamente atóxica, é um dos únicos produtos químicos aceitos pelo IBD - Instituto
Biodinâmico de Desenvolvimento Rural, primeira certificadora orgânica nacional
reconhecida pela IFOAM – International Federation of Organic Agriculture Movements
em 1995 (HOFFMANN, 2004).
Este fertiprotetor foi formulado pela primeira vez por GRISON, em 1852
(POLITO, 2001), resultando do preparo a quente da mistura de enxofre, cal virgem e
água, formando vários compostos, como polissulfetos de cálcio (PENTEADO, 2004),
dióxido de enxofre e sulfato de hidrogênio (ABBOTT, 1945), que conferem à calda
sulfocálcica ação fungicida, inseticida, acaricida e fertilizante foliar (PRATES, 1999).
12
Segundo ABBOTT (1945), o sulfato de hidrogênio encontra-se em maior
quantidade e é mais tóxico que o dióxido de enxofre. Testes realizados pelo autor sobre
adultos de Passalus cornutus (Fabricius) (Coleoptera: Passalidae) e Lucilia sericota
(Meigen) (Diptera: Calliphoridae) confirmaram essa constatação.
O parâmetro utilizado por muitos fabricantes para avaliar a qualidade da calda
sulfocálcica há alguns anos, era a densidade aparente, medida pelo aerômetro na
escala graus Bé, sendo considerada de qualidade aceitável aquela que apresentasse
densidade aparente de 27 a 30 graus Bé. Atualmente, considera-se de qualidade
aceitável aquela que apresenta 15% de polissulfetos e baixa impureza. Relevante
salientar que a calda sulfocálcica não é protegida por patente, podendo ser elaborada
pelo próprio agricultor (PATTARO & OLIVEIRA, 2005) com vistas à redução de custos.
Segundo BERTOLDO (2003), aplicações de calda sulfocálcica fornecem cálcio e
enxofre ao metabolismo das plantas, que estimulam as reações de fotossíntese, e as
induzem a maior resistência às pragas.
A calda sulfocálcica tem sido empregada por agricultores brasileiros para o
controle de pragas e doenças, a despeito de o produto não estar registrado no
Ministério da Agricultura para tal finalidade.
Segundo FORTES (1992), a calda sulfocálcica, no passado, foi utilizada,
especialmente, para aplicações preventivas contra doenças fúngicas em fruteiras de
clima temperado.
ELLIS et al. (1998) avaliaram, num programa de manejo de Venturia inaequalis
(Cooke) em macieira, a combinação de variedade resistente e suscetível com
fungicidas de um programa convencional de recomendação com calda sulfocálcica. Os
resultados mostraram que o custo do manejo, combinando variedades resistentes com
calda sulfocálcica, é menor que o de fungicidas orgânicos, apesar do maior número de
aplicações de calda sulfocálcica.
Com relação aos insetos-praga, GONÇALVES (1997) constatou baixa eficiência
da calda sulfocálcica em mistura com enxofre no controle do Trips tabaci (Linderman)
(Thysanoptera: Thripidae), bem como baixa produtividade da cultura da cebola, além de
surgirem sinais de fitotoxidez nas plantas.
13
Entretanto, relativamente aos ácaros, EUZÉBIO et al. (2004) recomendam a
calda sulfocálcica para o controle de Oligonychus ilicis (McGregor, 1919) (Acari:
Tetranychidae) na cafeicultura orgânica, ressaltando a alta eficiência sobre larvas e
adultos, mas baixa sobre ovos.
A calda sulfocálcica, embora seja um produto de largo espectro, é inócua a
mamíferos e de seletividade média a inimigos naturais (PRATES, 1999). Contudo,
HASSAN et al. (1994) constataram que a calda sulfocálcica a 7% pode ser altamente
tóxica para Phytoseiulus persimilis (Athias-Henriot) (Acari: Phytoseiidae), Amblyseius
potentillae (Garman) (Acari: Phytoseiidae), Trichogramma cacoeciae (Marchal)
(Hymenoptera: Thrichogrammatidae), Chrysoperla carnea (Stephens, 1836)
(Neuroptera: Chrysopidae), Typhlodromus pyri (Scheuten) (Acari: Phytoseiidae),
Anthocoris nemoralis (Fabricius) (Heteroptera: Anthocoridae) e Encarsia formosa
(Gahan) (Hymenoptera: Aphelinidae) quando avaliada de acordo com as normas da
IOBC/WPRS.
Segundo PATTARO & OLIVEIRA (2005), há indícios de que a calda sulfocálcica
não apresenta seletividade aos ácaros predadores do gênero Euseius e a Iphiseiodes
zuluagai (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae).
MCMURTRY & SCRIVEN (1968) relatam que o controle integrado de
Panonychus citri em citros, com o ácaro predador Amblyseius newsami (Evans) (Acari:
Phytoseiidae), resistente à calda sulfocálcica, reduz o número de aplicações e os
custos de controle.
A calda sulfocálcica é utilizada no controle de ácaros, insetos, musgos e liquens
em diversas culturas (PATTARO & OLIVEIRA, 2005), mas é na citricultura que seu uso
é mais freqüente, visando ao controle de ácaros, principalmente o da leprose.
Apenas uma das indústrias do interior do Estado de São Paulo que fabrica o
produto, comercializa por ano, em média, cerca de 9 milhões de litros, enviados a
vários Estados do Brasil.
O maior ou menor consumo de calda sulfocálcica também parece estar
relacionado a períodos de crise e de perspectiva de elevada lucratividade.
14
No Brasil, BITANCOURT, em 1934, citado por POLITO (2001) e BITANCOURT
(1955), demonstrou a importância da calda sulfocálcica no controle de ácaros num
programa de pulverizações de laranjeiras.
De acordo com CHILDER (2005) populações de Eutetranychus banksi
(McGregor) (Acari: Tetranychidae) em citros podem ser reduzidas ou eliminadas pela
ação da calda sulfocálcica. PATTARO et al. (2002) verificaram sobre mudas de citros,
em casa de vegetação, alta eficiência da calda sulfocálcica sobre o ácaro Tetranychus
mexicanus (McGregor, 1950) (Acari: Tetranychidae).
OLIVEIRA et al. (2002) observaram alta ação residual da calda sulfocálcica
sobre P. oleivora. Segundo PENTEADO (2004) a calda sulfocácica é altamente
eficiente no controle de ácaros da leprose e da ferrugem, na dosagem de 80 L/2.000 L
de água.
De acordo com PRATES (1999), inseticidas fosforados não devem ser aplicados
sobre resíduo de calda sulfocálcica, pois serão desativados devido ao alto pH na
superfície das folhas, em razão do carbonato de cálcio depositado sobre elas. Pattaro
(2003) e PATTARO & OLIVEIRA (2005) avaliaram a possível interferência negativa do
carbonato de cálcio sobre a eficiência residual de vários acaricidas utilizados por
citricultores no controle de B. phoenicis aplicados posteriormente à calda sulfocálcica.
Os resultados evidenciaram que a ação residual dos acaricidas analisados não sofreu
influência negativa do carbonato de cálcio deixado sobre os frutos após a aplicação da
calda. Nos poucos acaricidas onde se verificou interferência, essa se mostrou positiva,
constituindo o resíduo da calda sulfocálcica um fator aditivo na mortalidade de B.
phoenicis.
PATTARO (2003) e PATTARO & OLIVEIRA (2005) constataram que a calda
sulfocálcica, com dosagens até 80 L/2.000 L de água, apresenta baixa eficiência
residual sobre adultos de B. phoenicis. No entanto, a eficiência cresce na medida em
que aumenta o período de exposição do ácaro sobre o resíduo, embora ainda fique
aquém da que seria desejada para o controle do transmissor da leprose dos citros. Por
outro lado, a ação direta é satisfatória, até mesmo com baixa concentração do produto
(20 L/2.000 L de água).
15
Para se obter êxito no controle do ácaro da leprose com calda sulfocálcica, é
necessária uma total cobertura da planta, utilizando-se de dosagem, volume e
equipamento de aplicação adequados, aumentando, assim, as chances de atingir
diretamente o ácaro (PATTARO, 2003).
No entanto, a eficiência da calda sulfocálcica sobre ovos de B. phoenicis é baixa,
em torno de 36,4%, na dosagem de 80 L/2.000 L de água. Havendo, pois, eclosão das
larvas, o contato dessas com o resíduo da calda resultam em altos índices de
mortalidade (PATTARO, 2003; PATTARO & OLIVEIRA, 2005).
Em função da alta eficiência da calda sulfocálcica mediante ação tópica sobre o
adulto do ácaro da leprose, bem como pelo seu baixo custo, tem sido prática comum
entre produtores sua mistura com meia dose de um produto de ação ovicida, conhecida
como “mistura de tanque” (PATTARO & OLIVEIRA, 2005). Entretanto, ALVES et al.
(2000) ressaltam que o sucesso no controle do ácaro através de mistura de produtos
exige baixa freqüência de resistência, ausência de resistência cruzada e persistência
biológica semelhante para os dois compostos, mas nem sempre se obedece a essas
condições.
Recentemente, constatou-se que uma linhagem do ácaro da leprose resistente
ao acaricida propargite se mostrou também resistente à calda sulfocálcica, na razão de
4,6 vezes (CASARIN et al., 2004).
Segundo PATTARO (2003), o controle dos ácaros da leprose e da ferrugem,
exclusivamente com calda sulfocálcica, tem-se mostrado viável economicamente, em
comparação a outros acaricidas, desde que o número de aplicações não seja
excessivo. Entretanto, PATTARO & OLIVEIRA (2005) não recomendam o controle
dessas pragas somente com calda sulfocálcica em aplicações sucessivas, tendo em
vista a possibilidade de selecionar indivíduos resistentes, aumentando sua freqüência.
A utilização da calda sulfocálcica na citricultura convencional pode ser incluída
num programa de rotação de produtos com mecanismos de ação diferentes. Todavia,
na orgânica, dado o uso limitado de produtos, sua recomendação deve estar associada
a outras estratégias de manejo (PATTARO & OLIVEIRA, 2005).
16
Recomenda-se também a calda sulfocálcica no tratamento pós-colheita para
conferir maior resistência e longevidade às frutas colhidas, especialmente àquelas
transportadas a longas distâncias (AGROJURIS, 2005). SMILANICK & SORENSON
(2001) sugerem a imersão de frutos de limão ou laranja em solução de calda
sulfocálcica no tratamento pós-colheita para o controle dos fungos Penicillium digitatum
(Sacc) e Geotrichum citri- aurantii (Ferraris).
Alguns aspectos negativos relacionados à utilização da calda sulfocálcica são
apontados, como a toxidez a frutos e brotações, causada às vezes por uma única
aplicação, em dosagens superiores a 80 L/2.000 L de água, principalmente nos frutos
mais expostos à ensolação (PATTARO, 2003).
Segundo PATTARO & OLIVEIRA (2005), alguns produtores têm relatado que os
filtros dos equipamentos de aplicação com malha de 50 mícrons têm ocasionado
entupimento de bicos, causando transtornos no momento da aplicação. Todavia,
malhas muito finas podem reter os polissulfetos de cálcio, substância desejável na
calda sulfocálcica, o que implica, necessariamente, estar adequando o filtro conforme
as características da calda.
2.7 Spirodiclofen
O acaricida spirodiclofen, recentemente registrado para o controle de B.
phoenicis na cultura dos citros apresenta mecanismo de ação distinto dos demais
acaricidas existentes no mercado (POLETTI & OMOTO, 2004), com indícios de inibir a
síntese de lipídeos, o que, provavelmente, explica sua ação lenta sobre os ácaros
comparativamente aos outros produtos.
Segundo OLIVEIRA & PATTARO (2004a), em teste de ação direta sobre B.
phoenicis, em arenas construídas sobre frutos de citros, verificou-se que a mortalidade
de 100% de B. phoenicis só é atingida aos 7 dias após a aplicação do produto, fato que
pode ser explicado pelo modo de ação do spirodiclofen. A eficiência residual, por sua
vez, diminui à medida que aumenta o intervalo entre a aplicação e a transferência dos
17
ácaros, e aumenta com o tempo de permanência dos ácaros sobre o resíduo de
spirodiclofen (OLIVEIRA & PATTARO, 2004a). Observaram, também, que o
spirodiclofen, além de causar a morte de fêmeas de B. phoenicis, interfere na
viabilidade dos ovos (OLIVEIRA & PATTARO, 2004b).
Por se tratar de outro mecanismo de ação, admite-se que spirodiclofen não
apresenta resistência cruzada com os acaricidas existentes no mercado (FISCHER &
BENET-BUCHHOLZ, 2002).
POLETTI & OMOTO (2004), ao investigar a possibilidade da utilização de
spirodiclofen no manejo da resistência de B. phoenicis, verificaram a não-ocorrência de
resistência cruzada com dicofol, propargite e hexythiazox.
Com relação à seletividade do spirodiclofen aos ácaros predadores, WOLF &
SCHNORBACH (2002), com base em trabalhos de campo, relatam não ser possível
excluir totalmente o risco para estes ácaros; no entanto, REIS et al. (2005) avaliaram a
mortalidade e a reprodução de fêmeas adultas de ácaros predadores da família
Phytoseiidae através de bioensaio de ação residual e concluíram que o acaricida
spirodiclofen apresenta seletividade aos ácaros predadores.
Entre outros aspectos positivos, o spirodiclofen é muito estável no ambiente
(WACHENDORFF et al., 2002), não mostra tendência para volatilização na atmosfera,
sendo rapidamente degradado e mineralizado no solo (BABCZINSKI, 2002).
2.8 Ácaros da família Phytoseiidae
Os citros são a cultura onde tem sido encontrado o maior número de espécies de
predadores fitoseídeos. A eficiência desses na citricultura brasileira, como agentes de
controle do ácaro da leprose, ainda não é suficientemente conhecida.
A ocorrência de espécies desta família varia conforme a região considerada. No
Estado de São Paulo, predominam as espécies Amblyseus herbicolus , Amblydromella
aff. Applegum (Schicha) (Acari: Phytoseiidae), Amblyseiella setosa (Muma) (Acari:
Phytoseiidae), Euseius citrifolius (Denmark & Muma, 1970) (Acari: Phytoseiidae), E.
18
concordis (Chant, 1959) (Acari: Phytoseiidae), I. zuluagai, Neoseiulus idaeus (Denmark
& Muma) (Acari: Phytoseiidae), Typhlodromalus limonicus (Garman & McGregor) (Acari:
Phytoseiidae) e Thyphlodromina camelliae (Chant & Yoshida-Shaul) (Acari:
Phytoseiidae) (MORAES & SÁ, 1995), com destaque para as espécies I. zuluagai, E.
citrifolius e E. concordis. Contudo, a abundância ou a freqüência com que um fitoseídeo
é encontrado em citros não está necessariamente correlacionada ao seu potencial de
controlar o ácaro da leprose (MORAES & SÁ, 1995).
Em levantamentos realizados por SATO et al. (1994), em pomar cítrico localizado
no Município de Presidente Prudente-SP, constatou-se que as maiores incidências de
ácaros predadores foram os das espécies I. zuluagai, com maior freqüência em junho e
julho, meses com as menores médias de temperatura, enquanto as do gênero Euseius,
no período de outubro a janeiro, quando foram registradas as maiores temperaturas. Os
autores relatam também que o pico populacional do ácaro da leprose ocorreu em
agosto, coincidindo com o período de menor população de ácaros predadores.
De acordo com MARQUES & MORAES (1991), os ácaros da família
Phytoseiidae mostram-se altamente efetivos no controle do ácaro da leprose. Para
MORAES & SÁ (1995), o controle biológico do ácaro da leprose pode resultar em efeito
significativo no nível de ocorrência da doença, uma vez que o vírus não é circulativo e,
conseqüentemente, a redução numérica da população desse ácaro corresponderá a
uma diminuição dos danos causados à cultura.
Contudo, MOREIRA (1993) considera que o controle exercido pelos ácaros
predadores é efetivo quando o nível de B. phoenicis for baixo, com menos de 5% dos
frutos ou folhas infestados.
GRAVENA et al. (1994) estimaram a atividade predatória de E. citrifolius sobre B.
phoenicis, evidenciando que a capacidade predatória da fêmea, em seus diferentes
estágios, é maior que a dos machos adultos, e que a presença de verrugose no fruto
causa diminuição na predação. Em diversos trabalhos realizados por KOMATSU &
NAKANO (1988) com E. concordis, nos quais foi investigada a capacidade de predação
dessa espécie sobre o ácaro da leprose, os autores verificaram que E. concordis pode
19
ser incluído em programas de controle integrado visando ao ácaro da leprose, dada sua
capacidade de predação.
Em face da importância dos ácaros predadores como agentes de controle do
ácaro da leprose em citros, vários trabalhos de seletividade e toxicidade de acaricidas
aos ácaros da família Phytoseiidae foram realizados nos últimos anos (KOMATSU &
NAKANO, 1988; SATO et al., 1995; RAGA et al., 1996; SANTOS & GRAVENA, 1997;
REIS et al., 1999; YAMAMOTO & BASSANEZI, 2003), com o propósito final de
preservá-los nos pomares cítricos.
Quanto à ação do enxofre sobre os predadores, KOMATSU & NAKANO (1988)
constataram que o produto pode ser indicado num programa de manejo do ácaro da
leprose, já que é seletivo ao ácaro E. concordis. Entretanto, REIS et al. (1999), em
condições de laboratório, avaliando a mortalidade e o efeito dos produtos na
reprodução de E. alatus (DeLeon) (Acari: Phytoseiidae), classificaram-no de acordo
com a IOBC/WPRS como nocivo. Porém, SATO et al. (1995), com base em trabalhos
de campo, consideram-no prejudicial às populações de fitoseídeos até 58 dias da
aplicação.
2.9 Manejo da leprose dos citros
A permanência do citricultor na atividade depende, entre outros fatores, da
redução dos custos de produção, razão pela qual os produtores têm se preocupado
com o manejo da leprose dos citros (BASSANEZI, 2001).
Por se tratar de uma doença transmitida por vetor, em condições naturais de
campo, a efetividade no processo de transmissão e perpetuação do vírus depende do
hospedeiro e de condições favoráveis, e a potencial velocidade de disseminação do
vírus entre plantas depende do tamanho e da mobilidade da população do vetor
(THRESH,1974, citado por RODRIGUES, 1995).
O controle do vetor, através de aplicações de acaricidas, tem sido a principal
tática de manejo da leprose dos citros e responsável por uma parcela significativa dos
20
custos de produção. Segundo RODRIGUES (2002), o uso isolado de aplicações de
acaricidas não tem sido suficiente para conter a disseminação da doença nos pomares.
O autor sugere que sejam adotadas medidas adicionais para o controle da doença;
todavia, essas medidas devem levar em conta o aspecto econômico, a viabilidade
técnica e a exeqüibilidade dessa estratégia. De acordo com FEICHTENBERGER et al.
(1997) e RODRIGUES (2002), outras táticas de manejo, baseadas na eliminação de
fontes de inóculo do vírus e na redução ao mínimo da população do ácaro vetor,
poderiam ser utilizadas por citricultores no controle da doença.
No caso do vetor, as medidas recomendadas são: plantar mudas isentas do
ácaro, desinfestando veículos e caixas de coleta (ROSSETTI et al., 1997); eliminar
plantas daninhas hospedeiras do ácaro (TRINDADE & CHIAVEGATO, 1994; CATI,
1997; MAIA & OLIVEIRA, 2004); empregar práticas que favoreçam a população de
inimigos naturais (YAMAMOTO et al., 1992); controlar a verrugose (CATI, 1997); evitar
o uso de roçadoras ou grades no período de estiagem (OLIVEIRA & PATTARO, 2004);
utilizar cobertura verde com espécies menos favoráveis ao ácaro da leprose
(GRAVENA et al., 1992); utilizar quebra-ventos (FEICHTENBERGER, 2000) e cercas-
vivas desfavoráveis ao acarino (OLIVEIRA & PATTARO, 2004); realizar o controle
químico do ácaro com produtos seletivos e com diferentes mecanismos de ação
(OLIVEIRA & PATTARO, 2004).
Para reduzir fontes de inóculo do vírus, recomenda-se eliminar plantas
invasoras, cercas-vivas e quebra-ventos hospedeiros do vírus (MAIA & OLIVEIRA,
2005; NUNES, 2004); plantio de mudas sadias (OLIVEIRA, 2004); coleta de frutos com
manchas e caídos no chão após a colheita (BUSOLI, 1995); realizar o quanto antes a
colheita (OLIVEIRA, 1986); utilizar variedades mais resistentes (RODRIGUES et al.,
1995), e realizar podas de partes infestadas pela doença.
Para RODRIGUES (2000; 2002), RODRIGUES et al. (2001) e OLIVEIRA &
PATTARO (2004), a epidemiologia da doença em pomar sem controle químico indica
que a velocidade de aumento da doença é proporcional à quantidade de tecido
lesionado e à quantidade de tecido sadio disponível, o que redundaria na maior
disseminação da doença.
21
Assim, em face das peculiaridades do “CiLV”, a eliminação de ramos lesionados
pela leprose através da poda é uma tática fundamental e recomendada por vários
autores (MOREIRA, 1941; BITANCOURT, 1955; OLIVEIRA, 1986; ROSSETTI, 1995;
BARRETO & PAVAN, 1995; CATI, 1997; BASSANEZI, 2004; OLIVEIRA & PATTARO,
2004; RODRIGUES, 2002).
Para RODRIGUES (2002), a leprose poderia ser controlada em focos, dada a
epidemiologia da doença e a dinâmica espacial da população do vetor, o que
possivelmente reduziria os custos de controle. Todavia, para BASSANEZI (2004), as
variações dos padrões espaciais da população do vetor, que às vezes é aleatória, torna
difícil o controle do ácaro em focos. Por outro lado, a alta agregação de plantas com
sinais da doença indica alta dependência espacial de ácaros virulíferos.
A redução da taxa de transmissão mediante podas e o controle químico de
ácaros virulíferos que se encontram nas plantas com sinais da doença e ao seu redor,
de maneira localizada, é fundamental para que se tenha um efetivo controle da doença
(BASSANEZI, 2004).
MOREIRA (1941) e BITANCOURT (1955), já indicavam a poda de ramos
lesionados para controlar a leprose. Para BITANCOURT, a poda total da parte verde da
planta, juntamente com aplicações de calda sulfocálcica constituíam-se nas medidas
mais eficientes para controle da leprose.
BARRETO & PAVAN (1995) aventam que uma planta cítrica com sintomas
severos da doença e alta infestação do ácaro da leprose pode demorar dois anos para
recuperar sua produção original após a adoção de uma estratégia efetiva de controle.
De maneira geral, quanto mais severa a poda, maior é a redução da produção
nas safras seguintes (SALOMON & AHITUV, 1970; CARU, 1977; BOSWELL et al.,
1978, citados por STUCHI, 1994) e maior é o custo dessa prática. Na Espanha, a poda
manual representa 20% do custo de todas as práticas culturais efetuadas nos pomares
cítricos (REITZ & EMBLETON, 1986).
O tempo de recuperação da produção, bem como a morosidade, a demanda de
mão-de-obra especializada e o custo para executar a poda são os principais motivos de
recusa dos produtores em utilizar essa tática em complemento à do controle químico.
22
2.10 Aspectos da poda em plantas cítricas
AUGUSTI (2000) define a poda como a eliminação ou o encurtamento de parte
dos ramos da planta para facilitar a formação, a iluminação e a aeração da copa, com o
intuito de melhorar quantitativa e qualitativamente a produção dos frutos.
A poda em citros deve ser analisada como uma medida útil sob condições
específicas ou como parte de um programa de manejo. Ainda é uma prática cultural de
uso restrito e pouco freqüente entre os citricultures brasileiros.
No Brasil, sua utilização deu-se com o propósito de auxiliar no arejamento de
pomares adensados e no controle da clorose variegada dos citros (DE CARVALHO et
al., 2005).
Com o adensamento dos pomares nos últimos anos para o melhor
aproveitamento de áreas de plantio, visando a elevar a produtividade e a obter maiores
lucros num período de tempo menor, amortizando o alto investimento da implantação
do pomar, alguns tipos de poda vêm sendo utilizados (LEYVA et al., 1986). Há uma
tendência para que a poda mecânica seja mais utilizada devido ao destino da produção
brasileira, qual seja, a indústria, e ao menor custo que a poda manual (DONADIO &
RODRIGUEZ, 1992).
A poda executada mecanicamente facilita o trânsito de tratores e implementos,
as operações de colheita e as aplicações de defensivos (RONDON & LOPEZ, 1988;
DONADIO & RODRIGUEZ, 1992). Contudo, esse tipo de poda não elimina a poda
manual, que auxilia no arejamento de pomares adensados e no controle de algumas
doenças.
A poda não deve ser indiscriminada, pois a remoção de tecido sadio, mais que o
necessário, interfere diretamente na área foliar das plantas, prejudicando a fotossíntese
e, indiretamente, na relação C/N da planta, podendo limitar a disponibilidade e
aumentar a competição por reservas de carbono entre as etapas de frutificação,
enraizamento e crescimento vegetativo, reduzindo, severamente, o crescimento e a
frutificação de plantas jovens e a produtividade de plantas adultas (SYVERTEN, 1999).
Após a poda, prevalece o consumo energético destinado à reconstituição da copa em
23
detrimento das raízes e do desenvolvimento dos frutos (DUNCAN & EISSENSTAT,
1993, citados por DE CARVALHO et al., 2005).
Todavia, há divergências entre vários pesquisadores quanto à necessidade de
realizar podas em plantas cítricas. Para MOREIRA (1941), as plantas cítricas adultas
não requerem podas, ou exige pouco, tal como a maioria das plantas com folhas
persistentes. De acordo com LEWIS & MCCARTY (1973), a poda seria a última
operação cultural necessária ao pomar, uma vez que não é essencial para o
crescimento nem para a produção das plantas cítricas, o que é corroborado por
DORNELLES (1978), que afirma que as plantas cítricas não exigem poda de produção
como ocorre com as rosáceas e outras frutíferas.
ZARAGOZA et al. (1987), citados por STUCHI (1994), consideram um erro
plantar adensadamente, contando com a poda mecânica para limitar eficazmente o
tamanho da copa. A poda deve ser considerada um corretivo do tamanho de plantas,
aplicando-a em pomares com problemas de superpopulação e não como medida usual
para o controle permanente do tamanho das plantas em pomares adensados.
Quanto à produtividade das plantas, AUGUSTI (2000) e AMOROS (1985)
afirmam que os objetivos principais da poda são propiciar tamanho e volume
adequados da copa, favorecer a produção sem alternância de safras, facilitar os tratos
culturais, reduzir os custos e melhorar a rentabilidade.
Entretanto, existem outras razões para executar podas em plantas cítricas.
Segundo DONADIO & RODRIGUEZ (1992) e AGUSTÍ (2000), alguns tipos de podas
podem melhorar a qualidade dos frutos quando o objetivo é atender à produção de
frutos para o consumo in natura, bem como aumentar a longevidade das plantas,
principalmente em países de clima tropical, onde é menor que a de países de clima
subtropical.
Mas, para TUCKER et al. (1998), a poda é uma maneira de remover partes
danificadas das plantas, por qualquer que seja a causa. Neste sentido, como medida
auxiliar no controle de doenças, AGUSTÍ (2000) comenta que o aumento da incidência
de luz no interior da copa, mediante a poda, estimula as brotações, bem como melhora
a aeração e a penetração das caldas de pulverização (DONADIO & RODRIGUEZ,1992)
24
e, como conseqüência, reduz a presença de musgos, liquens e fungos que se
desenvolvem devido à baixa iluminação (RONDON & LOPEZ, 1988).
SOUZA et al. (2004) também relatam que, nos tabuleiros costeiros dos Estados
da Bahia e Sergipe, a poda tem sido utilizada em plantas cítricas como medida
fitossanitária para remoção de ramos comprometidos em pomares com mais de 10
anos de idade.
A principal aplicação da poda manual pelos citricultores brasileiros tem sido
como medida auxiliar num programa de manejo de pragas e doenças, principalmente
aquelas que se desenvolvem no interior da copa das plantas, tais como rubelose
(ROSSETTI, 1995); melanose (SALVO FILHO, 1998; SANTOS FILHO & LARANJEIRA,
2003); leprose (BITANCOURT, 1955; OLIVEIRA, 1986; ROSSETTI, 1995; BARRETO &
PAVAN, 1995; CATI, 1997; BASSANEZI, 2001; BASSANEZI, 2004; OLIVEIRA &
PATTARO, 2004; GRAVENA, 2005), e clorose variegada dos citros “CVC” (LOPES,
1999); brocas; pinta preta “Guinardia citricarpa” (Kiely) (GÓES et al., 2004) e cancro-
cítrico “Xantomonas axonopodis” pv. citri (Valterin) (PORTO, 1993, citado por DE
CARVALHO et al., 2005).
Em outros países, como na Argentina, a poda também tem sido utilizada como
tática de manejo no controle do cancro-cítrico “X. axonopodis” pv. citri (ZUBRZYCKI,
1998), na África do Sul, sobre o nematóide “Tylenchulus semipenetrans” (Kobb, 1913)
(MASHELA & NTHANGENI, 2002), da broca “Elaphidion cayamae” (Fisher, 1932)
(Coleoptera: Cerambicidae) (GONZÁLES et al., 1990), em Cuba.
São vários os tipos de podas praticados, distintos de acordo com suas
finalidades, sendo rotineira em alguns países. Embora tenham se alencado diversos
benefícios decorrentes dessa prática, há também aspectos negativos devido à poda,
principalmente quando esta é realizada de maneira e/ou época imprópria.
Segundo BERGER (1998), a poda realizada em época inadequada pode ser uma
das causas do declínio dos citros, devido ao estresse causado às plantas. Algumas
operações mecanizadas de manejo do solo, como subsolagem, em conjunto com a
poda das plantas cítricas, também não são indicadas, pois, nesta situação, a água
25
disponível às plantas diminui com o aumento da intensidade da poda (SOUZA et al.,
2004).
Muitas vezes, as podas são mais severas e mais freqüentes do que o
necessário (ZARAGOZA & ALONSO, 1981) e efetuadas erroneamente por falta de
pessoal capacitado, pois, de acordo com PRALORAN (1977), trata-se de uma operação
que requer técnica e destreza (AMOROS,1985).
Segundo AMOROS (1985), alguns autores americanos afirmam que, em
algumas variedades espanholas, os rendimentos são inferiores ao normal por excesso
de poda, e quanto mais severa for a poda, menor será a produção das safras
subseqüentes (FUCIK, 1977; BOSWELL et al., 1978; SALOMON & AHITUV, 1970,
citados por CARY 1977).
SILVEIRA et al. (1994) constataram que em podas mais leves, em plantas de
laranja da variedade “Valência”, a recuperação da produção é mais rápida comparada a
podas mais severas, pois produzem no segundo ano após, igualando-se em
produtividade à testemunha no terceiro ano. Podas mais severas reiniciaram a
produção somente no terceiro ano, e, nelas, tanto a produção como a recuperação da
área de projeção da copa foram menores em relação às que receberam podas mais
leves.
LEWIS et al. (1963), citados por WARDOWSKI et al. (1986), constataram que,
após 6 anos da realização da poda de esqueletização em laranja “Valência” e
“Washington navel”, não houve aumento na produção das plantas podadas, e o
incremento no tamanho dos frutos não justificou o custo da poda.
Segundo WARDOWOWSKI et al.(1986), na Itália, a poda drástica realizada em
plantas cítricas aumenta os custos de produção, e, na Espanha, de acordo com AZNAR
(1998), a mão-de-obra empregada nas podas representa 19% dos 42% dos custos de
produção de frutos cítricos para a exportação. Há 34 anos, Lewis & McCarty (1973) já
mencionavam que devido aos altos custos, ao longo dos anos, em algumas regiões
citrícolas do mundo, essa prática havia diminuído. Contudo, na Espanha, Itália, Israel e
Japão, países em que a poda manual é uma necessidade, por produzirem frutos para o
26
consumo in natura, tem sido desenvolvidos equipamentos e técnicas que possibilitam a
poda a custos mais baixos e com mais eficiência.
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado na Fazenda São Pedro, propriedade pertencente ao
grupo Branco Peres, localizada no Município de Reginópolis-SP. As plantas utilizadas
foram da variedade “Pêra” enxertadas sobre tangerina “Cleópatra”, com 12 anos de
idade, espaçadas 7 x 4 metros e irrigadas por gotejamento.
Inicialmente, foram inspecionadas 500 plantas com a finalidade de determinar o
nível de infecção de leprose em cada uma delas. A classificação das plantas quanto à
severidade da doença baseou-se na escala visual de notas atribuídas à planta inteira.
Conforme a escala de severidade da leprose (Tabela 1), 86% das plantas
receberam nota 3 e, nas demais, atribuiu-se nota 4. Aquelas que apresentaram nota 3
foram selecionadas e utilizadas no experimento.
Tabela 1. Escala de notas para avaliação da severidade da leprose em plantas de citros.
(1) plantas sem lesões; (2) plantas com lesões em alguns ramos finos;
(3) plantas com lesões em alguns ramos internos de maior diâmetro e vários ramos finos; (4) plantas com lesões em muitos ramos internos e finos.
Antes de se estabelecerem as parcelas, foi determinado o nível de infestação de
B. phoenicis do talhão, mediante a adoção da metodologia convencional (CATI, 1997) e
constatou-se que o nível se encontrava abaixo de 10%.
Delineamento experimental – adotou-se um fatorial constituído por três fatores:
(A) fator poda, com seis níveis:(1) poda drástica; (2) poda intermediária intensa sem
lesões de leprose; (3) poda intermediária com lesões de leprose; (4) poda leve; (5) sem
poda, e (6) replantio; (B) fator acaricida, com três níveis: (1) sem acaricida; (2)
spirodiclofen; (3) calda sulfocálcica; (C) fator poda leve de condução, com dois níveis:
28
(1) com poda leve de condução; (2) sem poda leve de condução. A combinação dos
fatores, com os respectivos níveis (6 x 3 x 2), resultou em 36 tratamentos, que foram
repetidos 4 vezes, em blocos casualizados, sendo cada parcela constituída por 3
plantas dispostas em linha.
De conformidade com os tratamentos, as plantas cítricas foram submetidas aos
seguintes tipos de podas:
- Poda drástica: caracterizou-se pela eliminação total da copa e do ramo
primário central até sua base, permanecendo apenas o tronco e 3 a 5 ramos primários
dispostos lateralmente, podados a 1,30m do solo (PRALORAN, 1977; AMOROS, 1985;
DONADIO & RODRIGUEZ, 1992; RODRIGUEZ, 1991). A poda drástica atribuiu às
plantas a forma de “taça” (Figura 1).
Figura 1. Plantas submetidas à poda drástica.
- Poda intermediária intensa sem lesões de leprose: caracterizou-se pela
remoção de todos os ramos sintomáticos, deixando nas plantas de 3 a 4 ramos
primários, secundários, bem como folhas e frutos que não apresentavam lesões de
eprose. As plantas submetidas a esse tipo de poda tiveram o volume de copa bastante
reduzido (Figura 2).
29
Figura 2. Plantas submetidas à poda intermediária intensa
sem lesões de leprose.
- Poda intermediária com presença de lesões de leprose: é caracterizada
pela permanência de 5 a 6 ramos primários, secundários, folhas e frutos com alguns
sintomas da doença, conservando um volume de copa maior que o da poda
intermediária intensa. Uma poda de limpeza foi realizada para a retirada de ramos
secos e/ou muito lesionados com leprose.
- Poda leve: consta da eliminação dos ramos secos e alguns ramos de
crescimento vertical mal posicionados no interior da copa das plantas (PRALORAN,
1977; AZNAR, 1998; ARBIZA, 1998). Para aumentar a luminosidade e facilitar a
penetração da calda de pulverização no interior da copa (KOLLER, 1994; DONADIO &
RODRIGUEZ, 1992), foram efetuadas aberturas (“janelas”), mediante a retirada de um
ramo central no topo da planta (DONADIO & RODRIGUEZ, 1992) e dois nas laterais,
com diâmetro aproximado de 5 cm. As plantas submetidas a este tipo de poda
mantiveram sua arquitetura original (Figura 3).
30
Figura 3. Planta submetida à poda leve.
No tratamento sem poda, as plantas não sofreram intervenção alguma,
permanecendo em seu estado original (Figura 4).
Figura 4. Planta em seu estado original (não podada).
31
O replantio consistiu na substituição das plantas do pomar por plantas novas
(Figura 5 B).
Figura 5 . Arranque de plantas (A) e replantio (B).
As podas executadas com serras e tesouras manuais, bem como o replantio
foram realizados em outubro de 2003, após a principal colheita da variedade “Pêra”.
Nas plantas submetidas às podas, aplicou-se, na região do corte de ramos com
diâmetro superior a 3 cm, através de pincelamento, uma solução de oxicloreto de cobre
(10%). Todavia, naquelas em que se realizou a poda drástica, seus troncos e ramos
primários foram pintados com tinta acrílica látex branco, diluída a 50% logo após a
poda, para evitar a escaldadura (BITANCOURT, 1955; MOREIRA, 1941).
A B
32
A poda leve de condução, visou a eliminar lesões de leprose em ramos novos
que surgiram posteriormente à instalação do experimento (Figura 6).
Figura 6. Inspeção (A) e poda de ramos lesionados por leprose (B).
Nível de infestação do ácaro da leprose – foram realizados, quinzenalmente,
levantamentos populacionais visando a determinar o nível de infestação do acarino nas
plantas submetidas à poda leve e sem poda. Em cada parcela, foi amostrada a planta
central, da qual foram examinados, aleatoriamente, três frutos dentre aqueles
localizados no interior da copa das plantas e com presença de verrugose. Para tanto,
utilizou-se de uma lupa de campo de 10 vezes de aumento, aplicada para observar toda
a superfície do fruto. Considerou-se infestado o fruto que apresentava pelo menos um
ácaro (PATTARO, 2003). Na ausência de frutos, foram avaliados três ramos, em início
de suberificação, com aproximadamente 25 cm de comprimento, desprezando-se as
brotações.
Levantamento dos ácaros predadores – por ocasião das inspeções do ácaro
B. phoenicis, foram quantificados os ácaros predadores da espécie I. zuluagai e do
gênero Euseius, seguindo a metodologia utilizada para a inspeção do B. phoenicis.
Aplicação dos produtos – as pulverizações dos produtos naqueles tratamentos
que implicariam o uso do spirodiclofen e da calda sulfocálcica, basearam-se no nível de
controle do B. phoenicis, realizado quinzenalmente, nos tratamentos com poda leve e
A B
33
sem poda, com ou sem poda de condução. O nível de controle adotado foi de 8,33%
para todos os tratamentos nos quais constavam aplicações de acaricidas. Os produtos
utilizados foram: spirodiclofen, na dosagem de 20 ml p.c./ 100 L de água, e calda
sulfocálcica Fertibom®, na dosagem de 4.000 ml p.c./100 L de água, visando ao
controle de B. phoenicis.
Para as demais pragas, quando necessário, foram efetuadas aplicações de
produtos em toda a área experimental, dando-se preferência àqueles seletivos aos
ácaros.
As aplicações foram realizadas com um pulverizador “tipo pistola”, despendendo-
se um volume de calda suficiente para proporcionar uma completa cobertura das
plantas.
3.1 Avaliação quantitativa de danos nos frutos e da produção
Uma vez procedida a colheita em cada parcela, realizou-se, separadamente, a
pesagem dos frutos sadios e com lesões de leprose. Durante a condução do
experimento, quinzenalmente, foram coletados os frutos caídos que apresentavam
sintomas. Esses frutos foram pesados, e o resultado obtido em cada parcela foi
adicionado ao peso dos frutos que se encontravam lesionados retirados das plantas
mediante poda de condução, para cálculo das perdas de produção. O peso dos frutos
com presença de lesões da doença, retirados das plantas por ocasião da colheita,
foram pesados, e esses valores foram utilizados no cálculo da perda potencial.
Os dados resultantes das várias avaliações foram analisados pelo teste F, e as
médias, comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
34
3.2 Evolução e severidade da leprose dos citros
3.2.1 Avaliação da leprose em frutos
A avaliação da incidência da leprose nos frutos foi realizada mediante a
contagem do número de frutos lesionados obtidos por ocasião da colheita; número de
frutos caídos que apresentavam lesões, recolhidos quinzenalmente e número de frutos
com lesões que foram retirados das plantas mediante as podas de condução. Da
somatória do número desses frutos, obteve-se o total de frutos lesionados por
tratamento, que expressa a incidência da leprose em frutos. Nesses mesmos frutos,
avaliou-se a severidade da leprose mediante a contagem do número de lesões
presentes nos frutos. Da somatória do número de lesões dos frutos, obteve-se o total de
lesões por tratamento, que expressaram a severidade da doença em frutos.
3.2.2 Avaliação da leprose em planta inteira
A partir do mês de maio, em cada safra, realizou-se a avaliação da severidade
da leprose nas plantas, em todos os tratamentos, com base na escala visual de notas
modificada de RODRIGUES (2000, 2002) (Tabela 2). A escolha dessa época deve-se
ao fato de representar o período de maior expressão da doença.
Tabela 2. Escala visual de notas (0-5) para a avaliação da severidade da leprose em plantas de
citros.
(0) Ausência de lesões (1) Poucas lesões em qualquer órgão, restritas a um setor da planta; (2) Lesões em mais de um órgão e/ou distribuídas em mais de um setor da planta; (3) Lesões abundantes em todos os órgãos e bem distribuídas pela planta; (4) Lesões abundantes (toda planta) e queda de folhas e/ou frutos; (5) Anterior (4) + seca e morte de ramos.
Cada planta recebeu duas notas, de amostradores diferentes, das quais se
obteve a média, considerando-se, para tanto, somente as lesões que surgiram após a
instalação do experimento.
35
3.2.3 Análise dos resultados
Os dados relativos aos números de frutos lesionados e dos números de lesões
nestes frutos, bem como às notas atribuídas às plantas, foram transformados em alog
(x + 5) e submetidos à análise de variância de três fatores (podas x acaricidas x poda
de condução), com interação entre os fatores. O nível de significância dos testes foi de
� = 0,05.
3.3 Avaliação de custos do manejo:
Determinou-se o Custo Operacional Efetivo, que inclui a mão-de-obra, operações
de máquinas, adubos e corretivos, defensivos, empreita de colheita, serviço de terceiros
(arranque das plantas) e outros materiais (ferramentas, etc). Consideraram-se, ainda,
no custo total do manejo, a depreciação das máquinas e equipamentos, e os encargos
sociais.
Alguns custos não foram registrados por terem sido resultados de operações e
tratos culturais realizados indistintamente nos diferentes tratamentos como: roçadora,
adubação de manutenção, inseticidas e fungicidas utilizados. Também não consideram
os custos com transporte da produção até a indústria, bem como os gastos com
depreciação do pomar, encargos financeiros, referentes à infra-estrutura, técnico-
administrativo e valorização ou depreciação das terras.
O custo de cada uma das atividades desenvolvidas foi registrado, considerando
a terra (ha) como unidade, conforme sugere GONZÁLEZ et al. (1996). Nas operações
envolvendo máquinas e implementos, determinaram-se os custos por hora de trabalho
e o rendimento operacional do conjunto, com base nas fórmulas1:
1 Dados extraídos da S.A. Stefani Comercial – Concessionária Agrícola – Jaboticabal-SP. Baseado em PATTARO, F.C. Calda Sulfocálcica no Agrossistema Citrícola. 2003. 73p. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Entomologia Agrícola) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, 2003.
36
Para máquinas
Depreciação = VN – VF = d/ano = d/h VU/anos h uso/ano
Onde: VN - valor da máquina nova;
VF - valor final (20% do VN);
VU - vida útil (10 anos para tratores);
h - horas de uso por ano (1.000 h para tratores).
Custo com combustível (Cc) = Cm x Hp x Pl
Onde: Cm - consumo médio;
Hp - número de Hp do motor;
Pl - preço do litro do combustível.
Custo com lubrificantes (Cl) = 20% do Cc
Onde: Cl - custo com lubrificantes;
Cc - custo com combustível.
Custo com reparos e manutenção (Crm) = 10% VN/ano
1.000 h/ano Onde: VN – valor da máquina nova.
Para implementos e ferramentas
Depreciação (D) = VN – VF
VU Onde: VN - valor do implemento novo;
VF - valor final igual a zero (obsoleto);
VU - vida útil;
37
Custo com reparos e manutenção (Crm) = 1 a 5% VN/ano
Capacidade de trabalho efetiva (rendimento operacional)
Cte = V x L x Ef
10.000
Onde: Cte – capacidade de trabalho efetiva (hectare/hora);
V - velocidade do conjunto de trabalho (metro/hora);
L - largura de trabalho efetiva (metro);
Ef - coeficiente de eficiência.
Para as atividades manuais, determinou-se o custo da hora/homem,
considerando-se o salário do trabalhador acrescido de 43% a título de encargos
sociais2. O rendimento operacional foi determinado através do tempo registrado para
desenvolver cada atividade. No que tange ao tratamento replantio, o custo envolvido
nas operações manuais de implantação, tais como sulcagem da linha de plantio,
preparação de estacas e demarcação de covas, aberturas de covas, distribuição de
mudas, plantio e replantio, foi extraído do AGRIANUAL (2005).
2 Dados extraídos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaboticabal.
38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Produção e perdas
No período correspondente à primeira safra (2003-2004), B. phoenicis ocorreu
em nível populacional abaixo do estabelecido para o controle, razão pela qual não
foram realizadas aplicações dos acaricidas (Gráfico 1). Também não foram constatadas
lesões da doença em frutos e em qualquer outro órgão das plantas, por isso não foram
efetuadas podas de condução.
Gráfico 1. Porcentagem de infestação de B. phoenicis em plantas de laranja “Pêra” nos
tratamentos “poda leve” e “sem poda”, aplicações de acaricidas, colheita e condições ambientais. Reginópolis – SP. (novembro de 2003 a agosto de 2006).
0
100
200
300
400
500
600
700
N/0
3
J/04 M M J S N
J/05 M M J S N
J/06 M M J
Um
idad
e re
lati
va M
édia
Men
sal (
%)
Prec
ipit
ação
Men
sal (
mm
)
0
5
10
15
20
25
30
Tem
pera
tura
Méd
ia M
ensa
l (ºC
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
N/0
3
J/04 M M J S N
J/05 M M J S N
J/06 M M J
% d
e in
fest
ação
de
B. p
hoen
icis
calda sulfocálcica
spirodiclofen
sem acaricida
Colheita
39
É bem provável que a baixa infestação de B. phoenicis na área experimental seja
decorrente do eficiente controle realizado com acaricidas anteriormente à instalação do
experimento, assim como da influência negativa das chuvas, que ocorreram com
elevada intensidade durante esta safra (Gráfico 1). Segundo OLIVEIRA (1986), o
aumento populacional de B. phoenicis inicia-se nos meses de março-abril, com pico
populacional nos meses de setembro-outubro, diminuindo posteriormente em face do
aumento das precipitações que ocorrem a partir dos meses de novembro-dezembro.
Observou-se, também, redução da porcentagem de infestação de B. phoenicis
na ausência de controle a partir de janeiro de 2006, com menor nível em fevereiro de
2006 (Gráfico 1), período coincidente com a realização da segunda colheita da safra
2004-2005. Atribui-se essa redução à alteração do tipo de frutos amostrados, já que a
partir de janeiro a amostragem passou a incidir em frutos novos.
No tocante à ocorrência dos ácaros predadores Iphiseiodes zuluagai e Euseius
spp. (Phytoseiidae) (Gráfico 2), observou-se que, embora com baixa freqüência, essas
espécies foram afetadas negativamente pelos acaricidas spirodiclofen e calda
sulfocálcica nas dosagens utilizadas no experimento, pois, após o início das aplicações
dos acaricidas para o controle de B. phoenicis, realizadas a partir de março de 2005,
apenas 10,3% desses ácaros foram observados nas plantas tratadas com calda
sulfocálcica, 33,8% nas quais se aplicou spirodiclofen e 55,9% na testemunha. Em
termos percentuais, a calda sulfocálcica apresentou menor seletividade que o
spirodiclofen sobre I. zuluagai e Euseius spp., contudo, essa observação necessita ser
comprovada através de bioensaios de ação direta e residual sobre adultos e ação
ovicida.
40
Gráfico 2. Porcentagem de ocorrência de fitoseídeos em plantas de laranja “Pêra” nos
tratamentos “poda leve” e “sem poda”. Reginópolis – SP. (março de 2005 a agosto de 2006).
Decorrido o primeiro ciclo produtivo (safra 2003-2004) após a implantação do
experimento, constatou-se diferença significativa somente entre os tipos de poda
empregados às plantas cítricas, indicando que os demais fatores, acaricidas e poda de
condução, isolados ou associados, agiram de forma independente no tocante à
produção das plantas (Tabela 3).
Tabela 3. Resumo da análise de variância e teste de significância para as variáveis: tipos de
poda; acaricidas e poda leve de condução. Safra 2003-2004, Reginópolis- SP.
GL Quadrado médio Causas da variação produção Blocos 3 13.222,28**
Poda (A) 5 697.071,79**
Acaricidas (B) 2 369,22ns
Poda de condução (C) 1 167,46ns
A x B 10 1.444,25ns
A x C 5 526,94ns
B x C 2 224,27ns
A x B x C 10 1.592,78ns
Resíduo 105 2.625,98ns
CV % - 35,60 ns- não significativo ; (**) significativo a 1%.
10,29%
33,82%55,88%
calda sulfocálcica spirodiclofen sem acaricida
41
Nos tratamentos com poda drástica e replantio, a produção foi nula, em razão
da eliminação total da copa das plantas na drástica, e, no replantio, dada a idade das
plantas (Gráfico 3). A produção nas plantas podadas drasticamente recupera-se
gradativamente, com o decorrer dos anos, ao passo que as replantadas começarão a
produzir a partir do segundo ano, porém com rendimento máximo esperado entre o 6º e
o 8º ano (GONZÁLEZ et al., 1996).
Gráfico 3. Produção das plantas cítricas submetidas a diferentes tipos de poda. Reginópolis –
SP. Safras 2003-2004, 2004-2005 e 2005-2006 (parcial*).
Supõe-se que o tempo de recuperação da produção das plantas cítricas
submetidas à poda esteja relacionado com a sua idade, de modo que, quanto mais
nova a planta, mais rápida será a reconstituição da sua copa e, conseqüentemente, o
retorno da produção de frutos. Tal aspecto, todavia, deverá ser melhor elucidado.
Admite-se também que o tipo de poda influencia no tempo para que se atinja a plena
produtividade, uma vez que, quanto mais severa aquela, maior será o lapso necessário
para a reconstituição integral da copa, redundando na demora da produção.
As produções auferidas nas plantas submetidas às podas intermediárias, com ou
sem lesões, foram inferiores às sem poda e às submetidas à poda leve. Entre as podas
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
Drá
stic
a
Int.
s/le
sões
Int.
c/le
sões
Leve
Sem
pod
a
Rep
lant
io
Drá
stic
a
Int.
s/le
sões
Int.
c/le
sões
Leve
Sem
pod
a
Rep
lant
io
Drá
stic
a
Int.
s/le
sões
Int.
c/le
sões
Leve
Sem
pod
a
Rep
lant
io
kg/h
a
a a
a a a
aa a
c
b
d c
b
dd
dd
c
bd
e
safra 2003 -2004 safra 2004 -2005 safra 2005-2006*
42
intermediárias, com e sem lesões de leprose, observaram-se diferenças de produção,
sendo menor nas plantas submetidas à poda intermediária sem lesões. Provavelmente,
tal ocorrência esteja ligada à maior remoção de material vegetativo. Essas plantas
apresentaram menor enfolhamento na parte baixa da copa (“saia”), concentrando a
produção de frutos nos ramos localizados principalmente no seu topo.
Embora esse aspecto não tenha sido objeto de quantificação, observou-se que
os frutos produzidos pelas plantas submetidas às podas intermediárias e à poda
drástica apresentaram melhor qualidade, aparentemente maiores que os produzidos
pelas plantas submetidas à poda leve e sem poda. De acordo com GONZÁLEZ et al.
(1996), as podas mais severas proporcionam colheita de frutos maiores e de melhor
aproveitamento comercial que os obtidos em plantas não-podadas.
Levando-se em consideração a produção, nesta safra, a poda intermediária
intensa sem lesões, ou seja, aquela em que se eliminaram todos os ramos com lesões
de leprose, mostrou-se vantajosa frente à poda drástica e replantio, uma vez que a
produção das plantas não foi reduzida totalmente na safra seguinte, além de eliminar
totalmente o foco da doença.
Verificou-se que as medidas adotadas nas plantas submetidas à poda leve, com
a retirada de pequena porção de ramos lesionados e secos em decorrência da leprose
e de ramos com crescimento vertical, não interferiram na produção, cujo resultado foi
semelhante à das plantas não-podadas.
A abertura de “janelas” nas plantas submetidas à poda leve promoveu grande
brotação interna, possivelmente, em virtude da maior incidência de luz no interior da
copa. No entanto, passados 2 a 3 meses da realização da poda, essas aberturas se
fecharam e, devido à falta de iluminação, vários ramos secaram, e os que
permaneceram, por sua vez, não se desenvolveram. Esta constatação corrobora a
obtida por AZNAR (1998).
Relevante destacar que os ramos secos e os pouco desenvolvidos no interior
das plantas dificultam a penetração da calda, prejudicam a distribuição das gotas de
pulverização internamente na copa e servem de abrigo para criatório de pragas. De
maneira geral, o excesso de brotações proporcionado pela poda favoreceu a ocorrência
43
de pulgões, mosca-branca e larva-minadora, o que motivou a pulverização de toda área
experimental com agrotóxicos seletivos aos ácaros, mesmo naquelas em que os insetos
não estavam presentes.
A diferença de produtividade entre os tratamentos pode ser atribuída ao tipo de
poda, que variou na quantidade de remoção de ramos. Notou-se, assim, que a
produtividade é inversamente proporcional à severidade da poda, ou seja, quanto mais
intensa a poda, menor a produção na safra subseqüente. Essa relação também foi
verificada por FUCIK (1978); INTRIGLIOLO et al. (1988); SILVEIRA et al. (1994).
Da análise da Tabela 4, referente à safra de 2004-2005, infere-se que não houve
interação entre os fatores estudados, indicando que esses agiram de forma
independente quanto aos aspectos avaliados. Quanto à produção, houve significância
nos testes entre tipos de poda e entre os acaricidas para peso de frutos com lesões de
leprose.
Tabela 4. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de poda, acaricidas e poda leve de condução. Safra 2004 -2005, Reginópolis, SP.
GL Quadrados médios Causas da variação produção Perda de produção devido a leprose*** Blocos 3 4.776,10** 0,2540ns
Podas (A) 5 313.609,52** 0,1113ns
Acaricidas (B) 2 920,21ns 0,5015*
Poda de condução (C) 1 44,83ns 0,0296ns
A x B 10 716,42ns 0,0394ns
A x C 5 633,00ns 0,0314ns
B x C 2 39,98ns 0,1894ns
A x B x C 10 880,23ns 0,0627ns
Resíduo 105 661,62 0,1111 CV (%) 18,07 19.68 ns- não significativo ; (**) significativo a 1%; (*) significativo a 5% de probabilidade; (***) transformados alog (x+5)
De maneira geral, a produção na safra de 2004-2005 foi menor que na safra de
2003-2004. Esta alternância de safra (Gráfico 3) pode ser observada quando se
compara o tratamento sem poda entre os dois ciclos. Isso se deve, provavelmente, às
condições climáticas (HIELD & HILGEMAN, 1969), à carência de carboidratos (SMITH,
44
1976), a fatores hormonais (BECERRA & GUARDIOLA, 1987) e à carência de minerais
(STEWART et al.,1968).
Com exceção dos tratamentos com poda drástica e replantio, cuja produção foi
menor nesta segunda safra, nos demais tratamentos, as diferenças médias de
produção permaneceram similares em ambas as safras. Nos tratamentos onde as
podas foram intermediárias, a produtividade cresceu, não obstante tenha sido uma
safra de menor produção. Estes resultados diferem daqueles obtidos por BITANCOURT
(1955); BARRETO & PAVAN (1995) e GRAVENA (2005), que sugerem que as plantas
recuperam a produtividade original dois anos após as podas. Como já destacado, é
provável que o tempo necessário para a recuperação da produção original das plantas
podadas seja atribuído à intensidade da poda e à idade das plantas.
A redução na produção apresentada nos tratamentos com podas mais severas
também pode ser explicada, em parte, pela época da execução das podas, já que
foram realizadas no mês de outubro de 2003, quando a planta ainda apresentava frutos
da terceira florada, assim como frutos novos da safra 2004, em desenvolvimento,
eliminando, assim, grande parcela da produção.
Ao final da segunda safra, as maiores produções foram obtidas nas plantas não-
podadas ou submetidas à poda leve. Nas plantas que receberam podas mais severas,
tanto a produção quanto a recuperação da área de projeção da copa foram menores
que naquelas que receberam podas mais leves o que coincidiu com as constatações de
SILVEIRA et al. (1994).
Observou-se, ainda, que nenhum dos tipos de poda utilizados aumentou a
produtividade das plantas comparativamente às não-podadas. Dados semelhantes
foram obtidos por LEWIS & MCCARTY (1973), que afirmam que a poda não é essencial
para o crescimento, tampouco para a produção das plantas cítricas.
Observa-se, na Gráfico 4, que, na ausência de controle do ácaro, houve maior
queda de frutos por planta em comparação aos tratamentos nos quais se aplicou o
acaricida spirodiclofen. Nos tratamentos onde o controle foi realizado com calda
sulfocálcica, a média de queda dos frutos não diferiu significativamente do observado
na testemunha e no controle com spirodiclofen.
45
Gráfico 4. Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com
acaricidas, independentemente dos tipos de poda. Reginópolis – SP. Safra 2004-2005.
Os dados auferidos de produções, contidos na Tabela 5 (safra de 2005-2006),
demonstram significância estatística para tipos de poda. Entretanto, quanto ao aspecto
da perda potencial de frutos lesionados, verifica-se significância para os fatores poda e
acaricida, e interação entre eles. No que tange ao aspecto perda de produção,
constata-se significância para os fatores poda e acaricida. O fator poda de condução,
bem como as possíveis interações com os demais fatores não foram significativos
quanto os aspectos avaliados.
012345678
sem acaricida calda sulf. spirodiclofen
kg/p
lant
a
safra 2004-2005
a ab b
46
Tabela 5. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de poda, acaricidas e poda leve de condução. Safra 2005-2006 (parcial), Reginópolis, SP.
GL Quadrados médios Causas da variação Produção Perda potencial de
frutos lesionados* Perda de produção devido a leprose*
Blocos 3 28.148,44** 1.822,60** 2,47** Podas (A) 5 299.041,78** 2.619,30** 2,10** Acaricidas (B) 2 13.904,23ns 15.300,90** 14,22**
Poda de condução (C) 1 9.132,66ns 0,8771 ns 1,14 ns
A x B 10 7.432,03ns 0,9962** 0,9395 ns A x C 5 3.938,28ns 0,2211 ns 0,2548 ns
B x C 2 1.489,22ns 0,8798 ns 0,1325 ns
A x B x C 10 1.876,07ns 0,2375 ns 0,1577 ns
Resíduo 105 6.523,55 0,3762 0,4934 CV (%) 37,31 27,31 32,31 ns- não significativo ; (**) significativo a 1% ; (*) transformados alog (x+5)
Ao término da principal colheita de frutos da terceira safra (2005-2006) verificou-
se que as maiores produções foram obtidas nas plantas não-podadas, submetidas à
poda leve e às intermediárias (Gráfico 3). Embora as plantas submetidas às podas
intermediárias tenham se igualado em produção às plantas não-podadas, suas copas
ainda não foram completamente reconstituídas.
As plantas que receberam poda drástica não recuperaram integralmente sua
produtividade, sendo menores que as submetidas aos demais tipos de poda. No
tratamento de replantio, registrou-se a menor produção, inferior a 1 t ha-1 (Gráfico 3).
Nesta safra, à semelhança das anteriores, as plantas que receberam podas mais
severas, continuaram a produzir frutos de melhor qualidade, que, segundo PETTO
NETO (1991) e GONZÁLEZ et al. (1996), essa melhoria é notada até quatro anos após
as podas. É bem provável que a recuperação da produção das plantas submetidas às
podas mais severas esteja relacionada, em parte, ao ganho qualitativo.
Através da Gráfico 1, verifica-se que o aumento populacional de B. phoenicis na
área não-tratada com acaricida (testemunha) coincidiu com a menor precipitação
verificada entre os meses de março a setembro de 2005 e abril a julho de 2006.
Com o aumento populacional do acarino, independentemente do tipo de poda,
houve a necessidade de realizar dez aplicações de calda sulfocálcica, contra apenas
47
três de spirodiclofen, para controlar o ácaro da leprose durante o período de 16 meses.
Verifica-se que, mesmo realizando dez aplicações de calda sulfocálcica, a infestação de
B. phoenicis manteve-se sempre próxima do nível de controle, evidenciando a baixa
eficiência residual do produto. Resultado semelhante foi obtido por PATTARO (2003),
em condições de laboratório, sobre adultos dessa espécie em frutos de citros.
O excessivo número de aplicações de calda, além de outros inconvenientes,
poderá aumentar os custos de manejo da leprose, mesmo nas áreas de produção
orgânica de citros, nas quais as opções de controle com acaricidas são restritas.
As aplicações de calda sulfocálcica e spirodiclofen não evitaram que surgissem
frutos lesionados, contudo as maiores quantidades foram observadas nos tratamentos
sem acaricida que alcançaram, em média, 7,5 kg planta-1 (Gráfico 5). De acordo com
BITANCOURT (1955), as aplicações de calda sulfocálcica reduzem substancialmente a
ocorrência da leprose, mas não evitam o aparecimento de lesões em qualquer órgão da
planta.
Gráfico 5. Perda potencial de frutos com lesões de leprose independentemente dos tipos de
poda, nos tratamentos com e sem acaricidas. Reginópolis – SP. Safra 2005-2006 (parcial*).
Os tipos de podas praticadas nas plantas cítricas influenciaram na perda
potencial de frutos lesionados pela leprose, com menor intensidade no tratamento de
replantio. É provável que a diferença constatada entre o tratamento de replantio e os
demais tipos de poda esteja associada ao tamanho da copa das plantas, já que o
012345678
sem acaricida calda sulf. spirodiclofen
kg/p
lant
a
safra 2005-2006*
a
b
c
48
menor enfolhamento não propicia condições ideais de abrigo para o desenvolvimento
de B. phoenicis (Gráfico 6).
Gráfico 6. Perda potencial de frutos com lesões de leprose nos diferentes tipos de poda, independentemente dos acaricidas. Reginópolis – SP. Safra 2005-2006 (parcial*).
A perda potencial de frutos, devido às lesões de leprose, é oriunda da interação
poda x acaricida (Tabela 6). Com exceção da poda leve e replantio, onde não se
constataram diferenças entre os acaricidas aplicados e ausência de controle, nos
demais tipos de poda, a perda potencial aumentou na ausência de controle de B.
phoenicis.
Tabela 6. Perda potencial de peso de frutos lesionados por leprose, nas interações dos fatores
podas x acaricidas. Safra 2005-2006 (parcial). Reginópolis-SP.
Peso total de frutos lesionados (kg planta-1) Tipos de poda Acaricidas Drástica Int. s/ lesões Int. c/ lesões Leve Sem poda Replantio sem acaricida 8,43 a AB 8,44 a AB 12,61 a A 4,66 a BC 10,90 a AB 0,15 a C spirodiclofen 0,25 b A 0,60 b A 1,28 b A 1,22 a A 0,06 b A 0,00 a A calda sulf. 0,27 b A 2,84 b A 3,35 b A 4,20 a A 1,07 b A 0,00 a A
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
De maneira geral, as podas influenciaram, significativamente, na perda potencial
de frutos ocasionada pela leprose nos tratamentos sem acaricidas (Tabela 6).
012345678
Drá
stic
a
Int.
s/le
sões
Int.
c/le
sões
Leve
Sem
poda
Rep
lant
io
kg/p
lant
a
aa
a
aa
b
safra 2005-2006*
49
Nas podas intermediárias, drástica e sem poda, constaram-se as maiores
perdas. Na poda leve, a perda potencial não diferiu da poda intermediária sem lesões,
drástica e sem poda. A menor perda potencial de frutos lesionados foi observada nos
tratamentos de replantio e poda leve, inferior a 5 kg planta-1.
Os resultados referentes às perdas de produção ocasionadas pela leprose, nos
diferentes tipos de poda, independentemente do acaricida utilizado, mostram que
plantas submetidas à poda intermediária com lesões e sem poda foram as que
apresentaram maiores perdas, embora não diferentes significativamente das podas
drástica, intermediária sem lesões e leve. A menor perda foi observada nas plantas
replantadas, embora essa perda não tenha diferido das verificadas nos tratamentos de
poda intermediária sem lesões, drástica e leve (Gráfico 7).
Gráfico 7 - Perda de produção causada pela leprose, nos diferentes tipos de poda,
independentemente dos acaricidas. Reginópolis – SP. Safra 2005-2006 (parcial*).
Embora as podas drástica e intermediária sem lesões e o replantio tenham
eliminado completamente a leprose das plantas, os sintomas da doença reapareceram
com lesões em frutos e queda dos mesmos. De acordo com BITANCOURT (1955), os
sintomas da doença podem reaparecer em plantas podadas devido a ácaros
provenientes de outras árvores não-podadas, ou mesmo pela multiplicação dos poucos
ácaros que se mantiveram nas plantas após a poda.
012345678
Drá
stic
a
Int.
s/le
sões
Int.
c/le
sões
Leve
Sem
poda
Rep
lant
io
kg/p
lant
a
b
aab
ab
a
ab
safra 2005-2006*
50
A perda de produção devido à queda de frutos, independentemente do tipo de
poda realizado, foi maior nos tratamentos nos quais se aplicou calda sulfocálcica que
naquelas com spirodiclofen (Gráfico 8).
Gráfico 8 - Perda de produção causada pela leprose, em plantas tratadas ou não com
acaricidas, independentemente do tipo de poda. Reginópolis – SP. Safra 2005-2006 (parcial*).
Esses dados corroboram os obtidos por PATTARO et al. (2004), que
constataram baixa eficiência residual e ovicida da calda sulfocálcica para o B.
phoenicis. De acordo com OLIVEIRA & PATTARO (2004ab), o acaricida spirodiclofen
controla eficientemente todas as fases de vida do ácaro da leprose.
A perda de produção nas plantas submetidas às podas e sem poda,
pulverizadas ou não com acaricidas, pode ser maior à medida que se retarde a colheita,
haja vista a grande quantidade de frutos com lesões de leprose presentes nas plantas
no momento da colheita. Em pomares com alta severidade da doença, recomenda-se a
antecipação da colheita para diminuir as perdas na produção em decorrência da queda
de frutos.
Os resultados de produção apresentados na terceira safra (2005-2006) são
parciais, no entanto bem consistentes, pois são relativos à principal colheita dos frutos,
restando uma pequena parte a ser colhida até fevereiro de 2007. O experimento deverá
ser conduzido por mais alguns anos até que as replantas atinjam a máxima
produtividade.
012345678
sem acaricida calda sulf. spirodiclofen
kg/p
lant
aa
b
c
safra 2005-2006*
51
4.2 Evolução e severidade da leprose dos citros
No decorrer da primeira safra (2003-2004) após a poda, B. phoenicis ocorreu em
baixa população, sempre inferior ao nível de controle adotado no experimento (8,33%),
sem que houvesse a necessidade de controlá-lo (Gráfico 1).
É bem provável que a baixa infestação de B. phoenicis na área experimental seja
decorrente do eficiente controle realizado com acaricidas, aplicados anteriormente à
instalação do experimento na área e em talhões vizinhos. Segundo BASSANEZI (2004),
a infestação do ácaro num talhão, com possível surgimento de sintomas da doença,
ocorre, na maioria das vezes, nas bordas, com ácaros provenientes de talhões vizinhos
mediante a ação dos ventos. A baixa infestação de B. phoenicis coincidiu com o período
das chuvas, que ocorreram com alta intensidade durante esta safra, influenciando
negativamente na população do acarino (Gráfico 1).
De acordo com OLIVEIRA (1986), o aumento populacional de B. phoenicis inicia-
se nos meses de março-abril, com pico populacional em setembro-outubro, e
diminuindo posteriormente, em face do aumento das precipitações que ocorrem a partir
dos meses de novembro-dezembro.
Ao término da safra 2003-2004, embora tenha sido constatada a presença do
ácaro na área, porém em baixo nível populacional, não foram observadas lesões de
leprose em ramos, folhas ou frutos das plantas pertencentes aos diferentes
tratamentos.
A partir de março de 2004, a população de B. phoenicis atingiu o nível de
controle, favorecido pela ausência de aplicações de acaricidas no período
correspondente à safra 2003-2004. Com o aumento populacional do acarino, surgiram
novas lesões da doença em ramos, folhas e frutos das plantas submetidas aos
diferentes tipos de poda, contudo, em pequena quantidade. Segundo THRESH (1974),
citado por RODRIGUES (1995), a velocidade de disseminação do vírus entre plantas
depende do tamanho e da mobilidade da população do vetor, e a velocidade de
aumento da doença é proporcional à quantidade de tecido lesionado e à quantidade de
tecido sadio disponível (RODRIGUES, 2000; 2002).
52
Os dados relativos ao número de frutos lesionados, número de lesões de leprose
nos frutos e as notas de severidade da doença atribuída às plantas cítricas, durante três
safras, encontram-se na Tabela 7.
Tabela 7. Resumo da análise de variância e testes de significância para as variáveis, tipos de
poda, acaricidas e poda leve de condução. Safras 2004-2005 e 2005-2006, Reginópolis-SP.
Quadrados médios Causas da variação GL No frutos lesionados*** No lesões*** severidade da leprose
nas plantas ***
Safras 2004-2005 2005-2006 2004-2005 2005-2006 2004-2005 2005-2006 Blocos 3 2,284* 7,252** 13,051* 19,821** 0,006* 0,012ns
Podas (A) 5 0,818ns 17,140** 6,205ns 47,483** 0,003* 0,023ns
Acaricidas (B) 2 3,241* 84,607** 9,302ns 204,170** 0,002ns 0,278**
Poda condução (C) 1 0,025ns 1,353ns 0,049ns 2,597ns 0,013** 0,552**
A x B 10 0,254ns 4,448** 1,288ns 12,108** 0,001ns 0,012ns
A x C 5 0,190ns 0,411ns 0,744ns 1,805ns 0,004* 0,023ns
B x C 2 0,889ns 0,245ns 1,539ns 0,606ns 0,002ns 0,278**
A x B x C 10 0,477ns 1,007ns 2,138ns 2,041ns 0,001ns 0,012ns
Resíduo 105 0,751 1,523 3,286 4,629 0,002 0,012 CV (%) 46,79 36,62 82,55 48,27 2,51 6,68
ns- não-significativo ; (**) significativo a 1% e a (*) 5% de probabilidade; (***) transformados alog (x+5)
Da análise da Tabela 7, constata-se que houve significância nos testes para
acaricidas na safra 2004-2005, e tipos de poda, acaricidas e interação entre estes
fatores na safra 2005-2006, quanto ao número de frutos lesionados e ao número de
lesões de leprose nos frutos. No tocante à severidade da leprose nas plantas, na safra
2004-2005, os testes foram significativos para os fatores poda, poda de condução e na
interação destes fatores. Entretanto, na safra 2005-2006, observou-se significância nos
testes para os fatores acaricidas, poda de condução e interação entre estes fatores.
O alto coeficiente de variação dos testes para os fatores número de frutos
lesionados e número de lesões, provavelmente, esteja relacionado à distribuição
agregada de plantas com sintomas da doença, bem como a do ácaro. Num mesmo
tratamento, constatou-se parcela com alta quantidade de frutos lesionados, com
inúmeras lesões, enquanto em outras os frutos se encontravam sadios.
Nos levantamentos realizados na safra 2005-2006, verifica-se melhor distribuição
de B. phoenicis na área experimental, nas plantas pertencentes aos tratamentos não-
53
tratados com acaricidas, contudo as plantas com sintomas da doença encontram-se
ainda com distribuição agregada, concentradas nas proximidades do foco inicial do
acarino. Pode-se perceber que a leprose é uma doença de disseminação lenta,
dependente do tamanho e mobilidade da população do ácaro virulífero, bem como da
fonte de inóculo.
BASSANEZI (2004), em estudos realizados em pomares comerciais, sem
controle químico, mostrou que a distribuição de plantas com o ácaro da leprose
apresenta padrões espaciais menos agregados, muitas vezes aleatórios. À medida que
a população acarina aumenta, ocorre predominância do movimento do ácaro para
dentro do talhão, principalmente entre plantas próximas, o que origina padrões mais
agregados da doença, fato dependente da presença de ácaros virulíferos. Destaca,
ainda, que o controle químico, bem como a colheita de frutos, pode modificar estes
padrões espaciais.
No Gráfico 9, observa-se a influência dos tipos de poda (A) e acaricidas (B) no
número de frutos lesionados por leprose.
Gráfico 9 - Total de frutos lesionados por leprose nos diferentes tipos de poda,
independentemente dos acaricidas (A); total de frutos lesionados por leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B).
Ao término da safra 2003-2004, não foram observados frutos lesionados pela
doença, contudo foram constatados posteriormente, nas safras de 2004 a 2006.
02.0004.0006.0008.000
10.00012.00014.00016.00018.000
2004-2005 2005-2006
Tot
al d
e fr
utos
lesi
onad
os/T
rata
men
to
DrásticaInt. s/ lesõesInt. c/ lesõesLeveSem podaReplantio
a a a
a
(A)
02000400060008000
1000012000140001600018000
2004-2005 2005-2006
Tota
l de
fruto
s le
sion
ados
/Tra
tam
ento
calda sulf.spirodiclofensem acaricida
ab ba
b
c
a
(B)
a a a
a a
a
a
b
54
Independentemente do acaricida utilizado, a doença evoluiu nas plantas submetidas às
podas, safra após safra, tendo sido menos severa no tratamento replantio
comparativamente aos tipos de poda (Gráfico 9A).
É bem provável que a maior quantidade de frutos lesionados por leprose,
observada nos tratamentos submetidos às podas, exceção ao replantio, esteja
relacionada ao estádio fenológico dessas plantas, que apresentam copa maior e mais
densa, ao contato entre as plantas vizinhas, à maior quantidade de frutos, bem como à
maior quantidade de ramos suberificados, condições possivelmente mais favoráveis à
sobrevivência e ao desenvolvimento de B. phoenicis.
De acordo com BASSANEZI et al. (2005), em pomares em formação, os locais
mais prováveis de se encontrarem os ácaros são os ramos, principalmente nas
bifurcações e nos locais onde ocorram saliências e reentrâncias. OLIVEIRA (1986)
destaca que B. phoenicis, em plantas em franca produção, incide com maior intensidade
em frutos, em média 95,2%, seguido pelas folhas velhas (4,3%) e apenas 0,5% nas
novas, sem considerar os ramos.
Ao término da safra 2004-2005, observou-se maior severidade da leprose em
frutos de plantas que não receberam aplicações de acaricidas, comparativamente
àquelas tratadas com spirodiclofen e com calda sulfocálcica (Gráfico 9B). As plantas
que receberam aplicações de calda sulfocálcica, comportaram-se de maneira
intermediária quanto ao número de frutos lesionados pela leprose.
A leprose apresentou uma progressão da safra 2004-2005 para 2005-2006,
tornando mais evidente a influência dos acaricidas quanto à severidade da doença, pois
foi maior na ausência de controle de B. phoenicis, em comparação aos tratamentos com
calda sulfocálcica e spirodiclofen (Gráfico 9B).
Não obstante ter sido menor a quantidade de frutos lesionados, nos tratamentos
com acaricidas, estes não evitaram o surgimento de novas lesões da doença,
principalmente naquelas plantas que receberam aplicações de calda sulfocálcica, a
despeito do número excessivo de aplicações.
Bioensaios realizados por PATTARO (2003) mostram que a calda sulfocálcica
apresenta curta ação residual e baixa eficiência ovicida.
55
A presença de plantas sem aplicação de acaricidas (testemunhas) muito
próximas ou em contato com as que receberam aplicações de acaricidas, parece ter
sido determinante para o aparecimento de lesões em frutos nas plantas tratadas. Estes
resultados ressaltam a importância de focos de B. phoenicis na reinfestação das plantas
tratadas com acaricidas, bem como o contato dessas plantas.
Trabalho realizado por RODRIGUES (2002), para verificar a dinâmica da leprose
em pomar de citros, mostrou que o crescimento da doença se dá entre as plantas no
sentido da linha, sugerindo que devido a distância entre as plantas neste sentido ser
menor, os ácaros poderiam atingi-las com mais facilidade.
Da análise da Tabela 8, referente à safra 2005-2006, infere-se que a quantidade
de frutos lesionados pela leprose depende do tipo de poda e dos acaricidas utilizados.
Tabela 8. Médias de frutos lesionados por leprose, nas interações dos fatores podas x
acaricidas. Safra 2005-2006 (parcial). Reginópolis-SP.
1Médias de frutos lesionados / Tratamento Tipos de poda Acaricidas Drástica Int. s/ lesões Int. c/ lesões Leve Sem poda Replantio Sem acaricida 5,45 a A 5,37 a A 6,08 a A 4,65 a A 5,11 a A 2,02 a B spirodiclofen 2,14 b A 2,43 b A 2,12 c A 2,70 b A 1,87 b A 1,60 a A Calda sulf. 2,27 a BC 4,24 a A 3,65 b AB 3,96 ab AB 3,31 b ABC 1,60 a C
Total de frutos lesionados por leprose seguidos pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 1Médias transformadas em alog (x + 5).
Constata-se, com exceção do tratamento replantio, que os tipos de poda são
influenciados pelos acaricidas utilizados no tocante ao total de frutos lesionados pela
leprose, que aumenta na ausência de controle.
Deve-se destacar que, na poda drástica, na intermediária sem lesões e na leve,
as aplicações de calda sulfocálcica não reduziram a quantidade de frutos lesionados,
em cotejo com as plantas onde não se procedeu ao controle. De modo geral, o menor
número de frutos lesionados foi observado nas podas associadas com o acaricida
spirodiclofen.
No que tange à influência dos tipos de poda no número total de frutos
lesionados, na ausência de acaricida, o tratamento replantio apresenta menor número
56
de frutos lesionados comparativamente aos demais tipos de poda; isto se deve
principalmente em razão da baixa produtividade das plantas, por serem novas, e da
menor infestação do acarino. Relativamente ao acaricida spirodiclofen, não foi
constatada influência das podas quanto ao aspecto avaliado. Quando o controle foi
realizado com calda sulfocálcica, os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos
replantio, poda drástica e sem poda.
Gráfico 10 - Total de lesões em frutos, decorrentes da leprose, nos diferentes tipos de poda,
independentemente dos acaricidas (A); total de lesões em frutos, decorrentes da leprose, em plantas tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B).
De maneira semelhante à avaliação em número de frutos lesionados, a leprose
também evoluiu em número de lesões nos tratamentos com ou sem poda, na presença
ou ausência de controle, nas safras de 2003 a 2006 (Gráfico 10). Nota-se, no Gráfico
10A, que a severidade da leprose foi maior em frutos de plantas submetidas às podas
na safra 2005-2006 que nos frutos das replantas. Isso ocorreu, possivelmente, porque
os ácaros encontram melhores condições de sobrevivência em plantas maiores, em
plena produção.
O número de lesões de leprose nos frutos pode determinar sua queda, bem
como sua perda. NANTES & ATIQUE (1993) avaliaram, durante quatro safras, a relação
entre a leprose e a queda de frutos na cultura dos citros. Embora os autores não
tenham conseguido quantificar exatamente essa relação, observaram que o aumento do
número de lesões por fruto favorece sua queda.
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2004-2005 2005-2006
Tota
l de
lesõ
es/T
rata
men
to
DrásticaInt. s/ lesõesInt. c/ lesõesLeveSem podaReplantio
a a a
a a
a a
b a
a
a
(A)
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2004-2005 2005-2006
Tota
l de
lesõ
es/T
rata
men
to calda sulf.
spirodiclofen
sem acaricida
a a
a
c
a
(B)
ba
57
Quanto à influência dos acaricidas na severidade da leprose, avaliada em
número de lesões, observa-se, no Gráfico 10B, que a leprose foi menos severa em
frutos de plantas que receberam aplicação de acaricidas durante a safra 2005-2006,
com menor número de lesões em plantas tratadas com spirodiclofen.
Os resultados referentes ao número de lesões de leprose em frutos, decorrentes
da interação dos fatores podas e acaricidas, encontram-se na Tabela 9.
Tabela 9. Médias de lesões de leprose em frutos, por tratamento, nas interações dos fatores
podas x acaricidas. Safra 2005-2006 (parcial). Reginópolis-SP.
1Médias de lesões de leprose / Tratamento Tipos de poda Acaricidas Drástica Int. s/ lesões Int. c/ lesões Leve Sem poda Replantio Sem acaricida 8,02 a A 7,96 a A 8,57 a A 7,05 a A 7,05 a A 2,02 a B spirodiclofen 2,08 b A 3,59 b A 2,29 b A 2,67 b A 2,67 b A 1,60 a A calda sulf. 2,62 b BC 5,09 b AB 4,50 b ABC 4,48 b A 4,48 b ABC 1,60 a C
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 1Médias transformadas em alog (x + 5).
De maneira geral, observou-se maior severidade da doença na ausência de
controle de B. phoenicis, independentemente do tipo de poda praticada, com exceção
do tratamento replantio, onde não se constatou diferença entre utilizar ou não acaricida
no controle do acarino. Na ausência de controle de B. phoenicis, a leprose foi mais
severa em frutos de plantas submetidas à poda em comparação ao tratamento
replantio; isto se deve às mesmas razões aventadas quanto ao número de frutos
lesionados.
Realizando-se o controle do ácaro da leprose com spirodiclofen, não se observa
a influência dos tipos de poda quanto à severidade da leprose avaliada através do
número de lesões. Diferentemente, quando o controle foi realizado com calda
sulfocálcica, a leprose foi mais severa nos tratamentos poda leve, intermediárias e sem
poda. As plantas submetidas a esses tipos de poda apresentaram um volume de copa
maior que o proporcionado pela poda drástica e replantio.
58
No Gráfico 11, observa-se a evolução da leprose nas safras de 2004-2006
avaliada na planta como um todo, submetida aos diferentes tipos de poda, tratadas ou
não com acaricidas.
Gráfico 11 – Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas a diferentes tipos de poda, independentemente da aplicação ou não de acaricidas (A); severidade de leprose em plantas de laranja, tratadas ou não com acaricidas, independentemente dos tipos de poda (B).
Independentemente do acaricida utilizado, observa-se no Gráfico 11A, na safra
2004-2005, maior severidade de leprose em plantas que receberam poda leve em
relação àquelas submetidas à poda intermediária sem lesões e ao replantio, muito
embora estas não tenham diferido dos demais tipos. Na safra 2005-2006, a leprose foi
mais severa nas plantas submetidas aos diferentes tipos de poda, não havendo
distinção entre elas.
No que diz respeito à influência dos acaricidas quanto à severidade da leprose,
verifica-se que aplicações de calda sulfocálcica e spirodiclofen mantiveram o nível de
infecção de leprose das plantas abaixo daquele observado na ausência de controle.
Quanto à influência da poda de condução na severidade da doença, o Gráfico 12
mostra um menor comprometimento das plantas com a doença, naquelas que
receberam poda de condução, comparativamente àquelas sem poda de condução, nas
safras de 2004 a 2006.
00,20,40,60,8
11,21,41,61,8
2
2004-2005 2005-2006
Méd
ia/P
lant
a
DrásticaInt. s/ lesõesInt. c/ lesõesLeveSem podaReplantio
ab b
a
ab b
a a
a
(A)
a
a
a ab 0
0,20,40,60,8
11,21,41,61,8
2
2004-2005 2005-2006M
édia
/Pla
nta
calda sulf.spirodiclofensem acaricida
(B)
a a a
a
b
b
59
Gráfico 12 – Severidade de leprose em plantas de laranja, submetidas ou não à poda de
condução, independentemente dos tipos de poda e aplicação ou não de acaricidas.
Muito embora a ausência de lesões de leprose nos ramos das plantas que
receberam poda de condução, tenha sido o resultado esperado, uma vez que o objetivo
desta prática foi eliminar fontes de inóculo do vírus que surgiram após a instalação do
experimento, em frutos, tais resultados não se repetiram. Não se constatou diferença
entre utilizar ou não a poda de condução no tocante à severidade da leprose em frutos,
quer seja avaliada pelo número de frutos lesionados, quer seja pelo número de lesões
da doença nos frutos.
Provavelmente, essa constatação possa ser explicada pelo fato de os ácaros
preferirem os frutos para se alimentar e formar colônias, aumentando sua população à
medida que os frutos se desenvolvem, bem como pelo fato de a leprose demorar a
expressar seus sintomas que segundo CHIAVEGATO et al. (1982), podem surgir até 60
dias após a inoculação do vírus no tecido vegetal pelo B. phoenicis.
Durante as vistorias quinzenais para retirada de ramos e frutos com sintomas da
doença, possivelmente havia frutos assintomáticos que permaneceram nas plantas por
um período maior, até expressarem sintomas, proporcionando condições para os ácaros
adquirirem e disseminarem a doença.
As vistorias para a constatação do foco inicial da doença e a retirada mediante
poda de condução apresentam algumas dificuldades, principalmente em plantas com
00,20,40,60,8
11,21,41,61,8
2
2004-2005 2005-2006
Méd
ia/P
lant
a
C/ poda de conduçãoS/ poda de condução
a b
a
b
60
copas densas. Muitas vezes, o foco inicial só é percebido quando já ocorreram quedas
de frutos em um setor da planta. A não-constatação inicial da doença pode acarretar
uma poda mais severa e, como conseqüência, reduzir a produtividade da planta.
Constatando-se sintomas da doença em uma planta, é recomendável proceder à
poda no sentido de evitar o contato desta com as plantas vizinhas para dificultar a
disseminação da doença, haja vista que a progressão da leprose se dá principalmente
entre plantas na linha de plantio, conforme verificado por RODRIGUES (2002).
Há que se destacar, ainda, que em algumas plantas não-tratadas com acaricidas,
os sintomas da leprose podem reaparecer após a poda de condução, contudo em
intensidade menor, provavelmente em face da retirada de parte dos ácaros e redução
do inóculo da doença.
De acordo com BITANCOURT (1955), podem surgir sintomas de leprose em
plantas cítricas mesmo após a poda, porém em proporção muito menor que nas não-
podadas, sugerindo que a reinfestação das plantas podadas ocorra através de ácaros
provenientes de plantas vizinhas não podadas, ou pela multiplicação dos ácaros que
escaparam à poda.
Intui-se que os ramos lenhosos de maior diâmetro, localizados no interior da
planta, talvez não sejam adequados para sua alimentação, mas constituam um abrigo e
sirvam de vias de acesso para o B. phoenicis migrar para os ramos novos de menor
diâmetro, que surgem após a poda de condução e possivelmente sejam mais
adequados para sua alimentação. Mesmo que os ácaros não se alimentem em ramos
lenhosos, esses poderiam sobreviver por um período sem alimento até atingirem os
ramos novos.
Observações realizadas com lupa de 10 vezes de aumento, nos ramos novos,
principalmente em sua base, evidenciaram a presença de ácaros e lesões novas de
leprose.
Em testes de laboratório, SILVA & CHIAVEGATO (1993) constataram que
fêmeas de B. phoenicis mantidas presas dorsalmente em lâminas de vidro, sem
alimento e água, podem sobreviver por dois dias sem que ocorram mortes. A partir
61
deste período, a porcentagem de ácaros vivos decresce, chegando a 5,6% de ácaros
vivos após seis dias.
Na Tabela 5, são apresentados os resultados da severidade da leprose nas
plantas cítricas resultantes da interação entre tipos de podas e com ou sem poda de
condução durante a safra 2004-2005.
Tabela 10. Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos fatores tipos de
poda x com ou sem poda de condução. Safra 2004-2005. Reginópolis-SP.
1Médias de notas de infecção de leprose/Planta Poda de condução Tipos de poda Drástica Int. s/ lesões Int. c/ lesões Leve Sem poda Replantio Com poda de condução 1,60 a A 1,60 a A 1,60 a A 1,60 b A 1,60 a A 1,60 a A Sem poda de condução 1,63 a AB 1,60 a B 1,61 a B 1,68 a A 1,62 a B 1,60 a B
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 1Médias transformadas em alog (x + 5).
De modo geral, a poda de condução não influenciou na severidade da leprose
nas plantas cítricas para cada tipo de poda, exceto nas plantas submetidas à poda leve,
que apresentaram maior severidade da doença na ausência de poda de condução.
Cotejando-se a severidade da leprose entre as plantas submetidas aos
diferentes tipos de podas, verifica-se que a poda de condução eliminou a leprose das
plantas cítricas. Na ausência da poda de condução, a doença foi mais severa em
plantas submetidas às podas leve e drástica, embora plantas podadas drasticamente
apresentassem nível de infecção da doença semelhante às plantas submetidas aos
demais tipos de podas.
Os dados constantes da Tabela 10 independem da utilização de acaricidas no
controle de B. phoenicis, entretanto a explicação mais provável para a diferença na
severidade da leprose, constatada entre plantas submetidas às podas leve e drástica
para as demais podas, seja a proximidade dessas plantas com aquelas que não
receberam aplicação de acaricidas e podas de condução.
São apresentados, na Tabela 11, os dados referentes à infecção de leprose
das plantas cítricas na interação dos fatores acaricidas e poda de condução durante a
safra 2005-2006.
62
Tabela 11. Severidade da leprose avaliada em toda a planta, nas interações dos fatores acaricidas x poda de condução. Safra 2005-2006 (parcial). Reginópolis-SP.
1Médias de notas de infecção de leprose/Planta Poda de condução Acaricidas calda sulfocálcica spirodiclofen sem acaricida Com poda de condução 1,60 b A 1,60 a A 1,60 b A Sem poda de condução 1,67 a B 1,61 a B 1,90 a A
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 1Médias transformadas em alog (x + 5).
Percebe-se nesta safra (2005-2006) que, mesmo na ausência da aplicação de
acaricidas para o controle de B. phoenicis, ou realizando-o com calda sulfocálcica, a
poda de condução foi necessária para reduzir a severidade da leprose nas plantas
cítricas. Quando se realizou o controle do acarino com spirodiclofen, não houve a
necessidade de utilizar a poda de condução para conter a disseminação da leprose nas
plantas.
Estes resultados ressaltam que, no manejo da leprose em pomares de citros
orgânicos, faz-se necessário associar o controle químico do acarino através da calda
sulfocálcica à poda de condução para reduzir a fonte de inóculo da doença, a fim de
reduzir a severidade da leprose nas plantas cítricas. Resultados semelhantes foram
observados por BITANCOURT (1955), quando o autor constatou que a poda de ramos
lesionados por leprose e o controle do acarino através de aplicações de calda
sulfocálcica constituíam, naquela época, a maneira mais eficiente de controlar a doença.
Em plantas nas quais não se utilizou poda de condução para eliminar fontes de
inóculo da doença, o controle de B. phoenicis com a utilização da calda sulfocálcica e
spirodiclofen foi determinante para que essa não alcançasse altos índices de
severidade.
De maneira geral, em plantas não-tratadas com acaricidas posteriormente à poda
inicial, realizada por ocasião da instalação do experimento (2003), o aumento da
população de B. phoenicis, em 34 meses, foi suficiente para que a leprose, em algumas
parcelas, readquirisse e até mesmo apresentasse severidade mais intensa que antes de
efetuarem os diferentes tipos de podas.
63
4.3 Viabilidade econômica das práticas culturais
Os resultados referentes ao aspecto econômico da execução das podas e
replantio, aplicação da calda sulfocálcica e spirodiclofen, assim como todas as práticas
culturais envolvidas, encontram-se no apêndice.
4.3.1 Safra 2003-2004
No que se refere ao tratamento replantio, o custo total das operações
consideradas no trabalho, abrangendo a reimplantação e a condução de um hectare de
citros durante toda a safra, foi de R$ 5.146,68. Um dos principais fatores relacionados
aos custos diz respeito às operações mecanizadas, mormente ao arranque e transporte
das plantas do talhão até o local da queima das árvores. Outro fator relevante refere-se
às aplicações de herbicidas para o controle de plantas invasoras.
O arranque e o transporte das plantas foram realizados através de empreita, com
custo em torno de R$ 1,20/planta. Cumpre ressaltar que essa despesa corresponde à
erradicação de toda uma área, ou seja, de plantas seguidas. No caso de erradicação de
plantas preestabelecidas dentro de um talhão, esse valor pode ser até cinco vezes
maior, devido ao baixo rendimento operacional.
A ausência de competição por luz entre as mudas e as plantas invasoras
favoreceu o desenvolvimento dessas, tornando necessário realizarem-se quatro
aplicações de glifosato para o controle das invasoras durante o período da primeira
safra. Somente com as despesas de hora/máquina, essas aplicações responderam pelo
dispêndio de R$ 1.238,00. Destaca-se que as aplicações foram realizadas com lanças,
“tipo coroamento”, e não através de aplicações com barras, o que poderia aumentar o
rendimento operacional e, conseqüentemente, reduzir os custos. Salienta-se, ainda,
que devam ser consideradas as despesas com insumos/material. Nesse aspecto, o
replantio foi o tratamento que apresentou maior gasto, principalmente para a aquisição
de mudas, que tiveram um custo de R$ 1.606,50/ha.
64
As despesas manuais representaram o gasto menos significativo entre as
operações, respondendo por apenas R$ 566,44/ha.
Ao final do primeiro ano da reimplantação das mudas, não se obteve receita em
razão do estágio de desenvolvimento das plantas, ou seja, sem produção.
A poda drástica mostrou-se a modalidade mais dispendiosa dentre os
tratamentos, com despesas de R$ 6.185,47/ha.
Nos custos envolvidos para se executá-la, merecem realce os atinentes às
operações mecanizadas, especialmente para a retirada das plantas e aplicações de
herbicidas. O baixo rendimento operacional da retirada do material podado e as quatro
aplicações de herbicidas, associados ao elevado custo da hora/máquina constituíram-
se nos principais fatores de despesa, R$ 4.648,15/ha.
As operações manuais realizadas na poda drástica corresponderam a R$
1.011,54/ha, sendo a maior parte destinada à retirada do material podado do talhão,
cerca de R$ 553,05/ha, mostrando-se tal atividade mais dispendiosa que a poda em si,
que foi responsável por apenas R$ 229,43/ha. Fato semelhante foi constatado nas
podas intermediárias.
O alto custo para a retirada do material vegetal podado da área deve-se ao
grande volume desse material, demandando a utilização de dois trabalhadores
(tratorista + ajudante) e mais horas/ha de trabalho que o ato de podar. GONZÁLEZ et
al. (1996) ressaltam a importância dos custos para a retirada do material podado diante
dos custos totais da poda.
Possivelmente, o custo da mão-de-obra para podar as plantas drasticamente
poderia ser reduzido com o emprego de serra motorizada, reservando-se o uso da serra
manual apenas para retoques. Essa redução de custos está fundamentada na melhora
do rendimento operacional.
Outro aspecto relevante nesse tipo de poda é o aumento de plantas invasoras,
favorecido pela diminuição da competição por luz entre essas e a planta de citros, em
decorrência da eliminação total da parte aérea das plantas podadas. Em face disso,
foram necessárias quatro aplicações de glifosato a mais que na poda leve e sem poda,
65
e duas a mais que nas podas intermediárias para controlar as plantas invasoras,
acarretando um custo de R$ 1.200,83 somente com as despesas de hora/máquina.
Nas podas intermediárias com e sem lesões, à semelhança da poda drástica, os
principais custos envolvidos referem-se às despesas com hora/máquina para a retirada
do material podado e para aplicações de herbicida.
O material vegetal produzido pelas duas podas intermediárias foi semelhante,
assim como o número de aplicações de glifosato, tendo ambas apresentado despesas
de R$ 4.047,72/ha.
Nas podas intermediárias, como já mencionado, foram realizadas duas
aplicações de glifosato visando ao controle de plantas invasoras, duas a menos que na
poda drástica e replantio. A permanência de uma pequena copa nas plantas,
característica deste tipo de poda, contribui para o controle das invasoras, dado o
sombreamento na projeção da copa.
A principal diferença entre os custos das podas intermediárias está na mão-de-
obra para executar a operação, na colheita e carregamento dos frutos, dada a diferença
de produtividade. A poda intermediária sem lesões de leprose demanda mais tempo
para ser executada, em função do maior tempo destinado à vistoria a ser realizada pelo
podador na procura de ramos lesionados, os quais devem ser eliminados, o que reduz o
rendimento operacional, elevando os custos.
Por outro lado, a maior produção de frutos verificada nos tratamentos com poda
intermediária, com lesões de leprose, redunda no aumento dos custos de colheita e
carregamento. Entretanto, com maior receita, o saldo negativo é menor (R$ 2.471,40
/ha) ao verificado na poda intermediária sem lesões (R$ 4.394,47/ha).
Diferentemente das podas mais severas, como a drástica, a intermediária e
também o replantio, nos quais as operações mecanizadas respondem por grande parte
das despesas, nos tratamentos com poda leve e sem poda (testemunha), as operações
manuais constituíram quase a totalidade das despesas envolvidas.
Nos tratamentos com poda leve, o volume de material vegetal podado foi pouco
e não houve necessidade de retirá-lo da área por se tratar de ramos finos. Estes ramos
foram deixados nas entrelinhas e, posteriormente, picados com o auxílio da roçadora. A
66
permanência desse material na área pode contribuir para a melhoria das propriedades
físico-químicas do solo, sendo imperativo, contudo, que não esteja infestado com
ácaros, pois, caso contrário, a roçadora poderá ajudar em sua disseminação.
Os custos com a utilização da roçadora para triturar o resíduo vegetal
proveniente da poda leve não foram incluídos no cálculo total das despesas. Esta
operação foi realizada quando da roçada das plantas nas entrelinhas, em toda a área
experimental, não implicando, dessa maneira, uma prática específica para a poda leve.
Além disso, na poda leve e no tratamento sem poda, não foram necessárias
aplicações adicionais de glifosato para o controle de plantas invasoras, como observado
nas podas drástica e intermediária, e replantio, não havendo despesas com operações
mecanizadas.
Quanto às operações manuais, despenderam-se R$ 243,77/ha com mão-de-obra
para executar a poda leve. Essa operação foi menos custosa que a poda intermediária
sem lesões de leprose e semelhante aos demais tipos de poda e replantio. As despesas
com colheita e carregamento foram de R$ 989,04/ha, a principal causa de despesa nas
operações manuais.
Para o tratamento sem poda, as despesas com mão-de-obra destinadas à
colheita e ao carregamento foram semelhantes às atingidas pela poda leve, chegando a
R$ 1.010,68/ha.
Ao final da primeira safra, observou-se que somente os tratamentos poda leve e
sem poda apresentaram saldo positivo, resultante da maior receita em relação à
despesa. Para os demais tipos de poda e também para o replantio, até esse momento,
o saldo foi negativo, dados os excessivos gastos iniciais da implementção dessas
táticas.
4.3.2 Safra 2004-2005
Os custos relativos à safra 2004-2005 correspondem às operações efetuadas
quanto à aplicação dos acaricidas visando ao controle de B. phoenicis.
67
No tratamento poda drástica, merecem destaque as despesas com operações
mecanizadas, à semelhança do ocorrido na safra 2003-2004, relacionadas, todavia, ao
controle do ácaro da leprose e não mais às aplicações de herbicida.
Quanto a esse último aspecto, a reconstituição parcial da copa das plantas que
haviam sido submetidas à poda drástica e às intermediárias, proporcionou um
sombreamento, que foi desfavorável ao desenvolvimento de plantas invasoras,
tornando desnecessárias aplicações adicionais de herbicida.
Para o controle de B. phoencis no período da segunda safra, foi preciso
proceder-se a seis aplicações de calda sulfocálcica, o que significou um gasto de R$
2.395,92/ha com hora/máquina e R$ 444,72/ha com a aquisição da calda. No tocante
às operações manuais, há que se destacar as despesas realizadas com tratorista e
aplicador (R$ 345,38/ha), bem como aquelas referentes à colheita e carregamento dos
frutos (R$ 77,17/ha).
Computando-se todas as operações realizadas e ainda os insumos, verificou-se,
na poda drástica, um saldo negativo de R$ 2.739,08/ha quando adotada a calda
sulfocálcica para o controle do ácaro. Quando utilizado o spirodiclofen, foram
necessárias apenas duas aplicações para manter a população do acarino abaixo do
nível de controle, o que resultou num custo de R$ 788,90/ha com operações
mecanizadas, o principal item de despesa. Assim, o saldo negativo, nesse caso, foi de
R$ 1.133,67/ha, em torno de 2,38 vezes menor que o saldo observado quando se
utilizou a calda sulfocálcica.
De modo geral, para todas as podas, as despesas com operações mecanizadas
no controle do ácaro da leprose com spirodiclofen apresentaram-se três vezes menores
que a observada no controle com calda sulfocálcica, apesar de o custo desse produto
ser 1,5 vez maior que o da calda sulfocálcica.
Assim, independentemente do tipo de poda adotado para reduzir o inóculo da
leprose, é de suma importância, no que diz respeito ao binômio custo/benefício, a
escolha do acaricida para o controle do ácaro. OLIVEIRA & PATTARO (2004) já haviam
atentado para a escolha do acaricida, que deveria recair sobre aqueles com alta
eficiência e seletividade aos inimigos naturais.
68
Diante disso, o citricultor de frutos orgânicos, que tem como uma das únicas
opções de controle químico para o controle do ácaro da leprose a calda sulfocálcica,
deve estar atento aos custos de produção, verificando se o valor recebido pela
produção de frutos orgânicos torna viável economicamente este tipo de agricultura.
Fato que demonstra a grande importância dos custos de controle do ácaro da
leprose nos gastos totais de produção, foi a constatação de saldo positivo ao final da
segunda safra (R$ 438,57/ha), nos tratamentos em que não foi efetuado esse controle,
tanto na poda drástica quanto nas intermediárias.
Constatou-se que o saldo acumulado das duas safras (2003-2004 e 2004-2005),
após a realização da poda drástica, ainda permanece negativo, independentemente de
se fazer ou não o controle do ácaro da leprose. Observa-se, outrossim, que, salvo o
replantio, a poda drástica é a que acumula maior saldo negativo ao longo de dois anos.
No entanto, como os frutos produzidos pelas plantas submetidas a essa modalidade de
poda são de boa qualidade, e possivelmente conseguiriam obter maior valor quando
comercializados no mercado de frutas frescas, esse destino dado à produção poderia
ser uma alternativa para reduzir as despesas operacionais da poda drástica.
Assim como ocorreu na poda drástica, na intermediária sem lesões de leprose,
também se sobressaem as despesas com operações mecanizadas e manuais para o
controle do ácaro da leprose, apresentando o custo de R$ 3.569,40/ha quando utilizada
a calda sulfocálcica e R$ 1.173,30/ha quando efetuado o controle com spirodiclofen.
Comparativamente à poda drástica, os custos das operações e também com o
insumo para o controle de B. phoenicis foram maiores na poda intermediária sem
lesões de leprose. Tal constatação é devida à maior copa das plantas submetidas à
poda intermediária, que necessitam de maior volume da calda de aplicação para
melhorar a cobertura, implicando o aumento de horas de trabalho/ha.
Deste modo, observa-se que há uma relação direta entre os tipos de poda e as
despesas com aplicações de acaricidas, que são maiores para as podas que
conservaram maior volume de copa das plantas.
Assim como já constatado na poda drástica, embora o custo com o produto
spirodiclofen (R$ 922,50/ha) tenha sido maior que o verificado com a calda sulfocálcica
69
(R$ 606,14/ha), o controle do ácaro da leprose com aquele se mostra vantajoso
economicamente em relação a esta, que necessita de um número maior de aplicações.
Na poda intermediária sem lesões de leprose, obteve-se, ao término da segunda
safra, um saldo negativo de R$ 1.841,71/ha com o controle do ácaro através da calda
sulfocálcica, enquanto com o spirodiclofen o saldo foi positivo (R$ 511,83/ha). Na
ausência de controle, o saldo positivo foi maior: R$ 2.519,36/ha.
De outra parte, igualmente à poda drástica e intermediária sem lesões, na poda
intermediária com lesões de leprose, a maior despesa com operação mecanizada foi
observada no controle do ácaro da leprose com calda sulfocálcica (R$ 3.241,02/ha),
três vezes maior que o constatado quando controlado com spirodiclofen (R$
1.066,86/ha).
Embora a produtividade das plantas submetidas à poda intermediária com lesões
de leprose tenha aumentado, proporcionando receita maior, o saldo continuou negativo
quando o ácaro foi controlado com calda sulfocálcica (R$ 726,57/ha), porém mostrou-se
positivo quando o controle foi realizado com spirodiclofen (R$ 1.404,95/ha). Na
ausência de controle, o saldo observado também foi positivo (R$ 4.133,20/ha). Mais
uma vez, os resultados ressaltam a importância dos custos de controle do ácaro da
leprose frente aos custos totais de produção.
Por fim, na poda leve e no tratamento sem poda, os custos, assim como as
receitas, foram bastante semelhantes quando se leva em conta o mesmo acaricida. Nas
plantas submetidas à poda leve e sem poda, foram necessárias mais horas/ha para
aplicações de acaricidas, o que redundou no aumento de custo para esta operação
comparativamente às outras podas.
De modo geral, as aplicações de calda sulfocálcica demandaram mais tempo
(horas/ha) que as aplicações de spirodiclofen, devido ao tempo de dosagem da calda
sulfocálcica que estava acondicionada em galões, o que dificultava seu manuseio.
Na poda leve e na testemunha, as seis aplicações de calda sulfocálcica geraram
um custo aproximado de R$ 4.580,00/ha, ao passo que duas aplicações de
spirodiclofen custaram R$ 1.690,00/ha, com operações mecanizadas, manuais e o
insumo envolvido no controle do ácaro da leprose.
70
Em função do alto volume de calda de pulverização despendido por planta na
poda leve e no tratamento sem poda, as despesas com operações mecanizadas e
manuais, bem como com acaricidas, foram maiores que as observadas nos demais
tipos de poda.
Na poda leve e no tratamento sem poda, o saldo foi positivo mesmo com a
utilização da calda sulfocálcica, R$ 1.000,68/ha e R$ 1.331,62, respectivamente,
inferior, contudo, ao obtido com spirodiclofen, aproximadamente R$ 3.350,00/ha. Na
ausência de controle, o saldo positivo foi de cerca de R$ 5.700,00/ha.
No tratamento replantio, além das despesas com o controle do ácaro da leprose,
houve despesas com quatro aplicações adicionais de herbicida para controlar plantas
invasoras, que resultaram num custo de R$ 1.628,00/ha com operações mecanizadas,
manuais e insumo. Nesta safra, o replantio foi o único tratamento que necessitou de
aplicações adicionais para controlar plantas invasoras, em virtude da pequena área
foliar das plantas cítricas, que exerceram baixa competição sobre as plantas invasoras.
Para o controle do ácaro da leprose, as seis aplicações de calda sulfocálcica
acarretaram um custo de R$ 1.460,00/ha, envolvendo operações mecanizadas,
manuais e insumo. Quando o acarino foi controlado com duas aplicações de
spirodiclofen, as despesas foram de R$ 638,18/ha, cerca de 2,3 vezes menores. Deve-
se ressaltar, ainda, nos custos com mão-de-obra, a maior necessidade de desbrotas no
replantio que em plantas submetidas à poda leve e sem poda.
4.3.3 Safra 2005-2006 (parcial)
Na safra 2005-2006, as maiores despesas para a condução das plantas
submetidas aos vários tipos de poda, na ausência de controle químico e poda de
condução, foram aquelas relacionadas à colheita e ao carregamento. Segundo relato de
produtores, com a atual redução dos preços dos insumos devido à valorização do real
frente ao dólar, as despesas com a colheita e carregamento ganharam destaque nos
custos de produção.
71
Quanto às aplicações com acaricidas, à semelhança da safra 2004-2005, o
controle de B. phoenicis realizado com calda sulfocálcica mostrou-se mais dispendioso
que o realizado com spirodiclofen, em razão da necessidade de quatro aplicações de
calda sulfocálcica contra apenas uma de spirodiclofen. A despesa com a hora-máquina
foi a principal responsável pela elevação dos custos de controle do ácaro da leprose
com a calda sulfocálcica.
O saldo verificado nos tratamentos com os diferentes tipos de podas foi positivo
na safra 2005-2006 (parcial), com exceção do tratamento replantio, devido à baixa
produtividade das plantas e às despesas em decorrência das quatro aplicações
adicionais de herbicida para o controle de plantas invasoras. Nos demais tratamentos, a
recuperação da área de projeção das copas contribuiu para o controle das invasoras.
Deve-se destacar que a poda de condução, executada em metade dos 36
tratamentos, conforme preestabelecido, para eliminar lesões da doença que surgiram
após a instalação do experimento, teve início no decorrer da safra 2004-2005 e tornou-
se freqüente na safra 2005-2006, o que coincidiu com o aumento da infestação de B.
phoenicis nas plantas cítricas. De modo geral, essa prática aumenta os custos de
controle da leprose; no entanto, o valor despendido com ela, até o atual momento,
parece não estar relacionado ao tipo de poda a que foram submetidas as plantas, mas,
sim, à eficiência do acaricida utilizado no controle de B. phoenicis. Assim, o tempo
demandado para eliminar lesões da doença através da poda de condução, bem como a
freqüência, foi de modo decrescente, maior em plantas não-tratadas, tratadas com
calda sulfocálcica e com spirodiclofen.
Observa-se, no Gráfico 13 A, que o saldo acumulado para tipos de poda, com ou
sem poda de condução, independentemente do acaricida utilizado, foi negativo para a
poda drástica, intermediária sem lesões e replantio, o que está diretamente relacionado
com a severidade da poda. Muito embora as plantas submetidas às podas
intermediárias tenham igualado a produtividade das plantas não-podadas, o saldo
acumulado ficou muito aquém daquele observado no tratamento sem poda (R$
94.000/ha), o qual apresentou o maior saldo.
72
Gráfico 13 – Estimativa de saldo financeiro (R$/ha) resultante das estratégias empregadas no
controle da leprose dos citros ao término de três safras após a poda: (A) fator poda; (B) fator acaricida, e (C) fator poda de condução.
No tocante aos acaricidas utilizados no controle de B. phoenicis,
independentemente do tipo de poda e da poda de condução, verifica-se maior saldo
naqueles tratamentos onde não se realizou o controle do ácaro comparativamente ao
controle realizado com spirodiclofen e calda sulfocálcica. Essa constatação é explicada
pelos valores despendidos para se realizar o controle do acarino, quais sejam, o custo
da hora/máquina, o custo com o insumo, bem como aquele com a mão-de-obra (Gráfico
13 B). A baixa eficiência residual da calda sulfocálcica sobre B. phoenicis foi
determinante para inviabilizá-la economicamente como tática de manejo do acarino na
-75.000,00
-50.000,00
-25.000,00
0,00
25.000,00
50.000,00
75.000,00
100.000,00
Drá
stic
a
Int.
s/ le
sões
Int.
c/ le
sões
Leve
Sem
pod
a
Rep
lant
io
Sal
do a
cum
ulad
o (R
$/ha
)
(A)
-20.000,00
-10.000,00
0,00
10.000,00
20.000,00
30.000,00
40.000,00
50.000,00
60.000,00
caldasulfocálcica
spirodiclofen semacaricida
Sal
do a
cum
ulad
o (R
$/ha
)
(B)
0,00
10.000,00
20.000,00
30.000,00
40.000,00
50.000,00
60.000,00
com poda decondução
sem poda decondução
Sal
do a
cum
ulad
o (R
$/ha
)
(C)
73
citricultura convencional. Todavia, na citricultura orgânica, os valores estimados da
receita provavelmente seriam superiores aos auferidos na citricultura convencional.
Apesar de o saldo acumulado na ausência de controle ter sido maior ao término
da terceira safra, deve-se levar em consideração a incidência e a severidade da leprose
nas plantas, evidenciada através da maior perda por queda de frutos e maior perda
potencial de frutos, e um maior comprometimento da planta, o que, provavelmente,
poderá redundar, nas próximas safras, menor produtividade e, conseqüentemente, em
menor receita.
Verifica-se, no Gráfico 13 C, que, independentemente do tipo de poda e do
acaricida utilizado, a poda de condução onera o manejo da leprose dos citros; contudo,
é uma tática de manejo imprescindível para reduzir a severidade da doença nas plantas
cítricas mediante a eliminação de ramos sintomáticos.
Como já mencionado, os custos para realizar a poda de condução são
dependentes do tempo para realizá-la, e este, por sua vez, está relacionado com o
acaricida utilizado no controle do acarino.
Decorridas três safras após a execução das podas, constatou-se saldo negativo
acumulado para os tratamentos com poda drástica e replantio, tipos de podas mais
severas, que reduziram a produtividade das plantas. Nos tratamentos com poda
intermediária, com e sem lesões de leprose, de modo geral, o saldo acumulado foi
negativo quando se empregou a poda de condução para a eliminação dos ramos
sintomáticos. Nos tratamentos sem poda e poda leve, observaram-se os maiores saldos
acumulados.
4.4 Considerações finais
A combinação de táticas de controle é fundamental no Manejo Integrado de
Pragas, principalmente para a leprose dos citros, haja vista a não-sistemicidade do
vírus. Não obstante o controle químico venha sendo a principal tática de controle dessa
74
doença, baseado tão-somente na população do ácaro-vetor, o uso da poda é muito
importante por reduzir a fonte de inóculo da doença.
Um estudo em que interajam várias táticas de controle, envolvendo a poda das
plantas e o controle do transmissor com acaricidas, demanda muitos anos. A despeito
disso, com base nas inúmeras informações geradas durante os três anos de condução
do experimento e levando-se em conta, ainda, as análises econômicas efetuadas,
observa-se que as podas menos severas, ou seja, aquelas que preservam maior
volume de copa, associadas à poda de condução e ao acaricida spirodiclofen
apresentam-se como uma estratégia eficaz e economicamente viável no controle da
leprose na cultura dos citros.
75
5 CONCLUSÕES
Decorridos três anos após o início da realização da pesquisa que visa a avaliar a
eficácia da poda e do controle químico como táticas de manejo da leprose dos citros, foi
possível extrair as seguintes conclusões:
- As plantas cítricas submetidas aos tratamentos poda drástica e replantio
produziram menos que as submetidas às podas intermediárias e leve.
- O saldo financeiro decorrente da produtividade das plantas, que receberam
poda leve e sem poda, foi superior ao das submetidas às podas intermediárias,
drástica e ao replantio.
- A poda, como uma tática aplicada isoladamente, não foi suficiente para o
adequado controle da leprose dos citros.
- O custo das execuções dos diferentes tipos de poda e replantio foi em ordem
decrescente: poda drástica, replantio, intermediária sem lesões, intermediária com
lesões e leve.
- O acaricida spirodiclofen foi mais eficaz que a calda sulfocálcica no controle
do ácaro da leprose.
- As plantas submetidas aos tratamentos poda drástica e replantio ainda não
recuperaram a produtividade original.
76
- O custo de controle do ácaro da leprose, com calda sulfocálcica, foi maior que
aquele com spirodiclofen em razão do número de aplicações.
- A população de ácaros predadores Iphiseiodes zuluagai e Euseius spp. foi
menos afetada pelo spirodiclofen.
77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, C. E. The toxic gases of lime-sulfur. Journal of Economic Entomology,
Lanham, v. 38, n. 5, p. 618-620,1945.
AGRIANUAL 2005: anuário de agricultura brasileira. São Paulo: FNP Consultoria &
Comércio, 2005.
AGRIANUAL 2006: anuário de agricultura brasileira. São Paulo: FNP Consultoria &
Comércio, 2006.
AGROJURIS. Sobre a produção e uso de caldas caseiras alternativas na
agricultura. Disponível em: <http://www.agrojuris.eng.br>. Acesso em: 17 fev.2005.
AUGUSTI, M. Citricultura: prácticas culturales. Madrid: Mundi-Prensa, 2000. p. 375-
391.
ALBUQUERQUE, F. A. de; OLIVEIRA, C. A. L. de; BARRETO, M. Comportamento do
ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) em frutos de citros.
In: OLIVEIRA, C. A. L. de; DONADIO, L. C. Leprose dos citros. Jaboticabal: FUNEP,
1995. p. 77-90.
ALVES, E. B.; OMOTO, C.; FRANCO, C. R. Resistência cruzada entre o dicofol e outros
acaricidas em Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Acari: Tenuipalpidae). Anais da
Sociedade Entomológica do Brasil. Piracicaba, v. 29, n. 4, p. 765-771, 2000.
AMOROS, M. Agrios: la poda. 3 ed. Dilagro S.A. Ediciones, 1985. p. 185-192.
78
ARBIZA, H. Poda de plantas cítricas no Uruguai. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE
CITROS: TRATOS CULTURAIS, 5., 1998, Campinas. Anais... p. 393-407.
AZNAR, J. S. Produção de frutos cítricos para exportação na Espanha. In: SEMINÁRIO
INTERNACIONAL DE CITROS: TRATOS CULTURAIS, 5., 1998, Campinas. Anais... p.
289-304.
BABCZINSKI, P. Environmental behavior of spirodiclofen (BAJ 2740; Envidor).
Pflanzenschutz-Nachrichten Bayer Leverkusen, v. 55, n. 2-3, p.197-206, 2002.
BAKER, E.W.; SUIGONG, Y. A catalog of the false spider mites (Tenuipalpidae: Acari)
of the United States. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 14, n. 3, p. 143-
149. 1988.
BARRETO, M; PAVAN, A. Relação verrugose x leprose. In: OLIVEIRA, C.A.L. de;
DONADIO, L.C. Leprose dos citros. Jaboticabal: FUNEP, 1995. p. 69-76.
BASSANEZI, R. B. Aspectos da leprose dos citros. Fitopatologia Brasileira, v. 26,
p.246-247, 2001.
BASSANEZI, R. B. Leprose dos citros: foco no controle do ácaro vetor. Visão Agrícola.
Piracicaba, n. 2, p. 24-29, 2004.
BASSANEZI, R. B.; YAMAMOTO, P. T.; OMOTO, C. Manual de leprose. Araraquara:
Fundecitrus, 2005. 11p.
BECERRA, S; GUARDIOLA, J. L. Inter-relationship between floweringand fruiting in
sweet orange, cultivar Navelina. In: INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 6. 1984,
São Paulo. Proceedings... São Paulo: Internacional Society of Citriculture, 1987. v.1,
p.190-194.
BERGER, R.D. A causa e o controle do declínio dos citros. Laranja, Cordeirópolis, v.19,
n. 1, p. 79-90, 1998.
79
BERTOLDO, A. A. Desenvolvimento de metodología para determinação dos
componentes e especiação de polissulfetos em amostras de calda sulfocálcica.
São Carlos, 2003. 87 p. Dissertação (Mestrado em química): Instituto de Química,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003.
BITANCOURT, A. A. Estudos sobre a leprose dos citros IV. Arquivos do Instituto
Biológico, São Paulo, v. 22, p. 219-231, 1955.
BOARETTO, M. A. C.; CHIAVEGATO, L. G. Transmissão da leprose por ácaros
Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) temporariamente
mantidos em hospedeiros intermediários em condições de laboratório. Científica.
Jaboticabal, v. 22, n. 1, p. 81-83, 1994.
BOARETTO, M. A. C.; CHIAVEGATO, L. G.; SILVA, C. A. D. Transmissão da leprose
através de fêmeas de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) e
seus descendentes, em condições de laboratório. Científica, Jaboticabal, v. 21, n. 2, p.
245-253, 1993.
BOTEON, M.; NEVES, E. M. Citricultura brasileira: aspectos econômicos. In: MATTOS
JUNIOR, D.; NEGRI, J. D.; PIO, R. M.; POMPEU JUNIOR, J. Citros. Campinas: IAC,
2005. p.19-36.
BUSOLI, A. C. O manejo integrado de pragas – citros e a busca de qualidade total na
citricultura. Laranja, Cordeirópolis, v. 16, n. 1, p. 155-186, 1995.
CARY, P.R. New concepts in citrus tree spacing and pruning practices. In:
INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 2., 1977, Orlando. Proceedings… Orlando:
International Society of Citriculture, 1977. v. 1, p. 162-165.
CASARIN, N. F. B.; FRANCO, C. R.; ALVES, E. B.; OMOTO, C. Resistência do ácaro-
da-leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) à calda
sulfocálcica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20. 2004, Gramado-
RS. Resumos... Gramado: SEB, 2004. p. 516.
80
CATI. Citros: recomendação para o controle das principais pragas e doenças em
pomares do Estado de São Paulo. Campinas, 1997. p. 58. (Boletim Técnico, 165).
CHAGAS, C. M. Leprose dos citros – eficiência do transmissor. Laranja. Cordeirópolis,
n. 4, p. 221-225, 1983.
CHIAVEGATO, L. G. Biologia do ácaro Brevipalpus phoenicis em citros. Pesquisa
Agropecuária Brasileira. Brasília, v. 21, n. 8, p. 813-816, 1986.
CHIAVEGATO, L. G. Ácaros da cultura de citros. In: RODRÍGUEZ, O.; VIÉGAS, F;
POMPEU JR., J.; AMARO, A. A. Citricultura brasileira. 2. ed. Campinas: Fundação
Cargil, 1991. p. 601-641.
CHIAVEGATO, L. G.; MISCHAN, M. M. Comportamento do ácaro Brevipalpus phoenicis
(Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) em frutos de diferentes variedades cítricas.
Científica, Jaboticabal, v. 15, n. 1-2, p.17-22, 1987.
CHIAVEGATO, L. G.; SALIBE, A. A. Prejuízos provocados pelo ácaro Brevipalpus
phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) em frutos de diferentes variedades
cítricas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 6., 1981, Recife. Anais...
Jaboticabal: SBF, 1981. v 2, p. 709-718.
CHIAVEGATO, L. G.; SALIBE, A. A. Transmissibility of leprosis symptoms by
Brevipalpus phoenicis to young citrus plants under laboratory conditions. In:
CONFERENCE IOCV, 9., 1983, Riverside. p. 218-221.
CHIAVEGATO, L. G.; SALIBE, A. A. New results on the transmissibility of leprosis
symptoms by mite Brevipalpus phoenicis in citrus. In: CONFERENCE IOCV, 10, 1986,
OF THE INTERNATIONAL ORGANIZATION OF CITRUS VIROLOGISTS, Valência.
Proceedings... p. 136.
81
CHIAVEGATO, L. C.; MISCHAN, M. M.; SILVA, M. A. Prejuízos e transmissibilidade de
sintomas de leprose pelo ácaro Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) Saied, 1946
(Acari, Tenuipalpidae) em citros. Científica, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 265-271, 1982.
CHILDERS, C. C. Texas citrus mite. Disponível em: <http://edis.ifas.ufl.edu>. Acesso
em: 15 de ago. 2005.
COLARICCIO, A.; LOVISOLO, O.; CHAGAS, C.M.; GALLETI, S.; ROSSETTI, V.
KITAJIMA, E. Mechanical transmision and ultra-structural aspects of citrus leprosis
disease. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 20, n. 2, p. 208-213, 1995.
DAROLT, M. R. As principais correntes do movimento orgânico e suas
particularidades. Disponível em: http://www.planetaorganico.com.br>. Acesso em: 20
jul. 2003.
DE CARVALHO, J. E. B.; NEVES, C. S. V. J.; MENEGUCCI, J. L. P.; SILVA, J. A. A.
Práticas cultrais. In: MATTOS JUNIOR, D.; NEGRI, J.D.; PIO, R.M.; POMPEU JUNIOR,
J. Citros. Campinas: IAC, 2005. p. 449-482.
DECHEN, A. R.; CAMARGO, P. R.; NACHTIGALL, G. R. Pragas e doenças em citros:
fisiologia e nutrição mineral. Visão Agrícola, Piracicaba, n. 2, p. 100-107, 2004.
DONADIO, L. C.; RODRIGUEZ, O. Poda das plantas cítricas. In: Seminário
Internacional de Citros: fisiologia, 2., 1992, Campinas. Anais... p. 196-203.
DORNELLES, C.M.M. Práticas culturais para citros no Rio Grande do Sul. In: IPAGRO.
Fruticultura no Rio Grande do Sul, 1978, Porto Alegre, 1978. p. 11-19 (Boletim
Técnico, 2).
DRAGONE, D.; RODRIGUES, J. C. V.; NEVES, E. M.; NOGUEIRA, N. L. Viabilidade
econômica do controle da leprose em variedades de laranja e lima da Pérsia. Laranja.
Cordeirópolis, v. 24, n. 2, p. 311-327, 2003.
82
ELLIS, M. A.; FERREE, D. C.; FUNT, R. C.; MADDEN, L. V. Effects of an Apple scab-
resistant cultivar on use patterns of inorganic and organic fungicides and economics of
disease control. Plant Disease, St Paul, v. 82, n. 4, p. 428-433, 1998.
EUZÉBIO, D. E.; ROSADO, M. C.; VENZON, M.; PALLINI, A. Efeitos letais e sub-letais
de produtos alternativos utilizados na cafeicultura orgânica sobre o ácaro vermelho do
cafeeiro Oligonychus ilicis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20,
2004, Gramado-RS. Resumos... Gramado: SEB, 2004. p. 570.
FAO. World markets for organic citrus and citrus juices. Disponível em: <
http://www.fao.org>. Acesso em: 8 jun. 2003.
FEICHTENBERGER, E. Manejo integrado das principais doenças dos citros no Brasil.
In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CITROS, 6, 2000, Bebedouro. Anais... p. 177-
216.
FEICHTENBERGER, E.; MÜLLER, G. W.; GUIRADO, N. Doenças dos citros (Citrus
spp). In: BERGAMIN, A.; KIMATI, H.; AMORIN, L.; FILHO, A. B.; CAMARGO, L. E. A.;
REZENDE, J. A. M. (Ed). Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas.
São Paulo: Ceres, 1997. p. 261-296.
FISCHER, R.; BENET-BUCHHOLZ, J. Chemistry and stereochemistry of spirodiclofen
(BAJ 2740). Pflanzenschutz-Nachrichten Bayer, Leverkusen, v. 55, n. 2-3, p. 1137-
147, 2002.
FORTES, J. F. Calda sulfocálcica: preparo caseiro e utilização. Pelotas:
EMBRAPA/CNPFT, 1992. 8 p. (Documento, 43).
FUCIK, J. E. Citrus tree size control: adapting hedging, topping and pruning practices to
various, orchards and tree spacings. In: INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 3.,
1978, Sydney, Proceedings... p. 309-314.
83
GARCIA, A. Sanidade agora é da semente ao copo. Visão Agrícola, Piracicaba, n. 2,
p. 4-7, 2004.
GOES, A.; RODAS, V. Z.; RODAS, T. H. Z.; BERETTA, M J. G.; DERRICK, K. S.
Control of citrus black spot in an organic grove in Brazil. In: INTERNACIONAL CITRUS
CONGRESS, 10, 2004, Agadir, Marocco. Abstracts… Agadir: International Society of
Citriculture, 2004. p. 90-91.
GONÇALVES, P. A. S. Eficácia de inseticidas sintéticos e naturais no controle de tripés
em cebola. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 15, n. 1, p. 32-34, 1997.
GONZALES, L. C.; CARBONELL, R. J.; SARDUY, J. H.; HERNANDEZ, O. H.
Efectividad de diferentes programas de podas para el control del barrenador de la rama
de los cítricos. Revista Centro Agrícola. v. 17, n. 1, p. 60-66, 1990.
GONZALEZ, J. L.; FOGUET, J. L.; BLANCO, A. S.; VINCIGUERRA, H. F.;
GLENCROSS, S. Rejuvenecimiento de plantas de naranjo mediante poda. EEAOC –
Avance Agroindustrial, Tucuman, n. 3, p. 5-8, 1996.
GRAVENA, S. Manejo ecológico de pragas dos citros – aspectos práticos. Laranja,
Cordeirópolis, v. 19, n. 1, p. 61-77. 1998.
GRAVENA, S., COLETTI, A.; YAMAMOTO, P. T. Influence of green cover with
Ageratum conyzoides and Eupatorium pauciflorum on predatory and phytophagous
mites in citrus. In: INTERNACIONAL CITRUS CONGRESS, 3. 1992, Acierale.
Proceedings… p.1259-1262. 1992.
GRAVENA, S.; BENETOLI, I.; MOREIRA, P. H. R.; YAMAMOTO, P. T. Euseius
citrifolius Denmark & Muma predation on citrus leprosis mite Brevipalpus phoenicis
(Geijskes) (Acari: Phytoseiidae:Tenuipalpidae). Anais da Sociedade Entomológica do
Brasil, Itabuna, v. 23, n. 2, p. 209-218, 1994.
84
GRAVENA, S. Manual prático de manejo ecológico de pragas de citros.
Jaboticabal: Gravena S/A, 2005. p. 372.
HARAMOTO, F. M. H. Biology and control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes)
(Acari: Tenuipalpidae). Honolulu: USDA, 1969. 63 p. (Technical Bulletin Havai
Agriculture Experimental Station).
HASSAN, S. A.; BIGLER, F.; BOGENSCHUTZ, H.; BOLLER, E.; BRUN, J.; CALIS, J. N.
M.; COREMANS-PELSENEER, J.; DUSO, C.; GROVE, A.; HEIMBACH, U.; HELYER,
N.; HOKKANEN, H.; LEWIS, G. B.; MANSOUR, F.; MORETH, L.; POLGAR, L.;
SAMSOE-PETERSEN, L.; SAUPHANOR, B.; STAUBLI, A.; STERK, G.; VAINIO, A.;
VAN DE VEIRE, M.; VIGGIANI, G.; VOGT. H. Results of the sixth joint pesticide testing
programme of the IOBC/WPRS-woking group pesticides and benefical organisms.
Entomophaga, Paris, v. 39, n. 1, p. 107-119. 1994.
HELLE. W.; BOLLAND, H.R.; HEITMANS, W.R.B. Chromosomes and types of
parthenogenesis in false spider mites (Acari: Tenuipalpidae). Genetica, Bethesda, n.54,
p. 45-50, 1980.
HIELD, H. Z.; HILGEMAN, R. H. Alternate bearing and chemical fruit thinning of certain
citrus varieties. In: INTERNATIONAL CITRUS SYMPOSIUM, 1., 1969, Riverside.
Proceedings... Riverside: International Society of Citriculture, 1969. v. 3, p. 1145-1153.
HOFMANN, H. Alimento orgânico e produto artesanal. Visão Agrícola, Piracicaba, n.2,
p. 24-29, 2004. Disponível em: < http: //www.saude.sc.gov.br>. Acesso em: 14 out.
2004.
INTRIGLIOLO, F.; RACITI, G.; SCUDERI, A. Mechanical and aided pruning combined
with tree removal of nucelar “Tarocco” orange. In: PROCEEDING OF SIXTH
INTERNACIONAL CITRUS CONGRESS…, 6., 1988, Tel Aviv, Israel. Proceedings… p.
947-952.
85
KITAJIMA, E. W.; MÜLLER, G. W.; COSTA, A. S. & YUKI, V. A. Short, rod like particles
associated with citrus leprosis. Virology, Orlando, v. 50, p. 254-258, 1972.
KITAJIMA, E. W.; LOVISOLO, O.; COLARICCIO, A.; CHAGAS, C. M. & ROSSETTI, V.
Vírus causador da leprose dos citros. In: OLIVEIRA, C. A. L.; DONADIO, L. C. (ed.).
Leprose dos citros. Jaboticabal, FUNEP: 1995. p. 19-32.
KITAJIMA, E. W.; ROSILLO, M. A.; PORTILLO, M. M.; MULLER, G. W.; COSTA, A. S.
Microscopia eletrônica de tecidos foliares de laranjeiras infectadas pela lepra explosiva
da Argentina. Fitopatologia, Lima, n. 9, p. 55-56, 1974.
KOLLER, O. C. Citricultura: laranja, limão e tangerina. Porto Alegre: Ed. Rígel, 1994.
p. 180-197.
KOMATSU, S. S.; NAKANO, O. Estudos visando o manejo do ácaro da leprose em
citros através do ácaro predador Euseius concordis (Acari: Phytoseiidae). Laranja,
Cordeirópolis, v. 9, n. 1, p. 125-145, 1988.
LEYVA, D.; ALVAREZ, E.; SÁNCHEZ, P. Efectos de la poda en setos del uso de
polinizadores sobre la producción del tangor ortanique. In: SIMPOSIO
INTERNACIONAL DE CITRICULTURA TROPICAL, 1986, Havana. Memória… v. 2, p.
2003-2006.
LEWIS, L. N.; McCARTY, C. D. Pruning and girdling of citrus. In: REUTHER, W. The
Citrus Industry.. Berkeley: University of Califórnia, 1973. v. 3, p.211-229.
LIU, P. World markets for organic citrus and citrus juice. FAO. Disponível em:
<http://www.fao.org> Acesso em: 17 jun. 2004.
LOCALI-FABRIS, E. C.; FREITAS-ASTUA, J.; SOUZA. A. A. TOKITA, M. A., ASTUA-
MONGE, G.; ANTONIOLI-LUIZON, R.; RODRIGUES, V.; TARGON, M. L. P. N.;
MACHADO, M. A. Complete nucleotide sequence, genomic organization and
86
phylogenetic analysis of Citrus Leprosis vírus cytoplasmatic type. Journal General
Virology, Reading, v.87, part 9, p. 2721-2729, 2006.
LOPES, J. R. S. Estudos com vetores de Xylella fastidiosa e implicações no manejo da
clorose variegada dos citros. Laranja, Cordeirópolis, v. 20, n. 2, p. 329-344, 1999.
McMURTRY, J. A.; SERIVEN, G.T. Studies on the integrated control of the citrus red
mite with the predaceous mite as a principal controlling agent. Annual Entomology
Society American, v. 57, n. 15, p. 647-655, 1968.
MAIA, O. M. A.; OLIVEIRA, C. A. L. Capacidade de colonização de Brevipalpus
phoenicis (Geijskes) (Acari: Tenuipalpidae) em cercas-vivas, quebra-ventos e plantas
invasoras. Neotropical Entomology, Londrina, v. 33, n. 5, p. 625-629, 2004.
MAIA, O. M. A.; OLIVEIRA, C. A. L. Transmissão do vírus da leprose de cercas-vivas,
quebra-ventos e plantas daninhas para laranjeiras através de Brevipalpus phoenicis
(Geijskes). Bragantia, Campinas, v. 64, n. 3, p. 417-422, 2005.
MARQUES, E.; MORAES, G. J. Eficiência da ácaros da família Phytoseiidae como
predadores de ácaros fitófagos dos citros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENTOMOLOGIA, 13. Recife. 1991. Resumos… p. 29, 1991.
MASHELA, P. W.; NTHANGENI, M. E. Osmolyte allocation in response to Tylenchulus
semipenetrans infection, stem girdling, and root pruning in citrus. Journal on
Nematology, Lake Alfred, v. 34, n. 3, p. 273-277, 2002.
MORAES, G. J.; SÁ, L. A. N. Perspectivas do controle biológico do ácaro da leprose em
citros. In: OLIVEIRA, C. A. L. de; DONADIO, L. C. Leprose dos citros. Jaboticabal-SP:
FUNEP, 1995. p. 117-128.
MOREIRA, P. H. R. Ocorrência, dinâmica populacional de ácaros predadores em
citros e biologia de Euseius citrifolius (Acari: Phytoseiidae). 1993. 125 p.
87
Dissertação (Mestrado em Entomologia agrícola) – Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 1993.
MOREIRA, S. Podas em plantas cítricas. O Agronômico, Campinas, v. 1, 1-2, p. 43-49,
1941.
MUSUMECI, M. R.; ROSSETTI, V. Transmissão dos sintomas da leprose dos citros
pelo ácaro Brevipalpus phoenicis. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 15, n. 3, p. 228,
1963.
NANTES, J.F.D.; ATIQUE, C.C. Relação entre leprose e queda de frutos em citros. In:
ANAIS DO CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 1993, Piracicaba.
Anais... p. 181.
NEVES, E. M.; RODRIGUES, L.; GASTALDI, H. L. G. Defensivos agrícolas e custos na
produção de citros. Visão Agrícola, Piracicaba, n. 2, p. 127-131, 2004.
NEVES, E. M.; RODRIGUES, L.; DAYOUB, M.; DRAGONE, D. S. Efeitos alocativos na
citricultura: um comportamento entre anos de crise e de euforia. Laranja, Cordeirópolis,
v. 24, n. 1, p. 1-17, 2003.
NUNES, M. A. Constatação da transmissibilidade do vírus da leprose dos citros
por Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) em cercas-vivas, quebra-ventos e
plantas daninhas através da microscopia eletrônica de transmissão. 2004. 46 f.
Dissertação (Mestrado em Entomologia Agrícola- Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2004.
OLIVEIRA, C .A. L. de. Flutuação populacional e medidas de controle do ácaro da
leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) em citros. Laranja, Cordeirópolis, n. 1,
v. 7, p. 1-31, 1986.
OLIVEIRA, C. A. L. de. Cercas vivas, quebra-ventos e plantas daninhas no manejo da
leprose. Visão Agrícola, Piracicaba, n. 2, p. 30-31, 2004.
88
OLIVEIRA, C. A. L. de; MATUO, W. H. Efeito da umidade relativa do ar e temperatura
sobre a eficiência do óxido de fenbutatina no controle do ácaro da leprose dos citros
Brevipalpus phoenicis (Geijskes). Ecossistema, Espírito Santo do Pinhal, v. 24, n. 1, p.
98-103, 1999.
OLIVEIRA, C. A. L. de; PATTARO, F. C. Efeito do acaricida spirodiclofen na
fecundidade, fertilidade e sobrevivência de fêmeas de Brevipalpus phoenicis (Acari:
Tenuipalpidae) em laboratório. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA,
20., 2004a, Resumos... Gramado. p. 169.
OLIVEIRA, C.A.L. de; PATTARO, F.C. Eficiência do spirodiclofen sobre adultos de
Brevipalpus phoenicis (Acari: Tenuipalpidae) por ação tópica e residual, em laboratório.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20. 2004b, Resumos...Gramado.
p. 168.
OLIVEIRA, C. A. L. de; PATTARO, F. C. Leprose: Estratégias de manejo que bem
utilizadas podem erradica-la do seu pomar. HFF & CITRUS, Jaguariúna, v. 3, n. 3, p.
34-36, 2004c.
OLIVEIRA, C. A. L. de; PATTARO, F. C. Manejo da Leprose dos citros... In:
NASCIMENTO, L. M. (Coord.). Cordeirópolis: 2005. 1 CD-ROM.
OLIVEIRA, C.A.L. de; OLIVEIRA, M.L.; BARBOSA, J. C. Efeito da adição de óleo
mineral ao cyhexatin para controle do ácaro da leprose dos citros Brevipalpus phoenicis
(Geijskes). Científica, São Paulo, v. 28, n. 1/2, p. 45-55, 2000.
OLIVEIRA, C. A. L. de; SANTOS, J. R. J. E.; SALA, I. Ácaro da leprose dos citros:
resultados de 104 ensaios de campo visando seu controle 1985-1990. Jaboticabal:
FUNEP, 1991.56 p.
OLIVEIRA, M. L.; PATTARO, F. C.; OLIVEIRA, C. A. L. de. Influência do resíduo de
calda sulfocálcica na eficiência do Vertimec 18CE no controle de Phyllocoptruta
89
oleivora, em citros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 19. 2002,
Manaus. Resumos... p. 252.
OMOTO, C. Resistência de Brevipalpus phoenicis (Acari: Tenuipalpidae) aos produtos
químicos na citricultura. In: OLIVEIRA, C. A. L. de; DONADIO, L. C. Leprose dos
citros. Jaboticabal-SP: FUNEP, 1995. p. 179-188.
PASCON, R. C.; KITAJIMA, J. P.; BRETON, M. C.; ASSUMPÇÃO, L.; GREGGIO, C.;
ZANCA, A. S.; OKURA, V. K.; ALEGRIA, M. C.; CAMARGO, M. E.; SILVA, G. G. C;
CARDOZO, J. C.;VALLIM, M. A.; FRANCO, S. F.; SILVA, V. H.; JORDÃO JÚNIOR, H.;
OLIVEIRA, F.; GIACHETTO, P. F.; FERRARI, F.; AGUILAR-VILDOSO, C. I.;
FRANCHISCINI, F. J. B.; SILVA, J. M. F.; ARRUDA, P.; FERRO, J. A.; REINACH, F.;
SILVA, A. C. R.. The complete nucleotide sequence and genomic organization of Citrus
Leprosis associated Virus, Cytoplasmatic type (CiLV-C). Virus Genes, Dordrecht, v.32,
n.3, p. 289-298, 2006.
PATTARO, F. C. Calda sulfocálcica no agrossistema citrícola. 2003. 73 f.
Dissertação (Mestrado em Agronomia – Entomologia Agrícola) - Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2003.
PATTARO, F. C.; BUFALINO, S. B. ; OLIVEIRA, C. A. L. Eficiência da calda sulfocálcica
sobre Tetranychus mexicanus (Mc Gregor, 1950) em mudas de citros em casa de
vegetação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 19.,2002, Manaus,
Resumo... p. 252.
PATTARO, F. C.; OLIVEIRA, C. A. L. de; OLIVEIRA, M. L. de. Eficiência da calda
sulfocálcica por ação residual, tópica e ovicida no controle de Brevipalpus phoenicis
(Acari: Tenuipalpidae) sobre frutos de citros, em laboratório. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Gramado. Resumos... p.168.
PATTARO, F. C.; OLIVEIRA, C. A. L. de. Calda sulfocálcica: aplicações e implicações.
Uberlândia, Campo e negócios. v. 3, n. 28. 2005. p. 58-61.
90
PENTEADO, S.R. Uso da calda sulfocálcica no controle alternativo de ácaros na
citricultura. Disponível em:<http://www.organica.com.br>. Acesso em: 3 set. 2004.
PETTO NETO, A. Práticas culturais. In: RODRIGUEZ, O.; VIÉGAZ, F.; POMPEU Jr, J.;
AMARO, A. A. Citricultura brasileira. 2. ed. Campinas: Fundação Cargill, 1991. v.1, p.
476-492.
PIJNACKER, L. P.; FERWERDA, M. A; BOLLAND, H. R.; HELLE, W. Haploid female
parthenogenesis in the false spider mite Brevipalpus obovatus (Acari Tenuipalpidae).
Genética, Bethesda, v. 51, n. 3, p. 211 - 214, 1980.
PLANETA ORGÂNICO. Citricultura orgânica – I. Disponível em:
<http://www.planetaorganico.com.br>. Acesso em: 14 jan. 2003.
POLETTI, M.; OMOTO, C. Relações de resistência cruzada entre spirodiclofen e alguns
acaricidas recomendados para o manejo de Brevipalpus phoenicis (Acari:
Tenuipalpidae) em citros. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20.
2004, Gramado-RS. Resumos... Gramado: SEB, 2004. p. 515.
POLITO, W. L. Os fertiprotetores (calda sulfocálcica, calda bordalesa, calda viçosa e
outros) no contexto da trofobiose. In: HEIN, M. Resumos do 1O encontro de
processos de proteção de plantas: controle ecológico de pragas e doenças.
Botucatu: Agroecológica, 2001. cap. 7, p. 75-89.
PRALORAN, J. C. La poda. Barcelona: Los Agrios,1977. p. 357-360.
PRATES, H. S. Caldas bordalesa, sulfocálcica e viçosa produtos alternativos na
citricultura. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br>: Acesso em: 14 jun. 1999.
RAGA, A.; SATO, M. E.; CERÁVOLO, L. C.; ROSSI, A. C. Efeito de acaricidas sobre o
ácaro da leprose Brevipalpus phoenicis (Geijskes) e seletividade a ácaros predadores.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 14., 1996. Curitiba, Resumos...
p. 561.
91
REIS, P. R.; FRANCO, R. A. Seletividade de Thiamethoxam a ácaros predadores
pertencentes à família Phytoseiidae encontrados em cafeeiro. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Gramado-RS. Resumos... Gramado:
SEB, 2004. p. 163.
REIS, P. R.; SOUSA, E. O.; ALVES, E. B. Seletividade de produtos fitossanitários ao
ácaro predador Euseius alatus DeLeon (Acari: Phytoseiidae). Revista Brasileira de
Fruticultura, Jaboticabal, v. 21, n. 3, p. 350-355, 1999.
REITZ, H.J.; EMBLETON, T.W. Production practices that influence fresh fruti quality. In:
WARDOWSKI, W.F.; NAGY, S.; GRIERSON, W. Fresh citrus fruits, New York: Van
Nostrand Reinhold, 1986. p. 60-63.
RODRIGUES, J. C. V. Relações patógeno-vetor-planta no sistema leprose dos
citros. 2000,168 f. Tese. (Doutorado em Ciências) - Centro de Energia Nuclear na
Agricultura, Universidade de São Paulo, Piracicaba, escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiróz, 2000.
RODRIGUES, J. C. V. Programa de redução do inóculo da leprose dos citros. Laranja,
Cordeirópolis, v. 23, n. 2, p. 307-332, 2002.
RODRIGUES, J. C. V.; NOGUEIRA, N. L.; FREITAS, D. S. Leprose dos citros:
importância, histórico, distribuição e relações com o ácaro vetor. Laranja, Cordeirópolis,
v. 15,n. 1, p. 123-138, 1994.
RODRIGUES, J. C. V.; NOGUEIRA, N. L.; FREITAS, D. S. ; PRATES, H. S. Virus-like
particles associated with Brevipalpus phoenicis Geijskes (Acari: Tenuipalpidae), vector
of citrus leprosis virus. Anais Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 26, n.
2, p. 391,1997.
RODRIGUES, J. C. V.; NOGUEIRA, N. L.; PRATES, H. S.; FREITAS, D. S.; ROSSI, M.
L. Leprose dos citros: relação vetor x patógeno x planta. Laranja, Cordeirópolis, v. 16,
n. 2, p. 97-106, 1995.
92
RODRIGUES, J. C. V.; CHILDERS, C. C.; KITAJIMA, E. W.; MACHADO, M. A.;
NOGUEIRA, N.L. Uma estratégia para o controle da leprose dos citros. Laranja,
Cordeirópolis, v. 22, n. 2, p. 411-423, 2001.
RODRIGUES, J. C. V. Leprose dos citros, cito-histopatologia, transmissibilidade e
relação com o vetor Brevipalpus phoenicis Geijskes (Acari: Tenuipalpidae). 1995.
79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências), Centro de Energia Nuclear na Agricultura,
Escola Superior de agricultura Luiz de Queiróz, Universidade de São Paulo, Piracicaba,
1995a.
RODRIGUES, J. C. V. Leprose dos citros: relação vetor x patógeno. In: OLIVEIRA,
C.A.L. de; DONADIO, L.C. Leprose dos citros. Jaboticabal-SP: FUNEP, 1995b. p. 57-
68.
RODRIGUES, R. Citros. In: MATTOS JUNIOR, D.; NEGRI, J. D.; PIO, R. M.; POMPEU
JUNIOR, J. Citros. Campinas: IAC, 2005. p. 929.
RODRIGUEZ, O. Aspectos fisiológicos, nutrição e adubação dos citros. In:
RODRIGUEZ, O.; VIÉGAZ, F.; POMPEU Jr, J.; AMARO, A. A. Citricultura Brasileira.
2. ed. Campinas: Fundação Cargill, 1991. v. 1, p. 434-491.
RONDON, P. P.; LÓPEZ, A. L. Propiedades de explotacion de los agregados para la
poda de citricos en Cuba. Revista Ciencias Técnicas Agropecuarias, La Havana, v.
1, n. 3, p. 61-70, 1988.
ROSSETTI, V. A Leprose dos citros no Brasil. In: OLIVEIRA, C. A. L. de; DONADIO, L.
C. Leprose dos citros. Jaboticabal: FUNEP, 1995. p. 1-12.
ROSSETTI, V.V. Manual ilustrado de doenças dos citros: doenças causadas por
vírus e semelhantes. Piracicaba: Fealq/Fundecitrus, 2001. p. 207.
ROSSETTI, V.; LASCA, C. C.; NEGRETTI, S. New developments regarding leprosis
and zonate chlorosis of citrus. In: INTERNACIONAL CITRUS SYMPOSIUM, 1., 1969,
93
Riverside, Proccedings... p. 1453-1456.
ROSSETTI, V.; COLARICCIO, A.; CHAGAS, C.M.; SATO, M.E. & RAGA, A. Leprose
dos citros. Boletim Técnico do Instituto Biológico, São Paulo, v. 6, n.1, p. 5-27, 1997.
SALVA, R. A.; MASSARI, C. A. Situação do ácaro da leprose no Estado de São Paulo-
levantamento-Fundecitrus. In: OLIVEIRA, C. A. L. de; DONADIO, L.C. Leprose dos
citros. Jaboticabal-SP: FUNEP, 1995. p.13-17.
SALVO FILHO, A. Produção de frutas de mesa/exportação. In: DONADIO, L. C.
Seminário internacional de citros: tratos culturais, 5. Campinas: Fundação Cargill,
1998. p. 305-320.
SANTOS, A. C.; GRAVENA, S. Seletividade de acaricidas a insetos e ácaros
predadores em citros. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 26,
n. 1, p. 99-105, 1997.
SANTOS FILHO, H. P.; LARANJEIRA, F. F. Melanose e podridão penduncular. Cruz
das Almas: EMBRAPA, 2003. (Citros em Foco, 19).
SATO, M. E.; RAGA, A.; CERÁVOLO, L. C.; ROSSI, A. C.; PATENZA, M. R. Ácaros
predadores em pomar cítrico de Presidente Prudente, Estado de São Paulo. Anais da
Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 23, n. 3, p. 435-441, 1994.
SATO, M. E.; RAGA, A.; CERÁVOLO, L. C.; CEZÁRIO, A. C.; ROSSI, A.C. Efeito da
utilização de acaricidas em citros, sobre a população de Brevipalpus phoenicis
(Geijskes, 1939) e ácaros predadores (Phytoseiidae). Science Agrícola, Piracicaba,
v. 52, n. 2, p. 282-286, 1995.
SILVA, C. A. D.; CHIAVEGATO, L. G. Comportamento do ácaro Brevipalpus phoenicis
(Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) sob condições adversas de ambiente. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 14., 1993, Piracicaba, p. 714.
94
SILVEIRA, D. F. da.; SCHWARZ, S. F.; KOLLER, O . C. Comportamento da laranjeira
“Valência” (clone velho) submetida a poda de rejuvenescimento. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13., 1994, Salvador. Salvador: SBF, 1994. v. 2, p.
186.
SMILANICK, J. L.; SORENSON, D. Control of postharvest decay of citrus fruit with
calcium polysulfide. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 21, n. 2, p.
157-168, 2001.
SOUZA, R. S.; OLIVEIRA, C. A. L. Desenvolvimento populacional do Brevipalpus
phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) submetidos a diferentes níveis de
umidade relativa do ar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004,
Gramado. Resumos... Gramado: SEB, 2004, p. 170.
SOUZA, L. D.; SOUZA, L. S. S.; LEDO, C. A. S. Disponibilidade de água em pomar de
citros submetido a poda e subsolagem em latossolo amarelo dos tabuleiros costeiros.
Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, n. 1, p. 69-73, 2004.
SOUZA, R. S.; OLIVEIRA, C. A. L; ARAÚJO, J. A. C.; FERNANDES, E. J.
Desenvolvimento do Brevipalpus phoenicis sobre plantas de citros submetidos a
diferentes condições hídricas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA,
19., 2002, Manaus. Resumos... p. 253.
STEWART, I.; WHEATON, T. A.; REESE, R. L. Collapse of “Murcott” citrus trees.
HortScience, Alexandria, v. 3, n. 4, p. 230-231, 1968.
STUCHI, E.S. Controle do tamanho de plantas. Laranja, Cordeirópolis, v. 15, n. 2, p.
295-342, 1994.
SYVERTSEN, J. P. Physiological determinants of citrus tree growth and development.
In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM OF FRUIT CROP: production and quality of fruits,
1., 1999, Botucatu. Proceedings… p. 123-160.
95
TRINDADE, M. L. B.; CHIAVEGATO, L. G. Caracterização biológica dos ácaros
Brevipalpus obovatus, B. californicus B. californicus e B. phoenicis (Acari:
Tenuipalpidae). Anais Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 2, p. 189-195,
1994.
TUCKER, D. P. H.; WHEATON, T. A.; STOVER, E. W. Manejo do tamanho e da forma
da árvore cítrica na Flórida. In: DONADIO, L. C. Seminário internacional de citros:
tratos culturais, 5. Bebedouro: Fundação Cargill, 1998. p. 377-391.
TURRA, C.; GHISI, F.A. Produção de laranja orgânica no Brasil: produção, mercado e
tendências, ANAIS DO CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA
E SOCIOLOGIA RURAL, 2004, Cuiabá. Anais... p.
ULIAN, L. F.; OLIVEIRA, C. A. L. Comportamento do ácaro da leprose dos citros em
diferentes cercas-vivas e quebra-ventos utilizados em pomares cítricos da região de
Bebedouro, SP. Revista de Agricultura, Piracicaba, v. 77, m. 1, p. 103-112, 2002.
USP/PENSA. Citros colorem sudeste brasileiro de verde e laranja. Visão Agrícola,
Piracicaba, n. 2, p. 90-92, 2004.
VAILATI, J. Do Brasil para o mundo. Disponível
em:<http://www.centraldecitricultura.br>. Acesso em: 28 mai. 2003.
YAMAMOTO, P. T.; BASSANEZI, R. B. Seletividade de produtos fitossanitários aos
inimigos naturais de pragas dos citros. Laranja, Cordeirópolis, v. 24, n. 2, p. 353-382,
2003.
YAMAMOTO, P. T.; PINTO, A. de S.; PAIVA, P. E. B. & GRAVENA, S. Seletividade de
agrotóxicos aos inimigos naturais de pragas dos citros. Laranja, Cordeirópolis, v. 13, n.
2, p. 709-755, 1992.
WACHENDORFF, U.; NAUEN, R.; SCHNORBACH, H. J.; RAUCH, R.; ELBERT, A. The
biological profile of spirodiclofen (Envidor) – a new selective tetronic acid acaricide.
96
Pflanzenschutz-Nachrichten Bayer Leverkusen, v. 55, n. 2-3, p. 149-163, 2002.
WARDOWSKI, W. F.; NAGY, S.; GRIERSON, W. Fresh citrus fruits. New York: Van
Nostrand Reinhold, 1986. p. 61-63.
WEEKS, A.; MAREK, F.; BREEUWAR, J. A. J. A mite species that consists entirely of
haploid females. Science, Washington, v. 292, p. 2479-2482, 2001.
WOLF, C.; SCHNORBACH, H. J. Ecobiological profile of the acaricide spirodiclofen.
Pflanzenschutz-Nachrichten Bayer Leverkusen, v. 55, n. 2-3, p. 177-187. 2002.
ZARAGOZA, S.; ALONSO, E. Citrus pruning in Spain. In: INTERNATIONAL CITRUS
CONGRESS, 3., 1981, Tokyo. Proceedings…, v. 1, p. 172-174.
ZUBRZYCKI, H. M. Produção de frutas cítricas no nordeste argentino na presença do
cancro cítrico (Xanthomonas axonopodis pv citri). In: DONADIO, L. C. V seminário
internacional de citros: tratos culturais. Bebedouro: Fundação Cargill, 1998. p. 251-
272.
98Saldo financeiro (R$/ha) decorrente da aplicação das diferentes estratégias empregadas no controle da leprose dos citros ao final de três safras. Reginópolis-SP. Saldos
Estratégias Safra 2003-2004 Safra 2004-2005 Safra 2005-2006 Acumulado Poda drástica + poda de condução - 6.185,47 127,56 - 951,59 - 7.009,50 Poda drástica - 6.185,47 438,57 3.205,35 - 2.541,55 Poda drástica + spirodiclofen + poda de condução - 6.185,47* - 1.079,55* 3.013,91 - 4.251,11 Poda drástica + spirodiclofen - 6.185,47 - 1.133,67 2.228,06 - 5.091,08 Poda drástica + calda sulfocálcica + poda de condução - 6.185,47* - 2.574,72* - 259,06 - 9.019,25 Poda drástica + calda sulfocálcica - 6.185,47 - 2.739,08 - 597,74 - 9.522,29 Poda intermediária sem lesões + poda de condução - 4.394,47* 2.643,63 105,19 - 1.645,68 Poda intermediária sem lesões - 4.394,47 2.519,36 4.901,25 3.026,14 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen + poda de condução - 4.394,47* 236,05 4.045,94 - 112,48 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen - 4.394,47 511,83 4.640,10 757,46 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica + poda de condução - 4.394,47* - 1.817,01 787,79 - 5.423,69 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica - 4.394,47 - 1.841,71 1.383,78 - 4.852,40 Poda intermediária com lesões + poda de condução - 2.471,40* 3.515,36 - 710,63 - 333,33 Poda intermediária com lesões - 2.471,40 4.133,20 4.300,19 5.961,99 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen + poda de condução - 2.471,40* 2.218,20 3.293,78 3.040,58 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen - 2.471,40 1.404,95 4.613,50 3.547,05 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica + poda de condução - 2.471,40* - 869,45 - 1.516,28 - 4.857,13 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica - 2.471,40 - 726,57 1.782,79 - 1.415,18 Poda leve + poda de condução 8.555,23* 5.188,38 2.255,91 15.999,52 Poda leve 8.555,23 5.540,33 4.633,68 18.729,24 Poda leve + spirodiclofen + poda de condução 8.555,23* 2.809,20 2.790,42 14.154,85 Poda leve + spirodiclofen 8.555,23 3.311,88 4.080,86 15.947,97 Poda leve + calda sulfocálcica + poda de condução 8.555,23* 915,54 1.807,70 11.278,47 Poda leve + calda sulfocálcica 8.555,23 1.000,68 2.312,15 11.869,06 Sem poda + poda de condução 9.027,90* 5.269,86 3.027,52 17.325,28 Sem poda 9.027,90 5.910,81 4.967,93 19.906,64 Sem poda + spirodiclofen + poda de condução 9.027,90* 3.473,67* 3.844,46* 16.346,03* Sem poda + spirodiclofen 9.027,90 3.473,67 3.844,46 16.346,03 Sem poda + calda sulfocálcica + poda de condução 9.027,90* 1.331,62* - 569,23 9.790,29*
Sem poda + calda sulfocálcica 9.027,90 1.331,62 2.057,65 12.417,17 Replantio + poda de condução - 5.146,68* - 1.589,49 - 2.317,61 - 9.053,78*
Replantio - 5.146,68 - 1.645,57 - 1.495,48 - 8.287,73 Replantio + sprirodiclofen + poda de condução - 5.146,68* - 2.342,66* - 1.911,75* - 9.401,09*
Replantio + spirodiclofen - 5.146,68 - 2.292,66 - 1.911,75 - 9.351,09 Replantio + calda sulfocálcica + poda de condução - 5.146,68* - 3.170,60* - 2.974,11* - 11.291,39*
Replantio + calda sulfocálcica - 5.146,68 - 3.120,60 - 2.974,11 - 11.241,39 Tratamentos que não tiveram necessidade que se realizasse podas de condução.
99Resumo da estimativa de custo (R$/ha) decorrente das podas empregadas no controle da leprose dos citros ao final da safra 2003-2004. Reginópolis-SP. Despesas
Estratégias Operações mecanizadas Operações manuais Insumos e material Poda drástica + poda de condução - - - Poda drástica 4.648,15 1.011,54 525,78 Poda drástica + spirodiclofen + poda de condução - - Poda drástica + spirodiclofen - - - Poda drástica + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Poda drástica + calda sulfocálcica - - - Poda intermediária sem lesões + poda de condução - - - Poda intermediária sem lesões 4.047,72 1.159,91 251,48 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen + poda de condução - - - Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen - - - Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica - - - Poda intermediária com lesões + poda de condução - - - Poda intermediária com lesões 4.047,73 1.257,82 249,37 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen + poda de condução - - - Poda intermediária com lesões + spirodiclofen - - - Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica - - - Poda leve + poda de condução - - - Poda leve 0,00 1.261,96 177,37 Poda leve + spirodiclofen + poda de condução - - - Poda leve + spirodiclofen - - - Poda leve + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Poda leve + calda sulfocálcica - - - Sem poda + poda de condução - - - Sem poda 0,00 1.010,68 0,33 Sem poda + spirodiclofen + poda de condução - - - Sem poda + spirodiclofen - - - Sem poda + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Sem poda + calda sulfocálcica - - - Replantio + poda de condução - - - Replantio 2.156,28 566,44 2.423,96 Replantio + sprirodiclofen + poda de condução - - - Replantio + spirodiclofen - - - Replantio + calda sulfocálcica + poda de condução - - - Replantio + calda sulfocálcica - - - -Tratamentos que não tiveram necessidade de serem aplicados no primeiro ano de condução do experimento.
100Resumo da estimativa de custo (R$/ha) decorrente da aplicação das diferentes estratégias empregadas no controle da leprose dos citros ao final da safra 2004-2005. Reginópolis-SP. Despesas
Estratégias Operações mecanizadas Operações manuais Insumos e material Poda drástica + poda de condução 0,00 423,07 6,06 Poda drástica 0,00 117,24 0,81 Poda drástica + spirodiclofen + poda de condução ** * ** Poda drástica + spirodiclofen 788,90 232,28 678,81 Poda drástica + calda sulfocálcica + poda de condução ** ** **
Poda drástica + calda sulfocálcica 2.395,92 463,95 445,53 Poda intermediária sem lesões + poda de condução 0,00 819,99 6,06 Poda intermediária sem lesões 0,00 445,48 0,80 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen + poda de condução 1.025,30 666,81 925,53 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen 1.025,30 607,42 923,30 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica + poda de condução 3.119,40 1.136,29 610,69 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica 3.119,40 866,21 606,94 Poda intermediária com lesões + poda de condução 0,00 957,51 6,06 Poda intermediária com lesões 0,00 700,07 0,82 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen + poda de condução 1.066,86 1.250,80 966,06 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen 1.066,86 767,95 960,82 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica + poda de condução 3.241,02 1.417,26 635,33 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica 3.241,02 1.084,86 629,80 Poda leve + poda de condução 0,00 1.194,80 6,06 Poda leve 0,00 895,34 895,67 Poda leve + spirodiclofen + poda de condução 1.126,80 1.204 578,20 Poda leve + spirodiclofen 1.126,80 999,92 573,69 Poda leve + calda sulfocálcica + poda de condução 3.423,09 1.522,65 659,71 Poda leve + calda sulfocálcica 3.423,09 1.394,11 657,63 Sem poda + poda de condução 0,00 1.562,68 12,13 Sem poda 0,00 953,78 0,33 Sem poda + spirodiclofen + poda de condução ** ** **
Sem poda + spirodiclofen 1.127,40 1.095,78 1.017,33 Sem poda + calda sulfocálcica + poda de condução ** ** **
Sem poda + calda sulfocálcica 3.423,12 1.447,98 667,77 Replantio + poda de condução ** ** **
Replantio 1.238,00 245,17 190,08 Replantio + sprirodiclofen + poda de condução ** ** ** Replantio + spirodiclofen 1.625,34 299,37 385,08 Replantio + calda sulfocálcica + poda de condução ** ** **
Replantio + calda sulfocálcica 2.406,74 412,01 318,98 * Tratamentos que não tiveram necessidade que se realizasse podas de condução.
101Resumo da estimativa de custo (R$/ha) decorrente da aplicação das diferentes estratégias empregadas no controle da leprose dos citros ao final da safra 2005-2006 (parcial). Reginópolis-SP. Despesas
Estratégias Operações mecanizadas Operações manuais Insumos e material Poda drástica + poda de condução 0,00 4.338,80 60,62 Poda drástica 0,00 711,09 0,00 Poda drástica + spirodiclofen + poda de condução 520,50 1.144,23 100,30 Poda drástica + spirodiclofen 520,50 742,40 97,27 Poda drástica + calda sulfocálcica + poda de condução 2.110,50 1.264,79 285,91 Poda drástica + calda sulfocálcica 2.110,50 848,46 281,36 Poda intermediária sem lesões + poda de condução 0,00 5.028,24 66,73 Poda intermediária sem lesões 0,00 1.087,30 0,00 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen + poda de condução 550,12 1.424,73 274,56 Poda intermediária sem lesões + spirodiclofen 550,12 1.329,05 271,56 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica + poda de condução 2.218,50 1.551,60 320,00 Poda intermediária sem lesões + calda sulfocálcica 2.218,50 1.342,57 315,45 Poda intermediária com lesões + poda de condução 0,00 4.847,24 66,66 Poda intermediária com lesões 0,00 953,96 0,00 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen + poda de condução 547,87 1.934,91 334,42 Poda intermediária com lesões + spirodiclofen 547,87 1.333,43 322,30 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica + poda de condução 2.218,50 2.987,33 405,11 Poda intermediária com lesões + calda sulfocálcica 2.218,50 1.444,26 374,81 Poda leve + poda de condução 0,00 2.547,92 27,30 Poda leve 0,00 1.027,94 0,00 Poda leve + spirodiclofen + poda de condução 564,00 1.216,43 514,32 Poda leve + spirodiclofen 564,00 1.264,22 511,29 Poda leve + calda sulfocálcica + poda de condução 2.284,50 2.800,71 609,19 Poda leve + calda sulfocálcica 2.284,50 1.638,58 591,90 Sem poda + poda de condução 0,00 8.428,21 121,38 Sem poda 0,00 1.102,10 0,00 Sem poda + spirodiclofen + poda de condução ** ** ** Sem poda + spirodiclofen 564,37 1.211,92 511,28 Sem poda + calda sulfocálcica + poda de condução 2.284,50 3.729,32 628,31 Sem poda + calda sulfocálcica 2.284,50 1.582,12 591,90 Replantio + poda de condução 1.259,36 1.178,27 125,56 Replantio 1.259,36 268,67 111,00 Replantio + sprirodiclofen + poda de condução ** ** **
Replantio + spirodiclofen 1.509,48 318,98 263,36 Replantio + calda sulfocálcica + poda de condução ** ** ** Replantio + calda sulfocálcica 2.286,86 427,00 287,38 * Tratamentos que não tiveram necessidade que se realizasse podas de condução.
102
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ 2 bicos 9,26 32,42 300,20 4 1.200,83
Retirada das plantas podadas HM Tp 75cv.4x2 + carreta 4 t 109,3 31,54 3.447,32 1 3.447,32
Subtotal A 4.648,15
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,65/h) + aplic (R$ 2,41/h) 9,26 5,06 46,85 2 93,71
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,31 12 51,76
Poda Braçal (R$ 2,41/h) 95,2 2,41 229,43 1 229,43
Aplicação de pasta de cobre Braçal (R$ 2,41/h) 4,94 2,41 11,90 1 11,90
Pintura de tronco Braçal (R$ 2,41/h) 29,75 2,41 71,69 1 71,69
Retirada das plantas podadas Tratorista (R$ 2,65/h) + braçal (R$ 2,41/h) 109,3 5,06 553,05 1 553,05
Subtotal B 1.011,54
C-Insumos/material
glifosato litros (R$ 12,00) 6 72,00
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,3 173,03
Tinta latex branca galão 18 L (R$ 45,00) 6 270,00
Pincel 75 mm 34,69 0,17 5,90 1 5,90
Serra Fuzil 95,20 0,013 1,23 1 1,23
Tesoura de poda Corneta 95,20 0,038 3,62 1 3,62
Subtotal C 525,78
Total despesas 6.185,47
Saldo negativo 6.185,47
103
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 65,95 75,84
Subtotal B 117,24
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,61
Subtotal C 0,81
Total despesas 118,05
Receita (colheita) 65,95 cx x R$ 8,44 556,62
Saldo positivo 438,57
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 119 2,57 305,83 1 305,83
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 65,95 75,84
Subtotal B 423,07
C-Insumos/material
Serra Fuzil 119 0,013 1,54 1 1,54
Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 1 4,52
Subtotal C 6,06
Total despesas 429,06
Receita (colheita) 65,95 cx x R$ 8,44 556,62
Saldo positivo 127,56
104
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 10,66 37,46 399,32 6 2.395,92
Subtotal A 2.395,92
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Pulverização calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 10,66 5,4 57,56 6 345,38
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 67,1 77,17
Subtotal B 463,95
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.084,68 444,72
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,61
Subtotal C 445,53
Total despesas 3.305,40
Receita (colheita) 67,1cx x R$ 8,44 566,32
Saldo negativo 2.739,08
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica x spirodiclofen - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 10,53 37,46 394,45 2 788,90
Subtotal A 788,90
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 10,53 5,4 56,86 2 113,72
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 67,1 77,16
Subtotal B 232,28
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 1,808 678,00
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,61
Subtotal C 678,81
Total despesas 1.700,00
Receita (colheita) 67,10 cx x R$ 8,44 566,32
Saldo negativo 1.133,67
105
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 546,99 711,09
Subtotal B 711,09
C-Insumos/material
Subtotal C
Total despesas 711,09
Receita (colheita) 546,99 cx x R$ 7,16 3.916,44
Saldo positivo 3.205,35
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 119 3,12 371,28 10 3.712,80
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 481,54 626,00
Subtotal B 4.338,80
C-Insumos/material
Serra Fuzil 119 0,013 1,54 10 15,40
Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 10 45,22
Subtotal C 60,62
Total despesas 4.399,42
Receita (colheita) 481,54 cx x R$ 7,16 3.447,82
Saldo negativo 951,59
106
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,07 37,50 527,62 4 2.110,50
Subtotal A 2.110,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,07 6,55 92,15 4 368,63
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 369,1 479,83
Subtotal B 848,46
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 531,20 281,36
Subtotal C 281,36
Total despesas 3.240,49
Receita (colheita) 369,1cx x R$ 7,16 369,1 2.642,75
Saldo negativo 597,74
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,07 37,50 527,62 4 2.110,50
Subtotal A 2.110,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,07 6,55 92,15 4 368,63
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 89,25 3,12 278,46 1 278,46
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 475,16 617,7
Subtotal B 1.264,79
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 531,20 281,36
Serra Fuzil 89,25 0,013 1,16 1 1,16
Tesoura de poda Corneta 89,25 0,038 3,39 1 3,39
Subtotal C 285,91
Total despesas 3.661,20
Receita (colheita) 475,16 cx x R$ 7,16 475,16 3.402,14
Saldo negativo 259,06
107
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,07 37,5 527,62 4 2.110,50
Subtotal A 2.110,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,07 6,55 92,15 4 368,63
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 89,25 3,12 278,46 1 278,46
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 475,16 617,7
Subtotal B 1.264,79
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 531,20 281,36
Serra Fuzil 89,25 0,013 1,16 1 1,16
Tesoura de poda Corneta 89,25 0,038 3,39 1 3,39
Subtotal C 285,91
Total despesas 3.661,20
Receita (colheita) 475,16 cx x R$ 7,16 475,16 3.402,14
Saldo negativo 259,06
108
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,88 37,50 520,5 1 520,50
Subtotal A 520,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 13,88 6,55 90,91 1 90,91
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 501,15 651,49
Subtotal B 742,40
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 0,66 97,27
Subtotal C 97,27
Total despesas 1.360,17
Receita (colheita) 501,15cx x R$ 7,16 501,15 3.588,23
Saldo positivo 2.228,06
Estimativa de custo (R$/ha): poda drástica x spirodiclofen x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,88 37,50 520,5 1 520,50
Subtotal A 520,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 13,88 6,55 90,91 1 90,91
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 59,5 3,12 185,64 1 185,64
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 667,45 867,68
Subtotal B 1.144,23
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 0,66 97,27
Serra Fuzil 59,5 0,013 0,773 1 0,773
Tesoura de poda Corneta 59,5 0,038 2,26 1 2,26
Subtotal C 100,3
Total despesas 1.765,03
Receita (colheita) 667,45 cx x R$ 7,16 667,45 4.778,94
Saldo positivo 3.013,91
109
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 32,42 300,20 2 600,40
Retirada das plantas podadas HM Tp 75cv.4x2 + carreta 4 t 109,3 31,54 3.447,32 1 3.447,32
Subtotal A 4.047,72
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,65/h) + aplic (R$ 2,41/h) 9,26 5,06 48,85 2 93,71
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,31 12 51,76
Poda Braçal (R$ 2,41/h) 142,8 2,41 344,14 1 344,14
Aplicação de pasta de cobre Braçal (R$ 2,41/h) 4,94 2,41 11,90 1 11,9
Retirada das plantas podadas Tratorista (R$ 2,65/h) + braçal (R$ 2,41/h) 109,3 5,06 553,05 1 553,05
B2- Colheita/carregamento R$ 0,95/cx (40.8 kg) 110,9 105,35
Subtotal B 1.159,91
C-Insumos/material
glifosato litros (R$ 12,00) 6 72
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,28 171,36
Tinta latex branca galão 18 L (R$ 45,00)
Pincel 75 mm 4,94 0,17 0,84 1 0,84
Serra Fuzil 142,8 0,013 1,85 1 1,85
Tesoura de poda Corneta 142,8 0,038 5,43 1 5,43
Subtotal C 251,48
Total despesas 5.459,11
Receita (produção) 110,9 cx x R$ 9,60 110,9 1.064,64
Saldo negativo 4.394,47
110
Estimativa de custo (R$/ha ) : poda intermediária sem lesões x calda sulfocálcica - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,88 37,46 519,94 6 3.119,40 Subtotal A 3.119,40 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Pulverização calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic(R$ 2,57/h) 13,88 5,40 75,00 6 450,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 325,93 374,81 Subtotal B 866,21 C-Insumos/material Calda sulfocálcica R$ 0,41/ litro 1.478,40 606,14 Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20 Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,6 Subtotal C 606,94 Total despesas 4.592,55 Receita (produção) 325,93 cx x R$ 8,44 2.750,84 Saldo negativo 1.841,71
Estimativa de custo (R$/ha ): poda intermediária sem lesões x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,88 37,46 519,94 6 3.119,40 Subtotal A 3.119,40 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic(R$ 2,57/h) 13,88 5,40 75,00 6 450,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 89,25 2,57 229,37 1 229,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 361,3 415,49 Subtotal B 1.136,29 C-Insumos/material Calda sulfocálcica R$ 0,41/ litro 1.478,40 606,14 Serra Fuzil 89,25 0,013 1,16 1 1,16 Tesoura de poda Corneta 89,25 0,038 3,39 1 3,39 Subtotal C 610,69 Total despesas 4.866,38 Receita (produção) 361,3 cx x R$ 8,44 3.049,37 Saldo negativo 1.817,01
111
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x spirodiclofen - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,70 37,46 512,65 2 1.025,30 Subtotal A 1.025,30 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 13,70 5,40 74,00 2 148,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 363,49 418,02 Subtotal B 607,42 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,46 922,50 Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20 Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,60 Subtotal C 923,30 Total despesas 2.556,02 Receita (produção) 363,49 cx x R$ 8,44 3.067,85 Saldo positivo 511,83
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x spirodiclofen x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 13,70 37,46 512,65 2 1.025,30 Subtotal A 1.025,30 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 13,70 5,40 74,00 2 148,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 59,5 2,57 152,91 1 152,91 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 282,18 324,50 Subtotal B 666,81 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,46 922,5 Serra Fuzil 59,5 0,013 0,77 1 0,77 Tesoura de poda Corneta 59,5 0,038 2,26 1 2,26 Subtotal C 925,53 Total despesas 2.617,64 Receita (produção) 282,18 cx x R$ 8,44 282,18 2.381,59 Saldo positivo 236,05
112
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 351,38 404,08
Subtotal B 445,48
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,20
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,60
Subtotal C 0,80
Total despesas 446,28
Receita (produção) 351,38 cx x R$ 8,44 351,38 2.965,64
Saldo positivo 2.519,36
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 119 2,57 305,83 1 305,83
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 411,1 472,76
Subtotal B 819,99
C-Insumos/material
Serra Fuzil 119 0,013 1,54 1 1,54
Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 1 4,52
Subtotal C 6,06
Total despesas 826,05
Receita (produção) 411,10 cx x R$ 8,44 411,1 3.469,68
Saldo positivo 2.643,63
113
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Subtotal A 0,00 B- Operações manuais B1- Tratos culturais B2- Colheita/carregamento R$ 1,30 /cx (40.8 kg) 836,39 1.087,30 Subtotal B 1.087,30 C-Insumos/material Subtotal C 0,00 Total despesas 1.087,30 Receita (produção) 836,39 cx x R$ 7,16 836,39 5.988,55 Saldo positivo 4.901,25
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Subtotal A 0,00 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 119 3,12 371,28 11 4.084,08 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 726,28 944,16 Subtotal B 5.028,24 C-Insumos/material Serra Fuzil 119 0,013 1,54 11 17,01 Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 11 49,72 Subtotal C 66,73 Total despesas 5.094,97 Receita (produção) 726,28 cx x R$ 7,16 726,28 5.200,16 Saldo positivo 105,19
114
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x spirodiclofen - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,67 37,50 550,12 1 550,12 Subtotal A 550,12 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,67 6,55 96,08 1 96,08 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 948,44 1.232,97 Subtotal B 1.329,05 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,00) 0,74 271,56 Subtotal C 271,56 Total despesas 2.150,73 Receita (produção) 948,44 cx x R$ 7,16 948,44 6.790,83 Saldo positivo 4.640,10 Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x spirodiclofen x poda de condução - safra 2005-2006
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,67 37,50 550,12 1 550,12 Subtotal A 550,12 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,67 6,55 96,08 1 96,08 Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 59,5 3,12 185,64 1 185,64 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 879,24 1.143,01 Subtotal B 1.424,73 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,00) 0,74 271,56 Serra Fuzil 59,5 0,013 0,77 1 0,77 Tesoura de poda Corneta 59,5 0,038 2,26 1 2,26 Subtotal C 274,56 Total despesas 2.249,41 Receita (produção) 879,24 cx x R$ 7,16 879,24 6.295,35 Saldo positivo 4.045,94
115
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x calda sulfocálcica - a safra 2005-2006 (Parcial) Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,79 37,50 554,62 4 2.218,50 Subtotal A 2.218,50 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,79 6,55 96,87 4 387,49 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 734,68 955,08 Subtotal B 1.342,57 C-Insumos/material calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 595,20 315,45 Subtotal C 315,45 Total despesas 3.876,52 Receita (produção) 734,68 cx x R$ 7,16 734,68 5.260,30 Saldo positivo 1.383,78 Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária sem lesões x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2005-2006
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,79 37,50 554,62 4 2.218,50 Subtotal A 2.218,50 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,79 6,55 96,87 4 387,49 Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 89,25 3,12 278,46 1 278,46 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 681,27 885,65 Subtotal B 1.551,60 C-Insumos/material calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 595,20 315,45 Serra Fuzil 89,25 0,013 1,16 1 1,16 Tesoura de poda Corneta 89,25 0,038 3,39 1 3,39 Subtotal C 320,00 Total despesas 4.090,10 Receita (produção) 681,27 cx x R$ 7,16 681,27 4.877,89 Saldo positivo 787,79
116
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 32,42 300,21 2 600,41
Retirada das plantas podadas HM Tp 75cv.4x2 + carreta 4 t 109,3 31,54 3.447,32 1 3.447,32
Subtotal A 4.047,73
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,65/h) + aplic (R$ 2,41/h) 9,26 5,06 46,85 2 93,71
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,13 12 51,76
Poda Braçal (R$ 2,41/h) 101,15 2,41 243,77 1 243,77
Aplicação de pasta de cobre Braçal (R$ 2,41/h) 4,94 2,41 11,90 1 11,9
Retirada das plantas podadas Tratorista (R$ 2,65/h) + braçal (R$ 2,41/h) 109 5,06 551,54 1 551,54
B2- Colheita/carregamento R$ 0,95/cx (40.8 kg) 321,2 305,14
Subtotal B 1.257,82
C-Insumos/material
glifosato litros (R$ 12,00) 6 72,00
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,28 171,36
Pincel 75 mm 4,94 0,17 0,84 1 0,84
Serra Fuzil 101,15 0,013 1,32 1 1,32
Tesoura de poda Corneta 101,15 0,038 3,85 1 3,85
Subtotal C 249,37
Total despesas 5.554,92
Receita (produção) 321,2 cx x R$ 9,60 3.083,52
Saldo negativo 2.471,40
117
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,42 37,46 540,17 6 3.241,02 Subtotal A 3.241,02 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Pulverização calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 14,42 5,40 77,87 6 467,22 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 501,08 576,24 Subtotal B 1.084,86 C-Insumos/material Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.535 629,27 Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 6 0,13 Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 6 0,40 Subtotal C 629,80 Total despesas 4.955,68 Receita (produção) 501,08 cx x R$ 8,44 4.229,11 Saldo negativo 726,57 Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,42 37,46 540,17 6 3.241,02 Subtotal A 3.241,02 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Pulverização calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 14,42 5,40 77,87 6 467,22 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,6 9 41,40 Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 119 2,57 305,83 1 305,83 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 524,19 602,81 Subtotal B 1.417,26 C-Insumos/material Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.535 629,27 Serra Fuzil 119 0,013 1,54 1 1,54 Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 1 4,52 Subtotal C 635,33 Total despesas 5.293,61 Receita (produção) 524,19 cx x R$ 8,44 4.424,16 Saldo negativo 869,45
118
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,24 37,46 533,43 2 1.066,86 Subtotal A 1.066,86 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 14,24 5,40 77,00 2 154,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 497,7 572,55 Subtotal B 767,95 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,56 960,00 Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,21 Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,61 Subtotal C 960,82 Total despesas 2.795,63 Receita (produção) 497,7 cx x R$ 8,44 4.200,58 Saldo positivo 1.404,95
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x spirodiclofen x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,24 37,46 533,43 2 1.066,86 Subtotal A 1.066,86 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 14,24 5,40 77,00 2 154,00 Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40 Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 119 2,57 305,83 1 305,83 B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 651,8 749,57 Subtotal B 1.250,80 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,56 960,00 Serra Fuzil 119 0,013 1,54 1 1,54 Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 1 4,52 Subtotal C 966,06 Total despesas 3.283,72 Receita (produção) 651,80 cx x R$ 8,44 651,8 5.501,92 Saldo positivo 2.218,20
119
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 572,76 658,67
Subtotal B 700,07
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 9 0,21
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,068 9 0,61
Subtotal C 0,82
Total despesas 700,89
Receita (produção) 572,76 cx x R$ 8,44 572,76 4.834,09
Saldo positivo 4.133,20
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 119 2,57 305,83 1 305,83
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 530,68 610,28
Subtotal B 957,51
C-Insumos/material
Serra Fuzil 119 0,013 1,54 1 1,54
Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 1 4,52
Subtotal C 6,06
Total despesas 963,57
Receita (produção) 530,68 cx x R$ 8,44 4.478,93
Saldo positivo 3.515,36
120
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 733,82 953,96
Subtotal B 953,96
C-Insumos/material
Subtotal C 0
Total despesas 953,96
Receita (produção) 733,82 cx x R$ 7,16 733,82 5.254,15
Saldo positivo 4.300,19
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 119 3,12 371,28 11 4.084,08
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 587,05 763,16
Subtotal B 4.847,24
C-Insumos/material
Serra Fuzil 119 0,013 1,54 11 16,94
Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 11 49,72
Subtotal C 66,66
Total despesas 4.913,90
Receita (produção) 587,05 cx x R$ 7,16 4.203,27
Saldo negativo 710,63
121
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,61 37,50 547,87 1 547,87 Subtotal A 547,87 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Pulverização spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,61 6,55 95,69 1 95,69 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 952,11 1.237,74 Subtotal B 1.333,43 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 0,88 322,30 Subtotal C 322,30 Total despesas 2.203,60 Receita (produção) 952,11 cx x R$ 7,16 6.817,10 Saldo positivo 4.613,50
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x spirodiclofen x poda de condução - safra 2005-2006
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,61 37,50 547,87 1 547,87 Subtotal A 547,87 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Pulverização spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,61 6,55 95,69 1 95,69 Poda de condução 119 3,12 371,28 2 742,56 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 853,49 1.096,66 Subtotal B 1.934,91 C-Insumos/material spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 0,88 322,30 Serra Fuzil 119 0,013 1,54 2 3,08 Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 2 9,04 Subtotal C 334,42 Total despesas 2.817,20 Receita (produção) 853,49 cx x R$ 7,16 6.110,98 Saldo positivo 3.293,78
122
Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,79 37,5 554,62 4 2.218,50 Subtotal A 2.218,50 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,79 6,55 96,87 4 387,49 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 812,9 1.056,77 Subtotal B 1.444,26 C-Insumos/material calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 707,2 374,81 Subtotal C 374,81 Total despesas 4.037,57 Receita (produção) 812,90 cx x R$ 7,16 5.820,36 Saldo positivo 1.782,79 Estimativa de custo (R$/ha): poda intermediária com lesões x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2005-2006
Espaçamento: 7 x 4 m Densidade (pés/ha): 357 Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total A-Operações mecanizadas A1-Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 14,79 37,50 554,62 4 2.218,50 Subtotal A 2.218,50 B- Operações manuais B1- Tratos culturais Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 14,79 6,55 96,87 4 387,49 Poda de condução 119 3,12 371,28 5 1.856,40 B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 571,88 743,44 Subtotal B 2.987,33 C-Insumos/material calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 707,2 374,81 Serra Fuzil 119 0,013 1,54 5 7,70 Tesoura de poda Corneta 119 0,038 4,52 5 22,60 Subtotal C 405,11 Total despesas 5.610,94 Receita (produção) 571,88 cx x R$ 7,16 4.094,66 Saldo negativo 1.516,28
123
Estimativa de custo (R$/ha) : poda leve - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,31 4 17,25
Poda Braçal (R$ 2,41/h) 101,15 2,41 243,77 1 243,77
Aplicação de pasta de cobre Braçal (R$ 2,41/h) 4,94 2,41 11,90 1 11,90
B2- Colheita/carregamento R$ 0,95/cx (40.8 kg) 1.041,10 989,04
Subtotal B 1.261,96
C-Insumos/material
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,28 171,36
Pincel 75 mm 4,94 0,17 0,84 1 0,84
Serra Fuzil 101,15 0,013 1,32 1 1,32
Tesoura de poda Corneta 101,15 0,038 3,85 1 3,85
Subtotal C 177,37
Total despesas 1.439,33
Receita (produção) 1.041,10 cx x R$ 9,60 9.994,56
Saldo positivo 8.555,23
124
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x calda sulfocálcica - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,46 570,52 6 3.423,09
Subtotal A 3.423,09
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,23 5,40 82,24 6 493,40
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 767,23 882,31
Subtotal B 1.394,11
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.603,20 657,30
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 657,63
Total despesas 5.474,74
Receita (produção) 767,23 cx x R$ 8,44 6.475,42
Saldo positivo 1.000,68
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,46 570,52 6 3.423,09
Subtotal A 3.423,09
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,23 5,40 82,24 6 493,40
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 47,60 2,57 122,33 1 122,33
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 772,63 888,52
Subtotal B 1.522,65
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.603,20 657,3
Serra Fuzil 47,60 0,013 0,61 1 0,61
Tesoura de poda Corneta 47,60 0,038 1,80 1 1,8
Subtotal C 659,71
Total despesas 5.605,45
Receita (produção) 772,63 cx x R$ 8,44 6.520,99
Saldo positivo 915,54
125
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x spirodiclofen - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,04 37,46 563,4 2 1.126,80
Aplicação de spirodiclofen
Subtotal A 1.126,80
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,04 5,40 81,22 2 162,44
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 712,25 819,08
Subtotal B 999,92
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,68 402,00
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,28 171,36
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 573,69
Total despesas 2.699,51
Receita (produção) 712,25 cx x R$ 8,44 6.011,39
Saldo positivo 3.311,88
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x spirodiclofen x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,04 37,46 563,40 2 1.126,80
Subtotal A 1.126,80
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,04 5,40 81,22 2 162,44
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 47,60 2,57 122,33 2 244,66
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 677,60 779,24
Subtotal B 1.204,74
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,68 402,00
Oxicloreto de cobre kg (R$ 12,10) 14,28 171,36
Serra Fuzil 47,60 0,013 0,61 2 1,23
Tesoura de poda Corneta 47,60 0,038 1,80 2 3,61
Subtotal C 578,20
Total despesas 2.909,74
Receita (produção) 677,60 cx x R$ 8,44 5.718,94
Saldo positivo 2.809,20
126
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 762,56 876,94
Subtotal B 895,34
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 0,33
Total despesas 895,67
Receita (produção) 762,56 cx x R$ 8,44 6.436,00
Saldo positivo 5.540,33
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 59,50 2,57 152,91 2 305,83
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 757,02 870,57
Subtotal B 1.194,80
C-Insumos/material
Serra Fuzil 59,50 0,013 0,77 2 1,54
Tesoura de poda Corneta 59,50 0,038 2,26 2 4,52
Subtotal C 6,06
Total despesas 1.200,86
Receita (produção) 757,02 cx x R$ 8,44 6.389,24
Saldo positivo 5.188,38
127
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 790,73 1.027,94
Subtotal B 1.027,94
C-Insumos/material
Subtotal C 0,00
Total despesas 1.027,94
Receita (produção) 790,73 cx x R$ 7,16 790,73 5.661,62
Saldo positivo 4.633,68
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 3,12) 89,25 3,12 278,46 6 1.670,76
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 674,74 877,16
Subtotal B 2.547,92
C-Insumos/material
Serra Fuzil 89,25 0,013 1,16 6 6,96
Tesoura de poda Corneta 89,25 0,038 3,39 6 20,34
Subtotal C 27,30
Total despesas 2.575,22
Receita (produção) 674,74 cx x R$ 7,16 4.831,13
Saldo positivo 2.255,91
128
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x spirodiclofen - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,04 37,50 564,00 1 564,00
Subtotal A 564,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$3,12/h) 15,04 6,55 98,51 1 98,51
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 896,70 1.165,71
Subtotal B 1.264,22
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 1,39 511,29
Subtotal C 511,29
Total despesas 2.339,51
Receita (produção) 896,70 cx x R$ 7,16 6.420,37
Saldo positivo 4.080,86
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x spirodiclofen x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,04 37,50 564,00 1 564,00
Subtotal A 564,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$3,12/h) 15,04 6,55 98,51 1 98,51
Poda de condução Braçal (R$ 3,12) 29,75 3,12 92,82 2 185,64
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 710,22 932,28
Subtotal B 1.216,43
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 1,39 511,29
Serra Fuzil 29,75 0,013 0,38 2 0,77
Tesoura de poda Corneta 29,75 0,038 1,13 2 2,26
Subtotal C 514,32
Total despesas 2.294,75
Receita (produção) 710,22 cx x R$ 7,16 5.085,17
Saldo positivo 2.790,42
129
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x calda sulfocálcica - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,50 571,12 4 2.284,50
Subtotal A 2.284,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 15,23 6,55 99,75 4 399,02
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 953,51 1.239,56
Subtotal B 1.638,58
C-Insumos/material
calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 1.116,80 591,90
Subtotal C 591,90
Total despesas 4.514,98
Receita (produção) 953,51 cx x R$ 7,16 6.827,13
Saldo positivo 2.312,15
Estimativa de custo (R$/ha): poda leve x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,50 571,12 4 2.284,50
Subtotal A 2.284,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 15,23 6,55 99,75 4 399,02
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 47,60 3,12 148,51 7 1.039,58
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 1.047,78 1.362,11
Subtotal B 2.800,71
C-Insumos/material
calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 1.116,80 591,90
Serra Fuzil 47,6 0,013 0,61 7 4,69
Tesoura de poda Corneta 47,6 0,038 1,80 7 12,60
Subtotal C 609,19
Total despesas 5.694,40
Receita (produção) 1.047,78 cx x R$ 7,16 7.502,10
Saldo positivo 1.807,70
130
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,31 4 17,25
B2- Colheita/carregamento R$ 0,95/cx (40.8 kg) 1.045,72 993,43
Subtotal B 1.010,68
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 0,33
Total despesas 1.011,01
Receita (produção) 1.045,72 cx x R$ 9,60 10.038,91
Saldo positivo 9.027,90
131
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x calda sulfocálcica - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,46 570,52 6 3.423,12
Subtotal A 3.423,12
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,23 5,40 82,24 6 493,44
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 814,04 936,14
Subtotal B 1.447,98
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,41) 1.627,92 667,44
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 667,77
Total despesas 5.538,87
Receita (produção) 814,04 cx x R$ 8,44 6.870,49
Saldo positivo 1.331,62
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x spirodiclofen - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,05 37,46 563,70 2 1.127,40
Subtotal A 1.127,40
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplic (R$ 2,57/h) 15,05 5,40 81,27 2 162,54
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 795,52 914,84
Subtotal B 1.095,78
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 2,712 1.017,00
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 1.017,33
Total despesas 3.240,51
Receita (produção) 795,52 cx x R$ 8,44 6.714,18
Saldo positivo 3.473,67
132
Estimativa de custo (R$/ha) : sem poda - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 813,38 935,38
Subtotal B 953,78
C-Insumos/material
Serra Fuzil 1,79 0,013 0,023 4 0,09
Tesoura de poda Corneta 1,79 0,038 0,06 4 0,24
Subtotal C 0,33
Total despesas 954,11
Receita (produção) 813,38 cx x R$ 8,44 6.864,92
Saldo positivo 5.910,81
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x poda de condução - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 2,57/h) 238 2,57 611,66 1 611,66
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 4 18,40
B2- Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40.8 kg) 810,98 932,62
Subtotal B 1.562,68
C-Insumos/material
Serra Fuzil 238 0,013 3,09 1 3,09
Tesoura de poda Corneta 238 0,038 9,04 1 9,04
Subtotal C 12,13
Total despesas 1.574,81
Receita (produção) 810,98 cx x R$ 8,44 6.844,67
Saldo positivo 5.269,86
133
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 847,77 1.102,10
Subtotal B 1.102,10
C-Insumos/material
Subtotal C 0,00
Total despesas 1.102,10
Receita (produção) 847,77 cx x R$ 7,16 847,77 6.070,03
Saldo positivo 4.967,93
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Subtotal A 0,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 238,00 3,12 742,56 10 7.425,60
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 771,24 1.002,61
Subtotal B 8.428,21
C-Insumos/material
Serra Fuzil 238,00 0,013 3,09 10 30,94
Tesoura de poda Corneta 238,00 0,038 9,04 10 90,44
Subtotal C 121,38
Total despesas 8.549,59
Receita (produção) 771,24 cx x R$ 7,16 771,24 5.522,07
Saldo negativo 3.027,52
134
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x calda sulfocálcica - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,50 571,12 4 2.284,50
Subtotal A 2.284,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 15,23 6,55 99,75 4 399,02
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 910,08 1.183,10
Subtotal B 1.582,12
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 1.116,80 591,9
Subtotal C 591,9
Total despesas 4.458,52
Receita (produção) 910,08 cx x R$ 7,16 6.516,17
Saldo positivo 2.057,65
Estimativa de custo (R$/ha): sem poda x calda sulfocálcica x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,23 37,50 571,12 4 2.284,50
Subtotal A 2.284,50
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 15,23 6,55 99,75 4 399,02
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 119,0 3,12 371,28 6 2.227,68
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 848,17 1.102,62
Subtotal B 3.729,32
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros (R$ 0,53) 1.116,80 591,90
Serra Fuzil 119,0 0,013 1,54 6 9,28
Tesoura de poda Corneta 119,0 0,038 4,52 6 27,13
Subtotal C 628,31
Total despesas 6.642,13
Receita (produção) 848,17 cx x R$ 7,16 6.072,89
Saldo negativo 569,23
135
Estimativa de custo (R$/ha) : sem poda x spirodiclofen - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecanizadas
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 15,05 37,50 564,37 1 564,37
Subtotal A 564,37
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplic (R$ 3,12/h) 15,05 6,55 98,57 1 98,57
B2- Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40.8 kg) 856,43 1.113,35
Subtotal B 1.211,92
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 1,39 511,28
Subtotal C 511,28
Total despesas 2.287,57
Receita (produção) 856,43 cx x R$ 7,16 856,43 6.132,03
Saldo positivo 3.844,46
136
Estimativa de custo (R$/ha): replantio - safra 2003-2004
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A-Operações mecan
A1- Preparo do solo
Arranque empreita 428,40
Subsolagem HM Tp 105cv.4x4 + subs 5 hastes 2,50 47,22 118,1 1 118,05
Gradagem niveladora HM Tp 75cv.4x2 + gr.niv.28x22 2,04 34,26 69,84 2 139,68
Calagem HM Tp 75cv.4x2 + dist.cal.36 sc 2,30 41,36 95,13 1 95,13
A2-Implantação
Sulc. linha plantio HM Tp 75cv.4x2 + sulcador 1 linha 2,85 31,20 88,92 1 88,92
Distrib de mudas HM Tp 75cv.4x2 + carreta 4 ton 1,19 32,54 38,72 1 38,72
Replantio HM Tp 75cv.4x2 + carreta 4 ton 31,26 0,3 9,38
A3-Tratos culturais
Aplic de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ 2 bicos 9,26 33,42 309,5 4 1.238,00
Subtotal A 2.156,28
B- Oper manuais
B1-Preparo do solo
Subsolagem Tratorista 2,50 2,65 6,62 1 6,62
Gradagem nivelad Tratorista 2,04 2,65 5,40 2 10,81
Calagem Tratorista 2,30 2,65 6,09 1 6,09
B2-Implantação
Sulc. linha plantio Homem-dia 0,4 8,22
Prep. estac/dem.cova Homem-dia 3 61,68
Abertura de cova Homem-dia 2 41,12
Distrib de mudas Homem-dia 1 20,5
Plantio Homem-dia 8 164,00
Replantio Homem-dia 0,4 8,22
B3- Tratos culturais
Aplic de herbicida Tratorista (R$ 2,65) + aplic(R$ 2,41) 9,26 5,06 46,85 4 187,42
Desbrota Braçal (R$ 2,41/h) 1,79 2,41 4,31 12 51,76
Subtotal B 566,44
C-Insumos/material
Calcário dolomítico ton (R$ 45,00) 3 135,00
Fosfato s.s. ton (R$ 632,00) 0,85 538,46
glifosato litros (R$ 12,00) 12 144,00
Mudas plantas (R$ 4,50) 357 1.606,50
Subtotal C 2.423,96
Saldo negativo 5.146,68
137
Estimativa de custo (R$/ha): replantio x calda sulfocálcica - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 5,20 37,46 194,79 6 1.168,74
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 33,42 309,47 4 1.238,00
Subtotal A 2.406,74
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 2,83/h) + aplicador (R$ 2,57/h) 5,20 5,40 28,08 6 168,48
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,83/h) + aplicador (R$ 2,57/h) 9,26 5,40 50,00 4 200,00
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,15/cx (40,8 kg) 2,13
Subtotal B 412,01
C-Insumos/material
calda sulfocálcica litros(R$ 0,41) 314,4 128,90
glifosato litros (R$ 15,84) 12 190,08
Subtotal C 318,98
Total 3.137,73
Receita 2,02 cx x R$ 8,44 17,13
Saldo negativo 3.120,60
Estimativa de custo (R$/ha): replantio x spirodiclofen - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 5,17 37,46 193,67 2 387,34
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 33,42 309,47 4 1.238,00
Subtotal A 1.625,34
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 2,83/h) + aplicador (R$ 2,57/h) 5,17 5,40 27,92 2 55,84
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,83/h) + aplicador (R$ 2,57/h) 9,26 5,40 50,00 4 200,00
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,15 cx (40,8 kg) 2,13
Subtotal B 299,37
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 150,00) 0,52 195,00
glifosato litros (R$ 15,84) 12 190,08
Subtotal C 385,08
Total 2.309,79
Receita 2,02 cx x R$ 8,44 17,13
Saldo negativo 2.292,66
138
Estimativa de custo (R$/ha): replantio - safra 2004-2005
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 33,42 309,47 4 1.238,00
Subtotal A 1.238,00
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 2,83/h) + aplicador (R$ 2,57/h) 9,26 5,4 50,00 4 200,00
Desbrota Braçal (R$ 2,57/h) 1,79 2,57 4,60 9 41,40
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,15 cx (40,8 kg) 3,28 3,77
Subtotal B 245,17
C-Insumos/material
glifosato litros (R$ 15,84) 12 190,08
Subtotal C 190,08
Total 1.673,25
Receita 3,28 cx x R$ 8,44 27,68
Saldo negativo 1.645,57
139
Estimativa de custo (R$/ha): replantio - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 34,00 314,84 4 1.259,36
Subtotal A 1.259,36
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 9,26 6,55 60,65 4 242,61
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,30 cx (40,8 kg) 20,05 26,06
Subtotal B 268,67
C-Insumos/material
glifosato litros (R$ 9,25) 12 111,00
Subtotal C 111,00
Total de despesas 1.639,03
Receita 20,05 cx x R$ 7,16 143,55
Saldo negativo 1.495,48
Estimativa de custo (R$/ha): replantio x poda de condução - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 34,00 314,84 4 1.259,36
Subtotal A 1.259,36
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Poda de condução Braçal (R$ 3,12/h) 71,4 3,12 222,76 4 891,07
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 9,26 6,55 60,65 4 242,61
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,30 cx (40,8 kg) 34,3 44,59
Subtotal B 1.178,27
C-Insumos/material
Serra Fuzil 71,4 0,013 0,92 4 3,71
Tesoura de poda Corneta 71,4 0,038 2,7 4 10,85
glifosato litros (R$ 9,25) 12 111,00
Subtotal C 125,56
Total de despesas 2.563,19
Receita 34,30 cx x R$ 7,16 245,58
Saldo negativo 2.317,61
140
Estimativa de custo (R$/ha): replantio x calda sulfocálcica - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 6,85 37,50 256,87 4 1.027,50
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 34,00 314,84 4 1.259,36
Subtotal A 2.286,86
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de calda sulfocálcica Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 6,85 6,55 44,86 4 179,47
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 9,26 6,55 60,65 4 242,61
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40,8 kg) 3,79 4,92
Subtotal B 427,00
C-Insumos/material
Calda sulfocálcica litros(R$ 0,53) 332,8 176,38
glifosato litros (R$ 9,25) 12 111,00
Subtotal C 287,38
Total de despesas 3.001,24
Receita 3,79 cx x R$ 7,16 27,13
Saldo negativo 2.974,11
Estimativa de custo (R$/ha): replantio x spirodiclofen - safra 2005-2006 (Parcial)
Espaçamento: 7 x 4 m
Densidade (pés/ha): 357
Descrição Especificação h/ha R$/h R$/ha Qtde Total
A1-Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen HM Tp 75cv.4x2 + pulv. pistola 2000 L 6,67 37,50 250,12 1 250,12
Aplicação de herbicida HM Tp 75cv.4x2 + pulv. c/ lança 2 bicos 9,26 34,00 314,84 4 1.259,36
Subtotal A 1.509,48
B- Operações manuais
B1- Tratos culturais
Aplicação de spirodiclofen Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 6,67 6,55 43,68 1 43,68
Aplicação de herbicida Tratorista (R$ 3,43/h) + aplicador (R$ 3,12/h) 9,26 6,55 60,65 4 242,61
B2 - Colheita/carregamento R$ 1,30/cx (40,8 kg) 25,15 32,69
Subtotal B 318,98
C-Insumos/material
spirodiclofen 0,4 litros (R$ 146,50) 0,416 152,36
glifosato litros (R$ 9,25) 12 111,00
Subtotal C 263,36
Total de despesas 2.091,82
Receita 25,15 cx x R$ 7,16 180,07
Saldo negativo 1.911,75