aspectos legais nas emergências químicas

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  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    CURSOATENDIMENTO A EMERGNCIAS QUMICAS

    Aspectos Legais nas Emergncias Qumicas

    Mauro de Souza Teixeira -MSc

    CETESB Setor de Atendimento a Emergncias- CEEQ

    (11) 3133.4146 [email protected]

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    SOCIEDADE DE RISCONmeros do Estado de So Paulo

    93.000 indstrias;

    8.500 postos de combustveis;

    4.000 km de dutos;

    4.000 km de gasodutos;

    4 refinarias de petrleo;33.000 km de rodovias pavimentadas;

    41.6 milhes - Populao (Seade, junho 2011);

    Portos: Santos e So Sebastio.

    Nmeros do Municpio de So Paulo

    11 milhes Populao (2007);

    320 bilhes (R$) - PIB da cidade de So Paulo (2007);

    240.000 estabelecimentos comerciais (2007);

    12.500 Restaurantes (2007);

    205 Hospitais (Municipais, Estaduais, Particulares e Federais)

    50 shopping centers = 90 milhes de pessoas/ms (2007);

    6.000 pizzarias (2007);

    1 milho de pizzas/dia ou 720/minuto (2007);

    4 bilhes/ano (R$) faturamento do setor de pizzarias (2007);11.000 viagens /dia TRPP (2002).

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    MUNICPIO DE SO PAULOTRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOSVMD = 11.000 Viagens

    Nmero de Viagens

    Produtos de Consumo LocalCombustveis e GLP

    45%

    10 milhes de

    SOCIEDADE DE RISCO

    20%

    1.000 T/dia

    1.400

    Viagens/dia

    litros/dia

    2.450

    Viagens/dia

    Combustveis GLP Outros Produtos

    Fonte: Teixeira (2009)

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    Danos ambientais causados pela atividade humana em 2008 (ONU)

    US$ 6,6 trilhes (12 trilhes de reais), 11% do PIB global.

    Projeo at 2050:

    US$ 28 trilhes, cerca de 18% do PIB global.

    Setores mais prejudiciais ao ambiente:- produo de petrleo e gs- metais industriais 1 trilho de dlares em danos ambientais- minerao

    Custo anual (2008):

    emisses de gases de efeito estufa (GEE) US$ 4,5 trilhes (70% de todos os impactos);captao de gua,poluio,resduos em geral,atividades de pesca predatria,extrao de recursos naturais florestais (principalmente os madeireiros),outros servios que dependem do ecossistema (30% de todos os impactos).

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    A necessidade de uso no justifica o abuso

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    ArtArtArtArt.... 225225225225 Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de

    vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo

    e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.

    Constituio daConstituio daConstituio daConstituio daRepblica FederativaRepblica FederativaRepblica FederativaRepblica Federativa

    do Brasildo Brasildo Brasildo Brasil

    3333oooo As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

    sujeitaro aos infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e

    administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos

    causados.

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    DIREITO AMBIENTAL

    Esferas de Atuao

    Administrativa Preventiva

    Civil Reparatria

    Penal Repressiva

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    RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

    Decorre de Infrao das Normas Administrativas.

    Sujeita o infrator a penalidades administrativas, tais como:

    Advertncia; Multa; Suspenso de atividades; Perda ou restrio de incentivos ou benefcios fiscais;

    Proibio de contratar com o Poder Pblico

    Aplicveis pelos rgos de fiscalizao (Federal, Estadual e Municipal).

    FiscalFiscal

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    RESPONSABILIDADE CIVIL

    A responsabilidade civil pressupe prejuzo, o que d ensejo a pedido de reparao do dano.

    Formas de Reparao do Dano:

    Recomposiodo bem lesado

    Pagamento de umaimportncia em

    dinheiro(indenizao)

    Denomina-se responsabilidade civil a obrigao imposta a uma pessoa a ressarcir, indenizar ou

    reembolsar os danos sofridos por algum.

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    RESPONSABILIDADE PENAL

    pena privativa de liberdade, restritiva de direito e multa;

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Dano

    O dano pode ser:1 - Patrimonial e moral.Quando afeta bem material, diz-se dano patrimonial.Quando afeta sentimentos,diz-se dano moral.

    2 - Previsto e no previsto, conforme as circunstncias, se o dano podia ser antevisto ouno, gerando, neste particular, conseqncias na obrigao de indenizar.

    3 - Emergente e lucro cessante, quando se refere ao dano patrimonial. Dano emergente a perda ou diminuio do patrimnio do lesado. Lucro cessante aquilo que razoavelmente se deixou de ganhar.

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    A Responsabilidade Civil e a Obrigao de Reparar/Indenizar

    Dano = ressarcimento = Paz Social

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    RESPONSABILIDADE POR DANOS - HISTRICO

    Cdigo de Hamurabi - 1730 a.CLei de talio: reparao do mal com mal igual (olho por olho, dente pordente). Igualdade material entre crime e castigo.

    XII - DELITOS E PENAS (LESES CORPORAIS, TALIO,INDENIZA O E COMPOSI O)

    196 - Se algum arranca o olho a um outro, se lhe dever arrancar oolho..229 - Se um arquiteto constri para algum e no o faz solidamente ea casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietrio, essearquiteto dever ser morto.230 - Se fere de morte o filho do proprietrio, dever ser morto o filhodo arquiteto

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    Lei das XII Tbuas, Gaio Arsa - 461 a. C.

    fixou o valor da pena a ser paga pelo ofensor ao ofendido.

    TBUA VII

    RESPONSABILIDADE POR DANOS - HISTRICO

    2. Se algum causar um dano premeditadamente, que o repare;7. e o que intencionalmente incendiar uma casa ou um monte de trigo perto de umacasa, seja fustigado com varas e em seguida lanado ao fogo.8. mas se assim agir por imprudncia, que repare o dano; se no tiver

    recursos para isso, que seja punido menos severamente do que se tivesse agidointencionalmente.9. Aquele que causar dano leve indenizar 25 asses11. Se algum ferir a outrem, que sofra a pena de talio, salvo se houver acordo.12. Aquele que arrancar ou quebrar um osso a outrem dever ser condenado a uma

    multa de 300 asses, se o ofendido for um homem livre; e de 150 asses, se o ofendidofor um escravo

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    Cdigo Civil de NapoleoPromulgado em 1804, por Napoleo Bonaparte, deu origem denominao responsabilidade civil delitual ou extracontratual .

    RESPONSABILIDADE POR DANOS - HISTRICO

    Cdigo Civil Brasileiro de 1916

    artigo 159 Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ouimprudncia, violar direito, ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a repararo dano.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ouimprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda queexclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Cdigo Civil 2002 (vigente)

    RESPONSABILIDADE CIVILTEORIA SUBJETIVA

    Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano aoutrem, fica obrigado a repar-lo. (Responsabilidade Civil Subjetiva).

    Artigo 187 C.C.Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excedemanifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pelaboa-f ou pelos bons costumes.

    Dano moral a ofensa aos direitos da personalidade. Estes so os atributos fsicos,

    psquicos e morais da pessoa em si e em suas projees sociais

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    CULPA

    Culpa a inexecuo de um dever que o agente podiaconhecer e observarSavatier, Paris, 1951

    Autores:Claudete Sieber

    Ren Cabrales

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    CULPAConceito: O agente no quer nem assume o risco de produzir o resultado, mas aele d causa, nos termos do art. 18, II, do Cdigo Penal, por:

    IMPRUDNCIA.

    uma conduta positiva, uma ao, o agente age de

    forma afoita, sem a devida cautela, com falta de cuidado.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    CULPA

    NEGLIGNCIA. uma conduta negativa, uma omisso, inrcia, indiferena. Oagente podendo adotar as cautelas exigveis, no o faz. aausncia de ao ou precauo que d causa a um resultado.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    CULPA

    IMPERCIA

    Incapacidade ou falta de conhecimentos tcnicos no

    exerccio de arte ou ofcio.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    DOLO avontadeencaminhada aproduzir resultadoantijurdico.(Francisco Amaral)

    DOLO avontadeconscientede violardireito. (Arruda Alvim)

    DOLO

    Art. 18 C.P Diz-se o crime:

    Crime DolosoI - doloso, quando o agente quis o resultadoou assumiu o risco de produzi-lo

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL (SUBJETIVA)

    Culpa

    Dano Injusto

    Nexo Causal

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Dano = reparao/ressarcimento?

    Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre

    iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames dajustia social, observados os seguintes princpios:

    IV - livre concorrncia;

    Pargrafo nico. assegurado a todos o livre exerccio de qualquer atividadeeconmica, independentemente de autorizao de rgos pblicos, salvo nos casosprevistos em lei.

    CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    EXCEOresponsabilidade independente de culpa ou dolo do agente.

    Responsabilidade = culpasem culpa, sem responsabilidade

    Art. 14

    1 Sem obstar a aplicao das penalidades previstas neste artigo, o poluidor obrigado,independentemente da existncia de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao

    Lei No 6.938/81

    Poltica Nacional de Meio Ambiente

    nico, art. 927haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificadosem lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por suanatureza, risco para os direitos de outrem. (grifo nosso)

    , .

    Estados ter legitimidade para propor ao de responsabilidade civil e criminal, por danoscausados ao meio ambiente (grifo nosso).

    Cdigo Civil - 2002

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    RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

    BASE LEGAL

    Decreto 3.742/1919 - Lei de Acidentes do Trabalho;

    Decreto No 2.681/1912 -Responsabilidade civil das estradas de ferro;

    Decreto No 79.374/1977 Responsabilidade civil em danos causados por

    poluio por leo;

    Lei N0 6.453/1977 - Responsabilidade por dano nuclear;

    Lei N0 7.565/1986 Cdigo Brasileiro de Aeronutica;

    Lei N0 6.938/1981 Lei da Poltica Nacional do Meio Ambiente;

    Lei N0 9.605/1998 Lei de Crimes Ambientais.

    Lei n 8.078/1990 Cdigo de Defesa do Consumidor;

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Responsabilidade Objetiva

    Origens =Teoria do Risco

    ATO ILCITO

    CULPA

    X

    X

    DANO INJUSTO

    NEXO CAUSAL

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    PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL (OBJETIVA)

    Dano

    Nexo de Causa

    Culpa

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    TEORIA DO RISCOA responsabilidade de prevenir

    Quem cria o perigo, por ele responsvel.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    oo empreendedor absorve asexternalidades positivas de seu

    negcio(LUCROS);

    TEORIA DO RISCO INTEGRAL

    Assim como deve absorver as externalidadesAssim como deve absorver as externalidadesnegativas de seunegativas de seu

    negcio (RISCO CRIADO).negcio (RISCO CRIADO).

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    fora maior

    TEORIA DO RISCO INTEGRAL

    TEORIA DO RISCO INTEGRAL, a no aceitao de excludentes deresponsabilidade (culpabilidade)

    cu pa exc us va a v t ma

    caso fortuito

    e fato de terceiro

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    Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Poltica Nacional do Meio Ambiente

    Art. 3- Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA

    Cdigo Civil - Art. 265. A solidariedade no se presume; resulta da lei ou davontade das partes.

    Cdigo Civil - Art. 1016 Os administradores respondem solidariamente perantea sociedade e os terceiros, por culpa no desempenho de suas funes.

    IV - poluidor, a pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel,direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental;

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Resoluo CONAMA n 273, de 29 de novembro de 2000

    Art. 8 Em caso de acidentes ou vazamentos que representem situaes de perigo ao meio ambiente ou a

    pessoas, bem como na ocorrncia de passivos ambientais, os proprietrios, arrendatrios ou responsveis pelo

    estabelecimento, pelos equipamentos, pelos sistemas e os fornecedores de combustvel que abastecem ou

    abasteceram a unidade, respondero solidariamente, pela adoo de medidas para controle da situaoemergencial, e para o saneamento das reas impactadas, de acordo com as exigncias formuladas pelo rgo

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA

    .

    1 A ocorrncia de quaisquer acidentes ou vazamentos dever ser comunicada imediatamente ao rgo

    ambiental competente aps a constatao e/ou conhecimento, isolada ou solidariamente, pelos responsveispelo estabelecimento e pelos equipamentos e sistemas.

    2 Os responsveis pelo estabelecimento, e pelos equipamentos e sistemas, independentemente dacomunicao da ocorrncia de acidentes ou vazamentos, devero adotar as medidas emergenciais requeridas

    pelo evento, no sentido de minimizar os riscos e os impactos s pessoas e ao meio ambiente.

    5 Respondero pela reparao dos danos oriundos de acidentes ou vazamentos de combustveis, osproprietrios, arrendatrios ou responsveis pelo estabelecimento e/ou equipamentos e sistemas, desde a

    poca da ocorrncia.

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    Decreto no 96.044 de 18/05/1988

    Aprova o Regulamento para o Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos e, d outras providncia.

    Captulo II, art. 25 : Em razo da natureza, extenso e caractersticas daemergncia, a autoridade que atender ao caso determinar ao expedidor

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA

    especializado.O art. 27 : Em caso de emergncia, acidente ou avaria o fabricante, otransportador, o expedidor e o destinatrio do produto perigoso daro oapoio e prestaro os esclarecimentos que lhes forem solicitados pelasautoridades pblicas.

    Captulo IV, art. 31: No caso de importao, o importador do produtoperigoso assume, em territrio brasileiro, os deveres, obrigaes eresponsabilidades do fabricante.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    LEI N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990Cdigo de Defesa do Consumidor

    Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias.

    Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos

    decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou

    acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA

    utilizao e riscos.

    Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos

    vcios de qualidade ou quantidade que os tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou

    lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do

    recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitria, respeitadas as variaes decorrentes de sua

    natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas

    Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vcios de quantidade do produto sempre que,

    respeitadas as variaes decorrentes de sua natureza, seu contedo lquido for inferior s indicaes

    constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitria, podendo o consumidor exigir,

    alternativamente e sua escolha: [...]

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA

    Acidente perfurao de gasoduto 168 toneladas de GLP vazados,900 famlias removidas, rodovia pedagiada paralisada por 24 horas,regio sem energia eltrica por 24 horas.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    A RESPONSABILIDADE CIVIL E O DANO AMBIENTAL

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    Dano Dano Ambiental

    Dano Ambiental a leso aos recursos ambientais, com conseqente degradao alterao adversa ou in pejus do equilbrio ecolgico e daqualidade de vida". dis Milar.

    DANO AMBIENTALConceito:

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTELei n 6.938, de 31 de agosto de 1981

    Definies (art. 3)

    Poluidor (inciso IV) : pessoa fsica ou jurdica, de direitopblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, pora v a e causa ora e egra a o am en a ;

    Recursos Ambientais (inciso V): a atmosfera, as guasinteriores, superficiais e subterrneas, os esturios, o marterritorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a faunae a flora.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTELei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981

    Definies (art. 3)

    Meio Ambiente (inciso I):o conjunto de condies, leis, influncias einteraes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e

    Degradao da Qualidade Ambiental (inciso II): a alterao adversadas caractersticas do meio ambiente;Poluio (inciso III): a degradao da qualidade ambiental resultante deatividade que direta ou indiretamente:

    a) prejudiquem a sade, a segurana e o bem estar da populao;b) criem condies adversas s atividades sociais e econmicas;c) afetem desfavoravelmente a biota;d) lancem matria ou energia em desacordo com os padres ambientais.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    OBJETIVOS DE UM SISTEMA DE RESPONSABILIDADE POR DANOAMBIENTAL

    Restaurar os ecossistemas afetados pelo dano ambiental.

    Compensar as vtimas do dano ambiental.

    Impor uma ao preventiva aos eventuais poluidores em razo da certeza daobrigao de reparar e/ou ressarcir pelos danos causados ao meio ambiente;e a terceiros.

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    PRINCPIOS DE UM SISTEMA DE RESPONSABILIDADEPOR DANO AMBIENTAL

    Preveno;

    Poluidor Pagador;

    Responsabilidade Solidria.

    SISTEMAS DE RESPONSABILIDADE POR DANO AMBIENTAL

    (The Comprehensive Environmental Response, Compensation and Liability Act CERCLA)

    ESTADOS UNIDOS

    EUROPA

    Diretiva 035/2004 Do Parlamento e do Conselho Europeu (21 de abril de 2004)

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    So de difcil reparao, pois no possvel reconstituiruma espcie extinta;

    Os efeitos do dano podem ser cumulativos;

    Os efeitos do dano podem se manifestar muito alm dos limites devizinhana (poluio das guas superficiais/subterrneas/mar, poluio doar);

    -

    Especificidades do Dano Ambiental

    Pode estender-se por perodos de tempo muitas vezes indeterminados ;

    Dificuldades em determinar o momento do incio e do fim da ao danosa;

    Gera danos adicionais a outros bens jurdicos tutelados (sade, bem estarsocial, economia, produo, emprego, imagem...);

    Os bens jurdicos afetados so geralmente bens de domnio pblico e dopatrimnio da nao;

    No so susceptveis de valorao econmica por meios convencionais devalorao de mercado (preo). Requerem o uso de instrumentos de

    valorao complexos e freqentemente controversos.......

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Preveno

    Contratos Clusulas de responsabilidade ambiental

    Reforam direito de regresso (indenizao)

    Podem contribuir para argumentao de defesa em aopenal

    No tm efeito sobre as obrigaes perante o rgo deFiscalizao e Controle Ambiental e Ministrio Pblico

    Normas internas

    Alertam equipes e organizam procedimentos.No isentam de responsabilidade

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    ART.51 So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais

    relativas ao fornecimento de produtos e servios que:I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade dofornecedor por vcios de qualquer natureza dos produtos e servios ou

    CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORLEI No 8078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

    ...

    III - transfiram responsabilidades a terceiros;IV - estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, quecoloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam

    incompatveis com a boa-f ou a eqidade;

    XIV - infrinjam ou possibilitem a violao de normas ambientais;

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Fatos = Consequncias Jurdicas

    Mauro2010

    Mauro2010

    LEI NO 7 347 DE 24 DE JULHO DE 1985

  • 8/3/2019 Aspectos legais nas Emergncias Qumicas

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    Art. 1 - Regem-se pelas disposies desta Lei, sem prejuzo da aoo ular, as a es de res onsabilidade or danos morais e atrimoniais

    LEI NO 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985

    Disciplina a Ao Civil Pblica de responsabilidade por danoscausados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos devalor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico (Vetado) e

    d outras providncias

    Ao Civil Pblica

    causados: I - ao meio ambiente.

    Art. 3 - A ao civil poder ter por objeto a condenao em dinheiro ou ocumprimento de obrigao de fazer ou no fazer - Condenao em dinheiro:a indenizao pelo dano causado reverter a um fundo gerido por umConselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participaronecessriamente o Ministrio Pblico e representantes da comunidade,sendo os seus recursos destinados a reconstituio dos bens lesados.

    (art.13) Cabimento de indenizao por danos morais

    Art. 2- Propositura: foro do local onde ocorrer o dano

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    LEI NO 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985

    Ao Civil Pblica

    Legitimao Ativa (art.5, caput)

    Ministrio Pblico, Unio, Estados e MunicpiosAutarquias, Empresa Pblica, Fundao, Sociedade de EconomiaMista ou Associa o ue:

    Art. 6 - Qualquer pessoa poder e o servidor pblico dever provocara iniciativa do Ministrio Pblico, ministrando-lhe informaes sobrefatos que constituam objeto da ao civil e indicando-lhe os elementosde convico.

    esteja constituda h pelo menos um ano, nos termos da lei civil;inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteo ao meio ambiente,ao consumidor, ordem econmica, livre concorrncia, ou ao patrimnioartstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico.

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    LEI NO 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985

    Ao Civil PblicaTermo de Compromisso de Ajustamento de Conduta TAC ( art.5, 6):

    Os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessados

    compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediantecominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial.

    . ,

    O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ourequisitar, de qualquer organismo pblico ou particular, certides,informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poderser inferior a 10 (dez) dias teis.

    Inqurito Civil

    Carter administrativo Escopo apuratrio O arquivamento depende de aprovao do Conselho Superior do

    Ministrio Pblico

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    LEI NO 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985Ao Civil Pblica

    Recusa, Retardamento ou Omisso de Dados (art. 10):

    Constitui crime, punido com pena de recluso de 1 (um) a 3(trs) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigaes dotesouro Nacional OTN, a recusa, retardamento ou a omisso dedados tcnicos indispensveis propositura da ao civil,quando requisitados pelo Ministrio Pblico.

    A Responsabilidade Penal do Profissional por Dano Ambiental

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    A Responsabilidade Penal do Profissional por Dano Ambiental

    Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concesso florestal ou qualqueroutro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatrio ambiental total ouparcialmente falso ou enganoso, inclusive por omisso:

    Pena - recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa. (Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    1o Se o crime culposo: (Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    Lei No

    9. 605/98Lei de Crimes Ambientais

    Pena - deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos.(Includo pela Lei n 11.284, de 2006)

    2o A pena aumentada de 1/3 (um tero) a 2/3 (dois teros), se h dano significativo ao meioambiente, em decorrncia do uso da informao falsa, incompleta ou enganosa. (Includo pela Lei

    n 11.284, de 2006)

    Art. 7. As penas restritivas de direitos so autnomas e substituem as privativas de liberdade quando:

    I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

    Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspenso condicional da pena pode ser aplicada nos casos decondenao pena privativa de liberdade no superior a trs anos.

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    LEI DE CRIMES AMBIENTAISLEI FEDERAL n 9.605/98, de 12 de fevereiro de 1998

    Transporte, manipulao, comercializao,armazenamento edescarte de produtos qumicos:

    Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,, , , ,

    produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou aomeio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leisou nos seus regulamentos:Pena - recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 1 Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou

    substncias referidos no caput, ou os utiliza em desacordo com asnormas de segurana. 2 Se o produto ou a substncia for nuclear ou radioativa, a pena aumentada de um sexto a um tero. 3 Se o crime culposo:

    Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.

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    LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

    LEI FEDERAL n 9.605/98, de 12 de fevereiro de 1998

    Pessoa Jurdica - Pena de Morte:

    Art. 24 . A pessoa jurdica constituda ou utilizada, preponderantemente,com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prtica de crime definido nesta

    Lei, ter decretada sua liquidao forada, seu patrimnio serconsiderado instrumento do crime e como tal, perdido em favor do Fundo

    Ex: Empreendimento utilizado para aprtica de adulterao de combustveis.

    .

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